Taça GT Macau não cativa gigantes japoneses

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Grande Prémio de Macau é o único evento de automobilismo no sudeste asiático que é levado realmente a sério no Japão, no entanto, com alguma surpresa, nenhum dos grandes construtores automóveis do país do sol nascente tem mostrado interesse na Taça GT Macau – Taça do Mundo FIA de GT e este ano não será excepção.

A Honda, a Nissan e a Toyota/Lexus têm uma enorme tradição no Circuito da Guia e nas corridas de Grande Turismo (GT). Hoje, todas elas têm carros para participar na prova, mas nenhuma das marcas nipónicas ainda se deixou seduzir pelos encantos da corrida implantada pela Federação Internacional do Automóvel (FIA) nas ruas de Macau pela primeira vez em 2015.

Ao contrário dos construtores automóveis germânicos, que usam esta corrida como plataforma para promover os seus carros de competição neste ponto do globo e aproveitar o clima de festa da cidade para organizar eventos para os seus convidados, os fabricantes japoneses ainda não encontraram razão para tal.

“Os nossos programas são definidos no início do ano e Macau não faz parte do nosso calendário”, explicou ao HM, Paul Ryan, o responsável pela comunicação global da Nissan Nismo. “Nós estamos constantemente a avaliar campeonatos e eventos em todo o mundo que pensamos que nos irá proporcionar um maior benefício – do ponto de vista técnico, desportivo e de marketing.”

Desde que a Taça GT Macau ganhou o estatuto da Taça do Mundo FIA, a Nissan, que terá carro novo em 2018, nunca mostrou interesse em participar oficialmente na prova, nem nunca se fez representar na prova através de equipas privadas. O ano passado, a Spirit Z Racing, a equipa por quem André Couto conduziu nas duas primeiras provas da temporada no Campeonato da China de GT, chegou a inscrever um Nissan GT-R Nismo GT3, mas acabou por não alinhar. A equipa chinesa planeava este ano efectivar as suas intenções na prova, mas depois do violento acidente de Couto no Circuito de Zhuhai, em Julho, os planos terão mudado radicalmente.

Após vários anos de desenvolvimento e alguns atrasos a Toyota, marca que sempre pôs à prova o seus jovens pilotos na corrida de Fórmula 3 e por várias vezes trouxe equipas oficiais à Corrida da Guia, finalmente este ano conseguiu colocar nas pistas a correr o imponente Lexus RC F GT3. O carro tem corrido na Europa, em provas seleccionadas, e no Japão, no popular campeonato Super GT. Questionada pelo HM se tinha planos para alinhar na prova do território com o carro que obteve a sua primeira vitória em Portugal no início do ano, a Toyota Motorsport Gmbh, que é responsável pelo braço desportivo europeu da marca, clarificou que  “as actuais equipas GT3 (europeias e japonesas) não têm planos para participar em Macau. Claro, que o processo de venda de carros aos clientes começou agora, portanto, em teoria, uma nova equipa pode encomendar o carro e inscrever-se, mas penso que é muito cedo para isso. Não esperamos ver nenhum Lexus GT3 este ano em Macau”.

E vão três

A Honda foi o último dos “três grandes japoneses” a entrar na categoria FIA GT3, aquela que dá corpo à Taça GT Macau presentemente. A Honda tem vindo a desenvolver este ano o NSX GT3 em corridas nos Estados Unidos da América, tendo, para isso, se apoiado na JAS Motorsport, a equipa oficial da marca no WTCC e que teve a seu cargo o chassis, e na Honda Japão, que afinou o V6 biturbo nipónico para a competição. A partir do próximo ano, a Honda finalmente terá um programa global que foi apresentado no Verão na Bélgica, durante o fim-de-semana das 24 horas de Spa-Francorchamps.  Este ano, uma presença no Grande Prémio seria muito prematuro.

A Honda Motor Europe esclareceu ao HM que “este é um programa para clientes e a Honda irá apoiar os seus clientes em qualquer evento que escolham participar”. A equipa norte-americana Michael Shank Racing é a única de momento a possuir o NSX GT3 e como corre com o apoio único da filial norte-americana Acura, pouco sentido faria trazer os seus bólides até à RAEM. Em 2017 a Honda concentrará as suas actividades no Grande Prémio em redor da actuação da equipa oficial do WTCC que competirá na Corrida Guia, este ano novamente pontuável para o mundial de carros de Turismo.

A lista de inscritos da edição de 2017 da Taça GT Macau – Taça do Mundo FIA de GT só deverá ser dada a conhecer em Outubro, mas, no que respeita às equipas oficiais, deverá consistir novamente na forte presença dos construtores automóveis germânicos: Audi, BMW, Mercedes-Benz e Porsche.


Escola de Futebol Juvenil com treinos de captação

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Escola de Futebol Juvenil vai realizar treinos de captação no domingo, entre as 12h00 e as 13h00, no Campo Miniatura do Centro Desportivo Olímpico de Macau, na Taipa. Os treinos estão abertos a residentes nascidos entre 2004 e 2005, e os interessados vão ser avaliados através de diferentes testes técnicos, que incluem corrida com bola, passe, avaliação de reflexos e situação de jogo. Os jogadores devem comparecer no campo de treinos com fato de treino e calçado adequado para os testes. Após os treinos de captação, o nome dos jovens escolhidos para frequentarem a Escola de Futebol Juvenil vai ser conhecido na próxima quarta-feira, através do portal do Instituto do Desporto, e os treinos começam no dia seguinte. A Escola de Futebol Juvenil de Macau é uma iniciativa do Instituto do Desporto e da Associação de Futebol de Macau.

22 Set 2017

Yokohama regressa ao Grande Prémio

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Federação Internacional do Automóvel (FIA) comunicou esta terça-feira que a  Yokohama venceu o concurso de fornecimento exclusivo de pneus para a edição deste ano da Taça do Mundo FIA de Fórmula 3 do 64º Grande Prémio de Macau. Este é um regresso da marca japonesa a uma prova que está intrinsecamente ligada.

A Yokohama tinha o exclusivo de fornecimento de pneus para a corrida de Fórmula 3 desde 1983, a primeira edição, mas o ano passado, quando a co-organização do evento passou para as mãos da FIA, perdeu-o para a rival Pirelli. Apesar de estar na Fórmula 1, o construtor italiano não tinha, nem tem, qualquer presença na Fórmula 3, tendo a sua selecção causado espanto em vários quadrantes do automobilismo internacional. Não é do conhecimento público se a marca italiana de pneus participou no concurso deste ano.

Para encontrar a especificação ideal do composto a utilizar no Circuito da Guia, o construtor nipónico de pneus irá organizar uma sessão de colectiva de testes com as equipas e pilotos participantes. Este ano a Dallara, o construtor que tem o monopólio na fabricação de carros de Fórmula 3, apresentou um novo kit aerodinâmico que nunca foi utilizado em competição com pneus Yokohama.

A Taça do Mundo FIA de Fórmula 3 vai manter este ano o mesmo formato do ano passado, com duas sessões de treinos-livres, duas sessões de qualificação, uma Corrida de Qualificação, no sábado, e a finalíssima corrida de 14 voltas na tarde de domingo a encerrar o programa. A edição de 2016 foi ganha pelo português António Félix da Costa.

21 Set 2017

André Pires já tem convite do 51º Grande Prémio de Motos

[dropcap style≠’circle’]P[/dropcap]ortugal vai estar novamente representado no Grande Prémio de Motos de Macau. Apesar das dificuldades que têm os pilotos portugueses em ser aceites no evento, devido aos rígidos critérios de selecção da prova do território, pelo menos um motociclista luso está praticamente confirmado à partida: André Pires.

O piloto natural de Vila Pouca de Aguiar, em Trás-os-Montes, que este ano está a disputar o Campeonato Nacional de Velocidade, na classe SuperBikes, aos comandos da Kawasaki ZX 10RR da equipa Kawasaki Oneundret Racing Team, está a preparar-se para participar naquele que é o maior evento de motociclismo do Sudeste Asiático.

A presença da representação lusitana está todos os anos pendente do número de convites que as entidades de Macau endereçam à Federação de Motociclismo de Portugal (FMP), mas Pires, que é o único motociclista português da actualidade que cumpre os critérios de selecção da prova, já tem o que carimbo que precisa para estar à partida.

“O convite já está confirmado. Agora estou a trabalhar na equipa que vou levar”, atestou Pires ao HM. O ano transacto, numa edição ganha pelo britânico Peter Hickmann, em BMW, Pires levou uma Bimota, de motor BMW e preparada no Reino Unido, até ao 19º lugar final. Para a edição deste ano o piloto português está “a trabalhar para levar uma equipa totalmente portuguesa. Acho que é mais fácil em todos os sentidos. Assim vou mais à-vontade e com uma mota que conheço.”

Tão ou mais importante que assegurar uma máquina competitiva para a prova de Novembro, Pires está também a trabalhar arduamente para tentar “reunir os necessários patrocinadores para ajudarem a concretizar este ambicioso projecto”.

O 64º Grande Prémio de Macau decorre entre os dias 16 a 19 de Novembro do corrente ano.

Team Portugal é objectivo da Federação Portuguesa

O Grande Prémio de Motos de Macau continua a despertar bastante interesse em Portugal e a FMP gostava de no futuro contar com uma participação mais numerosa.

“Gostávamos de participar com o Team Portugal com dois pilotos, mas infelizmente não temos mais nenhum piloto que cumpra com os requisitos de participação”, disse ao HM o Vice-presidente e responsável pela Comissão de Velocidade da FMP, o Coronel Armando Marques. “Actualmente acredito que os pilotos portugueses consigam obter tempos para se qualificarem para a corrida”, explicou o dirigente federativo, acrescentando que o problema “reside no cumprimento dos requisitos definidos pela organização do Grande Prémio de Macau para a elegibilidade de participação que nós compreendemos e, obviamente, aceitamos.”

