Hoje Macau EventosTelevisão | Morreu Angela Lansbury protagonista da série “Crime, Disse Ela”, aos 96 anos A actriz britânica Angela Lansbury, protagonista da série emblemática “Murder, She Wrote” (“Crime, Disse Ela”), e de filmes como “Gaslight” ou “The Picture of Dorian Gray”, morreu esta terça-feira aos 96 anos, em Los Angeles. A morte da actriz ocorre a poucos dias de completar 97 anos, lembrou a sua família num comunicado divulgado pela revista People. Embora Angela Lansbury tenha ficado conhecida no pequeno ecrã por interpretar a romancista Jessica Fletcher na série “Crime, Disse Ela”, a actriz foi nomeada por três vezes para os Óscares, por papéis secundários no “Gaslight (1945)”, “The Picture of Dorian Gray” (1946) ou “The Manchurian Candidate (1962)”. Em 2013, foi distinguida com Óscar honorário pela Academia de Hollywood. Lansbury conquistou cinco Tony Awards pelas suas performances na Broadway e um prémio pela sua carreira. “Crime, Disse Ela” permaneceu no topo das audiências durante 11 anos, até que a CBS, à procura de um público mais jovem para a noite de domingo, mudou a série para um horário menos favorável a meio da semana. Lansbury protestou vigorosamente sem sucesso e, como esperado, a audiência baixou e a série acabou por ser cancelada. Como recompensa, a CBS contratou filmes de duas horas do “Crime, Disse Ela” e outros especiais protagonizados por Lansbury. Esta série, juntamente com outros trabalhos para a televisão renderam a Lansbury 18 indicações para Emmy, mas nunca ganhou nenhum.
Hoje Macau SociedadeCrime | Quatro detidos por burla telefónica A Polícia Judiciária (PJ) deteve quatro pessoas suspeitas de burla telefónica, que terão lesado outras quatro vítimas em cerca de 200 mil patacas. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, um homem queixou-se às autoridades que uma mulher lhe terá ligado a fazer-se passar pela sua esposa alegando ter sido detida pela polícia do Interior da China. Como é usual nestes casos, o passo seguinte foi um pedido de ajuda para pagar uma caução de 100 mil patacas. Como a voz da esposa lhe soou semelhante, e como esta se encontrava de facto na China, o homem acedeu a pagar o dinheiro, não suspeitando do arranjo pouco habitual para o fazer. Sem ter de se dirigir a uma esquadra de polícia ou tribunal, a vítima acedeu a encontrar-se com o burlão no Largo de São Domingos para entregar a avultada quantia. Só no dia seguinte, quando o suspeito lhe pediu mais 50 mil patacas o residente apercebeu-se de que tinha sido burlado. A PJ recebeu queixas referentes a outros três casos de burlas semelhantes, em que as vítimas perderam um total de 100 mil patacas. As autoridades acabaram por identificar e deter na terça-feira o suspeito de receber o dinheiro no primeiro caso, assim como outros cúmplices na Praia Grande, Estrada do Repouso e Rua da Barca.
Hoje Macau SociedadeTaipa | Incêndio em supermercado suspeito de fogo posto Ontem de manhã, deflagrou um incêndio no supermercado Sam Miu, na Avenida Olímpica na Taipa. Segundo o jornal Ou Mun, por volta das 07h25, funcionários do supermercado detectaram fumo na sala onde estão instalados os sistemas de ar condicionado e ventilação. Porém, nada fizeram porque presumiram que o fumo seria proveniente de um restaurante vizinho. Por volta das 08h15, o fumo tornou-se mais denso o que levou à descoberta de caixotes de papelão em chamas. Recorrendo a extintores, os próprios funcionários do supermercado extinguiram o incêndio ainda antes da chegada dos bombeiros. No local foi descoberta uma ponta de cigarro, achado que fez com que o Corpo de Bombeiros notificasse a Polícia Judiciária. O gestor do supermercado afirmou que não se registaram perdas ou danos de maior nos equipamentos da superfície, mas que terá apelado às autoridades para encontrar e punir o responsável pelo incêndio. A polícia está a investigar a possibilidade de o caso ter resultado de fogo posto.
Hoje Macau PolíticaCódigo de localização | Wong Kit Cheng quer maior utilização A deputada Wong Kit Cheng fez ontem um apelo para que os cidadãos utilizem regularmente o código de localização, de forma a que o Governo possa saber sempre onde estiveram, em caso de haver um novo surto. A posição foi tomada em comunicado, na sequência da Semana Dourada e dos casos registados na cidade de Zhuhai, que a deputada disse serem importados, mas com origem desconhecida. “O código de localização é mais conveniente para as autoridades poderem seguir os registos dos itinerários mais depressa e de forma mais eficaz, e fazerem um melhor trabalho nos isolamentos”, afirmou Wong. Ao mesmo tempo, Wong pediu a todos os residentes que estiveram no Interior durante as recentes férias para se manterem a par das últimas informações e das medidas de controlo da pandemia, que podem passar pelo isolamento, e são constantemente actualizadas. A deputada da Associação das Mulheres pediu também aos residentes, e não-residentes, que atravessam diariamente a fronteira que façam os testes religiosamente, para evitarem criar situações de surtos para Macau. No comunicado, Wong Kit Cheng elogia ainda os residentes por considerar que ao longo dos últimos três anos têm sido sempre muito cooperantes com as autoridades e permitido um melhor controlo da pandemia. Ainda assim, não deixa de pedir às pessoas que administrem a quarta dose da vacina.
