Sérgio Fonseca DesportoGP | FIA dá a conhecer 10 equipas da Taça do Mundo FR Na noite de quarta-feira, a Federação Internacional do Automóvel (FIA), em parceria com a Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau, publicou a lista oficial de equipas inscritas para a edição deste ano do Grande Prémio de Macau – Taça do Mundo FR da FIA. Apesar de não terem sido divulgados os nomes dos pilotos de Fórmula Regional (FR) que visitarão Macau em Novembro, segundo o comunicado oficial da organização, com sede em Paris, este “pelotão cuidadosamente selecionado de dez equipas verdadeiramente internacionais irá reunir os melhores talentos regionais de todo o mundo para disputar esta prestigiada prova única no icónico Circuito da Guia”. A edição deste ano dá as boas-vindas a duas novas equipas de peso no evento: a italiana Trident Motorsport, que chega a Macau depois de uma temporada de 2025 em que conquistou o Campeonato de Fórmula 3 da FIA, com o brasileiro Rafael Câmara, e a neerlandesa Van Amersfoort Racing (VAR), equipa que conhece bem o Circuito da Guia desde 1998 e que, em 2018, apanhou um enorme susto com o aparatoso acidente de Sophia Flörsch. De regresso para defender o cobiçado título em Macau estará a R-ace GP, formação europeia que venceu em 2024 com Ugo Ugochukwu, piloto que não estará presente este ano para tentar revalidar o título. A equipa francesa mantém-se em grande forma, liderando a classificação actual do FRECA e tendo terminado em segundo lugar no Campeonato do Médio Oriente de Fórmula Regional, no início deste ano. Regresso da SJM Theodore Também estão de volta alguns dos mais fortes candidatos do Grande Prémio de Macau do ano passado e do panorama FR em geral, incluindo um nome bem conhecido do evento: a SJM Theodore Prema Racing. A equipa italiana Prema, atualmente em segundo lugar no campeonato FRECA 2025, é uma das formações mais bem-sucedidas do desporto motorizado de base e volta a fazer parceria com Teddy Yip Jr. no evento da RAEM. De regresso estão ainda a Pinnacle Motorsport, equipa de bandeira irlandesa; a australiana Evans GP, que alcançou um quarto lugar na última edição; a japonesa TOM’S Racing, uma das mais prestigiadas do automobilismo nipónico; a alemã PHM Racing; e as sempre competitivas estruturas francesas Saintéloc Racing e ART Grand Prix. Por outro lado, saíram de cena a holandesa MP Motorsport, a australiana Kiwi Motorsport e a japonesa TGM Grand Prix. Nenhuma equipa da China foi selecionada, mas, ao contrário do ano passado, nenhuma tentou inscrever-se na prova. A lista oficial de inscritos só deverá ser dada a conhecer em meados de Outubro, como é tradição do Grande Prémio. A segunda edição da Taça do Mundo FR da FIA realiza-se durante a semana do Grande Prémio de Macau, de 13 a 16 de novembro, e contará ainda, pela primeira vez, com a Taça do Mundo de F4 da FIA, tornando o evento numa das mais prestigiadas montras mundiais das categorias júnior de monolugares.
Sérgio Fonseca DesportoCharles Leong conquista título Lamborghini Super Trofeo O piloto de Macau, Charles Leong Hon Chio, sagrou-se vencedor da classe PRO do Lamborghini Super Trofeo Asia no passado fim de semana, no Circuito Internacional de Sepang, na Malásia. Este representa o primeiro título do piloto da RAEM em competições de Grande Turismo (GT) e o primeiro título de um campeonato alcançado ao serviço da SJM Theodore Racing. Apesar de se encontrar doente e com ainda duas corridas por disputar no calendário da competição organizada pela prestigiada marca italiana de automóveis, Charles Leong e o jovem irlandês Alex Denning mostraram-se sempre extremamente rápidos na pista malaia. Venceram a primeira corrida do fim de semana, alcançando assim o sexto triunfo da temporada, e terminaram em segundo lugar na segunda corrida. Este segundo lugar elevou para 10 o número de pódios obtidos em 10 corridas, prolongando a impressionante série da equipa, que nunca terminou abaixo do segundo lugar. Com duas corridas ainda por disputar nas Finais Mundiais do Lamborghini Super Trofeo, em Misano, Itália, em Novembro, a SJM Theodore Racing poderá concentrar-se em manter esta impressionante sequência de pódios, já com o principal objectivo da temporada alcançado. Charles Leong e Alex Denning encontram-se empatados no topo da classificação de pilotos e deverão concluir a temporada lado a lado, partilhando o mesmo Lamborghini Huracán Super Trofeo EVO2. Sempre a somar Para Charles Leong, este resultado é fruto de “um trabalho incrível da equipa. Conquistámos o campeonato graças a um grande esforço colectivo, sem grandes erros e com total consistência. Para a corrida, esperava mais grupo, mas foi difícil lutar contra os meus adversários com pneus novos. No final, segui o meu ritmo e gerimos os pneus para entregar o melhor carro ao Alex. Foi um fim de semana muito bom.” Após ter terminado no segundo lugar da classificação deste mesmo troféu monomarca, o piloto de Macau soma este título aos que conquistou em tenra idade no Campeonato Asiático de Fórmula Renault e no Campeonato da China de Fórmula 4, para além das duas vitórias marcantes no Grande Prémio de Macau de Fórmula 4. Obviamente satisfeito com os resultados obtidos pelos seus pupilos, Teddy Yip Jr., proprietário da SJM Theodore Racing, comentou: “Quero felicitar toda a equipa por este feito, resultado de um esforço colectivo ao longo da temporada e de anos anteriores. Os pilotos responderam de forma exemplar à pressão. Obrigado ao Charles, mesmo doente, e ao Alex, que realizou outro stint rápido e consistente, garantindo o décimo ‘top-2’ em dez corridas.” A equipa Theodore Racing e a SJM têm apoiado Charles Leong desde 2021, quando conquistou o seu segundo triunfo na Fórmula 4 no Circuito da Guia. Em 2023, terminou muito próximo do colega de equipa Arvid Lindblad na corrida de Fórmula 4 do Grande Prémio de Macau, completando um triunfante 1-2 da SJM Theodore PREMA Racing. Ausente da edição do ano passado devido a compromissos no Lamborghini Super Trofeo Asia em Espanha, Charles Leong ainda não anunciou se participará na edição deste ano do Grande Prémio de Macau.
Sérgio Fonseca DesportoGP Macau | Michael Rutter falha edição deste ano Nove vezes vencedor do Grande Prémio de Macau, Michael Rutter, vai falhar a 72.ª edição do Grande Prémio de Macau. O carismático piloto britânico continua a recuperar do grave acidente sofrido na Isle of Man TT, no passado mês de Junho, e não está apto para lutar pela décima vitória No início do Verão, na grande clássica de estrada, Michael Rutter caiu da moto na última volta da corrida de Supertwin, no local conhecido como 31st Milestone, e sofreu várias fracturas na coluna, entre as vértebras L2 e L5, sendo mesmo transferido por helicóptero para o hospital. O piloto de 53 anos foi também diagnosticado com uma fractura num tornozelo. Depois de quase três meses afastado da competição, “The Blade”, como é conhecido no meio, fez o seu regresso ao motociclismo no último fim-de-semana de Agosto, participando na famosa volta de desfile da Classic TT, em cima de uma Honda RVF750 RC45, integrado numa homenagem aos modelos das décadas de 1980 e 1990. O motociclista mais bem-sucedido de sempre em Macau, onde conquistou a primeira das suas nove vitórias em 1998, voltou a subir para uma moto pela primeira vez no Classic TT, onde conduziu uma Honda RC45 na volta de desfile dedicada aos anos 1980 e 1990. No entanto, Rutter ainda não está preparado para regressar à competição, adiantou na pretérita semana a publicação irlandesa News Letter. A sua última vitória foi alcançada no Circuito da Guia em 2019, ainda que não da forma como Rutter gostaria de ter aumentado o seu palmarés, já que o resultado foi decidido com base nas posições após apenas uma volta, depois de duas interrupções com bandeira vermelha que levaram ao cancelamento definitivo da corrida. Ainda com ambição de vencer uma décima vez na RAEM, no Grande Prémio de Motos de Macau do ano passado, profundamente afectado pelo mau tempo, Rutter ficou desapontado com o resultado, tendo-se qualificado com o quarto melhor tempo, numa prova em que o resultado da qualificação determinou as posições finais da corrida. Antes do acidente na Isle of Man TT, Rutter tinha dito ao News Letter que queria viajar até Macau no final do ano. “Voltaremos a tentar, porque é outra corrida à qual gosto realmente de ir. É completamente única, fica do outro lado do mundo, num outro fuso horário, por isso é única”, referiu sem saber o que lhe esperava. Outra grande dúvida Rutter poderá não ser o único “histórico” do Grande Prémio de Motos de Macau a ficar de fora da edição deste ano, pois persistem muitas dúvidas em torno de Peter Hickman, também ele vítima de um acidente no evento da Ilha de Man. O acidente do britânico foi provocado por uma falha mecânica: a fixação do escape partiu, fazendo com que este entrasse em contacto com o pneu traseiro e provocasse um furo que levou à queda do experiente piloto. O vencedor de quatro edições sofreu lesões graves: fractura da clavícula e da omoplata esquerda, três costelas partidas, quatro vértebras fracturadas e ainda ferimentos faciais. Numa publicação nas redes sociais, Hickman afirmou que tem trabalhado “muito arduamente” nos bastidores e chegou mesmo a realizar recentemente um teste em Cadwell Park. Três meses após o acidente, regressou, este fim de semana, ao popular British Superbike Championship, em Donington Park. O piloto de 38 anos ainda não recuperou a sua melhor forma e a exigência de um circuito citadino, como o de Macau, é muito superior à de um circuito convencional. Por isso, só nas próximas semanas se saberá se Hickman tentará conquistar a sua quinta vitória nas ruas de Macau, em 2025. O 72.º Grande Prémio de Macau terá lugar entre os dias 13 e 16 de Novembro deste ano. Para além do 57.º Grande Prémio de Motos de Macau, o programa conta ainda com o Grande Prémio de Macau -Taça do Mundo de FR da FIA, a Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA, a Corrida da Guia Macau – Kumho FIA TCR World Tour Event of Macau, a Corrida de Macau de Fórmula 4 – Taça do Mundo da Fórmula 4 da FIA, a Taça GT – Corrida da Grande Baía (GT4) e o Macau Roadsport Challenge.
