Hoje Macau China / ÁsiaHabitação | Proprietários de casas inacabadas na China recusam pagar prestações Proprietários de habitações na China, cuja obra ficou inacabada devido à situação precária das construtoras, estão a recusar pagar as prestações dos imóveis, disseram fontes do sector que atravessa uma crise de liquidez Em pelo menos uma centena de projectos imobiliários na China, os donos de casas estão a recusar pagar as prestações mensais, de acordo com dados da empresa especializada no sector CRIC, publicados ontem. Estes projectos estão espalhados por 50 cidades diferentes. “A lista [de projectos afectados] duplicou nos últimos três dias”, apontaram, num relatório, analistas do banco de investimento norte-americano Jefferies, estimando um défice para as construtoras em 388 mil milhões de yuans. As pré-vendas são a maneira mais comum na China de vender imóveis. A crise no imobiliário tem fortes implicações para a classe média do país. Face a um mercado de capitais exíguo, o sector concentra uma enorme parcela da riqueza das famílias chinesas – cerca de 70 por cento, segundo diferentes estimativas. As incertezas ligadas à política da China de ‘zero casos’ de covid-19, que penaliza a actividade económica e pesa no rendimento das famílias, estão a fragilizar o mercado, numa altura em que muitos grupos imobiliários no país se encontram já em dificuldades financeiras. No ano passado, os reguladores chineses passaram a exigir às construtoras um tecto de 70 por cento na relação entre passivo e activos e um limite de 100 por cento da dívida líquida sobre o património, suscitando uma crise de liquidez no sector. Devido à falta de dinheiro em caixa, algumas construtoras não conseguem terminar projectos e entregar propriedades que foram já vendidas. Tijolo e cimento O sector imobiliário e a construção pesam mais de um quarto no PIB (Produto Interno Bruto) da China e foram um importante motor do crescimento económico do país nas duas últimas décadas. Nos últimos meses, as construtoras Sunac e Shimao tornaram-se as mais recentes construtoras chinesas a entrar em incumprimento. O caso mais emblemático envolve a Evergrande Group, cujo passivo supera o Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal. A crise da Evergrande, a maior construtora da China, está a penalizar indirectamente os seus concorrentes, com os compradores a mostrarem-se cada vez mais relutantes em investir em imobiliário. A recusa em pagar as prestações é “particularmente preocupante”, porque ameaça também o sistema financeiro, alertou ontem o banco Nomura. Segundo a agência de informação financeira Bloomberg, o ministério da Habitação chinês realizou esta semana várias reuniões de emergência com os reguladores financeiros e os grandes bancos do país.
Hoje Macau Manchete PolíticaONU | Macau não tem aplicado pacto de direitos civis e políticos com consistência O Comité dos Direitos Humanos da ONU apontou a proibição da vigília do 4 de Junho e a exclusão de candidatos às eleições do ano passado como situações em que o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos “foi mal interpretado”. O facto de a lei de combate à violência doméstica não contemplar casais do mesmo sexo foi também alvo de reparos. Governo diz que, segundo a Lei Básica, o pacto é aplicado através das leis de Macau e irá remeter mais respostas por escrito O Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos (PIDCP) tem sido aplicado pelo sistema judiciário de Macau “em moldes que não são consistentes”, avisou na quarta-feira o Comité dos Direitos Humanos das Nações Unidas numa reunião com representantes do território. Numa sessão de duas horas, realizada por videoconferência, o Comité dos Direitos Humanos da ONU, reunido em Genebra, na Suíça, questionou uma delegação de Macau, liderada pelo secretário para a Administração e Justiça, André Cheong, sobre a implementação do PIDCP no território. “Parece que o PIDCP tem sido aplicado pelo sistema judiciário em moldes que não são consistentes com o seu significado, conforme interpretado e reflectido na jurisprudência desta comissão”, alertou o membro Christopher Arif Bulkan segundo a agência Lusa. O advogado guianês, o primeiro de quatro elementos do comité a questionar a delegação de Macau, mencionou vários exemplos, nomeadamente as decisões do Tribunal de Última Instância (TUI) quando, em 2021, proibiu uma vigília em memória das vítimas de Tiananmen ou, num outro momento, confirmou a exclusão de candidatos pró-democracia às eleições para a Assembleia Legislativa. “Em todas estas instâncias, o pacto foi mal interpretado”, notou Bulkan. As decisões do TUI, apontou ainda, “sugerem que as várias instituições [de Macau] não estão familiarizadas” com a convenção. E questionou: “Como é que o conhecimento deste mesmo acordo é divulgado na sociedade?”. Liu Dexue, da Direcção dos Serviços para os Assuntos Jurídicos de Macau, explicou, que, “de forma a proteger os direitos humanos e implementar” este pacto, o Governo local tem dado “grande atenção à sensibilização e formação de juízes e de quem aplica a lei”, tendo organizado uma série de palestras e ‘workshops’ com cerca de um milhar de participantes. Liu Dexue acrescentou que, de acordo com a Lei Básica, o PIDCP é “implementado através das leis de Macau”. No entanto, Bulkan não se deu por satisfeito com a resposta: “Macau referiu no relatório [enviado em 2021] que o pacto foi aplicado pelo tribunal em 32 casos. (…) Pode dizer-nos em que casos, para termos uma noção de como é implementado, que direitos estiveram envolvidos e, em particular, se foram encontradas violações ao acordo em alguns desses casos?” Os representantes de Macau, que vão ter nos próximos dois dias mais duas sessões com a comissão, referiram que esta e outras respostas que ficaram por responder chegarão à ONU por escrito. De tabu em tabu Shuichi Furuya, também membro do comité, sublinhou na sessão o facto de a lei da prevenção e combate à violência doméstica, de 2016, não contemplar casais do mesmo sexo. O responsável japonês quis saber que medidas a região está a tomar para o “reconhecimento legal de pessoas transgénero” e para que este grupo possa alterar a identificação de género nos registos de nascimento ou documentos de identidade. Na réplica, André Cheong referiu que estes são temas “controversos em sociedades orientais, profundamente influenciadas por valores e culturas tradicionais” e que “Macau não é excepção”. “Sem a formação de um consenso social, será difícil conseguir o apoio do corpo legislativo para alterar leis. Por isso, é necessário levar a cabo um diálogo inclusivo”, considerou ainda o secretário. Recorde-se que o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos é um dos instrumentos que constituem a Carta Internacional dos Direitos Humanos da ONU. Em 1992, quando Macau era ainda um território administrado por Portugal, Lisboa procedeu à extensão desta convenção à região. Embora a China tenha assinado o tratado em 1998, nunca o ratificou, não estando vinculada às normas aí presentes.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul e Estados Unidos iniciam exercícios militares conjuntos com F-35 A Coreia do Sul e os Estados Unidos iniciaram hoje manobras com caças F-35 de quinta geração, numa demonstração de poderio militar, numa altura em que a Coreia do Norte se prepara para um novo teste nuclear. Os exercícios vão ter uma duração de quatro dias e envolvem 30 aviões de combate F-35, F-15, F-16 e F-50, de acordo com uma declaração do Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul. Esta é a primeira vez desde dezembro de 2017 que os EUA enviam caças F-35 para a península coreana e que os dois países realizam um treino conjunto deste tipo desde que Seul completou o desenvolvimento da própria frota de F-35. Este desenvolvimento aconteceu após o Presidente dos EUA, Joe Biden, se ter comprometido, numa cimeira de maio com o homólogo sul-coreano, Yoon Suk-yeol, a destacar bens estratégicos dos EUA para a Coreia do Sul “de uma forma atempada e coordenada, conforme necessário”, com base nas ações da Coreia do Norte. O F-35, um caça-bombardeiro furtivo de quinta geração, desenvolvido principalmente pelas empresas Lockheed Martin e Northrop Grumman, dos EUA, e pela britânica BAE Systems, é considerado pela Coreia do Norte como um dos ativos que mais ameaçam a segurança. Seul e Washington acreditam que Pyongyang se prepara há semanas para realizar o primeiro ensaio nuclear desde 2017 e que a execução deste depende unicamente de uma ordem do líder Kim Jong-un. A Coreia do Norte, isolada do mundo pela pandemia desde 2020, ignorou os pedidos da Coreia do Sul e dos Estados Unidos para retomar as negociações sobre a desnuclearização. No ano passado, Pyongyang aprovou um plano de modernização de armamento, que está por detrás do número recorde de ensaios com projéteis realizados este ano – mais de 20. O comandante das Forças dos EUA na Coreia, Paul LaCamera, disse ontem durante um evento em Seul que a questão sobre o próximo teste nuclear de Pyongyang “não é se isso vai acontecer ou não, mas quando”.
