Haojing e o Tratado de 1554 José Simões Morais - 2 Set 2019 [dropcap]P[/dropcap]elas ilhas do Sudoeste do Pacífico andavam portugueses alevantados, entre outros Fernão Mendes Pinto, a continuar a usar a estratégia de se misturarem com os mercadores das embaixadas dos países tributários para entrar na China; ou de barco, como piratas, intermediários entre desavindos vizinhos, dedicavam-se a trocar seda chinesa pela prata dos japoneses. Após Simão de Andrade e a derrota frente à armada chinesa em 1521, os portugueses foram proibidos de se acercar das águas de Cantão e rumando para Norte passaram a abastecer-se na Província de Fujian, onde se estabeleceram sem dar nas vistas e constituíram uma comunidade, tal como o fizeram em Liampó (Ningbo), Zhejiang. Até os portugueses descobrirem o Japão em 1543, as trocas eram feitas em alto-mar e os crescentes proveitos daí usufruídos pelos oficiais e mercadores dessas províncias levaram os mandarins de Guangdong a fechar os olhos à proibição de 1521, que trouxera a ruína às finanças provinciais. Voltaram os mercadores chineses semi-clandestinos a fazer trato com os estrangeiros em Lampacau e Shanghuan, quando aí morreu a 3 de Dezembro de 1552 o jesuíta Francisco Xavier. O Governo de Cantão, receando a sepultura tornar-se num local de peregrinação e poder trazer problemas, levado o féretro do Santo na monção seguinte para Malaca, trocou como porto de encontro o de Shanghuan pelo de Haoqing (Macau). Aí, nesse ano de 1553, os portugueses, a pretexto dos barcos danificados pela tempestade, pediram terra emprestada para secar as mercadorias e o haidao autorizou a estadia temporária em cabanas de colmo, que depois deviam ser destruídas. Habituados a negociar com os chineses, os mercadores portugueses como Diogo Pereira, Guilherme Pereira, Pedro Velho e entre outros, Simão de Almeida, estavam já habilitados como intermediários quando o Capitão-Mor da Viagem do Japão Leonel de Sousa, capitaneando uma esquadra de 17 navios, fundeou na ilha de Sanchoão em finais de 1553. Por isso, neles se apoiou para realizar os primeiros contactos diplomáticos, referindo Leonel de Sousa, Simão de Almeida, homem honrado e cavaleiro, que da China tem feito com muita diligência e desejos de servir Sua Alteza. Por algumas obrigações do seu serviço que lhe pus diante foi sempre honradamente e veio, e à sua custa, e além do que gastou. Soube que dera algumas dádivas a pessoas e oficiais do Aitão com quem negociou mais ‘brebe’ do que o pudera fazer sem isso. Nem eu servira Sua Alteza como o servi se não fora sua ajuda e Conselho, porque eu tinha pouco cabedal para suprir, mais do que supri nem ele o quis de mim e disse sempre que se nisso servia a Sua Alteza, que dela queria o galardão e não d’ outrem>. Queixava-se ter vindo à China numa embarcação de mercadores, , mas conseguiu fazer o assentamento de 1554 com o haidao Wang Bo, pondo fim ao ciclo dos Fu Lan Ki piratas e abriu o dos Fan Ian, com novos desafios e ritos. Capitão de Sua Alteza Leonel de Sousa (c.1500-c.1572), natural do Algarve e casado em Chaul, era fidalgo da casa de el-Rei D. João III e obtivera a mercê de duas viagens sucessivas à China por Carta Régia de 22/2/1547. A mercê real de mera licença não garantia a concessão de viagem, mas de uma nomeação para capitão-mor de viagens da coroa, com as vantagens inerentes, sob regimento do Governador da Índia. Esse regime de licença não dava os privilégios do que viria a ser a partir de 1550 os da viagem da Nau do Trato, quando a coroa instituiu o monopólio da viagem ao Japão. A concessão do exclusivo dessa viagem anual outorgava poderes latos ao capitão-mor, como a jurisdição sobre os portugueses do Oriente após os graves incidentes de 1547 e 1549 em Liampó e Chincheu. Em Goa, o Vice-Rei da Índia Afonso de Noronha (1550-54) recusou a Leonel de Sousa as viagens em nau da coroa alegando não ter D. João III mandado dar-lhe, pois se o mandasse ele daria, nem sequer ordenou que lhe fosse dado o ‘favor’ para a sua viagem, que diz ter sido dado a D. Francisco Mascarenhas e António Pereira, realizadas em 1556. Sem viagem oficial, a mercê permitia a alternativa de ser conferida licença para à custa do próprio, em seu barco realizar a viagem obedecendo ao regimento do Governador da Índia. Leonel de Sousa por lhe não terem bastado os meios, contentou-se em exercer a capitania na nau de mercadores, onde no terço emprestado de espaço embarcou a sua mercadoria destinada ao comércio na China. Em 1554, ainda em mar chinês Leonel de Sousa tomou medidas para acautelar a segurança dos navios e pessoas portuguesas que com ele iam e recomendou-lhes não provocarem fosse o que fosse que pudesse ‘alevantar a terra’. Encontrou os portos da China todos encerrados e as armadas impediam ‘fazer fazenda’ e perante tal situação, . A iniciativa partiu do Aitão (haidao) de Cantão, oficial “Almirante do Mar que provê em todo os negócios dos Portos do Mar, assim na Fazenda como Armadas, em que às vezes sai em pessoa com muito poder quando aí há causas para isso”, segundo Gonçalo Mesquitela (fonte principal deste artigo), que refere ter Leonel de Sousa, cuidadosamente observado os costumes chineses e as suas cortesias. O Aitão, antes de visitar os navios da frota, mandou inquirir cuidadosamente dos poderes trazidos para com ele poderem negociar. Resolvido ficou o ponto mais delicado, a proibição imperial de negociar com os Fu Lan Ki (como chamavam aos portugueses de Portugal e de Malaca). Ouvidos todos, Leonel de Sousa aceitou, considerando uma primeira vitória sobre o sistema anterior, de pura clandestinidade. Mesquitela remata, “O facto de pagar direitos era já um reconhecimento tácito da posição jurídica definida perante a coroa.”
Portugal | Número de turistas chineses aumentou 18,4% até Junho Hoje Macau - 2 Set 2019 [dropcap]O[/dropcap] número de turistas chineses a visitar Portugal aumentou 18,4 por cento no primeiro semestre deste ano, disse na sexta-feira Filipe Silva, administrador do Turismo de Portugal, à margem da inauguração da rota aérea Lisboa-Xi’an-Pequim. “Este ano estamos com um crescimento de 18,4 por cento nos hóspedes e 16 por cento nas dormidas”, afirmou Filipe Silva aos jornalistas, acrescentando que as percentagens dizem respeito a “cerca de 200 mil hóspedes e 300 mil dormidas” no final de Junho de 2019. Em 2018, o número de turistas chineses em Portugal alcançou as 315 mil pessoas, afirmou Filipe Silva. O responsável do Turismo de Portugal falava à margem da cerimónia de apresentação do voo inaugural Lisboa-Xi’an-Pequim, da Beijing Capital Airlines, que decorreu junto a uma das portas de embarque do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa. “Com o novo voo, temos condições para aumentar esta percentagem. São três frequências semanais” num avião com capacidade para “300 pessoas”, o que representa “mais 50 por cento do que o avião anterior”, frisou, numa referência à ligação aérea Lisboa-Pequim-Hangzhou, suspensa em Outubro de 2018. Filipe Silva referiu que um dos objectivos é “aumentar a estadia média” do turista chinês em Portugal, utilizando argumentos “quer do ponto de vista gastronómico, quer do ponto de vista cultural”. O responsável salientou também “a parte de compras, que é bastante sensível e apelativa”, acrescentando que “Portugal está cada vez mais capacitado não só na oferta de compras adaptadas ao turista chinês, mas também nas próprias condições em termos de ‘tax free’ [compras livres de impostos], que é um elemento que valorizam bastante”. A ligação inaugural na sexta-feira aterrou em Lisboa pelas 17:41 e trouxe 202 pessoas, com o voo de regresso, que partiu para Xi’an às 22:58, a totalizar 177 passageiros, disse à Lusa uma representante da Beijing Capital Airlines.
