Automobilismo | Corridas de Carros de Turismo de Macau com novo palco

A Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC) ainda não revelou as novidades para a edição de 2020 do Campeonato de Carros de Turismo de Macau (MTCS, na sigla inglesa), mas o Circuito Internacional de Zhuzhou, no Interior da China, anunciou no seu calendário de provas para este ano os dois “Festivais de Corridas de Macau”

[dropcap]E[/dropcap]m Novembro, em vésperas do 66º Grande Prémio de Macau, Chong Coc Veng, o Presidente da AAMC, afirmou em entrevista ao HM que este ano o MTCS “podia ser disputado numa pista diferente. É uma decisão que só vai ser tomada depois de Janeiro. Mas na selecção de uma pista temos em conta diferentes aspectos, como a proximidade, devido aos custos da logística, a existência de hospitais, hotéis, entre outros. Achamos que a rotatividade é importante para que os pilotos não se aborreçam e tenham uma experiência diferente.”

Depois de ter passado pelo circuito da vizinha cidade de Zhuhai, nos últimos anos, o MTCS tinha vindo a disputar-se no exíguo Circuito Internacional de Guangdong, nos arredores da cidade de Zhaoqing. As limitações do circuito – por exemplo, os carros da nova Taça da Grande Baía tinham que ser separados em dois grupos – e a vontade de vários pilotos em competirem num palco diferente, terão pesado na escolha de uma nova pista para esta temporada.

Vários pilotos ouvidos pelo HM, e que preferiram manter a sua identidade confidencial até que se confirme oficialmente os dois “Festivais de Corridas de Macau” no Circuito International de Zhuzhou, mostraram boa receptividade a esta notícia. Contudo, todos aguardam por receber informação suplementar e exacta do custo do transporte, visto que este tem um peso muito importante nos orçamentos dos pilotos de equipas.

Visto à lupa

O novo circuito, erguido numa área de cinquenta hectares na segunda maior cidade da província de Hunan, foi inaugurado apenas o ano passado e teve um investimento de 1,6 mil milhões de patacas. Homologada em Grau 2 da FIA, a pista tem um perímetro de 3,77 quilómetros, no sentido contrário aos ponteiros do relógio, com catorze curvas no total, nove para a esquerda e cinco para a direita. A maior recta tem 645 metros de comprimento.

Segundo o calendário publicado pelo Circuito Internacional de Zhuzhou, o primeiro “Festival de Corridas de Macau” está agendado para 21 a 24 de Maio, e o segundo para 26 a 28 de Junho. Estas duas provas servem também de apuramento dos pilotos locais para o 67º Grande Prémio de Macau, que este ano se realiza de 19 a 22 de Novembro. É expectável um anúncio oficial por parte da AAMC sobre este tema e a regulamentação técnica dos seus campeonatos ainda antes do Ano Novo Lunar.

Automobilismo | Corridas de Carros de Turismo de Macau com novo palco

A Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC) ainda não revelou as novidades para a edição de 2020 do Campeonato de Carros de Turismo de Macau (MTCS, na sigla inglesa), mas o Circuito Internacional de Zhuzhou, no Interior da China, anunciou no seu calendário de provas para este ano os dois “Festivais de Corridas de Macau”

[dropcap]E[/dropcap]m Novembro, em vésperas do 66º Grande Prémio de Macau, Chong Coc Veng, o Presidente da AAMC, afirmou em entrevista ao HM que este ano o MTCS “podia ser disputado numa pista diferente. É uma decisão que só vai ser tomada depois de Janeiro. Mas na selecção de uma pista temos em conta diferentes aspectos, como a proximidade, devido aos custos da logística, a existência de hospitais, hotéis, entre outros. Achamos que a rotatividade é importante para que os pilotos não se aborreçam e tenham uma experiência diferente.”
Depois de ter passado pelo circuito da vizinha cidade de Zhuhai, nos últimos anos, o MTCS tinha vindo a disputar-se no exíguo Circuito Internacional de Guangdong, nos arredores da cidade de Zhaoqing. As limitações do circuito – por exemplo, os carros da nova Taça da Grande Baía tinham que ser separados em dois grupos – e a vontade de vários pilotos em competirem num palco diferente, terão pesado na escolha de uma nova pista para esta temporada.
Vários pilotos ouvidos pelo HM, e que preferiram manter a sua identidade confidencial até que se confirme oficialmente os dois “Festivais de Corridas de Macau” no Circuito International de Zhuzhou, mostraram boa receptividade a esta notícia. Contudo, todos aguardam por receber informação suplementar e exacta do custo do transporte, visto que este tem um peso muito importante nos orçamentos dos pilotos de equipas.

Visto à lupa

O novo circuito, erguido numa área de cinquenta hectares na segunda maior cidade da província de Hunan, foi inaugurado apenas o ano passado e teve um investimento de 1,6 mil milhões de patacas. Homologada em Grau 2 da FIA, a pista tem um perímetro de 3,77 quilómetros, no sentido contrário aos ponteiros do relógio, com catorze curvas no total, nove para a esquerda e cinco para a direita. A maior recta tem 645 metros de comprimento.
Segundo o calendário publicado pelo Circuito Internacional de Zhuzhou, o primeiro “Festival de Corridas de Macau” está agendado para 21 a 24 de Maio, e o segundo para 26 a 28 de Junho. Estas duas provas servem também de apuramento dos pilotos locais para o 67º Grande Prémio de Macau, que este ano se realiza de 19 a 22 de Novembro. É expectável um anúncio oficial por parte da AAMC sobre este tema e a regulamentação técnica dos seus campeonatos ainda antes do Ano Novo Lunar.

Eu nunca olho lá para fora

[dropcap]U[/dropcap]ma sondagem da Morning Consult/Politico concluiu que apenas 28% dos eleitores americanos conseguem apontar, num mapa, onde se encontra o Irão. Tendo em conta que alguns até indicam sítios no oceano onde não existe terra ou então Espanha, não sei bem que pensar sobre a qualidade dos dados recolhidos, mas uma coisa é certa: a ignorância da maioria dos americanos sobre assuntos que ultrapassam as suas fronteiras é lendária. As incursões americanas no Iraque e no Afeganistão geraram sondagem com resultados em tudo semelhantes. Porventura, muitos de nós portugueses e europeus falhariam nos mesmos testes; estou no entanto convencido de que pelo menos na zona do alvo (médio oriente) a maior parte acertaria.

De certo modo, é absolutamente expectável que os americanos não nutram grande curiosidade acerca do mundo que os rodeia. Apenas quarenta por cento dos americanos têm passaporte. Não têm especial interesse em viajar para fora dos Estados Unidos da América, que geograficamente dispões de uma variedade notável de climas, paisagens e diversidade de flora e fauna. Para quê ir para um resort nas Filipinas quando se têm as praias de Flórida intramuros, ou para a Suíça fazer ski quando se tem Aspen? Mais a mais, dizem os próprios, “lá fora as pessoas geralmente não gostam de nós”. Os americanos, sobretudo desde o 11 de Setembro, têm medo do que está lá fora e estão convencidos de que o resto do planeta é ou está em vias de se tornar um albergue de terroristas prontos a se auto-detonarem à visão de uma t-shirt a dizer “I love NYC”. E é verdade: a maior parte do mundo olha para os americanos como a maior parte da turma olhava para o puto rico e meio tonto a quem se adivinhava um futuro garantidamente radioso sem que precisasse para isso de fazer grandes esforços.

A ignorância americana acerca do que a rodeia resulta, paradoxalmente, do enorme sucesso da sua cultura. Os americanos são auto-suficientes culturalmente. Ouvem música popular americana. Lêem autores americanos. Vão à Broadway. Assistem a filmes de Hollywood. Para quê mais? A própria imaginação colectiva americana está refém dessa particular distorção de óptica em jeito de auto-centramento: as invasões extraterrestres ou começam nos Estados Unidos ou têm neles o centro nevrálgico. Os Estados Unidos são, literalmente, um mundo dentro do mundo. Certa vez, estando eu numa festa de aniversário num subúrbio de Lisboa, calhei a confessar a um amigo que estava comigo à janela a fumar “tenho saudades de ter uma casa com alguma vista”. Ele virou-se para mim e disse-me “eu nunca olho lá para fora”. Os americanos são um tanto ou quanto assim.

Não é por isso maximamente surpreendente que desconheçam boa parte do que acontece em seu redor. Muitos de nós, aliás, temos talvez maior consciência extrafronteiriça mas igual deficiência no saber para além da rama do assunto. Somos todos taxistas quando nos cabe falar de algo que em grande parte desconhecemos mas que de algo modo nos puxa pelo nervo comentadeiro. Na noite da réplica iraniana à morte de Qasem Soleimani pelas forças armadas norte-americanas, que consistiu num disparo de uns 22 mísseis terra-terra (mais para consumo interno do que para destruir o que quer que seja) sobre bases americanas em solo iraquiano, vaticinava-se Facebook fora o princípio do fim do mundo ou, pelo menos, o início da terceira guerra mundial. Não aconteceu – praticamente – nada.