Hoje Macau China / ÁsiaDiário do Povo | Jornal assinala manutenção da política de ‘zero casos’ Os comentários no jornal estatal indicam que a estratégia chinesa de combate à pandemia não deverá sofrer grandes alterações a curto prazo O jornal oficial do Partido Comunista Chinês (PCC) defendeu ontem a estratégia ‘zero covid’, quando se esperava alterações na política, após o Congresso do PCC, que arranca no próximo dia 16 de Outubro. A política ‘zero casos’ de covid-19 é “sustentável” e “fundamental” para estabilizar a economia e proteger vidas, escreveu o Diário do Povo, num comentário. “A economia só pode estabilizar, a vida das pessoas ser pacífica e o desenvolvimento económico e social ser saudável quando a epidemia for travada”, observou o órgão oficial. “Devemos estar sobriamente conscientes de que a China é um país grande, com mais de 1,4 mil milhões de pessoas, disparidades regionais no nível de desenvolvimento e recursos médicos insuficientes”, apontou. O Diário do Povo considerou que o custo de coexistir com a doença seria superior ao de manter a estratégia actual. Também na segunda-feira, o jornal declarou a política como “científica e eficaz”. Os comentários sinalizam que Pequim vai manter a estratégia actual mesmo depois do 20.º Congresso do PCC, que arranca no dia 16 e deve servir para reforçar o estatuto do actual secretário-geral da organização, Xi Jinping. Sem tolerância A estratégia de ‘zero casos’ de covid-19 é assumida como um triunfo político por Xi. O país, onde o novo coronavírus foi detectado pela primeira vez, no final de 2019, registou cerca de 5.000 mortos pela doença, em comparação com mais de três milhões de óbitos na Europa e Estados Unidos. A abordagem chinesa inclui o isolamento de todos os casos positivos e contactos directos em instalações designadas, o bloqueio de distritos e cidades inteiras e a realização de testes em massa. Nas principais cidades do país é obrigatório realizar um teste PCR para detecção do novo coronavírus, a cada 48 horas, para aceder a espaços públicos. Os constantes bloqueios e isolamento de cidades inteiras têm um forte impacto nos sectores serviços, manufactureiro e logístico. O Banco Mundial já reviu em baixa a sua previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da China de “entre 4 por cento e 5 por cento” para 2,8 por cento, este ano. A estratégia contra a covid-19 implica também o encerramento praticamente total das fronteiras da China. O país reduziu o número de ligações aéreas internacionais em 98 por cento, face ao período pré-pandemia. Quem chega à China oriundo do exterior, tem que cumprir dez dias de quarentena num hotel designado pelo governo. Apesar destes esforços, a China continua a registar surtos. Na segunda-feira, foram detetados 1.989 casos, o maior número desde 19 de Agosto. O grupo japonês de serviços financeiros Nomura estima que cerca de 197 milhões de pessoas, em 36 cidades da China, que representam cerca de 20 por cento PIB do país, estão sob medidas de confinamento.
Hoje Macau SociedadePortuguês | João Veloso acredita que UM pode ser referencia no ensino O director do departamento de português acredita que a universidade pode posicionar-se “como uma instituição de referência para o ensino e a investigação em temas relacionados com a língua e as culturas em língua portuguesa” O novo director do departamento de Português defendeu que a Universidade de Macau (UM) tem “um potencial muito grande” para se tornar “a grande instituição de ensino da língua na Ásia”. João Veloso disse à Lusa que a UM “pode posicionar-se muito bem como uma instituição de referência para o ensino e a investigação em temas relacionados com a língua e as culturas em língua portuguesa” no continente asiático. O académico lembrou que o 36.º Curso de Verão de Língua Portuguesa da UM, realizado em Julho, atraiu “centenas de estudantes, sobretudo da Ásia, nomeadamente do Vietname, Camboja, Timor-Leste, Tailândia”, apesar de ter decorrido num formato totalmente ‘online’. Em Abril deste ano, Macau tinha levantado as restrições fronteiriças a estudantes universitários e profissionais do ensino estrangeiros, como professores portugueses. Quem chega do estrangeiro, ou de Hong Kong, continua a ser obrigado a cumprir uma quarentena de sete dias num hotel, seguido de três dias de “autovigilância médica” que pode ser feita em casa. Veloso admitiu que as restrições “dificultam muito, por exemplo, a vinda de estudantes de pós-graduação de outros países”. “O que nos está a faltar neste momento é a candidatura de alunos de outras paragens”, disse o académico, sublinhando que o departamento não sentiu qualquer queda no número de estudantes locais. O director defendeu que “o departamento tem todas as condições para receber alunos que vivem em países que estão a duas ou três horas de avião da China”, como alternativa a cursos em Portugal ou no Brasil. Optimismo limitado “Não temos neste momento muitos estudantes com esse perfil”, lamentou o português. “Há um sentimento de algum optimismo”, disse, quanto a um eventual relaxamento das restrições à entrada de estrangeiros sem estatuto de residente “já no próximo ano”. Mas, para já, as restrições “limitam um pouco o leque de selecção” de novos docentes, admitiu. O departamento perdeu recentemente duas professoras, incluindo a anterior directora Dora Nunes Gago, e tem recebido sobretudo “candidaturas de pessoas que já se encontram em Macau”, reconheceu. No entanto, Veloso sublinhou que as restrições não impedem “encontros em linha, projectos de investigação conjuntos e publicações conjuntas” com outras instituições, iniciativas que já estão planeadas. O académico lembrou que o território tem várias universidades “onde se ensina e se faz investigação sobre a língua portuguesa” e defende que a cidade deve “aproveitar esta rede de tantas pessoas e tantas instituições interessadas no português”. A nomeação de João Veloso como director do departamento de Português da Faculdade de Artes e Humanidades foi anunciada na segunda-feira, embora o académico tenha assumido funções a 1 de Julho. Desde 2018, que o académico era pró-reitor da Universidade do Porto, assumindo as pastas da Promoção da Língua Portuguesa e Inovação Pedagógica.