Sérgio Fonseca DesportoGP | Literatura do evento deverá crescer nos próximos anos A literatura sobre o Grande Prémio de Macau poderá continuar a crescer nos próximos anos. O lançamento do livro Grande Prémio de Macau – Colecção Pessoal de Victor H. de Lemos, 1954-1978, Volume II (1967-1978), da autoria do macaense Carlos Lemos, a residir em Toronto desde 1974, decorrerá no mês de Novembro, e não em Outubro como inicialmente previsto, ao mesmo tempo que um novo livro sobre as provas de motociclismo está a ganhar forma. Esta alteração da data não está relacionada com qualquer atraso, mas sim com a data da visita ao território pelo autor. Depois do sucesso do Volume I, a segunda parte de um livro que pretende homenagear o pai do autor, Victor Hugo Lemos – um entusiasta do Grande Prémio de Macau que, em vida, coleccionou um vasto número de fotografias e tudo o que se relacionava com as corridas de automóveis e motos em Macau desde 1954, data da realização da primeira edição do evento. “Este segundo volume completa uma significativa parte da colecção do Grande Prémio de Macau do meu pai, Victor H. de Lemos. É um livro de capa dura com 356 páginas, ou seja, mais 100 do que o primeiro volume”, revela Carlos Lemos. “O conteúdo e a composição são muito idênticos aos do primeiro volume. Inclui mais recortes de jornais chineses e documenta o primeiro acidente fatal, a fracassada tentativa da criação do Circuito da Associação de Corridas Automóveis do Extremo Oriente (FEMRAC), a primeira edição da Corrida da Guia, a Corrida dos Gigantes e a evolução gradual do Grande Prémio de Macau, desde as corridas amadoras até se tornar um evento de classe mundial, reconhecido pela Federação Internacional do Automóvel (FIA).” Ainda segundo o autor, “o livro contém cerca de 471 fotografias, bem como uma introdução à outra colecção do meu pai, World of Motor Racing, composta por mais de 1900 fotografias autografadas de pilotos, proprietários de carros e designers de renome internacional, como Il Commendatore Enzo Ferrari, Sir Stirling Moss, Michael Schumacher, Roy Salvadori, Dan Gurney, Sir Jack Brabham, Juan Manuel Fangio, Helmut Marko, Colin Chapman, Sir Jackie Stewart, Janet Guthrie, o professor Sid Walkins, Tony e Mary Hulman (proprietários do circuito de Indianápolis), Frank Williams, Charlie Whiting, Louis Meyer, entre outros.” As vendas do primeiro volume excederam as expectativas e, por isso, serão comercializados 550 exemplares. O preço de capa será de 400 patacas, mas será comercializado por 350 patacas no período de promoção. Parte do produto líquido proveniente da venda reverterá a favor da instituição Associação IC2 – “I Can Too”, que apoia pessoas com autismo ou deficiência, e também da APOMAC. A apresentação deverá acontecer na sede da Associação dos Aposentados, Reformados e Pensionistas de Macau (APOMAC), em data e hora a revelar. Um livro sobre as motos A literatura sobre o Grande Prémio de Macau poderá continuar a crescer nos próximos anos. Carlos Barreto, o autor do livro História do Karting em Macau, escrito em coautoria com Pedro Dá Mesquita, está a ponderar escrever um livro sobre o motociclismo no Grande Prémio de Macau, disciplina que, por vezes, acaba por ficar em segundo plano em termos de cobertura literária dos mais de setenta anos do evento do Circuito da Guia. “A ideia passa por reunir os depoimentos de pilotos de Macau que participaram nas provas de motociclos do Grande Prémio de Macau”, explicou Carlos Barreto ao HM. “Já temos algum material recolhido; há ainda muito trabalho de recolha por fazer, compilar e escrever a história, selecionar as imagens, etc… Não temos pressa!” O Grande Prémio de Macau tem hoje apenas uma prova de motos no programa, o histórico Grande Prémio de Macau de Motos, mas nem sempre foi assim. O evento chegou a ter mais de três corridas de motos, e até corridas de scooters se realizaram no circuito citadino da RAEM, sempre com uma presença muito forte de pilotos locais.
Sérgio Fonseca DesportoGP | Convites para pilotos TCR Asia que participem na Coreia e Zhuzhou A Corrida da Guia do 72.º Grande Prémio de Macau será novamente o palco da prova final do Kumho FIA TCR World Tour, a maior competição de carros de turismo a nível mundial sob a chancela da Federação Internacional do Automóvel (FIA). A prova estará igualmente aberta à participação de concorrentes de outras proveniências Sendo a última etapa da temporada da competição mundial do TCR, a prova de Macau reunirá os pilotos de turismo mais rápidos do mundo, coroando também o campeão absoluto do FIA TCR World Tour. O formato único da competição promovida pelo WSC Group permitirá que pilotos locais e regionais do TCR enfrentem as estrelas internacionais, criando um espetáculo inesquecível nas ruas do território. Antes da final em Macau, o ressuscitado TCR Asia Series partilhará a pista com o FIA TCR World Tour de 17 a 19 de Outubro, no Circuito de Inje, na Coreia do Sul, e de 31 de Outubro a 2 de Novembro, no Circuito Internacional de Zhuzhou, na China. A participação nesta prova será obrigatória para os pilotos que desejem obter um convite para o evento do Circuito da Guia, proporcionando também uma oportunidade para pilotos de Macau, que não se qualificaram noutras competições, garantirem um lugar na grande festa de final de ano. “Em 2025, inscrições ‘wildcard’ estarão disponíveis para os concorrentes que participaram em provas do TCR Asia. Para serem elegíveis para se inscreverem em Macau, os concorrentes poderão participar nas próximas corridas na Coreia do Sul e na China, onde o TCR Asia partilhará igualmente a grelha com o TCR World Tour”, escreveu a organização do TCR Asia Series nas redes sociais, sublinhando que: “É uma oportunidade única de toda a vida: medir forças com os melhores do mundo num dos traçados mais lendários do desporto motorizado.” Sobre o assunto, o presidente do WSC Group, Marcello Lotti, o pai do conceito TCR, acrescentou: “Estamos orgulhosos por o TCR Asia ter acrescentado dois eventos conjuntos com o Kumho FIA TCR World Tour. O WSC tem o prazer de confirmar que iremos atribuir ‘wildcards’ aos concorrentes que desejem juntar-se a nós também na final da temporada em Macau.” O TCR Asia Series tem competido com pneus da marca chinesa Sailun, mas nesta prova os pilotos terão de se adaptar aos compostos Kumho, obrigatórios na competição sancionada pela FIA. Sean Chang Chien Shang, piloto de Taiwan, lidera a classificação com quatro pontos de vantagem sobre o chinês Liu Zhi Chen, ambos ao volante de Audi RS 3 LMS. Qualidade garantida O TCR Asia Series não será a única competição a compor a lista de inscritos do FIA TCR World Tour na RAEM, pois a temporada de 2025 do TCR Austrália terminará em estilo ao juntar-se à grelha de partida da Corrida da Guia do 72.º Grande Prémio de Macau, que decorrerá de 13 a 16 de Novembro. A primeira participação internacional do TCR Austrália foi possível graças ao detentor global dos direitos do campeonato, o WSC Group, que assegurará a cobertura total dos custos de transporte para as equipas australianas que viajem para Macau. O TCR Australia anunciou em Junho que irá concentrar-se no reinício da competição no evento “The Bend 500”, de 12 a 14 de Setembro, em conjunto com a ronda australiana do Kumho FIA TCR World Tour, competição que conta com mais de uma dezena de concorrentes a tempo-inteiro. A competição australiana, que em tempos teve grelhas de partida com cerca de duas dezenas de carros, não fará mais nenhuma corrida este ano, para além desta e daquela agendada para o Grande Prémio de Macau. Com provas ainda por disputar na Austrália, Coreia do Sul, interior da China e Macau, o campeão em título do Kumho FIA World Tour, Yann Ehrlacher, da Lynk & Co, lidera a classificação com 250 pontos, seguido de perto por Esteban Guerrieri, ao volante de um Honda, com 223, enquanto Santiago Urrutia, também ao comando de um Lynk & Co, ocupa a terceira posição com 215 pontos.
Sérgio Fonseca DesportoFilipinas | Carlos Barreto leva a experiência de Macau Carlos Barreto, ex-director de corrida do Grande Prémio de Macau de Motos, continua activo no desporto motorizado do continente asiático, mais precisamente nas Filipinas, onde tem vindo a colocar em prática a experiência de mais de três décadas ao serviço do automobilismo e motociclismo de Macau “Fui convidado em 2024 para ajudar a desenvolver os campeonatos nacionais de motociclismo em pista – Underbone, Scooters e Superbikes – organizados pelo MoRaC e pela FETAP”, explicou ao HM o ex-membro da direcção do Automóvel Clube de Macau (ACM) e dirigente da Associação Geral do Automóvel de Macau-China (AAMC). “A experiência adquirida ao longo de mais de três dezenas de anos ajuda. Fiz diversos campeonatos de motos e de karts nos circuitos temporários, na Taipa e no NAPE, depois no kartódromo de Coloane, provas com pilotos locais (motos e karts) e internacionais (karts). Esse acumular de experiência é importante para perceber as dificuldades que os organizadores das Filipinas têm em mãos e, em conjunto, elevar o nível dos diversos campeonatos de motos.” Com uma forte ligação ao Grande Prémio de Macau, Carlos Barreto foi director de prova nos Campeonatos de Karting e Motociclismo entre 1991 e 1996, e mais tarde, entre 2004 e 2008. Foi ainda presidente do Colégio de Comissários Desportivos desses campeonatos entre 2009 e 2010. Esta vasta experiência permite-lhe hoje encarar esta nova realidade num país diferente, mas que sempre demonstrou grande paixão pelos desportos motorizados, detectando com facilidade “alguns aspectos que mereciam mais atenção ao nível das provas”. Entre eles, destaca “os regulamentos desportivos, a aplicação das regras, a divulgação de documentação oficial, alguns equipamentos das infra-estruturas, bem como a estrutura e organização funcional da equipa que gere esses campeonatos, desde o secretariado aos comissários de pista e direcção de prova”. Esta colaboração começou em Novembro do ano passado e, em 2024, já se estendeu a três rondas dos campeonatos. O contributo do português, natural de Moçambique, tem sido significativo: “As várias sugestões que apresentei para cada um dos dois circuitos que conheço, o Clark International Speedway e o Batangas Racing Circuit, foram bem recebidas. Algumas já foram implementadas e as restantes ficarão resolvidas até ao final do ano. Tem havido boa receptividade por parte da organização e da gestão dos circuitos.” A própria competição também está em crescimento: “A pandemia, de certa forma, atrasou o desenvolvimento desses campeonatos, mas o número de pilotos tem vindo a aumentar, há equipas com capacidade financeira e com bom equipamento. As provas em Clark chegam, por vezes, a reunir perto de 80 pilotos, enquanto as de Batangas contam com cerca de 60. As perspectivas são animadoras.” Contributo para o karting As Filipinas é um país com uma longa tradição no karting, que remonta à década de 1960 e ao entusiasmo gerado por Arsenio “Dodjie” Laurel, piloto que perdeu a vida no Circuito da Guia em 1967. A presença de equipas e pilotos filipinos em provas no continente asiático é comum e, internamente, a disciplina acompanhou sempre o que tem vindo a ser feito a nível mundial. “A nível do karting, as provas nacionais têm uma estrutura local e funcional – durante anos foi o AKOC”, recorda Carlos Barreto, acrescentando: “a minha colaboração tem sido como Comissário Desportivo em dois eventos internacionais nas Filipinas. Fiz um em 2024 e outro recentemente, a quinta ronda da ROK Cup Asia Philippines, organizada pela Kilton Motors Corporation (KMC), ambos com corridas noturnas e realizados em Clark.” Também aí, o ex-diretor de prova do Grande Prémio Internacional de Kart de Macau (2004-2016), do 46.º Campeonato do Mundo de SKF da CIK-FIA (2009) e do 49.º Campeonato Mundial de KF1 da CIK-FIA (2012), teve a tarefa de “auscultar as pessoas e responder às questões que me colocaram, ajudando a ultrapassar alguns problemas, para além de ter apresentado sugestões de melhoria”. Quanto ao futuro, Carlos Barreto acredita que “a semente está lançada, e resta agora esperar que cresça e que os resultados se tornem visíveis a médio prazo.” Macau um passo à frente Para o autor do livro “História do Karting em Macau”, escrito em coautoria com Pedro Dá Mesquita, a RAEM continua um passo à frente no que toca à organização desportiva de eventos desta natureza. “Macau tem uma clara vantagem, mas é preciso ter em conta que os eventos em Macau contam com o precioso apoio das entidades governamentais, enquanto nas Filipinas se trata de uma organização sem esses apoios”, refere Carlos Barreto. Ainda assim, as provas nas Filipinas, um país com um vasto historial no desporto motorizado do Sudeste Asiático, não ficam nada a dever ao que se faz no território em termos de competitividade. “Ao nível dos eventos, as corridas de scooters costumam ser muito animadas e competitivas, com seis a oito pilotos a lutar a cada volta pelo primeiro lugar, inúmeras ultrapassagens e suspense até ao cortar da meta. Nas provas de Superbikes, competem Ducatis e Aprilias e há sempre espetáculo. Já na classe Underbone, a luta é intensa, pelo que diria que o nível competitivo é até superior ao de Macau.”