Mas o que me assusta, isso sim, é a possibilidade dessa ignorância generalizada se corporizar em alguém que concorre à presidência. O que me assusta é, como dizia alguém logo a seguir às últimas presidenciais americanas, é que os americanos possam eleger um presidente que é “uma espécie de caixinha de comentários com pernas, braços e boca”. Isso sim, assusta-me.

Umwelt V

[dropcap]N[/dropcap]a sua investigação, O Espaço Vital da Criança na Grande Cidade (Der Lebensraum des Großstadtkindes 1935), Martha Muchow identifica o mundo infantil e o mundo juvenil em contraste com o mundo adulto (dos crescidos). A palavra para mundo que usa é Umwelt. A palavra em alemão traduz milieu das humanidades (filosofia política, sociologia). É, porém, com as investigações biológicas de J.J. v. Uexküll e as suas reflexões teóricas sobre a sua actividade científica que Umwelt se instala. A problemática a que lhe está associada alastra para as ciências humanas e para a filosofia. Os pensamentos filosóficos podem estar durante séculos, que digo eu, podem estar milénios até, adormecidos. Estão adormecidos na “cabeça” ou na “mente” de quem espera apenas a oportunidade para acordar. A vida do “espírito” — palavra que quer dizer tanta coisa (fui ao Google, escrevi “Espírito”, deu-me: ‘Cerca de 246 000 000 resultados (0,53 segundos)) — é radicalmente diferente de qualquer outra forma de vida, tem outro “ser”, como dizem os filósofos, existe de forma intermitente numa geração e pode influenciar gerações que viveram séculos separadas umas das outras. O prefixo “Um-” quer dizer em “em redor”, “à volta”. Mas em Um-Welt não se trata apenas de expressar uma ideia espacial bi-dimensional, como se um ser vivo, uma planta ou um animal ou um humano, tivessem campos naturais circulares para a sobrevivência, delimitados por circunferências que esboçavam as zonas limite, além das quais sairiam das suas zonas de conforto. O prefixo quer dizer tal como a expressão composta em português “meio-ambiente” precisamente uma estrutura tridimensional. Tri-dimensional, pelo menos, à partida. Falamos de ambiente nesta expressão quando falamos de estudos do “meio”. Aqui, encontramo-nos no domínio da moderna ecologia em sentido estrito de técnicas que procuram salvaguardar o planeta, não destruindo o que se pode salvar e tentando recuperar o muito que foi destruído. Em sentido lato, ecologia é uma disciplina filosófica que tem como objecto o modo de lidar com o mundo tal que se possa compreender como se torna acolhedor o que é inóspito e se pode habitar o planeta Terra, mas também quais são as estruturas ínsitas e subjectivas de que somos portadores que são exportadas do nosso interior para mobilar uma casa que é predominantemente constituída apenas por elementos. Por exemplo, como é que de um monte extenso de areia se faz uma praia, como é que de um volume imenso de água se faz um mar para nadar, como é que de uma rocha côncava fria e inóspita se faz casa. A Umwelt é assim um mundo envolvente, um mundo ambiente, que não se circunscreve a círculos no interior de circunferências, nem ao traçar de fronteiras entre o aquém da habitabilidade e o além da habitabilidade, entre o aquém do habitual normal e o além do inusitado insólito, entre o aquém da zona de conforto, acolhedor e hospitaleiro, e o além que sai para fora da zona de conforto, inóspito, estranho, perigoso, angustiante. A Umwelt é como v.

Uexküll descreve, mantendo a metáfora geométrica um globo. Os problemas que se põem com esta concepção do mundo são tão fascinantes como angustiantes. Em primeiro lugar, todo o estudante de filosofia que se apegue à modernidade, e mesmo referindo todo o estudante de ciência que, com o seu escrúpulo de racionalidade, tenha formado uma representação do mundo como uma substância material e corpórea e no limite: extensa, o vasto cosmos, o universo visto através do reticulado cartesiano X, Y, Z, passa agora a ter de ser ver “enfiado”, “metido”, num mundo globular, abobadado não apenas para cima mas também para baixo e para cada um dos lados, o que é mais complicado. A outra das perguntas interessantes a fazer é se este “globo” que é o mundo à distância é aparente ou é real e objectivo. A abóbada celeste é real ou é aparente? A linha do horizonte que divida o mar do céu é real ou é aparente? Ou somos nós portadores do próprio “globo”, nós e cada animal, cada planta, cada ser vivo, terá uma textura que encontra porque está já preparado este globo no mundo em si ou, antes, cada ser vivo traz consigo o seu próprio mundo “globular”? Assim, ao transplantarmos uma planta de um solo onde se encontra enraizada para um outro solo, por exemplo, uma vinha de Bordéus para a Califórnia, o fazemos porque vamos encontrar solos idênticos, clima idêntico, etc., etc., ou fazêmo-lo porque a vinha, a uva, o grão da uva é portador geneticamente da estrutura mundana globular que se pode expandir nesse outro sítio e nunca num outro solo que lhe fosse inóspito, hostil, destruidor? O mesmo se passa para cada mundo global, globular, no meio do qual cada ser vivo, planta, animal ou humano existem. Cada ser vivo existe no interior de uma esfera, numa redoma transparente, mas não se apercebe de que todos os conteúdos estão já a ser vistos, transformados em todos os campos sensoriais por películas que recobrem não apenas as fronteiras anatómicas do corpo dos seres mas também as superfícies e os interiores das coisas que aparecem nos mundos de cada animal, planta ou ser humano. Assim, como dizia v. Uexküll, a um cão só aparecem objectos caninos, não aperecem objectos humanos. Um osso com o qual um cão brinca parece ser o mesmo objecto para um ser humano, mas não vemos um ser humano latir, saltar, correr atrás de um osso como um cão, nem depois de correr para o apanhar, com a cauda a dar a dar de contentamento, não o vamos entregar a quem o tiver atirado, ao nosso dono. O osso do cão é diferente do osso para o ser humano. Os objectos para o ser humano são objectos humanos. Mas a pergunta pode ainda ser feita de forma mais radical. Pode acontecer que um modo global, o globo em que eu existo seja diferente do mundo global, do globo em que “tu existes” e de tal modo diferente que nem eu nem tu partilhamos do mesmo globo ou antes o que chamamos o mesmo globo é um mundo global, globular também, mas partilhado e comum e, por isso, diferente de cada um dos mundos individuais que, por serem individuais, são impermeáveis de pessoa para pessoa. E de forma ainda mais radical, poderá acontecer que o mundo que outrora habitamos quando éramos crianças se perdeu no fundo dos tempos?

Não terá acontecido o mesmo para o mundo da juventude? É o que queremos saber com Martha Muchow para a semana.

Coisas do Oriente

[dropcap]O[/dropcap]riente é o particípio presente do verbo latino orior que, embora depoente, significa tão-somente levantar-se. Oriente é, portanto, o lugar onde o sol se ergue, para iniciar o seu caminho aparente no céu.

Houve vários orientes para o europeu: primeiro a separação entre a Oikoumenè grega, o Mediterrâneo, e todo o resto do mundo, baptizado como Oriente, num primeiro momento que vai desde a afirmação militar perante os Persas, no séc. V antes de Cristo, até ao expansionismo de Alexandre.

O segundo, de maior fortuna, seria o Islão (e durante a Era Moderna o mundo otomano), esse Oriente que tivemos por largos anos dentro do território português.

Finalmente, houve e há ainda Bizâncio, sobrevivente do cisma religioso do século XIII. Na terminologia da Igreja, a palavra designa aqui as cristandades do Leste, sendo que os Balcãs e a própria Grécia, a raiz da racionalidade do Ocidente, fazem dele parte. Ou seja, não há quase lugar nenhum, nem mesmo as Américas, essas índias ocidentais, a que não tenha já sido dado ser Oriente. Como disse Raymond Schwab em A Renascença Oriental (1950), o Oriente tanta terra diferente designou que já bastou para dar a volta ao mundo. No imaginário europeu da Idade Média (e é de um imaginário que falo, não de um lugar), o Oriente tinha em si no início largas partes de África. Depois, com as expansões europeias, vai-se afastando, até ao Extremo da Eurásia, lançando o Preste João cada vez para mais longe.

Deixa de ser um obscuro papa núbio para se tornar um lama tibetano, um letrado confuciano ou até um pajé dos guarani. Mas quando dizemos Oriente, onde estamos ou, mais precisamente, onde achamos que estamos? Certamente, pelo menos é o que ficou marcado na linguagem, ainda nos entendemos na Grécia, pois é esse o ponto de referência ficcionado onde quisemos crer que se separaram as largas massas de terra do mundo, cindindo-se em duas: dum lado a razão, doutra a irrazão, lembrando Roger Pol-Droit.