Portugal | Número de turistas chineses aumentou 18,4% até Junho Hoje Macau - 2 Set 2019 [dropcap]O[/dropcap] número de turistas chineses a visitar Portugal aumentou 18,4 por cento no primeiro semestre deste ano, disse na sexta-feira Filipe Silva, administrador do Turismo de Portugal, à margem da inauguração da rota aérea Lisboa-Xi’an-Pequim. “Este ano estamos com um crescimento de 18,4 por cento nos hóspedes e 16 por cento nas dormidas”, afirmou Filipe Silva aos jornalistas, acrescentando que as percentagens dizem respeito a “cerca de 200 mil hóspedes e 300 mil dormidas” no final de Junho de 2019. Em 2018, o número de turistas chineses em Portugal alcançou as 315 mil pessoas, afirmou Filipe Silva. O responsável do Turismo de Portugal falava à margem da cerimónia de apresentação do voo inaugural Lisboa-Xi’an-Pequim, da Beijing Capital Airlines, que decorreu junto a uma das portas de embarque do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa. “Com o novo voo, temos condições para aumentar esta percentagem. São três frequências semanais” num avião com capacidade para “300 pessoas”, o que representa “mais 50 por cento do que o avião anterior”, frisou, numa referência à ligação aérea Lisboa-Pequim-Hangzhou, suspensa em Outubro de 2018. Filipe Silva referiu que um dos objectivos é “aumentar a estadia média” do turista chinês em Portugal, utilizando argumentos “quer do ponto de vista gastronómico, quer do ponto de vista cultural”. O responsável salientou também “a parte de compras, que é bastante sensível e apelativa”, acrescentando que “Portugal está cada vez mais capacitado não só na oferta de compras adaptadas ao turista chinês, mas também nas próprias condições em termos de ‘tax free’ [compras livres de impostos], que é um elemento que valorizam bastante”. A ligação inaugural na sexta-feira aterrou em Lisboa pelas 17:41 e trouxe 202 pessoas, com o voo de regresso, que partiu para Xi’an às 22:58, a totalizar 177 passageiros, disse à Lusa uma representante da Beijing Capital Airlines.
EUA | Entram em vigor novas tarifas sobre produtos da China Hoje Macau - 2 Set 2019 [dropcap]A[/dropcap]s novas tarifas anunciadas pelo Governo dos Estados Unidos sobre cerca de 300 mil milhões de euros de importações da China entraram ontem em vigor, num novo episódio da guerra comercial entre as duas maiores potências mundiais. A partir de agora, cerca de 300 mil milhões de euros de mercadorias oriundas da China terão de pagar mais 15 por cento de taxas alfandegárias, de acordo com o Departamento de Comércio dos Estado Unidos. As taxas entraram em vigor às 00:01, segundo a Agência do Comércio dos Estados Unidos (USTR, na sigla inglesa). No total, mais de dois terços dos bens de consumo que os Estados Unidos importam da China são agora alvo de impostos mais elevados. O Presidente norte-americano, Donald Trump, chegou a admitir adiar a imposição de novas tarifas aduaneiras para Janeiro de 2020 – pressionado por organizações de comércio norte-americanas, preocupadas com o efeito da medida na época de compras natalícia – mas na noite de sexta-feira confirmou que a medida iria mesmo entrar em vigor a 1 de Setembro. Pequim deverá reagir, como tinha anunciado em Julho, aumentando as tarifas adicionais em cerca de 70 mil milhões de euros de produtos importados dos Estados Unidos, mas a confirmação desta resposta ainda não foi divulgada pelo Governo chinês. Esta é mais uma etapa na escalada de imposições tarifas aduaneiras na guerra comercial entre os EUA e a China, que se prolonga desde Março de 2018, apesar das inúmeras rondas de negociações entre os dois países.
EUA | Entram em vigor novas tarifas sobre produtos da China Hoje Macau - 2 Set 2019 [dropcap]A[/dropcap]s novas tarifas anunciadas pelo Governo dos Estados Unidos sobre cerca de 300 mil milhões de euros de importações da China entraram ontem em vigor, num novo episódio da guerra comercial entre as duas maiores potências mundiais. A partir de agora, cerca de 300 mil milhões de euros de mercadorias oriundas da China terão de pagar mais 15 por cento de taxas alfandegárias, de acordo com o Departamento de Comércio dos Estado Unidos. As taxas entraram em vigor às 00:01, segundo a Agência do Comércio dos Estados Unidos (USTR, na sigla inglesa). No total, mais de dois terços dos bens de consumo que os Estados Unidos importam da China são agora alvo de impostos mais elevados. O Presidente norte-americano, Donald Trump, chegou a admitir adiar a imposição de novas tarifas aduaneiras para Janeiro de 2020 – pressionado por organizações de comércio norte-americanas, preocupadas com o efeito da medida na época de compras natalícia – mas na noite de sexta-feira confirmou que a medida iria mesmo entrar em vigor a 1 de Setembro. Pequim deverá reagir, como tinha anunciado em Julho, aumentando as tarifas adicionais em cerca de 70 mil milhões de euros de produtos importados dos Estados Unidos, mas a confirmação desta resposta ainda não foi divulgada pelo Governo chinês. Esta é mais uma etapa na escalada de imposições tarifas aduaneiras na guerra comercial entre os EUA e a China, que se prolonga desde Março de 2018, apesar das inúmeras rondas de negociações entre os dois países.
Mar do Sul | Pequim reafirma recusa de arbitragem internacional Hoje Macau - 2 Set 2019 Apesar das reivindicações filipinas, a China não altera uma vírgula à sua posição de soberania sobre a totalidade do Mar do Sul e recusa qualquer posição internacional que ponha em causa as suas pretensões [dropcap]O[/dropcap] Presidente chinês, Xi Jinping, reiterou ao seu homólogo filipino que o país não reconhecerá uma decisão arbitral internacional que não vá ao encontro das pretensões chinesas no Mar do Sul da China, foi sábado divulgado. Esta posição chinesa foi transmitida pelo porta-voz do governo da Filipinas, citado pela agência AP, na sequência de uma reunião entre os dois países, durante a qual foi abordada a questão em torno da soberania do Mar do Sul da China. A China reclama a soberania total daquele mar, apesar da existência de uma decisão de 2016 de um tribunal internacional que invalida a pretensão chinesa. Os chineses não reconhecem essa decisão e têm expandido a sua presença no território, militarizando uma série de ilhas e recifes disputados. “O Presidente Xi Jinping reiterou que o seu governo não reconhece a decisão arbitral, no entanto ambos os Presidentes entendem que estas diferenças não devem prejudicar o bom relacionamento entre os dois países”, sublinhou o porta-voz filipino. O Presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, que tem reforçado os laços com Pequim, é criticado por nacionalistas e grupos de esquerda nas Filipinas, por não exigir à China que cumpra com a decisão do tribunal. Manobras perigosas O Mar do Sul da China é de vital importância geoestratégica, já que ali circula 30 por cento do comércio global e 12 por cento da pesca mundial, contendo ricas reservas de petróleo e gás. Em Junho passado, uma colisão entre uma embarcação pesqueira filipina e uma embarcação chinesa em águas disputadas provocou a ira de vários grupos nacionalistas filipinos, apesar de Manila e Pequim terem minimizado o incidente. Em Maio passado, o líder filipino falou brevemente do assunto com Xi, mas o porta-voz presidencial das filipinas, Salvador Panelo, indicou que Duterte abordaria desta vez o assunto de forma mais directa. O secretário de Defesa das Filipinas, Delfin Lorenzana, pediu a Pequim este mês para explicar as movimentações dos navios de guerra chineses em águas reivindicadas pelas Filipinas e acusou a China de abusar. Lorenzana disse que a China não pediu permissão para enviar vários navios de guerra pelo estreito de Sibutu, na ponta sul do arquipélago das Filipinas, em quatro ocasiões, entre Fevereiro e Julho. Acusou ainda dois navios chineses que fazem prospecção de operar na zona económica exclusiva das Filipinas.
