Hong Kong | Mais um desaparecimento gera especulação sobre interferência da China

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] mistério sobre um alegado novo desaparecimento em Hong Kong, desta vez de um milionário chinês, está a gerar desde o início da semana especulação sobre a interferência da China na cidade, segundo a imprensa local e internacional.

O paradeiro do empresário Xiao Jianhua, um dos homens mais ricos da China, é incerto depois de os meios em língua chinesa publicados no estrangeiro terem noticiado que foi levado de Hong Kong por agentes de segurança do interior da China na semana passada.

Estas notícias relacionam o desaparecimento de Xiao Jianhua com a campanha anti-corrupção, que muitos críticos acreditam estar a ser usada para visar os adversários políticos do Presidente chinês, Xi Jinping.

Um anúncio de página inteira publicado ontem no Ming Pao – um dos jornais em língua chinesa publicado em Hong Kong – e atribuído ao próprio empresário Xiao, diz que ele “sempre amou o partido [Comunista, no poder] e o país” e que irá encontrar-se em breve com a imprensa.

“Eu pessoalmente acredito que o governo chinês é civilizado e respeita o Estado de Direito”, refere o anúncio.

“Eu não fui raptado”, acrescenta.

Xiao, que diz na declaração ser cidadão canadiano, insistiu que estava a receber tratamento médico por doença, rejeitando mais uma vez a informação – publicada na segunda-feira pela sua empresa numa conta da rede social WeChat – de que tinha sido raptado.

O empresário já tinha anteriormente negado ser alvo de uma investigação e de que tinha ido viver para Hong Kong em 2014 para escapar à campanha anti-corrupção iniciada dois anos antes pelo Presidente Xi.

Xiao, de 46 anos, é o fundador do Tomorrow Group, sediado em Pequim, um conglomerado com negócios em sectores como a tecnologia, finanças ou energia, com ligações a líderes comunistas.

Em 2014, Xian reconheceu à imprensa norte-americana que geria activos da família de Xi Jinping.

É ilegal para agentes do interior da China operarem na região chinesa.

Outros casos

Em 2015, o desaparecimento de cinco livreiros com actividade em Hong Kong, e conhecidos por publicarem livros sobre a vida privada de líderes chineses, gerou preocupação sobre a alegada interferência da China na cidade.

Um dos livreiros, Lee Bo, que desapareceu de Hong Kong, sem que exista qualquer registo da sua passagem na fronteira com a China, gerou a condenação internacional e protestos na cidade de que o Estado de Direito estava a ser violado.

Lee insistiu sempre que passou a fronteira para a China voluntariamente.

Já o livreiro Lam Wing-kee disse – que desapareceu depois de passar a fronteira -, disse quando regressou a Hong Kong, oito meses mais tarde, que tinha sido sequestrado por “forças especiais” da polícia chinesa.

“Depois do fiasco do caso de Lee Bo, as pessoas estão muito preocupadas e questionam-se se os residentes de Hong Kong ou as pessoas que residem legalmente em Hong Kong estarão protegidas”, afirmou James To, do Partido Democrático, à AFP.

James To disse que há uma “suspeita credível” sobre a violação do princípio “Um país, dois sistemas”, que governa a região.

O Financial Times escreveu que Xiao foi levado por agentes da segurança pública chineses de um apartamento do hotel Four Seasons, em Hong Kong.

Outras notícias na imprensa local informam que Xiao vivia no hotel, em aluguer de longa duração, protegido por mulheres guarda-costas.

O hotel disse ontem que estava em curso uma “investigação activa”, e que não podia fazer mais comentários.

Questionada sobre o caso de Xiao, a polícia de Hong Kong disse que recebeu um pedido de assistência por causa de “um cidadão do interior da China” no sábado, mas que o familiar desistiu do pedido mais tarde.

Disseram que a pessoa é referida como tendo passado o posto fronteiriço entre Hong Kong e a China na sexta-feira, escreve a AFP.

O consulado do Canadá adiantou que estava a par das notícias e que os oficiais estavam “em contacto” com as autoridades.

Xiao acrescentou no anúncio publicado no Ming Pao que era um residente permanente de Hong Kong, e que possuía passaporte diplomático.

“Por favor, não se preocupem”, referiu Xiao.

2 Fev 2017

Filipinas | Amnistia Internacional denuncia assassínios a soldo e corrupção

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Amnistia Internacional (AI) denunciou ontem “crimes contra a humanidade” na campanha anti-droga do Presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, assegurando que esta encobre assassínios a soldo, falsificação de atestados e roubos levados a cabo pela polícia.

“A polícia estabeleceu como principal alvo as pessoas pobres e indefesas de todo o país, colocando ‘provas’, recrutando assassinos a soldo, roubando quem mata e falsificando atestados”, disse a organização não-governamental num novo relatório intitulado “Se és pobre matam-te: execuções extrajudiciais nas Filipinas”.

Para elaborar este documento, a AI examinou 33 casos em que foram assassinadas 59 pessoas em diversas partes do país e entrevistou 110, incluindo testemunhas, familiares de vítimas e agentes das forças de segurança.

Um dos agentes confessou à organização que a polícia lhes paga entre 8.000 e 15.000 pesos (entre 150 e 280 euros) por cada execução, e ainda recebem uma comissão nas funerárias mais próximas.

A organização afirma que “se não forem tomadas imediatamente medidas decisivas, a comunidade internacional deve recorrer ao Tribunal Penal Internacional para uma investigação preliminar a estes homicídios, incluindo a participação de altos funcionários do Governo”.

Voltamos dentro de momentos

O relatório foi publicado dois dias depois de Duterte ter suspenso temporariamente a sua campanha anti-droga para se centrar em “limpar” a polícia, depois do escândalo do assassínio de um sul-coreano ter evidenciado a corrupção e arbitrariedade das forças de segurança.

O Presidente comprometeu-se, no entanto, a retomar a campanha em breve e admitiu mesmo prolongá-la até 2022 (inicialmente estava previsto terminar em junho). Esta “guerra contra as drogas” matou, em sete meses, 7.000 pessoas, 2.527 às mãos de agentes, em alegados confrontos com suspeitos.

Segundo a AI, em muitos casos as vítimas renderam-se sem resistência mas ainda assim foram baleadas.

A organização também assegurou que as listas de traficantes e viciados – ou seja, potenciais vítimas – incluem indivíduos que não têm relação com drogas, tendo os seus nomes sido adicionados por “vinganças pessoais ou devido aos incentivos para matar muitas pessoas”.

“Não é uma guerra contra as drogas, mas uma guerra contra os pobres. Com provas fracas, as pessoas acusadas de consumir ou vender drogas são assassinadas por dinheiro”, resume o relatório.

2 Fev 2017

Salário mínimo | Lionel Leong fala em respeito pelas opiniões de todas as partes

O secretário para a Economia e Finanças quer cumprir a promessa feita em relação ao salário mínimo universal, mas deu ontem a entender que é necessária uma posição unânime para que o diploma vá para a frente. Lionel Leong recordou que a última palavra será sempre dos deputados

[dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m dia depois de o assunto ter estado a ser discutido em sede de concertação social, com os representantes do patronato a mostrarem-se pouco entusiasmados com a ideia, Lionel Leong voltou a falar da implementação do salário mínimo no território.

Em comentários feitos à margem de uma reunião na Assembleia Legislativa (AL), o secretário para a Economia e Finanças explicou que, no que toca à plena implementação do salário mínimo, “o Governo vai respeitar as opiniões da sociedade e da AL, iniciando de forma pragmática os trabalhos de consulta e os procedimentos legislativos”.

“Na elaboração de diplomas que têm grande importância para a vida da população, o Governo deve proceder, sem dúvida alguma, à consulta pública”, defendeu, citado em comunicado oficial. Seguir-se-á a entrega da proposta ao Conselho Executivo e à AL, “depois de analisadas e ponderadas as opiniões e sugestões recolhidas”.

Lionel Leong vincou que o Executivo espera que a implementação do salário mínimo se concretize no prazo de três anos, contados a partir da entrada em vigor da lei referente aos trabalhadores de limpeza e de segurança. No entanto, sublinhou que a data de entrada em vigor do diploma “tem de respeitar as opiniões da sociedade e o processo legislativo, designadamente as opiniões dos deputados”.

O governante referiu ainda que os trabalhos para o salário mínimo universal estão directamente ligados ao balanço que está a ser feito sobre a legislação que se aplica a apenas parte dos trabalhadores. O Executivo já deu início aos trabalhos da revisão da lei do salário mínimo para os empregados do sector da limpeza e segurança de empreendimentos habitacionais.

Por que fogem os junkets?

Leong respondeu ainda a questões relacionadas com os promotores do jogo, tendo afirmado que “o aperfeiçoamento contínuo da fiscalização junto dos promotores de jogo é favorável ao desenvolvimento saudável e ordenado do sector”.

Confrontado com a queda do número de junkets, o secretário indicou que “há promotores de jogo que entram e saem de Macau”, considerando que a diminuição poderá estar relacionada com várias causas, entre elas a “maior atenção do Governo ao sector com o lançamento de instruções internas”. Os junkets poderão estar a abandonar a actividade no território devido a maior regulamentação, mas Lionel Leong também não exclui a possibilidade de que as mudanças se devam ao ambiente económico. Há uma década que não se registava um número tão baixo de promotores autorizados a trabalhar em Macau.

“Independentemente das razões, o Governo tem de elevar as condições de acesso ao mercado por parte dos promotores de jogo, no sentido do sector registar um desenvolvimento de maior qualidade, mais honesto, saudável e ordenado”, concluiu o secretário.

1 Fev 2017

Nova lista de exportações interditas para a Coreia do Norte

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] China proibiu as exportações para a Coreia do Norte de materiais e tecnologias que possam ser utilizados para construir equipamento militar, como componentes para desenvolver mísseis ou sensores, informou ontem o ministério do Comércio.

A lista, composta sobretudo por produtos químicos e ligas raras, inclui também programas informáticos, maquinaria, câmaras de alta velocidade e motores de aviões.

O ministério explicou que as medidas, que entraram em vigor na quarta-feira, estão em linha com as últimas sanções contra o regime de Pyongyang, aprovadas pelas Nações Unidas em Novembro, em resposta a ensaios nucleares.

O jornal oficial Global Times sugere que a aprovação da lista, nas vésperas da passagem do ano novo lunar na China, terá sido feita por nesta altura, no ano passado, a Coreia do Norte ter testado o lançamento de um míssil e, em 2013, ter realizado o seu terceiro teste nuclear.

