Hoje Macau China / ÁsiaCCPPC | Wang Huning exige “trabalho” em prol do desenvolvimento de Macau e HK Wang Huning, membro do Comité Permanente do Politburo do Partido Comunista da China, juntou-se na quarta-feira às discussões com conselheiros políticos nacionais de Hong Kong e Macau, que participam da primeira sessão do 14º Comité Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês. Wang exigiu “trabalho” para reforçar a confiança no desenvolvimento de Hong Kong, Macau e de todo o país, e colocar plenamente em prática “os papéis únicos de Hong Kong e Macau no avanço da revitalização da nação chinesa em todas as frentes através de um caminho chinês para a modernização”. Wang sublinhou ainda a importância de implementar de forma plena, fiel e resoluta a política de “um país, dois sistemas”, sob a qual a população de Hong Kong administra Hong Kong e a população de Macau administra Macau, ambos com um elevado grau de autonomia. “Garantir que o governo central exerça jurisdição geral sobre as duas regiões é imperativo, pois isso garante que Hong Kong e Macau sejam administrados por patriotas”, afirmou. Wang pediu ainda aos conselheiros políticos das RAE que participem activamente da salvaguarda da segurança nacional, da promoção do desenvolvimento, da abordagem das preocupações e dificuldades das pessoas na vida diária e da reunião da sabedoria e força para garantir o sucesso constante e contínuo da política de “um país, dois sistemas”.
Hoje Macau Grande Plano MancheteConflito | Sucessor de Pelosi vai receber Tsai Ing-wen, Pequim reage Segundo a China, os EUA dizem uma coisa e fazem outra. Num dia dizem respeitar o princípio “uma só China”, no outro recebem ao mais alto nível os líderes pró-independência de Taiwan. Pequim afirma ter razões para não confiar em quem se assume como competidor mas que se comporta como “provocador” e “inimigo”. Ou seja, os níveis de confiança são mínimos Os meios de comunicação social dos EUA revelaram recentemente que o substituto de Nancy Pelosi no Congresso dos EUA Kevin McCarthy irá encontrar-se com a líder taiwanesa Tsai Ing-wen nos EUA. Na terça-feira, McCarthy confirmou os seus planos de se encontrar com Tsai nos EUA. Este facto está a despertar reacções vigorosas da China, que acusa os EUA de “retórica hipócrita” e de trazer “mais tumulto às relações China-EUA”. De facto, enquanto o porta-voz da Casa Branca para a segurança nacional, John Kirby, ter afirmado na terça-feira que os EUA “respeitavam a política de uma só China” e não queriam ver uma mudança no “status quo” do Estreito de Taiwan, as acções provocatórias de McCarthy tornaram, segundo a China, “as palavras de Kirby suspeitas e trouxeram mais preocupações às tensas relações China-EUA”. “Estamos seriamente preocupados com isto e fizemos sérias diligências junto dos EUA exigindo esclarecimentos”, disse Mao Ning, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, numa conferência de imprensa na quarta-feira. “Como o Ministro dos Negócios Estrangeiros Qin Gang deixou claro, Taiwan faz parte do território sagrado da República Popular da China… A questão de Taiwan é o cerne dos interesses centrais da China, a base da fundação política das relações China-EUA, e a primeira linha vermelha que não deve ser atravessada nas relações China-EUA”, disse Mao Ning. Cumprir a palavra ou talvez não “Instamos os EUA a respeitarem os três comunicados conjuntos China-EUA, a cumprirem o compromisso dos líderes americanos de não apoiarem a ‘independência de Taiwan’ ou ‘duas Chinas’ ou ‘uma China, uma Taiwan’, a pararem com todas as formas de interacção oficial com Taiwan, a pararem de