Hoje Macau China / Ásia“Zero covid” pode diminuir investimento estrangeiro na China O Investimento Directo Estrangeiro (IDE) na China deve cair, nos próximos anos, à medida que o país insiste na estratégia de ‘zero casos’ de covid-19, previu a unidade de análise da revista The Economist. A Economist Intelligence Unit (EIU) descartou, no entanto, um êxodo corporativo em massa do país, face à atractividade exercida pelo vasto mercado local e importância da China nas cadeias globais produtivas. “Mesmo que não abandonem o mercado chinês, esperamos que os investidores estrangeiros cada vez mais vejam o Sudeste Asiático, onde os governos adoptaram uma estratégia de ‘coexistência com o vírus’, como opção atractiva para investimentos futuros”, lê-se no relatório difundido hoje pela EIU. A unidade de análise da The Economist considerou que a estratégia constitui um dos “maiores desafios” que os investidores estrangeiros enfrentaram no país, na história recente. No entanto, o relatório lembrou que a China desempenha um papel chave no fornecimento de componentes que não estão disponíveis noutros países, e uma infraestrutura logística “inexistente”, no resto da Ásia ou em outros lugares, “em dimensão e sofisticação”. O forte crescimento da classe média do país, na última década, encorajou também as empresas a adoptarem o modelo “na China, para a China”, que consiste em produzir e vender localmente. “O nível de imersão das empresas na China – com planos plurianuais que dependem do país como motor de crescimento futuro, – torna difícil que se afastem dessa estratégia no curto prazo”, apontou o relatório. Choques em cadeia A EIU previu que o IDE recue a partir de 2022, em comparação com os dois anos anteriores, com o efeito a prolongar-se até 2024. A manutenção da estratégia ‘zero covid’ vai ter maior impacto no IDE nos sectores voltados para o consumo doméstico, face aos choques desproporcionais no retalho, infligidos por bloqueios repentinos e outras restrições ao movimento de pessoas, apontou. A tolerância zero à covid-19 implica também o encerramento praticamente total das fronteiras da China. O país autoriza apenas um voo por cidade e por companhia aérea, o que reduziu o número de ligações aéreas internacionais para o país em 98 por cento, face ao período pré-pandemia. Quem chega à China tem que cumprir uma quarentena de dez dias. Isto dificulta a atracção de talentos globais e frustra futuros planos de investimento, já que os quadros das empresas estrangeiras não conseguem supervisionar o lançamento ou o alargamento de projectos, destacou a EIU. Gigantes tecnológicos como a Apple e Samsung transferiram, nos últimos anos, partes das suas cadeias de fornecimento para o Vietname.
Hoje Macau h | Artes, Letras e Ideias“Na margem do rio. Diálogos com a morte nos versos de quatro poetas polacos” In https://revistapiparote.com.br/ Apresentação e tradução de Piotr Kilanowski Quatro poemas, quatro poetas, um tema. Ou quase um. Temos três diálogos antes da viagem para o paradeiro mais misterioso das nossas vidas e um poema que reflete a solidão dessa viagem inconcebível. Dois dos poemas, o de Jarosław Iwaszkiewicz e o de Tadeusz Różewicz, ambos marcando seu silêncio pela falta de um título, ambos saindo da garganta apertada (talvez a articulação de Różewicz esteja mais apertada, mais essencial e mais simples e por isso mais impactante) nos colocam diante do último diálogo da mãe e do filho. A figura de pietá, na qual a ordem da natureza está revertida, obriga a doadora da vida ser também a pessoa que ajuda a fazer a transição para a não-vida, a outra margem. O que está nela? O nada? Se for, dentro dele também há uma réstia de esperança, como no poema de Iwaszkiewicz, o infinito do não saber. Todos esses poemas contêm em si a escuridão e a tentativa de expressar o inexpressável. Todos são um grito, um protesto que ele mesmo sendo mudo, por tentar expressar o silêncio, emudece o leitor. O protesto contra a condição humana e, em algum nível, também a aceitação da sua inevitabilidade. O drama existencial nos primeiros três poemas é encenado pela primeira forma de um drama: diálogo. E se no poema de Aleksander Wat temos a situação que pode se referir ao último diálogo apenas metaforicamente, o mais essencial dos poemas, o mais dramático, da autoria de Różewicz, é também aquele que nos despoja de quaisquer ilusões. As palavras mais banais, mais gastas, quase todas com marcas de oralidade são dispostas pelo poeta de uma maneira que não apenas rasga o leitor mas também o obriga a mergulhar no infinito das palavras como “tudo” e “nada” colocadas em uma oposição completa. Começando pela situação coloquial, que sugere uma partida ou viagem, Różewicz por meio de absoluta economia de palavras, que ecoam ao longo do poema e do diálogo, fortalece o efeito da nossa impotência diante do inevitável. Renovando as palavras gastas nos aproxima daquilo que não pode ser dito. “Busco as palavras que não existem”, disse Jerzy Ficowski no livro A leitura das cinzas, que por meio da palavra poética tentou instaurar o monumento à ausência provocada pelo Holocausto. Różewicz não procura essas palavras. Por meio das que existem nos aproxima à não-existência que sustenta a nossa existência. Tudo isso, “a vida inteira”, para nós, seres compostos da eterna insatisfação, será sempre um espantoso “só isso” … Jaroslaw Iwaszkiewicz (1894-1980) foi poeta, prosador, dramaturgo e político polaco. O amor e a morte e sua relação, assim como efemeridade da vida sempre figuraram como temas importantes na sua obra. Vários dos contos de Iwaszkiewicz serviram como inspirações para os filmes de Andrzej Wajda. Foi um dos fundadores e membro de Skamander (Escamandro) o mais importante grupo poético do entreguerras polaco. Sua obra lírica, extremamente melódica e pessoal é marcada pela constante presença de elementos contrários: afirmação da vida e fascinação pela morte, fé no poder da arte e dúvida no poder das ações humanas, elementos contemplativos e sede de viver. Jaroslaw Iwaszkiewicz Mamã, eu fiquei cego? “Não, filho. Só a noite escura”. Por que é tão terrível? “Nada, filho. Não tarda”. E ainda frio por cima “Depois não sentirás mais nada”. Mesmo assim, tenho medo. “Deus é bom – diz Epicuro”. Oh, tem uma réstia na frente. “Chamam isso de existência”. Roma, IV-V, 1975.
