Hoje Macau SociedadeTurismo | Quase 409 mil visitantes em três dias Entre sexta-feira e domingo, 408.778 visitantes entraram em Macau, segundo dados divulgados pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública. O fim-de-semana prolongado pelo feriado Cheng Ming (dia dos finados) registou um número de entradas de visitantes progressivamente menor, ou seja, depois dos mais de 173 mil turistas que chegaram a Macau na sexta-feira, o número foi diminuindo até domingo. Como manda a tradição, o posto fronteiriço das Portas do Cerco registou o maior fluxo de travessias, com 185.152 entradas de visitantes nos três dias, seguido pelo posto da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, com 81.464 entradas e o posto de Hengqin com 62.854. Com o registo durante o fim-de-semana prolongado, o número de entradas em Macau desde o início do ano ultrapassou os 10 milhões de visitantes.
Hoje Macau PolíticaObras viárias | Au Kam San critica funcionamento da Administração O antigo deputado Au Kam San critica a burocracia do Grupo de Trabalho para a Optimização da Coordenação de Obras Viárias, lançado pelo Chefe do Executivo. Numa publicação no Facebook, Au Kam San entende que a criação deste organismo público não vai resolver o problema das obras viárias, tendo descrito que, apesar deste novo grupo seja liderado pelo secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raymond Tam, mantém as mesmas ideias do anterior Executivo. Além disso, o ex-deputado lembrou a criação de uma outra entidade semelhante, o Grupo de Supervisão de Obras Viárias. “A piada que se pode associar a este sistema burocrático é que, se um grupo não conseguir fazer bem um trabalho, haverá outro. Se esse trabalho continuar a não ser feito, haverá sempre mais um grupo e serviço adicionado”, escreveu. Au Kam San concluiu que o problema das obras viárias existe desde o estabelecimento da RAEM, pelo que não acredita que possa ser resolvido através de “melhorias” e “coordenação” com grupos de trabalho. Entretanto, realizou-se ontem a segunda reunião do ano do Grupo de Trabalho para a Optimização da Coordenação de Obras Viárias, tendo Raymond Tam dito, segundo uma nota oficial, que “o Governo irá exigir ao promotor do empreendimento a reserva prévia de espaços para a instalação de canalização durante a execução das obras, com vista a reduzir a possibilidade de escavações repetidas nas vias públicas”. Foram dadas “instruções aos membros do Grupo de Trabalho e às empresas de canalização para reduzirem o prazo da execução de obras e aplicarem mais tecnologia, a fim de minimizar o impacto para residentes e lojistas”.
Hoje Macau PolíticaTabaco | Moradores querem clarificação de zonas para fumadores A União Geral das Associações dos Moradores de Macau (UGAMM) defende que o Governo deve demarcar de forma mais visível as zonas para fumadores, afastando-as das áreas de maior afluência de turistas. A posição foi tomada por Che Mei Leng, vice-presidente da UGAMM, em declarações ao jornal Exmoo. Em reacção aos planos do Governo para criar uma zona para fumar perto das Ruínas de São Paulo, Che indica que é necessário ter em conta que o fumo tende a espalhar-se e que por isso se deve evitar que afecte os outros turistas, moradores e comerciantes da zona. A responsável pede que a zona seja criada longe das grandes concentrações de visitantes. Contudo, a vice dos Moradores também reconhece que é natural que os fumadores não queiram que a zona fique muito afastada das principais atracções. Por esta razão, Che Mei Leng considera que o Governo tem que encontrar um equilíbrio entre os benefícios para os moradores da zona e os interesses dos fumadores. Che Mei Leng também sugeriu que seja implementado um período de transição, antes de serem aplicadas punições, para que os turistas possam estar bem informados sobre as consequências dos seus actos. Ao mesmo tempo, Che apelou ao Governo para promover a divulgação da medida nas redes sociais.
Hoje Macau PolíticaCentro de Ciência | Subsídios cobrem perdas de 141 milhões No ano passado, o Centro de Ciência de Macau apresentou perdas operacionais de 141 milhões de patacas, que tiveram de ser cobertas pelos subsídios do Governo. Os dados constam dos resultados mais recentes da demonstração de resultados da empresa gerida por Mok Ian Ian e detida a 100 por cento pela RAEM. De acordo com os números apresentados, as operações do Centro de Ciências geraram perdas de 141,0 milhões de patacas. Este número indica perdas acima das registadas no ano anterior, que tinham sido de 121,8 milhões de patacas. Em termos operacionais, o Centro de Ciência registou 16,1 milhões de patacas em receitas, ao qual se juntaram 1,4 milhões gerados com juros de capital, além de 3,2 milhões classificados como outras receitas. Ao mesmo tempo, as despesas foram de 161,8 milhões patacas, mais 16 milhões do que 2023, quando tinham sido de 145,8 milhões de patacas. As principais despesas foram realizadas com os custos de pessoal, no valor de 64,5 milhões de patacas. Mok Ian Ian, como presidente da instituição, tem um salário anual de quase 1,6 milhões de patacas. A segunda maior despesa surge classificada como “depreciação e amortização” no valor de 50,5 milhões de patacas. O terceiro maior gasto deveu-se a publicidade, no valor de 9,2 milhões. Por sua vez, o Governo entregou subsídios no valor de 141 milhões de patacas, entre subsídio de operações, no valor de 90,5 milhões de patacas, subsídio para aquisição de bens, de 39,2 milhões de patacas, e subsídio para projectos especiais, no valor de 11,3 milhões de patacas. Em 2023, o subido tinha sido de 121 milhões de patacas, uma diferença de 20 milhões de patacas.
Hoje Macau PolíticaCapitais públicos | Membros das empresas ganham milhões Com um salário anual de 2,8 milhões de patacas por ano, Simon Chan Weng Hong, presidente da Comissão Executiva da CAM – Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau, recebe o salário mais elevado nas empresas com capitais públicos. A CAM é uma das empresas com salários mais elevados para os órgãos sociais, que variam entre as 120 mil patacas anuais e 1,7 milhões patacas, excluindo o presidente. Os dados constam do portal da Direcção dos Serviços da Supervisão e da Gestão dos Activos Públicos (DSSGAP) e foram citados pelo ontem jornal All About Macau. O empresário Ma Iao Hang preside a Assembleia Geral da TDM e também a CAM, recebendo anualmente 140 mil e 249 mil patacas, respectivamente. Quanto à Sociedade do Metro Ligeiro de Macau, o presidente do Conselho de Administração, Ho Cheong Kei, ganha anualmente 1,56 milhões de patacas. Os outros membros dos órgãos sociais ganham entre 60 mil patacas e 112 mil patacas. A ex-presidente do Instituto Cultural (IC), Mok Ian Ian é presidente do Conselho de Administração do Centro de Ciência de Macau e tem uma remuneração anual de 1,56 milhões de patacas enquanto outros membros têm remunerações anuais de 56 mil patacas até 1,21 milhões de patacas. A actual presidente do IC, Deland Leong Wai Man, também preside a Sociedade Orquestra de Macau com uma remuneração anual de 112 mil patacas, devido a essas funções. As empresas que divulgam estes dados são apenas aquelas em que o Governo tem pelo menos uma participação social de 50 por cento.
