Hoje Macau Desporto Grande Prémio de MacauMacau Roadsport Challenge | Novos desafios para Junio Pereira e Sabino Osório Depois da estreia no ano passado no Circuito da Guia numa atípica corrida da Taça de Carros de Turismo de Macau, Junio Pereira vai tentar aplicar o que aprendeu no ano passado, mas agora numa corrida diferente fruto das circunstâncias. O piloto macaense, que vai guiar um Ford Fiesta diferente do utilizado em 2021, vai alinhar na categoria 1600cc Turbo na corrida Macau Roadsport Challenge, onde estarão outras caras conhecidas do automobilismo do território como são Rui Valente e Célio Alves Dias. “Vou dar o meu melhor e espero conseguir melhores resultados este ano em Macau”, afirmou o piloto da equipa SLM Racing Team ao HM. “Este Fiesta, que é um carro diferente daquele que usei no ano passado, também deverá ter um melhor desempenho.” Correr no meio de um pelotão com diferentes andamentos e estilos de condução, certamente irá representar um novo desafio para um piloto que ainda está a dar os primeiros passos no automobilismo. “Eu nunca corri numa das corridas com mistura de categorias”, reconhece Junio Pereira, que admite existir um factor de risco nestas corridas multi-classe, pois “os pontos de travagem são diferentes entre estes dois tipos de carros. Por outro lado, é um pouco injusto corrermos com eles, pois vamos perder exposição mediática. O andamento entre as duas categorias é muito diferente e o melhor dos 1600cc Turbo dificilmente entra no Top-5 da geral”. Sabino Osório sobe de categoria Segundo classificado na Taça de Carros de Turismo de Macau de 2021, ao volante de um carro da categoria 1600cc Turbo, Sabino Osório Lei vai este ano alinhar na Macau Roadsport Challenge, mas aos comandos de um Mitsubishi Evo9, preparado pela equipa SLM Racing Team, a categoria 1950cc e Acima. “Este ano vou tentar algo novo. A razão pela qual escolhi fazer algo diferente é porque ouvi que este ano possivelmente será o último desta categoria e queria fazer algo novo”, explicou ao HM. O Mitsubishi é um carro que foi conduzido no passado por Ng Kin Veng, que estava parado há dois anos e que foi equipado com um motor novo, de menos potência para resistir às agruras da semana do Grande Prémio. Sem colocar um objectivo para esta sua participação, Sabino sabe o que lhe espera: “Será a minha primeira corrida num carro destes. Tem mais potência e é mais desafiante, mas mais divertido de conduzir”.
Hoje Macau China / ÁsiaMyanmar | Libertados cerca de seis mil presos, quatro deles estrangeiros Myanmar (antiga Birmânia) anunciou ontem que vai libertar 5.774 presos, entre eles quatro estrangeiros detidos no país, como parte de uma amnistia para assinalar o Dia Nacional da Vitória. Informações divulgadas inicialmente pela agência de notícias France-Presse (AFP) davam conta da libertação de 700 presos, embora, mais tarde, agências noticiosas internacionais, incluindo a Associated Press (AP), que cita a emissora oficial birmanesa MRTV, tenham indicado um total de 5.774 pessoas amnistiadas. O professor australiano Sean Turnell, o realizador japonês Toru Kubota, a diplomata Vicky Bowman e o botânico norte-americano Kyaw Htay vão também ser libertados, de acordo com a agência de notícias Myanmar Now. Vidas interrompidas Turnell, de 58 anos, é professor associado de Economia na Universidade Macquarie de Sidney, e foi detido pelas forças de segurança birmanesas num hotel, na cidade de Rangum, tendo sido condenado em Setembro a três anos de prisão por violar a lei dos segredos oficiais e a lei de imigração do país. Já Kubota, realizador documental de 26 anos, foi detido em 30 de Julho por polícias à paisana, também em Rangum, depois de, no ano passado, fazer imagens e vídeos de um protesto contra o golpe militar. Em Outubro, foi condenado pelo tribunal prisional a dez anos de prisão por incitar à dissidência contra os militares e violar as leis de telecomunicações do país. Vicky Bowman tem 56 anos e foi embaixadora do Reino Unido em Myanmar, tendo sido detida em Agosto juntamente com o marido, um cidadão birmanês, que também será libertado agora, de acordo com a AFP. A diplomata foi condenada a um ano de prisão por crimes de imigração. Kyaw, botânico dos EUA, de origem birmanesa, foi acusado de terrorismo e condenado a sete anos de prisão por alegados crimes contra o Estado. O ministério dos Negócios Estrangeiros nipónico já confirmou ter sido informado da libertação de Kubota, mas não adiantou pormenores. A embaixada britânica em Rangum, por seu lado, disse que Bowman ainda não saiu em liberdade.
Hoje Macau EventosAlbergue SCM | Arquitectura moderna e bambu em discussão amanhã O Albergue SCM acolhe amanhã uma discussão sobre a aplicação do bambu na arquitectura moderna e as questões identitárias colocadas por um contexto de globalização. Conduzida pelo arquitecto e médico austríaco Markus Roselieb, a palestra irá incidir sobre o papel da arquitectura na preservação da natureza e na promoção da sustentabilidade Amanhã, a partir das 14h30, o Hall D1 do Albergue SCM acolhe a palestra “Que Identidade? Num mundo globalizado, que papel tem a identidade numa cultura arquitectónica específica? Aplicação do bambu na arquitectura moderna”, evento patrocinado pelo Fundo de Desenvolvimento da Cultura. Conduzida em inglês pelo arquitecto austríaco Markus Roselieb, a palestra propõe a dissecação do uso do bambu enquanto material de construção natural aplicado a uma perspectiva contemporânea de arquitectura e design. A organização do evento, que cabe ao Círculo dos Amigos da Cultura de Macau, escreve em comunicado que o bambu é material natural, “um tubo reforçado e altamente funcional quando usado correctamente”. “Pode ser usado em estruturas de grande dimensão, num sistema de vigas cruzadas em áreas vastas, ou para criar tectos com formas orgânicas que permitem ventilação natural. Tem elevada durabilidade e é agradável aos sentidos, gerando um ambiente acolhedor”, é acrescentado. Radicado na Tailândia, Markus Roselieb é fundador da Chiangmai Life Architects and Chiangmai Life Construction, que aposta na “arquitectura como via para colocar as pessoas em contacto consigo próprias e com o ambiente contruído”, missão para a qual o bambu é uma ferramenta de conexão. O arquitecto defende que o bambu tem características que lhe conferem a capacidade de substituir o aço em muitas aplicações estruturais, tendo em conta a maior elasticidade e resistência à tração, ao mesmo tempo que é muito mais leve que o aço. “A nossa identidade visual é moldada pelas formas que podemos observar na natureza, por longas e fluídas curvas e arcos. Conexão e combinação são conceitos importantes. Ligar uma pessoa a um lugar, ao planeta, mas também ligar a natureza à modernidade”, refere Markus Roselieb em comunicado, lançando premissas para a palestras de amanhã. Do corpo à casa Formado em medicina na Universidade de Viena, na Áustria, Markus Roselieb é um arquitecto autoditacta, que aprendeu através da observação de micro-estruturas, como o esqueleto humano, mas também pela via empírica, com experiências registadas desde os tempos de estudante na construção de estruturas. Roselieb viria a especializar-se em arquitectura sustentável e com sensibilidades ecológicas, focando-se também em projectos arquitectónicos virados para a educação, comércio e habitação de luxo. O arquitecto ajudou também a fundar a Panyaden International School, em Chiang Mai no norte da Tailândia, que promove uma nova abordagem educativa focada na criatividade, proximidade com a natureza e ciências ambientais. A entrada para a palestra é livre, mas requer inscrição prévia. Os interessados têm até hoje às 13h para se inscreverem através do site https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdGKQAU86lDk9ftqMhobPeBsUOfk-A-Z2EQtLExP0tF7cZFVg/viewform. Não há lugares marcados e a organização vinca que os lugares sentados são limitados.
Hoje Macau China / ÁsiaQuarentenas | Morte de segunda criança renova críticas à estratégia zero casos A morte de uma segunda criança na China, devido ao excesso de zelo na aplicação das medidas de prevenção epidémica, renovou descontentamento popular no país com a estratégia ‘zero casos’ de covid-19. Uma menina de 4 meses morreu após sofrer vómitos e diarreia, quando cumpria quarentena num hotel na cidade de Zhengzhou, centro da China, de acordo com informação difundida pela imprensa local e publicações nas redes sociais. O pai da criança levou 11 horas até conseguir ajuda, depois de os serviços de emergência terem recusado atender a criança, que foi finalmente enviada para um hospital a 100 quilómetros de distância do local onde cumpria quarentena. A morte ocorreu depois de o Partido Comunista Chinês (PCC) ter prometido, na semana passada, que pessoas em quarentena não seriam impedidas de ter acesso aos serviços de emergência, na sequência da morte de um menino de três anos, por envenenamento causado por uma fuga de monóxido de carbono em casa, no noroeste do país. O seu pai culpou os profissionais de saúde da cidade de Lanzhou, que, segundo ele, tentaram impedi-lo de levar o filho para o hospital. A menina de 4 meses e o seu pai foram colocados em quarentena no sábado. Uma conta na rede social Weibo de um utilizador que se identifica como sendo o pai da criança, Li Baoliang, disse que começou a ligar para a linha directa de emergência ao meio-dia de segunda-feira, depois de a menina ter sofrido vómitos e diarreia. A linha directa respondeu que a menina não estava suficientemente doente para precisar de atendimento de emergência. Os profissionais de saúde no local da quarentena chamaram uma ambulância, mas a equipa recusou-se a lidar com o caso porque o pai testou positivo para o novo coronavírus. A menina finalmente chegou ao hospital às 23:00, mas acabou por morrer, apesar dos esforços para reanimá-la. O governo da cidade de Zhengzhou disse que o incidente está sob investigação, de acordo com a imprensa.