Hoje Macau PolíticaZona A | Nick Lei pede planeamento de trânsito para zona este O deputado Nick Lei defendeu, segundo o Jornal do Cidadão, um planeamento mais eficaz do trânsito na zona Este-2 da zona A dos novos aterros, para que seja garantida a coordenação com a comunidade residente. Este plano deve ainda corresponder ao planeamento geral do trânsito e transportes pensado para o território para os próximos dez anos. Como exemplo, o deputado entende que devem ser criados mais lugares de estacionamento e paragens de autocarro junto às escolas, para evitar engarrafamentos, uma vez que são esperados 96 mil residentes na zona A, bem como 32 mil fracções. Nick Lei considera também que o ambiente habitacional deve corresponder aos anseios dos residentes, uma vez que a maioria dos moradores das casas sociais serão idosos. Desta forma, devem ser garantidas as instalações complementares para os mais velhos. O deputado fez ainda um apelo para a participação do público na consulta pública sobre a área em causa, intitulada “Projecto do Plano de Pormenor da Unidade Operativa de Planeamento e Gestão (UOPG) Este-2”, que decorre até ao dia 5 de Dezembro. A primeira sessão acontece já no sábado. A UOPG Este-2 situa-se no lado leste da península de Macau, compreendendo a zona A dos Novos Aterros Urbanos e uma zona que será construída entre a península de Macau e a zona A destinada a zona verde ou de espaços públicos abertos, com uma área de 1,74 quilómetros quadrados. Este é o primeiro plano pormenor em discussão previsto na legislação em vigor e após a implementação do Plano Director.
Hoje Macau China / ÁsiaAgência de ‘rating’ adverte para riscos da dívida do acionista chinês da Mota-Engil O acionista chinês da Mota-Engil pode ter de reestruturar a dívida e otimizar operações, advertiu uma agência de ‘rating’, à medida que o abrandamento da construção na China coincide com uma crise cambial nos países em desenvolvimento. A agência de notação financeira China Chengxin International Credit Rating apontou que a China Communications Construction Group (CCCG) foi abalada pela crise de liquidez no setor imobiliário da China e por custos irrecuperáveis em projetos falhados nos países em desenvolvimento. “As mudanças na economia global e a pandemia da covid-19 aumentaram os riscos operacionais no exterior” para a China Communications Construction Co. (CCCC), a principal unidade do grupo, apontou a China Chengxin. A CCCG desempenha um papel importante na iniciativa de Pequim “Uma Faixa, Uma Rota”, um projecto internacional de infra-estruturas que prevê a construção de portos, linhas ferroviárias ou auto-estradas, a ligar o leste da Ásia à Europa, Médio Oriente e África. Visando expandir a sua influência em África e na América Latina, o grupo adquiriu 23% do capital da Mota-Engil, por 169,4 milhões de euros, em 2020. O grupo registou um lucro líquido de 30,5 mil milhões de yuans, em 2021, – um aumento de 70%, em relação a 2016. O valor total dos contratos obtidos pela empresa está a crescer e o grupo é “capaz” de garantir novos negócios, observou a agência de ‘rating’. Mas o aumento dos investimentos alinhados com a iniciativa do Governo chinês aumentou também o endividamento da CCCG. A dívida total duplicou, nos últimos cinco anos, para 1,84 bilião de yuans, no final de junho. A CCCC planeia investir 280 mil milhões de yuans, em 2022, mais 3% do que no ano passado. A empresa pode ter de restruturar as dívidas que resultam do financiamento de novos projetos, apontou a China Chengxin. Em 2020, os Estados Unidos colocaram a empresa numa ‘lista negra’, que limita o acesso a tecnologia norte-americana, devido ao seu papel na militarização do Mar do Sul da China. Entre janeiro e junho deste ano, a CCCC fechou 22% mais contratos além-fronteiras, por volume de negócio, do que no mesmo período de 2021, sobretudo em África e no Sudeste Asiático. Em setembro, a unidade anunciou um novo projeto rodoviário no Ruanda e a reforma de um porto nas Bahamas. O aumento das taxas de juro nos EUA e a subida do preço dos alimentos e energia, no entanto, ameaçam a rentabilidade desses projetos, face ao risco crescente de uma crise cambial nos países em desenvolvimento. A CCCG depende também cada vez mais do mercado imobiliário chinês. As receitas no exterior caíram para 13% do total dos negócios da empresa, em 2021, de um pico de 24%, em 2017. Enquanto isso, o setor imobiliário doméstico aumentou cerca de 6% para cerca de 14%. O presidente da CCCC, Wang Haihuai, disse, no mês passado, que existe uma proposta para fundir várias subsidiárias do grupo no setor imobiliário. A CCCG está interessada num “crescimento estável” e em “prevenir riscos”, afirmou.
Hoje Macau China / ÁsiaLíder da Coreia do Norte inaugura projeto agrícola em aniversário do partido O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, esteve presente na inauguração de um importante projeto agrícola no leste do país, por ocasião do aniversário do partido único norte-coreano, avançou hoje a imprensa estatal. Segundo a agência de notícias oficial norte-coreana, Kim participou na “cerimónia de inauguração” do projeto Ryonpho, na província de Hamgyong do Sul, na segunda-feira. O lançamento do projeto, que visa fornecer alimentos à segunda cidade do país, Hamhung (litoral leste), foi aprovado na reunião plenária do comité central do Partido dos Trabalhadores da Coreia, realizada em dezembro, referiu a KCNA. A exploração agrícola, com cerca de 280 hectares, várias estufas e um elevado grau de automação, foi descrita como “a referência” para a criação de um novo tipo de comunidade agrícola na Coreia do Norte. Nas últimas semanas, satélites captaram um aumento na atividade de construção em Ryonpho para que o local pudesse ser inaugurado para coincidir com o aniversário da fundação do partido único, celebrado na segunda-feira. A data foi comemorada com outros eventos em diferentes partes da Coreia do Norte, embora não tenha sido organizado qualquer desfile militar. Na segunda-feira, a KCNA publicou detalhes e imagens da série de lançamentos de mísseis que o regime realizou nas últimas quatro semanas, descritos pela agência como “exercícios nucleares táticos”. Nas duas últimas semanas, a Coreia do Norte fez pelo menos sete lançamentos de mísseis balísticos, numa série de testes de armamento. O sétimo lançamento ocorreu no sábado, horas depois de os Estados Unidos e a Coreia do Sul terem dado por terminado mais um exercício naval na costa leste da península coreana. Na quinta-feira, a Coreia do Sul informou que 12 aviões norte-coreanos sobrevoaram a região da fronteira comum, levando Seul a acionar 30 aparelhos militares para a mesma zona, como resposta à manobra de Pyongyang.