O motociclismo de velocidade em Portugal baseia-se essencialmente em competições de circuito e muito raramente há a oportunidade, ou ensejo, para os pilotos lusos participarem nas mais prestigiadas provas de estrada, como o Grande Prémio de Macau, a conceituada prova da Ilha de Man ou a North West 200.

“A maioria dos pilotos portugueses, com uma ou outra excepção, quando opta pela internacionalização é pela participação em provas de campeonatos do Mundo ou da Europa, em vez da participação nas corridas de Road Racing”, explica o Coronel Armando Marques, que salienta que ‎”devemos manter uma ligação “muito especial” com Macau e com o seu Grande Prémio, por isso, este é um assunto que temos de dar uma outra atenção no futuro próximo”.

Portugal neste momento não tem qualquer evento de motociclismo de estrada, mas os organizadores do Circuito de Vila Real, onde até 1993 se realizaram provas de motociclismo de velocidade, estão a estudar a possibilidade de ressuscitar o evento no traçado citadino que já recebe uma etapa do WTCC. Na edição deste ano do evento transmontano foi realizada uma demonstração que foi acolhida com bastante entusiasmo pelo público e participantes.

17 Set 2017

“China GT” | Ávila vai conduzir um Aston Martin

[dropcap style≠’circle’]R[/dropcap]odolfo Ávila vai fazer a sua estreia este fim-de-semana no Campeonato da China de GT. O piloto português de Macau recebeu um convite de última hora por parte da equipa chinesa ZIA FEA Racing, para conduzir um Aston Martin Vantage GT4 na quarta prova do campeonato, que se disputa este fim-de-semana no Circuito Internacional de Xangai.
Esta não será a primeira vez que Ávila irá alinhar numa corrida destinada a viaturas da categoria GT4. Em Agosto, durante o fim-de-semana da prova do Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC) em Xangai, o piloto da RAEM teve a oportunidade de partilhar a condução de um KTM X-Bow GT4 com o piloto local He Yang nas duas corridas pontuáveis para o campeonato GT Masters – competição rival do Campeonato da China de GT – conquistando um pódio na segunda corrida. Contudo, esta será a primeira vez que Ávila irá guiar em situação de corrida um Aston Martin e representar aquela que é a primeira equipa de automobilismo profissional da cidade de Zhengzhou, a capital da província chinesa de Henan.
“Não conheço a equipa e a primeira vez que vou conduzir um Aston Martin vai ser amanhã nas sessões de treinos-livres. O meu companheiro de equipa é um Gentleman Driver que está a dar os primeiros passos neste desporto, portanto as minhas ambições em termos de resultados para este fim-de-semana são limitadas”, referiu Ávila ao HM. O piloto oficial da SAIC Volkswagen no CTCC vai participar nesta prova, acima de tudo, “para me divertir e pela experiência”, esperando que o seu companheiro de equipa, Yang Zhyhi, “possa beneficiar da possibilidade de ter um piloto mais rápido como referência, ajudando-o a evoluir como piloto”.

Dois vezes dois

Para além do Aston Martin Vantage, que dá nas vistas pelo ruidoso motor V8 de 4.7 litros, na categoria GT4, que engloba os carros de Grande Turismo de competição mais próximos das versão de estrada, estão viaturas tão diversas como o Lotus Evora, KTM X-Bow ou o McLaren 570S.
O fim-de-semana é composto por duas sessões de qualificação e por duas corridas, uma no sábado, outra no domingo, de uma hora cada, e com troca obrigatória de piloto.
Recorde-se que André Couto vinha a participar esta temporada neste mesmo campeonato, mas inserido na categoria GT3 com um Nissan GT-R, até ao grave acidente no Circuito Internacional Zhuhai no passado mês de Julho. Ao contrário do que acontece em vários outros campeonatos, os carros da categoria GT3 e GT4 correm em corridas separadas no campeonato chinês da especialidade.

Râguebi | Portugal na final do World Rugby U20 Trophy

[dropcap style≠’circle’]P[/dropcap]ortugal qualificou-se pela primeira vez para a final do Troféu Mundial de Râguebi de sub-20, a decorrer no Uruguai, ao derrotar as Ilhas Fiji na quarta-feira, por 16-13. Depois de ter vencido o Uruguai, por 20-18, e Hong Kong, por 31-24, Portugal assegurou o primeiro lugar do Grupo B com o triunfo sobre as Ilhas Fiji e apurou-se para a final, na qual vai defrontar o Japão, no domingo. A selecção portuguesa, representante da Europa no World Rugby U20 Trophy – torneio mundial de segundo escalão -, mostrou-se à altura do desafio, com um ensaio de Francisco Vassalo e respectiva conversão de Jorge Abecassis, que bateu com êxito três pontapés de penalidade.
Caso a equipa lusa vença os nipónicos, que também ganharam os três jogos do Grupo A, alcançará um feito inédito assegurando pela primeira vez a presença no World Rugby U20 Championship, que será disputado na Escócia, em 2018. A World Rugby U20 Championship é a divisão de elite no escalão sub-20, em que apenas competem as 12 melhores selecções do mundo.

US Open | Del Potro ‘despacha’ Federer e marca encontro com Nadal

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] argentino Juan Martin Del Potro, 28.º jogador mundial, afastou quarta-feira Roger Federer, terceiro, do Open dos Estados Unidos e da liderança do ‘ranking’, ao bater o suíço nos quartos de final do último ‘Grand Slam’ do ano. Perante o jogador frente ao qual conquistou a edição 2009 da prova, Del Potro superiorizar-se pela sexta vez, em 22 embates, desta feita por 7-5, 3-6, 7-6 (10-8) e 6-4, em 2:51 horas e após salvar quarto ‘set points’ no ‘tie break’ do terceiro parcial. “Fiz o meu melhor jogo do torneio e penso que mereci esta vitória”, disse Juan Martin Del Potro, que na eliminatória anterior salvou dois ‘match points’ face ao austríaco Dominic Thiem, para vencer o embate em cinco ‘sets’. Nas meias-finais, Del Potro vai encontrar o espanhol Rafael Nadal, líder do ‘ranking’ mundial, que superou nos ‘quartos’ o russo Andrey Rublev, 53.º da hierarquia, e procura o terceiro título no US Open, após as vitórias em 2010 e 2013.

8 Set 2017

Karting | Campeonatos CIK FIA Ásia-Pacifico cancelados

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s campeonatos CIK FIA Ásia-Pacifico para as categorias KZ e OK, que iriam fazer parte do programa da edição de 2017 do Grande Prémio Internacional de Karting de Macau, foram cancelados na pretérita semana a pedido das entidades responsáveis pelo evento no território.

Porém, o acontecimento anual mais relevante do Kartódromo de Coloane continua agendado para o segundo fim-de-semana de Dezembro, depois de o ano passado ter sido realizado no final de Novembro, mas já não se irão atribuir os títulos dos dois mais importantes campeonatos CIK FIA para a região Ásia-Pacifico.

Seis dias depois de ter aberto o período de inscrições, confirmado através de uma nota publicada no seu portal a regras dos pneus e ter elogiado os organizadores da prova do território, a federação internacional emitiu um comunicado lacónico sobre a anulação do evento: “Inicialmente agendado para 8 a 10 de Dezembro, no Kartódromo de Coloane de Macau, o Campeonato CIK FIA Ásia-Pacifico para as classes OZ e KZ foi cancelado a pedido do organizador.”

Instada a comentar o assunto pelo HM, a federação internacional escusou-se a entrar em detalhes, comunicando que se tratou de uma decisão do organizador.

Plataforma de topo

Por seu lado, contactado pelo HM, o Instituto do Desporto (ID)  esclareceu que, apesar da anulação das corridas que seriam cabeça de cartaz do evento, o Grande Prémio Internacional de Karting será realizado na data inicialmente proposta.

“O Grande Prémio Internacional de Karting de Macau será realizado de 7 a 10 de Dezembro deste ano na pista de karting de Coloane. Este evento continuará a servir como plataforma para os pilotos de karting de topo, assim como para os entusiastas de desportos motorizados de Macau e de todo o mundo, demonstrarem as suas capacidades e competirem juntos para promoverem este desporto excitante”.

Sobre o programa de provas do evento, o ID clarifica que  este ainda não está fechado, estando a Associação Geral Automóvel de Macau – China (AAMC) a ultimar os preparativos.

“No que respeita ao programa do evento do Grande Prémio Internacional de Karting de 2017, a AAMC está ainda em negociações com várias partes, incluindo a CIK FIA, para a composição das diferentes categorias do evento. Mais detalhes sobre o acontecimento serão anunciados no devido tempo, assim que a AAMC chegue a acordo com todas as partes interessadas”, explica a nota informativa do ID enviada ao HM.

Igualmente agendado para o mesmo fim-de-semana, como aliás é parte da tradição, ainda continua a última jornada do Campeonato Asiático Open de Karting (AKOC, na sigla inglesa) que traz consigo as suas várias classes e sub-categorias. A maior competição de Karting do continente asiático já passou pela RAEM este ano, no passado mês de Junho.

4 Set 2017

Jovem de Macau vence Asiático de Fórmula Renault 2.0

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] piloto de Macau, Leong Hon Chio, também conhecido por Charles Leong, de apenas 15 anos, sagrou-se o mais jovem campeão da história do asiático de Fórmula Renault 2.0, o mais antigo campeonato de monolugares da região e que conta com o adminículo da Renault Sport. O mais novo campeão da história do campeonato era até aqui o português residente no território, Rodolfo Ávila, que em 2003 conquistou este título aos 16 anos, numa época em que a competição ainda tinha uma corrida no programa do Grande Prémio de Macau.

Leong alcançou o título no passado domingo em Xangai, tendo bastado para isso ter terminado uma corrida no segundo lugar e outra no terceiro posto, selando as contas do campeonato quando ainda faltam realizar as duas corridas finais no Circuito Internacional de Zhuhai. Na sua caminhada para a conquista do ceptro de campeão da temporada de 2017, o piloto da RAEM já subiu ao pódio por nove vezes, em dez possíveis,  vencendo por quatro ocasiões.

