Suspeitos de burla aguardam julgamento em prisão preventiva

Quatro suspeitos de burla, que alegadamente se fizeram passar por agentes policiais, vão aguardar julgamento em prisão preventiva. A informação foi divulgada na sexta-feira pelo Ministério Público (MP), através de um comunicado.

De acordo com as informações apresentadas, os quatro são “suspeitos de prestar apoio a um grupo criminoso transfronteiriço, instalando equipamentos de comunicação em rede em Macau” que permitiram aos criminosos passarem-se por “por funcionários de serviços públicos, polícia, Ministério Público, tribunais e fornecedores de telecomunicações”.

A mesma fonte aponta que um dos detidos é suspeito de ser um dos membros do grupo principal criminoso que terá burlado 45 pessoas num valor aproximado de 24 milhões de patacas.

Os quatro indivíduos estão indiciados pela prática dos crimes de “utilização de dispositivo informático para simular estação de serviços de telecomunicações móveis”, punido com uma pena que pode chegar aos cinco anos de prisão, “crime de burla informática” (pena de prisão que pode chegar a 10 anos), “branqueamento de capitais” (até oito anos de prisão) e ainda de “burla e de burla de valor consideravelmente elevado” (até 10 anos de prisão).

O suspeito de fazer parte de uma associação criminosa enfrenta ainda a acusação de crime de associação criminosa, que acarreta uma pena que pode chegar a 10 anos de prisão.

Vender a bexiga

Além dos quatro detidos por burlas telefónicas, foram igualmente detidas outras duas pessoas que as autoridades suspeitam estarem envolvidas em burlas com a venda de bexiga de peixe (ictiocolas) ao que o Ministério Público admite serem “lojas de comércio paralelo” e “indivíduos que exercem actividades de comércio paralelo”. Além de ser comestível, a bexiga de peixe pode ter vários usos, inclusive na cerveja, para lhe dar uma cor mais clara.

Segundo o MP, os dois indivíduos apresentaram as ictiocolas como sendo um produto de luxo aos interessados, quando na realidade eram um produto sem grande valor. Estes dois arguidos ficam a aguardar julgamento em liberdade. Os dois sujeitos estão indiciados pelos crimes de burla. De acordo com o MP, entre Janeiro de 2022 e Abril de 2023, foram autuados 2015 inquéritos e deduzidas 508 acusações pela prática do crime de burla.

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