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo: FIA continua a sonhar com uma equipa chinesa na F1 Não é segredo para ninguém: a Federação Internacional do Automóvel (FIA) gostaria de ter uma equipa chinesa no Campeonato do Mundo de F1. O presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, é o primeiro a demonstrar essa vontade. Pela primeira vez desde 2015, a F1 vai receber uma 11.ª equipa na grelha de partida já na próxima temporada, com a entrada da Cadillac, colocando fim a uma espera de três anos desde que a equipa norte-americana apresentou a sua candidatura, na sequência do apelo da FIA para manifestações de interesse. Como haverá margem para uma 12.ª equipa, Ben Sulayem está disposto a lançar um novo processo de manifestação de interesse, deixando claro que uma candidatura proveniente da China seria bem-vinda. A entrada de uma equipa chinesa estaria alinhada com os esforços estratégicos da F1 para expandir a sua presença em mercados-chave. O Grande Prémio da China renovou recentemente o seu contrato até 2030, consolidando o papel do país na visão de longo prazo da modalidade. “Temos uma 11.ª equipa [a Cadillac]. Acredito que devemos analisar o desempenho dessa 11.ª equipa e, depois, se houver uma [candidatura] chinesa – e vou agora falar em nome da FOM [Formula One Management] – eles irão aprová-la, porque se trata de sustentar o negócio”, disse o presidente da FIA numa entrevista conjunta com vários jornalistas do sector automóvel. Ben Sulayem deixou claro que não há uma necessidade urgente de ter uma 12.ª equipa. No entanto, dada a trajetória ascendente da F1 nos últimos anos, a adição de mais uma equipa à grelha de partida, especialmente uma proveniente da China, aumentaria ainda mais o apelo da modalidade no maior mercado empresarial do planeta. “Se houver uma equipa da China, digamos, e a FOM a aprovar — e tenho 100 % de certeza de que a aprovará – não se faria mais dinheiro com a entrada da China? Eu acredito que sim”, afirmou. Um enorme mercado por explorar O mercado automóvel chinês é incomparável, produzindo mais de 30 milhões de veículos por ano — mais do que os Estados Unidos da América, Japão e Índia juntos. Além disso, a China tem contribuído para o aumento da base de fãs no desporto, contando com mais de 150 milhões de adeptos e mais de 1 milhão de novos seguidores nas redes sociais chinesas, elevando o total para 4,3 milhões. A própria análise de segmentação de fãs da F1 revelou que mais de metade dos adeptos no país começaram a seguir a modalidade nos últimos quatro anos. Curiosamente, o público é mais jovem do que a média dos adeptos da F1 e mais diversificado, com uma demografia 50 % feminina. Para Ben Sulayem, trata-se de mais do que apenas aumentar o número de equipas: é unir os principais mercados globais sob a bandeira da F1, até porque o número de patrocinadores e parceiros chineses na “classe rainha” do desporto motorizado é atualmente limitado, resumindo-se ao gigante das redes sociais TikTok, parceiro oficial de criação de conteúdos da Aston Martin, e à SenseTime, parceira de tecnologia de IA da Sauber. A presença da marca chinesa Yili, que entretanto saiu, e da SenseTime no universo Sauber esteve, sem dúvida, ligada ao facto de Zhou Guanyu, o primeiro piloto chinês a tempo inteiro na F1, correr pela equipa suíça na altura em que os acordos foram assinados. Geely na pole-position O sonho de uma equipa chinesa pode ainda estar numa fase embrionária, mas com o apoio do presidente da FIA e o crescente foco da modalidade na China, a visão de uma marca chinesa nas grelhas de partida da F1 poderá estar cada vez mais próxima da realidade. Uma marca chinesa como a Geely poderia encaixar naturalmente na F1, tendo em conta a sua presença global e o facto de deter marcas internacionais reputadas como a Volvo ou a Lotus, participações como acionista na Aston Martin e no Mercedes-Benz Group, e joint ventures com a Renault. Vale também a pena referir que, recentemente, a Lotus Cars, propriedade da Geely, recuperou o nome Team Lotus, reunindo os seus programas de competição com apoio oficial, equipas parceiras, campeonatos Lotus Cup e programas de desenvolvimento de pilotos. Segundo a empresa, o renascimento do Team Lotus “significa o nosso compromisso com a competição global e a cultura do desporto motorizado”. Por agora, isto está limitado aos carros GT, mas não se pode deixar de imaginar para onde poderá evoluir no futuro. O Lotus Group é propriedade da Geely desde 2017. A equipa Team Lotus foi uma presença constante na Fórmula 1 entre 1954 e 1994, e houve algumas tentativas de reativar o nome ligado ao seu passado histórico na F1, tentativas essas que terminaram há pouco mais de nove anos. Para além do programa desportivo da Lotus e de outros de cariz regional ou nacional, a Geely está igualmente presente no desporto automóvel com a Lynk & Co, na FIA TCR World Tour, e através da sua parceria com a Renault, como fornecedora de motores, no Campeonato Chinês de F4.
Sérgio Fonseca DesportoGP | Taça do Mundo de FR terá novo carro em 2026 A Federação Internacional do Automóvel (FIA) revelou recentemente alguns detalhes sobre o futuro da Fórmula Regional (FR), a disciplina que actualmente dá corpo ao Grande Prémio de Macau e que, a partir de 2026, contará finalmente com um novo monolugar – mais rápido e mais seguro Inicialmente baptizada pela FIA como F3 Regional, a agora designada Fórmula Regional (FR) situa-se acima das competições nacionais de Fórmula 4 e abaixo do Campeonato de Fórmula 3 da FIA, que, por sua vez, apoia o Campeonato de Fórmula 2 da FIA e a Fórmula 1. No ano passado, a FIA decidiu que esta categoria era a que melhor se adequava ao Circuito da Guia, pondo assim fim a quatro décadas de história da Fórmula 3 no Grande Prémio de Macau. Na semana passada, o órgão regulador do automobilismo mundial e a associação desportiva nacional italiana ACI apresentaram em conjunto o futuro monolugar que irá competir no Campeonato de Fórmula Regional Europeia da FIA (FREC na designação inglesa) e que sucederá à actual FRECA. O facto de a sigla ter perdido a letra “A” deve-se à saída da marca Alpine como parceiro e fornecedor de motores ao campeonato. A FRECA estreou-se em 2019, sucedendo à Fórmula Renault Eurocup. Nas últimas temporadas, mais de 160 pilotos, representando 44 nacionalidades e 22 equipas, participaram no campeonato. Esta categoria ganhou importância na pirâmide de monolugares da FIA, tendo como antigos pilotos o ex-campeão Andrea Kimi Antonelli, Isack Hadjar, Gabriel Bortoleto e Franco Colapinto – todos eles pilotos que hoje militam na Fórmula 1. A competição terá o selo do apoio da FIA e deverá ser o maior fornecedor de equipas e pilotos para a Taça do Mundo de FR da FIA do Grande Prémio de Macau a partir do próximo ano. O envolvimento da FIA na competição tem o intuito de gerar mais receitas para a mesma, algo que poderá ter reflexos na escala dos preços. Os campeonatos de FR nas Américas e no Japão, assim como os troféus certificados pela FIA no Médio Oriente e Oceânia continuarão, e progressivamente introduzirão o novo carro produzido em Itália. O Presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, acredita que este projeto “criará um ambiente mais forte e com mais apoio para os jovens pilotos. Com o total apoio das regiões da FIA e uma visão de progressão clara, estamos a dar um passo importante para garantir o futuro da pirâmide de monolugares júnior”. O ex-piloto de ralis e hoje dirigente máximo do desporto automóvel, que recentemente esteve no território para a Assembleia Geral da FIA, afirmou que “a acessibilidade, credibilidade internacional e eficiência de custos estão no centro desta iniciativa.” Novo carro promete mais O novo Tatuus T-326, o monolugar da segunda geração da FR, está equipado com um motor Toyota de 3 cilindros e 1,6 litros, que debita 270 cv de potência e 360 Nm de binário, especialmente adaptado e preparado pela ATM – Autotecnica Motori. O T-326 representa uma evolução natural do modelo T-318, o monolugar da Tatuus que definiu a maioria dos campeonatos de FR em todo o mundo e que se despede dos grandes palcos no próximo mês de novembro, durante o fim de semana do Grande Prémio de Macau. A segunda edição da Taça do Mundo de FR da FIA continuará a utilizar o monolugar Tatuus T-318, motorizado por um bloco Alfa Romeo de 1,75 litros turbo, também preparado pela ATM – Autotecnica Motori, mas que a marca italiana já deixou de fabricar. O futuro carro, que usará um novo pneu especial construído pela Pirelli, apresentará um perfil aerodinâmico totalmente redesenhado, moldado pelas novas regulamentações técnicas da FIA para a categoria e inspirado nas tendências mais recentes das categorias superiores de monolugares. O resultado é um aumento geral de performance, melhor eficiência aerodinâmica e redução do efeito de turbulência, o que facilitará as ultrapassagens. As principais melhorias incluem redução de peso, cremalheira de direção optimizada e suspensão revista, oferecendo uma maior leveza e facilidade de condução. A segurança continua a ser um pilar fundamental em todos os projetos da italiana Tatuus, e este carro não é exceção. O chassis aumentou ainda mais a sua resistência aos impactos. Elementos cruciais como as estruturas de absorção de impacto dianteira e traseira, os painéis anti-intrusão e o roll bar foram atualizados para cumprir os padrões de segurança mais recentes. Para além da segurança, o cockpit foi concebido para maximizar o conforto e a ergonomia do piloto, acolhendo tanto homens como mulheres numa gama mais ampla de alturas, garantindo as melhores condições para competir em pista.
Sérgio Fonseca DesportoNürburgring Nordschleife é novo palco predilecto das marcas chinesas Em plena Floresta do Eifel – em alemão, Eifelwald – dois carros com matrícula chinesa estão estacionados em frente a uma unidade hoteleira. O cenário aparenta ser intrigante à primeira vista, mas não o é. O Nürburgring Nordschleife, na Renânia-Palatinado, já próximo da fronteira com a Bélgica e o Luxemburgo, tornou-se o palco predilecto dos novos construtores automóveis chineses para mostrarem ao mundo que também podem medir forças com os seus rivais europeus, norte-americanos e asiáticos no que respeita a veículos de alta-performance. A aposta da indústria automóvel chinesa está fortemente concentrada nos NEVs – “New Energy Vehicles” (Veículos de Novas Energias) – como parte da estratégia para reduzir a poluição, diminuir a dependência dos combustíveis fósseis e impulsionar a inovação na indústria automóvel. A China representou quase dois terços das vendas globais de veículos eléctricos em 2024, e os seus construtores, todos eles relativamente novos, discutem taco a taco com os grandes construtores tradicionais um pedaço deste apetitoso mercado. É indiscutível que o crescimento das vendas deste tipo de veículos a nível mundial não tem sido acompanhado, à mesma velocidade, pela evolução da tecnologia aplicável ao desporto automóvel, especialmente no que diz respeito aos veículos eléctricos (EVs). O Campeonato do Mundo FIA de Fórmula E é a única competição verdadeiramente global para veículos elétricos, após o fiasco e a morte prematura da Taça do Mundo de Carros eTouring da FIA — FIA ETCR. Sem alternativas para afirmarem os seus produtos do dia a dia nas pistas, as marcas chinesas rumaram em peso ao Nürburgring Nordschleife, conhecido por ser um dos locais favoritos dos fabricantes automóveis europeus para testar carros de alta performance. O “Inferno Verde”, nome dado pelo lendário piloto Jackie Stewart devido à sua dificuldade e à densidade da floresta que o rodeia, é um circuito com mais de 20 quilómetros e 170 curvas, combinando retas rápidas, secções técnicas e desníveis acentuados. Muitos recordes de volta são medidos aqui para carros de estrada desportivos e superdesportivos, fazendo do Nordschleife uma referência incontornável para a performance automóvel. Capítulos para a história Em 2017, a NIO deu-se a conhecer ao mundo ocidental quando estabeleceu um recorde com o seu supercarro eléctrico EP9. O veículo completou uma volta ao circuito de 20,8 km em 6 minutos e 45,90 segundos, tornando-se, na altura, o carro de produção mais rápido a percorrer o famoso traçado germânico. Este feito evidenciou a capacidade da NIO e da indústria chinesa em competir com marcas estabelecidas no segmento de carros de alto desempenho. Dois anos depois, a Lynk & Co, a primeira marca chinesa a vencer uma corrida no Circuito da Guia, com o modelo 03 Cyan Concept, uma versão de alta performance do sedan 03, alcançou um tempo de volta recorde em 7 minutos e 20,143 segundos, estabelecendo um novo recorde para carros de quatro portas. Marcas como a Zeekr, a MG e a Lotus passaram pelo antigo palco do Grande Prémio da Alemanha de Fórmula 1, até que, em 2024, a Xiaomi chegou com estrondo. Com uma versão de produção do SU7 Ultra, registou um tempo de 7 minutos e 4,957 segundos, superando rivais como o Porsche Taycan Turbo GT e o Rimac Nevera. Para acompanhar o sucesso de vendas do seu carro, a marca de tecnologia electrónica foi ainda mais longe: no mês passado, o SU7 Ultra Prototype, construído em parceria com a Prodrive, alcançou uma volta impressionante de 6 minutos e 22,091 segundos, tornando-se o terceiro carro mais rápido de todos os tempos no circuito, atrás apenas do Porsche 919 Hybrid e do Volkswagen ID.R. Estes resultados da Xiaomi tiveram um impacto significativo, tanto na imprensa ocidental como em casa, como prova da afirmação internacional de uma indústria que quer ser líder incontestada no que respeita aos veículos NEV. Por outro lado, a Xiaomi aproveitou para “surfar a onda” e lançou no mercado uma edição limitada especial do SU7 alusiva a este feito. Mais virão O Nürburgring Nordschleife faz parte do vocabulário da indústria automóvel chinesa e a tendência é para uma presença ainda mais forte das marcas chinesas nos próximos anos na pista alemã. “Acredito que foi a decisão da Xiaomi que trouxe maior atenção à definição de recordes de volta em Nürburgring”, explicou o jornalista chinês Bruno Qi ao HM. “Com uma enorme influência mediática na China e um CEO de alto perfil como Lei Jun, a Xiaomi atraiu um foco significativo para este cenário. Após o sucesso da NIO, este foi mais um desempenho forte de um veículo elétrico de alta performance chinês em Nürburgring.” A Xiaomi, que já dá nome a uma curva do circuito alemão, poderá querer melhorar o seu tempo de volta, enquanto outras marcas chinesas procuram seguir a tendência – nem que seja para se exibirem num palco mundialmente respeitado e de boas memórias. “Marcas como a Yangwang (a marca de luxo da BYD) também enviaram os seus modelos para tentativas de tempos por volta”, refere o jornalista da publicação chinesa BEC Motorsport. “Penso que os construtores automóveis chineses encontraram agora uma oportunidade relevante para demonstrar as capacidades das suas plataformas elétricas de alta performance, e esta estratégia já está a ajudar a impulsionar as vendas.” Até porque, no final do dia, o que pesa é o que se vende.