Hoje Macau SociedadeEPM | Prisão de Coloane em regime de circuito fechado Desde o dia 4 de Julho que o Estabelecimento Prisional de Coloane (EPM) se encontra a operar em gestão de circuito fechado, à semelhança dos lares de idosos. Segundo uma nota de imprensa, os 310 funcionários da prisão e do Instituto de Menores (IM) devem fazer um teste rápido todos os dias para irem trabalhar e usar equipamentos de protecção. Além disso, zonas prisionais, alas de internamento do IM, viaturas celulares e outras instalações públicas são limpas com desinfectante todos os dias. A implementação do regime de circuito fechado deve-se ao facto de o EPM ser um espaço “densamente povoado e fechado, pelo que, caso ocorra um caso de infecção, as consequências serão muito graves”. Os guardas prisionais trabalham por um período de sete dias, fazendo isolamento de sete dias nos dormitórios dos instruendos das Forças de Segurança de Macau e guardas prisionais, que estão equipados “com instalações básicas”. Segundo a Direcção dos Serviços Correccionais, os funcionários têm ao seu dispor “espaço suficiente para secar vestuário e roupa de cama”, além de existirem “suprimentos e instalações sanitárias que respondem aos padrões de higiene”. É disponibilizado o serviço de lavagem dos uniformes. As refeições diárias são confeccionadas pela cantina dos trabalhadores.
Hoje Macau Manchete SociedadeLares | Longe da família, funcionários em “stress psicológico” pedem medidas concretas O Sindicato dos Assistentes Sociais de Macau criticou o IAS por não ter lançado medidas para proteger os funcionários dos lares que estão a trabalhar em circuito fechado e sem contacto com a família desde o início do surto. Na primeira pessoa, funcionários relatam stress psicológico por estarem longe dos filhos e não receberem bens essenciais. IAS vai implementar descanso por turnos “fora do circuito” Através de uma conferência de imprensa transmitida online e cartas tornadas públicas pelo Sindicato dos Assistentes Sociais de Macau, funcionários que se encontram a trabalhar nos lares subsidiados em circuito fechado desde o início do surto, criticaram a postura do Instituto para os Assuntos municipais (IAS) no que toca à falta de medidas concretas para aliviar a pressão psicológica. Isto, tendo em conta que a sua chamada para trabalhar em regime de circuito fechado nos lares surgiu repentinamente, sem que houvesse tempo para preparar bens essenciais, e que a situação já se arrasta há muito tempo, deixando funcionários afastados das famílias. Na primeira pessoa, um dos funcionários afectados disse estar a sofrer de stress psicológico profundo, devido à falta de descanso e afastamento prolongado da família e rejeitou a ideia veiculada oficialmente pelo Governo de que todos os trabalhadores “têm muita vontade de integrar o trabalho em regime de circuito fechado dos lares”. “Estamos no fundo da cadeia alimentar e não temos hipótese de recusar este trabalho. Todos temos família. Como é que este arranjo não prevê situações de reunião familiar? Será que chegaram alguma vez a considerar que os funcionários dos lares também têm limites no que diz respeito à pressão psicológica que podem aguentar?”, pode ler-se numa carta publicada na página de Facebook do Sindicato dos Assistentes Sociais de Macau. Outro trabalhador conta que, muita da pressão psicológica sentida nestes dias por quem trabalha em circuito fechado nos lares de Macau, se deve ao facto de muitos, estarem impedidos de cuidar ou contactar com os seus filhos menores ou recém-nascidos, necessitando, muitas vezes, do auxílio de medicamentos para dormir. Além disso, com a entrada em vigor do decreto do Chefe do Executivo que confinou parcialmente Macau, foi partilhado, os funcionários deixaram de poder receber bens essenciais através das entregas feitas pelas famílias. “Na execução da medida, o Governo não teve em conta as necessidades dos funcionários dos lares”, disse um trabalhador. “Não estou desiludido com o regime de circuito fechado em si, mas desapontado por não existir qualquer indicação sobre datas concretas do seu fim ou atribuição de folgas. O Governo não pode resolver os problemas dos funcionários apenas com agradecimentos”, disse outro trabalhador. Apagar fogos Durante a conferência de actualização sobre a covid-19 de ontem, o Chefe de Departamento de Solidariedade Social do IAS, Choi Sio Un, revelou que os 36 lares subsidiados que se encontram a trabalhar em regime de circuito fechado, “já identificaram os trabalhadores que precisam de sair” e estão, neste momento, “a preparar locais para isolamento”. Além disso, revelou, um desses lares vai começar hoje o processo de substituição dos funcionários que pretendem sair, sendo esperado que, nos próximos dias, o mesmo comece a acontecer noutros lares para “promover o descanso dos trabalhadores”. “O IAS sabe que há falta de camas. Dispomos de camas dobráveis, podem contactar-nos. Os trabalhadores dizem que os seus familiares não conseguem entregar bens essenciais nos lares, mas apelamos para o cumprimento das medidas de prevenção, pelo que pedimos que fiquem em casa. Caso precisem de algum bem o IAS pode disponibilizar”, disse. Num comunicado divulgado na manhã de ontem, o IAS disse ainda que, para além de implementar “em breve” o plano de descanso por turnos “fora do circuito”, os lares estão a “considerar activamente” a atribuição de salários e subsídios adicionais aos funcionários que trabalham em circuito fechado.
Hoje Macau China / ÁsiaEsperança média de vida na China aumenta para os 78,2 anos A esperança média de vida na China, o país mais populoso do mundo, atingiu os 78,2 anos, em 2021, segundo dados divulgados hoje pela Comissão Nacional de Saúde chinesa. A média representa um crescimento de 0,27 anos, em relação à expectativa de 77,93 anos registada em 2020, de acordo com a agência noticiosa oficial Xinhua. A taxa de mortalidade materna no país asiático caiu de 16,9 mortes por 100 mil nascimentos, em 2020, para 16,1, em 2021. A Comissão também observou uma diminuição na taxa de mortalidade infantil, que passou de 5,4 mortes por cada mil bebés nascidos, para 5. A mesma fonte disse que as taxas de mortalidade entre mulheres grávidas, bebés e crianças menores de 5 anos caíram para os níveis mais baixos de sempre no país. Nas últimas décadas, a China avançou em muitos indicadores de saúde, como esperança média de vida e mortalidade infantil, embora os dados tendam a ser díspares entre as cidades costeiras mais desenvolvidas e as áreas do interior. De acordo com o último censo nacional, realizado a cada dez anos e apresentado em maio de 2021, a China tem cerca de 1,4 mil milhões de habitantes, embora o envelhecimento e as baixas taxas de natalidade preocupem as autoridades. Mais de metade das 31 províncias do país relataram um declínio populacional no ano passado. Mesmo as províncias com o maior número de nascimentos registaram a menor taxa em décadas. A população com idade superior a 60 anos representa já 18,7% da população total da China, com previsão de aumento para 28% até 2040, segundo a Organização Mundial da Saúde.