Hoje Macau China / ÁsiaBalança de pagamentos do Japão regista excedente pelo segundo mês consecutivo A balança de pagamentos do Japão registou um excedente pelo segundo mês consecutivo, com um saldo positivo de 58,9 mil milhões de ienes (417 milhões de euros) em agosto, avançou hoje o Governo. Ainda assim, o valor representa uma queda de 96,1% em relação ao mesmo mês de 2021 e uma descida de 74,3% face ao saldo positivo de julho, de acordo com os dados divulgados pelo Ministério das Finanças japonês. Os excedentes de agosto e julho contrastam com o défice que a terceira maior economia do mundo registou em junho, mês em que a balança de pagamentos caiu no vermelho, depois de cinco meses positivos. A balança de pagamentos do Japão permaneceu no positivo em agosto devido à balança de rendimentos, referente aos investimentos no estrangeiro, que registou um excedente de 3,3 biliões de ienes (23,4 mil milhões de euros), mais 46,8% do que em igual mês de 2021. Pelo contrário, a balança comercial japonesa teve um défice de 2,4 biliões de ienes (17,5 mil milhões de euros), devido à subida das importações, que cresceram 52,9%, para 10,55 biliões de ienes (74,5 mil milhões de euros). Já as exportações japonesas aumentaram 23,7% em comparação com igual período do ano passado, atingindo oito biliões de ienes. Também a balança de transferências teve um saldo negativo de 161,7 mil milhões de ienes (1,14 mil milhões de euros), ainda assim uma redução de 15,9% em comparação com o mês homólogo. A balança de serviços registou um défice de 615,9 mil milhões de ienes (4,3 milhões de euros) em agosto, três vezes mais do que em igual período de 2021. No ano fiscal de 2021, que se refere ao período entre 01 de abril de 2021 e 31 de março de 2022, o Japão teve um excedente de 12,6 biliões de ienes (92,8 mil milhões de euros), uma descida de 22,3%. A balança de pagamentos reflete os pagamentos e receitas do comércio exterior de bens, serviços, rendimentos e transferências, sendo considerado um dos mais amplos indicadores comerciais de um país.
Hoje Macau China / ÁsiaJornalista filipina e Nobel da Paz Maria Ressa vai recorrer de condenação por difamação A jornalista filipina Maria Ressa, prémio Nobel da Paz em 2021, vai recorrer ao Supremo Tribunal do país para evitar uma longa pena de prisão, anunciou hoje o advogado. A jornalista, que tem estado na vanguarda das críticas ao ex-Presidente filipino Rodrigo Duterte e aos métodos violentos na guerra antidroga, incorre numa pena de sete anos de prisão por difamação ‘online’. Maria Ressa e o jornalista russo Dmitri Muratov receberam o prémio Nobel da Paz em outubro de 2021 pelos esforços para promover a “liberdade de expressão”. O trabalho da jornalista no ‘website’ de notícias Rappler levou ao que os defensores da liberdade de imprensa consideraram uma série de ataques ‘online’ e acusações criminais contra Ressa e os meios de comunicação social onde trabalhou. O caso segue para o Supremo Tribunal das Filipinas, disse o advogado Ted Te, numa declaração. O tribunal de recurso que a condenou, este mês, por difamação ‘online’, juntamente com o antigo colega Rey Santos, recusou-se na segunda-feira a reconsiderar a decisão. A rejeição, que o advogado descreveu como dececionante, “ignorou todos os princípios fundamentais do direito penal e constitucional, assim como as provas fornecidas”, acrescentou. Os dois jornalistas, Maria Ressa e Rey Santos, que foram condenados em primeira instância em 2020, “levarão estas questões ao Supremo Tribunal”, ao qual “pediremos para rever e anular” a decisão do tribunal de recurso, acrescentou Ted Te.
Hoje Macau Sociedade‘“928 Challenge” | Startups’ chinesas dominam competição em Macau A segunda edição do “928 Challenge”, uma competição para ‘startups’ entre os países de língua portuguesa e a China, atraiu 249 equipas universitárias e empresariais, 70 por cento das quais são chinesas, disse ontem a organização. Marco Rizzolio, co-fundador da competição, disse à Lusa que “há grande interesse” dos chineses numa competição “internacional, que abre portas para fora” do país. “Mas há interesse dos dois lados”, acrescentou Rizzolio, sublinhando que o “928 Challenge” atraiu “equipas de todos os países de língua portuguesa”, porque a China “é o segundo maior mercado mundial”. Na primeira edição do “928 Challenge”, aberta apenas a equipas universitárias, inscreveram-se 153 equipas com quase 800 estudantes, sendo que 89 entregaram em Outubro de 2021 projectos desenvolvidos. Com o alargamento das candidaturas a empresas, a competição atraiu mais 100 equipas, com um total de 1.256 inscritos para um ‘bootcamp’ ‘online’ de 15 dias. Durante a primeira semana do ‘bootcamp’, especialistas “deram a conhecer aos participantes o ambiente de negócio” dos países lusófonos e da Grande Baía, disse Rizzolio. Segunda parte Já na segunda semana, que começou ontem, a organização ajuda as equipas a “preparar bem” os planos de negócios orientados para a sustentabilidade, disse Rizzolio. No caso das empresas, trata-se de “adaptar o serviço ou produto que faça a ponte entre a China e os países de língua portuguesa”, acrescentou o coordenador do projecto. Os melhores 16 planos serão apresentados ao júri e a potenciais investidores na final, marcada para 29 de Outubro, durante a Feira Internacional de Macau, disse Rizzolio. Durante a apresentação da segunda edição da competição, em Abril, um outro coordenador do projecto, José Alves, tinha admitido ter esperança num eventual alívio das restrições devido à pandemia que permitisse aos finalistas irem à região chinesa apresentar os projectos. O vencedor da primeira edição, um projecto de produção de vacinas probióticas para peixes de aquacultura, da Universidade do Porto, já obteve fundos da União Europeia, mas os alunos ainda não puderam ir a Macau, lamentou em Abril José Alves, também director da Faculdade de Business da Universidade Cidade de Macau. O concurso tem a organização conjunta do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau) e de várias universidades de Macau e da Grande Baía e da Universidade Estadual do Rio de Janeiro.