O jovem piloto do território iniciou-se nos campeonatos de karting de Macau e do sul da China, subindo às categorias de monolugares apenas a meio do ano passado, após ter atingido a idade mínima de 15 anos permitida pelos regulamentos.

Na conferência de imprensa, após as corridas de Xangai, Leong agradeceu o apoio da família e da sua equipa, realçando novamente que gostaria de “dar o salto” para a mais exigente realidade europeia no próximo ano, algo que será muito difícil de concretizar se não contar com os vitais apoios locais.

Bis à vista

Aquele que é unanimemente apontado como a mais jovem esperança do automobilismo da RAEM pode ainda ir mais longe esta temporada, pois encontra-se actualmente a liderar isolado o Campeonato da China de Fórmula 4 quando faltam apenas dois eventos por disputar. Se conseguir o feito,  que está perfeitamente ao seu alcance, dada a hegemonia demonstrada na competição patrocinada pelo construtor automóvel chinês Geely, o estudante do secundário será o primeiro piloto do território a vencer dois campeonatos de monolugares numa mesma temporada.

29 Ago 2017

Gp Internacional de Karting já tem data

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] data da edição deste ano do Grande Prémio Internacional de Karting de Macau foi finalmente confirmada pela federação internacional CIK-FIA. Assim sendo, o evento anual mais importante do Kartódromo de Coloane será realizado de 8 a 10 de Dezembro, depois de o ano passado ter sido realizado no final de Novembro, e atribuirá os títulos dos campeonatos CIK FIA Ásia-Pacifico para as categorias KZ e OK.

“A competição CIK-FIA em Macau é altamente considerada pelo seu circuito de 1203 metros, uma calorosa recepção e uma excelente organização da Associação Geral Automóvel Macau-China. Além do aspecto desportivo, também é uma óptima oportunidade para os construtores de chassis e fabricantes de motores se destacarem em frente ao mercado asiático”, disse a CIK-FIA em comunicado.

Não são por agora conhecidas muitas informações em relação ao evento deste ano, no entanto,  como em 2016, onde o vencedor da prova foi o experiente piloto francês Tom Leuillet, por razões logísticas, os pilotos terão que usar pneus à sua escolha dentro daqueles homologados pela CIK-FIA. As inscrições para a prova abriram no passado dia 17, custam 458 euros e terminam apenas a 9 de Novembro.

Igualmente agendado para o mesmo fim-de-semana, como aliás é parte da tradição, está a última jornada do Campeonato Asiático Open de Karting (AKOC, na sigla inglesa) que traz consigo as suas várias classes e sub-categorias. A maior competição de Karting no continente asiático já passou pela RAEM este ano, no passado mês de Junho.

Jovem luso quer voltar

Portugal esteve pela primeira vez representado no Grande Prémio Internacional de Karting de Macau em 2016.  Yohan Sousa esteve sempre na luta por um lugar no pódio na categoria KZ, a classe rainha do karting mundial das competições CIK-FIA, em que o jovem piloto de Torres Novas se tinha visto privado de correr nos últimos seis meses antes da prova devido a uma lesão no pé esquerdo. Na Final, o piloto português arrancou bem da quinta posição e assumiu o terceiro lugar, mas a partir da terceira das 25 voltas, viu-se forçado a completar o resto da corrida com o tirante empenado, devido a um toque. Ainda assim, Sousa que correu com um chassis CRG e motor TM, pelos italianos da CRG Spa, não baixou os braços e garantiu um histórico quinto lugar para Portugal na prova.

Sousa poderá voltar em Novembro a Macau, como o próprio admite. “Estamos realmente a pensar voltar”, disse o piloto ao HM. “Aguardamos se a federação de Macau vai apoiar de novo os pilotos, como fizeram o ano passado, de forma a validar a minha participação”.

Em 2016, para tentar cativar uma presença mais forte de concorrentes internacionais, foi oferecido por participante um subsídio de 3,000 dólares norte-americanos e dois quartos duplos por cinco noites no Hotel Pousada Marina Infante, em Coloane.

22 Ago 2017

Filipe Souza ía conduzir um Chevrolet mas já não vai

[dropcap style≠’circle’]F[/dropcap]ilipe Clemente Souza tinha um acordo para disputar as corridas do Campeonato do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCC)  em Ningbo, na República Popular da China, e em Motegi, no Japão, com a equipa espanhola Campos Racing. Contudo, a estrutura de Adrian Campos resolveu alterar as condições acordadas inicialmente com Souza para este conduzir o Chevrolet Cruze RML TC1. Logo a seguir, a apareceu o interesse nos serviços do piloto macaense por parte da RC Motorsport, uma equipa com base em França e que herdou os LADA Vesta TC1 que pertenciam à equipa da fábrica antes desta abandonar o WTCC no final da temporada de 2016. Chegar a acordo com a RC Motorsport  não terá sido difícil e o piloto da RAEM irá assim conduzir o carro russo utilizado pelo piloto português Manuel Pedro Fernandes na prova WTCC nas ruas de Vila Real em Junho.

Sem facilidades

Souza regressa assim ao WTCC, onde competiu pela primeira vez em 2011, vencendo em 2014 o Troféu Asiático. No entanto, o piloto de matriz portuguesa nunca teve a oportunidade de conduzir um S2000 TC1, algo que acontecerá pela primeira vez no primeiro treino-livre oficial a realizar no novo circuito de Ningbo, a 14 de Outubro.

Campeão de carros de Turismo de Macau em 2015 e 2016, na classe “AAMC Challenge”, Souza repetiu o mini-campeonato do território e está este ano a competir no campeonato TCR China, onde obteve um segundo lugar na prova de abertura em Xangai. Para as provas do WTCC, Souza mantém as expectativas moderadas dada a competitividade inferior do LADA em relação aos rivais Honda, Citroen ou Volvo, e também à sua menor experiência face a uma concorrência que conduz estes carros o ano todo.

“Sei que vai ser um bocado difícil para mim, já que nunca conduzi nesta pista (Ningbo) e o carro também é novo para mim. Vou dar o meu melhor. Tal como todos os pilotos, vou lutar pela melhor posição possível”, assevera o piloto que é apoiado pela Sniper Capital nesta incursão no mundial.

Francois Ribeiro, o responsável máximo pela Eurosport Events, a empresa que promove o WTCC, deu as boas vindas a Souza, elogiando a postura do piloto de Macau. “É muito bom ter o Filipe de volta ao WTCC e para a RC Motorsport ter um terceiro carro na grelha de partida. A temporada de 2017 do WTCC está a ser muito competitiva, portanto será um desafio para o Filipe, mas ele tem a atitude certa para tirar o máximo desta oportunidade”, afirmou o responsável francês.

Nestas duas provas, Souza fará equipa com os habituais pilotos da equipa, o francês Yann Ehrlacher e o norte-americano Kevin Gleason. Todavia, no Grande Prémio de Macau, Souza irá participar na Taça de Carros de Turismo de Macau – CTM, prova em que terminou na segunda posição o ano passado. A RC Motorsport e o Eurosport Events estão agora à procura de um piloto para guiar o carro russo no Circuito da Guia e este terá sido oferecido a pelo menos dois pilotos portugueses e também a alguns pilotos de carros de Turismo do território.

Atletismo | Inês Henriques com ouro e recorde do mundo

[dropcap style≠’circle’]I[/dropcap]nês Henriques conquistou ontem a medalha de ouro nos 50 km marcha, nos mundiais de atletismo que decorrem em Londres, uma prova que tinha apenas sete atletas inscritas e que cuja distância se disputava pela primeira vez em mundiais.

A atleta portuguesa liderou toda a prova, mas descolou verdadeiramente da concorrência, duas atletas chinesas, por volta dos 30 km. Tirou mais de dois minutos ao recorde mundial, que já era seu, fixado em Janeiro, terminando com 4h05.56.

Atrás de si as chinesas Hang Yin (4.08.59), que bateu largamente o seu recorde pessoal e fixou um recorde da Ásia, e Shuqing Yang (4h20.50), que bateu o recorde pessoal também.

Em quarto lugar ficou a norte-americana Kathleen Burnett, a última a terminar a prova, com 4h21.51, recorde americano.

Num evento muito duro e em estreia, recorde-se, a norte-americana Erin Talcott foi desclassificada e a brasileira Nair da Rosa e outra norte-americana, Susan Randall, desistiram.

Na prova masculina, que decorreu ao mesmo tempo, venceu, sem surpresas, o francês neto de portugueses Yohann Diniz, com 3h33.11, recorde dos campeonatos, à frente de dois japoneses, Hiroki Arai e Kai Kobayashi.

João Vieira foi 11.º com 3h45.28 e Pedro Isidro foi 32.º com 4h02.30.

14 Ago 2017

Macau vai continuar na Taça da Corrida Chinesa em 2017

[dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]o passado fim-de-semana, no Circuito Internacional de Xangai, enquanto se disputava a quinta ronda do Campeonato da China de Carros de Turismo e a jornada de abertura do TCR China, a BAIC Motor e a Shanghai Lisheng Racing Co. Ltd apresentaram o novo formato da “Taça da Corrida Chinesa”, assim como o novo carro que dará forma a este mini-campeonato de automobilismo de quatro provas, o BAIC Senova D50 TCR.

A competição que nasceu há três anos com o intuito de fomentar as relações das quatro associações automóveis da Grande China, vai mudar de formato este ano. Apesar de manter o apoio das associações, como é possível notar pelo logótipo da Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC) ostentado pelo carro presente na cerimónia de apresentação, a competição deixa de confrontar em pista as associações, passando este saudável combate a ficar a cargo de cidades e equipas. Sendo assim, em vez de termos AAMC contra o HKAA ou a CTMSA, vamos ter Macau, como cidade, a enfrentar Hong Kong, Taipei, Pequim, Shenzhen, Nanjing, Hangzhou, Guangzhou, Zhuhai, Tianjin, Xangai e Chongqing.