Hoje Macau China / ÁsiaMyanmar | Junta militar e Rússia assinam acordo para desenvolver energia nuclear A junta militar de Myanmar e a agência estatal russa de energia nuclear (Rosatom) assinaram um memorando de entendimento para cooperar no desenvolvimento da energia nuclear “para fins pacíficos”, noticiou hoje a imprensa oficial birmanesa. O líder dos militares, o general Min Aung Hlaing, autoproclamado primeiro-ministro após o golpe de Estado de 01 de fevereiro de 2021 em Myanmar (antiga Birmânia), iniciou uma visita à Rússia no domingo, a sua segunda viagem conhecida ao estrangeiro desde que tomou o poder. O militar birmanês, numa viagem que não tinha sido anunciada pelos meios de comunicação oficiais, assinou o acordo com o diretor-geral da Rosatom, Alexey Likhachev, segundo o jornal The Global New Light of Myanmar, controlado pelos militares desde o golpe de Estado. Segundo o jornal pró-governo, os dois homens discutiram os benefícios “no campo da cooperação tecnológica em energia atómica” para vários setores, como a alimentação e a indústria, “através da utilização pacífica da energia nuclear”. O golpe pôs fim a uma década em que se deram os primeiros passos para a democratização do país, entre 2011 e 2021, sob a liderança da Prémio Nobel da Paz birmanesa, Aung San Suu Kyi, atualmente presa numa cadeia da capital. As numerosas condenações e críticas aos abusos perpetrados pelos militares deixaram mais uma vez o país praticamente isolado a nível internacional. A junta militar anterior, que governou o país com mão de ferro de 1962 a 2011, também tinha exprimido, mas sem sucesso, ambições de desenvolver a energia nuclear, aproximando-se da Coreia do Norte, outro Estado isolado internacionalmente. O líder do golpe também se reuniu durante a viagem com o chefe da agência espacial russa, a Roscosmos, Dmitry Rogozin, e o diretor-executivo da Rosoboronexport, Alexander Mikheev, a principal agência estatal russa de exportação de armas. Naipyidó e Moscovo têm fortes laços diplomáticos e económicos, reforçados nos últimos meses após as condenações internacionais do golpe na Birmânia e da invasão russa da Ucrânia.
Hoje Macau China / ÁsiaChina deixa de testar produtos importados não congelados Os governos locais da China vão deixar de fazer testes à covid-19 em produtos importados, excepto congelados, anunciou ontem em comunicado a Comissão Nacional de Saúde chinesa. A mais alta autoridade sanitária da China assegurou que, com os requisitos implementados desde 2021, foram atingidos os objectivos “económicos e de segurança, eficiência e rapidez”. Esta mudança visa reduzir os custos das rígidas políticas de prevenção e controlo impostas pelo Governo central, desde que as autoridades do município de Pequim apontaram o salmão importado da Noruega como responsável por um surto ocorrido na capital chinesa, em Junho de 2020. Estudos revelam que os vírus têm um tempo de sobrevivência curto na superfície da maioria dos objectos à temperatura ambiente e, portanto, “as medidas devem ser actualizadas”, referiu a Comissão. Com as novas directrizes, os governos locais não precisam mais de testar alimentos ou outros produtos expostos à temperatura ambiente, lê-se na mesma nota. Outra conversa No entanto, alimentos refrigerados e congelados vão continuar a ser testados, mas os exportadores não vão enfrentar suspensões nas vendas se os seus produtos derem positivo nas alfândegas, acrescentou a agência. Desde o início da pandemia, a China suspendeu por diversas ocasiões as importações de produtos de alguns países por associarem as suas mercadorias congeladas a surtos de covid-19 em cidades chinesas. Produtos do Brasil, Argentina e Equador, entre outros países, foram apontados como responsáveis por casos positivos nos últimos dois anos, e os respectivos exportadores punidos, no âmbito da rígida política de ‘zero casos’ de covid-19 implementada pelas autoridades chinesas.
Hoje Macau China / ÁsiaLesados de bancos rurais recebem parte do dinheiro após protestos Os depositantes impedidos de retirar dinheiro de bancos rurais na China desde Abril vão poder recuperar parte dos fundos, anunciaram ontem os reguladores, após protestos que terminaram em confrontos entre lesados e a polícia. Os bancos rurais da China estão a ser duramente atingidos pelas políticas do Governo central para conter a bolha imobiliária e o endividamento na segunda maior economia do mundo. Abalados pela desaceleração económica, quatro bancos na província central de Henan suspenderam todos os levantamentos e transferências, desde meados de Abril. De acordo com cálculos da imprensa local, até 400.000 clientes, com um total de 40.000 milhões de yuans depositados naqueles bancos, foram afetados. A decisão dos bancos deu origem a manifestações esporádicas. No domingo, centenas de pessoas ergueram faixas e gritaram palavras de ordem nos degraus da entrada da agência do Banco Popular da China (banco central), na cidade de Zhengzhou, a capital da província central de Henan, que fica a cerca de 620 quilómetros a sudoeste de Pequim. Um vídeo difundido nas redes sociais mostra agentes de seguranças à paisana em confrontos com a multidão. Outros vídeos mostram manifestantes a serem empurrados nas escadas por seguranças vestidos com camisas brancas ou pretas lisas. Os manifestantes acusaram as autoridades locais de inacção e conluio com esses bancos. Algumas pessoas dizem que foram submetidas à violência por indivíduos não identificados e outras foram presas pela polícia. Pequenos depósitos Alguns depositantes vão poder recuperar o seu dinheiro, no entanto, disse ontem a Autoridade Reguladora de Bancos e Seguros da Província de Henan. Os clientes cujos depósitos sejam inferiores a 50.000 yuan vão ser reembolsados a partir de sexta-feira, disse o regulador, sublinhando que os termos de reembolso para outros aforradores vão ser anunciados posteriormente. “Fundos relacionados a [actividades] ilegais ou criminosas não vão ser reembolsados por agora”, acrescentou o comunicado. No domingo, a polícia anunciou a prisão de membros de uma organização criminosa, que acusam de controlar vários bancos locais, desde 2011, e de realizar transferências ilegais por meio de empréstimos fictícios.