Mas quem diz Oriente, pode realmente estar no Oriente, ou está apenas num ponto em que observa o sol a chegar desse Oriente que é sempre mais a oriente? É preciso não esquecer que o Oriente não é um lugar, é apenas uma direcção. O Oriente não existe.

Uma das palavras-chave da cultura portuguesa, de acordo com António Quadros, deu o verbo orientar. Talvez levado do português a outras línguas latinas, esse orientar-se trouxe consigo naus, impérios e quejandos. Isso está tudo muito bem, ou muito mal, pois tudo isto são úteis ou até perigosas fantasias, como sabemos, ainda que bem úteis para os Huntingtons deste mundo (ou do outro, o Ocidente, para ser mais preciso), que tudo dividem em grandes blocos, dum lado os cavaleiros de barretes brancos e do outro os pérfidos persas, de tez escura.

Como na recentemente estreada série Messiah, em streaming no canal Netflix, sobre a segunda vinda do Cristo (o primeiro já havia sido responsável por uma perigosa seita oriental) ao mundo. A funcionária da CIA, no café que costuma frequentar para tecer as teias do imperialismo, tem uma converseta amena com o empregado, por mero acaso um rapaz negro. Repara que ele lê para um exame The Clash of Civilizations, e diz-lhe: “Tudo o que você tem que saber é que ele estava certo. Huntington previu que o principal eixo do conflito mundial após a guerra fria seria de natureza cultural e religiosa. É exactamente o que está acontecendo na política mundial hoje”.

Tudo isto me leva a crer que talvez nós, aqui nesta Cidade do Santo Nome de RAEM, não vivamos de facto no Oriente. É possível que este seja ainda mais a oriente, nalguma ilha da Samoa ou do Corvo, algures a oriente do oriente.

Ano Novo Chinês | Chegada do Ano do Rato celebra-se em Lisboa

Um arraial na Alameda D. Afonso Henriques com música, comida e as tradicionais lanternas chinesas e inúmeras actividades no Museu do Oriente. É assim que se celebra mais um Ano Novo Chinês em Lisboa, com actividades para todos os gostos, que decorrem este fim-de-semana

 

[dropcap]A[/dropcap] capital portuguesa não vai deixar passar em claro a chegada do Ano do Rato, naquela que é a época mais importante para a comunidade chinesa, por representar o arranque de um novo ciclo. O Ano Novo Chinês acontece apenas a 25 de Janeiro, mas em Lisboa o programa oficial das festividades acontece este fim-de-semana, nos dias 18 e 19, e foi preparado pela Câmara Municipal de Lisboa em parceria com associações locais.

O desfile com dois grupos artísticos acontece este sábado por volta das 11h, começando na Igreja dos Anjos e terminando nos jardins da Alameda D. Afonso Henriques. Os grupos, oriundos de Shanxi e de Macau (Grupo Estudantil da Universidade de Macau), prometem levar a Lisboa danças folclóricas e músicas tradicionais alusivas ao ano novo.

Nos jardins da Alameda irá decorrer uma espécie de feira temática onde, além de diversas barracas com comidas e bebidas chinesas, haverá ainda espectáculos de artes marciais, bailados e teatro. A festa está marcada para o período entre as 10 e 17h numa das zonas de Lisboa onde a comunidade chinesa está mais presente.

Além de Lisboa, haverá também celebrações um pouco por todo o país, em cidades como Lagoa, Coimbra, Vila do Conde e Braga.

FO também celebra

A chegada do Ano do Rato também não passa despercebida para a Fundação Oriente (FO), que no sábado, dia 25, terá o Museu do Oriente de portas abertas gratuitamente. “Entre tradições familiares, oferendas aos deuses, rituais de purificação e propiciatórios da sorte e da prosperidade, o Museu do Oriente preparou um conjunto de actividades para todas as idades”, descreve a FO, em comunicado.

Para a FO, tendo em conta a chegada do Ano do Rato, “considera-se que 2020 será propício a novos projectos, iniciativas e oportunidades”. “Para iniciar o ano da melhor maneira, sugere-se, entre outras tradições, comer alimentos apreciados pelo rato (frutos secos e queijos) ou usar as nossas roupas e acessórios mais luxuosos, pois o rato gosta de opulência”, acrescenta a mesma nota.

Amanhã, entre as 11h30 e 12h30, decorre a oficina para crianças intitulada “Os Deuses são Gulosos?”, que vai tentar com que os mais pequenos descubram os deuses e as tradições chinesas do Ano Novo. No domingo, dia 19, será feita uma visita performativa para toda a família que inclui música, canto, artes marciais e acrobacias. “O actor de ópera chinesa tem de dominar várias artes. Só assim poderá triunfar em palco. Um relato para ouvir, na primeira pessoa, entre trajes e maquilhagens”, descreve a FO.

Na terça-feira, 21, é dia de atelier para bebés, o evento intitulado “E o vencedor é…o Rato!”, onde os 12 anos do zodíaco chinês entram numa corrida, explorada pelos mais pequenos. No sábado, 25 de Janeiro, celebra-se “Uma festa das lanternas”, onde a FO convida os participantes a construírem as suas próprias lanternas tradicionais.

O programa das celebrações proposto pela FO termina a 28 e inclui ainda, no sábado 25, um concerto intitulado “A voz lírica: árias e canções”, um recital com Isabel Alcobia e a pianista chinesa Shao Ling, que interpretam árias de ópera e zarzuela europeias, bem como canções eruditas e populares, incluindo tradicionais chinesas celebrando o Ano Novo.

Também a Casa de Macau em Lisboa faz o seu habitual almoço de Ano Novo Chinês num restaurante Dim Sum, em Oeiras, com membros da comunidade chinesa e macaense.

Ano Novo Chinês | Chegada do Ano do Rato celebra-se em Lisboa

Um arraial na Alameda D. Afonso Henriques com música, comida e as tradicionais lanternas chinesas e inúmeras actividades no Museu do Oriente. É assim que se celebra mais um Ano Novo Chinês em Lisboa, com actividades para todos os gostos, que decorrem este fim-de-semana

 
[dropcap]A[/dropcap] capital portuguesa não vai deixar passar em claro a chegada do Ano do Rato, naquela que é a época mais importante para a comunidade chinesa, por representar o arranque de um novo ciclo. O Ano Novo Chinês acontece apenas a 25 de Janeiro, mas em Lisboa o programa oficial das festividades acontece este fim-de-semana, nos dias 18 e 19, e foi preparado pela Câmara Municipal de Lisboa em parceria com associações locais.
O desfile com dois grupos artísticos acontece este sábado por volta das 11h, começando na Igreja dos Anjos e terminando nos jardins da Alameda D. Afonso Henriques. Os grupos, oriundos de Shanxi e de Macau (Grupo Estudantil da Universidade de Macau), prometem levar a Lisboa danças folclóricas e músicas tradicionais alusivas ao ano novo.
Nos jardins da Alameda irá decorrer uma espécie de feira temática onde, além de diversas barracas com comidas e bebidas chinesas, haverá ainda espectáculos de artes marciais, bailados e teatro. A festa está marcada para o período entre as 10 e 17h numa das zonas de Lisboa onde a comunidade chinesa está mais presente.
Além de Lisboa, haverá também celebrações um pouco por todo o país, em cidades como Lagoa, Coimbra, Vila do Conde e Braga.

FO também celebra

A chegada do Ano do Rato também não passa despercebida para a Fundação Oriente (FO), que no sábado, dia 25, terá o Museu do Oriente de portas abertas gratuitamente. “Entre tradições familiares, oferendas aos deuses, rituais de purificação e propiciatórios da sorte e da prosperidade, o Museu do Oriente preparou um conjunto de actividades para todas as idades”, descreve a FO, em comunicado.
Para a FO, tendo em conta a chegada do Ano do Rato, “considera-se que 2020 será propício a novos projectos, iniciativas e oportunidades”. “Para iniciar o ano da melhor maneira, sugere-se, entre outras tradições, comer alimentos apreciados pelo rato (frutos secos e queijos) ou usar as nossas roupas e acessórios mais luxuosos, pois o rato gosta de opulência”, acrescenta a mesma nota.
Amanhã, entre as 11h30 e 12h30, decorre a oficina para crianças intitulada “Os Deuses são Gulosos?”, que vai tentar com que os mais pequenos descubram os deuses e as tradições chinesas do Ano Novo. No domingo, dia 19, será feita uma visita performativa para toda a família que inclui música, canto, artes marciais e acrobacias. “O actor de ópera chinesa tem de dominar várias artes. Só assim poderá triunfar em palco. Um relato para ouvir, na primeira pessoa, entre trajes e maquilhagens”, descreve a FO.
Na terça-feira, 21, é dia de atelier para bebés, o evento intitulado “E o vencedor é…o Rato!”, onde os 12 anos do zodíaco chinês entram numa corrida, explorada pelos mais pequenos. No sábado, 25 de Janeiro, celebra-se “Uma festa das lanternas”, onde a FO convida os participantes a construírem as suas próprias lanternas tradicionais.
O programa das celebrações proposto pela FO termina a 28 e inclui ainda, no sábado 25, um concerto intitulado “A voz lírica: árias e canções”, um recital com Isabel Alcobia e a pianista chinesa Shao Ling, que interpretam árias de ópera e zarzuela europeias, bem como canções eruditas e populares, incluindo tradicionais chinesas celebrando o Ano Novo.
Também a Casa de Macau em Lisboa faz o seu habitual almoço de Ano Novo Chinês num restaurante Dim Sum, em Oeiras, com membros da comunidade chinesa e macaense.