Recados de Pequim

O anúncio “é também um aviso para o lado norte-coreano não realizar outro teste nuclear durante o festival da Primavera”, disse Jin Qiangyi, especialista na Universidade Yanbian, usando outro termo para o ano novo lunar, citado pelo jornal.

A China é o principal parceiro comercial e fonte de ajuda económica da Coreia do Norte, mas a postura de Pyongyang, que tem desafiado as Nações Unidas com testes com mísseis balísticos e armas atómicas, tem resultado num afastamento entre os dois países comunistas.

No entanto, Pequim teme uma queda do regime, que poderia levar uma enorme vaga de refugiados a entrar no país e ao estabelecimento de tropas dos Estados Unidos e da Coreia do Sul junto às suas fronteiras.

No início do mês, o Presidente norte-americano, Donald Trump, queixou-se que a China “não ajuda com a Coreia do Norte”, apesar de beneficiar dos laços comerciais com os EUA.

O novo secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, acusou mesmo a China de fazer “promessas vazias” na questão da Coreia do Norte e ameaçou impor sanções contra empresas chinesas que violem as resoluções do Conselho de Segurança da ONU.

“Se a China não cumprir com as sanções aprovadas pelas Nações Unidas, será apropriado que os EUA ponderem acções que forcem ao cumprimento”, afirmou Tillerson, no início deste mês.

1 Fev 2017

Cristiano Cannata | De Manhattan à Praia Grande

[dropcap style≠’circle’]É[/dropcap] um longo caminho. Nascido e criado em Florença, Cristiano Cannata é um rookie de Macau com uma longa história de trabalho longe da sua terra natal. Começou a trabalhar no território a 1 de Outubro do ano passado e, para já, não podia estar mais satisfeito com a opção profissional e pessoal que fez. “Pela primeira vez em muitos anos, chego ao meu apartamento, fecho a porta e tenho a sensação de que estou em casa”, conta. “É a segurança, o ambiente, as pessoas que aqui vivem”, justifica.

O manager do Caffe B, um restaurante italiano junto ao Lago Sai Van, veio do Laos para Macau. Mas a história das viagens deste homem, que assume ter espírito nómada, começou em 2001. “Descobri que a Europa era um pouco apertada para mim e segui os meus sonhos. Mudei-me para os Estados Unidos, para Nova Iorque, com uns trocos no bolso.” Antes de entrar em detalhes sobre os anos norte-americanos, faz uma declaração: “Tenho de dizer que Nova Iorque foi a melhor escola possível em termos de trabalho”.

Até se abrirem as portas do universo da hospitalidade, Cristiano Cannata quis ser técnico de medicina dentária. Foi para isso que estudou, depois de ter começado a trabalhar, em tempo parcial, num laboratório. Tinha apenas 13 anos. “Ia à escola de manhã e depois aprendia uma profissão”, recorda.

A partir do momento em que a idade lhe deu a possibilidade de entrar em bares e clubes, surgiu mais um part-time. Foi então que apareceram novas perspectivas.

Os ataques de 11 de Setembro de 2001 adiaram a viagem para os Estados Unidos, mas em 2002 era trabalhador a tempo inteiro num bar em Nova Iorque. De empregado de bar passou a gerente, do bar saltou para o restaurante, foi empregado de mesa, tornou-se no responsável máximo pelo espaço onde trabalhava. O caminho fez-se até que, em 2006, aconteceu “a grande mudança” da vida do italiano, uma mudança ainda maior do que a ida para a América.

Maravilhosa Turquia

“Trabalhava no Paper Moon, em Manhattan, e tive a oportunidade de abrir um restaurante do mesmo grupo em Ancara, na Turquia. Precisavam de um gerente. Fui para a Turquia e descobri o país. Foi amor à primeira vista”, diz. Projecto em andamento, regressou a Nova Iorque em Junho de 2007, onde acabou por ficar mais três anos e meio. Questões familiares puseram um ponto final no sonho americano: voltou para Itália, mas o regresso a casa fez-se de forma temporária. Passados três meses tinha, de novo as malas feitas.

O destino que se seguia já era conhecido. Com contrato assinado com uma multinacional italiana, foi abrir um espaço na Turquia. Istambul, explica, tem muitos pontos de encontro com Itália. “É uma cidade muito cosmopolita. É Nova Iorque com 2000 anos de história.”

Dois anos depois desta nova mudança, a empresa pediu-lhe para ir para Miami. “Não gosto da Florida. Ofereceram-me um lugar em Ibiza, mas acho que já sou demasiado velho para ir para lá”, sorri.

A experiência que se seguiu foi a estreia na Ásia. “Fui para o Laos.” Cannata não esconde que sentiu um choque cultural e civilizacional, “vindo da civilização para um sítio que é, tecnicamente, terceiro mundo”. Mas o italiano, que sempre trabalhou em projectos com uma ligação ao seu país, acredita que “tudo acontece por uma razão”. A descoberta da Ásia permitiu-lhe perceber que, “às vezes, corremos em demasia”.

Macau do nada

Os três anos e meio no Laos – com um intervalo de oito meses entre os dois restaurantes que abriu no país – serviram para que a Ásia lhe ficasse “na pele”. Ainda tentou prolongar a estadia, mas pouco mais havia para fazer. “No meu trabalho, é preciso motivação. Vender o mesmo menu e ver os mesmos clientes durante três anos torna-se um pouco pesado. Não havia nada mais que pudesse desenvolver”, afirma.

Em Março deixou o Laos e, mais uma vez, era a Turquia que se perspectivava no horizonte, “para um projecto grande” que, lamenta o italiano, foi cancelado por causa da situação política no país. “Foi aí que dei por mim à procura de emprego. Macau surgiu do nada.”

O que Cristiano Cannata sabia de Macau era apenas “de filmes antigos e que era a Las Vegas da Ásia”. Mas veio até cá para uma entrevista e achou a empresa “muito sólida”. “É uma empresa japonesa. O projecto é muito interessante, há oportunidades de crescimento, e gosto muito de Macau”, resume. “Sinto-me muito seguro, é uma cidade limpa, multiétnica, com pessoas muito interessantes”, acrescenta o manager.

O facto de aqui existirem muitas nacionalidades agrada a um homem que já passou por contextos culturais muito distintos. “Os anos de Nova Iorque ensinaram-me a lidar com sociedades multiétnicas. Basta andar no metro e ir do sul para o norte que, dependendo da paragem onde se está, o sotaque pode ser completamente diferente, com comunidades diferentes. É preciso ter uma mente muito aberta”, observa. “Gosto desse lado em Macau, de ser multiétnico, mas sem o ritmo apressado de vida que se encontra em Hong Kong ou em Nova Iorque.”

O facto de ser um rookie faz com que ainda lhe seja difícil fazer uma avaliação justa do território. Mas já detectou uma falha: para certas coisas, é preciso ir a Hong Kong. “Ando à procura de uma livraria e ainda não encontrei. Mas não tenho muito tempo para explorar a cidade, por isso talvez a culpa seja minha.” Estas “pequenas coisas” não diminuem a sensação de paz que aqui encontrou. Macau dá a ideia de ser a casa.

1 Fev 2017

Kung Hei Fat Choi | Olá mundo cruel!

O primeiro dia do Ano Novo Lunar na China ocorre a 28 de Janeiro de 2017 mas o início do ano, sob a égide do Galo, um dos 12 animais que representam os ramos terrestres, terá início no Princípio da Primavera (Lichun). Devido aos ajustamentos do calendário solar, este ano acontece a 3 de Fevereiro. Neste artigo, seguimos as previsões de Lei Koi Meng (Edward Li).

[dropcap]N[/dropcap]o zodíaco chinês, o Galo (no quotidiano chamado em mandarim Ji, 鸡) denomina-se nos ramos terrestres You (酉) e este ano está conectado com o caule celeste Ding (丁), o Elemento Fogo. O nome do ano é Ding You (丁酉, em cantonense Ting Yao), Tímido Galo ou Galo Solitário que, no ciclo de 60 anos, (60 Jia Zi, 六十甲子) corresponde ao número 34.

Como o ramo terrestre You é sempre metal e o caule celeste corresponde este ano a Ding, o Elemento Fogo, encontra-se portanto o metal por baixo do fogo, que desta vez é yin, ao contrário do fogo yang do ano que está a terminar.

Ano emocionalmente complicado, por trazer muitos riscos, que devem ser evitados, requer um grande esforço pessoal e exige que se saia da zona de conforto pois, refugiando-se aí, será um ano difícil, com desapontamentos e conflitos.

O Tai Soi (o Deus de cada um dos 60 anos do ciclo) deste ano lunar de 2017 é Tang Jie, capitão da dinastia Tang.

Galo

Máxima para o ano: Só pelo amor, a sua vida fará sentido e encontrará uma direcção.
• A palavra que definia o Galo em 2016 era Cansado, já para este ano é Crescer. Os nativos de Galo, como se encontram no ano do seu signo, tem um ano Fai Tai Soi, isto é, contra o Tai Soi. Galo com galo leva à luta entre galos. Tem o seu coração aprisionado, mas contará com duas estrelas da sorte: Jin Gui, a estrela do Cofre Dourado, que trará sorte em assuntos financeiros e acumulação de ganhos, e a estrela Jiang Xing (General) está ligada à autoridade e ao poder. Tendo o quarto ou escritório virados para Oeste evite permanecer neles.
Carreira: Se trabalha por conta de outrem, com a ajuda da estrela da sorte do General vai ser promovido e obter um melhor salário. Se é patrão contará com uma boa cooperação dos seus empregados e um grande apoio dos seus parceiros, ou sócios. É promissor criar o seu próprio empreendimento.
Amor: Com o coração aprisionado, não é bom ano para as relações conjugais, ou encontrar um parceiro. Estando a carreira em franco progresso, nela se vai envolvendo e tenderá a esquecer a família, o que poderá levar à linha vermelha. Tente não se deixar invadir por essa possível relação complicada, pois irá atrapalhar a sua carreira, bem como a relação em causa. É um ano para a carreira, não perca tempo a encontrar um parceiro amoroso.
Saúde: Com o ano contra o Tai Soi, estará também sobre a influência de duas más estrelas, Jian Feng (Fio da Lâmina da Espada), operação clínica, e Fu Shi (Corpo Morto), que representa morte, que poderá ocorrer por desastre, principalmente para os nativos que nasceram no Outono e Inverno. Nos meses de Abril, Maio, Agosto e Setembro precisa de ter mais cuidado e, por isso, sugere-se no início do ano ir ao Templo oferecer sacrifícios a Tai Soi.
Dinheiro: Ano de desenvolvimento, de revolução e de mudança. Vai atingir um novo estádio na sua carreira, pelo que será bafejado com mais dinheiro. Mas note que, como é um ano bastante emotivo, o dinheiro não lhe trará Felicidade e precisará de se enriquecer pelo espírito.