Ao contrário das edições passadas, em que havia uma mesma equipa que prestava serviços técnicos a todos os participantes, agora cada cidade é representada por duas viaturas preparadas por uma equipa local. A Champ Motorsport, do ex-piloto de F3 do território e da “Taça da Corrida Chinesa”, Michael Ho, será responsável pelos dois Shen Bao da cidade de Macau. A equipa ainda não decidiu quem serão os pilotos designados para esta aventura.

O atraso no desenvolvimento, construção e entrega das viaturas irá retardar o arranque campeonato. A prova de abertura está agendada para o novo circuito de Zhejiang, no fim-de-semana de 7 e 8 de Outubro, prosseguindo a competição monomarca na semana seguinte noutro novo autódromo chinês, desta vez na cidade de Ningbo, palco que se repete no calendário e acolhe também a terceira ronda. A última prova da temporada será, como é tradição, no mês de Novembro no Circuito da Guia.

Um quase TCR

Apesar de se designar BAIC Senova D50 TCR, o carro chinês, desenhado em parceria com uma empresa italiana, não é um TCR, no sentido lato da regulamentação deste conceito de sucesso das corridas de carros de Turismo. O D50 TCR ainda não passou pelo processo rigoroso de homologação, algo que será feito mais tarde, segundo os organizadores do campeonato.

De acordo com os dados apresentados em Xangai, o D50 TCR pesa 1280kg e vem equipado com um motor 2.0-litros turbo da BAIC Motor, capaz de debitar 320cv às 6000rpm, com um binário máximo de 450Nm/4000rpm. Com uma caixa sequencial de seis velocidades da francesa Sadev, o substituto do Senova D70 irá correr com pneus slicks da marca chinesa Landsail. Os tempos por volta que este carro será capaz de fazer são por agora uma incógnita, pois a viatura ainda não iniciou a crucial fase de testes.

No fim-de-semana do 64º Grande Prémio de Macau, a “Taça da Corrida Chinesa Suncity Grupo” irá juntar no Circuito da Guia os dezoito destes BAIC Senova D50 TCR, mais dezoito concorrentes dos campeonatos TCR China e TCR Asia Series.

Futebol | Dirigente da federação critica má gestão

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] futebol chinês está a ser mal gerido e “sem nenhuma visão de futuro”, admitiu ontem um responsável da Associação de Futebol Chinesa (AFC), considerando que o organismo que integra é o principal culpado pela situação.

“O atraso no futebol chinês deve-se sobretudo à gestão da federação, que se está a deixar ficar para trás”, afirmou Li Yuyi, vice-presidente da CFA, em declarações ao canal televisivo CCTV, criticando a “falta de visão e de poder de antecipação”.

Nos últimos tempos, a liga chinesa tem sido notícia por fazer contratações milionárias de futebolistas estrangeiros, mas a selecção chinesa ocupa apenas o 77.º lugar na classificação da FIFA, e já falhou a qualificação para o Mundial2018.

A CFA tem sido alvo de críticas de adeptos, treinadores e jogadores, devido a recentes decisões sobre novas políticas de contratações.

Em Maio, numa tentativa de reduzir os gastos dos clubes, a federação impôs o pagamento de uma taxa de 100% sobre as transferências de jogadores estrangeiros a clubes que apresentem prejuízos, verba que seria gasta no desenvolvimento do futebol chinês.

Na prática, os novos regulamentos dobram os custos com a contratação de jogadores estrangeiros, visto que todos os dezasseis clubes que competem na liga chinesa de futebol apresentam resultados financeiros negativos.

No fim de semana, o treinador português André Villas-Boas, que orienta o Shangai SIPG, admitiu que as transferências ‘milionárias’ para clubes chineses “vão parar”, devido às recentes restrições impostas pela AFC.

10 Ago 2017

64º GP | Apuramento dos pilotos locais decidido

[dropcap style≠’circle’]P[/dropcap]aul Poon, de Hong Kong, e Billy Lo, de Macau, foram os vencedores da edição 2017 do Campeonato de Carros de Turismo de Macau (MTCS, na sigla inglesa), competição que para além de atribuir os títulos das competições locais, teve como finalidade apurar os pilotos do território e regiões vizinhas para a “Taça de Carros de Turismo de Macau – CTM – 1600cc Turbo e superiores a 1950cc” do 64º Grande Prémio de Macau. Este ano os corredores das duas categorias da MTCS terão no evento de Novembro as suas sessões de treinos livres e qualificação em separado, mas a corrida de domingo, de 12 voltas ao Circuito da Guia, será pela primeira vez realizada em conjunto.

Vitória da experiência

Após os dois “Festivais de Corridas de Macau” disputados no Circuito Internacional de Zhuhai, Paul Poon (Peugeot RCZ), um veterano piloto das corridas de Turismo na região, sagrou-se campeão na categoria “AAMC Challenge 1600cc Turbo” que teve quatro vencedores diferentes em quatro corridas. Leong Chi Kin (MINI Cooper) foi o segundo classificado e o melhor representante da RAEM, apesar de não ter triunfado em qualquer das corridas. O melhor macaense, Célio Alves Dias (MINI Cooper), que venceu a primeira corrida, terminou na terceira posição. Apesar de ter vencido a segunda corrida da época, o ex-campeão Filipe Souza (Chevrolet Cruze) teve alguns azares e ficou-se pelo sexto lugar. Entre os outros nomes portugueses que conseguiram o apuramento para o Grande Prémio de Macau estão Eurico de Jesus (Ford Fiesta), 13º classificado, Jerónimo Badaraco (Chevrolet Cruze), 14º classificado, e Rui Valente (MINI Cooper) que terminou no 22º lugar depois de duas jornadas atormentadas com variadíssimos problemas de ordem técnica na sua viatura. Hélder Rosa (Peugeot RCZ) foi uma ausência notada, não tendo participado em nenhuma das corridas, primeiro porque as peças para o seu carro não chegaram a tempo e depois, porque sofreu um violento acidente, sem consequências físicas para o piloto, numa sessão de testes que antecedeu o evento.

A vingança de Macau

Na categoria “AAMC Challenge 1950cc ou Superior” (ex-Macau Road Sport Challenge) os pilotos do território escreveram a história deste novo capítulo que também teve quatro vencedores diferentes noutras tantas corridas. Billy Lo (Mitsubishi Evo7) não precisou de subir ao pódio na última jornada do ano para se sagrar campeão da categoria, terminando com mais quatro pontos que o rival Yam Chi Yuen (Mitsubishi Evo9). O ex-campeão Leong Ian Veng (Mitsubishi Evo9) só subiu ao lugar mais alto do pódio uma vez em quatro corridas, mas foi o suficiente para terminar no terceiro posto, à frente de dois titãs da categoria, Ng Kin Veng (Mitsubishi Evo9) e Sun Tit Fan (Mitsubishi Evo9). Com apenas vinte e cinco vagas para quarenta e sete inscritos, Luciano Castilho Lameiras (Mitsubishi Evo7), classificou-se no 18º posto, e Delfim Mendonça Choi (Mitsubishi Evo7), finalizou no 20º lugar, tendo ambos conseguido o ambicionado bilhete para o Grande Prémio de Macau. Já o mesmo não poderão dizer Hélder Assunção e Jo Rosa Merszei que ficaram fora dos vinte cinco primeiros após inúmeros azares.

A Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC) deverá proceder com a abertura do período de inscrições para o 64º Grande Prémio de Macau dentro em breve.

4 Ago 2017

Promotor do WTCC agradece compreensão da COGPM

 

Os organizadores do Campeonato do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCC) ficaram satisfeitos pela confirmação que a penúltima ronda da temporada de 2017 será mesmo disputada no Circuito da Guia.

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]pós dois anos de ausência e de um impasse em que a Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau não dava a prova como certa nas ruas do território, uma situação justificada por estarem em curso negociações com a FIA, ficou decidido que o WTCC terá um formato diferente este ano. Em vez das duas corridas disputadas na manhã de domingo, com um intervalo de 15 minutos para reparações, a primeira corrida será realizada no sábado e a segunda, aquela que será considerada a Corrida da Guia, acontecerá no domingo.

Agradado com o acordo conseguido com as entidades responsáveis pelo maior evento automobilístico da RAEM, François Ribeiro, o director do Eurosport Events, a empresa responsável pela promoção do WTCC, reagiu na sexta-feira passada, dizendo que: “Nós esperamos que Macau seja o ponto alto da temporada do WTCC. Estou agradecido à Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau por ter acomodado o nosso pedido de realizar a Corrida de Abertura no sábado à tarde”.

Quando saiu de Macau no final da edição de 2014, o dirigente francês não escondeu que o horário que a competição mundial de carros de Turismo tinha no Grande Prémio de Macau era extremamente desfavorável para as audiências europeias, tendo na altura ambicionado ficar com o horário do Grande Prémio de Motas na tarde de sábado. Ribeiro acredita que esta nova posição no programa do evento “irá trazer uma audiência mais vasta na Ásia, Europa e Médio Oriente”.

O facto das duas corridas do WTCC não serem disputadas no mesmo dia é igualmente favorável ao espectáculo e foi bem recebido no seio das equipas. Dadas as características do Circuito da Guia, cujo mínimo erro ou exagero é pago caro, um acidente na primeira corrida, comprometia a participação na segunda corrida.

Com esta nova disposição do horário, as equipas terão tempo para reparar, ou pelo menos tentar consertar, as viaturas acidentadas de um dia para o outro. “Macau será talvez decisivo para ambos os campeonatos de pilotos e construtores. Todos os pontos irão contar, e nós sabemos quanto difícil é a pista de Macau para as equipas e para os pilotos”, salientou Ribeiro.

O WTCC visitou Macau de 2005 a 2014, sendo sempre a última prova do campeonato. Contudo, este ano, o campeonato agora liderado pelo português Tiago Monteiro será a penúltima prova da temporada, terminando no Qatar duas semanas depois.

Uma questão de números?

Depois da prova ter aparecido no calendário internacional da FIA pela primeira vez em Novembro de 2016, surpreendentemente na cerimónia de apresentação do patrocinador principal do evento de 2017, no passado mês de Maio, as entidades de Macau surpreenderam ao anunciar que a prova do WTCC não estava confirmada.