Economia | Governo de Guangdong prevê crescimento de 6% em 2020

A província vizinha de Guangdong deverá registar um crescimento económico de 6 por cento em 2020, de acordo com previsão do Governo local. A estimativa foi revelada durante a apresentação do orçamento, que prevê ainda o aumento de 4 por cento dos gastos públicos

 

[dropcap]O[/dropcap] governador de Guangdong prevê que a economia da província cresça 6 por cento este ano, depois de ter crescido 6,3 por cento em 2019, ultrapassando o equivalente a 1,3 bilião de euros. Citado pela imprensa local, Ma Xingrui previu ainda diminuir o investimento público, à medida que Pequim pressiona as províncias a reduzir os níveis de endividamento, visto como um risco à estabilidade financeira nacional. O orçamento de Guangdong para este ano prevê um aumento dos gastos públicos de 4 por cento, abaixo do aumento de 10 por cento, ocorrido em 2019, enquanto o investimento em activos fixos será de cerca de 10 por cento, depois de ter superados os 11 por cento, em 2019.

As autoridades prevêem que o sector retalhista cresça 7,5 por cento, em 2020, depois de ter crescido 7,9 por cento, no ano passado, e apesar da renda disponível ‘per capita’ dos residentes de Guangdong ter atingido os 38.900 yuans, em 2019, num aumento de 8,6 por cento, em relação ao ano anterior.

A mais rica província da China é ainda particularmente sensível à guerra comercial entre Pequim e Washington. Localizada na fronteira com Hong Kong e Macau, Guangdong compõe quase 25 por cento do total do comércio externo chinês e foi a primeira província chinesa a beneficiar da política de Reforma e Abertura, adoptada pela China, no final dos anos 1970.

Com uma economia assente na iniciativa privada e geradora do maior número de bilionários do país, Guangdong exportou, só em 2018, o equivalente a mais de 555 mil milhões de euros em bens, e conta com dois dos 10 portos mais movimentados do mundo.

Ma apontou a resiliência da província, em 2019, ao manter um crescimento do comércio externo, embora apenas de 0,3 por cento, com um aumento das exportações de 1,6 por cento. As autoridades esperam manter este ano o crescimento no comércio externo, mas não avançaram com previsões. O investimento directo estrangeiro aumentou 3,5 por cento e fixou-se no equivalente 20 mil milhões de euros.

A inflação em Guangdong fixou-se, no ano passado, em 3,4 por cento, apesar do forte aumento no preço dos alimentos, no segundo semestre do ano, devido ao surto de peste suína que se alastrou por todo o continente chinês.

Hong Kong fundamental

O alastrar das disputas comerciais a uma competição pelo domínio tecnológico entre Pequim e Washington, nos últimos meses, constitui também um obstáculo para Shenzhen, o ‘hub’ tecnológico que é também um dos principais motores de crescimento da província.

Na sessão anual do congresso de Shenzhen, na semana passada, as autoridades alertaram que a cidade precisa de redobrar os seus esforços para garantir as cadeias de fornecimento, numa referência velada às restrições impostas pelo Governo de Donald Trump no fornecimento de alta tecnologia a várias gigantes tecnológicas da cidade, incluindo o grupo de telecomunicações Huawei.

Uma das piores crises políticas de sempre em Hong Kong constitui ainda um obstáculo para Guangdong implementar a visão do Presidente Xi Jinping de construir um centro económico e comercial integrado no sul da China, que possa competir com a Grande Baía de Tóquio ou a Área da Baía de São Francisco.

“Sem Hong Kong, a Área da Grande Baía é apenas mais um plano para o Delta do Rio das Pérolas”, descreve um especialista em assuntos de Hong Kong em Cantão, a capital de Guangdong.

Economia | Governo de Guangdong prevê crescimento de 6% em 2020

A província vizinha de Guangdong deverá registar um crescimento económico de 6 por cento em 2020, de acordo com previsão do Governo local. A estimativa foi revelada durante a apresentação do orçamento, que prevê ainda o aumento de 4 por cento dos gastos públicos

 
[dropcap]O[/dropcap] governador de Guangdong prevê que a economia da província cresça 6 por cento este ano, depois de ter crescido 6,3 por cento em 2019, ultrapassando o equivalente a 1,3 bilião de euros. Citado pela imprensa local, Ma Xingrui previu ainda diminuir o investimento público, à medida que Pequim pressiona as províncias a reduzir os níveis de endividamento, visto como um risco à estabilidade financeira nacional. O orçamento de Guangdong para este ano prevê um aumento dos gastos públicos de 4 por cento, abaixo do aumento de 10 por cento, ocorrido em 2019, enquanto o investimento em activos fixos será de cerca de 10 por cento, depois de ter superados os 11 por cento, em 2019.
As autoridades prevêem que o sector retalhista cresça 7,5 por cento, em 2020, depois de ter crescido 7,9 por cento, no ano passado, e apesar da renda disponível ‘per capita’ dos residentes de Guangdong ter atingido os 38.900 yuans, em 2019, num aumento de 8,6 por cento, em relação ao ano anterior.
A mais rica província da China é ainda particularmente sensível à guerra comercial entre Pequim e Washington. Localizada na fronteira com Hong Kong e Macau, Guangdong compõe quase 25 por cento do total do comércio externo chinês e foi a primeira província chinesa a beneficiar da política de Reforma e Abertura, adoptada pela China, no final dos anos 1970.
Com uma economia assente na iniciativa privada e geradora do maior número de bilionários do país, Guangdong exportou, só em 2018, o equivalente a mais de 555 mil milhões de euros em bens, e conta com dois dos 10 portos mais movimentados do mundo.
Ma apontou a resiliência da província, em 2019, ao manter um crescimento do comércio externo, embora apenas de 0,3 por cento, com um aumento das exportações de 1,6 por cento. As autoridades esperam manter este ano o crescimento no comércio externo, mas não avançaram com previsões. O investimento directo estrangeiro aumentou 3,5 por cento e fixou-se no equivalente 20 mil milhões de euros.
A inflação em Guangdong fixou-se, no ano passado, em 3,4 por cento, apesar do forte aumento no preço dos alimentos, no segundo semestre do ano, devido ao surto de peste suína que se alastrou por todo o continente chinês.

Hong Kong fundamental

O alastrar das disputas comerciais a uma competição pelo domínio tecnológico entre Pequim e Washington, nos últimos meses, constitui também um obstáculo para Shenzhen, o ‘hub’ tecnológico que é também um dos principais motores de crescimento da província.
Na sessão anual do congresso de Shenzhen, na semana passada, as autoridades alertaram que a cidade precisa de redobrar os seus esforços para garantir as cadeias de fornecimento, numa referência velada às restrições impostas pelo Governo de Donald Trump no fornecimento de alta tecnologia a várias gigantes tecnológicas da cidade, incluindo o grupo de telecomunicações Huawei.
Uma das piores crises políticas de sempre em Hong Kong constitui ainda um obstáculo para Guangdong implementar a visão do Presidente Xi Jinping de construir um centro económico e comercial integrado no sul da China, que possa competir com a Grande Baía de Tóquio ou a Área da Baía de São Francisco.
“Sem Hong Kong, a Área da Grande Baía é apenas mais um plano para o Delta do Rio das Pérolas”, descreve um especialista em assuntos de Hong Kong em Cantão, a capital de Guangdong.

Comércio | Imprensa oficial saúda acordo com EUA, mas aconselha cautela

A imprensa oficial chinesa saudou a assinatura de um acordo parcial com os Estados Unidos, para pôr fim à guerra comercial, mas alertou que continuam a existir incertezas nas relações entre os dois países. Trump considera o acordo fantástico

 

[dropcap]A[/dropcap] agência noticiosa oficial Xinhua celebra o acordo alcançado após uma “dura luta”. “Isto significa que as duas maiores economias do mundo estão agora a tentar encontrar uma maneira mais razoável de resolver as suas diferenças”, apontou.