Hoje Macau EventosFRC | Exposição de Emílio Cervantes Júnior para ver a partir de quarta-feira A Fundação Rui Cunha (FRC) apresenta, a partir de quarta-feira, a exposição de pintura “Inspiração – Paisagens Antigas de Macau”, do falecido artista nascido no México e radicado em Macau, Emílio Cervantes Júnior. A curadoria da mostra está a cargo de Joana Cervantes Nogueira. Podem ser vistas 33 obras a óleo, aguarela, guache e tinta-da-china que revelam imagens de Macau, das suas ruas, edifícios, barco e pessoas, pintadas ao longo de 17 anos. Emílio Cervantes Júnior nasceu a 9 de Julho de 1931 no México, mas veio viver para Macau com cinco anos de idade, com os pais, tendo ficado no território até ao fim da sua vida. O artista fez carreira militar, tendo estacionado no Quartel General em Macau até a sua reforma. Mas era um homem de interesses variados, dedicando-se igualmente ao desporto local e à música. Pertenceu à orquestra da Tuna Negro-Rubro, do Dr. Pedro José Lobo, onde tocava clarinete, saxofone, banjo, viola e outros instrumentos. As obras vão estar expostas na Galeria da FRC até ao dia 29 de Outubro de 2022. Na quarta-feira, a inauguração tem lugar às 18h30.
Hoje Macau China / ÁsiaPatentes | País tem mais de três milhões de invenções domésticas O número de patentes de invenção válidas na parte continental chinesa ultrapassou os três milhões, com um crescimento no campo de tecnologias digitais, informou a Administração Nacional de Propriedade Intelectual no domingo. Até Setembro, havia mais de 3,15 milhões de patentes de invenção válidas detidas na parte continental chinesa, disse Ge Shu, funcionário da administração, numa conferência de imprensa, comunica a Xinhua. Mais de 30 por cento das patentes chinesas pertenciam a indústrias emergentes estratégicas, como veículos de nova energia, criatividade digital e fabricação de equipamentos de ponta, e 13 por cento têm um prazo de patente de mais de 10 anos, de acordo com o funcionário. Até Julho, 326 mil empresas chinesas detiam 2,09 milhões de patentes de invenção válidas. Ge realçou o crescimento de patentes no campo de tecnologias digitais, e disse que a tecnologia de computação, as medições e as comunicações digitais foram as três principais indústrias no número de patentes de invenção válidas na China até Julho. O número de patentes tem fortalecido ainda mais o status internacional da China como uma potência de inovação, disse Ge.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Pequim elogia apelo de Musk a reunificação pacífica Os recentes comentários do patrão da Tesla sobre a reunião pacífica da ilha com o país caíram bem junto das autoridades chinesas A China manifestou ontem “satisfação” com o apoio demonstrado por Elon Musk a uma “reunificação pacífica” do país com Taiwan, enquanto Taipé criticou os comentários do presidente executivo da fabricante de veículos eléctricos Tesla. A porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Mao Ning, disse em conferência de imprensa que espera ver “mais e mais pessoas” a serem capazes de “entender e apoiar” a reunificação da ilha com a China continental. Citado pelo jornal Financial Times, Musk afirmou que Taiwan devia tornar-se uma região administrativa especial da China, à semelhança de Hong Kong e Macau. “A minha sugestão seria estabelecer uma região administrativa especial que fosse razoável e viável para Taiwan, mas isso pode não satisfazer toda a gente”, disse o empresário norte-americano. “Acho que eles [Taiwan] podem chegar a acordos mais flexíveis do que aquilo que foi feito em Hong Kong”, acrescentou. Também o embaixador da China em Washington, Qin Gang, reagiu às declarações de Musk, afirmando, na rede social Twitter, que a “reunificação pacífica” e o modelo ‘um país, dois sistemas’, são os “princípios base da China para resolver a questão de Taiwan”. “Desde que a soberania, a segurança e os interesses de desenvolvimento da China sejam garantidos após a reunificação, Taiwan desfrutará de um alto grau de autonomia, como região administrativa especial, e amplo espaço para se desenvolver”, acrescentou Qin. Reverso da medalha O Partido Democrático Progressista (PDD), actualmente no poder em Taiwan, enfatizou através do Gabinete para os Assuntos do Continente chinês que “Taiwan não aceitará” a proposta do empresário, que “considera apenas os interesses dos seus investimentos”. Mais de 30 por cento dos veículos da Tesla são produzidos na fábrica do grupo em Xangai, a “capital” económica da China. O país asiático é também o segundo maior mercado da marca, a seguir aos Estados Unidos. Washington reconhece desde 1979, a liderança em Pequim como o único governo legítimo de toda a China, tendo rompido os contactos oficiais com Taipé. No entanto, os Estados Unidos continuam a ser o maior aliado e fornecedor de armas de Taiwan.