Hoje Macau China / ÁsiaPresumível homicida de Shinzo Abe começou a planear ataque no outono passado O presumível homicida de Shinzo Abe começou a planear o ataque contra o ex-primeiro-ministro japonês no outono passado, segundo as informações recolhidas pela polícia japonesa, que também sugerem que o suspeito preparou a operação de forma meticulosa. As autoridades acreditam que o suspeito decidiu tentar matar Abe depois de ver uma mensagem de vídeo, em setembro do ano passado, gravada pelo ex-presidente para uma organização afiliada à Igreja da Unificação, que o suposto assassino “odiava”, segundo detalhes revelados pelos media japoneses. O detido, Tetsuya Yamagami, confessou à polícia que atacou Abe por causa das suas supostas ligações a uma organização religiosa que lhe causou problemas familiares. A filial japonesa da Igreja da Unificação já tinha confirmado que a mãe de Yamagami era membro desse grupo e não quis comentar as supostas doações que a mulher teria feito à organização e que a teriam levado à falência, de acordo com a história contada pelo detido. Yamagami também disse à polícia que pretendia inicialmente atacar algum líder da organização religiosa, antes de marcar Abe. O suspeito escolheu o comício que Shinzo Abe realizou na última sexta-feira, na cidade de Nara (oeste) depois de ter pensado em testar o ataque noutro discurso do político no dia anterior, num auditório de outra cidade e com acesso restrito. O comício da passada sexta-feira decorreu na rua, frente a uma estação de comboios e com um dispositivo de segurança composto por vários agentes, mas sem qualquer separação física entre o político e os cidadãos que o queriam ouvir, algo que é comum em eventos deste tipo no Japão. Yamagami foi ao local uma hora e meia antes do ataque, segundo as imagens captadas pelas câmaras de segurança, aparentemente em busca de uma posição ideal para por em prática o seu plano. Com uma arma semelhante a uma espingarda caseira, o atacante aproximou-se de Abe por trás e disparou uma primeira vez a uma distância de sete metros e, uma segunda, a cinco metros. A arma do crime consistia em dois tubos de metal fixados com fita adesiva e montados num painel de madeira. Era capaz de lançar até seis projéteis a cada disparo, o que lhe conferia maior precisão e letalidade, segundo o próprio atacante. Yamagami recebeu treino em montagem e uso de armas de fogo quando trabalhou para as Forças de Autodefesa Marítima do Japão (Exército), entre 2002 e 2005, e começou a fabricar as suas próprias armas há cerca de um ano, inspirado em vídeos que encontrou online. Segundo contou às autoridades, comprou na internet a pólvora usada no ataque. O Governo do Japão anunciou na segunda-feira que irá condecorar a título póstumo o ex-primeiro-ministro Shinzo Abe com o Colar da Ordem do Crisântemo, a mais alta condecoração do país, reconhecendo desta forma o contributo de Abe, que foi o primeiro-ministro nipónico que mais tempo se manteve no cargo, com um mandato em 2006 e outro entre 2012 e 2020.
Hoje Macau Manchete SociedadeConfinamento | Associações temem prolongamento com impacto nos salários Representantes de associações da área política e social temem que o encerramento de todos os espaços não essenciais se prolongue além da próxima segunda-feira, com a consequência da perda de salários para a maioria da população Várias associações de Macau disseram à Lusa acreditar que o confinamento parcial vai durar mais do que uma semana, lamentando a perda de salários dos trabalhadores face às medidas mais duras de combate à covid-19. “Quer funcione ou não, [o confinamento], pode durar mais do que apenas sete dias”, disse o presidente da Iniciativa de Desenvolvimento Comunitário, o ex-deputado Au Kam-San, no momento em que Macau encerrou, até segunda-feira, todas as actividades comerciais não essenciais, fechou casinos e ordenou à esmagadora maioria da população que permanecesse em casa. “Se o número de casos positivos não diminuir durante o período de sete dias do encerramento parcial, e não forem suficientes, então o Governo tentará por outros sete dias” afirmou Au Kam-San, para acrescentar, logo de seguida: “se o número de casos positivos for efectivamente reduzido, e uma vez que é eficaz, o Governo dirá que se (…) deve continuar”. No anúncio do confinamento parcial, as autoridades sublinharam que os empregadores ficam legalmente dispensados de pagar salários, com os funcionários a ficarem de licença sem vencimento, ou a gozar férias. Tal resulta em “perdas financeiras significativas”, até porque, para alguns trabalhadores que param por sete dias sem remuneração, trata-se de “uma questão de sobrevivência”, salientou Au Kam-San. “Que medidas tomou o Governo para permitir a sua sobrevivência? Qual é o plano do Governo?”, questionou. Respostas precisam-se Já deputada e vice-presidente da Federação das Associações dos Operários, Ella Lei Cheng I, frisou que, independentemente do tempo de confinamento, há uma resposta governamental que deve ser dada o quanto antes, até porque “ninguém sabe o que vai acontecer depois destes sete dias, ninguém pode calcular com 100 por cento de precisão se a comunidade estará activa depois destes sete dias”. A deputada e dirigente associativa expressou uma profunda preocupação com a economia porque “as empresas estão a enfrentar perdas ou pressões operacionais durante o confinamento parcial. Os trabalhadores são mais directamente afectados devido ao facto de tirarem legalmente a licença sem vencimento”. “[Por essa razão] Desejamos que o Governo distribua ajuda para combater a epidemia”, sustentou, salientando que as autoridades “precisam de optimizar as medidas de assistência económica o mais cedo possível”. “Quanto mais demorar, mais inconvenientes e dificuldades causará para a população, enquanto o seu trabalho estiver interrompido”, explicou Ella Lei Cheng I. Já o líder da Caritas Macau, Paul Pun, apesar de se manifestar preocupado sobretudo com as pessoas mais vulneráveis, disse concordar com a política local, lembrando também que “os empregadores não têm rendimentos durante este período e são incapazes de pagar salários”. Por isso, “as pessoas precisam de ser solidárias umas com as outras, e aqueles que podem dar-se ao luxo de o fazer farão o seu melhor”, afirmou, convicto, mas expressando dúvidas de que o confinamento geral se fique por esta semana. Paul Pun ressalvou que “a medida tem impacto em toda a população”, mas que “alguns grupos com mobilidade reduzida e vulnerabilidade têm de merecer particular preocupação”. No domingo, teve início uma nova série de quatro rondas de testagem massiva da população para controlar o actual surto de covid-19, que causou dois mortos e mais de 1.500 infectados. Com esta nova ronda, o número de testagens massivas vai totalizar dez num só mês.
Hoje Macau China / ÁsiaVendas de automóveis na China recuperam em junho após período de crescimento anémico As vendas de automóveis na China registaram uma subida homóloga de 3,4% no primeiro semestre de 2022, impulsionadas por um forte aumento no mês de junho, após as autoridades terem aliviado as medidas de prevenção epidémica. As vendas de automóveis no período entre janeiro e junho subiram para 10,4 milhões de unidades, de acordo com a Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis. Só no mês de junho aumentaram 41,2%, em relação ao mesmo mês do ano anterior, para 2,2 milhões unidades. Por seu lado, as vendas totais de veículos, incluindo camiões e autocarros, caíram 6,6%, em relação ao ano anterior no primeiro semestre, para 12,1 milhões de unidades, informou a mesma fonte. Mas em junho as vendas totais subiram 23,8%, para 2,5 milhões. O declínio nas vendas totais foi menos severo do que a estimativa de contração de 7,1%, divulgada na sexta-feira pela Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis, com base nos dados fornecidos pelas principais marcas. O crescimento nas vendas em junho foi mais forte do que a estimativa anterior de 20,9%. As vendas de automóveis na China foram abaladas pela quebra de confiança dos consumidores, face à desaceleração económica, causada pelas medidas de confinamento restritivas, impostas em regiões importantes para a economia do país. A produção de veículos foi também prejudicada pela escassez de semicondutores e pela interrupção nas cadeias de fornecimento. O abrandamento nas vendas é um golpe para as fabricantes globais, cujo aumento das receitas depende do mercado chinês, face a crescimentos anémicos nos Estados Unidos e na Europa. As vendas de veículos utilitários desportivos e sedans híbridos no maior mercado automóvel do mundo aumentaram 130%, em junho, para 596.000 unidades, segundo a CAAM.