Hoje Macau EventosExposição de pintura em pigmentos minerais até fim do mês em Ka-Hó A galeria do projecto Hold On to Hope, situada em Ka-Hó e gerida pela Associação de Reabilitação dos Toxicodependentes de Macau (ARTM), apresenta até ao dia 27 deste mês uma exposição em parceria com o grupo “Questionmark Workshop”, intitulada “Academia de Artes da China – Exposição de Instrutores da Classe de Pesquisa e Criação em Pintura com Pigmentos Minerais”. Segundo um comunicado da ARTM, esta exposição “tem como objectivo promover a forma de arte tradicional da pintura com pigmentos minerais, reunindo oito professores influentes da China e do Japão nesta área”. Apresentam-se “criações únicas na área da pintura a cores de rocha, demonstrando uma perfeita fusão desta técnica ancestral com a arte moderna”, acrescenta-se. A pintura com pigmentos minerais é ainda descrita como “uma importante técnica expressiva na pintura tradicional chinesa, é conhecida pelas suas cores ricas e métodos únicos”. Assim, esta mostra “não apenas destaca os estilos individuais dos artistas, mas também reflecte a sua profunda compreensão e exploração inovadora das técnicas de cor de rocha”. A ARTM considera que “cada obra dos artistas carrega uma narrativa e emoção únicas, visando provocar a reavaliação e contemplação do público sobre a cultura da cor de rocha”. Com esta exposição, o público poderá “vivenciar o encanto da pintura com pigmentos minerais, sentindo a beleza da arte que funde tradição com modernidade”. Quem é quem No tocante aos artistas participantes nesta mostra, destaque para a presença de trabalhos de Wang Xiong Fei, director do Rock Color Painting Institute na China Academy of Art [Academia de Artes da China], e ainda reitor e professor no Institute of Eastern Art na Hebei University of Fine Arts [Universidade de Belas Artes de Hebei]. Podem também ver-se obras de Yiqiwava Yasumiqi, professor honorário na Tama Art University, no Japão; e vice-presidente da Japan Art Academy. Outro artista presente, é Yu Lv Kui, graduado pela antiga Zhejiang Academy of Fine Arts, actualmente Academia de Artes da China, e antigo aluno da Tokyo Gakugei University, no Japão. Zhang Lee, Wang Long, Li Han Ning, Sheng Xin Yi, Han Dian Liang são outros artistas que participam nesta mostra com as suas obras de arte.
Hoje Macau China / ÁsiaSismo | Número de mortos em Myanmar aumenta para 3.471 O número de mortos do sismo de 28 de Março em Myanmar aumentou para 3.471, com mais de 4.600 feridos e 214 desaparecidos, avançou ontem a junta militar no poder no país. As forças armadas divulgaram este novo balanço através do jornal oficial Global New Light de Myanmar, numa altura em que as equipas de resgate, incluindo algumas estrangeiras, continuam a remover escombros e a procurar os desaparecidos. O anterior balanço, divulgado no sábado, apontava para 3.354 mortos, 4.850 feridos e 220 desaparecidos, tendo sido resgatadas pelas equipas de socorro 653 pessoas. O sismo de magnitude 7,7 atingiu uma grande área do país, causando danos significativos em seis regiões e estados, incluindo a capital Naypyitaw, deixando ainda muitas áreas sem energia e comunicações. O abalo agravou também a crise humanitária desencadeada pela guerra civil do país, que deslocou internamente mais de três milhões de pessoas, de acordo com as Nações Unidas. O líder do Governo militar, general Min Aung Hlaing, adiantou que o sismo foi o segundo mais forte da história do país, após o terramoto de magnitude 8 registado a leste de Mandalay, em Maio de 1912. Ajudas globais O regime explicou ainda que mais de 150 toneladas de ajuda humanitária — de países como a China, Estados Unidos, Singapura, Índia e Tailândia — entraram no país desde o sismo. Uma estimativa menciona o colapso ou danos parciais em pelo menos 21.783 casas, 805 edifícios de escritórios, 1.690 pagodes, 1.041 escolas, 921 mosteiros e conventos, 312 edifícios religiosos, 48 hospitais e clínicas e 18 hectares de plantações. Min Aung Hlaing, confirmou — noutro artigo publicado ontem pelo jornal oficial — o plano de construir escolas temporárias para garantir que as crianças regressam às aulas o mais rapidamente possível. As forças armadas voltaram ontem a acusar as guerrilhas étnicas e a oposição democrática de cometerem “actos terroristas”, referindo-se a alegados ataques contra instalações estatais e militares, em plena disputa territorial que se agravou desde o golpe de Estado de fevereiro de 2021. Os militares e vários grupos de resistência armada declararam um cessar-fogo temporário na quarta-feira, após o terramoto, para facilitar o fluxo de ajuda humanitária. Na quarta-feira, o Gabinete das Nações Unidas para os Direitos Humanos acusou a junta militar de não respeitar o cessar-fogo, tendo efectuado, pelo menos, 16 ataques desde a trégua e um total de 61 desde o terramoto. Em 28 de Março, um sismo de magnitude 7,7 na escala de Richter, com epicentro em Myanmar (antiga Birmânia) foi sentido em vários países do Sudeste Asiático, incluindo a Tailândia, onde um total de 22 pessoas morreram na capital.