actualizar os seus intercâmbios substantivos com a região, e a pararem de obscurecer e esvaziar o princípio de uma só China”, disse Mao. “Se a reunião de McCarthy com Tsai for para a frente, dará mais um duro golpe nas relações China-EUA e com a fundação política a ser repetidamente sabotada por políticos norte-americanos, as relações bilaterais estarão em tumulto”, disse Li Haidong, professor no Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Negócios Estrangeiros da China. A China tomou medidas firmes quando a antecessora de McCarthy, Nancy Pelosi, fez uma visita a Taiwan em Agosto de 2022, incluindo a organização de exercícios militares em redor da ilha e o corte de vários canais de comunicação entre militares e outras áreas de diálogo bilateral com os EUA. “Como presidente do Congresso dos EUA, McCarthy é o segundo na linha de sucessão presidencial dos EUA e o seu plano de se encontrar com Tsai é uma provocação grave e uma interferência nos assuntos internos da China, independentemente das desculpas que o governo e os políticos dos EUA possam dar”, disse Diao Daming, professor associado da Universidade Renmin. “Nos cálculos políticos de McCarthy, as relações China-EUA não são a sua preocupação. McCarthy preocupa-se apenas em como mexer nas relações bilaterais para maximizar os seus próprios interesses e criar problemas para a administração Biden”, disse Diao. Concorrência ou conflito? Analistas chineses criticaram “a conivência do Presidente dos EUA Joe Biden com a visita de Pelosi à ilha de Taiwan e instaram o Presidente dos EUA a cumprir as suas promessas à China, em vez de fecharem os olhos à provocação de McCarthy aos interesses centrais da China”. “Os EUA afirmaram que procuram concorrência, não conflito com a China, mas o que fizeram foi o oposto. A administração Biden usa a táctica de “dizer uma coisa e fazer outra” para lidar com as relações com a China, tentando enganar o mundo – isto também revela a sua mentalidade de tentar manter a hegemonia, mas tentando evitar estar profundamente envolvido em questões espinhosas”, disse Diao. O Ministro dos Negócios Estrangeiros Qin salientou na sua conferência de imprensa de terça-feira que a chamada competição dos EUA com a China é, de facto, uma supressão e contenção total, um jogo de soma zero onde um vive e o outro morre. “Como um corredor desonesto numa corrida olímpica, os EUA não querem fazer o seu melhor, mas querem fazer tropeçar o seu rival. Isto não é justo, mas jogo sujo absoluto”, disse Qin. “Dada a sua complicada política interna, a mentalidade de alguns políticos falcões da Guerra Fria e a elevada possibilidade de a administração Biden brincar continuamente com o fogo, as relações China-EUA estão numa estrada mais acidentada”, concluiu Li.
Hoje Macau China / ÁsiaXinhua analisa big data da China e EUA e traça diferenças Uma análise de Big Data da Agência de Notícias Xinhua sobre as palavras de alta frequência mencionadas por legisladores e media numa quinzena de Janeiro indicou os focos diferentes dos legisladores dos EUA e da China. No 118º Congresso dos EUA, convocado a 3 de Janeiro, os legisladores concentraram-se em tópicos como “Biden”, “Trump”, “partido”, “eleição”, “Rússia” “China”, “militar” e “segurança nacional”. Dados colectados de mais de 6.350 fontes, incluindo reportagens dos meios de comunicação como The Washington Post, The New York Times e The Guardian, bem como documentos oficiais, mostraram que “Biden” e “Trump” eram os mais importantes tópicos, principalmente devido a um debate sobre uma suposta fraude eleitoral durante a eleição presidencial americana de 2020. Em