Hoje Macau China / ÁsiaChina confirma um caso de cólera na Universidade de Wuhan (centro) A Universidade de Wuhan, no centro da China, confirmou ontem um caso suspeito de cólera detetado entre os seus alunos, no último sábado, informou a imprensa local. Um hospital local em Wuhan, cidade do centro da China onde foram diagnosticados os primeiros casos de covid-19, informou o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças local, no sábado, sobre um paciente com diarreia, vómito e febre baixa, todos sintomas causados pela bactéria “Vibrio cholerae”. Após os testes sorológicos, cujo resultado é emitido em 48 horas, as autoridades de saúde confirmaram que o estudante testou positivo para o sorogrupo vibrio cholerae O139, um dos dois que causam surtos de cólera e que, sem tratamento adequado, pode ser letal. O paciente iniciou imediatamente tratamento após o diagnóstico e os sintomas desapareceram, segundo as autoridades, que montaram um dispositivo de investigação para rastrear outras possíveis infeções. Diferentes instituições foram mobilizadas para gerir a testagem e monitoramento das pessoas afetadas. Os locais de risco de contágio foram temporariamente encerrados e desinfetados. Os alunos da Faculdade de Engenharia, na qual o aluno que testou positivo para a doença está matriculado, tiveram de realizar testes para determinar se há mais infetados. Na China, a cólera é considerada uma doença infecciosa classe A, e a época de alta incidência de infeções é entre maio e outubro de cada ano. De acordo com dados publicados anteriormente pelo Gabinete de Controlo e Prevenção de Doenças da Comissão Nacional de Saúde, entre 2020 e 2021, foram notificados 16 casos de cólera em todo o país, sem registo de óbitos.
Hoje Macau China / ÁsiaChina aconselha países asiáticos a recusarem ser peças de jogo de xadrez O chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, defendeu ontem que o Sudeste Asiático deve recusar o papel de “peça num jogo de xadrez”, após ter proposto aos Estados Unidos regras para “interações pacíficas” na região. Wang e o seu homólogo norte-americano, Antony Blinken, reuniram-se na ilha indonésia de Bali durante cinco horas no sábado, no seu primeiro encontro desde outubro, depois de terem participado numa reunião ministerial do G20 (as 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia). “Disse muito solenemente aos norte-americanos que os nossos dois lados devem considerar discutir o estabelecimento de regras para interações positivas na Ásia-Pacífico”, afirmou Wang ao discursar hoje na sede da ASEAN, em Jacarta, citado pela agência francesa AFP. O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês não especificou, contudo, quais seriam essas regras. Wang disse que muitos países asiáticos, incluindo os 10 que integram a Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), “estão sob pressão para tomar partido”. “Devemos manter a região afastada dos cálculos geopolíticos, da armadilha da lei da selva e de ser usada como peça de xadrez numa grande competição de poder”, afirmou. Apelou também aos países da ASEAN para se oporem à “falsa cooperação regional que exclui alguns países”, referindo-se a organizações de segurança e comércio lideradas pelos Estados Unidos que não incluem a China. Além da Indonésia, integram a ASEAN Brunei, Camboja, Filipinas, Laos, Malásia, Myanmar (ex-Birmânia), Singapura, Tailândia e Vietname. Timor-Leste e Papua-Nova Guiné são membros observadores da ASEAN. A China mantém há anos litígios com Vietname, Brunei, Malásia e Filipinas por várias ilhas localizadas na região. Em setembro de 2021, os Estados Unidos firmaram um pacto de defesa com a Austrália e o Reino Unido – conhecido por AUKUS, que junta as iniciais em inglês dos três países – para manter a região do Indo-Pacífico “livre e aberta”. Wang Yi criticou anteriormente o AUKUS, considerando que vai “contra o espírito de paz dos países da região”, e acusou os Estados Unidos de pretenderem criar uma “NATO no Pacífico”. “Esta é uma região que quer desenvolvimento e cooperação, não é um tabuleiro de xadrez. A China rejeita qualquer tentativa de criar círculos de influência”, disse, em março deste ano. Os Estados Unidos também mantêm com o Japão, a Austrália e a Índia uma aliança informal designada por Diálogo Quadrilateral sobre Segurança (Quad). Em maio, numa cimeira em Tóquio, os líderes dos quatro países alertaram contra qualquer mudança na ordem vigente pela força, preocupados com a crescente atividade militar e influência da China na Ásia-Pacífico. Na relação com os Estados Unidos, Pequim tem alertado que não irá tolerar qualquer interferência na questão de Taiwan, onde o anterior governo nacionalista chinês se refugiou em 1949, após a derrota na guerra civil com os comunistas. Apesar de viveram autonomamente desde então, a China considera Taiwan como parte do seu território, e não uma entidade política soberana, e ameaça usar a força se a ilha declarar a independência. Washington reconhece diplomaticamente Pequim e não Taipé, mas o Congresso dos Estados Unidos comprometeu-se a vender armamento a Taiwan para a defesa do território.
Hoje Macau China / ÁsiaColigação no Governo do Japão consolidou maioria nas eleições A coligação que governa o Japão consolidou a maioria no Senado nas eleições de domingo, marcadas pelo assassinato, dois dias antes, do ex-primeiro-ministro Shinzo Abe, cujo velório foi realizado ontem à noite em Tóquio. Os japoneses, ainda em choque, votaram no domingo para renovar metade da câmara alta do parlamento, a favor do Partido Liberal Democrático (PLD, direita nacionalista), do primeiro-ministro, Fumio Kishida, que considerou “importante que as eleições tenham decorrido normalmente”, apesar do contexto dramático. A coligação formada pelo PLD e pelo seu aliado Komeito obteve uma grande vitória eleitoral, conquistando 76 dos 125 assentos em jogo contra 69 antes da votação e passando a controlar 146 dos 248 lugares no Senado, segundo os resultados finais. Com outros dois partidos com os quais são possíveis alianças em certos temas, o PLD e o Komeito contam até com uma “supermaioria” de dois terços no Senado, o que potencialmente lhes permitirá abrir caminho para a revisão da Constituição pacifista do Japão, com a qual sonhava Shinzo Abe, ex-líder do LDP. Kishida afirmou ontem que a vitória eleitoral tornou possível “proteger o Japão” e continuar a luta de Abe, adiantando que quer “aprofundar o debate parlamentar sobre a Constituição de forma a poder desenvolver uma proposta concreta de alteração” com vista a um referendo. A principal força da oposição, o Partido Democrático Constitucional (PDC, de centro-esquerda) garantiu apenas 17 assentos (menos seis do que os que tinha antes da eleição). Por outro lado, 35 mulheres foram eleitas no domingo, um recorde nas eleições para a câmara alta japonesa. A participação foi de 52 por cento, contra 49 por cento nas eleições senatoriais anteriores em 2019. Na sombra de Abe A campanha eleitoral foi dominada em particular pelo aumento dos preços devido à subida dos custos do petróleo e outras matérias-primas e pelos riscos de falta de fornecimento de electricidade, já que a onda de calor que afecta o país desde o final de Junho levanta receios de interrupções na rede. A eleição foi ofuscada pelo ataque de sexta-feira a Abe, durante um comício eleitoral em Nara. O funeral deverá ocorrer hoje, no templo budista Zojoji, com a presença apenas de parentes de Abe, sendo depois seguido de uma homenagem pública em data posterior.