Hoje Macau China / ÁsiaG20 | Xi Jinping faz repreensão pública Justin Trudeau Sem contemplações, e num gesto pouco vulgar, o Presidente chinês confrontou publicamente o primeiro-ministro canadiano, acusando-o de divulgar e deturpar conversas privadas O Presidente chinês, Xi Jinping, repreendeu na quarta-feira o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, em frente às câmaras, na cimeira do G20, numa contenda pública incomum, que pode complicar ainda mais as relações bilaterais. “Ir contar aos jornais sobre aquilo que falamos não é apropriado”, disse Xi a Justin Trudeau, de acordo com um vídeo registado pelos jornalistas em Bali, na Indonésia. Xi referia-se a informações difundidas pela imprensa, sobre uma conversa entre os dois. Órgãos de comunicação canadianos e internacionais, que citaram pessoas familiarizadas com o encontro, relataram que o primeiro-ministro canadiano expressou preocupações com a alegada interferência chinesa nas eleições do seu país. “Além disso, não foi assim que a conversa se realizou”, acrescentou Xi, acusando Trudeau de falta de sinceridade. As observações de Xi foram traduzidas para o inglês por um intérprete. “Se houver sinceridade [da sua parte], então devemos ter uma discussão baseada no respeito mútuo. Se não houver, é difícil esperar mais”, afirmou o líder chinês. O Presidente chinês aparentemente tenta despedir-se do primeiro-ministro canadiano, mas este responde. “No Canadá, acreditamos no diálogo livre, aberto e franco, e é isso que continuaremos a fazer”, disse Justin Trudeau, em inglês. “Vamos continuar a procurar trabalhar juntos de forma construtiva, mas vão haver coisas sobre as quais não concordamos”, acrescentou. Xi Jinping pôs então fim à conversa, afirmando por duas vezes: “Cabe a si criar as condições [necessárias para melhorar as relações]”. Questionada ontem sobre o incidente, a porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros da China Mao Ning minimizou o caso. “O vídeo (…) contém uma breve conversa entre os líderes dos dois países, durante a cimeira do G20. Isso é algo normal”, apontou. “Não acho que deva ser interpretado como uma crítica ou repreensão a alguém por parte do Presidente Xi”, acrescentou. Encontro amargo A reunião de terça-feira entre Xi Jinping e Justin Trudeau foi o primeiro diálogo cara a cara entre os dois líderes desde 2019. A polícia federal canadiana indicou, na quinta-feira passada, que estava a investigar a alegada criação ilegal de “esquadras” pela China no Canadá, para controlar em particular chineses exilados ou a residir no país. Justin Turdeau também disse, na semana passada, que a China estava a conduzir “jogos agressivos”, depois de a emissora canadiana Global News ter avançado informações sobre a interferência chinesa no processo eleitoral do Canadá. As relações entre Pequim e Otava deterioraram-se acentuadamente nos últimos anos, sobretudo depois da detenção, em 2018, pelo Canadá, a pedido dos Estados Unidos, da directora financeira do grupo chinês das telecomunicações Huawei.
Hoje Macau SociedadeBurla | Residente desfalcado em 1,4 milhões de patacas Um residente de 31 anos foi burlado em 1,4 milhões de patacas, após ter confiado os dados da conta bancária a um burlão que se fez passar por representante das autoridades de saúde de Hong Kong e da polícia do Interior. O caso foi revelado ontem pela Polícia Judiciária e relatado pelo Jornal Ou Mun. Segundo o queixoso, a 7 de Novembro recebeu uma chamada telefónica, de alguém que se fez passar pelas autoridades de Saúde de Hong Kong. Após ter sido informado de que tinha estado em contacto com um caso positivo de covid-19 em Hong Kong e numa zona de surto, o residente local protestou ao telefone e afirmou não ter saído do território nos últimos tempos. A resposta não demoveu o burlão, e, ao telefone, informou a vítima de que iria transmitir a chamada para a Polícia do Interior, uma vez que o residente também era suspeito de ter cometido crimes financeiros no outro lado da fronteira. Sem desconfiar da identidade da pessoa do outro lado da linha, o residente forneceu todos os dados da conta bancária para que as “autoridades” pudessem proceder às averiguações necessárias. Com a informação nas mãos, o burlão, que se fez passar pela polícia do Interior, limitou-se a contar à vítima que esta tinha sido ilibada de qualquer suspeita. Porém, passado uns dias o homem desconfiou do sucedido e quando verificou o saldo da conta apercebeu-se que tinha sido desfalcado em 1,4 milhões de patacas, pelo que apresentou queixa.
Hoje Macau SociedadeCaso Suncity | Arguido terá sido “mentalmente torturado”, afirma namorada Au Wang Tong, arguido do caso Suncity, terá sido “mentalmente torturado” aquando da sua detenção na China, ao ponto de ter tentado o suicídio. A denúncia chegou ontem pela voz da namorada de Au em mais uma sessão de julgamento do caso, que decorre no Tribunal Judicial de Base. Segundo o portal Macau News Agency, Au Wang Tong foi detido na fronteira de Macau com Zhuhai em Dezembro de 2020, na companhia da namorada, quando o casal voltava a casa depois de uma viagem ao continente. “Não sabia o que estava a acontecer. Os polícias da Alfândega [da China] apenas me disseram para ir embora enquanto levavam o meu namorado.” A rapariga afirma que só teve notícias do namorado três meses depois e após contacto com um advogado, que também só pôde contactar com o seu cliente muito tempo depois. “Ele disse ao advogado [na reunião] que ficou preso numa pequena divisão sem permissão para tomar banho. Foi mentalmente torturado… e teve uma quebra emocional. Ele mudou completamente. Perdeu imenso peso e parecia completamente esgotado. Também tinha marcas nos pulsos”, contou. “Ele disse-me que estava preso num quarto pequeno e que só pensava em diferentes formas de se matar, todos os dias. Disse que nunca imaginou que a sua vida poderia terminar desta forma”, acrescentou a namorada de Au, de apelido Lao, na sessão de ontem do julgamento do caso Suncity. Au Wang Tong é um dos 21 arguidos do caso, juntamente com Alvin Chau, sendo acusados de promover e desenvolver actividades de jogo ilegal e lavagem de dinheiro, entre outros crimes. Au era um trabalhador da linha da frente, na área do desenvolvimento de mercado, da Suncity. A acusação diz que ele terá ajudado a criar centenas de contas ilegais nas salas VIP, além de promover actividades de jogo na China.
Hoje Macau Desporto Grande Prémio de MacauMacau Roadsport Challenge | De olho no pódio, Badaraco espera que esta não seja a última Num ano em que as duas categorias locais de carros de Turismo – 1950cc e Acima e 1600cc Turbo – se voltam a encontrar, mas agora na corrida Macau Roadsport Challenge, Jerónimo Badaraco quer regressar a um pódio que visitou pela primeira vez em 1999, quando triunfou na derradeira edição da Taça ACP. O piloto macaense vai conduzir novamente o imponente Mitsubishi Evo9 da Son Veng Racing Team, um carro mecanicamente levado ao extremo e que prima pela espectacularidade, mas cuja fiabilidade é o seu “calcanhar de Aquiles”. Tal como à maior parte dos pilotos do território, a pandemia trocou os planos a Jerónimo Badaraco e a preparação para a corrida mais importante do ano não foi aquela que o piloto e a sua equipa certamente pretendiam. “Este ano vai ser outra vez muito especial, porque por causa da pandemia não pudemos testar o carro como queríamos, mas eu e toda a equipa esperamos que o carro consiga corresponder às nossas expectativas e que corra tudo bem ao nível de mecânica e electrónica”, relatou ao HM o piloto que conta com mais de duas dezenas de participações no Grande Prémio de Macau. Se não acontecerem imprevistos técnicos, “Noni” não esconde a vontade que tem em “voltar a subir ao pódio, celebrar uma vitória e acima de tudo, voltar a sentir a emoção desta competição automóvel tão importante em Macau.” Rumores do paddock dizem que esta será a última edição em que iremos ver os muito acarinhados carros de Turismo das classes 1950cc e Acima e 1600cc Turbo em acção no Circuito da Guia. Tendo estes carros já atingido o seu pico de evolução e completado o seu ciclo de vida, a pandemia acabou por prolongar o seu “prazo útil de vida”, poupando os pilotos locais de elevados investimentos em carros e material novo. Porém, Jerónimo Badaraco acredita que será um erro terminar com esta popular corrida: “Há a possibilidade deste ano ser a última prova de Roadsport Challenge e por isso aproveito esta oportunidade no Hoje Macau para expressar o meu desejo de que esta prova se mantenha, pois é uma competição com vários pilotos com carros tão diferentes e que os espectadores gostam.”
Hoje Macau Desporto Grande Prémio de MacauTaça de Carros de Turismo de Macau | Ávila chega a Macau após duas vitórias no TCR Ásia O piloto da MG XPower Racing vai participar pela 15.ª vez no Grande Prémio de Macau e vai ser o único representante local na Taça de Carros de Turismo de Macau, que este ano é pontuável para o campeonato TCR Ásia e para o Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC) Após um ano de ausência, Rodolfo Ávila está de regresso ao Circuito da Guia. Naquela que é a sua 15.ª participação no Grande Prémio de Macau. O piloto português vai alinhar pela primeira vez na corrida da Taça de Carros de Turismo de Macau, sendo o único concorrente da RAEM nesta corrida que este ano será pontuável para o campeonato TCR Ásia e para o Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC). Numa temporada em que apenas foi possível realizar duas corridas, o campeão da última edição do TCR China sabe que não terá a vida fácil neste seu retorno ao palco onde se estreou no automobilismo há precisamente duas décadas, na altura, na corrida do asiático de Fórmula Renault. “Claro que vamos tentar andar o melhor possível”, afirmou Rodolfo Ávila ao HM. “Este ano acabamos por não ter tantas oportunidades para desenvolver o novo MG5 como gostaríamos, por isso este fim-de-semana vamos continuar a desenvolver o carro e espero que tenhamos andamento para andar na frente.” Apesar das duas vitórias conquistadas esta temporada – uma em Zhuzhou e outra em Zhejiang – o novo MG5 XPower TCR ainda continua numa fase muito primária de desenvolvimento, devido aos atrasos provocados pela pandemia, estando ainda longe do nível dos melhores carros da categoria TCR, tendo acusado por diversas vezes problemas de fiabilidade que levantam várias interrogações antes do debute do carro da marca sino-britânica num circuito citadino. “Fazer um bom resultado em Macau contra os Lynk & Co sei que não vai ser fácil. Mas claro que quero continuar a ser o melhor piloto da MG, no entanto, para isso é preciso pontuar nas duas corridas”, refere o piloto do território. “Tive problemas de travões nas duas provas que disputamos este ano e o Circuito da Guia não tem escapatórias. Aqui se ficarmos sem travões, as consequências são mais graves.” A equipa da Lynk & Co, que tem os seus três pilotos nas três primeiras posições no TCR Ásia, irá ser liderada por Jason Zhang Zhi Qiang, vencedor da Corrida da Guia nos dois últimos anos, escudado pelos experientes David Zhu e Sunny Wong. A MG XPower Racing reforçou-se para esta corrida com o ex-campeão do mundo Rob Huff. O inglês trará o seu vasto conhecimento e experiência ao volante de viaturas da classe TCR para a equipa de Xangai. “Vamos ver como ele se vai adaptar ao carro. Ele apenas teve um breve contacto com o MG5 na pista Tianma, mas é sempre muito forte aqui em Macau. De certeza que ele vai ajudar a puxar pela equipa para cima e a melhorar alguns processos”, explica Rodolfo Ávila que já foi por várias vezes companheiro de equipa do inglês que soma nove triunfos nas ruas da cidade. A Taça de Carros de Turismo de Macau terás duas corridas de nove voltas, sendo que ambas valem os mesmos pontos.