comparação, as “duas sessões” locais chinesas, que incluíram reuniões da sua legislatura e do seu corpo consultivo político a nível local no mesmo período, discutiram intensamente “desenvolvimento”. Outras palavras mais usadas incluíram “economia”, “povo”, “saúde”, “ambiente verde”, “educação”, “COVID-19”, “consulta democrática”, “assuntos rurais” e “inovação”, de acordo com dados colectados a partir de 3.170 reportagens mediáticas relacionadas na primeira quinzena de Janeiro. Uma diferença clara é: ao longo de suas longas reuniões, o Congresso dos EUA não mencionou “povo” como um tópico chave, mas gastou muito tempo em “Rússia”, “China”, “militar” e “segurança nacional”. Analisando mais de perto as sessões do Congresso dos EUA, a pesquisa também descobriu que esses legisladores dificilmente pararam de se atacar ou de aproveitar todas as oportunidades para transferir culpas. Discussões sobre questões como “saúde”, “educação”, “verde”, “imposto”, “COVID-19”, “clima”, bem como “Ucrânia”, “tecnologia”, “comércio”, “energia” e “imigração” terminaram em batalhas partidárias. Embora ambos os lados tenham destacado a “economia”, os legisladores norte-americanos parecem concentrar-se em “energia”, “comércio” e “impostos” mais especificamente, enquanto os legisladores chineses tendem a se concentrar mais em “inovação”, “modernização”, “talento e educação”, “tecnologia”, “turismo” e “abertura”. Segundo a Xinhua, “os políticos dos EUA têm usado o conflito Rússia-Ucrânia como uma oportunidade para a procura hegemonia quando seu próprio povo está sofrendo o fardo da alta inflação”. Na guerra comercial que Washington travou contra Pequim, “foi o povo americano que pagou pelas tarifas adicionais impostas aos produtos chineses”, afirma a Xinhua. Além disso, prossegue a agência noticiosa oficial chinesa, “os cortes tributários implementados pelo anterior governo dos EUA permitiram aos bilionários nos Estados Unidos pagar menos, o que aumentou ainda mais a diferença de riqueza no país. E o governo democrata, que prometeu tributar os mais ricos e as maiores corporações, também não cumpriu as suas promessas de campanha”.
Hoje Macau EventosIC | Actividade “Troca de Livros” até 9 de Abril Decorre até ao dia 9 de Abril a actividade “Troca de Livros”, promovida pelo Instituto Cultural (IC) e inserida na iniciativa “Série de Actividades da Cidade de Leitura – Semana da Biblioteca de Macau 2023”. A “Troca de Livros” consiste na entrega de livros em segunda mão por parte dos utilizadores que os podem depois trocar por outras publicações que sejam mais do seu interesse, ou simplesmente deixar as obras que já não são lidas ou utilizadas. O período de entrega de livros em segunda mão decorre às segundas-feiras das 14h às 20h e de terça-feira a domingo das 8h às 20h em todas as bibliotecas públicas do território. Aquando da entrega, os leitores recebem uma ficha classificativa carimbada. A troca de livros por outros de valor equivalente acontecerá depois nos dias 22 e 23 de Abril no Centro Cultural de Macau e na biblioteca pública de Seac Pai Van. Os funcionários irão classificar cada livro de acordo com o seu preço original, sendo atribuído um ponto por cada dez patacas. Por cada ponto, será colocado um carimbo na ficha classificativa. A pontuação máxima atribuída por livro ou colecção será de 100 pontos. Livros sem preço recebem o valor de dez patacas. Não podem ser trocados livros escolares, cadernos de exercícios, revistas, publicações de cariz pornográfico ou religioso, livros de banda desenhada ou jornais publicados há mais de um ano, bem como livros turísticos publicados antes de 2021.