Hoje Macau China / ÁsiaAviação comercial na China regista perdas recorde no 1.º semestre do ano As perdas da aviação comercial chinesa ascenderam a 108,9 mil milhões de yuans, no primeiro semestre do ano, superando o total das perdas sofridas em todo o ano de 2021. “Devido ao impacto da pandemia da covid-19, a indústria caiu para um novo mínimo, no primeiro semestre do ano”, disse Song Zhiyong, director da Administração de Aviação Civil da China (CAAC, na sigla em inglês), citado pela imprensa local. A China, que mantém uma política de tolerância zero ao novo coronavírus, sofreu uma onda de surtos, entre Março e Junho, atribuídos à variante Ómicron, altamente contagiosa, que causou números recorde de infecções. Os surtos levaram ao confinamento da cidade de Xangai e outras áreas no nordeste e sudeste do país, assim como à imposição de restrições na circulação interna de pessoas. Durante esse período, o volume de voos caiu para 2.967 por dia, um valor que corresponde a cerca de 18 por cento do volume registado no mesmo período de 2019, antes do início da pandemia. A aviação civil chinesa transportou 118 milhões de passageiros no primeiro semestre de 2022, número que representa 36,7 por cento do volume registado no mesmo período de 2019, segundo a CAAC. Song Zhiyong lembrou que o sector obteve lucros, durante os 11 anos anteriores à pandemia. Em 2019, os lucros ascenderam a 54.900 milhões de yuans. No entanto, desde o início da pandemia da covid-19, a indústria acumulou perdas no valor de “quase 300 mil milhões de yuan”, disse Song. O responsável lamentou ainda a “crescente pressão de custos”, devido em parte à “forte subida dos preços internacionais do petróleo”, tendência que prevê que se mantenha durante o resto do ano. Circuito fechado A China autoriza também apenas um voo internacional por cidade e por companhia aérea, o que reduziu o número de ligações aéreas internacionais para o país em 98 por cento, face ao período pré-pandemia. Os voos para a China estão ainda sujeitos à política “circuit breaker” (‘interruptor’, em português), em que quando são detectados cinco ou mais casos a bordo, a ligação é suspensa por duas semanas. Caso haja dez ou mais casos, a ligação é suspensa por um mês. Para reduzir o tráfego aéreo internacional, as autoridades chinesas suspenderam, em Julho passado, a emissão de novos passaportes para a sua população, com excepções em casos de viagens de emergência, estudo ou trabalho.
Hoje Macau China / ÁsiaHenan | Detentores de depósitos em bancos em crise enfrentam polícia Detentores de depósitos em bancos chineses enfrentaram a polícia, no domingo, na província de Henan, num caso que já chamara a atenção após as autoridades tentarem usar a aplicação de rastreamento da covid-19 para impedir a mobilização Centenas de pessoas ergueram faixas e gritaram palavras de ordem nos degraus da entrada da agência do Banco Popular da China (banco central), na cidade de Zhengzhou, a capital da província central de Henan, que fica a cerca de 620 quilómetros a sudoeste de Pequim, segundo o jornal de Hong Kong South China Morning Post. Um vídeo difundido nas redes sociais mostra agentes de seguranças à paisana em confrontos com a multidão. Outros vídeos mostram manifestantes a serem empurrados nas escadas por seguranças vestidos com camisas brancas ou pretas lisas. Os manifestantes estão entre os milhares de clientes que abriram contas em seis bancos rurais em Henan e na província vizinha de Anhui que ofereciam taxas de juros mais altas. Os depositantes foram depois impedidos de retirar os seus fundos, após a imprensa local ter noticiado que o chefe da empresa que controla os bancos, e Henan Xincaifu Group Investment Holding, tinha fugido e é procurado por crimes financeiros. As faixas erguidas pelos manifestantes acusavam o Governo de Henan de “violência e corrupção” e pediam a intervenção do primeiro-ministro chinês: “Li Keqiang, venha investigar Henan!”. A Comissão Reguladora de Bancos e Seguros da província declarou no domingo à noite que está a “investigar a situação financeira” dos bancos e que “vai elaborar um plano de compensação em breve”. De acordo com cálculos da imprensa local, até 400.000 clientes, com um total de 40.000 milhões de yuans depositados naqueles bancos, podem ser afectados. Exame de código No mês passado, as autoridades de Henan foram acusadas de uso indevido da aplicação de rastreamento e armazenagem dos resultados dos testes para a covid-19, imprescindíveis para viajar e aceder a locais públicos na China, para impedir protestos pelos depositantes. O código QR de pessoas que tentaram deslocar-se até Henan, após os bancos locais terem suspendido transferências e levantamentos, ficou subitamente vermelho, o que impede viagens para outros territórios ou acesso a locais públicos, ao chegar a Henan ou mesmo antes de começarem a viagem. De acordo com os regulamentos daquela província, apenas podem ser atribuídos códigos vermelhos a pessoas que sejam casos confirmados de covid-19, contactos directos de casos positivos ou que cheguem do estrangeiro ou de zonas do país consideradas de risco. O assunto gerou debate na rede social Weibo – o equivalente local do Twitter, que está bloqueado no país asiático -, onde alguns internautas manifestaram a sua indignação pelo abuso de uma ferramenta de prevenção epidémica. “O código de saúde já se tornou uma ferramenta política”, lamentou um internauta. Cinco funcionários de Zhengzhou foram posteriormente punidos na sequência daquele caso.
Hoje Macau SociedadeCCP | Rita Santos reúne com secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais Rita Santos, na qualidade de presidente do conselho regional para a Ásia e Oceania do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP), reuniu na última sexta-feira com Bernardo Sousa Reis, chefe de gabinete do Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes. Um dos assuntos abordados foi a situação de 11 aposentados que “foram indevidamente tributados com o IRS”, sendo que António Mendonça Mendes terá prometido “que iria acompanhar este assunto para que seja resolvido com a maior brevidade possível”. Sobre a eliminação da obrigatoriedade do representante fiscal para muitas acções em Portugal, nomeadamente a aquisição de imóveis, ficou a promessa de enviar um resumo dos novos procedimentos, traduzido para chinês, para que os residentes de Macau possam ter conhecimento do assunto.