O jornal oficial em língua inglesa China Daily espera que a trégua “leve a uma paz duradoura” entre Pequim e Washington e o jornal oficial do Partido Comunista Chinês (PCC), o Diário do Povo, considera a assinatura do texto um “novo começo” para as relações bilaterais.

A televisão estatal CCTV indicou que o acordo é do “interesse comum” da China e dos Estados Unidos.
A imprensa estatal chinesa ressalvou, porém, que a assinatura do texto “não é um seguro contra todos os riscos”. “A euforia é temperada pela sensação de que o acordo realmente não importa muito”, notou o China Daily, em editorial. Segundo o jornal, existe a “percepção” de que, se o texto não for respeitado, isso comprometerá a próxima fase do acordo e levará automaticamente a renovadas tensões.

Também o jornal Global Times, uma ramificação do Diário do Povo, questiona em editorial o valor real do compromisso assinado na quarta-feira. “Um acordo comercial parcial, concluído durante um período em que as relações estratégicas China-EUA estão claramente em declínio, será que funcionará”, escreveu. “Será que isto dará lugar a novos conflitos ou a novos progressos, à medida que as negociações continuarem?”, insistiu o jornal. “Muita incerteza permanece”, destacou.

O presidente norte-americano, Donald Trump, e o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, assinaram o acordo na Casa Branca, concretizando assim uma trégua nas fricções comerciais que se prolongam desde o Verão de 2018.

Segundo o acordo, a China compromete-se a importar um total de 200 mil milhões de dólares em bens oriundos dos Estados Unidos, incluindo produtos agrícolas, para reduzir o défice comercial entre os dois países. Ao mesmo tempo, Pequim compromete-se a não manipular o valor da moeda ou a proteger a propriedade intelectual das empresas norte-americanas, em troca de uma suspensão parcial das taxas alfandegárias impostas por Washington sobre bens importados da China.

Carta de Xi

No entanto, o acordo não anula a maior parte das taxas punitivas impostas pelos EUA sobre 360 mil milhões de dólares de produtos importados da China e exclui reformas profundas no sistema económico chinês, incluindo a atribuição de subsídios às empresas domésticas, enquanto as protege da competição externa.

“Este é um fantástico acordo para os Estados Unidos”, disse Trump, na cerimónia de assinatura da “Fase Um” do acordo comercial com a China, embora tenha admitido que várias tarifas retaliatórias se manterão, até que haja um acordo para a “Fase Dois”.

Os Estados Unidos vão assim manter taxas alfandegárias adicionais de 25 por cento sobre 250 mil milhões de dólares de bens importados da China e de 7,5 por cento sobre mais 120 mil milhões de dólares.

“Tivemos quase o acordo completo. Mas esta “Fase Um” é muito melhor. E iniciaremos a “Fase Dois”, que deverá estar pronta no próximo ano, que será fantástica”, disse o Presidente dos EUA, referindo-se ao processo de novas rondas de negociação com o Governo chinês.

O vice-primeiro-ministro chinês leu uma carta enviada pelo Presidente Xi Jinping, dirigida a Donald Trump, em que reconhecia que este acordo “é bom para os dois países (…) e permite resolver graves divergências”.

“Para manter a evolução do crescimento da economia dos dois países, são precisos esforços de ambos os lados”, acrescentou o Presidente chinês, na carta lida por Liu He. “Espero que os Estados Unidos tratem com justiça as empresas chinesas”, concluiu Xi Jinping, referindo-se a matérias que ainda estão em discussão no processo negocial, nomeadamente as sanções impostas pelo Governo norte-americano à empresa tecnológica chinesa Huawei.

Trump procurou um tom conciliador, durante a cerimónia na Casa Branca, dizendo que entende a posição de negociação dura por parte da China e mostrou-se receptivo a “tudo fazer para que as divergências que ainda existem sejam superadas”, sem culpar directamente a parte chinesa pelas dificuldades nas rondas de conversas diplomáticas.

“Eu não culpo a China. Culpo as pessoas que aqui (na Casa Branca) estiveram no passado”, disse Trump, acusando anteriores governos de nunca terem tentado um acordo comercial com a China.

Comércio | Imprensa oficial saúda acordo com EUA, mas aconselha cautela

A imprensa oficial chinesa saudou a assinatura de um acordo parcial com os Estados Unidos, para pôr fim à guerra comercial, mas alertou que continuam a existir incertezas nas relações entre os dois países. Trump considera o acordo fantástico

 
[dropcap]A[/dropcap] agência noticiosa oficial Xinhua celebra o acordo alcançado após uma “dura luta”. “Isto significa que as duas maiores economias do mundo estão agora a tentar encontrar uma maneira mais razoável de resolver as suas diferenças”, apontou.
O jornal oficial em língua inglesa China Daily espera que a trégua “leve a uma paz duradoura” entre Pequim e Washington e o jornal oficial do Partido Comunista Chinês (PCC), o Diário do Povo, considera a assinatura do texto um “novo começo” para as relações bilaterais.
A televisão estatal CCTV indicou que o acordo é do “interesse comum” da China e dos Estados Unidos.
A imprensa estatal chinesa ressalvou, porém, que a assinatura do texto “não é um seguro contra todos os riscos”. “A euforia é temperada pela sensação de que o acordo realmente não importa muito”, notou o China Daily, em editorial. Segundo o jornal, existe a “percepção” de que, se o texto não for respeitado, isso comprometerá a próxima fase do acordo e levará automaticamente a renovadas tensões.
Também o jornal Global Times, uma ramificação do Diário do Povo, questiona em editorial o valor real do compromisso assinado na quarta-feira. “Um acordo comercial parcial, concluído durante um período em que as relações estratégicas China-EUA estão claramente em declínio, será que funcionará”, escreveu. “Será que isto dará lugar a novos conflitos ou a novos progressos, à medida que as negociações continuarem?”, insistiu o jornal. “Muita incerteza permanece”, destacou.
O presidente norte-americano, Donald Trump, e o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, assinaram o acordo na Casa Branca, concretizando assim uma trégua nas fricções comerciais que se prolongam desde o Verão de 2018.
Segundo o acordo, a China compromete-se a importar um total de 200 mil milhões de dólares em bens oriundos dos Estados Unidos, incluindo produtos agrícolas, para reduzir o défice comercial entre os dois países. Ao mesmo tempo, Pequim compromete-se a não manipular o valor da moeda ou a proteger a propriedade intelectual das empresas norte-americanas, em troca de uma suspensão parcial das taxas alfandegárias impostas por Washington sobre bens importados da China.

Carta de Xi

No entanto, o acordo não anula a maior parte das taxas punitivas impostas pelos EUA sobre 360 mil milhões de dólares de produtos importados da China e exclui reformas profundas no sistema económico chinês, incluindo a atribuição de subsídios às empresas domésticas, enquanto as protege da competição externa.
“Este é um fantástico acordo para os Estados Unidos”, disse Trump, na cerimónia de assinatura da “Fase Um” do acordo comercial com a China, embora tenha admitido que várias tarifas retaliatórias se manterão, até que haja um acordo para a “Fase Dois”.
Os Estados Unidos vão assim manter taxas alfandegárias adicionais de 25 por cento sobre 250 mil milhões de dólares de bens importados da China e de 7,5 por cento sobre mais 120 mil milhões de dólares.
“Tivemos quase o acordo completo. Mas esta “Fase Um” é muito melhor. E iniciaremos a “Fase Dois”, que deverá estar pronta no próximo ano, que será fantástica”, disse o Presidente dos EUA, referindo-se ao processo de novas rondas de negociação com o Governo chinês.
O vice-primeiro-ministro chinês leu uma carta enviada pelo Presidente Xi Jinping, dirigida a Donald Trump, em que reconhecia que este acordo “é bom para os dois países (…) e permite resolver graves divergências”.
“Para manter a evolução do crescimento da economia dos dois países, são precisos esforços de ambos os lados”, acrescentou o Presidente chinês, na carta lida por Liu He. “Espero que os Estados Unidos tratem com justiça as empresas chinesas”, concluiu Xi Jinping, referindo-se a matérias que ainda estão em discussão no processo negocial, nomeadamente as sanções impostas pelo Governo norte-americano à empresa tecnológica chinesa Huawei.
Trump procurou um tom conciliador, durante a cerimónia na Casa Branca, dizendo que entende a posição de negociação dura por parte da China e mostrou-se receptivo a “tudo fazer para que as divergências que ainda existem sejam superadas”, sem culpar directamente a parte chinesa pelas dificuldades nas rondas de conversas diplomáticas.
“Eu não culpo a China. Culpo as pessoas que aqui (na Casa Branca) estiveram no passado”, disse Trump, acusando anteriores governos de nunca terem tentado um acordo comercial com a China.