Hoje Macau EventosCasa Garden | Segunda edição da “Highly Collectable Art Fair” a partir de sábado A Casa Garden, delegação da Fundação Oriente (FO) em Macau volta a receber a exposição “Highly Collectable Art Fair”, naquela que é a segunda edição do evento. A inauguração acontece sábado, às 17h30, sendo que a exposição encerra no próximo dia 19. Esta segunda exposição realiza-se seis meses após a primeira edição, que foi bem recebida pelo público, segundo uma nota da FO. Esta mostra “é ligeiramente diferente da do ano passado, a qual se centrou em artistas locais e artistas de ukiyo-e japoneses”, sendo, portanto, “apresentadas esculturas em madeira de cultura sino-portuguesa pertencentes a coleccionadores locais e estrangeiros”. A FO explica que, ao longo dos séculos, e no decurso do desenvolvimento urbano, “este tipo de objectos decorativos, pertencentes a residências de empresários estrangeiros que viveram em Macau durante a época da administração portuguesa, quase desapareceu e raros são os que foram resgatados e preservados”. Assim, a “Highly Collectable Art Fair” apresenta cerca de 60 trabalhos artísticos “únicos e raramente expostos”, tal como peças de porcelana de exportação, de pinturas China Trade e de outros objectos. Além disso, a colecção chinesa inclui uma paisagem em miniatura de quatro painéis de Sun Yunsheng, discípulo de Zhang Daqian, cujo trabalho em pincel é precioso, pinturas a tinta de Feng Zikai, famoso pelas suas caricaturas, e, ainda, um esboço do célebre pintor a óleo chinês Ai Xuan. A colecção de arte ocidental integrada nesta mostra inclui litografias de Chagall, que são bastante populares entre os coleccionadores devido à sua acessibilidade. Também estão expostas algumas raras impressões em tamanho original das gravuras de Albert Durer, do final do século XIX, da Biblioteca Nacional de Paris.
Hoje Macau EventosCCM | “Percursos pela Dança” apresentado este fim-de-semana Estreia, esta sexta-feira, no pequeno auditório do Centro Cultural de Macau o espectáculo “Percursos pela Dança”, do grupo teatral “Hou Ying”. O espectáculo incorpora imagens vídeo que se misturam com movimentos corporais abstractos que revelam mensagens ligadas a ideias como avidez, hesitação, impulsividade ou confiança “Percursos pela Dança”, da companhia teatral Hou Ying, é o espectáculo que sobe ao palco do pequeno auditório do Centro Cultural de Macau (CCM) esta sexta-feira e sábado às 19h45, com uma duração de 60 minutos. Este promete ser um espectáculo “pleno de cores e linhas”, revelando “uma tonalidade e uma impressão de vida”. A nota divulgada pelo CCM descreve uma peça que mistura movimentos corporais abstractos com dramatização e imagens de vídeo, girando em torno dos conceitos de “avidez e hesitação, receios e impulsos para seguir em frente, confiança e independência, numa persistente procura pelo sentido da vida”. Esta é uma peça que “explora a relação entre os indivíduos e o mundo, a construção e destruição, a morte e renascimento”. Este espectáculo é encenado pela coreógrafa e artista independente Hou Ying, contando com música de Randall Love, da Universidade de Duke, nos EUA. A ideia para esta peça surgiu “das reflexões da própria coreógrafa sobre a vida”, sendo “um retrato do Homem a viver o presente, entre realidade e ilusão”. Desta forma, “o palco é exposto como uma cena resultante de um desastre, talvez um tsunami, um tremor de terra, durante a qual as pessoas foram separadas, soltadas, deixadas à deriva ou em conflito”. No entanto, “talvez nada disso aconteça, de facto, fora das nossas mentes, num mundo à beira do colapso e a desfazer-se”, descreve o CCM. Recorrendo à linguagem corporal, Hou Ying confronta o público “com as incertezas e dificuldades da vida, com as cores a representar tensão, e as linhas (suspensas) a representar percursos vividos, expondo por completo o estado das mentes humanas”. A peça propõe-se a apresentar uma visão “fanática e psicótica a uma atmosfera de sensualidade, racionalidade e pureza”, com uma “fisicalidade que é utilizada enquanto mensageira, libertando-se de uma corrente