Sérgio Fonseca DesportoGP | FIA já definiu como será a Taça do Mundo de F4 O Grande Prémio de Macau recebe a primeira edição da Taça do Mundo de Fórmula 4 da FIA, entre 13 e 16 de Novembro deste ano. A Federação Internacional do Automóvel publicou o regulamento desportivo, que revela alguns detalhes sobre o que será a mais recente Taça do Mundo integrada no programa do 72.º Grande Prémio de Macau As inscrições para a Corrida de Macau de Fórmula 4 – Taça do Mundo de Fórmula 4 da Federação Internacional do Automóvel (FIA) estão abertas até ao dia 30 de Julho, cabendo à FIA a selecção dos pilotos que irão participar. Os responsáveis da FIA terão feito uma pré-selecção dos melhores pilotos dos campeonatos nacionais de Fórmula 4, encorajando também todos outros os pilotos interessados em contactar directamente a FIA e a fornecer detalhes do seu historial desportivo para serem considerados. A lista final de vinte pilotos será confirmada através de uma carta oficial de convite, tendo em conta a classificação actual dos pilotos nos respectivos campeonatos. A selecção final só deverá ser tornada pública em meados de Outubro, conforme é tradição na prova do Circuito da Guia. Numa altura em que, nos bastidores, se fala da possibilidade de a FIA aumentar a idade mínima da Fórmula 4 para 16 anos, o regulamento desportivo estipula que todos os pilotos devem ter, no mínimo, 15 anos de idade, sendo vinculativa a data de aniversário. Um piloto inscrito não poderá ter participado em mais de duas provas de um campeonato com qualquer tipo de monolugar que tenha sido concebido e/ou construído para atingir uma relação peso-potência inferior a 3,0 kg/cv, o que impede a participação nesta corrida de pilotos que tenham disputado temporadas da Fórmula Regional ou Fórmula 3. O regulamento desportivo não especifica pormenores técnicos, mas em comunicações anteriores, a FIA já havia confirmado que a Mintimes – organizadora do Campeonato Chinês de F4 – será o “Operador Único” da prova, em conjunto com a FFSA (Fédération Française du Sport Automobile), responsável pelo apoio técnico à Taça do Mundo. Na prática, todos os concorrentes utilizarão monolugares Mygale M21-F4, recentemente re-baptizados como Ligier JS F422. Estes fórmulas, equipados com motores Renault 1.3 litros turbo, serão alugados a equipas do Interior da China e operados por uma única equipa técnica – a mesma que organiza o Campeonato Francês de F4. A Pirelli será o fornecedor exclusivo de pneus, como já acontece no Grande Prémio de Macau de Fórmula Regional e na Taça do Mundo de GT da FIA. Apesar de o horário oficial do evento ainda não ter sido divulgado, sabe-se que a Taça do Mundo contará com uma corrida de qualificação disputada ao longo de 8 voltas, ou no máximo 60 minutos, muito provavelmente no sábado. A Corrida Principal será realizada no domingo, com 10 voltas ou, igualmente, um máximo de 60 minutos. Antes disso, terá lugar uma sessão de Treinos Livres com a duração de 40 minutos, seguida de uma sessão de Qualificação com a mesma duração. Patacas e Pontos Cerca de 350 mil patacas em prémios monetários serão distribuídas pelos concorrentes presentes nesta primeira Taça do Mundo, com o vencedor da Corrida Principal a arrecadar oito mil dólares americanos. Como curiosidade, todos os participantes receberão trezentos dólares de participação – o mesmo valor atribuído à pole-position da corrida de qualificação de sábado e ao piloto que atingir a velocidade de ponta mais elevada durante o evento. Mais importante do que os prémios monetários, o vencedor da primeira Taça do Mundo de Fórmula 4 da FIA nas ruas de Macau conquistará dois pontos para a Super Licença – pontos esses que podem vir a ser decisivos para aceder ao restrito mundo da Fórmula 1. O vencedor estará também obrigado a marcar presença na Cerimónia de Entrega de Prémios da FIA, que este ano terá lugar a 12 de Dezembro, em Tashkent, no Usbequistão.
Sérgio Fonseca DesportoLamborghini | Charles Leong regressa à academia de jovens pilotos A Lamborghini Squadra Corse, a divisão de competição da Automobili Lamborghini, irá dar uma nova oportunidade ao piloto de Macau Charles Leong Hon Chio, que foi novamente seleccionado para integrar a academia de jovens pilotos da prestigiada marca italiana, o “Young Driver Program” Charles Leong, que participa pelo segundo ano consecutivo no Lamborghini Super Trofeo Asia, pela equipa SJM Theodore Racing, lidera actualmente a categoria PRO, com quatro vitórias em seis corridas já disputadas. Este fim-de-semana, o piloto do território viaja até à Coreia do Sul para disputar a quarta prova da temporada da competição monomarca asiática do construtor de Sant’Agata Bolognese, uma pequena localidade na região da Emília-Romanha, no norte de Itália, entre Modena e Bolonha. Em comunicado, a marca transalpina fez saber que, ao todo, foram pré-seleccionados dezasseis pilotos dos vários campeonatos Super Trofeo e cinco dos vários campeonatos internacionais de GT3, entre eles o português Rodrigo Testa, para o programa anual da Lamborghini Squadra Corse, que se concentra tanto no desempenho em pista como fora dela. Os vinte e um jovens pilotos serão acompanhados e avaliados ao longo da temporada, com análises específicas da sua progressão, consistência, experiência, profissionalismo e capacidade de fornecer feedback técnico. Além disso, cinco pilotos adicionais integram a lista de Jovens Pilotos Profissionais da Lamborghini, recebendo apoio directo da fábrica em Sant’Agata Bolognese e da Scuola Federale ACI Sport, uma entidade gerida pela federação italiana. A grande novidade para a edição de 2025 do “Young Driver Program” é o processo de selecção: deixou de assentar apenas em critérios etários, passando a focar-se nos pilotos mais impressionantes das duas primeiras rondas do ano, com base num coeficiente de classificação que abrange os três campeonatos continentais. Os pilotos foram avaliados pelo instrutor-chefe da Scuola Federale ACI Sport, Niki Cadei, em colaboração com os consultores do YDP e os pilotos oficiais da Lamborghini, Andrea Caldarelli (América do Norte), que já competiu no Grande Prémio de Macau, e Marco Mapelli (Europa e Ásia), tendo em conta vários indicadores de desempenho. Os resultados dos treinos de qualificação e das corridas são analisados minuciosamente, tal como a conduta em pista, os relatórios pós-fim-de-semana dos pilotos e o feedback técnico fornecido aos engenheiros e à equipa técnica da Squadra Corse. A pontuação média determina a lista final de pilotos seleccionados para a fase decisiva. Um grupo destes jovens pilotos participará num campo de treino dedicado, na sede da Lamborghini em Sant’Agata Bolognese, bem como na sessão final de selecção em Misano. Os melhores da sessão receberão então apoio da Lamborghini Squadra Corse para a temporada de 2026. Futuro joga-se em Itália Entre os pilotos do Super Trofeo Junior, dez competem na série europeia, enquanto os restantes provêm dos campeonatos norte-americano e asiático. Para além do piloto de 24 anos de Macau, na representação asiática, a Lamborghini escolheu também Ethan Brown, de Singapura, e Alex Denning, da Irlanda, que este ano divide o volante com Charles Leong, para integrar este programa. Charles Leong será avaliado ao longo da temporada, e a selecção final — sobre se integrará ou não o programa de Jovens Pilotos Profissionais da Lamborghini — será feita no mês de Novembro, no circuito italiano de Misano, após o tradicional encerramento da temporada dos vários Super Trofeo, durante as Finais Mundiais da Lamborghini. Recorde-se que o vencedor do Grande Prémio de Macau de Fórmula 4, em 2020 e 2021, integrou este programa no ano passado, mas acabou por não ser seleccionado. Na altura, a avaliação final teve lugar no Circuito de Jerez, em Espanha — um traçado que lhe era desconhecido, ao contrário dos seus adversários.
Sérgio Fonseca DesportoCorrida da Grande Baía apurou mais pilotos para o GP As corridas de apuramento para a Taça GT – Corrida da Grande Baía, integrada na 72.ª edição do Grande Prémio de Macau, terminaram com uma jornada dupla no Festival da Velocidade de Pingtan, no último fim de semana de Junho. Das vinte e oito vagas atribuídas pelas duas primeiras provas da SRO GT Cup, apenas um piloto de Macau conseguiu uma entrada directa no grande evento desportivo de Novembro. Após o sucesso das duas corridas disputadas no âmbito do Grande Prémio da China de Fórmula 1, ambas as corridas de 30 minutos do campeonato chinês de GT4 contaram com um total de 21 participantes, no evento realizado no Circuito Internacional da Cidade do Lago Ruyi, em Pingtan. Esta pitoresca pista, localizada na província de Fujian, substituiu o Circuito Internacional de Zhuhai, inicialmente incluído no calendário provisório divulgado em Janeiro, mas que acabou por não confirmar a realização do seu evento. No traçado semiurbano de Pingtan, o piloto chinês Han Lichao venceu ambas as corridas ao volante do seu Toyota GR Supra GT4 EVO2. Em duas provas bastante animadas, Kevin Leong Ian Veng (BMW M4 GT4) foi o único piloto de Macau a pontuar, tendo alcançado um sexto e um oitavo lugar, respetivamente. Apesar de apenas um piloto da RAEM ter garantido o apuramento direto, é possível que mais pilotos do território venham a alinhar na grelha de partida da Taça GT – Corrida da Grande Baía, integrada no Grande Prémio de Macau. Isto porque apenas 21 pilotos pontuaram nestas quatro corridas, o que significa que, mesmo que todos estes pilotos se inscrevam na prova do Circuito da Guia, ainda restarão sete vagas por preencher. Para além de Kevin Leong, outros sete pilotos de Macau — Miguel Lei, Wong Cheng Tou, Fok Wai Ming, Lao Kim Hou, Ip Un Hou, Wong Wai Hong e Lei Kit Meng — participaram em pelo menos uma das duas provas de qualificação e poderão ser repescados para a prova local, caso a Subcomissão Desportiva da Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau assim o entenda. Entre os pilotos apurados estão alguns nomes conhecidos do automobilismo da região, como Darryl O’Young, duplo vencedor da Taça GT de Macau; Chen Weian, vencedor das 12 Horas de Sepang; Liu Kaishun, vice-campeão chinês de F4; Daniel Lu, ex-campeão da Taça Porsche Carrera Ásia; ou Luo Kailuo, vencedor da Taça GT – Corrida da Grande Baía no 70.º Grande Prémio de Macau. Ainda não acabou Nesta temporada de estreia, a SRO GT Cup ainda conta com mais duas provas pontuáveis, sendo a última, naturalmente, disputada no icónico Circuito da Guia. A competição, que conta com o apoio da Associação Geral Automóvel de Macau – China (AAMC), atingiu o seu ponto intermédio, e a luta pelo título está ao rubro. Antes da visita obrigatória a Macau, de 17 a 19 de outubro, os carros da categoria GT4 irão competir no primeiro evento realizado nas ruas de Yizhuang, em Pequim. O Circuito Citadino de Pequim é um dos eventos automobilísticos mais aguardados da República Popular da China e representa uma excelente oportunidade para os pilotos de GT4 de Macau — e não só — se prepararem para o grande desafio que são as curvas e contracurvas do traçado do território.