Hoje Macau Desporto MancheteCircuito da Guia | Programa promete muita acção ao longo dos quatro dias de prova A 69.ª Edição do Grande Prémio de Macau arranca esta manhã e com um programa muito composto e corridas para quase todos os gostos. No papel, a prova de Fórmula 4 volta a ser a principal, mas todas as atenções vão estar viradas para a Taça GT Macau com o duelo entre Maro Engel (Mercedes) e Edoardo Mortara (Audi) e para o regresso do Grande Prémio de Motos Grande Prémio de Macau de Fórmula 4 – Sands China A corrida principal do programa volta a ser disputada com os desactualizados monolugares Mygale M14-Geely do Campeonato Chinês de Fórmula 4. Com o objectivo de vencer pela terceira vez consecutiva esta corrida, feito inédito na história do Grande Prémio, Charles Leong Hon Chio lidera uma lista de inscritos híbrida, com alguns jovens pilotos como Gerrard Xie, líder do campeonato, e alguns “dinossauros” do Circuito da Guia, como Henry Lee de Hong Kong ou Lam Kam San de Macau. A maior oposição ao domínio de Charles Leong poderá vir da frágil fiabilidade destes monolugares e da vontade de vencer do compatriota Andy Chang, o segundo classificado nas duas últimas edições da corrida. A RAEM terá um quarto piloto na prova, o experiente piloto de karting Cheong Chi Hou. 54º Grande Prémio de Motos de Macau Sem nenhum dos nomes sonantes das provas de estrada, ainda assim, esta será certamente uma das provas que merece mais atenção. Robert Hodson, o piloto que deu origem à carambola da corrida de 2019, o nórdico Erno Kostamo, o polícia espanhol Raul Torras ou o experiente português André Pires partem com a vantagem de conhecer o Circuito da Guia e por isso podem almejar um feito que provavelmente não conseguiriam em “condições normais”. Destaque para a estreia de Sheridan Morais, conhecido pelas suas participações nos campeonatos do mundo de Resistência, Supersport ou Moto2, agora naturalizado português e residente na cidade algarvia de Lagos, vai conduzir uma Honda CBR1000 da sempre competitiva Penz13. Julian Trummer (Yamaha R1) e Joey Thompson (BMW S1000RR) são os estreantes melhores cotados pela imprensa internacional. Contudo, as atenções da corrida vão certamente recair na holandesa Nadieh Schoots, a primeira senhora a participar no Grande Prémio de Motos de Macau. Corrida da Guia – TCR Asia Challenge – Wynn Quando se celebram 50 anos da Corrida da Guia, a corrida de carros de Turismo do continente asiático merecia outro desígnio. Os concorrentes do TCR Ásia e do Campeonato de Carros de Turismo de Macau foram colocados na Taça de Carros de Turismo de Macau, deixando os pilotos de Hong Kong, de Macau e alguns do Interior da China na Corrida da Guia. O vencedor da corrida receberá o título de primeiro vencedor do TCR Asia Challenge, mas é um título que saberá a muito pouco. Mesmo contrariados por lhes ter sido retirada uma boa parte da concorrência, Filipe Souza (Audi RS3 TCR), Cheung Chi On (Audi RS3 TCR), Billy Lo (Audi RS3 TCR), Eurico de Jesus (Honda Civic), ou qualquer outro piloto de Macau, têm a oportunidade única de subirem ao pódio da Corrida da Guia, algo que os pilotos da casa nunca conseguiram em cinquenta anos. Andy Yan (Honda Civic), Lo Sze Ho (Hyundai i30 N TCR) e Samuel Hsieh (Lynk & Co 03 TCR ex-equipa oficial do WTCR) lideram a representação da RAE vizinha e também eles querem vencer. Taça GT Macau – Galaxy Entertainment Aquela que será provavelmente a mais apelativa das corridas de automóveis do programa tem sabores de outros tempos, com três dos cincos vencedores da Taça do Mundo de GT da FIA. A Audi e a Mercedes-AMG não se pouparam a esforços para vencer esta popular corrida e com isso a prova ganha projecção internacional. A Audi conseguiu convencer o seu piloto de maior sucesso em Macau, Edoardo Mortara, e ainda irá colocar um carro, em parceria com a FAW, para o chinês Franky Cheng Congfu, ex-piloto do DTM e antigo protegido da McLaren F1. A Mercedes-AMG, que venceu quatro vezes a Taça GT Macau nos últimos cinco anos, foi ainda mais longe e persuadiu Maro Engel e Raffaele Marciello. A marca de Estugarda tem ainda do seu lado Darryl O’Young, o vencedor da dramática corrida do ano passado. A Porsche, que também costuma ter uma palavra a dizer sobre a hegemonia da categoria FIA GT3 na Ásia, confia no suíço Alexandre Imperatori para ombrear com as suas rivais, um piloto residente em Xangai que já subiu ao pódio nesta corrida. Entre os privados, há também pilotos capazes como Adderly Fong (Audi R8 LMS GT3), David Chen (Ferrari 488 GT3) ou Ling Kang (Lamborghini Huracán GT3). O único piloto do território é o experiente Leong Ian Veng, que contra si tem a falta de fiabilidade do “velhinho” BMW M6 GT3. Taça GT Grande Baía – Melco A Taça GT Grande Baía estava a afirmar-se saudavelmente como a prova da categoria GT4 do programa do Grande Prémio. Quis o “destino” que este ano a corrida fosse também aberta aos carros GTC (carros de GT provenientes de troféus monomarca). Quer isto dizer que de um momento para o outro, quem investiu na estável e acessível categoria GT4 arrisca-se a “ver passar navios”. Sendo assim, os Lamborghini Huracán de Brian Lai e Alex Liang e os Audi R8 LMS Cup dos locais Delfim Mendonça Choi e Hoi Wai Chong são definitivamente os carros mais rápidos no papel. Com armas desiguais, Luo Kai Luo (Mercedes-Benz AMG GT4), Chris Chia (Audi R8 GT4) ou Evan Mak (BMW M4 GT4) vão pelo menos lutar pela vitória na classe. Com quinze pilotos de Macau à partida, há nomes que já se confundem com o próprio GP, como os eternos Lei Kit Meng (Ginetta G55), Mak Ka Lok (Lotus Exige) ou Liu Lic Ka (Mercedes-Benz AMG GT4). Taça de Carros de Turismo de Macau – China Touring Car Championship – MGM Num Grande Prémio de consumo interno, o duelo das equipas de fábrica dos construtores de automóveis chineses Lynk & Co e MG deveria ter certamente outro palco que não uma corrida classificada de suporte. A Lynk & Co que venceu as duas últimas edições da Corrida da Guia traz o vencedor das mesmas, Zhang Zhi Qiang, mais David Zhu, que veio ocupar o lugar de Ma Qing Hua, e o fiel escudeiro Sunny Wong. Os novos MG5 serão entregues ao campeão chinês de TCR, Rodolfo Ávila, o único piloto de Macau nesta corrida, a Martin Cao, ex-campeão britânico de F3, a Zhang Zhen Dong, múltiplo campeão chinês de carros de Turismo, e ao super-reforço Rob Huff que dispensa apresentações. A MG tem um melhor grupo de pilotos, mas o Lynk & Co 03 TCR é um carro muito superior, como muito mais competente também é a equipa que lhes dá assistência. Numa corrida que aceita também os carros “made in China” do CTCC, existem quatro novos VW Lamando oficiais da Volkswagen SAIC que por força do regulamento podem imiscuir na luta “Lynk & Co v MG”. Macau Roadsport Challenge – SJM Esta junção que assistimos agora entre as duas categorias de carros de Turismo de Macau – 1950cc e Acima e 1600cc Turbo – já nós vimos entre 2017 e 2020, mas na Taça de Carros de Turismo. A categoria para viaturas com motorizações 1950cc e Acima, mais conhecida por Roadsport, deverão ser os mais rápidos em pista, mas a sua fragilidade, fruto de um desenvolvimento por vezes levado para além do limite, poderá oferecer-nos boas corridas. Wong Wan Long (Mitsubishi Evo10) é o favorito, mas resta saber o valor da oposição que tem nomes portugueses que primam por andar depressa – Luciano Lameiras (Mitsubishi Evo9), Jerónimo Badaraco (Mitsubishi Evo9) ou o estreante na categoria Sabino Osório (Mitsubishi Evo9). Entre os 1600cc, Célio Alves Dias (Mini Cooper S), que teve um domínio retumbante no ano passado até ao acidente que terminou a corrida, vai tentar repetir a vitória, ao passo que Rui Valente (Mini Cooper S) parte confiante para um possível regresso ao pódio. Na sua segunda participação no Grande Prémio, Júnio Pereira (Ford Fiesta) certamente que quererá melhorar a sua prestação depois de ter mostrado que é capaz de ombrear com uma concorrência muito mais experiente. Programa de Hoje 06:00 Fecho do Circuito 06:30-07:00 Inspecção do Circuito 07:30-08:15 Grande Prémio de Motos de Macau – Treinos Livres 08:30-08:55 Macau Roadsport Challenge SJM – Treinos Livres 1 09:10-09:35 Taça GT Grande Baía Melco – Treinos Livres 1 09:55-10:20 Grande Prémio de Macau de Fórmula 4 – Sands China – Treinos Livres 1 10:35-11:00 Taça de Carros de Turismo de Macau MGM – Treinos Livres 1 11:30-11:55 Corrida da Guia Macau Wynn – Treinos Livres 1 12:10-12:35 Taça GT Macau Galaxy Entertainment – Treinos Livres 1 12:50- 13:15 Macau Roadsport Challenge SJM – Treinos Livres 2 13:30-13:55 Taça GT Grande Baía Melco – Treinos Livres 2 14:15-14:40 Grande Prémio de Macau de Fórmula 4 – Sands China – Treinos Livres 2 14:55-15:20 Taça de Carros de Turismo de Macau MGM – Treinos Livres 2 15:35-16:00 Corrida da Guia Macau Wynn – Treinos Livres 2 16:15-16:40 Taça GT Macau Galaxy Entertainment – Treinos Livres 2 18:00 Abertura do Circuito
Hoje Macau China / ÁsiaPequim | Universidade sob confinamento após diagnosticar um caso As autoridades chinesas colocaram ontem uma das maiores universidades de Pequim sob confinamento, depois de diagnosticarem um caso de covid-19, ilustrando a insistência na estratégia de ‘zero casos’, apesar do crescente descontentamento popular. Alunos e professores da Universidade de Pequim foram proibidos de sair do ‘campus’ e as aulas passaram a ser dadas via ‘online’, de acordo com um aviso emitido pela instituição. A universidade tem quase 50.000 estudantes, segundo o seu portal oficial. A China diagnosticou cerca de 20.000 casos, entre segunda e terça-feira, dos quais 350 foram registados em Pequim que, embora represente uma pequena fracção da sua população de 21 milhões, foi suficiente para desencadear bloqueios e quarentenas localizadas, no âmbito da estratégia de ‘zero casos’ de covid-19. As autoridades querem evitar bloqueios em toda a cidade, para tentar minimizar o impacto na actividade económica, mas sem abdicar da estratégia que visa eliminar surtos do novo coronavírus. Na Primavera passada, um bloqueio total de dois meses de Xangai, a “capital” económica da China, interrompeu as cadeias de fornecimento e o comércio, afectando a economia chinesa. Directrizes nacionais publicadas na semana passada pediram aos governos locais que sigam uma abordagem científica e direccionada e que evitem medidas desnecessárias.