Metro Ligeiro | Mais de 820 mil passageiros no primeiro mês

[dropcap]U[/dropcap]m mês depois da entrada em funcionamento a 10 de Dezembro de 2019 do segmento da Taipa do Metro Ligeiro foram transportados, mais de 820 mil passageiros. Os dados, divulgados no dia 11 de Janeiro de 2020 pela Sociedade do Metro Ligeiro de Macau, revelaram ainda que, desde a entrada em funcionamento da estrutura, o dia que registou maior fluxo de passageiro foi 25 de Dezembro.

A média diária de passageiros, contabilizando os dias de funcionamento até ao dia 9 de Janeiro, foi superior a 26 mil pasageiros, ficando assim acima das expectativas do Governo. Recorde-se que, apesar de não se ter comprometido com um número, Raimundo do Rosário referiu no dia de inauguração estimar 20 mil passageiros por dia. As viagens até ao final do mês de Fevereiro são gratuitas. O projecto do Metro Ligeiro custou, no total, 10,2 mil milhões de patacas e levou mais de 10 anos a ser concretizado.

Metro Ligeiro | Mais de 820 mil passageiros no primeiro mês

[dropcap]U[/dropcap]m mês depois da entrada em funcionamento a 10 de Dezembro de 2019 do segmento da Taipa do Metro Ligeiro foram transportados, mais de 820 mil passageiros. Os dados, divulgados no dia 11 de Janeiro de 2020 pela Sociedade do Metro Ligeiro de Macau, revelaram ainda que, desde a entrada em funcionamento da estrutura, o dia que registou maior fluxo de passageiro foi 25 de Dezembro.
A média diária de passageiros, contabilizando os dias de funcionamento até ao dia 9 de Janeiro, foi superior a 26 mil pasageiros, ficando assim acima das expectativas do Governo. Recorde-se que, apesar de não se ter comprometido com um número, Raimundo do Rosário referiu no dia de inauguração estimar 20 mil passageiros por dia. As viagens até ao final do mês de Fevereiro são gratuitas. O projecto do Metro Ligeiro custou, no total, 10,2 mil milhões de patacas e levou mais de 10 anos a ser concretizado.

Shun Tak | Lei Wai Nong: “redução salarial tem de ser feita de acordo com a lei”

O secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, disse que é preciso haver acordo entre as partes para que o corte salarial seja legal. Já a Shun Tak justificou ontem que teve de tomar uma “decisão difícil” para manter as operações e os colaboradores da TurboJET

 

[dropcap]O[/dropcap] secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, confirmou não existir até à tarde de ontem, qualquer queixa entregue na Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) por parte de trabalhadores da Shun Tak depois do anúncio dos cortes salariais dos trabalhadores da TurboJET, no início desta semana.

Lei Wai Nong sublinhou ainda que é preciso acordo entre as partes para que o corte seja legal. “Já tomei conhecimento do caso e dei instruções à DSAL. Esta redução salarial tem de ser feita de acordo com a lei, isto é, tem de ser acordada entre as duas partes. Depois este acordo tem de ser entregue à DSAL. Só assim é que a Shun Tak pode fazer esta redução de salário. Apelo também aos trabalhadores para pedirem ajuda à DSAL para a resolução de qualquer problema. Até ao momento, este serviço não recebeu qualquer pedido dos trabalhadores”, afirmou ontem o secretário à margem da inauguração do Centro de Serviços Industriais e Comerciais Guangdong-Macau.

As declarações de Lei Wai Nong aconteceram no mesmo dia em que a Shun Tak justificou, através de um comunicado enviado à TDM – Rádio Macau, que teve de “tomar a decisão difícil” de reduzir os salários dos trabalhadores da TurboJET “na esperança de manter as operações e, simultaneamente, segurar o emprego dos trabalhadores”, devido às “perdas que têm aumentado de forma continuada”.

A Shun Tak aponta também que “nos últimos meses, devido ao ambiente socioeconómico sem precedentes, as visitas a Hong Kong têm caído a pique, gerando um grande impacto no negócio”. A empresa acrescenta ainda que a redução de salários não foi evitada, apesar da “série de medidas de controlo de custos” implementadas.

A Shun Tak refere também na resposta enviada à TDM – Rádio Macau, que após o anúncio dos cortes salariais, que tem estado em contacto com colaboradores e sindicatos “para alcançar um consenso sobre um acordo que alivie o impacto das medidas nos trabalhadores”.

A culpa é da ponte

De acordo com os últimos resultados financeiros da empresa, nos primeiros seis meses de 2019, a Shun Tak teve perdas de 70 milhões de dólares de Hong Kong na TurboJet, empresa que opera os ferries, devido a uma quebra no número de passageiros em 32 por cento. No relatório, a abertura da nova Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau (HKZM) é referida como um dos factores para estes números. “O serviço de ferry entre Macau e Hong Kong continuou a sofrer o impacto das mudanças de padrão nas viagens resultantes da abertura da Ponte HKZM”, pode ler-se no relatório.

Recorde-se que a proposta de redução apresentada no final da semana passada pela companhia liderada por Pansy Ho, abrange todos os trabalhadores da TurboJET. Quem recebe um salário entre 10 mil e os 30 mil dólares de Hong Kong vai ter um corte de 8 por cento. No caso dos funcionários que recebem mais de 30 mil dólares de Hong Kong, mas menos de 70 mil, o ordenado será reduzido em 10 por cento. Finalmente, todos os salários superiores a 70 mil dólares de Hong Kong terão um corte que chega aos 12 por cento. Os trabalhadores que não aceitem os novos valores correm o risco de ser despedidos.

Shun Tak | Lei Wai Nong: “redução salarial tem de ser feita de acordo com a lei”

O secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, disse que é preciso haver acordo entre as partes para que o corte salarial seja legal. Já a Shun Tak justificou ontem que teve de tomar uma “decisão difícil” para manter as operações e os colaboradores da TurboJET

 
[dropcap]O[/dropcap] secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, confirmou não existir até à tarde de ontem, qualquer queixa entregue na Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) por parte de trabalhadores da Shun Tak depois do anúncio dos cortes salariais dos trabalhadores da TurboJET, no início desta semana.
Lei Wai Nong sublinhou ainda que é preciso acordo entre as partes para que o corte seja legal. “Já tomei conhecimento do caso e dei instruções à DSAL. Esta redução salarial tem de ser feita de acordo com a lei, isto é, tem de ser acordada entre as duas partes. Depois este acordo tem de ser entregue à DSAL. Só assim é que a Shun Tak pode fazer esta redução de salário. Apelo também aos trabalhadores para pedirem ajuda à DSAL para a resolução de qualquer problema. Até ao momento, este serviço não recebeu qualquer pedido dos trabalhadores”, afirmou ontem o secretário à margem da inauguração do Centro de Serviços Industriais e Comerciais Guangdong-Macau.
As declarações de Lei Wai Nong aconteceram no mesmo dia em que a Shun Tak justificou, através de um comunicado enviado à TDM – Rádio Macau, que teve de “tomar a decisão difícil” de reduzir os salários dos trabalhadores da TurboJET “na esperança de manter as operações e, simultaneamente, segurar o emprego dos trabalhadores”, devido às “perdas que têm aumentado de forma continuada”.
A Shun Tak aponta também que “nos últimos meses, devido ao ambiente socioeconómico sem precedentes, as visitas a Hong Kong têm caído a pique, gerando um grande impacto no negócio”. A empresa acrescenta ainda que a redução de salários não foi evitada, apesar da “série de medidas de controlo de custos” implementadas.
A Shun Tak refere também na resposta enviada à TDM – Rádio Macau, que após o anúncio dos cortes salariais, que tem estado em contacto com colaboradores e sindicatos “para alcançar um consenso sobre um acordo que alivie o impacto das medidas nos trabalhadores”.

A culpa é da ponte

De acordo com os últimos resultados financeiros da empresa, nos primeiros seis meses de 2019, a Shun Tak teve perdas de 70 milhões de dólares de Hong Kong na TurboJet, empresa que opera os ferries, devido a uma quebra no número de passageiros em 32 por cento. No relatório, a abertura da nova Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau (HKZM) é referida como um dos factores para estes números. “O serviço de ferry entre Macau e Hong Kong continuou a sofrer o impacto das mudanças de padrão nas viagens resultantes da abertura da Ponte HKZM”, pode ler-se no relatório.
Recorde-se que a proposta de redução apresentada no final da semana passada pela companhia liderada por Pansy Ho, abrange todos os trabalhadores da TurboJET. Quem recebe um salário entre 10 mil e os 30 mil dólares de Hong Kong vai ter um corte de 8 por cento. No caso dos funcionários que recebem mais de 30 mil dólares de Hong Kong, mas menos de 70 mil, o ordenado será reduzido em 10 por cento. Finalmente, todos os salários superiores a 70 mil dólares de Hong Kong terão um corte que chega aos 12 por cento. Os trabalhadores que não aceitem os novos valores correm o risco de ser despedidos.