Mar do Sul | Pequim reafirma recusa de arbitragem internacional Hoje Macau - 2 Set 2019 Apesar das reivindicações filipinas, a China não altera uma vírgula à sua posição de soberania sobre a totalidade do Mar do Sul e recusa qualquer posição internacional que ponha em causa as suas pretensões [dropcap]O[/dropcap] Presidente chinês, Xi Jinping, reiterou ao seu homólogo filipino que o país não reconhecerá uma decisão arbitral internacional que não vá ao encontro das pretensões chinesas no Mar do Sul da China, foi sábado divulgado. Esta posição chinesa foi transmitida pelo porta-voz do governo da Filipinas, citado pela agência AP, na sequência de uma reunião entre os dois países, durante a qual foi abordada a questão em torno da soberania do Mar do Sul da China. A China reclama a soberania total daquele mar, apesar da existência de uma decisão de 2016 de um tribunal internacional que invalida a pretensão chinesa. Os chineses não reconhecem essa decisão e têm expandido a sua presença no território, militarizando uma série de ilhas e recifes disputados. “O Presidente Xi Jinping reiterou que o seu governo não reconhece a decisão arbitral, no entanto ambos os Presidentes entendem que estas diferenças não devem prejudicar o bom relacionamento entre os dois países”, sublinhou o porta-voz filipino. O Presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, que tem reforçado os laços com Pequim, é criticado por nacionalistas e grupos de esquerda nas Filipinas, por não exigir à China que cumpra com a decisão do tribunal. Manobras perigosas O Mar do Sul da China é de vital importância geoestratégica, já que ali circula 30 por cento do comércio global e 12 por cento da pesca mundial, contendo ricas reservas de petróleo e gás. Em Junho passado, uma colisão entre uma embarcação pesqueira filipina e uma embarcação chinesa em águas disputadas provocou a ira de vários grupos nacionalistas filipinos, apesar de Manila e Pequim terem minimizado o incidente. Em Maio passado, o líder filipino falou brevemente do assunto com Xi, mas o porta-voz presidencial das filipinas, Salvador Panelo, indicou que Duterte abordaria desta vez o assunto de forma mais directa. O secretário de Defesa das Filipinas, Delfin Lorenzana, pediu a Pequim este mês para explicar as movimentações dos navios de guerra chineses em águas reivindicadas pelas Filipinas e acusou a China de abusar. Lorenzana disse que a China não pediu permissão para enviar vários navios de guerra pelo estreito de Sibutu, na ponta sul do arquipélago das Filipinas, em quatro ocasiões, entre Fevereiro e Julho. Acusou ainda dois navios chineses que fazem prospecção de operar na zona económica exclusiva das Filipinas.
Animação | Festival exibe 14 filmes de para todas as idades Raquel Moz - 2 Set 2019 A crescente influência do cinema de animação, junto de públicos muito diversificados, prova que o género não serve só para contar histórias infantis. Cada vez mais há dramas e enredos para adultos. A Cinemateca Paixão estreia a 21 de Setembro a 3ª edição do Festival Mundial de Animação [dropcap]A[/dropcap] Cinemateca Paixão apresenta, de 21 de Setembro a 6 de Outubro, o Festival Mundial de Animação de Verão, com 14 filmes e 2 workshops para miúdos e graúdos que destacam as mais recentes obras premiadas lá fora deste género cinematográfico. A sessão de abertura é a oportunidade de conhecer o vencedor do Melhor Filme de Animação dos Prémios César 2019 – “Dilili em Paris” (2018), do realizador Michel Ocelot –, depois de ter estreado na abertura do Festival Internacional de Cinema de Annecy de 2018, ambos em França. Com o “encantador cenário da Belle Époque em Paris” como pano de fundo, a película conta a aventura de Dilili, uma jovem indígena (canaca), e um rapaz de entregas seu amigo, que investigam um surto de raptos de raparigas, encontrando pelo caminho estranhas personagens que vão deixando pistas para os ajudar na busca. A animação recria o período de ouro nas artes e na cultura do final do século XIX e inícios de XX, uma época que o realizador Michel Ocelot teve dificuldade em adequar ao seu argumento. “Vi-me confrontado com um pequeno problema relacionado com a representação de Paris durante a Belle Époque: só se via gente branca… Por isso, Dilili é mestiça, membro de um grupo que também sofreu com a rejeição de ambos os lados”, terá comentado. A película é recomendada a maiores de 13, falada em francês (com legendas em inglês e chinês), e duração de 93 minutos. No final da sessão está prevista uma festa para os mais novos, onde poderão tirar selfies em cenários de animação inspirados nas obras do festival. A entrada é livre e os espectadores estão convidados para o lanche. O filme de abertura passa às 14h30 do dia 21 de Setembro, sábado, e volta a ser exibido no sábado seguinte, a 5 de Outubro, às 17h00. Também em destaque está o filme de encerramento, “A Torre” (2018), de Mats Grorud, uma co-produção norueguesa e francesa, que conta a história de uma menina de 11 anos que vive com toda a família num campo de refugiados em Beirute, no Líbano, depois da expulsão do seu avô da Palestina em 1948. Baseada em entrevistas feitas com refugiados palestinianos há mais de seis décadas no Líbano, que anseiam até hoje poder regressar à sua verdadeira terra natal, esta é uma história de esperança que mistura técnicas de animação 2D com plasticina, que teve muito boas críticas à passagem pelos festivais de Annecy e Busan. Passa a 28 de Setembro e a 6 de Outubro, sempre às 19h30, para maiores de 13 anos. Cinema tabu O programa conta com diversas propostas para diferentes grupos etários, havendo animações para o público infantil, e outras para jovens e adultos. São 14 longas-metragens de animação, que passam pela produção internacional, a animação japonesa, e as sessões pensadas para o divertimento em família. Para os maiores de 18 está o filme “Tabu de Teerão” (2017), de Ali Soozandeh, “uma sinistra denúncia da repressão no Irão contemporâneo, conseguida com um misto de intimidade e distância através de animação rotoscópica (na qual os actores são redesenhados em computador) criada pela mestria do realizador germano-iraniano”. Falado em persa, com legendas em inglês e chinês, sobre uma sociedade patriarcal, onde são as mulheres que carregam o fardo mais pesado da vida. Galardoado Melhor Filme Internacional no Festival de Cinema de Jerusalém 2017, passou também pela Semana da Crítica do Festival de Cinema de Cannes 2017, pelo Festival de Animação de Annecy 2017 e pelo Festival Internacional de Cinema de Hong Kong 2018. Passa a 25 de Setembro e a 2 de Outubro, duas quartas-feiras às 21h30. “Ruben Brandt, Coleccionador” (2018), de Milorad Krstić, é um filme húngaro também recomendado a maiores de 18 anos, embora falado parcialmente em inglês, francês e italiano). Um famoso psicoterapeuta recruta os seus pacientes criminosos num assalto tipo Ocean’s Eleven para roubar as treze pinturas de arte que o assombram. Atrás de si anda um detective contratado pelo cartel de seguradoras para recuperar as valiosas pinturas. O filme passa a 28 se Setembro às 21h30 e a 3 de Outubro às 19h30. Ainda a destacar o filme “Funan” (2018), de Denis Do, vencedor do Prémio Cristal no Festival de Annecy 2018, sobre a história de uma jovem cujo mundo é subitamente virado de pernas para o ar com a chegada do regime Khmer Vermelho, no Camboja, em Abril de 1975. Esta foi uma “dura e impressionante estreia para o cineasta Denis Do, que recorreu à história da sua própria família para inspirar esta excitante história de amor, perda e esperança inabalável durante o mais terrível dos tempos”. Apesar do tema, a fita está classificada para maiores de 13 anos, com exibições a 22 de Setembro, às 21h30, e a 1 de Outubro às 19h30. Jovens na onda Os mais jovens e as crianças têm ainda um sortido de filmes para assistir durante as duas semanas de Festival. “Apanha a tua onda” (2019), de Yuasa Masaaki, sobre uma paixão entre um casal de adolescentes surfistas, ou “A Estalagem de Okko” (2018), de Kitarō Kōsaka, sobre uma menina órfã que vai viver para a estalagem da sua avó no campo, assinada pelo realizador de “A Viagem de Chihiro” (2001) e “Ponyo à Beira-Mar” (2008), são duas propostas japonesas para os adolescentes, entre outras películas interessantes, todas com duas exibições cada durante o evento. “Os Comedores de Meias Ímpares” (2016), de Galina Miklinova, é um divertido filme checo sobre criaturas invisíveis responsáveis por devorar peúgas, que integra o conjunto de películas dedicadas à família. Outro filme de relevo nesta categoria é “Tito e os Pássaros” (2018), de Gabriel Bitar, Andre Catoto, Gustavo Steinber, uma fita brasileira sobre o medo epidémico e contagioso em São Paulo, a cidade dos muros, onde vivem vinte milhões de pessoas atrás de vedações e portões electrificados. Há mais por onde escolher entre as sessões assinaladas como “Divertimento em Família”, que na compra de dois bilhetes, oferecem mais dois lugares para a sessão. Todas têm também duas exibições. Todos os bilhetes para o Festival de Animação custam 60 patacas e encontram-se já à venda. À semelhança do ano passado, estão agendados dois Workshops de Animação para a Família, orientados pela realizadora de animação local, Pudusina. O tema deste ano será a reciclagem e as oficinas realizam-se a 28 e 29 de Setembro, nas galerias do Anim’Arte nos Lagos Nam Van, em cantonense. As inscrições devem ser feitas até 20 de Setembro e custam 100 patacas.