Hoje Macau EventosSomos! | Moçambicano vence concurso fotográfico sobre religiões e crenças Já são conhecidos os vencedores do concurso fotográfico da associação local Somos! – Associação de Comunicação em Língua Portuguesa. Marcos Júnior, de Moçambique, sagrou-se vencedor de um concurso que tinha como tema “O Homem e o Divino”, apresentando a fotografia tirada numa igreja em Moçambique O moçambicano Marcos Júnior foi o vencedor da sexta edição do concurso fotográfico da associação de Macau Somos – ACLP, dedicado ao tema “O Homem e o Divino”, foi ontem anunciado. Num comunicado, a Somos! – Associação de Comunicação em Língua Portuguesa (Somos – ACLP) anunciou que Marcos Júnior venceu com uma fotografia tirada numa igreja em Moçambique que retrata o gesto de um padre a abençoar um crente, “reflectindo a intermediação entre o terreno e o celestial”. O moçambicano vai receber um prémio no valor de dez mil patacas e uma viagem e estadia em Macau, para participar na cerimónia de inauguração da exposição do concurso e em ‘workshops’ organizados localmente. A exposição será organizada, a partir de finais de Maio, no complexo do hotel-casino Parisian Macau, com as fotografias premiadas e cerca de outras 40 que foram seleccionadas pelo júri. Os portugueses Adelino Meireles e João Carlos completam o trio de premiados, com fotografias da fé da comunidade ucraniana em Portugal e uma imagem inspirada na iconografia clássica da Madonna e o menino Jesus, respectivamente. Os dois fotógrafos portugueses vão receber prémios no valor de sete mil patacas e cinco mil patacas. A Somos – ACLP sublinhou ter recebido “o maior número de sempre de participantes com cerca de três centenas de fotografias a concurso, com elevada qualidade”. Mundo lusófono A avaliação das obras candidatas coube a um júri presidido pelo fotojornalista português radicado em Macau Gonçalo Lobo Pinheiro e que conta ainda com António Leong (Macau), Samba M. Baldé (Guiné-Bissau) e José Sena Goulão, Reinaldo Rodrigues e Alexandre Coelho Lima (Portugal). Lobo Pinheiro disse, citado no comunicado, que “o nível das obras submetidas surpreendeu o júri”, que recebeu “imagens vindas de diferentes cantos do mundo lusófono, revelando olhares diversos e narrativas visuais potentes”. O júri atribuiu ainda três menções honrosas, a começar pela brasileira Ana Cláudia Talieri, graças a “Prece no relento”, o retrato de Lucas, homossexual e HIV positivo. Bruno Taveira, com a fotografia “Cruz nas mãos, Fé no coração”, tirada num domingo de Páscoa, em Trás-os-Montes, e o também português Bruno Pedro, com “O Guardião do Tempo e da Tradição”, a imagem de um homem idoso parado à porta de uma mesquita, receberam as outras menções honrosas. No arranque do concurso, em Fevereiro, a presidente da Somos – ACLP, Marta Pereira, disse à lusa que o objectivo é contribuir para uma “maior compreensão das diferentes ideologias e credos” entre as regiões onde se fala português. O concurso, define o regulamento, destina-se “a todos os cidadãos dos países e regiões da Lusofonia ou residentes de Macau” com trabalhos realizados em Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Goa, Damão e Diu.
Hoje Macau China / ÁsiaIlhas Diaoyu | Guarda Costeira expulsa navio de pesca japonês A Guarda Costeira chinesa anunciou ontem ter repelido um navio de pesca japonês que se encontrava em águas junto às ilhas Diaoyu, conhecidas como ilhas Senkaku no Japão, mas reivindicadas pela China. O porta-voz da Guarda Costeira, Liu Dejun, explicou em comunicado que o navio japonês “entrou ilegalmente nas águas territoriais das ilhas Diaoyu nos dias 05 e 06 de Abril” e que os navios da guarda costeira chinesa “tomaram as medidas de controlo necessárias contra ele, de acordo com a lei”, enquanto “o alertaram para se manter afastado”. “A Guarda Costeira chinesa continuará a proteger a soberania nacional e os direitos e interesses marítimos”, alertou o porta-voz na declaração oficial, acrescentando que as ilhas “são território inerente da China”. O porta-voz pediu ainda ao Japão que “interrompa as suas actividades ilegais” na zona. Em Maio de 2024, a China concedeu à sua guarda costeira novas capacidades, incluindo a autoridade para deter embarcações estrangeiras suspeitas de entrar ilegalmente nas suas águas territoriais, no meio de crescentes tensões territoriais com o Japão e as Filipinas. A Guarda Costeira chinesa viu também as suas capacidades operacionais reforçadas do ponto de vista material, graças ao envio de mais embarcações e ao aumento do apoio logístico. A disputa pelas ilhas Diaoyu, conquistadas pelo Japão após a guerra com a China em 1894-95, intensificou-se depois de o Japão ter nacionalizado três delas, em Setembro de 2012. Localizadas no mar do Leste da China, a cerca de 150 quilómetros a nordeste de Taiwan, que também reivindica a soberania, as desabitadas ilhas Diaoyu cobrem uma área de cerca de sete quilómetros quadrados e as águas adjacentes podem conter depósitos significativos de gás e petróleo.
Hoje Macau China / ÁsiaTravado acordo para venda de TikTok nos EUA após Trump impôr tarifas O Governo da China bloqueou um acordo para a venda a investidores norte-americanos da TikTok, plataforma controlada pela chinesa ByteDance, após a imposição de tarifas por parte dos Estados Unidos, disse uma fonte. A fonte, que pediu para não ser identificada, disse à agência de notícias Associated Press (AP) que a presidência dos Estados Unidos acreditava que as partes estavam perto de um acordo. O acordo previa que as operações da TikTok nos EUA fossem separadas numa nova empresa, sediada no país, detida e operada por uma maioria de investidores norte-americanos, com a ByteDance a manter uma posição minoritária. O optimismo em torno de acordo terá levado o Presidente norte-americano, Donald Trump, a afirmar sexta-feira que iria manter por mais 75 dias a TikTok operacional no país, na véspera de expirar o prazo para venda da plataforma. “O meu governo tem trabalhado muito num acordo para SALVAR O TIKTOK, e fizemos um progresso tremendo”, publicou nas redes sociais Trump, que na quinta-feira afirmou que o negócio estava iminente. “Estamos ansiosos por trabalhar com o TikTok e a China para fechar o acordo”, disse ainda o Presidente norte-americano. Mas Pequim travou o acordo na quinta-feira, um dia depois de Trump ter anunciado tarifas abrangentes em todo o mundo, incluindo uma tarifa adicional de 34 por cento sobre as importações vindas da China. Por resolver Os representantes da ByteDance ligaram para a Casa Branca para indicar que a China não iria aprovaria o acordo até que houvesse negociações sobre comércio e tarifas, disse a fonte à AP. O acordo foi construído ao longo de meses, com a equipa do vice-presidente JD Vance a negociar directamente com vários potenciais investidores e funcionários da ByteDance. O plano previa um período de 120 dias para concluir os procedimentos regulatórios e o financiamento. O acordo contava com a aprovação dos investidores existentes, dos novos investidores, da ByteDance e do Governo dos EUA. Um porta-voz da ByteDance confirmou, em comunicado, que a empresa tem vindo a discutir uma “potencial solução” com o Governo dos EUA, mas salientou que um “acordo não foi implementado”. “Há questões importantes a resolver”, disse o porta-voz. “Qualquer acordo estará sujeito a aprovação ao abrigo da lei chinesa”, acrescentou. A ByteDance lançou a aplicação Douyin em 2016, e depois do êxito na China, criou, em 2017, uma versão global, o TikTok, crescendo mais depressa que as rivais Facebook e Instagram.