Cão

Máxima para o ano: Não importa trovoada, vento ou chuva. Sol no seu coração é suficiente.
• A palavra deste ano para os nativos de Cão é Esperar. Não vai conseguir encontrar um caminho para seguir. Não terá estrelas da sorte para o ajudar. Mesmo sem saber, provocará problemas, tanto a si como aos outros. Deverá ter paciência, observar, mas não tomar nenhuma acção.
Carreira: Este ano a sua mente não está clara e sente-se sem grande energia. Sem ideias, facilmente segue as dos outros e, por isso, comete erros. Aprecie a sua liberdade. Se faz alguma coisa é mau, por isso mantenha-se quieto. Menos é mais.
Amor: Sem grande apoio para o amor, não tome iniciativas, espere que elas surjam. Faça amizades, mas não espere encontrar a sua cara-metade.
Saúde: Devido à má estrela Bing Fu (Sinal de Doença) vai sentir uma tristeza e pressão dentro de si. Tenho cuidado para resolver esse modo de estar, vá correr, saia e divirta-se. É conveniente fazer um exame clínico. Não coloque altas as expectativas, a vida simples é o caminho da Felicidade. Relaxe e estude mais. Cuidado ao sair para o exterior.
Dinheiro: Ano para esperar. Ninguém o pode ajudar, apenas você sozinho vai tratar de si. É fácil ser magoado pelos seus colegas de trabalho e amigos. É um ano de trabalho para ganhar o salário, mas nada mais conseguirá. Boa saúde e segurança é o objectivo do ano.

Porco

Máxima para o ano: Céu e Terra não são fáceis de mudar, mude-se a si mesmo.
• A palavra para este ano é Retornar. Os nativos de porco esti- veram na mó-de-cima, mas este ano o sentido é inverso. Por isso, deve o caminho ser feito passo a passo e, como não vai ter ajuda, irá andar e trabalhar sozinho.
Carreira: Tem apenas uma estrela da sorte, Tian Yi Gui Ren, ligada à criatividade. Traz uma elevada expectativa/aspiração mas à sua volta ninguém o ajuda e, sem ela, correcto tempo, correcto lugar e um bom parceiro, não terá hipóteses. Por isso, entre os factos e os desejos há um grande fosso, encontrando-se estes muito separados. Não pense prosseguir sempre para a frente; com um passo atrás consegue uma melhor visão e com clareza percebe o que à frente se encontra. Por isso, este ano não poderá fechar-se em si: deverá abrir a sua mente, o seu coração e pedir ajuda aos outros. Se cortar pela raiz o problema, quando ele ainda está no início, este resolve-se. Terá quatro más estrelas: a estrela Tian Gou, que o levará a facilmente criar conflitos, representa acidentes, gastos monetários imprevisíveis, alguém o engana ou casa assaltada; a estrela Diao Ke, que se relaciona com a morte de um familiar; a estrela Qiu Yu, que levará a ter problemas com a justiça, por isso, quando assinar algum documento deve ter muito cuidado; e a estrela Po Sui que se refere a uma separação. Assim, cada passo é dado sobre uma camada na de gelo, pronto a quebrar.
Amor: A vaga emocional é grande. Os casais devem ser pacientes entre eles, pois uma pequena discussão pode aumentar e levar à separação. Para as pessoas singulares, a quinta e a décima segunda Lua são bons meses para desenvolver as relações; mas não tenha pressa, nem force para que aconteçam: siga o destino como ele é apresentado.
Saúde: Com tantas más estrelas, que o colocam sob grande pressão, controle as suas emoções, relaxe mais, viaje mais e trabalhe menos. Coloque-se fora do centro da crise. Durma mais, estude mais, faça mais exercício físico e espere pelo momento certo.
Dinheiro: Se não tiver grandes expectativas, poderá ter boas surpresas.

Rato

Máxima para o ano: Ouça o coração e o mundo mudará.
• A palavra para os nativos é Alegria, Contentamento. É nativo de um dos quatro bafejados animais do zodíaco chinês deste ano e contará com a protecção de cinco estrelas da sorte.
Carreira: Tem três estrelas da sorte: Tian De e Fu Xing, estre- las protectoras que lhe limparão o caminho, assim como Fu De, que lhe trará riqueza material e protecção. Protegido por estas três estrelas, terá a ajuda de muita gente e boas relações com quem à sua volta se encontra. Ainda não terminou de pensar e já as coisas estão feitas! Assim, este ano basta seguir os seus planos, que facilmente os atingirá. Importante é a acção e não só falar.
Amor: Contará aqui também com duas estrelas da sorte. A auspiciosa superestrela Tian Xi (Celeste Virtude), que transforma pequenos infortúnios em bons acontecimentos e que, ampliada pela Xian Chi, propicia o casamento e boas relações com todas as pessoas. Um bom ano para casar. Para os solteiros, deve usar as horas entre as 5 e as 7 da tarde e conseguirá o que pretende. Se já for casado/a poderá ter um lho/a.
Saúde: Cuidado com pequenos acidentes, como cair. Não fale muito, pois poderá criar discussões. As mulheres grávidas devem tomar cuidado e os homens com problemas de próstata. Nas- cidos em 1960 e 1984 poderão necessitar de fazer uma cirurgia. Não abuse da bebida e comida.
Dinheiro: Terá ajuda de alguém no trabalho e, quanto mais se esforçar, mais vai ganhar.

Búfalo

Máxima para o ano: Encontrando-se no cume, imagina-se a continuar a subir a montanha. Quando está no sopé, imagina-se a nadar no oceano. Juntando os dois, surge a Sabedoria.
• A palavra para este ano é Imenso. O Galo e Búfalo combinam- -se muito bem, por isso terá dupla Felicidade. É nativo de um dos quatro animais, dos doze do zodíaco chinês, para quem este ano será promissor.
Carreira: Terá cinco estrelas da sorte a ajudar. A Jin Gui (Cofre Dourado) traz sorte em assuntos nanceiros e acumulação de ganhos e, em conjunto com Jiang Xing (General) e Ba Zhuo (Oito Assentos), ligadas à carreira e poder, leva a que ninguém o pare. Não importa qual seja o seu desejo, conseguirá sempre atingir o que pretende. Vai ser ajudado por imensas pessoas importantes e conseguirá encontrar um parceiro para cooperar. A sua posição tornar-se-á mais alta e com isso, mais pessoas o respeitarão. Já as outras duas estrelas da sorte, Tian Jie e Jie Shen, ajudarão a resolver os problemas. Se quiser vento, terá vento; se quiser chuva, terá chuva.
Amor: Terá um ano com uma vida emocionante e muita gente gostará de si. Mas com a má estrela Bai Hu (Tigre Branco), sobre- tudo a parte feminina, deverá ter muito cuidado para não se apaixo- nar por pessoas casadas, devendo transferir essa relação para uma amizade e daí, com apoio, tirar proveitos. Não perca tempo com ciúmes, só lhe criam problemas.
Saúde: Atenção! Está sobre a influência de duas más estrelas: Bai Hu e Xue Ren (Fio da lâmina com sangue). Por vezes não terá uma mente clara e nesses momentos poderá facilmente sofrer acidentes. Deve no início do ano ir ao templo oferecer sacrifícios ao Tai Soi. Quando não se sentir contente ou precisar de ajuda, procure as pessoas amigas nativas de Rato, Galo e Serpente.
Dinheiro: Um bom ano para bater um novo recorde na carreira, logo o dinheiro também virá com abundância.

Tigre

Máxima para o ano: Não seja o número 1, seja Único. Viver coloca-o a voar.
• A palavra do ano é Florescer. Sem grandes ondas no passado ano, neste é um dos quatro ani- mais que se encontram no topo. Cumprimente-se a si mesmo.
Carreira: Com quatro estrelas da sorte, Zi Wei e Long De, que representam conquistar poder e ser promovido, coloca o tigre com asas, sendo por isso muito bom ano para a carreira. Como gosta de criar novos negócios, terá grande apoio e a sua posi- ção social subirá três degraus, progredirá na carreira, tornar-se-á famoso e rico. As outras duas estrelas da sorte são Ci Guan (Perfeitas palavras) e Guo Yin Gui Ren (Carimbo do país, poderoso), que fazem quando falar ser logo reconhecido e aceite, por isso terá rápido apoio dos outros. Aja pela sua especial via. Mas terá também duas más estrelas, Tian E (Catástrofes provenientes do Céu) e Bao Bai (Perdedor, falhar) o que quer dizer que, por vezes, ocorrerão algumas mudanças que não poderá controlar. Signi ca isso dever projectar planos de longo prazo e escutar mais ideias. Quanto mais pressa, menos velocidade.
Amor: Mesmo sendo este ano a sua carreira o principal ponto, haverá tempo para se dedicar à família. Os solteiros devem lembrar-se que a segunda, a sexta e a décima segunda Lua lhes dará hipóteses de encontrar a sua cara-metade.
Saúde: Não trabalhe exces- sivamente fora de horas e so- bre stress. Para os nascidos em 1950, 1974 e 2010, cuidado pois estão sobre a ameaça de uma lâmina, isto é, uma provável ope- ração cirúrgica. No Outono e Inverno coma mais carneiro, que o tornará mais calmo e relaxado.
Dinheiro: Trabalhando mais, mais recebe.

Coelho

Máxima para o ano: Se estiver com boa sorte, avance, mas com azar, que quieto.
• A palavra para este ano é Espera. O Coelho, animal no lugar oposto a Galo, para este ano encontra-se também ele contra o Tai Soi (Chong Tai Soi, que signi ca mudança e ir contra), assim vai deixar algo e o novo tomará lugar ao velho. Se tiver o seu quarto, ou escritório, virado a Oeste evite aí permanecer.
Carreira: A estrela da sorte Tai Ji Gui Ren signi ca que haverá alguém a ajudá-lo. Como ano de mudança, para bom ou mal só depende como o encara. Assim, seguindo as mudanças, poderá tentar reorganizar a sua companhia, mudar de casa, decorá-la de novo, emigrar, mudar de emprego… O caminho é de árduo trabalho, mas mudar é melhor que car quieto. As más estrelas são Da Hao (gastar uma fortuna) e Yue Kong (mês va- zio), significando que as mudanças lhe levarão imenso dinheiro e terá decisões muito difíceis. Quando as coisas estão fora da sua possibilidade, que de fora. Importante é manter o que tem e, na mudança, encontrar uma nova direcção.
Amor: Grandes ondas na parte emocional, por isso deverá ter muito cuidado. Os casais terão entre eles de ter muita paciência, transformando os grandes problemas em pequenos, senão o divórcio. Se quiser reparar a relação, faça-o na sexta e décima primeira Lua. Os solteiros devem gozar a sua liberdade, pois não é ano destinado a encontrar parceiro.
Saúde: O Galo, com direcção Oeste, representa metal e o Coelho, cuja direcção é Leste, representa madeira, por isso este ano o metal corta a madeira. Assim, precisa no início do ano ir ao templo fazer sacrifícios ao Tai Soi. O oitavo mês é o mais peri- goso. Quem nasceu no Outono e Inverno deverá ter muito cuidado com o fígado, mãos e pés. Se for condutor de veículos deverá tomar redobradas precauções.
Dinheiro: Ano de mudança. Para o bem ou para o mal só depende como o avalia e da sua decisão. Importante é a saúde e não o dinheiro, por isso mantenha-se em segurança.