Animação | Festival exibe 14 filmes de para todas as idades Raquel Moz - 2 Set 2019 A crescente influência do cinema de animação, junto de públicos muito diversificados, prova que o género não serve só para contar histórias infantis. Cada vez mais há dramas e enredos para adultos. A Cinemateca Paixão estreia a 21 de Setembro a 3ª edição do Festival Mundial de Animação [dropcap]A[/dropcap] Cinemateca Paixão apresenta, de 21 de Setembro a 6 de Outubro, o Festival Mundial de Animação de Verão, com 14 filmes e 2 workshops para miúdos e graúdos que destacam as mais recentes obras premiadas lá fora deste género cinematográfico. A sessão de abertura é a oportunidade de conhecer o vencedor do Melhor Filme de Animação dos Prémios César 2019 – “Dilili em Paris” (2018), do realizador Michel Ocelot –, depois de ter estreado na abertura do Festival Internacional de Cinema de Annecy de 2018, ambos em França. Com o “encantador cenário da Belle Époque em Paris” como pano de fundo, a película conta a aventura de Dilili, uma jovem indígena (canaca), e um rapaz de entregas seu amigo, que investigam um surto de raptos de raparigas, encontrando pelo caminho estranhas personagens que vão deixando pistas para os ajudar na busca. A animação recria o período de ouro nas artes e na cultura do final do século XIX e inícios de XX, uma época que o realizador Michel Ocelot teve dificuldade em adequar ao seu argumento. “Vi-me confrontado com um pequeno problema relacionado com a representação de Paris durante a Belle Époque: só se via gente branca… Por isso, Dilili é mestiça, membro de um grupo que também sofreu com a rejeição de ambos os lados”, terá comentado. A película é recomendada a maiores de 13, falada em francês (com legendas em inglês e chinês), e duração de 93 minutos. No final da sessão está prevista uma festa para os mais novos, onde poderão tirar selfies em cenários de animação inspirados nas obras do festival. A entrada é livre e os espectadores estão convidados para o lanche. O filme de abertura passa às 14h30 do dia 21 de Setembro, sábado, e volta a ser exibido no sábado seguinte, a 5 de Outubro, às 17h00. Também em destaque está o filme de encerramento, “A Torre” (2018), de Mats Grorud, uma co-produção norueguesa e francesa, que conta a história de uma menina de 11 anos que vive com toda a família num campo de refugiados em Beirute, no Líbano, depois da expulsão do seu avô da Palestina em 1948. Baseada em entrevistas feitas com refugiados palestinianos há mais de seis décadas no Líbano, que anseiam até hoje poder regressar à sua verdadeira terra natal, esta é uma história de esperança que mistura técnicas de animação 2D com plasticina, que teve muito boas críticas à passagem pelos festivais de Annecy e Busan. Passa a 28 de Setembro e a 6 de Outubro, sempre às 19h30, para maiores de 13 anos. Cinema tabu O programa conta com diversas propostas para diferentes grupos etários, havendo animações para o público infantil, e outras para jovens e adultos. São 14 longas-metragens de animação, que passam pela produção internacional, a animação japonesa, e as sessões pensadas para o divertimento em família. Para os maiores de 18 está o filme “Tabu de Teerão” (2017), de Ali Soozandeh, “uma sinistra denúncia da repressão no Irão contemporâneo, conseguida com um misto de intimidade e distância através de animação rotoscópica (na qual os actores são redesenhados em computador) criada pela mestria do realizador germano-iraniano”. Falado em persa, com legendas em inglês e chinês, sobre uma sociedade patriarcal, onde são as mulheres que carregam o fardo mais pesado da vida. Galardoado Melhor Filme Internacional no Festival de Cinema de Jerusalém 2017, passou também pela Semana da Crítica do Festival de Cinema de Cannes 2017, pelo Festival de Animação de Annecy 2017 e pelo Festival Internacional de Cinema de Hong Kong 2018. Passa a 25 de Setembro e a 2 de Outubro, duas quartas-feiras às 21h30. “Ruben Brandt, Coleccionador” (2018), de Milorad Krstić, é um filme húngaro também recomendado a maiores de 18 anos, embora falado parcialmente em inglês, francês e italiano). Um famoso psicoterapeuta recruta os seus pacientes criminosos num assalto tipo Ocean’s Eleven para roubar as treze pinturas de arte que o assombram. Atrás de si anda um detective contratado pelo cartel de seguradoras para recuperar as valiosas pinturas. O filme passa a 28 se Setembro às 21h30 e a 3 de Outubro às 19h30. Ainda a destacar o filme “Funan” (2018), de Denis Do, vencedor do Prémio Cristal no Festival de Annecy 2018, sobre a história de uma jovem cujo mundo é subitamente virado de pernas para o ar com a chegada do regime Khmer Vermelho, no Camboja, em Abril de 1975. Esta foi uma “dura e impressionante estreia para o cineasta Denis Do, que recorreu à história da sua própria família para inspirar esta excitante história de amor, perda e esperança inabalável durante o mais terrível dos tempos”. Apesar do tema, a fita está classificada para maiores de 13 anos, com exibições a 22 de Setembro, às 21h30, e a 1 de Outubro às 19h30. Jovens na onda Os mais jovens e as crianças têm ainda um sortido de filmes para assistir durante as duas semanas de Festival. “Apanha a tua onda” (2019), de Yuasa Masaaki, sobre uma paixão entre um casal de adolescentes surfistas, ou “A Estalagem de Okko” (2018), de Kitarō Kōsaka, sobre uma menina órfã que vai viver para a estalagem da sua avó no campo, assinada pelo realizador de “A Viagem de Chihiro” (2001) e “Ponyo à Beira-Mar” (2008), são duas propostas japonesas para os adolescentes, entre outras películas interessantes, todas com duas exibições cada durante o evento. “Os Comedores de Meias Ímpares” (2016), de Galina Miklinova, é um divertido filme checo sobre criaturas invisíveis responsáveis por devorar peúgas, que integra o conjunto de películas dedicadas à família. Outro filme de relevo nesta categoria é “Tito e os Pássaros” (2018), de Gabriel Bitar, Andre Catoto, Gustavo Steinber, uma fita brasileira sobre o medo epidémico e contagioso em São Paulo, a cidade dos muros, onde vivem vinte milhões de pessoas atrás de vedações e portões electrificados. Há mais por onde escolher entre as sessões assinaladas como “Divertimento em Família”, que na compra de dois bilhetes, oferecem mais dois lugares para a sessão. Todas têm também duas exibições. Todos os bilhetes para o Festival de Animação custam 60 patacas e encontram-se já à venda. À semelhança do ano passado, estão agendados dois Workshops de Animação para a Família, orientados pela realizadora de animação local, Pudusina. O tema deste ano será a reciclagem e as oficinas realizam-se a 28 e 29 de Setembro, nas galerias do Anim’Arte nos Lagos Nam Van, em cantonense. As inscrições devem ser feitas até 20 de Setembro e custam 100 patacas.
Turismo | Mais de um milhão de pessoas nos hotéis em Julho Hoje Macau - 2 Set 2019 [dropcap]O[/dropcap]s hotéis e as pensões de Macau registaram 1.252.000 de hóspedes em Julho, um aumento de 3,5 por cento face a igual período do ano passado. Em comunicado, os Serviços de Estatística e Censos (DSEC) indicaram que a taxa de ocupação hoteleira cresceu 1,3 pontos percentuais em Julho, fixando-se nos 93,2 por cento. Os turistas permaneceram em média 1,4 noites no território. Neste último mês, a DSEC dá destaque ao número de hóspedes provenientes do interior da China (889.000) e da Coreia do Sul (44.000), que registaram um crescimento de 6,9 e 18,2 por cento, respectivamente. No final de Julho, existiam em Macau 119 hotéis e pensões em actividade (mais três, em termos anuais), disponibilizando um total de 39.000 quartos, uma ligeira descida de 0,2 por cento. Os Serviços de Estatística referem ainda que visitaram Macau em excursões, no último mês, 870.000 indivíduos, um acréscimo de 14,5 por cento em termos anuais. “Salienta-se que os números de visitantes em excursões provenientes do interior da China (714.000 indivíduos), de Hong Kong (12.000) e de Taiwan (63.000) aumentaram 19,0 por cento, 19,1 por cento e 2,7 por cento, respectivamente”, detalhou a DSEC. O visitante refere-se a qualquer pessoa que tenha viajado para Macau por um período inferior a um ano, um termo que se divide em turista (aquele que passa pelo menos uma noite) e excursionista (aquele que não pernoita). No mesmo comunicado, a DSEC dá também conta de que 135 mil residentes viajaram para o exterior, em Julho, com recurso a serviços de agências de viagens, o que representa mais 2,9 por cento em termos anuais homólogos. “De entre estes residentes, os que se deslocaram a Hong Kong (14.000) diminuíram 18,2 por cento”, afirmou a DSEC, numa altura em que o território vizinho é palco de manifestações anti-governamentais sem precedentes.