Consumidores | Retalho e restauração geram mais queixas

[dropcap]O[/dropcap] relatório do Conselho dos Consumidores (CC) recebeu no ano passado 4485 casos, onde se contam mais de 2500 reclamações. Deste grupo, 1035 casos são de turistas. As reclamações relativas à falta de qualidade dos produtos de couro e vestuário surgem em segundo lugar na lista das reclamações mais comuns, com 70 por cento a ser apresentadas por turistas. Neste segmento, houve uma subida de 75 por cento das queixas.

O sector da restauração também está em destaque neste capítulo, com “180 reclamações principalmente ligadas ao preço e à qualidade dos serviços dos estabelecimentos de comida”. As reclamações nestes dois aspectos aumentaram, respectivamente, 75 e 25 por cento”, descreve o CC em comunicado.

Pelo contrário, o CC relata uma “descida notável no número de reclamações respeitantes aos serviços de táxi”. O segmento “transportes públicos” foi apenas o quinto que mais gerou reclamações, num total de 148. Ainda assim, houve uma descida de 10 por cento face a 2018.

“Entre os casos, 79 dizem respeito à cobrança abusiva e à má atitude de atendimento dos taxistas, o que representa uma descida de cerca de 40 por cento face a 2018.”

No comunicado do CC é descrito que o segmento que mais gerou queixas o ano passado foi o de “serviços e produtos de higiene pessoal”, com um total de 236 casos, uma subida aproximada de 60 por cento face a 2018.

Consumidores | Retalho e restauração geram mais queixas

[dropcap]O[/dropcap] relatório do Conselho dos Consumidores (CC) recebeu no ano passado 4485 casos, onde se contam mais de 2500 reclamações. Deste grupo, 1035 casos são de turistas. As reclamações relativas à falta de qualidade dos produtos de couro e vestuário surgem em segundo lugar na lista das reclamações mais comuns, com 70 por cento a ser apresentadas por turistas. Neste segmento, houve uma subida de 75 por cento das queixas.
O sector da restauração também está em destaque neste capítulo, com “180 reclamações principalmente ligadas ao preço e à qualidade dos serviços dos estabelecimentos de comida”. As reclamações nestes dois aspectos aumentaram, respectivamente, 75 e 25 por cento”, descreve o CC em comunicado.
Pelo contrário, o CC relata uma “descida notável no número de reclamações respeitantes aos serviços de táxi”. O segmento “transportes públicos” foi apenas o quinto que mais gerou reclamações, num total de 148. Ainda assim, houve uma descida de 10 por cento face a 2018.
“Entre os casos, 79 dizem respeito à cobrança abusiva e à má atitude de atendimento dos taxistas, o que representa uma descida de cerca de 40 por cento face a 2018.”
No comunicado do CC é descrito que o segmento que mais gerou queixas o ano passado foi o de “serviços e produtos de higiene pessoal”, com um total de 236 casos, uma subida aproximada de 60 por cento face a 2018.

DSAT | Recebido relatório preliminar sobre incidente do Metro Ligeiro

[dropcap]A[/dropcap] Direcção de Serviços para os Assuntos de Tráfego confirmou ontem ter recebido um relatório preliminar da Sociedade do Metro Ligeiro de Macau sobre o incidente que levou a que as carruagens tivessem de ser evacuadas no meio da linha.

No entanto, neste momento não há conclusões, uma vez que se aguarda o resultado de análises técnicas mais complexas. “Foi entregue um relatório no tempo definido por lei, mas ainda não temos os resultados das investigações técnicas mais complexas. Quando tivermos esses resultados temos de ver quais são os próximos passos a tomar”, explicou Lam Hin San.

Menos mortos nas estradas no ano passado

No ano passado, morreram menos pessoas nas estradas de Macau com 8 vítimas mortais registadas. Os dados foram apresentados ontem pelo director da DSAT, que fez a comparação com 2018, quando tinham perdido a vida nas estradas das RAEM 10 pessoas.

“Vamos continuar em comunicação com os departamentos competentes, como a polícia, para ver se podemos fazer melhoramentos em termos de acidentes e sinistralidade”, afirmou Lam Hin San, sobre os números. O director da DSAT recordou ainda que em 2015 o número de vítimas tinha sido de 15.

DSAT | Recebido relatório preliminar sobre incidente do Metro Ligeiro

[dropcap]A[/dropcap] Direcção de Serviços para os Assuntos de Tráfego confirmou ontem ter recebido um relatório preliminar da Sociedade do Metro Ligeiro de Macau sobre o incidente que levou a que as carruagens tivessem de ser evacuadas no meio da linha.
No entanto, neste momento não há conclusões, uma vez que se aguarda o resultado de análises técnicas mais complexas. “Foi entregue um relatório no tempo definido por lei, mas ainda não temos os resultados das investigações técnicas mais complexas. Quando tivermos esses resultados temos de ver quais são os próximos passos a tomar”, explicou Lam Hin San.

Menos mortos nas estradas no ano passado

No ano passado, morreram menos pessoas nas estradas de Macau com 8 vítimas mortais registadas. Os dados foram apresentados ontem pelo director da DSAT, que fez a comparação com 2018, quando tinham perdido a vida nas estradas das RAEM 10 pessoas.
“Vamos continuar em comunicação com os departamentos competentes, como a polícia, para ver se podemos fazer melhoramentos em termos de acidentes e sinistralidade”, afirmou Lam Hin San, sobre os números. O director da DSAT recordou ainda que em 2015 o número de vítimas tinha sido de 15.

DSAT | Governo paga mais 8 milhões por sensores de estacionamento

O novo sistema vai permitir aos cidadãos saberem se há lugares disponíveis nas zonas de parquímetros no Lago Nam Van e no NAPE. Contudo, a DSAT não afasta a hipótese de ser utilizado para multar quem estacione de forma ilegal na zona de parquímetros

 

[dropcap]O[/dropcap] Governo vai pagar mais de 8 milhões de patacas à empresa Sociedade de Administração de Parques Forehap para a instalação e operação de um sistema que permite aos cidadãos saberem em tempo real quando há lugares disponíveis nas zonas de parquímetros. A revelação foi feita ontem pelo director da Direcção de Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), Lam Hin San e aplica-se às ruas nas zonas de Nam Van e NAPE.

“Os 1.000 sensores já foram instalados. O valor é um pouco superior a 8 milhões de patacas, para instalação e manutenção do sistema. Esperamos que nesta fase de testes que o público nos possa ajudar com a apresentação de opiniões”, afirmou o director da DSAT, à saída da primeira reunião do Conselho Consultivo de Trânsito.

As informações podem ser acedidas através de um portal online, a partir da próxima semana, e mais tarde deverá estar disponível uma aplicação móvel para o efeito. Neste momento, o teste não tem um período definido, mas o objectivo é que no final o sistema seja igualmente instalado em outras áreas. A expansão envolve o pagamento de um montante extra.

Ontem, Lam Hin San explicou que o serviço foi adjudicado directamente à Forehap porque esta é a empresa que já gere os parquímetros. “A equipa que assegura os parquímetros é que vai fornecer o serviço. É um sistema que pode ser integrado nos parquímetros actuais e por isso consideramos mais conveniente”, justificou.

Na resposta às questões dos jornalistas, Lam Hin San não afastou a hipótese de o sistema ser utilizado para “passar multas”, mas diz que o principal objectivo é auxiliar a população. Contudo, frisou que o Governo quer sempre punir as pessoas que ocupam os lugares de estacionamento de forma ilegal para “melhor distribuir” esses mesmos lugares.

Aumento dos táxis à espera

Também na próxima semana vai entrar em funcionamento o sistema que permite saber a taxa de ocupação dos autocarros. Numa primeira fase apenas os 20 percursos mais populares vão ser abrangidos pela opção, mas o objectivo é alargar aos restantes.

Os dados sobre a taxa de ocupação dos autocarros podem ser consultados na aplicação da DSAT, onde já é possível saber a distância a que os autocarros se encontram das paragens, assim como os percursos existente.

À saída da reunião Lam Hin San abordou igualmente o pedido do sector dos taxistas para aumentar a bandeira para 21 patacas, mas a questão ainda está a ser analisada. O director da DSAT recusou, por isso, tomar uma posição sobre o assunto e apontou que não deverá haver novidades antes do Ano Novo Chinês.