Dragão

Máxima para o ano: Quando olha desde o cume, nada lhe reti- ra a vista; abrindo o seu coração sente a pulsação, sendo daí que provem o Bem ou o Mal.
• A palavra para este ano é Paz. Como combina com Galo (Liu He, seis que combinam em cooperação e em paz), este ano para os nativos do Dragão é como estar sentado num barco a pescar, em segurança, paz e sem problemas.
Carreira: Muitas pessoas cooperam e apoiam. As estrelas da sorte Yue De e Di Jie podem ajudá-lo a resolver problemas, transportá-lo de uma posição perigosa para uma segura e colocá-lo num lugar de onde pode seguir em frente. Vai chegar a um novo patamar.
Amor: Duas estrelas da sorte, Xian Chi e Yue De, combinam-se e tornam este um bom ano para casar ou para o nascimento de uma criança. Realize uma se- gunda lua-de-mel. Aos solteiros, usem o seu fogo para captar a pessoa certa.
Saúde: Sem grandes problemas, apenas não deve trabalhar intensamente e ficar nervoso. Relaxe, abra o seu coração e fale mais com as pessoas. Os nascidos em 1940 e 2000 facilmente terão acidentes, por isso, tenha cuidado quando sair de casa.
Dinheiro: É um ano para transformar os seus inimigos em amigos. Com a Paz conseguirá mais e use a bondade para ter harmonia, o que lhe trará dinheiro e felicidade.

Serpente

Máxima para o ano: Desconstrua a sua imagem para encontrar
a verdadeira.
• A palavra para este ano é Prestígio. Em ano de Galo, serpente é um dos três animais que com ele estão em harmonia (San He, três que se combinam). É também um dos quatro animais que este ano se encontram no topo.
Carreira: As quatro estrelas da sorte – San Tai (Ter o Carimbo) e Jiang Xing (Estrela do General, ligada à carreira, autoridade e ao poder) – colocam-no a dominar, numa muito importante posição, com poder de decidir e de chefiar os seus subordinados. Já as estrelas da sorte, Jin Gui (Cofre Dourado, que traz sorte em assuntos nanceiros e acumulação de ganhos, logo todo o dinheiro vem parar à frente da porta) e Di Jie (Resolve o problema e previne desastres) levam a um desenvolvimento tão rápido que logo atinge o topo. Precisa de não ser impetuoso e acalmar-se, só assim pode manter a sua boa sorte por longo tempo. Mas com as más es- trelas, Wu Gui (Cinco fantasmas, que representa as pessoas que nas suas costas lhe fazem mal) e Guan Fu, deve tomar muito cuidado e não colocar como garantia a sua palavra.
Amor: Ano de boas relações. Os solteiros, na quinta e nona Lua, terão grandes possibilidades de encontrar a pessoa certa, mas com um ano tão bom na sua carreira, coloque essas boas relações viradas para o seu trabalho.
Saúde: Sem grandes problemas, apenas necessita de se preocupar com as suas impetuosas emoções. Tenha calma e não entre em competições.
Dinheiro: Excelente momento para ganhar dinheiro e fazer bons investimentos, pois terá múltiplas e diferentes maneiras de o conseguir. Deve lembrar-se que cooperação e paz criam tudo o que pretende e necessita.

Cavalo

Máxima para o ano: É vencedor se não pensar no que ganha
ou no que perde.
• A palavra para este ano é Emoção. Terá duas grandes estrelas
da sorte para o ajudar emocionalmente, por isso se tiver suficientes amigos e interiormente estiver estável, não quererá saber de nada mais.
Carreira: A superestrela da sorte Tai Yin (a Lua, que reverte ocorrências negativas em positivas, pois em paz combina bem yin e yang) permite-lhe criar um negócio com um seu colega de sexo oposto. A estrela da sorte Hong Luan (Sorte no Amor) representa, para os homens, a sua esposa ser a sua Riqueza e, para as mulheres, o marido ser o seu Poder. Assim, com um bom casamento terá uma vida fácil e feliz, e aliadas com a estrela Tian Chu (Cozinha do Céu), uma comida saborosa. Por isso, goze a vida e não se preocupe com o restante.
Amor: Com as duas boas es- trelas Tai Yin e Hong Luan não perca a hipótese deste ano casar ou pelo menos encontrar a sua cara-metade. Para os casados, será um ano de grande harmonia.
Saúde: Cuidado com o útero, bexiga e próstata, especialmente para os nascidos em 1954 e 1990. No sexto e décimo primeiro mês tenha muita atenção pois está propenso a ter acidentes. Sendo um ano animado, cheio de convívios sociais, não abuse da comida e bebida e especialmente da vida nocturna. Importante é fazer exercício físico.
Dinheiro: Com uma relação harmoniosa terá abundância, mas não é ano de pensar em fazer dinheiro. Goze a sua liberdade com amigos e tire prazer da vida.

Cabra

Máxima para o ano: O valor de umas pessoas não está conec- tado com o quanto tem ou ganha, mas quanto não gasta.
• A palavra para este ano é Sereno/Tranquilo. Terá um enorme espaço para fazer o que deseja, sem exteriores problemas.
Carreira: A estrela da sorte An Lu (Dinheiro Sombra) significa que conseguirá muito dinheiro fora das suas expectativas e ninguém vai saber que o tem. Já a estrela da sorte Hong Yan (Sorte no Amor) promove uma vida emocionante e socialmente feliz. É um ano relaxante, em que poderá fazer tudo o que quiser. Mas deve contar com a má estrela Qiu Yu (Aprisionado), pois será o seu inimigo ao bloquear-se dentro de si. Abra o coração e liberte-se, sentir-se-á livre.
Amor: Ano para se apaixonar e casar. Os casais estão como peixes dentro de água. As boas relações com os amigos permitem-lhe uma boa cooperação. Sensível às emoções, este ano elas não o irão abalar.
Saúde: É melhor fazer exames clínicos para detectar e prevenir problemas de coração e no sistem sanguíneo. Tenha especiais cuidados com problemas nos membros inferiores, que o afectarão no andar. Controle as emoções e não se feche; saia de casa, encontre-se com amigos ou família, e com eles desabafe as suas tristezas, verá o Sol brilhar.
Dinheiro: Pode fazer tudo o que deseja, pois conseguirá tudo o que aspira e, mesmo sem prestar atenção, consegue ganhar. Ano de dinheiro e amor. Não precisa de perguntar o que os outros pensam de si, viva sem receio e par- tilhe os seus proveitos.

Macaco

Máxima para o ano: Aceite as mudanças, rejeite ser picuinhas e hipercrítico.
• A palavra para este ano é Florescente. Pode passar todo este ano com um sorriso na boca. Terá uma activa vida social, de boas relações com pessoas diferentes. O seu desenvolvimento segue a sua vontade.
Carreira: A superestrela da sorte Tai Yang (Sol) torna-o mui- to activo e encantador, o que poderá ajudar a não ter problemas no emprego. Se o seu sócio for do sexo oposto combina muito melhor. Já a estrela da sorte Xian Chi, propiciadora do casamento e de boas relações entre as pessoas, permite cooperar com diferentes pro ssões e poderá mostrar o seu talento como chefe. Agarre esta hipótese para tentar criar grupos de diferentes áreas pro ssionais e coloque-se como maestro. Mas terá duas más estrelas, Hui Qi (Energia Suja) e Tian Kong (Va- zio Céu), o que significa não dever tomar decisões, pois quando alcança esse objectivo, logo tomará outra decisão e assim quererá mais e mais.
Amor: As duas estrelas da sorte, Tai Yang e Xian Chi, tornam o amor maior que o Céu. O amor dá-lhe uma grande confiança e é bom ano para casar, ter lhos e tornar-se chefe. Use a sua facilidade de falar e comunicar para criar boas relações, que o ajudarão a encontrar importantes apoios. Mas, cuidado, não misture amor com outras relações, pois tal só lhe trará problemas.
Saúde: Atenção ao seu aparelho reprodutor, útero, bexiga, próstata e pele. Os nascidos em 1944, 1980 e 2004 deverão tomar cuidado para tentar evitar os acidentes. Uma activa vida social faz esquecer a sua saudável vida regrada. Não crie discussões, pois estas só trazem problemas e, com uma pacífica actuação, soluciona-os.
Dinheiro: É ano para realizar os desejos há muito tempo aguardados. O Amor dá a hipótese de o dinheiro ir chegando até si. Não precisa de trabalhar duramente, pois conseguirá o que deseja, harmonia e Amor. A carreira poderá atingir o apogeu.

28 Jan 2017

“Os Resistentes – Retratos de Macau” #5

“Os Resistentes – Retratos de Macau” de António Caetano Faria • Locanda Films • 2014


Realizador e Editor: António Caetano Faria
Produtores: Tracy Choy e Eliz L. Ilum
Câmara e Cor: Gonçalo Ferreira
Som: Bruno Oliveira
Assistente de Câmara: Nuno Cortez-Pinto
Editor Assistente: Hélder Alhada Ricardo
Sonorização e Mistura de Som: Ellison Keong
Música: Orquestra Chinesa de Macau – “Capricho Macau” de Li Binyang
27 Jan 2017

Jogo | Número de junkets continua a cair

[dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]acau conta com 126 promotores de jogo autorizados a exercer actividade, o número mais baixo desde 2006, reflexo da actual conjuntura do mercado de grandes apostadores dos casinos.

Segundo uma lista publicada ontem em Boletim Oficial pela Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ), existem 126 operadores licenciados para exercer este ano a actividade de promoção de jogos de fortuna ou azar em casino – conhecidos como ‘junkets’ –, dos quais 110 pessoas colectivas e 16 singulares, ou seja, menos 15 do que o total de angariadores de grandes apostadores autorizados a operar no ano passado.