Turismo | Mais de um milhão de pessoas nos hotéis em Julho Hoje Macau - 2 Set 2019 [dropcap]O[/dropcap]s hotéis e as pensões de Macau registaram 1.252.000 de hóspedes em Julho, um aumento de 3,5 por cento face a igual período do ano passado. Em comunicado, os Serviços de Estatística e Censos (DSEC) indicaram que a taxa de ocupação hoteleira cresceu 1,3 pontos percentuais em Julho, fixando-se nos 93,2 por cento. Os turistas permaneceram em média 1,4 noites no território. Neste último mês, a DSEC dá destaque ao número de hóspedes provenientes do interior da China (889.000) e da Coreia do Sul (44.000), que registaram um crescimento de 6,9 e 18,2 por cento, respectivamente. No final de Julho, existiam em Macau 119 hotéis e pensões em actividade (mais três, em termos anuais), disponibilizando um total de 39.000 quartos, uma ligeira descida de 0,2 por cento. Os Serviços de Estatística referem ainda que visitaram Macau em excursões, no último mês, 870.000 indivíduos, um acréscimo de 14,5 por cento em termos anuais. “Salienta-se que os números de visitantes em excursões provenientes do interior da China (714.000 indivíduos), de Hong Kong (12.000) e de Taiwan (63.000) aumentaram 19,0 por cento, 19,1 por cento e 2,7 por cento, respectivamente”, detalhou a DSEC. O visitante refere-se a qualquer pessoa que tenha viajado para Macau por um período inferior a um ano, um termo que se divide em turista (aquele que passa pelo menos uma noite) e excursionista (aquele que não pernoita). No mesmo comunicado, a DSEC dá também conta de que 135 mil residentes viajaram para o exterior, em Julho, com recurso a serviços de agências de viagens, o que representa mais 2,9 por cento em termos anuais homólogos. “De entre estes residentes, os que se deslocaram a Hong Kong (14.000) diminuíram 18,2 por cento”, afirmou a DSEC, numa altura em que o território vizinho é palco de manifestações anti-governamentais sem precedentes.
Economia | Exportações crescem 13,6 por cento em Julho Hoje Macau - 2 Set 2019 [dropcap]M[/dropcap]acau exportou em Julho mercadorias no valor de 1,04 mil milhões de patacas, um crescimento de 13,6 por cento face a igual período do ano passado. Em contrapartida, o território importou, no mês em análise, bens avaliados em 7,20 mil milhões de patacas, menos 3,2 por cento em termos anuais homólogos, indicou a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Consequentemente, “o défice da balança comercial de Julho de 2019 foi de 6,16 mil milhões de patacas, aponta a DSEC, em comunicado. Sobre a queda nas importações, a DSEC destaca, em Julho, os valores importados de “telemóveis, materiais de construção e joalharia em ouro”, que caíram, respectivamente, 54,4 por cento, 41,1 por cento e 22,9 por cento. De acordo com a DSEC, nos primeiros sete meses do ano, o valor importado de mercadorias do interior da China baixou 5,4 por cento – em relação ao mesmo período de 2018 -, para 16,49 mil milhões de patacas. Em sentido inverso, no mesmo período em análise, o valor importado de mercadorias da União Europeia (13,52 mil milhões de patacas) e dos países de língua portuguesa (506 milhões de patacas) cresceu 6,5 por cento e 10,3 por cento, respectivamente. Já do lado das exportações, o valor exportado de mercadorias para o interior da China, entre Janeiro e Julho, fixou-se em 929 milhões de patacas, numa descida de 21,7 por cento face a igual período do ano passado. Os bens exportados para Hong Kong (4,89 mil milhões de patacas), para a União Europeia e para os Estados Unidos (112 milhões de patacas) subiram 10,4, 0,2 e 31,7 por cento, respectivamente, em termos anuais, indicou a DSEC. Por seu turno, os valores exportados de mercadorias para os países ao longo da iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota” (132 milhões de patacas) e para o bloco lusófono (981 mil patacas) desceram 8,4 e 96 por cento, respectivamente. Entre Janeiro e Julho, o défice da balança comercial em Macau cifrou-se em 42,04 mil milhões de patacas.
Economia | Exportações crescem 13,6 por cento em Julho Hoje Macau - 2 Set 2019 [dropcap]M[/dropcap]acau exportou em Julho mercadorias no valor de 1,04 mil milhões de patacas, um crescimento de 13,6 por cento face a igual período do ano passado. Em contrapartida, o território importou, no mês em análise, bens avaliados em 7,20 mil milhões de patacas, menos 3,2 por cento em termos anuais homólogos, indicou a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Consequentemente, “o défice da balança comercial de Julho de 2019 foi de 6,16 mil milhões de patacas, aponta a DSEC, em comunicado. Sobre a queda nas importações, a DSEC destaca, em Julho, os valores importados de “telemóveis, materiais de construção e joalharia em ouro”, que caíram, respectivamente, 54,4 por cento, 41,1 por cento e 22,9 por cento. De acordo com a DSEC, nos primeiros sete meses do ano, o valor importado de mercadorias do interior da China baixou 5,4 por cento – em relação ao mesmo período de 2018 -, para 16,49 mil milhões de patacas. Em sentido inverso, no mesmo período em análise, o valor importado de mercadorias da União Europeia (13,52 mil milhões de patacas) e dos países de língua portuguesa (506 milhões de patacas) cresceu 6,5 por cento e 10,3 por cento, respectivamente. Já do lado das exportações, o valor exportado de mercadorias para o interior da China, entre Janeiro e Julho, fixou-se em 929 milhões de patacas, numa descida de 21,7 por cento face a igual período do ano passado. Os bens exportados para Hong Kong (4,89 mil milhões de patacas), para a União Europeia e para os Estados Unidos (112 milhões de patacas) subiram 10,4, 0,2 e 31,7 por cento, respectivamente, em termos anuais, indicou a DSEC. Por seu turno, os valores exportados de mercadorias para os países ao longo da iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota” (132 milhões de patacas) e para o bloco lusófono (981 mil patacas) desceram 8,4 e 96 por cento, respectivamente. Entre Janeiro e Julho, o défice da balança comercial em Macau cifrou-se em 42,04 mil milhões de patacas.
Metro Ligeiro | Governo nega impacto do projecto na ponte Sai Van Andreia Sofia Silva e Juana Ng Cen - 2 Set 2019 O jornal Ou Mun publicou no fim-de-semana uma reportagem que dá conta de um possível impacto negativo do trajecto do metro ligeiro na ponte Sai Van. Contudo, o Gabinete para as Infra-estruturas de Transportes vem negar essa possibilidade [dropcap]O[/dropcap] assunto não é novo, mas voltou este fim-de-semana às páginas dos jornais. O jornal Ou Mun noticiou a possibilidade do trajecto do metro ligeiro poder afectar de forma negativa a estrutura da ponte Sai Van, mas, em comunicado oficial emitido na sexta-feira pelo Gabinete para as Infra-estruturas de Transportes (GIT), essa possibilidade é afastada. “O GIT adianta que esse conteúdo é apenas um rumor”, começa por dizer. “O Governo prestou, em Junho de 2010, os esclarecimentos sobre o critério do projecto da Ponte de Sai Van. A ponte, desde a sua construção e durante o seu funcionamento de mais de oito anos, não tem registado nenhum problema estrutural”, frisou o organismo. No que diz respeito aos critérios de construção, foram tidos em conta as especificidades técnicas em vigor na China mas também regulamentações adoptadas em países europeus, nos Estados Unidos, em Hong Kong e em Macau. Desta forma, o GIT assegura que a construção foi feita de acordo com as práticas internacionais, pelo que o viaduto tem capacidade para a circulação automóvel e do metro ligeiro. Com o projecto do metro, serão necessários apenas alguns ajustamentos, acrescentou o GIT. Arquitecto contra Ao jornal Ou Mun, o arquitecto responsável pelo projecto da ponte Sai Van, Xu Gongyi, referiu estar contra a passagem do metro ligeiro no local por razões de integridade e razoabilidade. A notícia levantou novamente dúvidas sobre a segurança do projecto e teve um grande impacto nas redes sociais. Ouvido pelo mesmo jornal, Wu Chou Kit, engenheiro civil e deputado nomeado à Assembleia Legislativa, defendeu que é necessário divulgar os resultados dos testes de segurança e resistência efectuados à ponte e que o engenheiro deve ser ouvido sobre o projecto, devendo ser exigida a sua autorização para que a obra do metro ligeiro avance.