Hoje Macau China / ÁsiaOMC | China apresenta queixa sobre tarifas dos EUA Pequim contesta veementemente as taxas aplicadas por Trump às suas exportações, acusando os EUA de violarem as regras básicas da Organização Mundial do Comércio A China anunciou sexta-feira que remeteu para a Organização Mundial do Comércio (OMC) a questão das tarifas impostas pelos Estados Unidos às suas exportações, tendo apresentado queixa no mecanismo de resolução de litígios. “A China apresentou uma queixa no mecanismo de resolução de litígios da OMC”, anunciou o Ministério do Comércio de Pequim, em comunicado citado pela AFP. A China anunciou também sexta-feira a imposição de uma tarifa de 34 por cento a importações de todos os produtos dos EUA a partir de 10 de Abril, em resposta às novas tarifas impostas pelos EUA. “A imposição pelos Estados Unidos das chamadas ‘tarifas recíprocas’ viola gravemente as regras da OMC, prejudica gravemente os direitos e interesses legítimos dos membros da OMC e prejudica gravemente o sistema de comércio multilateral baseado em regras e a ordem económica e comercial internacional”, afirmou o Ministério do Comércio. “É uma prática típica de intimidação unilateral que põe em perigo a estabilidade da ordem económica e comercial global. A China opõe-se firmemente a isto”, acrescentou. As medidas da China surgem depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter imposto, na quarta-feira, uma nova tarifa de 34 por cento sobre os produtos chineses, parte do que Washington chama de tarifas “recíprocas” sobre os países de todo o mundo. No caso de Pequim, estas tarifas são adicionais às tarifas de 20 por cento já em vigor, o que faz com que as importações chinesas passem a estar sujeitas a uma tarifa de, pelo menos, 54 por cento. Ásia atacada O Ministério do Comércio chinês manifestou, na quinta-feira, a sua “firme oposição” às tarifas e prometeu retaliar, para “salvaguardar” os direitos e interesses do país asiático. No início de Março, a China anunciou tarifas de 10 por cento e 15 por cento sobre os produtos agrícolas dos Estados Unidos em resposta às tarifas de 20 por cento que Trump impôs sobre os produtos chineses. Durante a sua primeira presidência (2017-2021), Trump já tinha tido uma relação tensa com Pequim ao impor várias rondas de tarifas no valor de cerca de 370 mil milhões de dólares anuais, às quais a China respondeu com taxas sobre as exportações dos EUA. O Presidente dos EUA também impôs tarifas elevadas na quarta-feira aos países para os quais as fábricas chinesas se mudaram após o primeiro conflito comercial, incluindo o Vietname (46 por cento), o Camboja (49 por cento) e o Laos (48 por cento), bloqueando a saída de produtos chineses.
Hoje Macau SociedadeExportações lusófonas para a China caem mais de 30% até Fevereiro As exportações dos países de língua portuguesa para a China caíram 30,7 por cento nos primeiros dois meses de 2025, em comparação com igual período do ano passado. De acordo com informação do Serviços de Alfândega da China, em Janeiro e Fevereiro o bloco lusófono vendeu mercadorias no valor de 17 mil milhões de dólares para o mercado chinês. Segundo os dados, reunidos pelo Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum de Macau), este é o valor mais baixo para os dois primeiros meses de um ano desde 2021, em plena pandemia de covid–19. A descida deveu-se sobretudo ao maior fornecedor lusófono do mercado chinês, o Brasil, cujas vendas caíram um terço (33,4 por cento) para 13,7 mil milhões de dólares. Além disso, também o segundo maior parceiro comercial chinês no bloco lusófono, Angola, viu as exportações decrescerem 16,4 por cento para 2,37 mil milhões de dólares. Também as vendas de mercadorias de Portugal para a China diminuíram 13 por cento para 444,4 milhões de dólares. Pelo contrário, as exportações de Moçambique subiram mais de um terço (34,4 por cento) para 332,2 milhões de dólares. Já as exportações da Guiné Equatorial para o mercado chinês desceram 71,2 por cento, para 85,6 milhões de dólares, enquanto as vendas de Timor-Leste encolheram 98 por cento. As exportações de São Tomé e Príncipe também caíram 53,3 por cento, embora o país não tenha vendido mais de mil dólares em mercadorias. Já Cabo Verde e a Guiné-Bissau não venderam qualquer mercadoria para a China nos primeiros dois meses de 2025. Por outro lado Na direcção oposta, as exportações chinesas para os países de língua portuguesa também diminuíram 9 por cento, para 12,2 mil milhões de dólares. Os dados revelam que o Brasil foi o maior comprador no bloco lusófono, com importações vindas da China a atingirem 10,3 mil milhões de dólares, uma queda de 7,8 por cento em termos anuais. Em segundo na lista vem Portugal, que comprou à China mercadorias no valor de 932,4 milhões de dólares, menos 10,5 por cento do que no mesmo período de 2024. A China registou um défice comercial de 4,78 mil milhões de dólares com o bloco lusófono nos primeiros dois meses de 2025. Ao todo, as trocas comerciais entre os países de língua portuguesa e a China atingiram 29,2 mil milhões de dólares, menos 23,1 por cento do que no mesmo período do ano passado.