Embora o filão dos ‘junkets’ tenha vindo a recuar, trata-se do mais baixo número registado desde 2006, ano em que eram 78, de acordo com os dados compilados pela Agência Lusa com base na lista publicada anualmente pela entidade reguladora.

Existiam 141 promotores de jogo licenciados para operar em 2016, contra 183 em 2015, 216 em 2014, e 235 em 2013, ano em que se registou o pico e a partir do qual a lista de ‘junkets’ começou a encolher. Nesse ano, o jogo VIP representava dois terços de toda a receita angariada pelos casinos.

Em 2012 eram 219, em 2011 contabilizaram-se 193 e em 2010 um total de 169. Em 2009 eram 153, em 2008 registaram-se 186, enquanto em 2007 um total de 160.

Os ‘junkets’ constituem peças fundamentais no xadrez do jogo de Macau, dada a tradicional elevada dependência dos grandes apostadores.

Os casos de desvios de fundos de salas VIP de casinos – foram tornados públicos três num intervalo inferior a dois anos, com o mais recente no início de 2016 – levaram as autoridades a elevar as exigências, nomeadamente em termos da contabilidade, apertando o cerco à actividade no quadro de um maior esforço regulatório e de fiscalização.

Pelos dados publicados pela DICJ, o segmento VIP contribuiu para 53,2 por cento das receitas arrecadadas pelos casinos ao longo do ano passado. Embora continue a deter a maior fatia, a proporção do jogo VIP nas receitas totais tem vindo a diminuir. No cômputo de 2015, foi de 55,3 por cento, enquanto em 2014 correspondeu a 60,4 por cento – isto quando chegou a ser superior a 77 por cento.

Macau contava, no final do ano passado, com 6287 mesas e 13.826 slots espalhadas por 38 casinos.

26 Jan 2017

Fórum Macau | Fundo financia projectos no Brasil e em Cabo Verde

O fundo da China de mil milhões de dólares destinado a investimentos de e para o universo lusófono aprovou financiamento para um projecto de energia solar no Brasil. E está prestar a aprovar outro de hotelaria em Cabo Verde. O anúncio foi feito ontem em Macau

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] nova foi divulgada em Macau, durante uma sessão de apresentação do Fundo de Cooperação para o Desenvolvimento entre a China e os Países de Língua Portuguesa aos empresários de Macau – no valor de mil milhões de dólares –, de modo a que estes possam também concorrer a financiamento para projectos em países lusófonos.

O director-geral adjunto do departamento de gestão do fundo, Song Feng, afirmou que, além dos dois projectos em Angola e Moçambique já anteriormente revelados, foi financiado um terceiro no Brasil, “um projecto solar que pode atingir uma capacidade de 200 megawatts na sua produção”. O projecto tem um investimento total de 200 milhões de dólares e conta com financiamento de 20 milhões do fundo, que pretende “posteriormente injectar mais”.

E David Chow também

Referindo que há “meia dúzia de projectos na fase final de análise”, Song Feng chamou a atenção para um de “uma empresa de Macau que investiu em Cabo Verde num hotel de cinco estrelas”, numa referência ao projecto do empresário David Chow, director executivo da Macau Legend.

Este projecto “ainda está na fase de análise mas quase a finalizar” e deverá receber também 20 milhões de dólares de financiamento – Chow investiu cerca de 300 milhões de dólares. “Já finalizámos quase todas as etapas, só falta uma aprovação para poder arrancar esse projecto”, que o fundo espera que consiga “trazer mais vantagens financeiras” ao país.

O projecto de David Chow, cônsul honorário de Cabo Verde, prevê a construção de uma estância turística no Ilhéu de Santa Maria, situado defronte da capital, Cidade da Praia, que cobrirá uma área de 152.700 metros quadrados e inaugura a indústria de jogo no país.

Quanto à candidatura do projecto do terminal do Porto de Sines, em Portugal, Song Feng disse apenas que ainda está a ser analisada, e não revelou o valor do financiamento, indicando apenas que o fundo atribui entre cinco e 50 milhões de dólares, consoante a envergadura dos projectos.

Em Macau quanto antes

Em Outubro do ano passado, o presidente do Fundo de Cooperação para o Desenvolvimento entre a China e os Países de Língua Portuguesa, Chi Jianxin, revelou que a sede do fundo deverá ser transferida de Pequim para Macau, indicando que tal poderia acontecer ainda em 2016. Ontem, a directora-geral da empresa de gestão do fundo, Jin Guangze, disse apenas que a equipa está “a trabalhar nos aspectos jurídicos” para que tal se “concretize o mais rápido possível”.

O fundo, com o valor global de mil milhões de dólares, tinha aprovado já o financiamento de dois projectos: um proveniente da Angola e um chinês para Moçambique.

Um projecto agrícola em Moçambique, da empresa chinesa Wanbao, foi o primeiro a obter financiamento do fundo, criado oficialmente em Junho de 2013 por iniciativa conjunta do Banco de Desenvolvimento da China e do Fundo de Desenvolvimento Industrial e de Comercialização de Macau. Avaliado em aproximadamente 200 milhões de dólares, o projecto, na região do baixo Limpopo, perto da cidade de Xai-Xai, obteve “luz verde” do fundo, que contribuiu com apenas 10 milhões de dólares.

O segundo projecto, proveniente de Angola, está relacionado com o fornecimento de equipamentos para a distribuição de electricidade.

26 Jan 2017

China | Grupo de pesquisa com posições liberais silenciado

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s autoridades da China encerraram a página electrónica e contas nas redes sociais de um conhecido grupo de investigação em assuntos de Economia, parte de uma campanha que tem atingido académicos chineses com posições liberais.

Sedeado em Pequim, o Instituto de Economia Unirule é o mais recente alvo de uma campanha repressiva que forçou um professor a reformar-se e resultou no despedimento de um quadro local, ambos por criticarem o histórico líder comunista chinês Mao Zedong.

Intelectuais e analistas políticos chineses estão sob pressão devido às últimas medidas do Governo, que coincidem com a ascensão de um movimento que defende o legado de Mao e persegue os seus críticos.

Desde que o Presidente Xi Jinping ascendeu ao poder, em 2012, revistas e sítios na Internet que defendem reformas políticas e económicas foram encerrados, enquanto professores universitários e membros do sistema judicial chinês foram advertidos sobre a divulgação de “valores ocidentais”.

O fundador do Unirule, Mao Yushi, disse ontem que representantes do Partido Comunista Chinês (PCC) informaram na semana passada que o sítio foi encerrado por violar a lei, sem explicarem mais detalhes.

“É terrível, existia há muitos anos”, disse à agência Associated Press. “Eu disse aos funcionários que isto não é a lei, mas eles não responderam. Não respondem a este tipo de questões”, explicou.

Aprender a lição

A Administração do Ciberespaço da China informou esta semana ter encerrado 17 portais electrónicos, como parte dos esforços para eliminar ‘sites’ contendo notícias não autorizadas ou pornografia.

Mao Yushe tem sido um dos principais alvos do novo movimento de extrema-esquerda, que diz que o seu apoio ao mercado livre contraria o legado de Mao Zedong e a ideologia do PCC.

Nas últimas semanas, o movimento tem organizado campanhas ‘online’ e protestos na rua para criticar académicos, com o aparente apoio das autoridades chinesas, que por norma proíbem qualquer manifestação política não autorizada.

O jornal oficial Global Times, que publica na edição de ontem uma reportagem sobre o movimento, opina numa outra peça que o silenciamento de Mao Yunshi serve de lição.

“Os liberais devem aprender bem esta lição: ser abertamente um crítico não leva a lado nenhum na China”, lê-se.

“Tirar ideias do ocidente e tentar passá-las como genuínas irá eventualmente bater num muro”, acrescenta.

Desde 2010, Mao Yunshi tem estado proibido de deixar a China, um dos métodos frequentemente utilizados pelo Governo chinês para silenciar ou punir os seus críticos.

Nos últimos anos, o académico questionou abertamente se o Governo de Xi não estará a reverter décadas de reformas económicas na China, a favor de empresas e indústrias sob controlo do Estado.

Avisou também para a ascensão de um movimento que se bate pelo regresso da China à ortodoxia maoista, com reminiscências da xenofobia extrema e violência praticados durante a Revolução Cultural (1966-1976), uma radical campanha de massas lanças por Mao, que mergulhou a China no caos.

26 Jan 2017

Ho Chio Meng | Acusação tenta provar que ex-Procurador ignorou avisos

O Ministério Público tentou ontem demonstrar que Ho Chio Meng não deu ouvidos aos pareceres internos que apontavam para irregularidades nos contratos. Mas a testemunha chamada a depor surpreendeu

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] surpresa veio de uma testemunha que esta semana já tinha passado pelo Tribunal de Última Instância (TUI): a ex-chefe adjunta do Gabinete do Procurador. De acordo com a Rádio Macau, que tem estado a acompanhar o julgamento, o Ministério Público (MP) tentou provar que Ho Chio Meng fez tábua rasa de pareceres internos que davam conta de irregularidades nos contratos. Elsa Cheang disse que nunca falou directamente com o chefe máximo sobre o assunto.

A emissora relatou que, depois de, na segunda-feira, ter prestado um depoimento assertivo, em que confirmou ilegalidades na aquisição de bens e serviços para o MP, a testemunha mostrou-se ontem mais hesitante e com algumas falhas de memória.

Do processo consta uma carta de Ho Chio Meng, de 2004, em que Elsa Cheang pede escusa nas decisões sobre as contratações do MP por sentir “incómodo” e “transtorno” pela forma como os processos eram conduzidos. O pedido foi aceite, mas a adjunta continuou a fazer pareceres e a tomar decisões quando o então chefe do Gabinete do Procurador, António Lai, estava ausente.

Dever cumprido

Ontem, a acusação mostrou pareceres em que Elsa Cheang concluiu que havia ilegalidades e que terão sido ignorados por António Lai. O MP insistiu: quis saber por que a testemunha não aproveitou os momentos em que substituiu o chefe de Gabinete no cargo para avisar Ho Chio Meng de que estavam a ser cometidas ilegalidades. “Por que não reflectiu essa situação junto do ex-Procurador para salvaguardar o bom nome do MP? Não sentiu essa necessidade?”, questionou o delegado do procurador.

A ex-adjunta disse que cumpriu os seus deveres ao fazer os pareceres, e que não se sentiu responsável pelo facto de serem ou não seguidos. “O meu superior sabe mais do que eu. Manifestei a minha opinião. Se é aceite ou não… É a minha opinião”, declarou.