Hoje Macau SociedadeCrime | Insulta polícia em três línguas e é detido Um residente de 52 anos foi preso depois de ter insultado um polícia em três línguas, incluindo português. A informação foi revelada ontem pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), e citada pelo canal chinês da Rádio Macau. O caso terá acontecido no domingo, quando o homem circulava num táxi que foi parado numa operação stop. Insatisfeito com a situação e com o pedido para mostrar o bilhete de identidade de residente, o homem insultou o agente. Apesar de lhe ter sido pedido que se moderasse, o homem continuou os insultos em português e inglês, o que levou o polícia a ligar a câmara de serviço, a captar mais insultos. Após ter sido detido, o residente revelou trabalhar na segurança de um casino e recusou cooperar com as autoridades. O caso foi entregue ao Ministério Público e o indivíduo está a ser investigado pelo crime de injúria agravada, que prevê uma pena que pode chegar a quatro anos de prisão.
Hoje Macau PolíticaEducação | Ultramarinos querem material escolar mais patriótico Apesar da crise económica, a Associação Geral dos Chineses Ultramarinos de Macau considera que a principal prioridade do Governo para o próximo ano deve passar pela inclusão nos manuais escolares da história da Praça da Flor de Lótus, do Museu das Ofertas sobre a Transferência de Soberania de Macau e da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau. A ideia foi defendida pelo vice-presidente da associação, Lao Nga Wong, num encontro com a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Iong U. A recepção da associação à secretária foi justificada pelas Linhas de Acção Governativa e foram deixadas quatro sugestões para o Executivo. Além do ensino da história dos monumentos ligados à soberania chinesa, apresentada como a primeira prioridade, Lao Nga Wong destacou também a necessidade de manter as medidas de prevenção pandémicas actuais, apesar de reconhecer que é preciso aumentar o número de turistas. Para o próximo ano, a Associação Geral dos Chineses Ultramarinos de Macau defendeu ainda como prioridade a promoção da Medicina Tradicional Chinesa, através dos mercados do sudeste asiático, onde há uma grande presença da comunidade chinesa, e o aumento da taxa e vacinação contra a covid-19, principalmente entre os idosos. Por sua vez, a secretária Elsie Ao Ieong U agradeceu à associação a promoção do patriotismo, e o apoio prestado ao Governo na implementação das políticas de controlo da pandemia.
Hoje Macau DesportoTenista norte-americano Taylor Fritz conquista torneio de Tóquio O tenista norte-americano Taylor Fritz, 11.º classificado do ‘ranking’ ATP, conquistou ontem o torneio de Tóquio e arrecadou o terceiro troféu da temporada, ao vencer na final o compatriota Francis Tiafoe em dois ‘sets’. Na decisão perante o 19.º da hierarquia mundial, Fritz impôs-se pelos parciais de 7-6 (7-3) e 7-6 (7-2), num encontro que durou uma hora e 58 minutos. Taylor Fritz, que completa 25 anos este mês, arrecadou o terceiro troféu este ano, depois de vencer o Masters 1.000 de Indian Wells, em março, e o torneio de Eastbourne (ATP 250), em junho, onde, de resto, já tinha vencido o primeiro título da carreira, em 2019. Com esta conquista, Fritz deverá ascender, pela primeira vez na carreira, ao ‘top-10’ mundial, sendo o primeiro norte-americano a consegui-lo desde novembro de 2017, sucedendo a Jack Sock.
Hoje Macau DesportoBasquetebol | Taça Wynn Circuito de 3X3 da Grande Baía começa hoje Tem hoje início a competição de basquetebol de três intitulada Taça Wynn Circuito de 3X3 da Grande Baía, organizada pelo Instituto do Desporto e Companhia de Recreação e Produção STARMAC, Ltd., contando ainda com o apoio da Wynn Macau. As provas decorrem nos próximos sete dias em locais como as Ruínas de São Paulo, Largo do Pagode da Barra, Praça de Tap Seac e Wynn Palace. As provas eliminatórias de finais de grupo aberto e grupo feminino terá lugar entre hoje e quarta-feira, e as finais do grupo de grande Baía procederá de sexta-feira a domingo. Para além dos primeiros oito classificados das diferentes etapas das cidades e Grande Baía participarão nas Finais do Grupo de Grande Baía, o evento atraiu ainda a participação de 72 equipas de Grupo Aberto e 33 equipas de Grupo Feminino. Não será necessário adquirir bilhete para assistir às provas que decorrem entre hoje e sábado. Por sua vez, para as provas de semi-finais e finais de grupo, que decorrem no domingo, último dia da competição, são necessários bilhetes com um custo de 100 patacas. Os mesmos estão à venda entre quarta e quinta-feira, das 14h às 19h, no relvado da porta sul de Wynn Palace e na praça de Tap Seac, cada pessoa poderá comprar dois bilhetes.
Hoje Macau DesportoJapão e China apuram-se para os quartos de final do Mundial de voleibol feminino As seleções femininas de voleibol do Japão e da China venceram ontem os Países Baixos (3-0) e a Bélgica (3-0), respetivamente, e qualificaram-se para os quartos de final do Mundial, a decorrer na Polónia e nos Países Baixos. No fecho do Grupo E da segunda fase da prova, o Japão venceu a seleção anfitriã neerlandesa por 3-0, pelos parciais de 25-23, 25-23 e 25-21, e vai defrontar terça-feira nos quartos de final o Brasil, em Apeldoorn, nos Países Baixos. A China venceu a Bélgica também por 3-0, pelos parciais de 25-18, 25-18 e 27-25, e vai defrontar nos quartos de final a Itália, campeã europeia e vice campeã mundial, também na terça-feira e no mesmo local. Os outros dois jogos dos quartos de final do Mundial já estavam definidos desde sábado, com a campeã em título Sérvia a defrontar a anfitriã Polónia e os Estados Unidos a Turquia, também na terça-feira, na cidade polaca de Gliwice. Os vencedores dos jogos Sérvia-Polónia e EUA-Turquia encontram-se na meia-final de quarta-feira, em Gliwice, e os dos encontros Itália-China e Brasil-Japão marcam presença na de quinta-feira, em Apeldoorn. A final decorre sábado, em Apeldoorn. As seleções teoricamente mais fortes à partida para o Mundial de 2022, com exceção da dos Países Baixos, uma das anfitriãs, que defendia o quarto lugar no Mundial2018 e o quarto no Europeu2021, garantiram a presença nos quartos de final. São os casos da Sérvia, campeã mundial e ‘vice’ europeia, da Itália, campeã europeia e vice mundial, dos Estados Unidos, medalha de ouro nos Jogos Olímpicos Tóquio2020 e campeão mundial em 2014, Brasil, medalha de prata no Japão, e China, medalha de bronze no último Mundial.