Sérgio Fonseca DesportoGP | FIA afina regras da Fórmula Regional A Federação Internacional do Automóvel (FIA) aproveitou a realização, em Macau, das Assembleias Gerais Extraordinárias e da sua conferência anual para publicar o regulamento do Grande Prémio de Macau – Taça do Mundo de Fórmula Regional da FIA de 2025. Não são muitas as alterações em relação a 2024, mas as mudanças introduzidas visam colmatar lacunas da primeira edição desta competição em Macau As doze bandeiras vermelhas durante a sessão de qualificação do ano passado colocaram em causa o nível dos pilotos presentes no Circuito da Guia, naquela que foi a estreia da Taça do Mundo de Fórmula Regional da FIA em Macau. Isto aconteceu após a controversa decisão da FIA de considerar que a Fórmula 3 já não era adequada ao traçado citadino de Macau. Sem surpresa, o regulamento desportivo deixa agora claro que, para competir na Taça do Mundo de Fórmula Regional da FIA, “todos os pilotos devem ter participado num mínimo de 3 competições com um monolugar que tenha sido projectado e/ou construído para atingir uma relação peso/potência superior a 3,0 kg/cv.” Emanuele Pirro, ex-piloto de F1, vencedor da Corrida da Guia e presidente da Comissão de Monolugares da FIA, afirmou ainda durante o fim de semana da 71.ª edição que, no futuro, a FIA será mais exigente quanto à disciplina em pista. Assim, a partir de agora, “qualquer piloto que, na opinião dos Comissários Desportivos, seja o único responsável pela exibição de uma bandeira vermelha durante a sessão de treinos de qualificação, não poderá continuar a participar nessa sessão e o seu melhor tempo de volta poderá ser anulado.” O novo regulamento também determina que “se uma sessão de treinos de qualificação for interrompida com menos de quatro minutos restantes, não será reiniciada.” Por outro lado, a FIA mantém o limite na participação de pilotos mais experientes, sendo excepção apenas os “pilotos que tenham participado num máximo de 3 competições do Campeonato FIA F2 de 2025.” Esta medida vai um pouco contra o espírito e história do Grande Prémio, que sempre reuniu pilotos oriundos de categorias superiores na sua prova principal. Aliás, esta foi uma questão debatida fervorosamente entre Macau e a federação internacional em duas ocasiões anteriores. Em 1985, Alfredo César Torres, então responsável pelo automobilismo português, convenceu Jean-Marie Balestre, contra a sua vontade, a permitir a participação de pilotos da F1 na Taça Intercontinental FIA de F3, em nome da viabilidade económica da prova. Em 2016, a polémica voltou com o veto da FIA à participação de Nelsinho Piquet, decisão mal recebida pelas equipas e pelo então co-coordenador Barry Bland, que acabaria por abandonar a co-organização da prova um ano mais tarde. Aposta na continuidade Em termos desportivos, as inscrições para esta segunda edição da Taça do Mundo de Fórmula Regional da FIA permanecerão abertas até 30 de Julho. A grelha poderá incluir um máximo de 27 monolugares Tatuus Formula Regional, todos equipados com motores Alfa Romeo construídos pela italiana Autotecnica. A Pirelli será, uma vez mais, a fornecedora oficial de pneus. As identidades das equipas convidadas ainda não foram reveladas, mas são esperadas algumas novidades neste campo em relação a 2024. Para evitar eventuais disputas nos bastidores, ficou já definido que “a posição na via das boxes para as equipas que participam no Grande Prémio de Macau será baseada na classificação do ano anterior” e, por sua vez, “a posição na via das boxes para novas equipas será atribuída com base na ordem de finalização da candidatura.” Prémios iguais e publicidade mais restrita Os valores dos prémios monetários mantêm-se inalterados este ano, com um total de 68.500 dólares americanos a distribuir, o equivalente a pouco mais de 550 mil patacas, à taxa de câmbio atual. O vencedor da corrida receberá 12 mil dólares americanos, valor que, ainda assim, está longe de cobrir os custos de participação numa prova desta natureza. Por outro lado, o regulamento desportivo introduz duas novas proibições em matéria de publicidade nos monolugares. Para além da já existente proibição de publicidade a jogos de fortuna ou azar, tabaco ou pornografia, passa também a ser interdita a promoção de cigarros eletrónicos e bebidas alcoólicas – uma medida que segue a legislação em vigor no território. O 72.º Grande Prémio de Macau, o maior evento desportivo internacional da RAEM, terá lugar entre os dias 13 e 16 de novembro de 2025.
Sérgio Fonseca China / ÁsiaFIA | Assembleias Gerais Extraordinárias em Macau As Assembleias Gerais Extraordinárias da Federação Internacional do Automóvel (FIA) realizaram-se em Macau na semana passada. Organizadas pelo clube membro da FIA na RAEM, a Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC), com o apoio do Galaxy Entertainment Group, o evento decorreu tão bem que o órgão máximo que rege o automobilismo pretende regressar ao Galaxy International Convention Center em 2026 e 2027 A FIA é o órgão regulador do desporto automóvel a nível mundial e a federação das organizações de mobilidade a nível global. É uma organização sem fins lucrativos, dedicada a impulsionar a inovação e a defender a segurança, a sustentabilidade e a igualdade no desporto motorizado e na mobilidade. Fundada em 1904, com escritórios em Paris, Londres e Genebra, a FIA reúne 245 organizações membros em cinco continentes, representando milhões de utilizadores das estradas, além de profissionais e voluntários do desporto motorizado. Entre muitas outras funções, desenvolve e aplica regulamentos para o desporto motorizado, incluindo os sete campeonatos mundiais FIA. As Assembleias Gerais Extraordinárias da FIA decorrem no âmbito da Conferência Anual da federação internacional e costumam ter um carácter rotativo entre países. Contudo, após a excelente recepção deste ano no território, a organização com sede em Paris prepara-se para regressar a Macau novamente nos próximos dois anos. É possível ler no comunicado de imprensa da federação internacional que “após o sucesso da Conferência FIA de 2025, organizada em Macau pelo clube membro Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC), com o apoio do Galaxy Entertainment Group, os membros da FIA votaram a favor de realizar as Assembleias Gerais Extraordinárias de 2026 e 2027 em Macau. Ficou igualmente decidido que a Conferência FIA de 2026 e 2027 terá lugar no Galaxy Macau.” Fixar metas No final da edição deste ano, o Presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, relembrou que “a nossa Conferência de meio do ano é uma oportunidade valiosa para interagir com os nossos clubes membros, celebrar os nossos sucessos e traçar objectivos para o futuro. É um momento para reforçar ligações e impulsionar a nossa estratégia com um novo dinamismo, continuando a cumprir os nossos compromissos.” O evento recebeu mais de 500 delegados séniores da FIA, nas áreas da mobilidade e do desporto, provenientes de 149 países, oferecendo a oportunidade de abordar iniciativas-chave em segurança rodoviária, mobilidade sustentável, crescimento regional do desporto e inovação no transporte. Igualmente durante o evento, em vésperas de eleições para a presidência, a FIA apresentou e aprovou as suas contas e o Relatório de Actividades de 2024, detalhando o sucesso da recuperação financeira da FIA durante a presidência de Mohammed Ben Sulayem. No início deste ano, a FIA anunciou que registou em 2024 um resultado operacional de 4,7 milhões de euros, cerca de 40,42 milhões de patacas, o seu melhor resultado financeiro desde 2018.
Sérgio Fonseca Desporto MancheteFIA | Conferência ajudou a perceber futuro do automobilismo Pela primeira vez na sua história, em 2025, Macau acolheu as Assembleias Gerais Extraordinárias e Conferência da Federação Internacional do Automóvel (FIA). Organizado em parceria com a Associação Geral do Automóvel de Macau-China (AAMC), a associação desportiva do território filiada na FIA, e com o Galaxy Entertainment Group, este evento reuniu na RAEM mais de cinco dezenas de delegados seniores da FIA provenientes de 147 países No Galaxy International Convention Centre, até hoje, discute-se o futuro do automobilismo e mobilidade a nível mundial. No entanto, alguns detalhes sobre o futuro do desporto no território já foram revelados nas entrelinhas. Focada em obter informações sobre o crescimento do automobilismo e a promoção de uma mobilidade segura, sustentável e acessível a todos na região Ásia-Pacífico, a sessão de abertura da Conferência da FIA destacou a importância da comunicação e colaboração, bem como a capacidade da região para inovar e criar soluções que respondam às questões específicas que enfrenta. Roberto Carlos Osório, presidente da Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC), afirmou que a associação possui uma forte tradição no automobilismo e que, ao seguir as directrizes da FIA, está a conseguir fazer crescer rapidamente a competição a nível da base na região. “Organizámos a primeira Taça GT Macau em 2008”, referiu o dirigente da AAMC. “Actualmente, temos também a Taça GT – Corrida da Grande Baía para carros GT4. Além disso, em 2008, criámos a Road Sport Challenge”, explicou. “E hoje, em 2025, temos o orgulho de anunciar que contamos com 68 carros de Turismo na região a competir na corrida de qualificação para entrarem no 72.º Grande Prémio de Macau.” Num ano em que a AAMC comemora 30 anos de existência – nasceu como Automóvel Clube de Macau – ficamos também a saber que a aposta da associação para o futuro será nas disciplinas de base do desporto motorizado. Roberto Carlos Osório revelou igualmente um dado curioso: Macau conta com 135 pilotos com licença desportiva do território. “Este crescimento foi alcançado seguindo as orientações da FIA para promover o automobilismo de base e criar corridas acessíveis para os pilotos da região,” acrescentou o dirigente do território. “Com o interesse de pilotos, equipas e promotores em desenvolver actividades de ponta em Macau, no futuro iremos focar-nos ainda mais nas competições de base e em corridas acessíveis, não só para apoiar o turismo, mas também para tornar Macau num centro asiático de eventos internacionais de Karting, onde os campeões poderão ser seleccionados para a F4 e, posteriormente, para a Formula Regional.” Programa do GP confirmado A Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau (COGPM) realizou uma conferência de imprensa, no passado dia 8 de Junho no Museu do Grande Prémio de Macau, para confirmar as corridas do programa do 72.º Grande Prémio de Macau, que terá lugar entre os dias 13 e 16 de Novembro deste ano. Tal como no ano passado, serão sete corridas no total, respectivamente, o Grande Prémio de Macau – Taça do Mundo de FR da FIA, a Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA, a Corrida da Guia Macau – Kumho FIA TCR World Tour Event of Macau, a Corrida de Macau de Fórmula 4 – Taça do Mundo de Fórmula 4 da FIA, o 57.º Grande Prémio de Motos de Macau, a Taça GT – Corrida da Grande Baía (GT4) e a Macau Roadsport Challenge. Pela primeira vez, o Circuito da Guia recebe quatro diferentes Taças sob a chancela da FIA no mesmo fim de semana. Outras novidades Entre reuniões e comunicados, foram reveladas outras informações sobre a edição de Novembro do Grande Prémio de Macau. O Conselho Mundial da FIA aprovou, em Macau, que o vencedor da primeira Taça do Mundo de Fórmula 4 da FIA receberá dois pontos para a Super Licença. Ficámos também a saber que a Pirelli irá equipar todos os monolugares que participarem tanto na Taça do Mundo de Fórmula 4 da FIA como na Taça do Mundo de Fórmula Regional da FIA. Por sua vez, o fornecimento de pneus e combustível para a Taça do Mundo de GT da FIA continua em fase de concurso. As inscrições para a Taça do Mundo de Fórmula 4 estarão abertas até 30 de Julho. A selecção final de 20 pilotos será confirmada pela FIA através de uma carta oficial de convite, tendo em conta a classificação atual dos pilotos nos respetivos campeonatos. No caso da Taça do Mundo de Fórmula Regional da FIA, as inscrições também permanecerão abertas até 30 de Julho, sendo que a grelha poderá acolher um máximo de 27 monolugares Tatuus Formula Regional equipados com motores Alfa Romeo construídos pela Autotecnica. Tal como na Fórmula 4, a participação será por convite, com prioridade atribuída aos pilotos que tenham alcançado as melhores posições nos cinco campeonatos de Fórmula Regional de 2025.