A demora na confirmação da prova foi justificada a semana passada por Pun Weng Kun, o Presidente do Instituto do Desporto do Governo da RAEM e Coordenador da Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau. “O Grande Prémio de Macau é uma marca de reputação e várias corridas querem participar no evento. Como Comissão Organizadora, temos de ponderar quais são as corridas ou as provas que trazem mais vantagens para este evento”, disse.

Do lado do Eurosport Events não houve qualquer comentário sobre esta matéria, tendo a organização francesa se recusado a comentar publicamente sobre o assunto numa atitude inédita e propensa a criar desnecessárias especulações num campeonato que vive um período periclitante da sua história.

Apesar de carecer de confirmação oficial, no paddock do WTCC dizia-se à boca cheia que uma das razões para este impasse nas negociações esteva relacionado com o número de participantes. O WTCC tem apenas dezasseis carros garantidos para todas as provas do campeonato, um número muito baixo para uma grelha de partida de uma qualquer corrida do Grande Prémio de Macau.

A organização local terá requerido um número mínimo de vinte viaturas, o que já motivou a Eurosport Events a puxar pelos cordelinhos para colocar mais carros em pista para os eventos asiáticos. A empresa de organização de eventos do canal televisivo pan-europeu terá já encetado negociações com as partes interessadas, tendo inclusive alguns conhecidos pilotos portugueses e de Macau sido abordados com propostas tentadoras para a prova do mês de Novembro.

24 Jul 2017

FIA só aceita profissionais para a Taça do Mundo de GT

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]pesar da polémica em torno da última edição, a Taça do Mundo FIA de GT irá continuar a ser disputada no Circuito da Guia em 2017 por decisão da Federação Internacional do Automóvel (FIA). Contudo, desta vez, os pilotos amadores serão impedidos de tomar parte na prova, o que era uma das condições de alguns construtores envolvidos nesta corrida para continuarem a visitar a RAEM.

Para além de ter confirmado a continuidade da prova nas ruas de Macau, a FIA anunciou que esta só estará aberta a pilotos profissionais. Isto é, apenas pilotos classificados pela FIA como “Ouro” ou “Platina”, segundo a classificação oficial de pilotos da entidade federativa, serão autorizados a estar à partida. Esta medida irá afastar vários pilotos asiáticos que habitualmente competem nas diversas competições de GT e que tinham como momento alto da temporada a participação no Grande Prémio de Macau. Curiosamente, nenhuma das interrupções da corrida de má memória do ano passado foi causada por pilotos amadores ou menos experientes.

Esta resolução limita também a participação de pilotos do território na corrida. Presentemente apenas André Couto, que nos dois últimos anos escolheu a Taça do Mundo FIA de GT para estar à partida do Grande Prémio de Macau, cumpre actualmente os critérios mínimos para alinhar na corrida.

Com o intuito de aumentar o prestígio da prova, apenas viaturas de fábrica ou apoiadas pelos construtores serão aceites à partida, sendo que os construtores não terão que pagar inscrição, ao contrário dos anos anteriores. A FIA aponta para uma grelha de partida de 18 a 25 (número máximo) carros. Como período de inscrições só agora abriu, nenhum construtor apresentou os seus planos para a prova. Todavia, é esperada a presença de equipas da Audi, BMW, Mercedes-Benz e Porsche.

Outras medidas

Para combater as interrupções e tentar diminuir ao máximo o tempo de recuperação das viaturas acidentadas, serão instituídas medidas no regulamento técnico da prova, assim como haverá à disposição novo equipamento para esse propósito. O procedimento de recomeço, após eventuais interrupções nas duas corridas da taça mundial, passará de 10 para 5 minutos. Outras medidas de segurança serão igualmente implementadas no circuito, como modificações nos correctores e melhor uso das barreiras de segurança Tecpro.

A prova patrocinada novamente este ano pela Sociedade de Jogos de Macau será composta por duas sessões de treinos-livres, uma qualificação de 30 minutos e uma corrida de qualificação de 12 voltas (ou 60 minutos) no sábado. A Corrida Principal, no domingo, será constituída por 18 voltas (ou 75 minutos).
A primeira edição da Taça do Mundo FIA de GT, realizada em 2015, foi ganha pelo alemão Maro Engel em Mercedes-Benz. O ano passado foi o belga Laurens Vanthoor quem triunfou, apesar do seu Audi R8 LMS ter terminado com as quatro rodas para o ar.

SRO continua ao leme

Também já é sabido que a reputada empresa francesa SRO Organization, que entre outros campeonatos, organiza as Blancpain GT Series na Europa e Ásia, vai continuar, pelo terceiro ano consecutivo, a assistir a Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC) no que respeita à coordenação da participação de equipas e pilotos estrangeiros.

Mantendo a tradição de anos anteriores, a Praça do Tap Seac acolherá, no fim-de-semana que antecede o evento, a exposição de supercarros, com a presença das viaturas que vão estar à partida da Taça do Mundo FIA de GT.

As inscrições para esta corrida terminam no dia 31 de Agosto, mas os concorrentes só serão oficialmente dados a conhecer mais tarde no ano.

19 Jul 2017

André Couto teve um violento despiste na pista de Zhuhai

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]ndré Couto sofreu um grave acidente na corrida de sábado do Campeonato da China de GT, cuja segunda jornada da temporada se realizou este fim-de-semana no Circuito Internacional de Zhuhai, na cidade continental chinesa adjacente a Macau.

Numa corrida disputada com condições meteorológicas instáveis, no recomeço da mesma, após o primeiro período de safety-car para remover um concorrente que se despistou, Couto perdeu o controlo do Nissan GT-R Nismo GT3 da Spirit Z Racing na Curva 6 e este deslizou sobre a escapatória tendo colidido de frente com as barreiras de protecção a cerca de 160km/h.
O piloto da RAEM foi logo assistido no local e saiu do carro pelo próprio pé, apesar de estar visivelmente em dificuldades. Couto, que não perdeu os sentidos e manteve-se sempre de espírito firme, foi depois transportado para o Hospital Universitário Nº5 Sun Yat Sen, em Zhuhai, onde fez os primeiros exames, para ser depois transferido para Hong Kong, onde este domingo foi submetido a uma cirurgia. O primeiro scan feito no hospital de Zhuhai revelou uma lesão na vértebra L1. A corrida foi interrompida após o acidente de Couto e quando ainda faltavam 10 minutos para o final. Para além de existirem mais dois carros imobilizados em zonas perigosas, que tiveram acidentes na mesma volta, mas noutros pontos da pista, as barreiras de pneus e próprio muro em betão da Curva 6 ficaram bastante danificados após o impacto do Nissan.

10 Jul 2017

Faleceu Barry Bland, o pai da F3 no território

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Grande Prémio de Macau perdeu na semana passada um dos seus nomes sonantes, o inglês Barry Bland, aquele que será sempre recordado como o pai do Grande Prémio de Macau de Fórmula 3. Nascido em 1946, em Ilford, Bland, que optou sempre por uma postura muito discreta, longe das luzes da ribalta, chegou a ser piloto, antes de se juntar ao British Automobile Racing Club, primeiro como secretário das competições automóveis e depois como organizador de corridas. Em 1971, Bland passou a trabalhar para a Motor Race Consultants, onde continuou, coordenando angariação de pilotos, logistica e seguros para eventos um pouco por todo o mundo

Foi já ao serviço da MRC que teve o primeiro contacto com Macau, através da sua amizade com o então líder do Automóvel Clube de Hong Kong (HKAA), Phil Taylor. Em 1983 Bland convenceu Rogério Santos, na altura o presidente do Leal Senado, e Taylor que a Fórmula 3 era o caminho a seguir no Grande Prémio. Na altura a Fórmula Atlantic estava em plena decadência. À época a então Fórmula 2 parecia ser o caminho a seguir, mas dois meses antes da prova o plano foi abortado por a largura da Curva da Estátua (a estátua equestre de Ferreira do Amaral), agora Curva do Lisboa, não ser suficiente para os carros passarem. Foi assim, quase por acaso, que nasceu o que é até hoje um dos eventos de maior expressão do automobilismo mundial.

Com qualidades pessoais e conhecimento do meio altamente reconhecidas, Bland chegou a ser presidente da Comissão de Monolugares da FIA e foi também ele que organizou o Masters de Zandvoort, a prova europeia mais relevante do calendário de Fórmula 3.

O inglês esteve ao serviço do Grande Prémio de Macau até 2016, tendo saído após divergências com a Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau, numa história rocambolesca que nunca foi muito bem explicada. Mesmo assim, e apesar de debilitado, Bland ainda se deslocou o ano passado à RAEM para ver a prova “in loco” e apoiar os seus cliente na área dos seguros.

Lembrado por cá

Numa comunicação apenas em língua chinesa e inglesa, a Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau expressou as suas condolências, agradeceu toda ajuda ao longo dos anos e lembrou que “por mais de 30 anos, o Sr. Bland trabalhou incansavelmente com Macau para elevar o Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 ao mais alto nível internacional. A sua contribuição para a construção da reputação que este goza hoje é imensurável.”

Também a Associação Geral de Automóvel Macau-China (AAMC) expressou o seu pesar. “A AAMC trabalhou de perto com o Sr. Bland durante décadas, e a sua experiência e orientação foram extremamente valorizadas. Nós iremos sempre recordar a sua bondade, sabedoria e a sua paixão infalível pelo desporto motorizado”, disse a associação, em comunicado colocado nas redes sociais.

10 Jul 2017

Rodolfo Ávila | Estratégia arrojada próxima de resultar

[dropcap style≠’circle’]R[/dropcap]odolfo Ávila disputou este fim-de-semana, no exíguo circuito de Xangai Tianma, a quarta prova do Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC). Desta vez a equipa SVW333 Racing optou por uma estratégia diferente para Ávila que passava por sacrificar a primeira corrida em prol da segunda, mas nem tudo correu de acordo com o plano. Por opção da equipa, com base na estratégia de poupar um jogo de pneus para a segunda corrida, o piloto português de Macau não saiu para a pista na segunda metade da sessão de qualificação, caindo assim uma série de posições quando os seus adversários melhoraram os seus tempos.