Hoje Macau China / ÁsiaXi Jinping diz para não se sobrevalorizar influência chinesa sobre Putin O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, pediu ontem ao Presidente da China, Xi Jinping, para convencer a Rússia a acabar com a guerra na Ucrânia, mas o líder chinês respondeu que o seu papel não deve ser sobrevalorizado. Num encontro bilateral na Indonésia, à margem da cimeira do G20 (grupo das economias mais desenvolvidas e emergentes), Sánchez, como fizeram outros líderes nos últimos dias nas reuniões em Bali, “pediu para a China usar a sua influência para persuadir a Rússia a pôr fim à guerra”, lê-se num comunicado do Governo de Espanha, que não revela a resposta de Xi Jinping. Segundo fontes da comitiva espanhola que está na Indonésia citadas pela agência de notícias EFE, o Presidente da República Popular da China reconheceu que tem uma boa relação com o líder da Rússia, Vladimir Putin, e destacou que são países vizinhos, mas afirmou que não deve ser sobrevalorizado o papel que Pequim pode ter nesta questão. Assim, segundo as mesmas “fontes oficiais” citadas pela EFE, Xi Jinping sublinhou que a China não é um dos actores nesta guerra, iniciada com uma ofensiva militar russa no final de Fevereiro, e não quer alimentar a tensão no conflito. Xi defendeu, ainda assim, segundo as fontes da EFE, que as sanções à Rússia ou as ameaças com julgamentos internacionais não contribuem para alcançar uma solução. Bons negócios No comunicado divulgado ontem, o Governo espanhol diz que Sánchez argumentou, perante Xi, que “a agressão da Rússia contra a Ucrânia é uma ameaça à paz e à estabilidade mundial que subverte os princípios de soberania e a integridade territorial que a China sempre defendeu”. Segundo o mesmo comunicado, neste encontro, que decorreu em Bali, Sánchez e Xi abordaram também a presidência espanhola da União Europeia (UE), no segundo semestre de 2023. “Sánchez destacou o desejo de seguir a impulsionar a cooperação entre a UE e a China em matéria comercial e de investimento”, lê-se no texto.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Pequim pede contenção após míssil ter atingido a Polónia O míssil de fabrico russo que atingiu ontem território polaco parece afinal ter sido disparado pela Ucrânia. Pequim pede tranquilidade a todas as partes envolvidas A China pediu ontem “calma” a todas as partes na sequência das informações sobre o míssil de fabrico russo que atingiram a Polónia e que colocaram o exército polaco em estado de alerta. “Na situação actual, todas as partes envolvidas devem manter a calma e a contenção para que seja evitada uma escalada”, disse Mao Ning, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, em Pequim. Da mesma forma, o secretário-geral ONU defendeu na terça-feira à noite que é “absolutamente essencial” evitar o agravamento da guerra na Ucrânia, mostrando-se “profundamente preocupado” com a queda de um míssil de fabrico russo na Polónia. Numa breve declaração transmitida pelo porta-voz da ONU, António Guterres apelou a uma “investigação exaustiva” sobre a queda do míssil que matou duas pessoas na Polónia. O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Polónia confirmou na noite de terça-feira que um “projéctil de fabrico russo” atingiu o território deste país da Nato junto à fronteira com a Ucrânia, causando a morte a duas pessoas. “Na vila de Przewodów (…), um projéctil de fabrico russo caiu, matando dois cidadãos da República da Polónia”, salienta-se num comunicado do porta-voz do ministério, Lukasz Jasina. Na mesma nota, acrescenta-se que o embaixador russo na Polónia foi convocado para prestar “explicações detalhadas”. Entretanto, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que é improvável que o míssil que atingiu a Polónia e matou duas pessoas tenha sido disparado a partir da Rússia. “Há informações preliminares que contestam isso”, disse Biden aos jornalistas quando questionado se o míssil foi disparado da Rússia. “É improvável nas linhas da trajectória que tenha sido disparado da Rússia, mas veremos”, acrescentou. Por outro lado, os líderes do G7 e da Nato (Organização do Tratado do Atlântico Norte) decidiram apoiar uma investigação sobre a queda do míssil de fabrico russo, disse o Presidente dos EUA. Céu vigiado Ontem, a estação de televisão norte-americana CNN noticiou que um avião da Nato, que sobrevoava o espaço aéreo da Polónia, rastreou o míssil que explodiu no país na terça-feira e matou duas pessoas. “A informação com pistas de radar [do míssil] foi fornecida à Nato e à Polónia”, acrescentou a mesma fonte, que não foi identificada. Os aviões da Nato têm realizado vigilância regular em torno da Ucrânia desde o início da invasão russa, a 24 de Fevereiro. Mais tarde, o secretário-geral, Jens Stoltenberg, disse que a explosão que matou duas pessoas na Polónia “foi provavelmente causada” por um míssil ucraniano.
Hoje Macau SociedadeDSEC | Restauração e vendas a retalho com quebras Em Setembro, o volume de negócios dos restaurantes entrevistados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) desceu 4,1 por cento, face a Setembro de 2021. A informação foi revelada ontem com a publicação dos resultados do Inquérito de conjuntura à restauração e ao comércio a retalho referente a Setembro de 2022. Os volumes de negócios dos proprietários entrevistados de todos os tipos de restauração desceram em termos anuais, salientando-se que o negócio dos restaurantes chineses diminuiu 6,8 por cento. Quanto ao comércio a retalho, observou-se que o volume de negócios dos retalhistas entrevistados desceu 11,3 por cento, em termos anuais. Os negócios das mercadorias de armazéns e quinquilharias, do vestuário para adultos, bem como dos produtos cosméticos e de higiene diminuíram 34,0 por cento, 18,7 por cento e 10,8 por cento, respectivamente. Contudo, o volume de negócios dos automóveis aumentou 13,3 por cento.
Hoje Macau PolíticaAcadémicos do Centro de Estudos da Universidade de Macau elogiam LAG O Centro de Estudos de Macau da Universidade de Macau realizou ontem um seminário de análise à apresentação do relatório das Linhas de Acção Governativa (LAG) para o ano financeiro de 2023, com vários académicos e especialistas a demonstrarem apoio em relação aos planos traçados por Ho Iat Seng, em particular em termos económicos. O seminário foi conduzido pela directora do centro, a ex-deputada Agnes Lam. Num comunicado, a instituição declara que o Governo “está a fazer um grande esforço para melhorar a vida das pessoas e para promover a recuperação económica durante os difíceis tempos de pandemia”. Ainda assim, foi indicado que o Executivo deveria implementar mais políticas viradas para o futuro e para reforçar a consolidação do desenvolvimento de Macau na era pós-pandémica. Uma das personalidades que participou no evento foi o também ex-deputado Gabriel Tong, que preside ao Instituto de Gestão de Macau. O académico destacou a política económica “1+4”, que tem como objectivo diversificar o sector do turismo e lazer e promover as quatro indústrias de desenvolvimento prioritário: big health, indústria financeira moderna, convenções, exposições e comércio, e cultura e desporto. “A política ‘1+4’ é uma solução prática e apropriada aos problemas que Macau enfrenta nesta altura. Está alinhada com o desenvolvimento do turismo integrado e pode estimular a economia, criar emprego e melhorar a qualidade de vida da população. Já o professor assistente da Faculdade de Ciência Sociais, Kwan Fung, enalteceu o facto de na apresentação das LAG Hot Iat Seng não ter feito grandiosas promessas, porque a situação pandémica não está totalmente controlada, mas antes ter procurado passar um sentido de estabilidade que abre lugar para a recuperação. Feridas por sarar Ao mesmo tempo que elogiou o equilíbrio das políticas anunciadas, o académico Ngo Tak Wing destacou a necessidade de estudar e dar resposta aos efeitos de longo-prazo do impacto da transformação económica em curso em Macau, assim como os diversos desafios que a população enfrenta em resultado da pandemia. “A política ‘1+4’ exige quadros qualificados que o mercado de trabalho local pode não ter, sendo incapaz e absorver o desemprego gerado pela transformação das prioridades económicas. Isto pode levar à subida a curto-prazo do desemprego estrutural”, afirmou o académico. A intervenção do professor Xu Jianhua foi mais focada nas sequelas de saúde mental resultantes da recessão económica. O docente sugeriu ao Executivo de Ho Iat Seng que tenha atenção à possível subida da criminalidade e à mudança de alvos preferenciais do crime organizado. A subida da taxa de suicídio foi outro dos pontos focado como prioritário e a merecer resposta urgente. Nesse sentido, o académico sugeriu que o Governo crie um mecanismo de resposta a problemas relacionados com doenças mentais em estudantes e professores.