Hoje Macau SociedadeCrime | Jovem transferiu 600 mil patacas para burlões Um jovem local foi burlado em 600 mil patacas, em mais uma burla em que os criminosos se fizeram passar pela polícia do Interior. O caso aconteceu a 30 de Março, quando o jovem foi contactado por telefone. Do outro lado da linha, disseram-lhe que o seu número de telefone estava associado a vários crimes, pelo que tinha de ser investigado. Para garantir uma investigação e provar a inocência as alegadas autoridades pediram ao jovem que indicasse as suas informações pessoais, entre as quais os dados bancários. O residente fez o que lhe foi pedido, através de uma aplicação. No entanto, dias depois, foi contactado pelo seu banco, sobre uma transferência de 600 mil patacas. Foi nessa altura que o jovem percebeu que tinha sido burlado e apresentou queixa junto das autoridades. Burla | Idoso perde 78 mil patacas Um homem de idade avançada foi burlado em cerca de 78 mil patacas depois de acreditar que ia receber uma comissão de 12 mil patacas para ajudar uma alegada escola a comprar produtos de limpeza. De acordo com o jornal Ou Mun, o caso aconteceu a 31 de Março, quando um homem foi adicionado por um contacto desconhecido na aplicação WeChat. Esse contacto apresentou-se como um director de uma escola, que precisava de comprar produtos de limpeza para a instituição. Contudo, o alegado director contou ao idoso que tinha discutido com o fornecedor, pelo que para ter acesso aos descontos habituais precisava que a transacção fosse feita por outra pessoa. Ao idoso foi assim prometida uma comissão de 12 mil patacas, que seria paga depois de a escola receber os produtos de limpeza. Sem desconfiar de nada, o homem fez o pagamento online, no valor de 78 mil patacas. Como acabou por não receber a comissão prometida, percebeu que tinha sido burlado e apresentou queixa junto da Polícia Judiciária.
Hoje Macau Manchete SociedadeAeroporto | Arrancou transporte de carga para Madrid A primeira rota de carga de longo curso entre Macau e Madrid está a ser operada pela companhia Ethiopian Airlines, da Etiópia. O director para a China da empresa defende que Macau é “uma plataforma importante” para a cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa A primeira rota de carga de longo curso entre Macau e Madrid arrancou na quinta-feira, com um Boeing 777F operado pela Ethiopian Airlines, que levantou voo do Aeroporto Internacional de Macau (MIA). A companhia aérea etíope efectuará duas viagens de ida e volta por semana, e os Boeing 777F transportarão principalmente mercadorias de comércio electrónico transfronteiriço, de acordo com uma nota da empresa gestora do MIA, a que a Lusa teve acesso. “A nova rota irá melhorar ainda mais a rede de carga aérea entre a Ásia e a Europa, fornecendo um apoio logístico mais eficiente às exportações da Área da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau (GBA), e impulsionando a competitividade logística” desta região, acrescenta-se na nota. Segundo a gestora do MIA, Madrid é um dos principais centros logísticos da Europa, pelo que “a abertura desta nova rota irá satisfazer a crescente procura de carga aérea, ao mesmo tempo que reforça a conectividade entre a GBA e os mercados europeus”, esperando-se que os volumes de carga sejam “cada vez maiores”. O director nacional para a China da Ethiopian Airlines, Aman Wole Gurmu, citado na nota, afirmou que Macau é “uma plataforma importante” para a cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa, pelo que o lançamento da nova rota irá reforçar esse papel, constituindo-se como um corredor logístico aéreo que ligará a Europa e a Ásia. Preencher lacunas “Esta nova rota não só preenche a lacuna no transporte de carga entre Macau e Espanha, mas também aproveita a rede local em Espanha para ligar Macau aos mercados em África e na América do Sul, formando uma rede logística triangular ‘Ásia-África-Europa’”, segundo Aman Wole Gurmu, ainda que a rede perseguida pareça ser “quadrangular”, atendendo à inclusão do continente americano na equação. “Isto ajudará Macau a tornar-se um centro-chave para as exportações transfronteiriças de comércio electrónico e transporte de carga na área da Grande Baía”, acrescentou. De acordo com a empresa gestora do MIA, assiste-se a um crescimento constante do negócio de carga nos últimos anos, com a procura de logística aérea a ser impulsionada pelo rápido aumento do comércio electrónico transfronteiriço, tendo o aeroporto de Macau estado envolvido num volume de transporte de carga na ordem das 108.000 toneladas em 2024.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Mais de 320 mil visitantes entraram em Macau em dois dias Na sexta-feira, em que se assinalou o feriado do Cheng Ming, e no sábado, entraram em Macau 321.961 visitantes. A afluência de turistas nos dois dias obrigou as autoridades a implementar medidas, que incluíram o controlo do fluxo de pessoas nas imediações das Ruínas de São Paulo na sexta-feira. Além disso, o Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) interrompeu temporariamente o trânsito na Rua da Nossa Senhora do Amparo, desviando o tráfego para a Rua das Estalagens. O dia em que se registaram mais entradas de visitantes foi na sexta-feira, quando entraram em Macau 173.256 turistas, com o posto fronteiriço das Portas do Cerco a chegar quase às 78 mil travessias. Nos dois dias, entraram na RAEM pelas Portas do Cerco 148.874 visitantes. O posto fronteiriço da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau registou o segundo maior fluxo de travessias, com a entrada de mais de 61.100 visitantes no total dos dois dias, seguido do posto de Hengqin, por onde entraram 51.100 visitantes. Em relação a ontem, até ao fecho desta edição, os últimos dados do CPSP apontavam para a entrada em Macau de 27.671 visitantes até às 11h.
Hoje Macau China / ÁsiaSismo | Junta militar de Myanmar declara cessar-fogo na guerra civil até 22 abril para facilitar ajuda A junta militar no poder em Myanmar declarou hoje um cessar-fogo na guerra civil até 22 de abril, para facilitar a ajuda à população, após o sismo de magnitude 7,7 que atingiu o país a 28 de março. O cessar-fogo temporário foi também decretado para mostrar compaixão para com as pessoas afetadas, informou hoje a televisão estatal de Myanmar (antiga Birmânia). O anúncio, feito num comunicado do alto comando militar, segue-se a cessar-fogos temporários unilaterais declarados por grupos de resistência armada que se opõem ao regime militar. A notícia televisiva indicou que os grupos armados étnicos e as milícias locais devem abster-se de atacar as forças de segurança do Estado e as bases militares, e não devem organizar-se, reunir forças ou expandir as suas áreas de influência. Se tais grupos não cumprirem essas condições, o Exército tomará as medidas necessárias, segundo o comunicado. Um novo balanço hoje divulgado pelas autoridades elevou para 2.886 o número de mortos e 4.639 o número de feridos no terramoto de há cinco dias, enquanto prosseguem as operações de busca por sobreviventes. Segundo a oposição democrática, que controla partes do país, cerca de 8,5 milhões de pessoas foram “diretamente afetadas” pelo terramoto no país em guerra. No fim de semana, a junta militar afirmou que mais de 2.600 edifícios, incluindo casas, igrejas, escolas e pagodes, ruíram devido ao sismo e às réplicas. O Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA) afirmou que só na capital, Naypyidaw, mais de 10.000 edifícios ficaram destruídos ou gravemente danificados.