de auto-reconhecimento, escapando-se do corpo”. Dança de fusão Criada em 2011, em Pequim, a companhia teatral Hou Ying surgiu depois da coreógrafa ter criado o grupo “Dança Teatro Vision” em Nova Iorque. Hou Ying decidiu incorporar a sua formação em dança tradicional clássica chinesa, dança popular, ballet, ópera chinesa e artes marciais com as técnicas adquiridas nos EUA junto de mestres como Martha Graham, José Limon, Merce Cunningham e Trisha Brown. Desde então que a companhia de Hou Ying dedica-se a explorar a junção de conceitos coreográficos orientais e ocidentais. Desde 2011 que já foram apresentados os espectáculos “Interface”, “Infinitude”, em 2013, e “Tu Tu”, em 2014. O mais recente, apresentado no ano passado, intitulava-se “Desaparecer”. Tratam-se de espectáculos que podem ser considerados como “peças interdisciplinares de vanguarda”, incorporando “elementos teatrais, música experimental e arte contemporânea”. O grupo Dança Teatro Hou Ying já fez digressões em vários países, tendo passado ainda por vários festivais internacionais e instituições de prestígio, como é o caso do Tisch Theatre in Art Institute de Nova Iorque, o Festival de Artes ao Ar Livre do Centro Lincoln, o Festival de Arte Asiática de Nova Iorque ou o Openlook de São Petersburgo. Ao longo dos anos, o Dança Teatro Hou Ying estabeleceu-se internacionalmente enquanto companhia de dança contemporânea chinesa, e força motriz da fusão entre a cultura oriental e ocidental. Relativamente ao percurso de Hou Ying, o seu primeiro trabalho como coreógrafa foi “Night of Spirit”, tendo vencido o prémio maior do Concurso Internacional de Coreografia Moderna da Bielorrússia em 1996. Em 2001 foi-lhe atribuída uma bolsa do Concelho Cultural Asiático para pesquisar e criar em Nova Iorque. Um ano depois, na mesma cidade, a coreógrafa ingressou na companhia de Artes da Dança Shen Wan onde se tornou um elemento relevante no processo criativo, tendo aparecido por três vezes em artigos da revista do New York Times e eleita “Bailarina do Ano”, em 2004. Em 2008, Hou Ying regressou à China com a companhia Shen Wei para criar The Picture, um dos espectáculos de abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim. Em 2009, a sua carreira mudou o foco para a capital chinesa, onde estabeleceu a Dança Teatro Hou Ying. A companhia tornou-se numa das pioneiras de arte contemporânea multigénero, dedicando-se a promover o improviso e o ensino de dança contemporânea.
Hoje Macau China / ÁsiaCanadá | Pequim rejeita acusações de interferência nas eleições Pequim negou ontem ter interferido nos assuntos internos do Canadá, depois de o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, ter anunciado que vai nomear um investigador para combater a interferência da China nas eleições do seu país. “Alguns políticos canadianos estão a espalhar mentiras. Isso é simplesmente ridículo. A China não tem interesse em interferir nos assuntos internos do Canadá e nunca faria tal coisa”, disse a porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros Mao Ning, em conferência de imprensa. Pierre Poilievre, líder do Partido Conservador da oposição do Canadá, acusou recentemente o Partido Liberal de Trudeau de ter beneficiado com a alegada interferência da China nas eleições de 2019 e 2021. Poilievre também disse que a China doou 200.000 dólares para a Fundação Pierre Elliot Trudeau (ex-primeiro-ministro do Canadá e pai do actual governante). Os principais partidos da oposição pediram, nos últimos dias, a criação de uma comissão independente para investigar as denúncias sobre a ingerência da China nos resultados das duas últimas eleições do país. Trudeau disse que caberia ao investigador decidir se é necessário formar uma comissão de inquérito ou qualquer outra medida.