Apesar das sucessivas tentativas da acusação em provar o contrário, descreve a rádio, Elsa Chan disse que nunca advertiu directamente Ho Chio Meng sobre as práticas irregulares. Face à insistência do MP, acabou por lembrar que o Comissariado da Auditoria também fiscalizava as contas da procuradoria e “nunca ninguém referiu problemas”.

26 Jan 2017

Veículos eléctricos | Angela Leong quer medidas de incentivo

 

 

Há apenas 140 veículos eléctricos no território. As contas são da deputada Angela Leong, que gostaria de ver o Governo apoiar, de forma mais activa, a adopção de transportes amigos do ambiente

 

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] utilização de veículos eléctricos em Macau está longe de ser satisfatória. A constatação é feita por Angela Leong, deputada à Assembleia Legislativa, que escreveu ao Governo a pedir medidas para que esta alternativa às viaturas movidas a gasolina passe a ser uma realidade mais visível nas ruas da cidade.

Na interpelação escrita, Leong refere que há apenas 140 veículos eléctricos em circulação no território. A deputada lamenta também o facto de a Companhia Eléctrica de Macau (CEM) ter adicionado apenas 60 postos de carregamento durante o ano que passou.

A empresária conta que, pelo que lhe foram dizendo, os postos de carregamento nos auto-silos são pouco usados. Por este tipo de equipamento não estar generalizado, as pessoas têm receio de adquirir viaturas eléctricas, por temerem ficar sem bateria. “Isto tem influência na generalização deste tipo de carros”, vinca.

Assim sendo, Angela Leong quer saber que medidas pretendem as autoridades adoptar para que sejam criados mais postos de carregamento, sobretudo nos auto-silos privados. A deputada refere que estes equipamentos têm sido rejeitados pelas empresas e comissões que gerem os condomínios, por serem caros.

A deputada pergunta ainda ao Governo se vão ser criados regulamentos para definir as características dos veículos eléctricos a circular na cidade, de modo a que “estejam em consonância com o Plano Quinquenal de Desenvolvimento da RAEM”.

CEM também quer mais

De acordo com a CEM, há neste momento 18 auto-silos públicos equipados com postos de carregamento para carros eléctricos. Em declarações citadas ontem pelo jornal Ou Mun, Un Iok Meng, consultor da comissão executiva da empresa, explicou que, no ano passado, com o apoio do Governo, foram instalados sistemas de carregamento em mais dez parques de estacionamento.

Ao contrário de Angela Leong, o responsável da CEM mostra-se satisfeito com o facto de a utilização de carros eléctricos ter já aumentado. Mas, tal como a deputada, espera que este tipo de veículos possa ser a opção de mais condutores, “a bem do ambiente”.

25 Jan 2017

Ex-chefe da Sinopec condenado a 15 anos de prisão

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] ex-presidente da Sinopec, a principal refinaria da Ásia, foi ontem condenado a 15 anos e seis meses de prisão por corrupção, parte de uma campanha que atingiu várias figuras do sector petrolífero chinês.

Wang Tianpu, de 54 anos, chefiou a Sinopec entre 2011 e 2014, quando foi afastado na sequência da explosão de um oleoduto na cidade costeira de Qingdao, no leste do país, que provocou a morte a 62 pessoas e cerca de 136 feridos.

Wang foi ainda punido com uma multa de 3,2 milhões de yuan (437 mil euros), avançou a agência oficial chinesa Xinhua.

O tribunal intermédio de Nanchang, capital da província de Jiangxi, ordenou que os bens obtidos ilicitamente por Wang sejam confiscados e que os activos desviados sejam devolvidos à Sinopec, segundo a televisão estatal CCTV.

Não sou o único

A sentença surge menos de uma semana depois de Liao Yongyuan, antigo executivo na “empresa-mãe” da Sinopec, a CNPC, ter sido condenado a 15 anos de prisão, também por corrupção.

Wang foi acusado em Novembro de ter aceite 33,5 milhões de yuan  em subornos, segundo o órgão anti-corrupção do Partido Comunista Chinês.

Mais de uma centena de quadros dirigentes, alguns dos quais ministros, foram atingidos pela campanha anti-corrupção em curso na China desde que o actual presidente Xi Jinping assumiu a chefia do PCC, em Novembro de 2012.

Xi prometeu combater os “tigres” e as “moscas”, numa alusão aos altos quadros do PCC que durante muito tempo pareciam agir com total impunidade.

Em 2015, a Comissão de Inspecção e Disciplina do PCC prometeu investigar os grandes grupos estatais.

Os observadores consideram, no entanto, que a China falhou em garantir a independência do judiciário e uma imprensa livre, permitindo que a campanha de Xi esteja sujeita à influência política.

Os membros do partido suspeitos de corrupção são primeiro detidos e sujeitos a interrogatório pelo órgão anti-corrupção do partido, e só depois o caso transita para as instâncias judiciais.

A Sinopec ocupa o 2.º lugar da lista das “500 maiores companhias globais” identificadas pela revista Fortune, com receitas a rondar os 389 mil milhões de euros e 313 mil milhões em activos.

25 Jan 2017

Accionista da TAP compra posição maioritária em fundo ligado a Trump

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] grupo chinês HNA, accionista da TAP através do consórcio Atlantic Gateway e da companhia brasileira Azul, acordou comprar uma participação maioritária num fundo de investimento fundado por um dos assessores do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Segundo o jornal oficial China Daily, o fundo SkyBridge Capital, que detém uma carteira de activos avaliada em 12.000 milhões de dólares, anunciou que venderá a maioria das suas acções à subsidiária da HNA nos Estados Unidos e ao conglomerado RON Transatlantic.

O acordo prevê que Anthony Scaramucci, que representou a equipa de transição de Trump no Fórum Económico Mundial de Davos, na semana passada, deixará a empresa, enquanto a sua equipa será mantida.

“O nosso investimento na SkyBridge é um importante passo na estratégia da HNA Capital para construir um negócio global de gestão de activos”, assinalou o conselheiro delegado da HNA Capital, Yang Guang, citado pelo China Daily.

A HNA detém indirectamente cerca de 20% do capital da TAP, através de uma participação de 13% na Azul (companhia do brasileiro David Neelman que integra a Atlantic Gateway) e de 7% na Atlantic Gateway.

Em Fevereiro, a firma chinesa comprou a distribuidora de tecnologia norte-americana Ingram Micro, por 6.000 milhões de dólares, e acordou pagar 1,3 mil milhões de euros pela Gategroup, a segunda maior empresa de “catering” de aviões do mundo.

O grupo, que actua nas áreas de turismo, aviação, imobiliário e logística, acordou ainda, em Outubro passado, pagar 6.500 milhões de dólares ao fundo Blackstone por 25% do capital da cadeia hoteleira norte-americana Hilton.

25 Jan 2017

Antigo alto quadro do PC chinês condenado a prisão perpétua

[dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m tribunal chinês condenou a prisão perpétua o antigo vice-presidente do principal órgão de consulta do Partido Comunista Chinês (PCC) por aceitar milhões de dólares em subornos, engrossando a lista de altos quadros chineses condenados por corrupção.

Su Rong era antigo vice-presidente da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, cargo com categoria superior à de ministro, quando foi colocado sob investigação, em Junho de 2014.

Na segunda-feira, foi considerado culpado de aceitar subornos, abuso de poder e de possuir “grande quantidades” em activos cuja origem não conseguiu explicar, anunciou um tribunal do norte da China.

Mais de uma centena de quadros dirigentes, alguns dos quais ministros, foram atingidos pela campanha anti-corrupção em curso na China desde que o actual presidente Xi Jinping assumiu a chefia do PCC, em Novembro de 2012.

Xi prometeu combater os “tigres” e as “moscas”, numa alusão aos altos quadros do PCC que durante muito tempo pareciam agir com total impunidade.

Ex-primeiro secretário da organização do PCC na província de Jiangxi, leste da China, e filiado no partido desde 1970, Su Rong era um dos “tigres da corrupção”, escreveu a agência noticiosa oficial Xinhua, em Fevereiro passado.

Entre 2002 e 2014, Su aceitou subornos no valor de 116 milhões de yuan (15,7 milhões de euros) e possuía mais 80 milhões de yuan de origem desconhecida, detalhou o tribunal. Su Rong aceitou o veredicto e não vai recorrer.

25 Jan 2017

Régis Bonvicino volta a publicar nos Estados Unidos

[dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]e volta aos escaparates, o autor brasileiro repete a proeza de editar um livro de no mercado livreiro norte-americano. Esta é a segunda vez que Régis Bonvicino tem uma colectânea de poesia, “Além do muro”, publicada nos Estados Unidos. A edição está a cargo da Green Integer.

Este é um feito raro entre poetas do Brasil. A compilação reúne poemas dos três mais recentes livros do autor: “Estado   crítico” (2013,   Hedra), “Página   órfã” (2007,   Martins   Fontes)   e “Remorso do cosmos” (2003, Ateliê Editorial). O livro reúne poemas traduzidos ao longo dos últimos 15 anos de publicações em revistas, assim como de poemas que nasceram de leituras que o poeta realizou nos Estados Unidos. Esta publicação ocorre mais de 16 anos depois da primeira colectânea publicada em terras do Tio Sam, depois de “Sky-eclipse”, que abarcou um período anterior da sua obra.

“Além do muro” foi traduzido para o inglês pelos conceituados Charles Bernstein e Odile Cisneros, reunindo um total de 60 textos. É de salientar que Bernstein é um poeta norte-americano de renome, um dos mais reputados críticos da especialidade, assim como o principal representante do movimento literário Language Poetry, que conheceu as seus tempos áureos nas décadas de 70 e 80.

Régis Bonvicino, além de poeta, é tradutor, editor e crítica de literatura. De acordo com alguma crítica brasileira é um dos autores mais consistentes da actual cena poética, além de ter conseguido muita projecção além fronteiras. Também no campo da poesia publicou dois pequenos livros na década de 70, ainda muito jovem, “Bicho Papel” (1975) e “Régis Hotel” (1978), tendo a sua obra conhecido um período mais prolífero nas décadas de 80 e 90. O brasileiro tem também um livro editado em Portugal: “Lindero Nuevo Vedado”, publicado em 2002 pelas Edições Quasi.

“Além do muro” reúne alguns dos poemas de maior cariz político do autor paulista. Com uma linguagem plena de vitalidade, Bonvicino oscila entre a descrição de imagens avassaladoras de natureza e as duras realidades da industrialização em ambientes urbanos.