Metro Ligeiro | Governo nega impacto do projecto na ponte Sai Van Andreia Sofia Silva e Juana Ng Cen - 2 Set 2019 O jornal Ou Mun publicou no fim-de-semana uma reportagem que dá conta de um possível impacto negativo do trajecto do metro ligeiro na ponte Sai Van. Contudo, o Gabinete para as Infra-estruturas de Transportes vem negar essa possibilidade [dropcap]O[/dropcap] assunto não é novo, mas voltou este fim-de-semana às páginas dos jornais. O jornal Ou Mun noticiou a possibilidade do trajecto do metro ligeiro poder afectar de forma negativa a estrutura da ponte Sai Van, mas, em comunicado oficial emitido na sexta-feira pelo Gabinete para as Infra-estruturas de Transportes (GIT), essa possibilidade é afastada. “O GIT adianta que esse conteúdo é apenas um rumor”, começa por dizer. “O Governo prestou, em Junho de 2010, os esclarecimentos sobre o critério do projecto da Ponte de Sai Van. A ponte, desde a sua construção e durante o seu funcionamento de mais de oito anos, não tem registado nenhum problema estrutural”, frisou o organismo. No que diz respeito aos critérios de construção, foram tidos em conta as especificidades técnicas em vigor na China mas também regulamentações adoptadas em países europeus, nos Estados Unidos, em Hong Kong e em Macau. Desta forma, o GIT assegura que a construção foi feita de acordo com as práticas internacionais, pelo que o viaduto tem capacidade para a circulação automóvel e do metro ligeiro. Com o projecto do metro, serão necessários apenas alguns ajustamentos, acrescentou o GIT. Arquitecto contra Ao jornal Ou Mun, o arquitecto responsável pelo projecto da ponte Sai Van, Xu Gongyi, referiu estar contra a passagem do metro ligeiro no local por razões de integridade e razoabilidade. A notícia levantou novamente dúvidas sobre a segurança do projecto e teve um grande impacto nas redes sociais. Ouvido pelo mesmo jornal, Wu Chou Kit, engenheiro civil e deputado nomeado à Assembleia Legislativa, defendeu que é necessário divulgar os resultados dos testes de segurança e resistência efectuados à ponte e que o engenheiro deve ser ouvido sobre o projecto, devendo ser exigida a sua autorização para que a obra do metro ligeiro avance.
Alexis Tam em Incheon com ministros da China, Japão e Coreia do Sul Raquel Moz - 2 Set 2019 [dropcap]O[/dropcap] secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, participou a convite da comitiva chinesa, na 11ª Reunião dos Ministros da Cultura e na 9ª Reunião dos Ministros do Turismo da China, Japão e Coreia do Sul, que se realizaram sexta-feira na cidade de Incheon, Coreia do Sul. Os encontros, quando se assinalam 20 anos de cooperação trilateral entre estes países asiáticos, visaram a assinatura de duas declarações conjuntas para uma maior cooperação de turismo e cultura, além da dinamização das potencialidades e expectativas previstas a esse nível. A RAEM e a RAEHK estiveram representadas na qualidade de membros especiais, por beneficiarem do regime “Um País, Dois Sistemas”, e por desempenharem um papel dinâmico na cooperação entre a China, Japão e Coreia do Sul nas áreas da cultura e do turismo como uma “força importante” neste intercâmbio. No seu discurso, Alexis Tam afirmou que Macau tem aproveitado a coexistência das culturas ocidental e oriental, e mantido a longo prazo um diálogo de intercâmbio aberto com todo o mundo, que inclui a “cooperação estreita com países vizinhos” como a Coreia do Sul e Japão. “Durante vários anos consecutivos, os sul-coreanos e japoneses ocupam o 1º e o 2º lugar dos turistas estrangeiros que visitam Macau”. O responsável acrescentou ainda que a “hospitalidade da população de Macau” tem acolhido bem os sul-coreanos e japoneses. “Por outro lado, o Japão e a Coreia do Sul são também destinos turísticos favoritos dos residentes de Macau, o que resulta no aumento constante das ligações aéreas” entre o território e os dois países, recordou. Para o ministro da Cultura e do Turismo chinês, Luo Shugang, estas reuniões pretendem uma maior integração e um desenvolvimento concertado entre diversos sectores sociais como a cultura, turismo e economia nos três países. Para isso “será indispensável a abertura, tolerância e aprendizagem mútua entre a China, Japão e Coreia do Sul” e a ”salvaguarda do património cultural na Ásia”. Como referiu ainda, “a cultura e o turismo constituem o melhor que o ser humano procura e persegue, estando intimamente relacionados com o bem-estar da população”. Conversas privadas Alexis Tam, que participou no encontro de Incheon na companhia da presidente do Instituto Cultural, Mok Ian Ian, e da directora dos Serviços do Turismo, Maria Helena de Senna Fernandes, teve no final oportunidade de trocar impressões com o ministro chinês Luo Shugang sobre as previsões do sector turístico em Macau, os preparativos para os espectáculos dos 20 anos do retorno de Macau à pátria, a cooperação cultural e turística entre a China, os Países de Língua Portuguesa e as cidades da região da Grande Baía.
Habitação social | Sulu Sou pede alteração nos limites de rendimentos de acesso Andreia Sofia Silva e Juana Ng Cen - 2 Set 2019 A mais recente interpelação escrita do deputado Sulu Sou debruça-se sobre o acesso dos residentes à habitação social. Para o pró-democrata, é importante alterar os limites de acesso a um espaço deste género, uma vez que há pessoas a desistirem de empregos para não perderem a casa, acusa [dropcap]S[/dropcap]ulu Sou, deputado à Assembleia Legislativa (AL), defende na sua mais recente interpelação escrita enviada ao Governo que devem ser facilitadas as condições de acesso da solicitação de habitações sociais, ao nível do ajustamento dos limites do rendimento mensal dos candidatos. Em causa estão queixas deixadas pelos residentes de que o actual limite estabelecido por lei é demasiado baixo, o que faz com que algumas famílias com carências económicas não sejam elegíveis para o acesso a uma habitação social, não só por terem outras rendas, mas também por estarem há muito tempo em lista de espera para terem acesso a uma habitação económica. Devido ao baixo limite de rendimentos expresso na lei, as famílias, mesmo que tenham capacidade de trabalho ou outros projectos, optam por não trabalhar ou pedem a reforma antecipada, para não irem além dos limites impostos pelo Governo, a fim de manterem a casa social onde vivem. Para Sulu Sou, o limite legal dificulta a possibilidade destas famílias acederem a uma vida melhor. O deputado ligado à Associação Novo Macau (ANM) quer que o Executivo explique a fórmula de cálculo e a diferença entre o valor de risco social e as despesas dos agregados familiares, pedindo esclarecimentos sobre um possível ajuste futuro nestes valores. Dados irreais O regime jurídico da habitação social em vigor determina duas opções caso o total do rendimento mensal ou do património líquido do arrendatário e família ultrapasse o limite máximo fixado. Se o montante “não ultrapassar o dobro do limite máximo, é pago o dobro do montante da renda”, enquanto que “se ultrapassar o dobro do limite máximo, o Instituto da Habitação (IH) pode celebrar com o arrendatário um contrato de arrendamento de curto prazo não renovável, devendo o arrendatário passar a efectuar o pagamento da renda em triplo, sem prejuízo do disposto no número seguinte”. Sobre este ponto, o Governo explicou que se trata de um mecanismo definido por lei para fazer com que as famílias com mais rendimentos saiam do sistema e assim possam entrar agregados familiares mais carenciados. O deputado lembrou que, na nova lei, a candidatura a uma casa social passou a ser permanente, podendo ser apresentada a qualquer momento, o que permite que o total do rendimento mensal e do património líquido do indivíduo se ajuste mais à realidade da situação. Sulu Sou quer, portanto, saber quais as medidas complementares a adoptar pelo Governo para garantir que o limite de acesso possa reflectir a situação económica das famílias. Além disso, o deputado deseja que sejam incluídos dados do salário médio mensal geral, ou seja, incluindo famílias que não estejam a residir em habitações públicas, para que o limite de acesso possa ser alargado a mais famílias de classe média.