Hoje Macau China / ÁsiaPartido no poder sai reforçado em eleições parlamentares no Japão, revela projeção Os japoneses voltaram a mostrar hoje a sua confiança na coligação governamental liderada pelo conservador Partido Liberal Democrático (PLD), nas eleições para o Senado, de acordo com as primeiras projeções. Sem surpresa, o PLD – a que pertencia o ex-primeiro-ministro Shinzo Abe, assassinado na sexta-feira, durante um comício eleitoral – deverá obter entre 70 e 83 lugares dos 125 em disputa para a câmara alta do Parlamento (cerca de metade dos 248 totais), de acordo com uma projeção do canal público de televisão, NHK. A confirmar-se este resultado, a coligação no poder sai reforçada no Senado, dando mais margem de manobra para a afirmação da estratégia dos conservadores no Japão. “Penso que é importante que as eleições tenham podido realizar-se normalmente”, comentou o atual primeiro-ministro, Fumio Kishida, acrescentando que o seu partido vai centrar as suas atenções nos grandes temas da atualidade: o combate à pandemia de covid-19, a guerra na Ucrânia e o aumento da inflação. Dois dias antes, o chefe do Governo lamentou o ataque “bárbaro” contra Shinzo Abe, o seu antigo mentor, insistindo na importância de “defender eleições livres e justas, que são a base da democracia”, prometendo que nunca cederá à violência. Em Nara, no oeste do Japão, o assassínio de Shinzo Abe, um dos políticos mais populares do país, feriu profundamente e comoveu a nação, tendo sido recebidas mensagens de condolências de todo o mundo, incluindo países como a China e Coreia do Sul, com os quais o Japão tem uma relação muitas vezes conturbada. O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, em viagem pela Ásia, fará uma paragem em Tóquio, na segunda-feira, para apresentar as suas condolências pessoalmente. As autoridades japonesas informaram que haverá um velório, na noite de segunda-feira, e que o funeral do ex-primeiro-ministro se realizará na terça-feira, com a presença de familiares e amigos, no Templo Zojoji em Tóquio. O alegado autor do ataque, detido no local, confessou ter alvejado deliberadamente Shinzo Abe, explicando à polícia que estava desiludido com o partido do ex-primeiro-ministro. Os ‘media’ japoneses têm noticiado que Tetsuya Yamagami, de 41 anos, é um ex-membro da Força Marítima de Autodefesa (Marinha Japonesa), que terá usado uma arma caseira. De acordo com vários meios de comunicação, o alegado assassino disse aos investigadores que foi a Okayama (oeste), na quinta-feira, com a intenção de assassinar Abe, que estava a participar num evento, tendo desistido dos seus intentos quando percebeu as apertadas normas de segurança. Após ter estado suspensa por causa da notícia do ataque, a campanha eleitoral foi retomada no sábado com medidas de segurança reforçadas, enquanto a polícia de Nara admitiu falhas “irrefutáveis” no plano policial do comício onde Abe foi assassinado. A campanha eleitoral foi dominada pelos aumentos de preços e pelos problemas no fornecimento de eletricidade, enquanto a onda de calor que afetou o Japão desde o final de junho suscitou temores de falhas de abastecimento em diversas regiões do país. Num país frequentemente criticado pela falta de representação feminina nas suas instituições e na gestão das suas empresas, uma percentagem recorde de 33% de mulheres estava entre os 545 candidatos que se apresentaram a eleições. A vitória da coligação que suporta o Governo de Fumio Kishida, que defendeu uma política económica mais redistributiva a que deu o nome de “novo capitalismo”, não surpreendeu os analistas. A estreita cooperação do Japão com os aliados ocidentais para pressionar a Rússia contra a invasão da Ucrânia foi um dos pontos que terá pesado na escolha dos eleitores, segundo vários desses analistas, que apontam para um maior gasto com o orçamento de Defesa, nos próximos anos.
Hoje Macau PolíticaHo Iat Seng expressa “profundo pesar” pela morte de Shinzo Abe O Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, manifestou hoje “profundo pesar” pela morte do ex-primeiro-ministro nipónico, lembrando o papel de Shinzo Abe no reforço da cooperação entre o Japão e Macau em diferentes áreas. “O Chefe do Executivo, em nome do Governo da Região Administrativa Especial de Macau e em nome pessoal, expressou o mais profundo pesar pelo falecimento do antigo primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, e endereçou as mais sentidas condolências à sua família”, pode ler-se num comunicado do Gabinete de Comunicação Social do Governo de Macau. “No período em que Shinzo Abe assumiu o cargo de primeiro-ministro do Japão, a cooperação entre Macau e Japão alcançou progresso nas áreas do turismo, cultura, entre outras”, acrescentou a nota, que sublinha que o território irá “manter uma cooperação estreita com o Japão e contribuir para promover a relação de cooperação amigável entre a China e o Japão”. Shinzo Abe foi baleado mortalmente na sexta-feira quando discursava num comício de rua do Partido Liberal Democrático (LDP, no poder), perto da estação ferroviária de Nara, no oeste japonês. O político ainda foi transportado para o hospital, mas já em paragem cardiorrespiratória, tendo a morte sido confirmada poucas horas depois. Tetsuya Yamagami, o suspeito do ataque, encontrava-se desempregado desde maio, quando deixou de trabalhar numa empresa industrial em Kansai, no centro-sul do país. Entre 2002 e 2005 fez parte do exército nipónico, de acordo com o Ministério da Defesa do Japão. Abe foi primeiro-ministro em 2006-2007 e, depois, de 2012 a 2020, tendo sido o chefe de Governo mais jovem do pós-guerra, aos 52 anos, o primeiro nascido depois da Segunda Guerra Mundial e o que esteve mais tempo no cargo.
Hoje Macau SociedadePandemia | Consulado de portas fechadas até sexta-feira O Consulado-geral de Portugal em Macau e Hong Kong vai continuar de portas fechadas até sexta-feira, dia 15 de Julho, “atendendo à situação pandémica e à semelhança dos serviços públicos da RAEM”. Desta forma, os utentes que já tinham marcação para tratar de documentos vão ser contactados para o reagendamento da nova data. Permanecem os serviços mínimos para “situações de urgência” relativas a documentação, devendo contactar o Consulado através dos emails disponibilizados nas redes sociais e website ou através do número de telefone 28356660.
Hoje Macau SociedadeMedicina tradicional chinesa | Mais de 600 pessoas medicadas contra a covid-19 Um total de 684 pessoas que testaram positivo à covid-19, sejam assintomáticas ou com sintomas leves, foram tratadas com medicamentos da medicina tradicional chinesa (MTC). Segundo uma nota de imprensa, desde o dia 1, data em que arrancou o plano de tratamento alternativo de covid-19 com MTC, 817 pessoas “estavam dispostas a receber” este tratamento, mas apenas 684 puderam ser medicadas. Foram distribuídas quase 1.700 caixas de Cápsulas Lianhua Qingwen Jiaonang e cerca de 140 caixas de Cápsulas Huoxiang Zhengqi Jiaonang. As autoridades apontam que “as pessoas a quem foram administrados os medicamentos da MTC têm idades compreendidas entre os 2 e os 84 anos, sendo que um certo número delas são de nacionalidade estrangeira”. Relativamente aos pedidos de consulta, quase 1300 pessoas foram vistas por mestres de MTC, sendo que “mais de 70 pessoas administraram em simultâneo os dois medicamentos da MTC acima referidos”. Este plano de tratamento conta com a participação de 72 médicos de MTC voluntários. Segundo o Centro de Coordenação de Contingência do novo tipo de coronavírus, “o tratamento da MTC tem elevada aceitação”, sendo que, após a avaliação dos médicos, “a maioria das pessoas está apta a tomar as cápsulas de Lianhua Qingwen Jiaonang”. Ainda assim, “algumas pessoas preocupam-se de que as cápsulas de Lianhua Qingwen Jiaonang sejam de ‘natureza fria’ (negativa)”, mantendo, no entanto, a toma da medicação “após o esclarecimento e orientação por médicos de MTC”.