Hoje Macau PolíticaZona A | Leong Sun Iok pede melhores transportes nos novos aterros Leong Sun Iok interpelou o Executivo sobre a necessidade de melhorar o sistema de transportes na zona A dos novos aterros. “Recentemente foi aberta a selecção dos agregados familiares habilitados para as 3017 fracções de habitação económica da Zona A dos Novos Aterros, portanto, os mesmos vão poder mudar-se para lá num curto prazo. No entanto, as diversas infraestruturas estão ainda por concluir e por abrir ao público”, disse. O deputado alertou também para o facto de não existirem “instalações complementares”, além de que “os transportes públicos que passam por lá só asseguram a ligação entre Macau e a Taipa e a ligação ao Edifício do posto fronteiriço da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau”. Desta forma, considera ser “premente resolver esta situação”, até porque, na sua visão, “a Zona A dos Novos Aterros continua a ser um grande estaleiro de obras e, nos próximos anos, várias obras vão continuar”. Assim, Leong Sun Iok questiona também se vão existir “mecanismos de apresentação de queixas e de coordenação dos trabalhos, para resolver, de imediato, os incómodos causados pelas obras”.
Hoje Macau SociedadeHospital das Ilhas | Centro Médico com consultas de 52 especialidades Os Serviços de Saúde (SS) apontam que o Centro Médico de Macau do Peking Union Medical College Hospital, no Hospital das Ilhas, disponibiliza consultas médicas de 52 especialidades desde a sua abertura, a 16 de Setembro de 2024, em áreas como a nefrologia, ginecologia, tratamento de varizes ou da osteoporose, entre outras patologias. Além disso, “as vagas diárias para marcações dos serviços de especialidade médica aumentaram 50 por cento face ao período inicial da sua inauguração, de modo a atender à crescente procura dos serviços de cuidados de saúde por parte dos residentes de Macau”, descreve a mesma nota. Desde o dia 17 de Março que o Centro Médico passou a disponibilizar consultas externas aos não residentes, titulares do visto de estudante, portadores do Título Especial de Permanência e outros indivíduos de longa permanência em Macau. Inquérito | 170 residentes realizam análises Os Serviços de Saúde realizaram recentemente quatro sessões do inquérito-piloto do “Inquérito sobre a Saúde de Macau 2026”, que contaram com a participação de 170 residentes, entre 200 inscritos, que além de responderem a questões foram submetidos a um check-up de saúde. Para tal, fizeram análise ao sangue e urina, procederam à medição da pressão arterial, altura, peso e circunferência da cintura, da força de preensão manual e da audição. Duas semanas após a conclusão do exame, os residentes podem consultar ou receber o relatório através da “Minha Saúde 2.0” na “Conta Única de Macau”, ou por correio registado ou e-mail. Especialistas e académicos da Peking Union Medical College vieram a Macau para fazer o controlo de qualidade e orientação dos chamados inquéritos-piloto.
Hoje Macau PolíticaCAEAL | Cerca de 15 milhões em prémios, abonos e subsídios No âmbito da realização das eleições para a Assembleia Legislativa, a Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa (CAEAL) prevê gastar 15,68 milhões de patacas com o pagamento de “outra remunerações, subsídios, abonos e prémios”. Esta rubrica de gastos com o pessoal diz respeito a 27,8 por cento do orçamento total, que é de 54,58 milhões de patacas, de acordo com a informação publicada ontem no Boletim Oficial. A realização das eleições prevê outros custos com o pessoal, como os gastos de 3,20 milhões de patacas para “os membros de conselhos”, 53,6 mil patacas como despesas com “remunerações para formação” e 728,3 mil patacas para “abono de alimentação e alojamento”. A outra grande despesa prevista passa pelo pagamento de instalações e equipamentos, no qual a CAEAL prevê gastar 14,36 milhões de patacas. Além disso, estão previstas despesas de 4,70 milhões de patacas em encargos com anúncios, 2,93 milhões de patacas com “equipamentos informáticos e sistemáticos”, 2,03 milhões de patacas com comunicações, serviço postal e correio expresso e ainda 1,07 milhões de patacas em materiais promocionais e ofertas. As próximas eleições para a Assembleia Legislativa estão agendadas para a segunda metade do ano, a 14 de Setembro.
Hoje Macau China / ÁsiaMyanmar | Mais de 2.880 mortos e de 4.600 feridos A junta militar birmanesa elevou ontem o balanço do sismo que atingiu Myanmar há cinco dias para 2.886 mortos e 4.639 feridos, enquanto continuavam as buscas por sobreviventes. O balanço anterior, divulgado na terça-feira, era de 2.719 mortos, 4.521 feridos e 441 desaparecidos. O porta-voz da junta, general Zaw Min Tun, divulgou o novo balanço provisório à agência de notícias EFE, numa altura em que se registou mais um resgate de um sobrevivente. Cinco dias depois do sismo, um jovem com cerca de 20 anos foi resgatado por socorristas birmaneses e turcos dos escombros de um hotel na capital, Naypyidaw, disseram as autoridades. A junta disse que cerca de 1.500 socorristas de 15 países se encontram no país do sudeste asiático afectado por um sismo de magnitude 7,7 na sexta-feira, 28 de Março, que também atingiu a vizinha Tailândia. Os socorristas são provenientes da China, da Índia, da Rússia, de Singapura, da Tailândia, do Vietname, da Malásia, dos Emirados Árabes Unidos, do Laos, da Bielorrússia, da Turquia, do Butão, das Filipinas, do Bangladesh e da Indonésia. A junta militar, que tomou o poder após um golpe de Estado em Fevereiro de 2021, disse que as equipas estrangeiras também levaram medicamentos e outros materiais que estavam a ser entregues em algumas regiões. No entanto, a ajuda internacional ainda não chegou a todas as áreas afectadas, admitiram as autoridades. No fim de semana, a junta afirmou que mais de 2.600 edifícios, incluindo casas, igrejas, escolas e pagodes, ruíram devido ao terramoto e às réplicas. O Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA) afirmou que só em Naypyidaw mais de 10.000 edifícios foram destruídos ou gravemente danificados. Zonas de guerra A oposição democrática, que controla partes do país, calculou que 8,5 milhões de pessoas foram “directamente afectadas” pelo terramoto num país que se encontra em guerra, o que agrava a situação e dificulta os esforços humanitários. Os militares disseram ontem que dispararam tiros para o ar para tentar afastar elementos da Cruz Vermelha da China numa zona de conflito com os rebeldes. O porta-voz Zaw Min Tun declarou, num comunicado, que os soldados tentaram parar um comboio de nove veículos que se dirigia para a aldeia de Ommati, no estado de Shan (norte), na terça-feira à noite. “As forças de segurança tentaram parar os veículos quando os viram, mas não conseguiram”, afirmou, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP). Zaw Min Tun afirmou que a junta estava a investigar o incidente. Segundo o porta-voz, não foi efectuada qualquer “notificação prévia” sobre a entrada dos socorristas chineses “a Myanmar nem à respectiva embaixada, nem ao gabinete do adido militar” em Pequim, condição prévia para a entrada de ajuda estrangeira. A junta e o Exército de Libertação Nacional de Ta’ang (TLNA), um dos principais grupos étnicos rebeldes, entraram em confronto em Ommati, afirmou ainda o porta-voz, alegando que “certos grupos estavam a tirar partido político” da ajuda. Questionado sobre o incidente, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China disse que o equipamento enviado pela Cruz Vermelha chinesa tinha chegado e estava seguro, tal como os trabalhadores humanitários. “Pedimos a todas as partes de Myanmar que permitam a passagem sem entraves da ajuda”, acrescentou o ministério, citado pela AFP. A China enviou uma equipa de 82 trabalhadores humanitários para Myanmar no sábado e mais 118 no domingo. O chefe da junta militar, Min Aung Hlaing, pediu a ajuda da comunidade internacional, uma ação rara dos militares birmaneses e que ilustra a dimensão da catástrofe.