“Andamos bem nos treinos-livres, dentro dos seis primeiros, mas na qualificação não fizemos um tempo forte com o primeiro jogo de pneus e depois a equipa decidiu reter-me nas boxes no final da sessão, por uma razão de estratégia e assim não pude melhorar”, explicou o piloto da SVW333 Racing que foi obrigado a partir da nona posição para a primeira corrida do programa.

Com a grelha de partida da segunda corrida a ser composta pelos doze primeiros classificados da primeira corrida em ordem invertida, Ávila tinha como missão terminar entre o 10º e o 12º lugar. Mas não se pense que fazer uma corrida a andar para trás é por si só mais fácil que aquela de ganhar posições e subir na classificação.

“Nunca tinha feito uma corrida assim. Na última volta estávamos quatro ou cinco carros a lutar pelo 12º lugar, tudo a fazer o mesmo jogo. Terminei no 10º lugar”, disse Ávila que viria a ser promovido a oitavo com a penalização de dois oponentes, o que o colocou no quinto lugar da grelha de partida para a segunda corrida.

A estratégia parecia estar a resultar, quando à quinta volta, Ávila assumiu autoritariamente a liderança da corrida. Contudo, um toque de um adversário voltou a mudar o destino do piloto do VW Lamando GTS nº9. “Na primeira volta subi para quarto, mas depois a corrida foi interrompida devido a um acidente atrás de mim que deixou vários carros espalhados pela pista. No recomeço consegui ir até primeiro, mas um adversário deu-me um toque e fiz pião. Depois foi sempre a recuperar, de 13º até ao sexto lugar final”, comentou o piloto oficial da SAIC Volkswagen.

O CTCC regressa no primeiro fim-de-semana de Agosto no Circuito Internacional de Xangai, uma das poucas pistas do calendário do popular campeonato chinês que Ávila conhece de participações anteriores.

10 Jul 2017

Automobilismo | Ávila contra a maré

[dropcap style≠’circle’]T[/dropcap]al como nas duas primeiras provas do Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC), Rodolfo Ávila teve mais uma vez que “remar contra a maré” e aplicar-se a fundo para sair do Circuito de Guizhou com um resultado satisfatório.

Apesar de desconhecer o exíguo circuito da cidade Guiyang, Ávila aproveitou o facto da pista estar molhada no início da qualificação, vindo a secar com o progredir da sessão, para obter o quinto lugar. O piloto português da RAEM foi melhor dos quatro pilotos da SVW333 Racing, conquistando assim o seu primeiro ponto em sessões de qualificação esta temporada.

Contudo, todo o trabalho realizado por Ávila no dia de sábado, acabou por ser em vão, porque o VW Lamando GTS se recusou a colaborar no arranque para a primeira corrida, disputada esta manhã. “Estava já parado na grelha de partida, pronto a arrancar, quando a temperatura do motor atingiu os 100 graus e o carro desligou-se”, explicou o piloto da SVW333 Racing. “Ainda consegui reiniciar o sistema mas o carro voltou a desligar na Curva 1 e depois na Curva 6. Quando finalmente começou a andar normalmente já era tarde de mais para conseguir obter um bom resultado, mas aproveitei a oportunidade para fazer mais quilómetros com o carro e continuar a minha adaptação.”

Apesar de ter que largar da modesta 16ª posição para a segunda corrida, Ávila não “deitou a toalha ao chão”. O piloto oficial da SAIC Volkswagen fez novamente uma corrida cheia de garra de “trás para a frente”, como o tem caracterizado esta temporada. Após realizar diversas ultrapassagens, algumas de alto nível, Ávila terminou no sexto lugar da geral, sendo, mais uma vez,  o melhor representante da SVW333 Racing.

“Durante o intervalo entre as corridas pedi que me trocassem o diferencial e os resultados práticos foram visíveis.”, disse o piloto português de Macau. “Quando arrancamos a pista estava molhada, mas começou a secar gradualmente. O comportamento do carro esteve muito melhor e consegui subir várias posições. O resultado só não foi um lugar no pódio, porque a equipa Ford meteu pneus slicks e no final da corrida foram inevitavelmente os carros mais rápidos.”

A próxima prova do campeonato está marcada para o fim-de-semana de 8 e 9 de Julho no circuito de Xangai Tianma, mais uma pista desconhecida para Ávila.

26 Jun 2017

Automobilismo | Zhuhai recebe a jornada decisiva de apuramento para os locais

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Circuito Internacional de Zhuhai acolhe este fim-de-semana a segunda e última jornada da edição 2017 do Campeonato de Carros de Turismo de Macau (MTCS, na sigla inglesa), que, para além de atribuir os títulos das competições locais, tem como finalidade apurar os pilotos para a Taça CTM de Carros de Turismo de Macau do 64º Grande Prémio de Macau.

Depois da jornada dupla inicial do mês de Maio, este Festival de Corridas de Macau será decisivo para determinar quais os pilotos de Macau, e este também das regiões vizinhas, que irão participar no grande evento do mês de Novembro. Em jogo estão 25 vagas para na categoria “AAMC Challenge 1.6 Turbo” e outros 25 lugares na classe “AAMC Challenge 1950cc ou Acima” (ex-Macau Road Sport Challenge).

Ao rubro

A categoria “AAMC Challenge 1.6 Turbo” assistiu na primeira jornada a dois triunfos de pilotos macaenses. Célio Alves Dias ganhou o primeiro braço de ferro, enquanto Filipe Souza fez jus ao título de campeão que ostenta e triunfou no segundo confronto. Contudo, é o piloto de Hong Kong e histórico das corridas de carros de Turismo, Paul Poon, quem lidera o campeonato. A luta pelo ceptro estará ao rubro, pois Poon contabiliza 25 pontos, contra 24 de Leong Chi Kin e 20 de Alves Dias e Souza, quando há 40 pontos ainda em cima da mesa.

Nas contas do apuramento, com trinta inscritos, apenas cinco pilotos vão ficar de fora. Jerónimo Badaraco e Rui Valente tiveram uma primeira jornada não livre de complicações, mas os dois deverão estar “a salvo”. Já Eurico de Jesus e Hélder Rosa terão obrigatoriamente que pontuar este fim-de-semana se quiserem voltar ao Circuito da Guia.

Também por definir

Na categoria “AAMC Challenge 1950cc ou Acima” as contas são mais complicadas, porque há cinquenta e cinco concorrentes e vinte ficarão de fora. Lo Kai Fung, vencedor da segunda corrida do primeiro evento, lidera as contas do campeonato, com 35 pontos, seguido de Ng Kin Veng, com 24 pontos, e Yam Chi Yuen, com 21 pontos.

No que respeita aos pilotos macaenses, Luciano Castilho Lameiras e o estreante Delfim Mendonça Choi estão “livres de perigo”, pois são décimo segundo e décimo terceiro, respectivamente, na tabela de pontos. O mesmo não podem dizer Hélder Assunção e Jo Rosa Merszei, que terão que fazer um esforço suplementar para se qualificar.

Mais uma corrida

Para além das provas das categorias “AAMC Challenge 1.6 Turbo” e “AAMC Challenge 1950cc ou Acima” haverá também mais uma corrida, a Taça Richburg. Esta corrida, que já o ano passado se realizou, está aberta a viaturas 2.0l Turbo, como são os TCR e as viaturas do campeonato chinês de Turismo, 1.6l Turbo e da categoria GTC. O real propósito desta corrida é desconhecido, mas os poucos participantes da Taça Richburg o ano passado conseguiram entrada directa na Corrida da Guia.

23 Jun 2017

Rodolfo Ávila no Campeonato da China de Carros de Turismo

[dropcap style≠’circle’]R[/dropcap]odolfo Ávila continua este fim-de-semana a sua aventura no Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC), desta vez num palco que nunca visitou, o Circuito de Guizhou, situado no sul da República Popular da China.

O piloto português de Macau, que está pela primeira vez a disputar um campeonato de carros de Turismo a tempo-inteiro, é um dos poucos pilotos do campeonato que nunca competiu neste circuito erigido em 2016.  O circuito de Guizhou, situado na capital da província, Guiyang, tem catorze curvas e um perímetro de 2,198 km, tendo um desenho em forma “ruyi”, o ceptro dos imperadores chineses.

Nas duas provas anteriores, disputadas em Zhuhai e o no circuito de Guangdong, Ávila mostrou um excelente andamento nas corridas, o que lhe permite hoje ocupar o quinto lugar no campeonato.

“A minha maior dificuldade têm sido as qualificações e adaptar-me ao comportamento dos pneus. A qualificação vai ser muito importante nesta pista porque não será fácil ultrapassar nas corridas”, antevê o piloto da SVW333 Racing.

“Temos vindo a melhorar o VW Lamando GTS, mas a concorrência é forte e também não tem estado parada. Vou dar o meu melhor, sempre com o objectivo de ajudar a equipa a somar o maior número de pontos possível, mas tenho a consciência que vai ser um fim-de-semana tudo menos fácil, porque vou ter muito pouco tempo de pista para me familiarizar a um circuito que apenas irei conhecer no primeiro treino-livre de sábado”, conclui o piloto oficial da SAIC Volkswagen.

O dia de sábado será marcado pelas duas sessões de treinos-livres e pela sessão qualificação. As duas corridas realizam-se no domingo.

22 Jun 2017

Piloto macaense Filipe Clemente Souza vai correr no TCR China e no WTCC

[dropcap style≠’circle’]F[/dropcap]ilipe Clemente Souza vai ter uma segunda metade do ano bastante preenchida. O piloto de Macau vai participar na temporada completa do novo campeonato TCR China e ainda irá dar uma perninha no Campeonato do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCC).

Neste novo desafio, o piloto macaense irá tripular um VW Golf TCR da equipa Teamworks, que é responsável técnica para a região dos carros TCR do Grupo Volkswagen Audi.

“Escolhi este campeonato é porque é um novo campeonato na China e é um novo conceito de corridas”, disse Souza ao HM sobre este desafio.