Sérgio Fonseca DesportoGP | Jaguar que venceu em Macau em 1984 regressou às pistas Os mais de setenta anos de história do Grande Prémio de Macau fazem-se de pessoas, máquinas e grandes momentos. Estávamos em 1984, quando Tom Walkinshaw conquistou a única vitória da Jaguar na Corrida da Guia. Após anos afastado do público, para gáudio dos aficcionados, este mesmo carro voltou às pistas pelas mãos de um entusiasta do evento de automobilismo da RAEM Richard Meins, um empresário inglês do ramo do transporte marítimo que residiu muitos anos em Hong Kong, e que participou por diversas ocasiões no Grande Prémio de Macau, conduziu este Jaguar XJS de Grupo A na prova Historic Touring Car Challenge, uma competição para clássicos, durante o Donington Historic Festival. Este “Big Cat”, o chassis nº5 e um dos quatro XJS originais ainda existentes, está praticamente como estava em 1984, mas dada as limitações da publicidade ao tabaco, hoje ostenta as cores usadas no Campeonato Europeu de Carros de Turismo, em vez da icónica decoração preta e dourada da John Player Special (JPS) que marcou a passagem pelo Circuito da Guia. Curiosamente, este regresso às pistas, de um carro que esteve muitos anos parado na Nova Zelândia e no Japão, estava previsto para o Autódromo Internacional do Algarve, mas o Historic Touring Car Challenge cancelou a sua prova no início de Abril em Portimão. Sendo assim, foi em terras de Sua Majestade que Richard Meins fez a sua primeira corrida com o carro britânico. “O carro venceu em 1984 em Macau, por isso sou um grande fã deste modelo”, explicou Ricard Meins à revista inglesa Motorsport News. “Ainda tenho as fotografias que tirei nesse fim de semana em Macau”, recordou este ávido coleccionador de carros de competição clássicos e que, além de conduzir, apoiou vários pilotos no Grande Prémio de Macau. Em Donington Park, Richard Meins partilhou o imponente Jaguar XJS, equipado com um motor V12 de 5.3 litros, com Jack Tetley, e terminaram em sexto lugar da geral, vencendo na sua classe. Richard Meins só tinha guiado o carro uma ou duas vezes anteriormente, mas planeia participar em mais rondas do Historic Touring Car Challenge com o XJS de 1984. “Vamos tentar colocá-lo em pista com mais frequência agora”, disse ainda Ricard Meins, que revelou estar a ponderar uma participação no Silverstone Festival em Agosto com este exemplar muito raro e marcante da história dos carros de turismo dos anos 1980. Estreia de uma decoração icónica No Verão de 1984, Tom Walkinshaw aceitou o desafio da organização portuguesa do Grande Prémio para viajar no final desse ano até Macau. Com o título europeu no bolso, o piloto e chefe de equipa inglês fez-se acompanhar por um dos seus pilotos habituais, o alemão Hans Heyer. A Corrida da Guia era um feudo da BMW e o controverso inglês queria colocar um ponto final no domínio bávaro na prova. Para isso, contou com o precioso apoio da JPS, que estava a relançar a marca, decorando os seus carros com as famosas cores preta e dourada que mais tarde seriam eternizadas nos Lotus de Ayrton Senna. Na altura, a Corrida da Guia acontecia três semanas antes dos 1000 km de Bathurst, outra prova importante no calendário mundial das corridas de carros de Turismo, e assim a TWR fez um “dois em um”. A corrida de 100 milhas nas ruas de Macau não teria muita história, tal o domínio dos carros construídos nas oficinas de Kidlington face à concorrência encabeçada pelos dois BMW 635i oficiais da Schnitzer, guiados por Hans Stuck e Dieter Quester, e pintados pela rival Marlboro. Tom Walkinshaw terminou em primeiro e Hans Heyer e m segundo. No final da corrida, citado pelo jornal português Autosport, Tom Walkinshaw disse: “O circuito é fantástico. Apertado, mas com muitas curvas, subidas e descidas, o que fez com que a corrida se tornasse obrigatoriamente difícil. Mas eu gosto de coisas difíceis e, para mim, a corrida foi óptima do princípio ao fim. Diverti-me e, como fomos bem recebidos, esperamos voltar a correr em Macau.” Os Jaguar foram novamente convidados pela Comissão do Grande Prémio de Macau para correr em 1985, mas Tom Walkinshaw tinha outros planos para os seus carros. Felizmente, graças a Richard Meins continuaremos a ver este belíssimo carro nas pistas.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Surge projecto para nova pista em Zhuhai Com uma nuvem muito negra a pairar sobre o futuro do Circuito Internacional de Zhuhai, eis que surge uma potencial boa notícia para os adeptos do automobilismo da Grande Baía: um projecto para um novo circuito permanente na cidade chinesa adjacente à RAEM. Segundo o jornal Ta Kung Pao, de Hong Kong, o Governo Provincial de Guangdong publicou recentemente o documento “Medidas para Promover o Desenvolvimento de Turismo de Alta Qualidade e Acelerar a Construção de uma Província Turística Forte”, que propõe, pela primeira vez, a criação de um “Círculo Industrial de Cultura e Turismo da Grande Baía”, oferecendo apoio político ao desenvolvimento integrado da cultura e do turismo na região. Com isto, poderá vir a surgir o primeiro complexo industrial e turístico temático de desporto motorizado na Grande Baía. O projecto do Circuito Internacional Zhuhai Chaoyue foi recentemente apresentado no Ocean Spring Resort de Zhuhai, situado em Doumen, não muito longe do aeroporto da cidade, com um investimento inicial de 250 milhões de renminbis. De acordo com as primeiras informações, o projecto deste circuito prevê acolher provas como a Fórmula 3 e fomentar o desenvolvimento colaborativo entre os sectores do desporto motorizado, eventos culturais e indústria de exposições. O plano inclui a realização de várias provas internacionais por ano e prevê a colaboração com Hong Kong e Macau para ligar cidades como Jiangmen e Zhongshan, promovendo o “turismo de múltiplas paragens” e impulsionando o desenvolvimento inovador da “economia de eventos + turismo cultural”. Segundo Zhou Jian, Diretor-Geral Executivo da China Travel Service (Zhuhai) Ocean Spring Resort Co., o circuito – com certificação de Grau 3 da FIA – incluirá ainda uma pista de karting, pista de drift e um espaço interior de 2.400 m² para exposições e eventos relacionados com o setor automóvel. Com mais de 50 eventos internacionais projetados anualmente, o objetivo é tornar-se um “super IP” que una corridas, lazer e turismo sob um mesmo conceito. A primeira fase do projecto do Circuito Internacional Zhuhai Chaoyue incluirá infraestruturas de corrida profissionais com certificação internacional, bem como instalações de apoio. Este projecto ambiciona não só preencher “uma lacuna no sector de desporto motorizado de alta gama em Zhuhai, como também promoverá a modernização das indústrias culturais, desportivas e turísticas da Grande Baía através da realização de corridas internacionais e eventos culturais temáticos ligados ao automobilismo.” Incertezas no ar No Verão passado, a empresa malaia LBS Bina Group Bhd anunciou que vendeu a sua participação no Circuito Internacional de Zhuhai (ZIC) – o primeiro circuito permanente construído no Interior da China – por 124,7 milhões de ringgits (cerca de 214,15 milhões de patacas). Numa declaração apresentada à Bursa Malaysia Securities Bhd, o grupo informou que a sua subsidiária, Dragon Hill Corporation Ltd, vendeu a totalidade da sua participação na Lamdeal Investments Ltd (LIL) à Huafa Urban Operation (HK) Ltd, um conhecido operador imobiliário. A LIL detinha 60 por cento da Zhuhai International Circuit Limited (ZICL), operadora do circuito. Erguido em 1996 com o intuito de receber o primeiro Grande Prémio da China de Fórmula 1 — algo que nunca se concretizou — o ZIC foi, ainda assim, o motor inicial do automobilismo do país e uma referência no automobilismo asiático. Desde a sua abertura, acolheu várias provas internacionais, como o FIA GT, A1 GP ou o Intercontinental Le Mans Series. Nos últimos anos, a administração da pista optou por organizar os seus próprios eventos, abdicando das mais custosas provas internacionais. Apesar de ter recebido, no passado, competições automobilísticas da RAEM, o ZIC tem vindo a perder protagonismo no desporto motorizado local, devido aos preços elevados, à disponibilidade limitada e à redução da actividade desportiva em prol das mais lucrativas actividades comerciais. O futuro do circuito permanece incerto: sabe-se apenas que os contratos de arrendamento entre as equipas residentes e o circuito foram congelados e não estão a ser renovados. A homologação da pista também estará prestes a expirar, sendo necessária uma nova certificação para que continue a receber competições no futuro. No entanto, no fim de semana de 14 e 15 de Junho, o ainda único circuito de Zhuhai irá acolher a terceira prova da temporada do Campeonato da China de Fórmula 4.
Sérgio Fonseca DesportoHistóricos de Macau conseguem apuramento para GP O Circuito Internacional de Guangdong acolheu, no passado fim de semana, a segunda e decisiva jornada dupla do Carros de Turismo de Macau – Macau Road Sport Challenge, prova de apuramento para a mais importante corrida de automobilismo da temporada: o Grande Prémio de Macau. Numa jornada com poucos motivos de celebração para as cores da RAEM, os veteranos Jerónimo Badaraco e Rui Valente conseguiram garantir a qualificação. Com uma lista de 68 inscritos, a grelha foi dividida em dois grupos, A e B, com todos os pilotos a competirem com modelos Toyota GR86 (ZN8) ou Subaru BRZ (ZD8). Este ano, com apenas uma corrida prevista no programa do Grande Prémio – devido à inclusão da nova Taça do Mundo de Fórmula 4 da FIA – o número de pilotos apurados foi reduzido para 36, o que colocou uma pressão suplementar para as duas corridas que faltavam. Para complicar, a chuva chegou, trocando as voltas a equipas e pilotos. No Grupo A, onde Rui Valente enfrentou um fim de semana complicado na pista dos arredores de Zhaoqing, Célio Alves Dias e Maximiano Manhão não conseguiram os mínimos para se qualificar, numa série dominada pelos pilotos de Hong Kong. Na corrida de sábado, o pódio foi composto por Wong Chuck Pan, Lo Pak Yu e Chan Ka Ping. No domingo, estes três repetiram o feito, mas com uma nova ordem: Lo Pak Yu, Chan Ka Ping e Wong Chuck Pan. Em condições atmosféricas difíceis no sábado, Rui Valente terminou apenas na 25.ª posição, devido a um erro nas afinações, melhorando para 15.º no domingo, com a pista seca. Uma penalização após a segunda corrida, atirou-o para o 27.º posto. Ainda assim, o 7.º lugar obtido na primeira jornada revelou-se suficiente para garantir um lugar no Grande Prémio de Macau. Pelo contrário, Maximiano Manhão, ao volante de um Toyota com as cores da histórica Macau Racing Team, terminou em 26.º e 14.º, um resultado aquém do apuramento, mas que acaba por ser positivo dado que foi a estreia do jove piloto nestas andanças. Já Célio Alves Dias, com dificuldades no seu carro desde a primeira prova, foi 24.º e 28.º, longe do nível habitual deste experiente piloto macaense. Badaraco com ‘sprint’ final Num fim de semana, em que as animadas corridas tiveram transmissão em Live Streaming, no Grupo B, os pilotos de Hong Kong voltaram a destacar-se. No domingo, Adrian Chung venceu, com Leung Tsz Wa e Tsang Pak Yin a completarem o pódio. No segundo confronto, Cheang Kin Sang alcançou uma vitória merecida, seguido novamente por Leung Tsz Wa e Tsang Pak Yin. Jerónimo Badaraco chegou a este desafiante fim de semana sem o apuramento assegurado. Uma qualificação modesta e o 11º lugar de sábado mantinham o desfecho em aberto. No entanto, uma corrida sólida no domingo e um excelente 4.º lugar garantiram ao veterano macaense o tão desejado lugar na grelha do Grande Prémio de Macau, junto com os conterrâneos Cheng Kin San, Leong Keng Hei, Lou Check In e Carson Tang. Também fora do Grande Prémio ficou Dionísio Albino Pereira, que terminou em 23.º na corrida de sábado, mas encerrou a época de forma mais contundente, ao cortar a linha de meta no 13.º lugar na segunda corrida. No final das corridas, os concorrentes provisoriamente apurados tiveram uma verificação técnica extra, sendo obrigados a abrir motores e caixa de velocidades, para verificar a legalidade destes dois decisivos órgãos das suas viaturas.