Hoje Macau SociedadeMacau recebe quatros prémios PATA Gold Awards 2022 Macau foi galardoada com um Grand Award e três Gold Awards nos PATA Gold Awards 2022, organizados pela Associação de Turismo da Ásia Pacífico (Pacific Asia Travel Association – PATA). Entre os vencedores locais, a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) recebeu um PATA Gold Award em Campanha de Marketing pela promoção das Semanas de Macau no Interior da China, enquanto o Instituto de Formação Turística de Macau, a Wynn Macau e a Sands China foram reconhecidos com prémios por iniciativas em diferentes áreas de Sustentabilidade e Responsabilidade Social. O anúncio dos vencedores dos PATA Gold Awards 2022 foi feito na sexta-feira, numa cerimónia online em directo que contou com a participação da directora da DST, Maria Helena de Senna Fernandes. A indústria turística de Macau recebeu um dos dois Grand Awards e três dos 23 Gold Awards atribuídos este ano pela PATA.
Hoje Macau DesportoF1 | Verstappen vence no Japão e conquista título mundial O neerlandês Max Verstappen (Red Bull) venceu ontem um atribulado Grande Prémio do Japão de Fórmula 1 e conquistou o segundo título mundial consecutivo da carreira, apesar de só se terem cumprido 28 das 53 voltas previstas. A chuva que se abateu sobre o circuito provocou uma série de incidentes na primeira volta, que levou à amostragem da bandeira vermelha que interrompeu a prova. Com uma janela de três horas para concluir a corrida, a prova acabou por ser retomada quando faltavam apenas 41 minutos para esgotar o prazo, o que permitiu realizar 28 voltas. Verstappen cortou a meta com o tempo de 3:01.44,004 horas, deixando o segundo classificado, o monegasco Charles Leclerc (Ferrari), na segunda posição, a 26,763 segundos, e o mexicano Sérgio Pérez (Red Bull) em terceiro, a 27,066. No entanto, Leclerc acabaria penalizado por cinco segundos, por ter cortado caminho na penúltima curva, quando lutava pela segunda posição com Pérez. Com a penalização, o monegasco baixou à terceira posição, a 31,763 segundos de Verstappen, o suficiente para o neerlandês poder festejar a conquista do segundo campeonato. A dúvida pairou porque foi cumprida pouco mais de 50 por cento da distância de corrida prevista. Mas o facto de a prova ter sido retomada e o vencedor ter cruzado a meta em condição de corrida (portanto, sem a prova ser interrompida por bandeiras vermelhas antes de poder terminar), foi o suficiente para ser atribuída a pontuação máxima nesta 18.ª das 22 rondas da temporada. O próprio Max Verstappen não estava convencido de ter conquistado o título, comentando com Sérgio Pérez que não era campeão na sala de descanso que antecede a cerimónia do pódio. Só nessa altura, perante a insistência da organização, ficou convencido que tinha mesmo conquistado o segundo campeonato da carreira, aos 25 anos. Mas a prova em si foi bastante atribulada. Depois dos piões do alemão Sebastian Vettel (Aston Martin) e do chinês Zhou Guanyu (Alfa Romeo), o espanhol Carlos Sainz (Ferrari) despistou-se com violência e obrigou à entrada do ‘safety car’ para retirada do carro da pista. O francês Pierre Gasly (Alpha Tauri) acabou com um painel publicitário preso na frente do seu carro e teve de ir às boxes mudar o nariz do monolugar. Entretanto, o tailandês Alexander Albon (Williams) também se despistou. Sempre a abrir Max Verstappen, que partia do primeiro lugar, manteve o comando e foi ‘cavando’ uma distância segura para Leclerc, a braços com uma degradação mais rápida dos seus pneus, que culminou com a saída de pista na última volta, que lhe custou a penalização de cinco segundos e que valeu a conquista do campeonato a Verstappen. “Estava a lutar com os pneus. Parabéns para o Max pelo seu segundo título. É frustrante, o ritmo não esteve lá. Pensei que não haveria pontos completos, afinal houve. Por isso, foi uma surpresa ver o Max campeão. A degradação dos pneus foi enorme. Mesmo que o tivesse passado, não teria ganho. Na última curva bloqueei e fui em frente. Foi um erro”, admitiu Leclerc, no final. O neerlandês passou a somar 366 pontos no Mundial, mais 114 do que Sérgio Pérez, que é agora segundo e tem 253. Leclerc baixou à terceira posição, com 252. Com quatro provas por disputar, estão 112 pontos em jogo. Entre os construtores, a Red Bull lidera, com 619 pontos, contra os 454 da Ferrari e os 387 da Mercedes.