Habitação social | Sulu Sou pede alteração nos limites de rendimentos de acesso Andreia Sofia Silva e Juana Ng Cen - 2 Set 2019 A mais recente interpelação escrita do deputado Sulu Sou debruça-se sobre o acesso dos residentes à habitação social. Para o pró-democrata, é importante alterar os limites de acesso a um espaço deste género, uma vez que há pessoas a desistirem de empregos para não perderem a casa, acusa [dropcap]S[/dropcap]ulu Sou, deputado à Assembleia Legislativa (AL), defende na sua mais recente interpelação escrita enviada ao Governo que devem ser facilitadas as condições de acesso da solicitação de habitações sociais, ao nível do ajustamento dos limites do rendimento mensal dos candidatos. Em causa estão queixas deixadas pelos residentes de que o actual limite estabelecido por lei é demasiado baixo, o que faz com que algumas famílias com carências económicas não sejam elegíveis para o acesso a uma habitação social, não só por terem outras rendas, mas também por estarem há muito tempo em lista de espera para terem acesso a uma habitação económica. Devido ao baixo limite de rendimentos expresso na lei, as famílias, mesmo que tenham capacidade de trabalho ou outros projectos, optam por não trabalhar ou pedem a reforma antecipada, para não irem além dos limites impostos pelo Governo, a fim de manterem a casa social onde vivem. Para Sulu Sou, o limite legal dificulta a possibilidade destas famílias acederem a uma vida melhor. O deputado ligado à Associação Novo Macau (ANM) quer que o Executivo explique a fórmula de cálculo e a diferença entre o valor de risco social e as despesas dos agregados familiares, pedindo esclarecimentos sobre um possível ajuste futuro nestes valores. Dados irreais O regime jurídico da habitação social em vigor determina duas opções caso o total do rendimento mensal ou do património líquido do arrendatário e família ultrapasse o limite máximo fixado. Se o montante “não ultrapassar o dobro do limite máximo, é pago o dobro do montante da renda”, enquanto que “se ultrapassar o dobro do limite máximo, o Instituto da Habitação (IH) pode celebrar com o arrendatário um contrato de arrendamento de curto prazo não renovável, devendo o arrendatário passar a efectuar o pagamento da renda em triplo, sem prejuízo do disposto no número seguinte”. Sobre este ponto, o Governo explicou que se trata de um mecanismo definido por lei para fazer com que as famílias com mais rendimentos saiam do sistema e assim possam entrar agregados familiares mais carenciados. O deputado lembrou que, na nova lei, a candidatura a uma casa social passou a ser permanente, podendo ser apresentada a qualquer momento, o que permite que o total do rendimento mensal e do património líquido do indivíduo se ajuste mais à realidade da situação. Sulu Sou quer, portanto, saber quais as medidas complementares a adoptar pelo Governo para garantir que o limite de acesso possa reflectir a situação económica das famílias. Além disso, o deputado deseja que sejam incluídos dados do salário médio mensal geral, ou seja, incluindo famílias que não estejam a residir em habitações públicas, para que o limite de acesso possa ser alargado a mais famílias de classe média.
Hong Kong | Dirigente barrado associa proibição de entrada em Macau a ataque em Yuen Long Andreia Sofia Silva - 2 Set 2019 Galileo Cheng, membro da Comissão Justiça e Paz da diocese católica de Hong Kong, foi este sábado impedido de entrar em Macau pela fronteira do Porto Exterior. Ao HM, o responsável disse acreditar que esta proibição pode estar relacionada com o ataque ocorrido na estação de metro de Yuen Long. “A polícia pode ter passado as informações a meu respeito à polícia de Macau”, disse [dropcap]A[/dropcap]s autoridades de Macau proibiram, este sábado, a entrada de Galileo Cheng, membro da Comissão Justiça e Paz da diocese católica de Hong Kong, que tentou entrar no território pela fronteira do Porto Exterior. A informação foi difundida na rede social Twitter, não só pelo próprio, mas também pelo jornalista do New York Times em Hong Kong, Ezra Cheung. Na sua conta na mesma rede social, Galileo Cheng partilhou o documento das autoridades onde se lê que a sua proibição de entrada ocorreu “por existirem fortes referências em como pretendia entrar na RAEM para a prática de actos que, pela sua natureza, podiam por em risco a segurança ou ordem pública da RAEM”. Em declarações ao HM, Galileo Cheng suspeita que a sua proibição de entrada está relacionada com o ataque ocorrido na estação de metro de Yuen Long, no passado dia 21 de Julho, onde esteve presente. “Suspeito que o relatório elaborado pela polícia de Hong Kong aquando do assalto na estação de metro de Yuen Long, a 21 de Julho, está relacionado com esta proibição, uma vez que a polícia de Hong Kong pode ter transmitido informações sobre mim à polícia de Macau”, disse. O ataque de Julho ocorreu durante um protesto pacífico relacionado com a proposta de lei da extradição, quando um grupo de homens de cara tapada, envergando t-shirts brancas e paus de bambu, começaram a atacar os manifestantes que se encontravam no local. A polícia de Hong Kong foi acusada de chegar demasiado tarde a Yuen Long e de não ter travado a onda de violência. Férias em família Galileo Cheng disse ainda ao HM que é provável que continue na lista das autoridades, apesar de assegurar que há muito que está afastado de movimentos sociais. “Sei que posso estar na lista (das autoridades) há muito tempo, e fui questionado há alguns anos pelos serviços de imigração dos dois territórios. Mas é ridículo que continue a ser banido quando estou fora dos movimentos sociais há anos.” No dia do ataque em Yuen Long, Galileo Cheng assegura que foi ferido e que deu apoio a uma jornalista no local. “Na fase em que estive ligado aos movimentos sociais, fazia trabalho de jornalista para a plataforma In Media HK.” Depois de deixar o hospital, em Julho, o responsável reportou os ferimentos de que foi vítima à polícia. A sua visita a Macau tinha dois objectivos específicos, conforme relatou ao HM. “Disse-lhes (às autoridades de Macau) que a minha visita ao território tinha como objectivo fazer férias e visitar familiares pró-Pequim.” Galileo Cheng assegura que o facto de esses familiares serem pró-Pequim coloca-o “numa posição difícil”. Por questões de segurança, o dirigente católico não quis avançar com quaisquer nomes. Questionado sobre a possibilidade de apresentar uma queixa contra as autoridades de Macau, Galileo Cheng garantiu que não o vai fazer, uma vez que essa acção seria “inútil”, pelo que “não vale a pena”.
Hong Kong | Dirigente barrado associa proibição de entrada em Macau a ataque em Yuen Long Andreia Sofia Silva - 2 Set 2019 Galileo Cheng, membro da Comissão Justiça e Paz da diocese católica de Hong Kong, foi este sábado impedido de entrar em Macau pela fronteira do Porto Exterior. Ao HM, o responsável disse acreditar que esta proibição pode estar relacionada com o ataque ocorrido na estação de metro de Yuen Long. “A polícia pode ter passado as informações a meu respeito à polícia de Macau”, disse [dropcap]A[/dropcap]s autoridades de Macau proibiram, este sábado, a entrada de Galileo Cheng, membro da Comissão Justiça e Paz da diocese católica de Hong Kong, que tentou entrar no território pela fronteira do Porto Exterior. A informação foi difundida na rede social Twitter, não só pelo próprio, mas também pelo jornalista do New York Times em Hong Kong, Ezra Cheung. Na sua conta na mesma rede social, Galileo Cheng partilhou o documento das autoridades onde se lê que a sua proibição de entrada ocorreu “por existirem fortes referências em como pretendia entrar na RAEM para a prática de actos que, pela sua natureza, podiam por em risco a segurança ou ordem pública da RAEM”. Em declarações ao HM, Galileo Cheng suspeita que a sua proibição de entrada está relacionada com o ataque ocorrido na estação de metro de Yuen Long, no passado dia 21 de Julho, onde esteve presente. “Suspeito que o relatório elaborado pela polícia de Hong Kong aquando do assalto na estação de metro de Yuen Long, a 21 de Julho, está relacionado com esta proibição, uma vez que a polícia de Hong Kong pode ter transmitido informações sobre mim à polícia de Macau”, disse. O ataque de Julho ocorreu durante um protesto pacífico relacionado com a proposta de lei da extradição, quando um grupo de homens de cara tapada, envergando t-shirts brancas e paus de bambu, começaram a atacar os manifestantes que se encontravam no local. A polícia de Hong Kong foi acusada de chegar demasiado tarde a Yuen Long e de não ter travado a onda de violência. Férias em família Galileo Cheng disse ainda ao HM que é provável que continue na lista das autoridades, apesar de assegurar que há muito que está afastado de movimentos sociais. “Sei que posso estar na lista (das autoridades) há muito tempo, e fui questionado há alguns anos pelos serviços de imigração dos dois territórios. Mas é ridículo que continue a ser banido quando estou fora dos movimentos sociais há anos.” No dia do ataque em Yuen Long, Galileo Cheng assegura que foi ferido e que deu apoio a uma jornalista no local. “Na fase em que estive ligado aos movimentos sociais, fazia trabalho de jornalista para a plataforma In Media HK.” Depois de deixar o hospital, em Julho, o responsável reportou os ferimentos de que foi vítima à polícia. A sua visita a Macau tinha dois objectivos específicos, conforme relatou ao HM. “Disse-lhes (às autoridades de Macau) que a minha visita ao território tinha como objectivo fazer férias e visitar familiares pró-Pequim.” Galileo Cheng assegura que o facto de esses familiares serem pró-Pequim coloca-o “numa posição difícil”. Por questões de segurança, o dirigente católico não quis avançar com quaisquer nomes. Questionado sobre a possibilidade de apresentar uma queixa contra as autoridades de Macau, Galileo Cheng garantiu que não o vai fazer, uma vez que essa acção seria “inútil”, pelo que “não vale a pena”.