Hoje Macau EventosLetras&Companhia | Luísa Sobral no Teatro D. Pedro V este sábado Luísa Sobral, cantora e romancista, está em Macau para participar em mais uma edição do festival literário infanto-juvenil “Letras&Companhia”, organizado pelo IPOR. A primeira actuação decorre este sábado no Teatro D. Pedro V, com o espectáculo “Coisas Pequenas”. Segue-se, na terça-feira, a apresentação do seu livro “O Peso das Palavras” O Instituto Português do Oriente (IPOR) volta a apresentar, a partir desta sexta-feira, mais uma edição do festival literário inteiramente dedicado a crianças, jovens e suas famílias, intitulado “Letras&Companhia”. E no meio de workshops de escrita e leitura, exposições e actividades em torno do tema da educação e inteligência artificial, há um destaque no programa: a presença da cantora portuguesa e romancista Luísa Sobral. Luísa Sobral, que tem uma carreira como compositora e cantora já de alguns anos, traz a Macau o seu “concerto intimista”, intitulado “Coisas Pequenas”, que acontece este sábado a partir das 20h no Teatro D. Pedro V. Segundo o cartaz do “Letras&Companhia”, este espectáculo traz a Macau “um reportório constituído por músicas dos sete álbuns lançados em nome próprio, canções que escreveu para outros e por algumas composições musicais que a marcaram”. Desta forma, “será um momento musical de partilha de histórias e memórias, pautado pela poesia das ‘coisas pequeninas’ que participam na beleza da vida”. Além disso, o concerto conta com a presença de Mina Pang, dos Cotton Kids, a acompanhar um tema em palco. Mas Luísa Sobral faz ainda uma segunda participação no “Letras&Companhia”, apresentando o seu livro infantil “O Peso das Palavras”, na próxima terça-feira, na Livraria Portuguesa, a partir das 18h30. Esta obra, que é ilustrada por “Ligeiramente Canhoto”, inclui a história “do (super)poder das palavras”, escreveu a Lusa, descrevendo que “rouxinóis e um elefante convidam o leitor a reflectir sobre o impacto que a escolha das palavras pode ter no quotidiano”. Elefantes e rouxinóis “O Peso das Palavras” nasce “da preocupação em mostrar aos mais novos como algumas palavras têm a capacidade de nos fazer sentir leves como rouxinóis, enquanto outras nos fazem sentir tão pesados como elefantes”, informa a nota de imprensa que acompanha o lançamento da obra. Luísa Sobral explica que “este poema nasceu de uma conversa que tive com a minha filha quando fez um comentário sobre outra menina”. “Nesse momento, senti a necessidade de lhe explicar de forma simples e descomplicada que as palavras têm um peso e que podem magoar ou ser boas. Que através da palavra podemos fazer bem ou mal às pessoas à nossa volta e que, por isso, é muito importante termos noção das palavras que usamos”, acrescentou, citada pela Lusa. “Acredito que a ilustração do livro acrescenta uma nova e importante camada à história, explicando que vamos sempre ouvir palavras que não queremos ouvir, “palavras elefante”. Mas que também faz parte da vida saber lidar com esses “elefantes” até porque querer uma vida repleta de “rouxinóis”, não é realista”, acrescenta a compositora e cantora portuguesa. Árvores e outras histórias Além de “O Peso das Palavras”, Luísa Sobral lançou, mais recentemente, o seu primeiro romance, desta vez para um público mais adulto, chamado “Nem todas as árvores morrem de pé”. “Os meus amigos de vez em quando lêem notícias e coisas que acham que podem ser inspiradoras para canções”, então uma amiga enviou a história de “um casal com o apelido Feliz, mas que decidira terminar a vida junto, ou seja, terminar-se”, em Vila Real, onde vivia na altura, disse a cantora em entrevista à agência Lusa. “Eu achei isso super irónico e poético ao mesmo tempo, então decidi escrever uma canção [‘Maria Feliz’] sobre isso. Só que todos os meus assuntos ficam resolvidos nas canções, mas este não ficou. Foi uma história que parecia que continuava em mim a querer ser mais alguma coisa. Então, decidi começar a escrever um texto que eu achei que ia ser uma peça de teatro, porque eu já ando há um tempo a querer escrever uma peça de teatro, e comecei a escrever, e de repente percebi – eu acho que os personagens aqui têm muita vontade própria – que não queriam ser só canção, depois não queriam ser peça de teatro, quiseram ser romance”, rematou. A narrativa é construída com base em duas histórias paralelas, uma das quais, acompanha Emmi, nascida antes do início da Segunda Guerra Mundial, com uma adolescência difícil e pobre, que se casa com um homem de Berlim Leste e vai viver para a RDA, até que a construção do muro, a separação da família e uma carta anónima a enterram numa profunda depressão. A outra, acompanha M., nascida após a divisão das Alemanhas, educada por uma ama, numa família onde imperam os valores do socialismo. M. vive no total desconhecimento do mundo ocidental e ao sabor de uma realidade distorcida, até ouvir um testemunho de uma rapariga, que mudará a sua vida.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Substituído chefe da polícia Raymond Siu Chak-yee O Governo de Hong Kong anunciou ontem a substituição do chefe da polícia, Raymond Siu Chak-yee. O Chefe do Executivo de Hong Kong, John Lee Ka-chiu, disse, em comunicado, que Raymond Siu “entrou hoje em licença de pré-reforma, depois de servir o Corpo de Polícia de Hong Kong durante 36 anos”. O comissário “demonstrou uma dedicação e determinação inabaláveis para proteger Hong Kong e defender o Estado de Direito ao lidar com a agitação social”, disse John Lee, numa referência às enormes manifestações antigovernamentais, por vezes violentas, de 2019. O anúncio surge dois dias depois dos Estados Unidos terem imposto sanções ao chefe da polícia e a cinco dirigentes públicos de Hong Kong, incluindo o secretário para a Justiça, Paul Lam Ting-Kwok, ao abrigo de uma lei norte-americana que defende a democracia na região chinesa. Na terça-feira, Hong Kong condenou a imposição de sanções e acusou Washington de tentar “intimidar os dirigentes encarregados de protegerem a segurança nacional” da China. “Isto expôs claramente a barbárie dos EUA (…) exactamente a mesma que as recentes táticas de intimidação e coação de vários países e regiões”, disse o Governo da região administrativa especial chinesa. As autoridades de Hong Kong indicaram ainda que o Governo Central chinês aprovou a nomeação de Joe Chow Yat-ming, até agora comissário adjunto, para liderar a polícia do território. John Lee salientou que Joe Chow, de 52 anos, tem “uma vasta experiência em investigação criminal, recolha de informações, formulação de políticas, bem como gestão de pessoal”. De acordo com a imprensa de Hong Kong, ontem, na primeira conferência como novo comissário, Chow apontou a segurança nacional como a prioridade, face ao que chamou de “correntes ocultas” de resistência ao actual regime. O dirigente criticou as sanções contra Raymond Siu como um acto de intimidação e defendeu serem um reflexo do êxito dos esforços da polícia de Hong Kong para capturar fugitivos à justiça.