O TCR China obriga, por regulamento, a que haja dois pilotos por carro. O piloto da RAEM irá fazer equipa com Samuel Hsieh, um piloto de Hong Kong muito experiente neste tipo de carros e com várias participações nas corrida de suporte do Grande Prémio de Macau. Souza não esconde que a dupla tem como objectivo “lutar pelos lugares do pódio”.

O piloto da Song Veng Racing Team nas provas nacionais ainda não teve a oportunidade de testar o VW Golf TCR da equipa de Hong Kong, mas espera ter fazê-lo ainda antes do arranque da temporada. Contudo, o carro alemão, que este ano apresenta algumas novidades a nível aerodinâmico, é bastante familiar ao piloto de Macau, pois na época passada Souza conduziu um carro semelhante no campeonato TCR Asia Series, mas da equipa germânica Engstler Motorsport, e este ano participou na primeira ronda do mesmo campeonato em Zhuhai, onde terminou no terceiro lugar na segunda corrida.

O campeonato TCR China iria começar em Ordos este fim-de-semana, mas problemas com a pista da Mongólia Interior adiaram o arranque do campeonato para o mês de Agosto, em Xangai. Ao todo serão seis provas, cada uma com três corridas por fim-de-semana, ao longo desta primeira temporada, sendo que a competição chinesa tem uma jornada agendada para o Circuito da Guia no mês de Novembro em que Souza poderá não participar.

Nova aventura no WTCC

Este também será o ano em que Souza irá regressar ao WTCC, onde em 2014 conquistou o Troféu Asiático. O piloto do território tem um acordo com a equipa espanhola Campos Racing para conduzir um Chevrolet Cruze RML TC1 na prova chinesa do campeonato, que se disputa no novo circuito de Ningbo, e no Grande Prémio de Macau, apesar da ronda do Circuito da Guia não estar ainda cem por cento segura.

“Decidi participar porque tudo indica que este será o último ano destes carros TC1 no mundial de Turismo”, explicou Souza ao HM, que não esconde estar curioso para “experimentar um carro TC1”, que é bastante diferente dos carros que tripulou até aqui.

O campeão de Macau de carros de Turismo está consciente das suas limitações nesta sua participação pontual no WTCC, pois enfrentará uma concorrência muito experiente e que conduz estes carros há vários anos, alguns com apoio directo de grandes construtores. Por isso mesmo, os objectivos de Souza resumem-se “a terminar e fazer boas corridas”, gozando ao máximo a possibilidade de ombrear com os melhores do mundo.

16 Jun 2017

Automobilismo | BMW apresentou o seu “Art Car” para o Grande Prémio de Macau

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] 18º exemplar da Colecção BMW Art Car vai participar no 64º Grande Prémio de Macau e foi apresentado a semana transacta na China continental. No Museu de Art Minsheng, em Pequim, em frente a centenas de convidados, incluindo alguns membros da administração da BMW AG, a artista chinesa Cao Fei revelou o seu projecto que ficará aqui exposto até Novembro.

O BMW M6 GT3 empregará uma “realidade aumentada e virtual” e aborda o “futuro da mobilidade, como a condução autónoma e a digitalização”. Com 39 anos, Cao Fei, mais conhecida pelo seu projecto online RMB City (um mundo virtual projectado para o jogo de realidade alternativa Second Life), tornou-se a artista mais jovem a fazer um trabalho desta natureza para a BMW. O carro será visto a correr numa decoração em preto-carbono, isto porque que o design criado pela artista chinesa só é possível ser visto no mundo virtual.

“O BMW Art Car da Cao Fei é uma reflexão sobre a velocidade da mudança na China, sobre a sua tradição e o seu futuro”, era possível ler no comunicado da BMW. O projecto artístico está dividido em três componentes: um vídeo de um praticante espiritual viajando no tempo, recurso à realidade aumentada, exibindo fluxos coloridos de luz, acessíveis através de uma aplicação dedicada e o carro de corrida BMW M6 GT3 no seu preto-carbono original.

“Para mim, a luz representa pensamentos. Como a velocidade dos pensamentos não pode ser medida, o #18 Art Car questiona a existência de limites na mente humana”, diz Cao Fei, lembrando que “nós estamos a entrar numa nova era, onde a mente controla directamente objectos e onde os pensamentos podem ser transferíveis, como operações não tripuladas e inteligência artificial… Que atitudes e temperamentos seguram a chave que abrirá a porta para uma nova era?”

A tradição dos “BMW Art Car”, carros de competição cuja decoração fica a cargo de um artista de renome, como Alexander Calder, Andy Warhol ou Jeff Koons, remonta a 1975. Até hoje foram produzidos dezassete carros, sendo o exemplar que será visto a acelerar nas ruas de Macau o dezoito. O dezoito também será o número escolhido para a corrida em Macau, isto devido á simbologia do número na cultura chinesa. Esta será primeira vez que um “BMW Art Car” corre no Circuito da Guia.

Brasileiro ao volante

Entretanto, a BMW Motorsport já escolheu quem irá pilotar o seu carro entre nós no mês de Novembro. Apesar de contar nas suas fileiras com um especialista no Circuito da Guia e duas vezes vencedor da corrida de Fórmula 3, o português António Félix da Costa, o construtor alemão escolheu outro piloto lusófono para conduzir o BMW M6 GT3 especial, neste caso o brasileiro Augusto Farfus. O piloto de Curitiba conhece bem as ruas da RAEM, tendo vencido por duas ocasiões quando a Corrida da Guia pontuava para o WTCC.

Este carro será inscrito na corrida Taça GT Macau que este ano comemora a sua décima edição. Por confirmar está se esta mesma Taça GT Macau dará corpo pelo terceiro ano consecutivo à Taça do Mundo FIA de GT, apesar de Pun Weng Kun, Presidente do Instituto do Desporto do Governo da RAEM e Coordenador da Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau, ter dado sinais no sentido da continuidade durante a cerimónia do anúncio do patrocinador principal do evento.

7 Jun 2017

Provas de qualificação para o Grande Prémio começaram em Zhuhai

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Circuito Internacional de Zhuhai acolheu o primeiro Festival de Corridas de Macau, um evento organizado pela Associação Geral de Automóvel de Macau-China (AAMC), que tem, para além de contar para o Campeonato de Carros de Turismo de Macau (MTCS, na sigla inglesa), tem como finalidade apurar os pilotos para a Taça CTM de Carros de Turismo de Macau do 64º Grande Prémio de Macau do mês de Novembro. Este ano, ao contrário de anos anteriores, as provas de qualificação para o grande evento do mês de Novembro juntam os pilotos de território aos pilotos de Hong Kong e outras paragens.

Neste primeiro evento, os pilotos de Macau dominaram os acontecimentos, vencendo as quatro corridas realizadas no circuito permanente da cidade continental chinesa adjacente à RAEM.

Dias e Souza e limitada

A categoria “AAMC Challenge 1.6 Turbo” assistiu a dois triunfos de pilotos macaenses. Contrariando o favoritismo dos pilotos de Hong Kong, no sábado, Filipe Souza (Chevrolet Cruze) partiu da pole-position para  primeira corrida, tendo ao seu lado Célio Alves Dias (Mini Cooper S), no entanto o campeão de Macau em título viria a abandonar, devido a um furo, abrindo as portas do triunfo a Alves Dias. O piloto macaense viu a bandeira de xadrez com uma margem superior a dois segundos sobre Samson Fung (Peugeot RCZ), o melhor representante da região vizinha, e Leong Chi Kin (Mini Cooper S).

No domingo, Souza teve a sua vingança, partindo do primeiro posto, tendo por lá ficado durante as 12 voltas, superando o veterano Paul Poon (Peugeot RCZ) e Leong Chi Kin. Souza fez ainda a volta mais rápida.

Jerónimo Badaraco (Chevrolet Cruze) foi 11º classificado na primeira corrida, mas desistiu na segunda. Já Rui Valente penou com problemas mecânicos no primeiro dia, ficando-se pelo modesto 20º lugar. No domingo, o piloto português finalizou no 14º lugar, terminando a segunda corrida do fim-de-semana à frente de Alves Dias, mas ficando com um sabor amargo de boca, porque problemas de travões impediram um resultado quase certo dentro dos dez primeiros.

Vitórias repartidas

A categoria “AAMC Challenge 1950cc ou Acima” juntou mais de cinco dezenas de viaturas. Também aqui os pilotos da RAEM se superiorizaram à concorrência. Arrancando das duas primeiras posições, Leong Ian Veng (Mitsubishi Evo9) e Billy Lo (Mitsubishi Evo7) passearam na frente da corrida sem oposição. Ng Kin Veng (Mitsubishi Evo9) completou um pódio preenchido só por pilotos do território. Aproveitando o facto de Leong Ian Veng não ter completado uma só volta, a segunda corrida foi ganha por Lo, seguido por Simon Yan  (Mitsubishi Evo9) e Ng Kin Veng. O oitavo posto conquistado por Luciano Castilho Lameiras (Mitsubishi Evo9) foi o melhor resultado dos pilotos de matriz portuguesa, ele que na corrida de sábado tinha desistido com um problema na bomba que puxa a gasolina. O estreante Delfim Mendonça Choi (Mitsubishi Evo7) somou ao 16º lugar da corrida de sábado um interessante nono lugar no domingo. Hélder Assunção (Mitsubishi Evo9) levou para casa um 19º lugar como melhor resultado do fim-de-semana.

O segundo e decisivo Festival de Corridas de Macau está agendado para 23 a 25 de Junho, novamente no Circuito internacional de Zhuhai.

29 Mai 2017

André Couto vai guiar um Bentley nos EUA

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]ndré Couto vai para o terceiro fim-de-semana consecutivo de corridas. O piloto de  Macau foi chamado pela Bentley Team Absolute para substituir o suíço Alexandre Imperatori na prova do campeonato norte-americano Pirelli World Challenge SprintX no circuito de Lime Rock, localizado na região da Nova Inglaterra.