AL | Chui Sai On criticado por deixar muitas propostas para o fim Hoje Macau - 2 Set 2019 [dropcap]A[/dropcap] qualidade da legislação pode estar em causa devido ao excesso de propostas de lei entregues à Assembleia Legislativa (AL) no último ano de mandato de Chui Sai On como Chefe do Executivo. A conclusão é do deputado Ho Ion Sang, em declarações proferidas ao Jornal do Cidadão. O legislador que preside à 1ª Comissão Permanente da AL recorda que nesta sessão legislativa já foram aprovadas 25 propostas de lei, enquanto outras 15 ainda se encontram em processo de análise na especialidade. De acordo com o Jornal do Cidadão, o deputado ligado à União Geral das Associações dos Moradores de Macau considera que o excesso de propostas deixadas para o último mandato deste Executivo pode comprometer a qualidade das mesmas. Além disso, Ho Ion Sang considera que, por vezes, é preferível fazer uma alteração parcial a uma lei, para adaptá-la a novas realidades sociais, em vez de legislar um novo regime legal. O deputado criticou ainda a falta de coordenação que pode levar à incompatibilidade entre diplomas. Porém, a eleição de Ho Iat Seng como Chefe do Executivo pode alterar o panorama da produção de leis, tendo em conta os 10 anos de experiência na AL, circunstância que o deputado dos moradores considera conducente com trabalhos legislativos mais fluidos e com maior qualidade.
AL | Chui Sai On criticado por deixar muitas propostas para o fim Hoje Macau - 2 Set 2019 [dropcap]A[/dropcap] qualidade da legislação pode estar em causa devido ao excesso de propostas de lei entregues à Assembleia Legislativa (AL) no último ano de mandato de Chui Sai On como Chefe do Executivo. A conclusão é do deputado Ho Ion Sang, em declarações proferidas ao Jornal do Cidadão. O legislador que preside à 1ª Comissão Permanente da AL recorda que nesta sessão legislativa já foram aprovadas 25 propostas de lei, enquanto outras 15 ainda se encontram em processo de análise na especialidade. De acordo com o Jornal do Cidadão, o deputado ligado à União Geral das Associações dos Moradores de Macau considera que o excesso de propostas deixadas para o último mandato deste Executivo pode comprometer a qualidade das mesmas. Além disso, Ho Ion Sang considera que, por vezes, é preferível fazer uma alteração parcial a uma lei, para adaptá-la a novas realidades sociais, em vez de legislar um novo regime legal. O deputado criticou ainda a falta de coordenação que pode levar à incompatibilidade entre diplomas. Porém, a eleição de Ho Iat Seng como Chefe do Executivo pode alterar o panorama da produção de leis, tendo em conta os 10 anos de experiência na AL, circunstância que o deputado dos moradores considera conducente com trabalhos legislativos mais fluidos e com maior qualidade.
Kou Hoi In destaca “predominância” do Executivo no relatório de actividades da AL João Luz - 2 Set 2019 [dropcap]N[/dropcap]o primeiro relatório de actividades da Assembleia Legislativa (AL) que assinou como presidente, Kou Hoi In escreveu na nota final que a casa das leis, ao longo das várias legislaturas, assentou num “modelo de trabalho harmonioso e interactivo com o órgão executivo”, concretizando-se “a predominância do poder executivo, que tem por núcleo o Chefe do Executivo”. O documento diz respeito à 2ª sessão legislativa da VI legislatura até ao dia 15 de Agosto, apesar da sessão terminar a 15 de Outubro. Segundo o relatório assinado por Kou Hoi In, até às férias a AL teve 52 plenários, com uma taxa média de assiduidade de 95 por cento, nos quais foram aprovadas 25 leis, uma resolução e 19 simples deliberações. Entre os 33 deputados, apenas oito marcaram presença em todas as sessões plenárias. A saber: Ho Ion Sang, Ng Kuok Cheong, Vong Hi Fai, Ella Lei, Wong Kit Cheng, Leo Chi Ngai, Lei Chan U e Leong Sun Iok. Os legisladores que menos presenças marcaram no hemiciclo no período em apreço foram Vítor Cheung Lup Kwan e o ex-presidente e Chefe do Executivo eleito Ho Iat Seng. Reuniões de comissões No que diz respeito a interpelações e intervenções no período de antes da ordem do dia, destaque para um quarteto de deputados que não tiveram qualquer interpelação ou intervenção: Chui Sai Cheong, mais uma vez Vítor Cheung Lup Kwan, Chan Chak Mo e Vong Hin Fai. Entre os legisladores que mais interpelações escritas subscritas durante o período em apreço, com 44 e 43 interpelações, contam-se Ho Ion Sang, Ng Kuok Cheong, Au Kam San, José Pereira Coutinho, Mak Soi Kun, Si Ka Lon, Wong Kit Cheng, Agnes Lam, Leong Sun Iok e Sulu Sou. Destaque ainda para Ip Sio Kai, que assinou uma interpelação escrita. Outra das actividades de excelência da AL acontece nas comissões permanentes e de acompanhamento. Na presente sessão legislativa, realizaram-se 220 reuniões das comissões, que tiveram uma taxa média de assiduidade situou-se em 90 por cento. Neste capítulo, destaque para a 2.ª Comissão Permanente, que tem Leong Sun Iok como presidente, que teve a maior actividade com 71 reuniões.
Exposição | Chui Sai On evoca as “qualidades nobres” de Mao Zedong João Luz - 2 Set 2019 Foi ontem inaugurada, no Museu das Ofertas sobre a Transferência de Soberania de Macau, a exposição “Na China Emergiu Mao Zedong”. A ocasião ficou marcada pelo emotivo e elogioso discurso de Chui Sai On à memória do “Grande Timoneiro” [dropcap]O[/dropcap] Presidente Mao Zedong foi um grande revolucionário, estratega e teórico, foi o principal fundador e um notável líder do Partido Comunista Chinês, do Exército de Libertação do Povo Chinês e da República Popular da China, que contribuiu de forma intensa e marcante para a independência e o rejuvenescimento da nação chinesa, bem como para a libertação e a felicidade do povo chinês. Os seus grandiosos méritos ficaram gravados na História e serão lembrados para sempre por todo o povo do País.” O rasgado elogio à figura de Mao Zedong foi o cerne do discurso do Chefe do Executivo, Chui Sain On, durante a cerimónia de inauguração da exposição de fotografia “Na China Emergiu Mao Zedong”, que decorreu ontem no Museu das Ofertas sobre a Transferência de Soberania de Macau. Chui Sai On destacou o progresso que a RAEM tem alcançado nas últimas duas décadas, partilhado com o povo “a dignidade e a glória da nobre pátria” o desenvolvimento “a bordo do comboio expresso” da China. Porém, sublinhou a obrigação de “não esquecer quem cavou o poço quando dele bebemos”. A exposição sobre o fundador da República Popular da China marca a 70.º aniversário do país e os 20 anos de retorno de Macau. Assim sendo, o líder do Governo local espera que a mostra dê a conhecer à população “os grandiosos actos e a invulgar vida deste fundador da Nova China”, assim como “estimular o sentimento patriótico da população e consolidar em Macau o amor pela pátria e por Macau.” Riqueza espiritual A mostra é composta por centenas de fotografias históricas e objectos que, segundo o Chefe do Executivo, “evocam a vida invulgar e as qualidades nobres deste líder do povo”, que “que sempre lutou junto com o povo e viveu ao longo de toda a sua vida guiado pelo conceito de ‘servir o povo de todo o coração’”. Num discurso em que evocou a concretização do “sonho chinês do grandioso rejuvenescimento da nação chinesa”, Chui Sai On mencionou a forma como a figura de Mao representa “a valiosa riqueza espiritual da nação chinesa que nos estimula a ter sempre em consideração os assuntos relacionados com as condições de vida do povo e com o seu bem-estar”, bem como a desenvolver “acções em prol da qualidade de vida da população”. Recorde-se que durante o comando do Grande Timoneiro, estima-se que entre 50 e 70 milhões de pessoas tenham morrido de fome, em particular durante a implementação da política da “Grande Salto para a Frente”, trabalhos forçados e execuções em massa.