Hoje Macau China / ÁsiaBanguecoque | China insta empresas a respeitarem leis após queda de torre A embaixada da China na Tailândia apelou às empresas chinesas no país para que “respeitem as leis locais”, após ter sido lançada uma investigação sobre o colapso de um bloco de apartamentos em Banguecoque, que matou cerca de 10 pessoas. Pequim “insta constantemente as empresas chinesas no estrangeiro a respeitarem as leis locais e a contribuírem positivamente para a sociedade”, afirmou ontem a chancelaria na sua página no Facebook. A construção da torre, situada perto do popular mercado de Chatuchak, no norte de Banguecoque, envolveu uma filial da empresa estatal chinesa China Railway Group (CREC) e o seu parceiro local Italian-Thai Development (ITD). Os tremores reduziram a estrutura a uma pilha de escombros numa questão de segundos, provocando a morte de cerca de dez pessoas, com esperanças cada vez menores para as mais de 70 pessoas que se presume estarem ainda encurraladas nos escombros. A maioria das vítimas eram trabalhadores de nacionalidade birmanesa, laociana, cambojana e tailandesa. O edifício de 30 andares visava albergar gabinetes governamentais. “Temos de determinar onde ocorreu o erro”, afirmou a primeira-ministra tailandesa, Paetongtarn Shinawatra, que na segunda-feira ordenou uma investigação sobre os materiais e as normas de segurança no local por um grupo de peritos que lhe deverá apresentar um relatório esta semana. Pequim enviou uma equipa para Banguecoque, incluindo equipas de salvamento, e prometeu “continuar a apoiar a Tailândia, se necessário”. A China é a maior fonte de investimento directo estrangeiro da Tailândia, com 2 mil milhões de dólares injectados no reino até 2024, de acordo com o fornecedor de dados Open Development Thailand. Paetongtarn Shinawatra anunciou na terça-feira que a investigação não será “específica a um país”. “Não queremos que nenhum país em particular pense que estamos apenas a olhar para eles”, afirmou.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Pequim condena críticas às manobras em redor da ilha O Governo chinês criticou ontem “uma minoria de países” de interferência nos assuntos internos da China, depois de algumas nações terem condenado as manobras do Exército chinês em torno de Taiwan. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Guo Jiakun disse, em conferência de imprensa, que “a questão de Taiwan é um assunto puramente interno da China e não admite interferência estrangeira”. Guo afirmou que “o que mina a paz e a estabilidade no estreito de Taiwan são as actividades ‘separatistas’ a favor da independência de Taiwan e a conivência e apoio de forças externas”. “Se querem realmente a paz e a estabilidade no estreito de Taiwan, têm de seguir a tendência geral da comunidade internacional”, acrescentou o porta-voz, apelando ao “respeito pela soberania e integridade territorial da China”. Guo disse que “defender a independência de Taiwan é dividir o país, apoiá-la é interferir nos assuntos internos da China e aprová-la é minar a estabilidade no estreito de Taiwan” e salientou que as manobras das forças chinesas constituem “uma acção disciplinar resoluta contra as provocações” da administração liderada pelo líder de Taiwan, William Lai, pelas “tentativas desenfreadas de independência”. “Enquanto as provocações a favor da independência de Taiwan continuarem, o castigo contra os ‘independentistas’ não cessará”, advertiu o porta-voz, afirmando que Pequim “nunca permitirá que alguém ou qualquer força separe Taiwan da China por qualquer meio”. Na terça-feira, Washington condenou as manobras chinesas em torno de Taiwan e garantiu que o Presidente norte-americano, Donald Trump, insiste na importância de “manter a paz” no estreito. Por seu lado, o Serviço de Acção Externa da União Europeia lamentou que as manobras chinesas “aumentem as tensões no estreito de Taiwan”. Com continuação O Exército chinês anunciou ontem de manhã a realização de novos exercícios militares no centro e no sul do estreito de Taiwan para “testar as capacidades das tropas”, na sequência das manobras de terça-feira. Os exercícios, designados “Straits Thunder-2025A”, centraram-se em tarefas de “identificação e verificação”, “aviso e expulsão” e “intercepção e detenção” para “testar as capacidades das tropas” em domínios como “controlo aéreo, bloqueio e ataques de precisão contra alvos-chave”. Especialistas citados na imprensa oficial chinesa afirmaram que os exercícios mostram que os militares chineses têm “amplas opções de dissuasão” e que Pequim optou por “apertar o cerco às forças secessionistas” com “medidas mais duras e acções enérgicas”. Os exercícios estão a decorrer semanas depois de William Lai, considerado “pró-independência e desordeiro” pelas autoridades chinesas, ter apelidado a China de “força externa hostil” e anunciado iniciativas para travar as operações “de infiltração” de Pequim na ilha.