Hoje Macau Manchete PolíticaUNESCO | Cooperação para elevar Rota da Seda a património cultural As autoridades nacionais e o Governo da RAEM querem aprofundar a colaboração internacional para a candidatura da Rota Marítima da Seda a património cultural da UNESCO. O compromisso foi ontem sublinhado no Fórum Cultural Internacional sobre a Rota Marítima da Seda A China vai “intensificar a cooperação com outros países” para promover a candidatura da Rota Marítima da Seda a património cultural mundial das Nações Unidas, garantiu ontem um dirigente chinês no Fórum Cultural Internacional sobre a Rota Marítima da Seda. O administrador adjunto da Administração Nacional do Património Cultural da China, Guan Qiang, disse esperar que cidades de outros países possam integrar uma aliança para preparar a nomeação da Rota Marítima da Seda para a lista do património mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). Actualmente, a aliança conta com 28 cidades, incluindo Macau. Na apresentação feita no fórum, Guan Qiang apontou como exemplos o estado de Malaca, na Malásia, onde existe ainda uma comunidade lusodescendente, e a cidade de Sofala, em Moçambique. A posição de Macau No mesmo fórum, a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura de Macau, Elsie Ao Ieong U, disse que os trabalhos de protecção do património cultural e candidatura da Rota Marítima da Seda a património mundial “estão numa fase crucial”. A governante sublinhou que a candidatura será um esforço “conjunto” das cidades membro da aliança e realçou a confiança dada pelas autoridades chinesas relativamente ao “posicionamento de Macau como ‘base de intercâmbio e cooperação que promova a coexistência de diversas culturas, sendo a cultura chinesa a predominante’”. Neste aspecto, a protecção da Rota Marítima da Seda e a sua candidatura para a “inscrição na Lista do Património Cultural da UNESCO constitui uma missão cultural importante”, indicou a secretária. Também uma assessora para o património mundial do Conselho Internacional dos Monumentos e Sítios (ICOMOS), Susan Denyer, defendeu que os países envolvidos na Rota Marítima da Seda devem “estabelecer um mecanismo de coordenação” para preparar a nomeação. Já em 2019 o então administrador adjunto da administração estatal do património cultural da China, Gu Yucai, tinha dito esperar que “cidades de outros países possam também integrar” a nomeação da Rota Marítima da Seda. O Fórum Cultural Internacional sobre a Rota Marítima da Seda termina hoje no Centro de Convenções do Centro de Ciência de Macau.
Hoje Macau China / Ásia MancheteMNE chinês revela detalhes da cimeira China-EUA O Presidente Xi Jinping acabou de realizar uma reunião com o Presidente dos EUA Joe Biden, o que é motivo de grande preocupação para a comunidade internacional. Pode apresentar brevemente as principais circunstâncias da reunião? Wang Yi: Esta tarde, por iniciativa do lado americano, o Presidente chinês Xi Jinping e o Presidente americano Joe Biden realizaram uma reunião presencial em Bali. Os dois chefes de Estado tiveram uma comunicação franca, aprofundada, construtiva e estratégica sobre as principais questões relacionadas com as relações China-EUA e o futuro da paz e do desenvolvimento mundial. A China emitiu um comunicado de imprensa sobre a reunião. Gostaria de descrever melhor a situação. Em primeiro lugar, é de grande significado. Foi a primeira reunião presencial entre os chefes de Estado chineses e americanos em três anos, a primeira reunião presencial entre os dois líderes desde que o Presidente Biden tomou posse, e a primeira interacção entre os principais líderes da China e dos EUA desde que cada um deles completou as principais agendas internas este ano. Em segundo lugar, a comunicação é profunda. Os dois líderes conhecem-se há muito tempo e tiveram muitas reuniões por telefone e vídeo durante este período, sempre com uma comunicação longa e profunda. Esta reunião é simultaneamente uma continuação do seu compromisso até à data e um prenúncio de um novo começo. A reunião durou mais de três horas, excedendo a duração pré-acordada, e foi conduzida utilizando interpretação simultânea. O intercâmbio entre os dois chefes de Estado foi abrangente, profundo, franco, construtivo e estratégico. Em terceiro lugar, foi rico em conteúdo. Na sua reunião, os dois chefes de Estado abordaram cinco tópicos, incluindo as suas respectivas políticas internas e externas, as relações EUA-China, a questão de Taiwan, o diálogo e a cooperação em vários campos, e grandes questões internacionais e regionais, que podem ser consideradas como cobrindo os aspectos mais importantes das suas relações e as questões regionais e globais mais prementes da actualidade. Quarto, liderar o futuro. A diplomacia entre os líderes é a “bússola” e o “volante” das relações sino-americanas e desempenha um papel de liderança estratégica insubstituível no desenvolvimento das relações entre os dois países. Actualmente, as relações Sino-EUA enfrentam sérias dificuldades e encontram-se num ponto crítico. O Presidente Xi Jinping apresentou os principais resultados e significado do 20º Congresso Nacional do CPC, enfatizando que as políticas internas e externas do partido chinês e do governo são abertas e transparentes, as suas intenções estratégicas são abertas e claras, e mantém um elevado grau de continuidade e estabilidade. O Presidente Xi disse que a relação entre a China e os Estados Unidos não deve ser um jogo de soma zero no qual “tu perde e eu ganho” e “tu sobes e eu caio”, e que o mundo do século XXI deve evitar a repetição dos erros da Guerra Fria. Os dois países devem ter uma visão correcta das políticas internas e externas e das intenções estratégicas um do outro, e estabelecer um tom de diálogo em vez de confrontação, e um compromisso de benefício comum em vez de soma zero. O Presidente Biden descreveu as eleições americanas intercalares e disse que os EUA respeitam as instituições da China, não procuram mudar o sistema chinês, não procuram combater uma nova Guerra Fria, não procuram reforçar alianças contra a China, e não têm a intenção de entrar em conflito ou sitiar a China. Ambos os chefes de Estado atribuíram importância ao significado global das relações EUA-China, enfatizaram a importância de estabelecer princípios orientadores para as relações EUA-China, esperaram promover a estabilização das relações bilaterais, e concordaram em reforçar a comunicação e promover a cooperação prática. Isto proporciona uma orientação clara para o desenvolvimento das relações sino-estadunidenses no próximo período e será conducente à promoção do regresso gradual das relações dos dois países a uma via saudável e estável. Todos os países estão preocupados com a direcção das relações China-EUA. Poderá este encontro alcançar estabilidade nas relações China-EUA, ou, segundo o lado americano, “estabelecer as bases” para as relações China-EUA? Wang Yi: Esta reunião de Chefes de Estado não só foi de grande orientação prática, como também terá um impacto importante e de longo alcance nas relações China-EUA na próxima fase e mesmo a longo prazo. Em primeiro lugar, esclareceu uma direcção para evitar que as relações sino-americanas descarrilem fora de controlo e para encontrar o caminho certo para que as duas grandes potências se entendam. O Presidente Xi Jinping salientou que a situação actual das relações entre os EUA e a China não é do interesse fundamental dos dois países e povos, nem corresponde às expectativas da comunidade internacional. Ambos os lados devem tomar uma atitude responsável em relação à história, ao mundo e ao povo e garantir que a relação sino-americana avança no bom caminho, sem bocejar ou perder velocidade, e muito menos colidir. Durante a reunião, o Presidente Biden disse que uma China estável e em desenvolvimento é do interesse dos Estados Unidos e do mundo. Os EUA e a China deveriam mostrar ao mundo que podem gerir as suas diferenças e evitar deslizar para o conflito e o confronto devido a um erro de cálculo ou a uma concorrência feroz. Em segundo lugar, foi estabelecido um quadro para explorar conjuntamente o estabelecimento de princípios orientadores, ou um quadro estratégico, para as relações entre os EUA e a China. O Presidente Xi Jinping disse que a China e os Estados Unidos são dois países tão grandes que não é possível sem um grande consenso sobre os princípios. Com princípios, haverá direcção, e com direcção, poderemos abordar devidamente as diferenças e expandir a cooperação. A proposta da China de que a China e os Estados Unidos devem aderir ao respeito mútuo, à coexistência pacífica e à cooperação vantajosa para ambas as partes baseia-se nesta consideração. Os dois chefes de Estado concordaram sobre a importância de estabelecer princípios orientadores para as relações EUA-China, discutiram-nos de forma construtiva, e encarregaram as equipas de trabalho de ambas as partes de acompanhar e consultar com vista a chegar a acordo o mais rapidamente possível com base no consenso alcançado até à data. Em terceiro lugar, foi iniciado um processo para pôr em prática o importante consenso entre os dois chefes de Estado para controlar e estabilizar as relações EUA-China. A diplomacia entre líderes é a forma mais elevada de diplomacia, e a liderança estratégica da cimeira EUA-China em Bali sobre as relações bilaterais reflecte-se em todos os aspectos, incluindo uma série de importantes preparativos antes da reunião, bem como o seguimento e a implementação após a reunião. A gestão e estabilização das relações EUA-China é um processo contínuo e ininterrupto que é um trabalho em curso, e não um passado ou um fim. As equipas de ambos os lados irão manter o diálogo e a comunicação, gerir conflitos e diferenças, e promover o envolvimento e a cooperação de acordo com as prioridades estabelecidas pelos dois chefes de Estado, de modo a acrescentar energia positiva e uma válvula de segurança às relações EUA-China e injectar estabilidade e certeza num mundo turbulento e em mudança. É de notar que a China tem os seus próprios princípios e resultados há muito defendidos, interesses legítimos e legais que devem ser firmemente defendidos, e não sucumbirá a qualquer intimidação hegemónica. O lado americano deve traduzir a declaração positiva do Presidente Biden em políticas e acções concretas, deixar de conter e suprimir a China, deixar de interferir nos assuntos internos da China, deixar de minar a soberania, segurança e interesses de desenvolvimento da China, avançar na mesma direcção que o lado chinês, construir conjuntamente os “quatro pilares” que são conducentes ao desenvolvimento saudável e estável das relações EUA-China, e solidificar conjuntamente os “alicerces sólidos” para a estabilidade das relações EUA-China. Trabalharemos com o lado americano para construir as “quatro vigas e os oito pilares” que são conducentes