24 Jan 2017

Justiça | Ho Chio Meng entrega ao tribunal lista de recomendações

O antigo procurador da RAEM, arguido num processo a correr no Tribunal de Última Instância, entregou ontem uma lista com os nomes que recomendou para o Ministério Público. Já a testemunha do dia explicou porque é que não tocava em adjudicações, apesar de ser adjunta de Ho Chio Meng

[dropcap style≠’circle’]É[/dropcap] uma das questões que mais polémica tem gerado e que hoje vai ser, de resto, debatida na Assembleia Legislativa, por implicar membros do Governo. De acordo com a Rádio Macau, que tem estado a acompanhar o julgamento, Ho Chio Meng entregou ontem ao Tribunal de Última Instância (TUI), onde está a ser julgado por mais de 1500 crimes, uma lista com 14 pessoas que diz ter recomendado para o Ministério Público (MP). Mais não se sabe sobre o assunto.

O dia ficou marcado pelo depoimento da ex-chefe adjunta do Gabinete do Procurador. Elsa Cheang explicou ao colectivo de juízes que pediu para não ter qualquer intervenção nas decisões sobre a adjudicação de bens e serviços do MP, questão fulcral do julgamento. A testemunha acrescentou que a forma de contratação lhe causava “incómodo” e “transtorno”. Não obstante, manteve-se em funções e até recebeu um louvor do ex-procurador.

Louvor na despedida

A emissora recorda que Elsa Cheang foi notícia logo após a mudança de Governo ao ser despromovida pelo actual procurador, Ip Son Sang. A promoção, decidida por Ho Chio Meng dias antes de terminar o mandato, foi anulada por questões legais. O despacho de promoção foi assinado pelo então chefe do Gabinete do Procurador, António Lai, também ele arguido neste processo.

Além da ascensão, Ho Chio Meng distinguiu Elsa Cheang com uma nota de louvor, publicada em Boletim Oficial, em que elogiou a “forma rigorosa, disciplinada, profissionalizada, séria e dedicada” como a adjunta exerceu funções.

No entanto, nas declarações que ontem fez, Elsa Cheang deu conta de divergências com a equipa de Ho Chio Meng, pouco tempo após a transferência.

Em 2004, a chefe-adjunta escreveu uma carta ao então líder do MP a pedir escusa nas decisões sobre as contratações. O arguido é acusado de ter desviado 50 milhões de patacas, através de adjudicações a empresas detidas por familiares e pessoas próximas.

Elsa Cheang disse a Ho Chio Meng que a forma como os contratos passaram a ser feitos lhe causava “transtorno” e “incómodo”. O mau estar tinha que ver com o facto de o ex-procurador ter criado uma equipa independente, com as mesmas funções do departamento financeiro do MP, para decidir das adjudicações e valores dos contratos.

A adjunta de Ho Chio Meng afirmou que a sobreposição de funções causava “contradições”, contou a Rádio Macau, que recordou que houve já vários funcionários do MP que testemunharam que este grupo paralelo ocultava informações relevantes para a liquidação das despesas correntes, como o custo real dos serviços adquiridos.

A testemunha deu o exemplo dos gastos das viagens oficiais. Elsa Cheang garantiu que, por duas vezes, alertou António Lai para os preços “acima do valor de mercado” que estavam a ser cobrados. O ex-chefe de Gabinete de Ho Chio Meng terá dito à adjunta para não se envolver no assunto.

A testemunha foi também ouvida sobre as alegadas contratações por ‘cunha’ para o Gabinete do Procurador – serão familiares e pessoas próximas de Ho Chio Meng. Elsa Cheang disse que houve recomendações pessoais de António Lai, mas não concretizou.

Testemunha contraria Ho Chio Meng

Ainda antes do depoimento de Elsa Cheung, o MP continuou a tentar provar que Ho Chio Meng usou instalações oficiais para uso próprio e benefício de empresários próximos. Foi ouvido um funcionário do MP que lidou com matérias confidenciais e encontros secretos. A testemunha foi chefe do Departamento de Apoio Judiciário. Este serviço, como tinha já explicado Ho Chio Meng em audiência de julgamento, foi criado para facilitar a cooperação judiciária entre Macau e a China, face à ausência de acordos entre as duas partes em matéria penal.

A testemunha referiu que “ajudava” na investigação de processos, e caso as autoridades da China Continental quisessem entrar em contacto com as partes envolvidas, organizaria um encontro, com natureza confidencial.

Pela experiência deste funcionário, estas reuniões não decorriam nos espaços que Ho Chio Meng disse ter estabelecido para o efeito. Um dos exemplos é a chamada “sala de descanso para docentes” que, de acordo com a acusação, era antes usada pelo ex-procurador para serviços de massagem.

A testemunha disse ainda que os dirigentes da China ficavam hospedados em hotéis e não na vivenda de Coloane que Ho Chio Meng diz ter arrendado para receber convidados do exterior. O ex-chefe de departamento ressalvou, no entanto, que havia outros serviços responsáveis pela recepção de convidados.

24 Jan 2017

Internet | Lançada campanha para prevenir acesso a páginas censuradas

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] China anunciou uma campanha de 14 meses para eliminar servidores e combater o uso de VPN (Virtual Proxy Network), a única maneira de aceder aos milhares de ‘sites’ bloqueados pelas autoridades chinesas.

O Grande Firewall da China permite censurar ‘sites’ como o Facebook, YouTube e Google.

Nos últimos anos, foi aperfeiçoado, bloqueando selectivamente páginas com termos “sensíveis”, em vez de uma censura integral.

Em Novembro passado, o poder legislativo chinês aprovou um projecto de lei que reforça os poderes do Governo para aceder a informação, obter registos de mensagens e bloquear a difusão de dados que considera ilegais.

Várias empresas e cibernautas recorrem, porém, ao uso de VPN para aceder à Internet sem restrições.

As empresas de telecomunicação ou servidores passarão a estar proibidos de configurar ou alugar linhas especiais como VPN sem aprovação oficial, disse no domingo o ministério da Informação e Tecnologia.

A campanha de “limpeza” vai durar até Março de 2018, segundo um comunicado difundido pelo ministério.

Ordem na rede

O anúncio surge dias após o Presidente chinês, Xi Jinping, ter defendido a globalização e denunciado o proteccionismo, num discurso no Fórum Económico Mundial, em Davos, na Suíça.

O líder chinês insistiu no compromisso da China em se abrir ao mundo.

A oferta de serviços de acesso à Internet tem crescido rapidamente e “os primeiros sinais de desenvolvimento desordenado surgiram também, criando uma necessidade urgente de regulação”, afirmou o comunicado.

As novas regras foram necessárias para “fortalecer a gestão da segurança da informação na Internet”, lê-se na mesma nota.

Citado pelo jornal oficial Global Times, Li Yi, especialista em tecnologias de informação, considerou as novas regulações “extremamente importantes”.

Enquanto algumas multinacionais, como a Microsoft, necessitam de VPN para comunicar com as sedes localizadas no estrangeiro, outras empresas e cibernautas “acedem a páginas electrónicas estrangeiras com intuitos ilegais”.

Em 2015, um relatório do grupo de pesquisa Freedom House considerou que a China tem a Internet mais fechada em 65 países analisados, abaixo do Irão e da Síria.

Dados oficiais divulgados este fim de semana revelam que o número de chineses ligados à Internet ultrapassou os 730 milhões no ano passado.

24 Jan 2017

Pequim convida Trump a combater em conjunto alterações climáticas

 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo chinês convidou ontem a nova administração dos Estados Unidos, encabeçada por Donald Trump, a combater em conjunto as alterações climáticas e sublinhou que todos os países devem cumprir com o Acordo de Paris.

Hua Chunying, porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, garantiu em conferência de imprensa que Pequim tem “mantido contacto” com o novo Executivo norte-americano.

“A China está disposta a trabalhar com todas as partes, incluindo a nova Administração dos EUA, para continuar com o diálogo e a cooperação sobre a questão das alterações climáticas”, disse Hua.

A porta-voz do ministério considerou o Acordo de Paris um “marco histórico”, que a China tem intenção de implementar nas suas políticas domésticas e quer promover no exterior.

“É um feito que não foi fácil de alcançar. Todos os países deviam seguir a tendência, aproveitar a oportunidade, adoptar acções e implementar o acordo para benefício das gerações futuras”, referiu.

Hua insistiu na vontade da China de trabalhar com Trump, apesar das críticas do Presidente norte-americano às políticas comerciais do país asiático ou a sua aproximação a Taiwan, que Pequim considera território seu e não uma entidade política soberana.

“Estamos prontos para trabalhar com a nova Administração (dos Estados Unidos) de uma forma construtiva, para solucionar as nossas diferenças e evitar que perturbem as relações gerais entre os dois países”, afirmou a porta-voz.

Todos a perder

Durante a campanha e já como Presidente eleito, Donald Trump culpou o país asiático de “manipulação da moeda”, ou “batotice”, e ameaçou taxar os produtos chineses em 45%.

Alguns analistas consideram que poderá ocorrer uma guerra comercial entre as duas maiores economias do planeta.

“As guerras ou confrontações comerciais não produzirão vencedores, apenas prejudicarão os interesses de ambos e de todas as partes”, afirmou Hua, que instou Washington a resolver com Pequim as suas disputas e desacordos em matéria comercial.

24 Jan 2017

Japão | Proposta legislação especial para renúncia de imperador

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] comissão encarregada pelo governo japonês de estudar a abdicação do imperador Akihito propôs ontem a criação de uma legislação especial para a renúncia, naquela que pode ser a primeira abdicação em dois séculos no país.

Uma legislação especial, que se aplica apenas a uma parte de uma categoria (pessoa, coisa ou lugar), neste caso ao actual monarca, poderia evitar trâmites complicados para emendar a lei que rege a Casa Imperial, que não permite a sucessão em vida, ou possíveis intromissões políticas nas decisões do imperador.

De acordo com a Constituição, o papel do imperador é simbólico.

O relatório preliminar da comissão de seis peritos foi apresentado após nove sessões de deliberações, nas quais a ideia de estabelecer um sistema de abdicação permanente encontrou mais opositores do que defensores.

O documento, difundido pela agência noticiosa japonesa Kyodo, cita a dificuldade em estabelecer as condições específicas para abdicar de futuros imperadores “por ser difícil criar um sistema que possa impedir um imperador de ser obrigado a renunciar contra a sua vontade”, eventualmente condicionado pelo governo da altura

Relativamente ao estabelecimento de um regente, para aliviar a carga do imperador, o relatório apresenta preocupações relativas à possibilidade de uma estrutura de poder dual.

Esta posição é também a do governo do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, que deverá apresentar uma proposta de lei, em Abril, ao parlamento (Dieta), depois de a comissão elaborar o relatório final, em Março.

Bruscamente no Verão passado

No Verão de 2016, o imperador Akihito, de 83 anos, manifestou a vontade de abdicar depois de quase três décadas no “trono de crisântemo”, uma das mais antigas monarquias do mundo, devido à idade avançada e uma saúde enfraquecida.