“Esta será a minha primeira experiência aos comandos do Bentley Continental GT3”, disse André Couto. “É muito bom poder correr na América porque há muito tempo que não tinha essa hipótese. Eu testei Champ Car em 2001 e a minha primeira corrida aqui foi de karting em 1994”, acrescentou.

Na corrida deste fim-de-semana, Couto fará equipa com o piloto sino-americano Yufeng Luo que este ano está a dar os primeiros passos nas corridas de GT.

“Antes de tudo posso dizer que a pista é bastante interessante, bastante exigente, com curvas de grande velocidade, especialmente as últimas”, disse o piloto luso que este ano está a disputar o Campeonato da China de GT e algumas corridas do campeonato japonês Super GT na classe GT300.

Na terça-feira, numa sessão privada de testes em que várias equipas marcaram presença, Couto teve um primeiro contacto com o Bentley Continental GT3 na pista de Lime Rock e ficou satisfeito com as primeiras sensações ao volante do carro britânico: “Já tive a oportunidade de conduzir vários carros da categoria GT3 e posso dizer que o Bentley é um carro muito bom”, salientou.

Também conhecido por Campeonato Americano de GT, o campeonato Pirelli World Challenge, cujo o campeão em título é o português Álvaro Parente, que também este fim-de-semana competirá em Lime Rock mas ao volante de um McLaren 650S GT3, é considerado um dos mais fortes a nível mundial, muito devido à presença de várias marcas representadas oficialmente. Apesar de ser um campeonato de Sprint na sua essência, de apenas um piloto por carro, no formato SprintX, como este fim-de-semana, o bólide é partilhado por dois pilotos. O programa terá duas corridas de uma hora cada, uma disputa-se já esta sexta-feira e a outra no sábado.

“Estou bastante satisfeito por estar aqui e acredito que nos podemos sair bem. O campeonato tem um nível muito alto e estou desejoso por começar”, afirma Couto em jeito de antevisão para o fim-de-semana que ai vem.

Bom início no Japão

Antes de viajar para terras do “Tio Sam”, o piloto da RAEM teve a sua primeira corrida de 2017 no Japão. No circuito de Fuji, no passado fim-de-semana, o piloto do território levou o Porsche 911 GT3 R da equipa D’Station Racing à sétima posição entre os concorrentes da classe GT300 do campeonato nipónico Super GT.

“Nós começamos em 16º e terminamos em 7º. Significa muito para mim ter contribuído com pontos para a equipa”, verbalizou Couto após a corrida, ele que fez equipa com o experiente piloto local Tomonobu Fujii.

“O traçado deste circuito não beneficia as características do Porsche, logo não tínhamos carro ambicionar o primeiro lugar. Contudo, foi muito bom eu e o Tomo (Tomonobu Fujii)  termos conseguido subir na classificação numa pista com tão poucas áreas para ultrapassagens”, sublinhou o piloto português que regressa ao Japão no próximo mês, para disputar a quarta ronda do campeonato na pista de Sugo. Este ano, o vice-campeão da categoria GT300 em 2015, não está a disputar a totalidade do campeonato, tendo apenas nos seus planos realizar três provas.

26 Mai 2017

Provas de apuramento para o Grande Prémio arrancam este fim-de-semana

[dropcap style≠’circle’]É[/dropcap] já no próximo fim-de-semana que o Circuito Internacional de Zhuhai recebe o primeiro dos dois Festivais de Corridas de Macau. O evento que começa sexta-feira com as verificações técnicas e documentais reunirá mais de 80 pilotos de carros de Turismo que tentarão obter um bom resultado que lhes permita sonhar com o apuramento para a Taça de Carros de Turismo de Macau do 64º Grande Prémio de Macau do mês de Novembro.

O Campeonato de Carros de Turismo de Macau (MTCS, na sigla inglesa) mudou de moldes, sendo que este ano não só qualifica os pilotos do território para o grande evento de automobilismo da RAEM, mas também os pilotos de fora. A competição organizada pela Associação Geral de Automóvel de Macau-China (AAMC) será novamente dividida em duas classes: “AAMC Challenge 1.6 Turbo” e “AAMC Challenge 1950cc ou Acima” (anteriormente designada como Roadsport Challenge).

Matriz lusa em força

Apesar das alterações técnicas radicais introduzidas este ano na classe 1.6 Turbo, onde se destaca o fim do peso mínimo das viaturas, o número de inscritos vai manter-se estável. Ao todo, a classe “AAMC Challenge 1.6 Turbo” reuniu três dezenas de inscrições, sendo que vinte e três participantes são de Macau, seis de Hong Kong e um de Singapura. O contingente de matriz portuguesa volta a ser numeroso e de grande valor: Rui Valente (MINI Cooper S), Célio Alves Dias (MINI Cooper S), Hélder Rosa (Peugeot RCZ), Jerónimo Badaraco (Chevrolet Cruze), Eurico de Jesus (Ford Fiesta) e o campeão em título Filipe Clemente de Souza (Chevrolet Cruze). As únicas ausências notadas na lista de inscritos são de Álvaro Mourato, como noticiado no HM anteriormente, e de Patrick Chan, mas a contrapor, há três novos pilotos de Macau a iniciarem-se esta temporada. Apesar dos pilotos de Macau estarem em maior número, o favoritismo irá recair novamente na dupla de Hong Kong, Paul Poon e Samson Fung (Peugeot RCZ), que nos últimos anos têm dominado a “Taça CTM” do Grande Prémio de Macau.

Divisão necessária

A categoria “AAMC Challenge 1950cc ou Acima” juntará cinquenta e cinco participantes, sendo que vinte e dois são pilotos do território. Entre a “prata da casa” estão os macaenses Hélder Assunção (Mitsubishi EVO9), que regressa este ano ao MTCS, Luciano Castilho Lameiras (Mitsubishi EVO9), Jo Rosa Merszei (Mitsubishi EVO9) e o estreante Delfim Mendonça Choi (Mitsubishi EVO9). Este número elevado de inscritos obrigará à divisão dos concorrentes em dois grupos distintos de número igual. Serão disputadas duas diferentes sessões de qualificação, sendo que a primeira qualifica os vinte mais rápidos de cada grupo para a segunda qualificação e esta, por sua vez, determina a grelha de partida para a corrida. Ambas as categorias vão ter uma corrida de 12 voltas no sábado e outra com o mesmo número de voltas no domingo. Como tal, o procedimento da qualificação para a corrida da categoria “AAMC Challenge 1950cc ou Acima” repete-se nos dois dias.  Os vinte e cinco melhores de cada categoria, no somatório dos dois Festivais de Corridas de Macau, serão apurados para o Grande Prémio.

24 Mai 2017

CTCC | Ávila admite que não foi uma estreia fácil

[dropcap style≠’circle’]R[/dropcap]odolfo Ávila iniciou a sua participação no Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC) com um terceiro lugar. Apesar de ter subido ao pódio, o piloto de Macau teve que suar as estopinhas para lá chegar. Aliás, Ávila foi obrigado a fazer duas corridas de recuperação no Circuito de Zhuhai.

“Tivemos algumas dificuldades inesperadas na qualificação”, explicou o piloto do território ao HM que foi obrigado a recuperar da nona posição da grelha de partida até ao último lugar no pódio. “Felizmente o trabalho fora de pista foi bem feito e no domingo, principalmente na primeira corrida, o comportamento do carro melhorou bastante, dando-me a possibilidade de conduzir nos limites e avançar na classificação”, salientou Ávila que na segunda corrida voltou a ter que fazer exactamente o mesmo.

A grelha de partida da segunda corrida do CTCC é este ano determinada pela classificação inversa dos doze primeiros classificados da primeira corrida, o que daria a Ávila o 10º posto para o arranque do segundo confronto. Todavia, Ávila foi obrigado a arrancar do 13º lugar da grelha de partida, pois recebeu uma penalização de três posições por uma alegada manobra perigosa, ao ultrapassar o BAIC Senova D60 de Darryl O’Young, durante a primeira corrida. Pela segunda vez no mesmo dia, o piloto do Volkswagen Lamando GTS nº9 ultrapassou vários adversários ao longo das 11 voltas ao circuito da cidade chinesa adjacente a Macau, terminando no sétimo lugar, garantindo preciosos pontos para o campeonato. “Não foi tão fácil como parece. Ora ganhava lugares, ora perdia lugares”, esclareceu o piloto que deu os primeiros passos no automobilismo no Kartódromo de Coloane, que lembra que “neste campeonato as lutas no meio do pelotão são muito aguerridas e é preciso uma atenção suplementar, pois ao mesmo tempo que tentas ultrapassar o carro que segue à tua frente, atrás de ti há quem queira tirar partido da situação e roubar-te a posição. Não há tempo para relaxar.”

Uma nova realidade

Apesar da sua já substancial experiência no automobilismo e até ter no currículo o vice-campeonato do TCR Asia Series de 2015, as corridas de Turismo são um mundo relativamente novo para Ávila.

“A experiência conta muito no automobilismo e os meus adversários já correm nesta disciplina há anos. Eu nunca fiz nenhuma temporada completa de carros de Turismo. Fiz duas provas do campeonato TCR asiático, incluindo o Grande Prémio de Macau, e duas provas do CTCC o ano passado. E foram duas provas em que não deu para aprender muito, pois tivemos diversos problemas no carro”, explicou o piloto português. “As corridas de Turismo são muito diferentes das corridas de Fórmulas ou GT em que participei no passado. Os carros obrigam a um estilo de condução diferente e as corridas também são diferentes, pois os andamentos são muito mais equilibrados, as corridas mais curtas e há mais toques”, acrescenta o piloto oficial da SAIC Volkswagen 333 Racing.

O CTCC continua no fim-de-semana de 3 e 4 de Junho, com a visita ao Circuito Internacional de Guangdong. Ávila nunca correu no sinuoso circuito localizado na cidade chinesa de Zhaoqing, algo que não o incomoda, pois “vou encarar este fim-de-semana com a mesma atitude e vontade. Darei o meu melhor em pista e acredito que os resultados vão continuar a aparecer”.

16 Mai 2017