ao desenvolvimento saudável e estável das relações sino-estadunidenses, e trabalharemos em conjunto para reforçar os “alicerces sólidos” para as relações estáveis sino-estadunidenses. A questão de Taiwan é certamente um foco deste encontro. Pode falar-nos sobre a comunicação entre os dois líderes em torno da questão de Taiwan? Wang Yi: Taiwan é parte da China e a questão de Taiwan é um assunto interno da China. A razão pela qual a questão de Taiwan está a ser discutida entre a China e os Estados Unidos é porque os Estados Unidos têm interferido nos assuntos internos da China. A nossa exigência é muito clara e inequívoca: deixar de interferir nos assuntos internos da China e respeitar a soberania e a integridade territorial da China. Durante a reunião, o Presidente Xi Jinping informou o Presidente Biden sobre a história da colonização e invasão de Taiwan por forças externas ao longo dos últimos séculos, e salientou que a oposição da China à “independência de Taiwan” e à preservação da sua integridade territorial é salvaguardar a terra que pertence à China há gerações. Quem quiser separar Taiwan da China é contra a justiça nacional da China, e o povo chinês fará uma causa comum e nunca concordará com ela. O Presidente Xi salientou que a China aderirá à política básica de “reunificação pacífica e um país, dois sistemas” e lutará pela perspectiva da reunificação pacífica com a máxima sinceridade e esforço. No entanto, se as três situações graves estipuladas na Lei Anti-Secessão surgirem, a China agirá em conformidade com a lei. A China está mais interessada na paz e estabilidade no Estreito de Taiwan, e a “independência de Taiwan” é incompatível com a paz e estabilidade no Estreito de Taiwan. O Presidente Xi salientou que a questão de Taiwan é o cerne dos interesses centrais da China, o fundamento da base política das relações EUA-China, e uma linha vermelha que os Estados Unidos não podem e não devem atravessar. A China exige que o lado americano seja coerente com as suas palavras e actos, adira à política de “uma só China” e às disposições dos três comunicados conjuntos EUA-China, cumpra o seu compromisso de “não apoiar a “independência de Taiwan”, deixe de deflacionar e esvaziar a política de “uma só China”, e restrinja a “independência de Taiwan”. O Presidente Biden disse que os Estados Unidos aderem à política de uma só China e não apoia a “independência de Taiwan”, “duas Chinas” ou “uma China, uma Taiwan”, e não procura utilizar a questão de Taiwan como um instrumento para conter a China. A China e os Estados Unidos são membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas. A comunidade internacional espera geralmente que a China e os Estados Unidos trabalhem em conjunto para enfrentar vários desafios globais. Que progressos têm sido feitos na cooperação bilateral e multilateral entre a China e os Estados Unidos? Wang Yi: A história do desenvolvimento das relações sino-americanas mostra que a China e os Estados Unidos juntos beneficiarão ambos os lados, enquanto que os combates prejudicarão ambos. Contra o pano de fundo de um século de epidemias e mudanças centenárias, e os desafios sem precedentes que a sociedade humana enfrenta, não é apenas do interesse da China e dos Estados Unidos, mas também da expectativa geral da comunidade internacional que a China e os Estados Unidos, como dois grandes países, reforcem a cooperação em campos bilaterais e multilaterais e trabalhem em conjunto com outros países para superar as dificuldades da época. Durante a reunião, o Presidente Xi Jinping afirmou que a cooperação entre a China e os Estados Unidos é boa para ambos os países e para o mundo. A China e os Estados Unidos têm diferenças e divergências, as diferenças não devem ser um obstáculo ao desenvolvimento das relações sino-americanas, e as diferenças devem ser a força motriz para os intercâmbios e a cooperação entre os dois países. A cooperação requer uma boa atmosfera e uma relação estável, não pode ser uma lista de atracção unilateral, deve cuidar das preocupações de ambas as partes, e deve haver dar e receber. Independentemente da relação entre a China e os Estados Unidos, a vontade de ambos os países de cumprir as suas grandes responsabilidades de poder nos assuntos internacionais não pode ser reduzida. O Presidente Xi Jinping observou que a China e os Estados Unidos deveriam trabalhar para tornar a lista de cooperação mais longa e não mais curta. Os dois chefes de Estado concordaram que as suas equipas podem dialogar sobre política macroeconómica, comércio e questões económicas entre os dois países, e trabalhar em conjunto para promover um resultado positivo da 27ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas. Coordenar a implementação dos dois documentos de cooperação formados nos domínios da saúde pública e agricultura, encorajar e apoiar o desenvolvimento do intercâmbio de humanidades EUA-China, expandir o intercâmbio de pessoas em vários domínios, e continuar as consultas do Grupo de Trabalho Conjunto EUA-China para abordar questões mais específicas. Os factos têm demonstrado repetidamente que a competição não pode ser simplesmente utilizada para definir toda a relação EUA-China, e que a cooperação é sempre a melhor opção tanto para a China como para os Estados Unidos. A cooperação EUA-China é benéfica para todas as partes e abre um futuro vantajoso tanto para a China como para os Estados Unidos, e um futuro vantajoso para o mundo. Sobre que outras preocupações importantes e comuns as duas partes trocaram opiniões? R: O Presidente Xi Jinping clarificou a posição da China sobre uma série de questões importantes que preocupam o lado americano, bem como a comunidade internacional, e deixou clara a atitude da China. Sobre a questão da democracia e dos direitos humanos. O Presidente Xi Jinping salientou que a liberdade, a democracia e os direitos humanos são a busca comum da humanidade e a busca consistente do Partido Comunista Chinês. Os Estados Unidos têm uma democracia ao estilo americano e a China tem uma democracia ao estilo chinês, ambas em conformidade com as suas respectivas condições nacionais. O processo completo de democracia popular da China baseia-se nas condições nacionais e na história e cultura da China, e reflecte a vontade do povo. As diferenças específicas que existem entre os dois lados podem ser exploradas, desde que haja um intercâmbio igualitário. Definir o próprio país como democrático e outro país como autoritário é em si mesmo um sinal de antidemocracia. A chamada “democracia contra o autoritarismo” é uma falsa proposta, não uma característica do mundo de hoje, e não está de acordo com a tendência dos tempos. Sobre a questão dos caminhos institucionais. O Presidente Xi Jinping disse que os Estados Unidos estão empenhados no capitalismo, a China está empenhada no socialismo, os dois lados estão a tomar um caminho diferente. Esta diferença existe desde o primeiro dia em que os dois lados lidaram um com o outro, e continuará a existir no futuro. É importante que a China e os Estados Unidos se dêem bem um com o outro, reconhecendo esta diferença e respeitando-a. A liderança do Partido Comunista Chinês e do sistema socialista da China, abraçada e apoiada por 1,4 mil milhões de pessoas, são a garantia fundamental do desenvolvimento e estabilidade da China. Tentativas de subverter a liderança do Partido Comunista da China e do sistema socialista chinês iriam pisar os limiktes, atravessar uma linha vermelha e abalar os alicerces da relação entre os dois países. Sobre questões económicas e comerciais. O Presidente Xi Jinping salientou que a essência das relações económicas e comerciais entre a China e os Estados Unidos é mutuamente benéfica, combatendo guerras comerciais, guerras tecnológicas, “construindo artificialmente muros e barreiras”, forçando “a dissociação e a quebra de cadeias”, completamente contrárias aos princípios da economia de mercado, minam as regras do comércio internacional, apenas em detrimento de outros. A China levará a cabo uma firme reforma e abertura, e colocará sobre si mesma a base do desenvolvimento e do progresso. A China tem uma gloriosa tradição de auto-aperfeiçoamento, e toda a repressão e contenção apenas estimulará a vontade e o entusiasmo do povo chinês. Se os EUA forem até ao fim na questão do “desacoplamento”, acabará por levantar uma pedra e esmagar os seus próprios pés. Actualmente, a comunidade internacional está altamente preocupada com a crise na Ucrânia e na Península Coreana. Como é que os dois lados interagiram sobre esta questão? Wang Yi: Os dois chefes de Estado procederam a uma troca de impressões aprofundada sobre questões internacionais e regionais, incluindo a questão da Ucrânia e a questão nuclear na Península Coreana. Sobre a questão da Ucrânia, o Presidente Xi reiterou os “quatro deveres” da China ao tratar da questão da Ucrânia e clarificou as “quatro respostas comuns” da China à mais recente evolução da situação na Ucrânia. Sublinhou que o diálogo e as negociações devem ser conduzidos para resolver a crise pacificamente, que as armas nucleares não devem ser utilizadas e que a guerra nuclear não deve acontecer, que uma crise nuclear deve ser evitada na Ásia e na Europa, e que devem ser feitos esforços conjuntos para assegurar a estabilidade da cadeia de abastecimento da cadeia industrial global e para evitar uma crise humanitária em grande escala, e que a China sempre esteve do lado da paz e continuará a insistir na paz e na negociação. Sobre a questão nuclear da Península da Coreia, o Presidente Xi Jinping elaborou a posição estabelecida da China, sublinhando que o cerne da questão na península deve ser enfrentado de forma frontal e que se deve insistir numa solução equilibrada para as suas respectivas preocupações, especialmente as legítimas preocupações da RPDC. Acaba de introduzir o significado da reunião e o consenso alcançado. Quais são os próximos acordos de seguimento para ambas as partes? Wang Yi: Durante a reunião, os dois chefes de Estado concordaram em continuar a manter contactos regulares, enquanto encarregam as equipas diplomáticas e de segurança dos dois países de prosseguir a comunicação estratégica, dar seguimento às principais questões discutidas, e implementar o consenso alcançado. O lado americano disse que o Secretário de Estado norte-americano Blinken visitará a China o mais rapidamente possível para dar seguimento à reunião. A China congratula-se com este facto. As equipas financeiras, económicas e comerciais dos dois países também comunicarão e coordenarão sobre questões como as políticas macroeconómicas e as relações económicas e comerciais EUA-China. Tudo considerado, a reunião alcançou o objectivo esperado de comunicação aprofundada, clarificando intenções, traçando linhas vermelhas, prevenindo conflitos, indicando direcções e explorando a cooperação.