Se acontecer, a renúncia de Akihito será a primeira na linha de sucessão imperial desde a do imperador Kokaku, em 1817.

Os meios de comunicação japoneses tinham noticiado que o governo está a planear a renúncia de Akihito e a sucessão do filho mais velho, Naruhito, de 56 anos, a 1 de Janeiro de 2019.

O debate alargou-se a outras possíveis modificações, como permitir o acesso das mulheres ao “trono de crisântemo”, já que o herdeiro de Naruhito é a princesa Akio, de 15 anos. A aprovação de uma legislação especial deixará esta questão fora do debate.

24 Jan 2017

Membros do CCPPC entregaram relatório sobre Macau a Chui Sai On

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Chefe do Executivo recebeu das mãos dos delegados do Comité Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC) um relatório “de pesquisa sobre as novas oportunidades do desenvolvimento de Macau”, no contexto do 13º Plano Quinquenal da República Popular da China. Um comunicado oficial explica que este documento foi entregue a Chui Sai On num encontro ocorrido na passada sexta-feira com cinco membros do CCPPC: Eric Yeung, Liu Chak Wan, Ngan In Leng, Ma Iao Lai e Leong Wa. Este foi o oitavo relatório realizado pelos delegados do CCPPC.

Citado no comunicado, Eric Yeung referiu que foram analisadas “novas oportunidades do desenvolvimento de Macau, as estratégias de crescimento das indústrias culturais e a inovação da ciência e tecnologia”.

O relatório “apresenta de forma breve os desafios que Macau enfrenta”, tal como o “ajustamento profundo da economia”, sem esquecer a “exigência da diversificação das indústrias referindo em destaque as novas oportunidades do desenvolvimento das indústrias sob o 13º Plano Quinquenal”.

A pesquisa realizada pelos delegados do CCPPC aborda ainda a “diversificação adequada económica de Macau, o desenvolvimento do sistema financeiro com características próprias, a expansão da rede ligada à indústria de natureza financeira, desenvolvimento da economia marítima, abertura de novos espaços de crescimento, bem como a implementação de medidas de garantia, entre outros.”

Chui Sai On prometeu entregar estas conclusões ao Gabinete de Estudo de Políticas “para acompanhamento e análise”, sendo que “muitos dos resultados obtidos nas pesquisas podem servir como referência na futura acção governativa”, defendeu. O Chefe do Executivo falou ainda da cooperação que tem sido mantida com os delegados do CCPPC, sobretudo no “trabalho da delimitação das áreas marítimas sob a jurisdição da RAEM”.

23 Jan 2017

Estudo | Economia de Macau deve crescer 3,2 por cento

São previsões optimistas dos economistas da Universidade de Macau, sujeitas a ajustamento caso se revele necessário. A economia vai crescer, a inflação vai ser baixa e o desemprego não sofrerá alterações

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Universidade de Macau (UM) prevê que a economia do território regresse ao crescimento positivo este ano, antecipando uma expansão de 3,2 por cento, e baixas taxas de inflação e desemprego.

Esse valor situa-se no intervalo entre uma previsão mais pessimista – de queda de 6,9 por cento – e uma mais optimista de crescimento de 13,2 por cento, explica o Departamento de Economia da UM que apresentou, na sexta-feira, a sua perspectiva macroeconómica de Macau para 2017.

O cenário traçado afigura-se bastante mais positivo do que o antecipado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), apesar do Departamento de Economia da UM ressalvar que os dados sinalizam a possibilidade de haver um “contínuo ajustamento” do crescimento económico de Macau durante este ano, pelo que a previsão será actualizada para reflectir eventuais mudanças.

Arrastada pelo desempenho da indústria do jogo, a economia de Macau entrou em queda no terceiro trimestre de 2014, ano em que, pela primeira vez desde a transferência de administração, em 1999, o Produto Interno Bruto (PIB) diminuiu (-1,2 por cento). Em 2015, o PIB caiu 21,5 por cento.

Já no primeiro e segundo trimestres de 2016 contraiu-se 12,4 por cento e sete por cento, respectivamente, em termos anuais homólogos.

Ao fim de dois anos de contracção, a economia de Macau voltou a crescer, com o PIB a aumentar quatro por cento no terceiro trimestre de 2016. Os dados relativos ao quarto trimestre e ao cômputo do ano passado vão ser publicados no início de Março.

O FMI estimou, em Outubro passado, que a economia de Macau iria cair 4,7 por cento em 2016, antes de retomar o crescimento positivo este ano (+0,2 por cento).

As receitas dos casinos caíram em 2016 pelo terceiro ano consecutivo, mas a parte final do ano mostrou sinais de recuperação da indústria que constitui o principal motor da economia de Macau, com Dezembro a marcar o quinto mês consecutivo de subida das receitas em termos anuais homólogos.

Pouco desemprego

Na perspectiva macroeconómica para 2017, o Departamento de Economia da UM antecipa ainda uma baixa taxa de desemprego de dois por cento – idêntica à actual (era de 1,9 por cento em Novembro).

Já a taxa de inflação, medida através da variação do Índice de Preços no Consumidor (IPC), deve “continuar a diminuir devido à fraca procura por parte dos residentes”, com o Departamento de Economia da UM a antecipar que se fixe em 2,6 por cento este ano.

23 Jan 2017

Investigação | “Sanção penal” à Sands sobre práticas corruptas em Macau

A Las Vegas Sands acordou pagar 6,96 milhões de dólares para pôr termo a uma investigação sobre supostas práticas corruptas à luz da lei norte-americana. Em causa estava uma antiga relação com um consultor em Macau e na China

[dropcap style≠’circle’]C[/dropcap]om o acordo – em que Las Vegas Sands aceita pagar 6,96 milhões de dólares como “sanção penal” –, a empresa do magnata Shledon Adelson coloca termo a uma investigação, que dura há mais de cinco anos, sobre se violou a lei federal sobre práticas de corrupção no estrangeiro (FCPA, na sigla em inglês) ao pagar a um consultor para a ajudar a fazer negócios em Macau e na China, indica um comunicado divulgado no final da semana passada pelo Departamento de Justiça norte-americano.

A lei proíbe empresas com sede nos Estados Unidos e os seus executivos de efectuarem pagamentos a membros de governos estrangeiros para tentar influenciar, conseguir ou manter negócios.

Este acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos segue-se a um outro relacionado, alcançado em Abril, em que a empresa aceitou pagar uma multa de nove milhões de dólares para encerrar uma investigação da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, de acordo com a qual alguns pagamentos ao consultor não foram devidamente autorizados ou documentados.

A empresa não foi acusada por crime, nem admitiu a culpa em nenhum dos casos.

No comunicado, citado pelo portal especializado em jogo GGRAsia, o Departamento de Justiça norte-americano afirma que determinados executivos da Las Vegas Sands “consciente e deliberadamente falham em aplicar um sistema de controlos internos de contabilidade”. Esses mecanismos seriam necessários para garantir a legitimidade dos pagamentos ao consultor de negócios “que ajudou a Sands a promover a sua marca em Macau e na República Popular da China, e impedir a falsa inscrição desses pagamentos nos seus livros de registos”, indicou ainda o Departamento de Justiça.

A investigação, levada a cabo pela divisão criminal do Departamento de Justiça, indica que, entre 2006 e 2009, a Las Vegas Sands – através das suas subsidiárias em Macau e na China – transferiu aproximadamente 60 milhões de dólares para um consultor com o objectivo de promover o seu negócio e marcas.

A Las Vegas Sands admitiu ter pagado cerca de 5,8 milhões de dólares ao consultor “sem qualquer objectivo de negócios legítimo discernível” entre 2006 e 2009, de acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

“Apesar das advertências do seu pessoal financeiro e de um auditor externo”, a Las Vegas Sands terá continuado a fazer pagamentos ao consultor de negócios, descrito na investigação do Departamento de Justiça norte-americano como uma pessoa baseada no interior da China, que se apresentava como “um antigo membro do Governo da República Popular da China”, e publicitava as suas ligações políticas com membros do Governo chinês como “a sua principal qualificação” para facultar assistência.

Tudo resolvido

Ron Reese, porta-voz da Sands, citado pela agência AP, saudou o desfecho do processo: “A empresa congratula-se com o facto de a sua cooperação e compromisso para com o cumprimento [da lei] de longo prazo terem sido reconhecidos no alcance desta resolução”, e que “todos os inquéritos relacionados com estes assuntos estejam agora completamente resolvidos”.

O Departamento de Justiça afirmou que a Las Vegas Sands “cooperou totalmente com a investigação”, e destacou a adopção de extensas medidas correctivas, acrescentando que a empresa ou as suas subsidiárias já não empregam nenhum dos indivíduos implicados no caso.

As investigações do Departamento de Justiça e da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos foram anunciadas ao mesmo tempo, em 2011, e resultaram dos mesmos alegados actos no quadro dos esforços da empresa para se transformar num dos principais ‘players’ em Macau, que se tornou numa mina de ouro para as operadoras norte-americanas que aproveitaram a liberalização do sector.

23 Jan 2017

Ung Vai Meng distinguido com louvor por Alexis Tam

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]lexis Tam, secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, vai distinguir com louvor o ex-presidente do Instituto Cultural (IC), Ung Vai Meng, que irá “aposentar-se brevemente”, aponta um comunicado oficial. Enquanto isso, o novo presidente do IC, Leung Hio Ming, irá tomar posse a 17 de Fevereiro.

Falando sobre o assunto no âmbito do jantar de primavera do IC, Alexis Tam disse que Ung Vai Meng “demonstrou um elevado sentido de serviço público, grande dedicação, lealdade, zelo e espírito de responsabilidade na implementação das políticas na área da cultura, no impulsionamento do desenvolvimento das infra-estruturas culturais e na protecção do património cultural da RAEM, tendo contribuído decisivamente para alcançar resultados relevantes”.

No cargo desde 2010, Guilherme Ung Vai Meng, também reconhecido pelo seu trabalho enquanto artista, distinguiu-se, na opinião de Alexis Tam, “pelo sentido de missão, tendo colocado ao serviço da causa pública o seu vasto domínio de conhecimentos culturais e capacidades artísticas”.

O secretário da tutela defendeu ainda que, na era Ung Vai Meng, o IC se pautou pela mudança. O ex-presidente “revelou abnegação e espírito de sacrifício na liderança da equipa daquele Instituto onde incutiu, permanentemente, o espírito empreendedor e de brio na inovação, preservação e realização de variadíssimas actividades culturais”, aponta o mesmo comunicado oficial.

23 Jan 2017