DSAT | Governo paga mais 8 milhões por sensores de estacionamento

O novo sistema vai permitir aos cidadãos saberem se há lugares disponíveis nas zonas de parquímetros no Lago Nam Van e no NAPE. Contudo, a DSAT não afasta a hipótese de ser utilizado para multar quem estacione de forma ilegal na zona de parquímetros

 
[dropcap]O[/dropcap] Governo vai pagar mais de 8 milhões de patacas à empresa Sociedade de Administração de Parques Forehap para a instalação e operação de um sistema que permite aos cidadãos saberem em tempo real quando há lugares disponíveis nas zonas de parquímetros. A revelação foi feita ontem pelo director da Direcção de Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), Lam Hin San e aplica-se às ruas nas zonas de Nam Van e NAPE.
“Os 1.000 sensores já foram instalados. O valor é um pouco superior a 8 milhões de patacas, para instalação e manutenção do sistema. Esperamos que nesta fase de testes que o público nos possa ajudar com a apresentação de opiniões”, afirmou o director da DSAT, à saída da primeira reunião do Conselho Consultivo de Trânsito.
As informações podem ser acedidas através de um portal online, a partir da próxima semana, e mais tarde deverá estar disponível uma aplicação móvel para o efeito. Neste momento, o teste não tem um período definido, mas o objectivo é que no final o sistema seja igualmente instalado em outras áreas. A expansão envolve o pagamento de um montante extra.
Ontem, Lam Hin San explicou que o serviço foi adjudicado directamente à Forehap porque esta é a empresa que já gere os parquímetros. “A equipa que assegura os parquímetros é que vai fornecer o serviço. É um sistema que pode ser integrado nos parquímetros actuais e por isso consideramos mais conveniente”, justificou.
Na resposta às questões dos jornalistas, Lam Hin San não afastou a hipótese de o sistema ser utilizado para “passar multas”, mas diz que o principal objectivo é auxiliar a população. Contudo, frisou que o Governo quer sempre punir as pessoas que ocupam os lugares de estacionamento de forma ilegal para “melhor distribuir” esses mesmos lugares.

Aumento dos táxis à espera

Também na próxima semana vai entrar em funcionamento o sistema que permite saber a taxa de ocupação dos autocarros. Numa primeira fase apenas os 20 percursos mais populares vão ser abrangidos pela opção, mas o objectivo é alargar aos restantes.
Os dados sobre a taxa de ocupação dos autocarros podem ser consultados na aplicação da DSAT, onde já é possível saber a distância a que os autocarros se encontram das paragens, assim como os percursos existente.
À saída da reunião Lam Hin San abordou igualmente o pedido do sector dos taxistas para aumentar a bandeira para 21 patacas, mas a questão ainda está a ser analisada. O director da DSAT recusou, por isso, tomar uma posição sobre o assunto e apontou que não deverá haver novidades antes do Ano Novo Chinês.

TUI | Advogado perde recurso em processo sobre concurso para novos notários

[dropcap]O[/dropcap] Tribunal de Última Instância (TUI) deu razão ao Governo num caso que opõe o Executivo a um advogado que recebeu uma nota baixa no último concurso para admissão ao Curso de Formação de Notários Privados, concurso esse que visou a atribuição de 40 licenças de notário privado. O facto de o advogado em questão ter ficado em 41º lugar na lista classificava final retirou-lhe a possibilidade de desempenhar funções de notário privado.

De acordo com o acórdão ontem divulgado, não ficou provado, por parte do recorrente, “qualquer prejuízo de difícil reparação da execução do acto”, relativo à baixa nota atribuída. Isto porque “só se os prejuízos forem de difícil reparação, isto é, que não possam ser satisfeitos com a utilização dos meios processuais, é que a lei admite a suspensão da eficácia do acto”, entende o TUI.

Além disso, o TUI argumentou que repetir o processo iria causar problemas burocráticos à Administração. “O Tribunal Colectivo concordou com o acórdão do TSI na avaliação que ele fizera da grave lesão para o interesse público, entendendo que se o acto fosse suspenso, o tempo que demoraria a haver decisão final transitada no recurso contencioso, lesaria consideravelmente o interesse público.”

Isto porque, acrescentaram os juízes, “os últimos [notários] foram nomeados em 2000 e, desde aí, a situação económica de Macau mudou substancialmente, sendo fácil entender que são necessários actualmente muitos mais notários que há cerca de 20 anos”.

O primeiro recurso colocado pelo advogado foi de ordem administrativa e data de Maio do ano passado. Perante a nega do então Chefe do Executivo, Chui Sai On, o recorrente decidiu pedir a suspensão da eficácia da nota atribuída junto do Tribunal de Segunda Instância, que recusou o pedido, uma vez que existiria “grave lesão do interesse público se o acto fosse suspenso”.

TUI | Advogado perde recurso em processo sobre concurso para novos notários

[dropcap]O[/dropcap] Tribunal de Última Instância (TUI) deu razão ao Governo num caso que opõe o Executivo a um advogado que recebeu uma nota baixa no último concurso para admissão ao Curso de Formação de Notários Privados, concurso esse que visou a atribuição de 40 licenças de notário privado. O facto de o advogado em questão ter ficado em 41º lugar na lista classificava final retirou-lhe a possibilidade de desempenhar funções de notário privado.
De acordo com o acórdão ontem divulgado, não ficou provado, por parte do recorrente, “qualquer prejuízo de difícil reparação da execução do acto”, relativo à baixa nota atribuída. Isto porque “só se os prejuízos forem de difícil reparação, isto é, que não possam ser satisfeitos com a utilização dos meios processuais, é que a lei admite a suspensão da eficácia do acto”, entende o TUI.
Além disso, o TUI argumentou que repetir o processo iria causar problemas burocráticos à Administração. “O Tribunal Colectivo concordou com o acórdão do TSI na avaliação que ele fizera da grave lesão para o interesse público, entendendo que se o acto fosse suspenso, o tempo que demoraria a haver decisão final transitada no recurso contencioso, lesaria consideravelmente o interesse público.”
Isto porque, acrescentaram os juízes, “os últimos [notários] foram nomeados em 2000 e, desde aí, a situação económica de Macau mudou substancialmente, sendo fácil entender que são necessários actualmente muitos mais notários que há cerca de 20 anos”.
O primeiro recurso colocado pelo advogado foi de ordem administrativa e data de Maio do ano passado. Perante a nega do então Chefe do Executivo, Chui Sai On, o recorrente decidiu pedir a suspensão da eficácia da nota atribuída junto do Tribunal de Segunda Instância, que recusou o pedido, uma vez que existiria “grave lesão do interesse público se o acto fosse suspenso”.

Justiça | Antigo presidente do IPIM vai responder por associação criminosa

Os outros crimes de que Jackson Chang está acusado são corrupção, branqueamento de capitais e violação do segredo. Glória Batalha e Miguel Ian também se vão sentar no banco dos réus

 

[dropcap]J[/dropcap]ackson Chang vai responder em tribunal pelos crimes de associação criminosa, corrupção, branqueamento de capitais e violação do segredo, no caso dos pedidos de fixação de residência. A informação foi avançada ontem pela Rádio Macau, que noticiou que o Ministério Público (MP) já deduziu a acusação contra o antigo presidente do Instituto de Promoção do Comércio do Investimento de Macau (IPIM).

No que diz respeito ao crime de associação criminosa, a moldura penal vai dos 3 aos 10 anos. Porém, se Jackson for considerado o cabecilha, a moldura aumenta para 5 a 12 anos. No caso de corrupção passiva para acto ilícito, a pena varia entre 1 e 8 anos. Contudo, se for considerado corrupção passiva para acto lícito o máximo são dois anos de prisão. No que diz respeito ao branqueamento de capitais, Jackson Chang arrisca uma pena que pode chegar até aos 12 anos.

O crime de violação de segredo é o que tem penalização mais leve, que chega a um máximo de um ano.
A acusação surge cerca de seis meses depois de Jackson Chang ter ficado em prisão preventiva. O ex-presidente do IPIM foi detido em Julho do ano passado, quando tentava deixar o território.
Jackson Chang não é o único membro da família a ser acusado, o mesmo acontece com a filha e a mulher, num processo que envolve mais de 26 arguidos.

Quem também vai estar no banco dos réus é Glória Batalha Ung, que era secretária-geral adjunta do Secretariado Permanente do Fórum Macau e vogal executiva do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento. Glória Batalha, que regressou ao IPIM depois da medida de coacção de suspensão ter sido levantada, vai responder pelos crimes de abuso de poder e violação de segredo.

O MP acusou ainda o antigo director adjunto do Gabinete Jurídico e de Fixação de Residência do IPIM, Miguel Ian Iat Chun, embora a acusação ainda não tenha sido revelada.

Quanto aos restantes acusados, a Rádio Macau avança que são empresários, familiares e pessoas que terão beneficiado do alegado esquema de atribuição indevida de residência por investimento e a técnicos especializados.