Hoje Macau China / ÁsiaLíderes da Austrália e China tentam estabilizar relações O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, e o presidente chinês, Xi Jinping, reuniram-se ontem à margem da cimeira do G20, numa tentativa de estabilizar as relações diplomáticas entre os dois países. “Tivemos as nossas divergências (…), mas o nosso relacionamento bilateral é importante”, disse Albanese, no início do encontro. “Presidente Xi, espero que hoje tenhamos uma troca e um diálogo construtivos”, disse Albanese, insistindo na necessidade de respeitar o direito internacional e trabalhar por uma região do Indo-Pacífico “estável, próspera e pacífica”, num momento de “grande incerteza” no mundo. No dia 13, tinha decorrido a primeira reunião frente-a-frente entre altos representantes da China e da Austrália em três anos, onde o primeiro-ministro chinês Li Keqiang disse, enquanto se reunia com Albanese, que “a China está pronta para se encontrar com a Austrália a meio caminho e trabalhar em conjunto para promover laços sustentados e saudáveis”, no meio de uma série de sinais positivos que Camberra enviou nos últimos dias. Albanese disse a Li que o seu país está disposto a reforçar os intercâmbios de alto nível com a China e a promover conjuntamente o desenvolvimento saudável das relações bilaterais. “Tive uma grande conversa com o primeiro-ministro Li. Foi muito positiva e construtiva”, disse Albanese aos repórteres no domingo após a reunião, informou a AFP. Noutro esforço para aliviar as tensões com a China, a Ministra dos Negócios Estrangeiros australiana Penny Wong, no seu primeiro grande discurso político, culpou o anterior governo de coligação pela ruptura das relações com a China, dizendo que os Trabalhistas “procurariam cooperar onde pudéssemos”, noticiou a SBS News, com sede na Austrália, no domingo. Desde que tomou posse, Wong reuniu-se duas vezes com o MNE Wang Yi para restabelecer o mecanismo de diálogo. “Nessas reuniões, expressei francamente os pontos de vista da Austrália sobre uma série de questões de comércio bilateral, consular e de direitos humanos, bem como de segurança regional e internacional”, revelou Wong. No entanto, o ministro australiano do Comércio, Don Farrell, disse que estão dispostos a discutir “fora das fronteiras” com a China, em vez de forçar uma decisão da OMC sobre as actuais disputas comerciais entre os dois países. O ministro disse que independentemente do que aconteça na OMC, as empresas australianas estão a procurar “minimizar a exposição ao risco”, diversificando a sua actividade fora do mercado chinês. “As observações de Farrell são de facto um eufemismo para a ‘dissociação’ com a China, e isso em si mesmo cai novamente numa mentalidade de Guerra Fria. Não há forma de substituir um mercado tão grande como o da China, e é apenas sensato que a Austrália mostre a sua sinceridade em seguir na mesma direcção que a China”, disse Chen Hong, presidente da Associação Chinesa de Estudos Australianos. A China é o mercado de exportação nº1 de minério de ferro australiano, com mais de 60% a ir para o mercado chinês, tornando o sector parte da espinha dorsal da economia australiana. A China é também o principal mercado para outros produtos australianos que vão desde o vinho à carne de vaca e lagostas.
Hoje Macau China / ÁsiaXi Jinping avisa Biden que Taiwan é “linha vermelha” O Presidente chinês, Xi Jinping, avisou o seu homólogo norte-americano, Joe Biden, para não “cruzar a linha vermelha” em Taiwan, durante o encontro bilateral que mantiveram na Indonésia, anunciou a diplomacia chinesa. “A questão de Taiwan está no centro dos interesses centrais da China, a base da fundação política das relações sino-americanas, e é a primeira linha vermelha a não ser atravessada nas relações sino-americanas”, disse Xi a Biden, segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. “A resolução da questão de Taiwan é da competência dos chineses”, advertiu o líder chinês, citado pela agência francesa AFP. Os dois presidentes estiveram reunidos durante mais de três horas na ilha indonésia de Bali, à margem da cimeira do G20, o grupo das economias mais desenvolvidas e emergentes. Xi disse que “é a aspiração comum do povo chinês de alcançar a reunificação nacional e salvaguardar a sua integridade territorial”. “Qualquer pessoa que procure separar Taiwan da China estará a violar os interesses fundamentais da China e o povo chinês nunca o permitirá. Esperamos ver paz e estabilidade no Estreito de Taiwan, mas a paz e a ‘independência’ de Taiwan são irreconciliáveis”, avisou. O líder chinês disse esperar que Washington “honre a sua palavra” e “respeite a política de uma só China e os três comunicados conjuntos assinados” pelas duas partes. “São a base das relações entre os nossos dois países”, insistiu. Xi recordou que Biden comentou “em numerosas ocasiões” que os Estados Unidos “não apoiam a independência da ilha” e não têm intenção de “utilizar Taiwan como instrumento para ganhar vantagem na sua concorrência com a China ou para conter a China”. “Esperamos que os Estados Unidos cumpram as suas promessas e ponham realmente tudo isto em prática”, acrescentou. A presidência norte-americana disse que, no encontro, Biden criticou as “acções coercitivas e cada vez mais agressivas” da China em relação a Taiwan. “Não creio que haja uma tentativa iminente da China de invadir Taiwan”, disse Biden, no entanto, na conferência de imprensa que deu em Bali após a reunião com Xi. As tensões entre Pequim e Washington agravaram-se em Agosto, na sequência de uma viagem provocatória à ilha pela presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi. A China respondeu à visita com os maiores exercícios militares em redor da ilha em décadas e com sanções comerciais contra Taipé. Os Estados Unidos são o principal fornecedor de armas de Taiwan e têm declarado que estarão do lado de Taipé em caso de um conflito militar com a China. Ucrânia: Nuclear, não obrigado Esclarecido este assunto, Xi Jinping, reiterou ao seu homólogo norte-americano que a China está “muito preocupada” com a guerra na Ucrânia e que Kiev e Moscovo devem retomar as negociações. “Apoiamos e aguardamos com expectativa o reinício das conversações de paz entre a Rússia e a Ucrânia”, disse Xi. A China também espera que os Estados Unidos, a União Europeia e a NATO “conduzam diálogos abrangentes com a Rússia”. Xi disse a Biden que “conflitos e guerras não produzem nenhum vencedor” e defendeu que “não existe uma solução simples para uma questão complexa”. Xi e Biden concordaram em rejeitar a utilização de armas nucleares na guerra na Ucrânia. Xi também disse a Biden que o mundo é suficientemente grande para que ambos os países se possam desenvolver e prosperar. “Nas actuais circunstâncias, a China e os Estados Unidos partilham mais, e não menos, interesses comuns”, disse. A China não procura desafiar os Estados Unidos ou “alterar a ordem internacional existente”, disse também, apelando para que ambas as partes se respeitem mutuamente. Não há “democracias perfeitas” Xi defendeu ainda que “nenhum país tem um sistema democrático perfeito” e que as diferenças específicas entre os dois lados podem ser discutidas, “mas apenas na condição prévia da igualdade”. “A chamada narrativa ‘democracia versus autoritarismo’ não é a característica que define o mundo de hoje, muito menos representa a tendência dos tempos”, afirmou. No seu comunicado, a Casa Branca disse que Biden falou sobre a situação dos direitos humanos na China e, em particular, as acções de Pequim na região ocidental de Xinjiang, em Hong Kong e no Tibete. Sobre a Coreia do Norte, Biden transmitiu as suas preocupações sobre o comportamento do regime de Kim Jong-un, que intensificou o lançamento de mísseis e pode estar a preparar-se para realizar o seu primeiro ensaio nuclear desde 2017. Disse “ao Presidente Xi que penso que eles têm a obrigação de deixar claro à Coreia do Norte que não devem realizar testes nucleares”, revelou Biden após a reunião. Xi avisou Biden de que iniciar uma guerra comercial e tecnológica, procurando a desvinculação económica ou o corte das cadeias de abastecimento, “não serve os interesses de ninguém”. A Casa Branca apenas aludiu às práticas chinesas que vão contra a economia de mercado e não fez qualquer menção às tarifas que o ex-presidente Donald Trump (2017-2021) impôs às importações chinesas e que Biden manteve. Também não abordou as novas restrições que Washington colocou à venda de ‘microchips’ chineses.
Hoje Macau China / ÁsiaPresidente chinês quer resolver dívida soberana dos países mais pobres O Presidente chinês, Xi Jinping, pediu ontem que as instituições financeiras internacionais e credores comerciais “participem” e façam “esforços” para reduzir e suspender as dívidas dos países em desenvolvimento. Durante a sua participação na cimeira do G20, Xi assegurou que essas organizações “são os principais credores dos países em desenvolvimento” e instou especificamente o Fundo Monetário Internacional (FMI) a “acelerar” os empréstimos aos países mais pobres. “A China lançou a Iniciativa de Suspensão do Serviço da Dívida do G20 (DSSI) e, no seu âmbito, suspendeu a maior quantia em empréstimos entre todos os membros”, afirmou o líder chinês. Xi Jinping disse ainda que a “China também trabalhou com alguns membros do G20, no âmbito do Quadro Comum para o Tratamento da Dívida, ajudando assim os países em desenvolvimento a ultrapassar um momento difícil”. A reestruturação da dívida dos países em desenvolvimento deve ser um dos temas na cimeira, que se realiza na ilha de Bali, na Indonésia. Os parceiros latino-americanos do G20 (Argentina, México e Brasil), em particular, estão interessados em criar as condições que lhes permitam reestruturar a sua dívida de longo prazo. Mundo frágil Xi enfatizou ainda que a economia mundial está numa posição “frágil” devido à “tensa situação geopolítica, governação global inadequada e a sobreposição de múltiplas crises em áreas como alimentos e energia”. Pediu que se “evitem divisões e políticas de confronto entre blocos”, apelando aos líderes dos vários países que “trabalhem de mãos dadas para abrir novos horizontes de cooperação”. O Presidente chinês realçou que a China propôs a Acção do G20 sobre Inovação e Cooperação Digital e que está “ansiosa para trabalhar com todas as partes para promover um ambiente aberto, equitativo e não discriminatório para o desenvolvimento da economia digital, visando reduzir o fosso digital entre os hemisférios Norte e Sul”. Xi manifestou assim o seu apoio à adesão da União Africana ao G20, e disse que o grupo deve “ter sempre em mente as dificuldades dos países em desenvolvimento e atender às suas preocupações”. “Dados os retrocessos sofridos pela globalização económica e os riscos de recessão enfrentados pela economia mundial, todos estamos a atravessar um momento difícil, sendo que os países em desenvolvimento são os mais afetados”, acrescentou. Comércio mundial mais aberto O líder chinês também pediu que se promova “activamente” a reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC) para avançar com a “estruturação de uma economia mundial aberta”. “O comércio global, a economia digital, a transição verde e o combate à corrupção são fatores relevantes que impulsionam o desenvolvimento global. Devemos avançar na liberalização e facilitação do comércio e do investimento”, acrescentou. Xi apontou que a sua proposta para assuntos de segurança, designada Iniciativa de Segurança Global (GSI), visa “manter o espírito da Carta da ONU, agir de acordo com o princípio da indivisibilidade da segurança e persistir no conceito de segurança comum, abrangente, cooperativa e sustentável “. A China “advoga a neutralização de conflitos por meio de negociações, a resolução de disputas por meio de consultas e o apoio a todos os esforços que levem à resolução pacífica de crises”. Em relação às alterações climáticas, Xi indicou que é necessário fazer uma transição para o desenvolvimento verde e com baixas emissões de carbono, mas que para isso “é imperativo cumprir o princípio de responsabilidades comuns, mas diferenciadas, e fornecer apoio aos países em desenvolvimento em termos de fundos, tecnologias e capacitação”, disse. O líder asiático também se pronunciou sobre o que considerou o “desafio mais premente para o desenvolvimento global”: a segurança alimentar e energética, cuja crise ele atribuiu às cadeias de fornecimento e falta de cooperação internacional. “Devemos fortalecer a cooperação na supervisão e regulação do mercado, estabelecer parcerias na áreas das matérias-primas, desenvolver um mercado de matérias-primas aberto, estável e sustentável, além de trabalhar em conjunto para desbloquear cadeias de fornecimento e estabilizar os preços no mercado”, apontou.