Sérgio Fonseca DesportoEsports | Primeira Taça FIA Girls on Track Esports decidida em Macau No próximo mês de Junho, pela primeira vez na sua história, Macau vai acolher as Assembleias Gerais Extraordinárias e a Conferência da Federação Internacional do Automóvel (FIA). Este evento, que terá lugar no Galaxy International Convention Centre, de 10 a 13 de Junho, será complementado com uma actividade extra: a primeira edição da “Taça FIA Girls on Track Esports” O organismo mundial que rege o desporto motorizado anunciou esta nova competição de sim racing, que está a ser organizada em parceria com o fabricante de cockpits de simulação de corridas Advanced SimRacing e com o popular jogo de sim racing iRacing, será dirigida a elementos do sexo feminino com 16 ou mais anos, independentemente da experiência prévia em esports. Para se inscreverem, as participantes deverão registar-se no site oficial da FIA. Além disso, é necessário ter uma conta activa no iRacing para competir. As qualificações online para a competição, cujas finais serão realizadas na RAEM, já começaram oficialmente. A primeira fase consiste em as participantes tentarem registar a volta mais rápida no Time Attack do iRacing. Esta fase de qualificação online termina a 6 de Maio. Após esta primeira etapa, as 10 melhores classificadas serão convidadas a participar na grande final, que decorrerá na semana das Assembleias Gerais Extraordinárias e da Conferência da FIA 2025, agendada entre os dias 10 a 13 de Junho. Em Macau, as participantes disputarão uma final presencial de vários dias, onde será coroada a primeira campeã da “Taça FIA Girls on Track Esports”. “Sabemos que os Esports são o futuro, mas para que esta disciplina cresça e se desenvolva verdadeiramente, precisamos de incentivar mais raparigas e mulheres a envolverem-se”, destacou o cingalês Niroshan Pereira, o actual Presidente da Comissão de Esports da FIA. “Esperamos que esta competição sirva de catalisador, encorajando aspirantes a piloto a experimentar a nossa disciplina e a considerar uma carreira no desporto motorizado.” De acordo com a FIA, as 10 finalistas também terão acesso a um programa de formação sobre como lidar com a comunicação social e oportunidades de networking, ganhando uma visão valiosa sobre a indústria do desporto motorizado. Crescer em todas as frentes Esta é a primeira vez que a iniciativa FIA Girls on Track se envolve numa competição de esports. O seu projeto mais conhecido foi provavelmente o programa FIA Girls on Track – Rising Stars, uma iniciativa que visou promover o desporto automóvel junto do público feminino com idades compreendidas entre os 13 e os 18 anos, e que apoiou jovens pilotos femininas entre 2020 e 2023. Recorde-se que apenas 1,5 por cento do total de licenças desportivas a nível mundial são de mulheres. Burcu Çetinkaya, a presidente da Comissão FIA Women in Motorsport, afirmou que “A FIA está empenhada em duplicar a participação no desporto motorizado e em criar mais oportunidades para mulheres e raparigas. Os desportos electrónicos permitem-nos alcançar públicos mais vastos e mais jovens — especialmente aqueles com talento por descobrir ou com acesso limitado às vias tradicionais do desporto motorizado. Estou ansiosa por conhecer as nossas finalistas – e por distinguir a vencedora – no evento em Macau.” A decisão da FIA de lançar uma competição de esports exclusivamente para mulheres reforça também a aposta do organismo no panorama digital. Os desportos eletrónicos são uma parte cada vez mais importante do programa de desenvolvimento de base da FIA. No ano passado, a Federação acrescentou um Apêndice de Esports (Apêndice E) ao Código Desportivo Internacional, permitindo às Autoridades Desportivas Nacionais regulamentar e gerir competições nacionais e internacionais. A FIA também apoiou numerosos eventos regionais de Esports, recebeu um número recorde de 117 participantes em Esports nos FIA Motorsport Games e incentivou ainda mais a adesão ao oferecer subscrições de 12 meses do iRacing aos Clubes Membros.
Sérgio Fonseca DesportoGPM | Carlos Lemos apresenta Volume II do seu livro em Outubro Depois do sucesso do Volume I, o macaense Carlos Lemos, a residir em Toronto desde 1974, prepara-se para lançar, em Outubro, o Grande Prémio de Macau – Colecção Pessoal de Victor H. de Lemos, 1954-1978, Volume II (1967-1978), a segunda parte de um livro que pretende homenagear o seu pai, Victor Hugo Lemos – um entusiasta do Grande Prémio de Macau que, em vida, coleccionou um vasto número de fotografias e tudo o que se relacionava com as corridas de automóveis em Macau desde 1954, data da realização da primeira edição do evento. Sobre a segunda parte da obra, Carlos Lemos explicou ao HM que esta será “muito semelhante ao Volume I, mas contém mais recortes de jornais em inglês e chinês de cada ano, assim como alguns relatórios financeiros do Grande Prémio. Inclui ainda um cartaz do Ano Jubilar, do qual fiz três cópias limitadas e rubricadas em canvas, oferecendo uma à Associação dos Aposentados, Reformados e Pensionistas de Macau (APOMAC) e outra ao Club Lusitano, em sinal de agradecimento pelo apoio prestado.” Documentados com fotografias da época e artigos de jornais, estão alguns dos períodos mais emblemáticos do evento da RAEM, como a evolução do Circuito da Guia, a primeira vítima (Arsenio Laurel, em 1967), o nascimento do Grande Prémio de Motos e da Corrida da Guia, a chegada das primeiras equipas de fábrica e dos primeiros patrocinadores, a primeira transmissão televisiva em directo, e a tentativa de Hong Kong em criar o seu próprio Grande Prémio. Acresce ainda um novo capítulo, com “dez páginas de outra colecção do meu pai, chamada Motor Racing World, com alguns exemplares de 1900, fotografias autografadas de pilotos, dirigentes e personalidades do automobilismo mundial”. Após ter lançado o Volume I em 2023, a apresentação do Volume II está agendada para o dia 15 de Outubro em Macau e para o dia 17 de Outubro na vizinha Região Administrativa Especial de Hong Kong. Mais e maior A verdade é que as vendas do primeiro volume excederam as expectativas. “Foi realmente um sucesso”, reconhece o autor, pois “restam apenas duas dúzias de exemplares, que guardei para mim próprio, para ofertas e reservas, no caso de alguém fora de Macau estar interessado”. Contudo, para Carlos Lemos, “o maior sucesso foi conseguir angariar mais de 41.000 patacas para caridade”, destinadas à instituição Macau IC2 [I Can Too], que apoia pessoas com autismo ou deficiência. Para este segundo volume, com conteúdos mais recentes, o número de exemplares produzidos aumentará ligeiramente. “A impressão do Volume I foi de 500 exemplares, e achei um pouco ‘apertado’, no sentido de conseguir um número satisfatório para oferecer a amigos e a certas personalidades e entidades ligadas ao Grande Prémio. Por isso, mandei imprimir desta vez 550 exemplares”. Carlos Lemos sublinha ainda que “a APOMAC e o Club Lusitano de Hong Kong prometeram dar o mesmo apoio ao lançamento do Volume II, o que é muito importante”. O livro terá mais páginas – cerca de cem a mais – e o autor confirma: “Já recebi várias reservas!” Missão (quase) cumprida Com a publicação do segundo volume, o primeiro grande objectivo de Carlos Lemos ficará cumprido, pois “a minha missão de homenagear o meu pai fica completa no que respeita à colecção do Grande Prémio de Macau, embora não totalmente, porque o maior sonho do meu pai era ter o seu nome no Guinness World Records”. Esta é também uma história curiosa, pois Victor H. Lemos candidatou-se por três vezes ao Guinness World Records, sem sucesso. “Se Deus quiser e tudo correr bem, vou tentar mais uma vez, em nome dele, apresentar nova candidatura ao Guinness Book of Records e talvez também ao FIVA Hall of Fame”. A FIVA (Federação Internacional de Veículos Antigos) é uma organização mundial sem fins lucrativos dedicada à protecção, preservação e promoção do património automóvel histórico. “Desta vez, para o Guinness World Records, vou submeter a candidatura com documentos de apoio, como vídeos e fotografias da colecção e dos livros”, explica o antigo presidente da Casa de Macau em Toronto. “O meu pai escreveu apenas uma carta, sem anexar qualquer documento, porque naqueles tempos não havia a facilidade que temos hoje”. Para além do automobilismo, Carlos Lemos revela ainda que gostaria “de publicar um livro sobre a colecção de rótulos de caixas de fósforos fabricadas em Macau. O meu pai coleccionava rótulos de caixas de fósforos de todo o mundo – tem de Portugal, Espanha, vários países da Europa, etc. Esse projecto depende do tempo disponível e do interesse das pessoas”. E ficamos por aqui quanto a colecções? Talvez não: “Também tenho centenas, talvez milhares de moedas antigas – são tantas que é complicado… portanto não vou mexer (risos)”.
Sérgio Fonseca DesportoGP | Corridas de apuramento de Turismo decorreram em Zhaoqing A edição de 2025 do Campeonato de Carros de Turismo de Macau – Macau Road Sport Challenge – teve o seu início no Circuito Internacional de Guangdong, com 67 carros divididos em dois grupos, A e B, disputando um total de quatro corridas ao longo do fim-de-semana. Os pilotos de Hong Kong voltaram a mostrar a sua superioridade, mas houve resultados positivos entre os pilotos de Macau Para além dos títulos em jogo, a competição organizada pela Associação Geral Automóvel Macau-China (AAMC), que se divide em dois eventos, serve igualmente para atribuir as trinta e seis vagas disponíveis para a prova mais importante da temporada: o Grande Prémio de Macau. Como tal, esta primeira jornada no circuito dos arredores de Zhaoqing revelou-se particularmente tensa, com corridas muito disputadas entre os Toyota GR86 (ZN8) e os Subaru BRZ (ZD8), todos equipados este ano com os novos pneus Pirelli de composto DMC. No Grupo A alinharam três pilotos bem conhecidos da comunidade lusófona: Rui Valente, Célio Alves Dias e Maximiano Manhão. No entanto, uma qualificação menos conseguida deixou os três na parte final da grelha de partida, obrigando-os a trabalho redobrado logo na primeira corrida, disputada na tarde de sábado. Essa mesma corrida acabou por ser interrompida com bandeira vermelha a poucas voltas do fim, devido a um derrame de óleo na pista. Damon Chan, vencedor da competição em 2024, triunfou, seguido por Lo Pak Yu e Chan Ka Ping, num pódio inteiramente composto por pilotos de Hong Kong. O experiente Rui Valente protagonizou uma excelente corrida de recuperação, subindo da 29.ª até à 14.ª posição. Maximiano Manhão ganhou três lugares e terminou em 22.º, enquanto Célio Alves Dias subiu oito posições, finalizando em 25.º. Na segunda corrida, Rui Valente voltou a imprimir um forte andamento, chegando a rodar em 5.º, mas a degradação dos pneus impediu-o de manter a posição, terminando em 7.º. Com um sistema de pontuação que privilegia os dez primeiros classificados, este resultado poderá ser determinante para a sua qualificação para o Grande Prémio. No seu fim-de-semana de estreia aos comandos de um carro de Turismo, Maximiano Manhão, cujo Toyota ostenta as cores e o logótipo da histórica Macau Racing Team, terminou no 15.º posto. Célio Alves Dias, num fim-de-semana complicado, foi apenas 23.º e sabe que tem muito que fazer se se quiser qualificar no próximo mês. A vitória coube a Lo Pak Yu, pressionado de perto por Wong Chuk Pan e Leong Keng Hei. O melhor representante do território foi Lou Check In com um 4.º lugar. Vitória da RAEM e Top-10 para Badaraco As corridas do Grupo B também foram marcadas por incerteza e grande animação dentro de pista. Chung Kwok Hei, vencedor em 2023, liderava a prova até que um furo o forçou a abandonar. Cheng Kin Sang, representante da RAEM, aproveitou a oportunidade e assumiu a liderança. Bayern Yip Wai Hei lançou vários ataques, todos eficazmente defendidos por Cheng. Porém, um acidente aparatoso na recta principal, já perto do fim, causou nova interrupção com bandeira vermelha. Cheng Kin Sang venceu, terminando à frente de Bayern Yip e Lam Tou. Na segunda corrida, Bayern Yip ultrapassou Cheng Kin Sang na segunda volta e assumiu o comando. Apesar da entrada do safety car por duas vezes, Bayern Yip manteve a calma e garantiu a vitória, conquistando um primeiro e um segundo lugar no conjunto do fim-de-semana. Rao Long, que partira da oitava posição, mostrou excelente ritmo e subiu até ao 2.º posto nas duas últimas voltas. Cheng Kin Sang concluiu no 3.º posto, somando assim dois pódios na jornada de abertura. Jerónimo Badaraco, o último vencedor da Taça ACP, em 1999, teve um início discreto, terminando em 19.º a corrida de sábado. No domingo, “Noni” mostrou que ainda tem muito para dar ao automobilismo local, alcançando um precioso 10.º lugar. Já Dionísio Albino Pereira concluiu a primeira corrida na 29.ª posição e não alinhou na segunda. A próxima, derradeira e decisiva jornada está agendada para os dias 16 a 18 de Maio, novamente no Circuito Internacional de Guangdong.