Hoje Macau China / ÁsiaEUA impede que empresas e indivíduos chineses comprem semicondutores O Departamento do Comércio dos EUA anunciou sexta-feira que vai impedir que empresas e indivíduos chineses comprem alguns semicondutores e materiais norte-americanos. A ordem visa impedir que empresas ou indivíduos chineses tenham acesso a microchips ou componentes fabricados nos EUA, o que vai limitar a sua capacidade de produção das peças necessárias ao funcionamento de supercomputadores ou sistemas militares avançados. A possibilidade de esta medida ser tomada tinha sido avançada durante a última semana por vários meios. “O Partido Comunista Chinês dedicou uma grande quantidade de recursos a desenvolver capacidades de computação avançada e pretende ser líder na inteligência artificial até 2030”, comentou a subsecretária para a Gestão de Exportações do Departamento, Thea Rozman, em comunicado. O anúncio de restrições ocorre poucas semanas depois de o Congresso ter aprovado uma lei para estimular a produção de microchips nos EUA. Na quinta-feira, a IBM anunciou que vai investir 20 mil milhões de dólares no Estado de Nova Iorque nos próximos 10 anos, projecto apoiado directamente pelo Presidente Joe Biden, que o apresentou como exemplo dos resultados produzidos pelo seu plano de fomento da produção de microprocessadores e outros produtos relevantes em território norte-americano. Já sábado, Biden, em visita a uma fábrica da Volvo, voltou a realçar os investimentos “históricos” que estão a ser feitos nos EUA para produção de numerosos produtos. China critica medidas Por seu lado, a China criticou os EUA por ter decidido reforçar o controlo à exportação de ‘chips’ de computação, acusando o país de violar as regras comerciais e internacionais. “Pela necessidade de manter a sua hegemonia no que se refere à tecnologia científica, os EUA abusam das medidas de controlo à exportação para bloquear e suprimir maliciosamente as empresas chinesas”, defendeu o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Mão Ning, citado pela agência Associated Press (AP). Pequim considera que tal decisão vai prejudicar os interesses das empresas chinesas, mas também das americanas. Na sexta-feira, os EUA actualizaram a lista de controlo à exportação, incluindo determinados ‘chips’ de computação de alto desempenho e equipamentos utilizados para a fabricação de semicondutores. Washington defendeu que esta actualização surge para proteger a segurança nacional e os interesses da política externa. As relações entre os EUA e a China têm-se deteriorado nos últimos anos devido a questões ligadas à tecnologia e segurança.
Hoje Macau China / ÁsiaBiógrafo de Xi Jinping | Sistema chinês é “mais flexível” do que parece Xi Jinping “não é o novo Mao Zedong”, nem o sistema político chinês é “monolítico”, defendeu Alfred L. Chan, autor de uma biografia do Presidente da China, lembrando que o país asiático é “complexo” demais para “caracterizações simples”. Chan descreveu Xi como um líder autoritário com uma vertente liberal. “Eu diria que ele tem os dois lados”, disse à Lusa o autor de “Xi Jinping: Political Career, Governance, and Leadership, 1953-2018”. Apesar de ter ressuscitado alguns dos valores de Mao, o fundador da República Popular da China, que governou o país entre 1949 e 1976, Xi mantém uma relação de co-dependência com outras estruturas de poder na China, incluindo o Conselho de Estado, que está sob alçada do primeiro-ministro, Li Keqiang, e reúne 22 ministérios. “Na tomada de decisões, sem dúvida, a responsabilidade passa por Xi Jinping (…) mas as decisões importantes são submetidas a amplas consultas e intenso debate”, descreveu. “Essas decisões também contam com uma enorme burocracia, composta por cerca de seis milhões de pessoas, para serem implementadas”, frisou. O académico apontou a redução da pobreza e a reforma do sistema judicial como medidas “progressistas” do líder chinês. A nível externo, algumas das políticas lançadas por Xi são também “guiadas por princípios liberais”, defendeu. “A iniciativa ‘Uma Faixa, Uma Rota’, por exemplo, visa o comércio livre, investimento, interdependência e cultivo de parcerias”, disse. Lançado por Xi, o gigantesco plano internacional de infra-estruturas inclui a construção de ligações ferroviárias, auto-estradas, aeroportos e zonas de comércio livre, visando abrir novas rotas comerciais em regiões pouco integradas na economia global, incluindo Leste Asiático, Ásia Central ou África. Deng Xiaoping, arquiteto-chefe das reformas económicas que abriram a China ao mundo, procurou basear a tomada de decisão num processo de consulta colectiva, afastar o Partido Comunista de órgãos administrativos do Estado e descentralizar a autoridade pelas províncias e localidades, visando evitar os excessos maoistas que quase destruíram a China. Sob a direcção de Xi, no entanto, o Partido Comunista Chinês voltou a penetrar na vida política, social e económica da China, enquanto o poder político se centrou na sua figura. Este mês, Xi deve voltar a quebrar com a tradição política das últimas décadas, ao obter um terceiro mandato como secretário-geral do PCC, no 20º Congresso do Partido, que arranca no dia 16. Alfred L. Chan descartou, porém, a possibilidade de Xi almejar a tornar-se “líder vitalício”. “Como homem do Partido e da organização, Xi percebe que uma transição [de poder] suave é absolutamente importante para a sobrevivência do PCC”, observou. “Mesmo um terceiro mandato depende de muitos factores, como o seu estado de saúde ou o apoio partidário”, explicou. Até há menos de um ano, Xi parecia beneficiar de um ascendente imparável: em 2018, uma emenda constitucional abriu caminho à sua permanência no poder; em 2021, um plenário do Comité Central aprovou uma resolução sobre a História do PCC, que elevou a sua posição na hierarquia ideológica do Partido. No entanto, vários eventos inesperados – incluindo a guerra na Ucrânia; o surgir da variante Ómicron da covid-19 na China, que obrigou a medidas de confinamento extremas e frequentes; a crescente competição estratégica com os Estados Unidos; e uma economia global sob pressões inflacionárias – tornaram o quadro mais complexo para o líder chinês. “Descobriremos, no Congresso, se vão ou não ser nomeados um ou dois sucessores, que devem ser preparados para assumir o poder em 2027”, apontou Chan. “A abordagem chinesa não é tão inflexível e monolítica como parece”, realçou. “A China é tão complexa que desafia caracterizações simples”.