Hoje Macau SociedadeFeira de Produtos de Marca | IPIM satisfeito com vendas das empresas O Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM) indicou ontem que a Feira de Produtos de Marca da Província de Guangdong e Macau (GMBPF) deixou parte das empresas expositoras satisfeitas com os resultados alcançados a nível de vendas. O evento que decorreu no fim-de-semana reuniu mais de 350 empresas “que exibiram e venderam no local produtos de qualidade de Guangdong, de Macau e dos países abrangidos pela iniciativa Uma Faixa, Uma Rota”. Foram também organizadas mais de 140 sessões de bolsas de contactos físicas e virtuais e, ao longo dos três dias da feira, as transmissões ao vivo de sessões de vendas e apresentações de produtos obtiveram mais de um milhão de visualizações. “As empresas de Macau afirmaram que a venda foi bastante satisfatória, traduzida na reposição de mercadorias por várias vezes durante os três dias da exposição”, dando conta da “expansão da clientela e procura de oportunidades de negócio”. O IPIM fez também questão de salientar que 118 expositores oriundos das nove cidades da Grande Baía marcaram presença na edição deste ano do certame, o que representou uma subida de quase 50 por cento em relação à edição de 2021.
Hoje Macau SociedadePensões | PSD quer complemento para reformados de Macau O Partido Social Democrata (PSD) terá apresentado uma proposta para que os pensionistas residentes em Macau sejam abrangidos pelo “complemento excepcional a pensionistas”. A informação foi divulgada ontem por Rita Santos, presidente do Conselho Regional da Ásia e Oceânia do Conselho das Comunidades Portuguesas do Círculo China, Macau e Hong Kong, através de um comunicado. “O deputado António Maló de Abreu respondeu à Comendadora Rita Santos que o PSD já apresentou uma proposta no sentido de eliminar a discriminação no Decreto-Lei n.º 57-C/2022, de 6 de Setembro”, é revelado. Caso a alteração seja aprovada, os pensionistas da Caixa Geral de Aposentações a residir no estrangeiro também poderão receber o complemento de pensão. Rita Santos está actualmente em Lisboa para participar nas reuniões do Conselho Permanente do Conselho das Comunidades Portuguesas que decorrem até hoje. Além disso, foram agendados encontros com os grupos parlamentares do Partido Socialista, Partido Social Democrata, Iniciativa Liberal, Chega, Pessoas-Animais-Natureza e Livre. No âmbito desta deslocação, Rita Santos, enquanto membro do Conselho Permanente das Comunidades Portuguesas, deverá ainda ser recebida pelo presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa.
Hoje Macau SociedadeGP Macau | Previstos 20 mil visitantes diários Andy Wu, presidente da Associação de Indústria Turística de Macau, prevê que cheguem ao território cerca de 20 mil turistas por dia, durante a realização do Grande Prémio de Macau. Ao jornal Ou Mun, Andy Wu explicou que a expectativa está em linha com os números do ano passado, porque a principal fonte de visitantes é a província de Guangdong. No entanto, como há um surto activo de covid-19 em Cantão, e Macau também tem casos importados, o presidente da associação reconheceu que o número diário de visitantes até pode ser menor do que o esperado. No ano passado, o número de visitantes no primeiro dia do Grande Prémio foi de 35 mil. Turismo | Pedidas medidas para atrair estrangeiros O deputado Cheung Kin Chung defende que com a futura ampliação do Aeroporto Internacional de Macau vai ser necessário criar medidas para tornar Macau um centro mundial de lazer. O objectivo passa assim por atrair não só visitantes do Interior, mas também do estrangeiro. Ouvido pelo jornal Ou Mun, o também presidente da Associação dos Hoteleiros de Macau apontou que o sector hoteleiro local é bem-desenvolvido e pode oferecer acomodação com qualidade, com preços e actividades diversificadas, sendo altamente competitivo. Mesmo assim, Cheung Kin Chung pediu que não se abdique do mercado do Interior e que também se tente fazer esse segmento crescer.
Hoje Macau Eventos“Há mais leitores e carinho por Saramago do que supúnhamos”, diz Pilar del Rio No centenário de José Saramago, Pilar del Rio surpreendeu-se por descobrir que há “mais leitores e carinho pelo escritor” do que supunha, e destaca a sua actualidade, quando fala da cegueira da sociedade, da perversidade das guerras, da injustiça social. Em vésperas de celebrar o centenário de José Saramago, que se assinala no dia 16 de Novembro, Pilar del Rio, companheira do escritor por “quase 30 anos”, e com quem continua a viver através da memória, trabalhando para perpetuar a sua obra e pensamento, fala à agência Lusa da descoberta de uma universalidade do escritor maior do que imaginava. Fazendo o balanço de um ano de comemorações do centenário, que arrancaram oficialmente no dia 16 de Novembro de 2021, quando o escritor faria 99 anos, Pilar del Rio, que preside à Fundação José Saramago, diz que “há mais leitores” do que imaginava e mais carinho pelo escritor” do que supunha, e que “a sociedade é generosa quando se trata de agradecer a um homem que compartilhou o que tinha, as suas reflexões, a sua capacidade de efabular, o seu olhar e até a sua casa”. Questionada sobre se ainda há muito trabalho a fazer na divulgação de José Saramago e da sua obra, Pilar del Rio respondeu, numa entrevista por escrito, afirmando ter dúvidas de que “em Portugal existam muitas casas onde não haja pelo menos um livro de José Saramago”. “Sei que há casas sem livros, isso é uma dor, porque se não há livros é sinal de que há outras carências, inclusive de comida. Mas nas casas com livros seguramente há um exemplar de José Saramago, é um bem português, os leitores de Portugal sabem-no e cuidam-no”. Diálogos com a actualidade Apesar de já terem passado 12 anos sobre a morte do escritor, a sua obra mantém-se actual, porventura mais ainda, considera Pilar, assinalando que José Saramago é “um autor contemporâneo que reflecte sobre a cegueira da sociedade, sobre as mentiras e as ocultações da história, ou sobre a perversidade das guerras”. E questiona: “O seu livro publicado, inacabado, ‘Alabardas’, diz que se existem fábricas de armas é preciso criar outras fábricas que gerem conflitos, é o que vemos hoje. É ou não actual?”. “Sem dúvida, é um contemporâneo que fala das nossas perplexidades como seres humanos, das sociedades em que vivemos e nos movimentos que se projectam para trazer e levar a massa humana de um lugar ao outro, muitas vezes parece que em direção ao precipício. Quando vemos como o número de excluídos aumenta no mundo e em Portugal, gente que nasce pobre e pobre morrerá, é justo fazer a pergunta que Saramago fazia: quem assinou isto em meu nome? Milhões e milhões de excluídos no mundo, isso é democracia? Perguntava-se Saramago. É ou não actual essa pergunta?”, acrescenta Pilar. Para a presidente da Fundação José Saramago, as ideias e o pensamento do escritor, presentes em obras como “Ensaio sobre a cegueira”, “A caverna”, “Ensaio sobre a lucidez” e “As intermitências da morte”, continuam a dialogar com os dias de hoje. “Penso que a cidade dos cegos, a do voto em branco, a das intermitências da morte, é o mundo: em todas as partes há cegos que vendo, não veem, há gente com vontade de fazer um mundo melhor, que é o que se conta no ‘Ensaio sobre a Lucidez’. E em todos os lugares queremos que o amor nos salve da dor da morte: com amor a morte é menos selvagem”. Manter a obra Refletindo sobre os anos vividos sem a presença de Saramago, mas com o sentimento de que continuam “juntos” e uma dedicação ao enorme legado do Nobel, que ajudou a construir, Pilar explica que a fundação tem “o ‘mandato Saramago’ como trabalho e também como vocação”. “Continuamos, todos os dias, a obra de José Saramago, a literatura e o pensamento, as ideias humanistas e de progresso que eram suas e que assumimos como nossas ao trabalharmos nesse projecto que é a fundação”, disse, garantindo ser sua intenção continuar, “seguir adiante, agora com força renascida ao ver tantas pessoas no mundo todo que lêem e valorizam a obra de José Saramago”. “A nossa função é preservar esse legado, e também o legado do carinho”, acrescenta. Sobre a possibilidade de virem ainda a encontrar-se inéditos de José Saramago, como aconteceu com algumas notas, teatro e até um romance, Pilar é taxativa ao afirmar que já “não há surpresas”. “Há inéditos da juventude que serão publicados em edições de estudo para que se conheça melhor o autor, mas não há obras acabadas que não foram publicadas, nem outro ‘Caderno de Lanzarote’ ou outra ‘Claraboia’. Lamentavelmente, José Saramago não tinha uma arca como [Fernando] Pessoa, mas mesmo assim deu-nos muito, deu-nos a vida toda”, esclarece aquela que foi a companheira do escritor desde 1988 [apesar de se terem conhecido em 1986] até à sua morte, em 2010.