Sérgio Fonseca Desporto MancheteGP | Apuramento dos carros de turismo começa com maior presença macaense O Campeonato de Carros de Turismo de Macau – Macau Road Sport Challenge vai ter início este fim-de-semana no Circuito Internacional de Guangdong, na cidade de Zhaoqing, a 200 quilómetros a noroeste da RAEM. Para esta prova, que servirá de qualificação para o 72º Grande Prémio de Macau, vai estar na grelha de partida uma dúzia de pilotos de Macau, incluindo cinco nomes portugueses Entre os sessenta inscritos, todos eles equipados com dois tipos de viaturas – Toyota GR86 (ZN8) ou Subaru BRZ (ZD8) – estão caras bem conhecidas do automobilismo de Macau. Com o mesmo entusiasmo que lhe é reconhecido há décadas, Rui Valente irá novamente conduzir um Subaru BRZ, o mesmo carro com que competiu no Circuito da Guia, em Novembro do ano passado. O piloto da Premium Racing Team tinha, no último Grande Prémio de Macau, um dos carros mais rápidos em termos de velocidade de ponta no pelotão da sua corrida. Por isso, o foco na pré-época esteve noutros aspectos técnicos do carro que vão além do motor. Também de volta está Célio Alves Dias, após um ano difícil em 2024, muito aquém das suas expectativas. Para isso, o piloto macaense apostou em trocar o chassis do seu Toyota GR86. Este ano, o seu objectivo é contabilizar a vigésima quinta participação no maior evento desportivo de carácter anual da RAEM, pelo que todos os detalhes são importantes. De volta está também Jerónimo Badaraco (Toyota GR86), piloto que, no Grande Prémio de Macau do ano passado, alcançou o segundo lugar na Macau Road Sport Challenge. Depois de ter estado modesto nas provas de apuramento, “Noni” esteve muito forte nas ruas da cidade, onde foi o melhor piloto macaense, numa corrida ganha por Lei Kit Meng. Em estreia este ano estará Maximiano Manhão. Trazendo consigo um apelido com enorme tradição no automobilismo de Macau, o jovem Maximiano, que competiu durante vários anos nas provas locais de karting e, em 2022, participou numa prova do Campeonato Chinês de Fórmula 4, vai fazer a sua estreia na Macau Road Sport Challenge com um Toyota GR86. A presença macaense será reforçada por Dionísio Albino Pereira, piloto regularmente visto nas provas de karting em Coloane, que irá conduzir um Toyota GR86 da LW World Racing Team. Em 2013, competiu no Campeonato de Carros de Turismo de Macau – Macau Touring Car Series, então pilotando um Honda Integra DC5 da equipa PAS Macau Racing Team. A representação do território nestas provas de apuramento contará igualmente com Ao Chi Wang, Carson Tang, Ip Tok Meng, Chan Chi Ha, Lo Kai Tin e Lou Check In. Vai ser a doer Em 2024, a Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC) conseguiu colocar todos os pilotos do Campeonato de Carros de Turismo de Macau no fim-desemana do Grande Prémio. Este ano, tudo indica que o cenário de organizar duas corridas para os pilotos locais será impossível. Como tal, estas corridas de apuramento terão um impacto muito maior, e apenas metade dos agora inscritos terá bilhete de entrada para o maior evento desportivo de carácter anual da RAEM. Outra novidade para este ano é que todos os carros serão equipados com pneus da marca italiana Pirelli, tal como já tinha acontecido no Grande Prémio. Todavia, este ano existirá um novo composto, igual para todos, o que poderá baralhar as contas dos favoritos. As centralinas continuarão a ser sorteadas, como no passado. Visto que o número de participantes é elevado, a AAMC irá dividir os pilotos em Grupos A e B, realizando não duas, mas quatro corridas no total. Cada corrida terá 15 voltas, sendo que duas serão disputadas no sábado e outras duas no domingo.
Sérgio Fonseca DesportoApuramento da Taça GT – Corrida da Grande Baía decide-se em Pingtan A segunda prova de apuramento para a Taça GT – Corrida da Grande Baía da 72.ª edição do Grande Prémio de Macau não será disputada no Circuito Internacional de Zhuhai, como inicialmente previsto, mas sim no Circuito Internacional da Cidade do Lago Ruyi, na região turística de Pingtan, em Fuzhou. O calendário da temporada de estreia da SRO GT Cup ficou finalmente definido ontem, com o anúncio oficial da confirmação de que o circuito semi-permanente de Pingtan acolherá a terceira e quarta rondas do campeonato para viaturas GT4, nos dias 28 e 29 de Junho. Pingtan junta-se, assim, a Xangai, Pequim e Macau no calendário deste ano do campeonato lançado pela SRO Asia em parceria com a Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC). A pista de Pingtan substitui Zhuhai, que constava no calendário provisório divulgado em Janeiro, mas que não conseguiu confirmar o seu evento. Esta nova data também não é coincidência, já que o evento da SRO GT Cup fará parte das actividades culturais Pingtan-Macau previstas para o mês de Junho. O pitoresco traçado de Pingtan – que combina cenários urbanos modernos e costeiros – continua largamente desconhecido fora da China. Inaugurado em 2022, o circuito conta com dois traçados que incorporam estradas públicas existentes na Ilha de Pingtan, secções construídas de raiz e boxes permanentes. Ambas as corridas da SRO GT Cup terão lugar no circuito de 2,9 quilómetros e 14 curvas, já utilizado por campeonatos nacionais como o China Endurance Championship (CEC) e o Campeonato Chinês de Fórmula 4. Início promissor A temporada de 2025 da SRO GT Cup arrancou de forma espetacular, com 33 carros – a maior grelha de GT4 alguma vez reunida na Ásia – a disputar duas corridas de apoio ao Grande Prémio da China de Fórmula 1, no mês passado. Integradas no programa oficial da F1, Chen Weian (Audi) e Lichao Han (Toyota) venceram as duas corridas que servirão de base para a seleção dos concorrentes com direito a participar, este ano, na Taça GT – Corrida da Grande Baía. Até 28 carros poderão competir na Taça GT – Corrida da Grande Baía, que se realiza no evento de final de temporada, nas ruas de Macau. Os lugares serão atribuídos com base na classificação após esta segunda jornada, agendada para Pingtan. Na disputa por uma vaga estiveram em Xangai seis pilotos da RAEM: Kevin Leong Ian Veng, Miguel Lei, Cheng Tou Wong, Wai Ming Fok, Kim Hou Lao e Un Hou Ip. Charles entra com o pé direito Ainda nas provas de GT, mas na Austrália, o piloto de Macau Charles Leong Hon Chio venceu as duas corridas da jornada inaugural do Lamborghini Super Trofeo Asia em Sydney. O jovem piloto do território, ao volante do Lamborghini Huracán Super Trofeo EVO2 da SJM Theodore Racing, dominou com autoridade as duas corridas disputadas no Sydney Motorsport Park, fazendo equipa com o irlandês Alex Denning. Após uma abertura de temporada sensacional, o Lamborghini Super Trofeo Asia regressa à ação no próximo mês, com a segunda ronda a decorrer no palco do Grande Prémio da China, o Circuito Internacional de Xangai, de 16 a 18 de maio. Depois de ter terminado em segundo lugar em 2024, Charles Leong está decidido a conquistar o título da competição da marca italiana na Ásia em 2025.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Leong repete troféu Lamborghini com a Theodore A Lamborghini Super Trofeo Asia arranca este fim de semana na Austrália. A competição monomarca do prestigiado construtor de superdesportivos contará, mais uma vez, com uma representação da RAEM. Charles Leong Hon Chio estará novamente ao serviço da SJM Theodore Racing. Depois de, na temporada passada, Charles Leong e a SJM Theodore Racing terem lutado pelo título da classe PRO até à derradeira corrida, esta dupla continuará em 2025. No entanto, o vencedor do Grande Prémio de Macau de Fórmula 4 em 2020 e 2021 não voltará a formar equipa com a japonesa Miki Koyama. Ao seu lado, o piloto de Macau terá agora o jovem irlandês Alex Denning, que no ano passado competiu na GT4 European Series e que, este ano, fará a sua estreia nas pistas asiáticas. Outra novidade está na equipa de assistência da SJM Theodore Racing, que deixa de ser a Iron Lynx – estrutura que, desde 2021, controla a Prema Powerteam através da empresa suíça DC Racing Solutions Ltd. A relação da Iron Lynx com a Lamborghini Squadra Corse, entidade responsável pelo desporto automóvel da marca italiana, deteriorou-se drasticamente no final do ano passado devido a um conflito relacionado com o programa do Campeonato do Mundo FIA de Endurance (WEC). Como consequência, a Iron Lynx abandonou todas as atividades com a marca de Sant’Agata Bolognese a nível global. Perante este cenário, para garantir a assistência técnica ao seu Lamborghini Huracán Super Trofeo EVO 2, a SJM Theodore Racing contará, nesta temporada, com os serviços da DW Evans GT, a equipa que, no ano passado, venceu o campeonato de equipas e a classe PRO do troféu asiático, com o inglês radicado em Hong Kong e co-proprietário da equipa, Dan Wells. Não há coincidência com o GP O Lamborghini Super Trofeo Asia pretende manter o seu ímpeto em 2025, com um calendário composto por seis eventos em seis países diferentes. A temporada arrancará, pela primeira vez, na Austrália, com o histórico Sydney Motorsport Park a receber a primeira jornada dupla. De seguida, a competição ruma a Xangai, na China, para a segunda ronda no fim de semana de 16 a 18 de Junho, marcando o seu regresso ao calendário em 2024 após uma ausência de quatro anos. O Japão será o anfitrião da terceira ronda duas semanas depois, na icónica pista de Fuji, enquanto o Inje Speedium, na Coreia do Sul, entra no calendário no final de Julho. Depois de ter anteriormente acolhido a ronda de abertura da temporada, Sepang, na Malásia, passa para setembro em 2025, ocupando a quinta ronda do calendário. A sexta e última prova terá lugar no circuito de Misano, em Itália, em conjunto com as Finais Mundiais da Lamborghini. Pela primeira vez em vários anos, o evento não coincidirá com o Grande Prémio de Macau, disputando-se no fim de semana anterior. Ausência de vulto Vencedor da classe PRO-AM em 2024, ao lado do chinês Jason Fangping Chen, André Couto não estará presente na edição deste ano do Lamborghini Super Trofeo Asia. A Madness Racing Team, pela qual o piloto português do território competiu na época passada, abandonou o troféu e ainda não definiu o seu projecto desportivo para 2025. Para esta primeira prova do campeonato, na Austrália, estão vinte e três carros que serão conduzidos por trinta e nove pilotos.