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Proposta chinesa reflecte “interesses variados” e imagem de país responsável, diz analista Um analista considerou ontem o plano proposto pela China para o conflito na Ucrânia “vago” e a reflectir os “variados interesses” de Pequim, servindo sobretudo para projectar uma imagem como potência responsável. “A linguagem do documento não vincula ninguém a nada, incluindo Pequim”, observou Alexander Gabuev, especialista em política externa russa do Carnegie Endowment for International Peace, um grupo de reflexão (‘think tank’) com sede em Washington. O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Qin Gang, defendeu na terça-feira que o país fez uma “avaliação independente” sobre o conflito e que está empenhado na paz. “Nós publicamos um documento com propostas para a paz”, lembrou. No plano de Pequim, difundido no final de Fevereiro, destaca-se a importância de “respeitar a soberania de todos os países”, numa referência à Ucrânia, mas apela-se também para o fim da “mentalidade da Guerra Fria”, numa crítica implícita ao alargamento da NATO. A China pediu ainda o fim das sanções ocidentais impostas à Rússia. Pequim é sensível ao princípio da integridade territorial, face à questão de Taiwan e a movimentos separatistas dentro do seu território, mas a relação estratégica com a Rússia também é de “grande importância” para o país asiático, lembrou o analista. As duas nações partilham uma fronteira com mais de quatro mil quilómetros de distância e Moscovo é um importante fornecedor de petróleo e gás para a China. Pequim considera ainda a parceria com o país vizinho fundamental para contrapor a ordem democrática liberal, numa altura em que a relação com os Estados Unidos atravessa também um período de grande tensão. As relações com o Ocidente, porém, continuam a ser “cruciais” para a prosperidade económica e o avanço tecnológico da China, ressalvou Gabuev. “Pequim não deseja acelerar a inevitável ruptura com os Estados Unidos e os países aliados e perder, assim, o acesso à tecnologia, aos mercados e às praças financeiras ocidentais”, observou.
Hoje Macau China / ÁsiaJustiça | Poder judiciário promete servir a modernização Os tribunais e agências de procuradoria chineses vão esforçar-se para servir a modernização nacional, particularmente no desenvolvimento de alta qualidade do país, disseram o presidente do Supremo Tribunal Popular (STP), Zhou Qiang, e o procurador-geral, Zhang Jun, esta terça-feira. Um sistema de justiça com capacidade modernizada contribuirá para a modernização chinesa e fornecerá serviços judiciais poderosos para a construção de um país socialista moderno em todos os aspectos, disse Zhou, citado pelo Diário do Povo, ao apresentar um relatório de trabalho do Supremo Tribunal Popular na sessão em curso da 14.ª Assembleia Popular Nacional (APN). O desenvolvimento de alta qualidade do país precisa de um serviço judicial de alta qualidade, acrescentou. O STP planeia emitir directrizes para melhorar o ambiente de negócios para o sector privado. Os tribunais chineses tomarão medidas resolutas para proteger os direitos e interesses legítimos de propriedade das empresas privadas e empresários, de acordo com o relatório emitido. As políticas judiciais serão reforçadas em termos de direitos de propriedade, acesso ao mercado, concorrência justa e crédito social, a fim de facilitar o desenvolvimento de um mercado nacional unificado. Ao mesmo tempo, a protecção judicial dos direitos de propriedade intelectual será intensificada e serão tomadas medidas para conter o monopólio e a concorrência desleal. Os tribunais também vão melhorar no campo da abertura do país construindo a capacidade do sistema de justiça relacionada com o exterior. Ao relatar o trabalho da Suprema Procuradoria Popular (SPP) na sessão da APN no mesmo dia, Zhang também prometeu que as agências de procuradoria alavancarão totalmente o Estado de direito para facilitar o desenvolvimento de alta qualidade, indica o Diário do Povo. Crimes económicos graves serão punidos com toda a extensão da lei e as agências de procuradoria apoiarão o desenvolvimento impulsionado pela inovação e aumentarão a protecção dos direitos de propriedade intelectual, garantiu Zhang. Progressos e correções Tanto os tribunais quanto as agências de procuradoria fizeram progressos notáveis no serviço ao desenvolvimento económico do país nos últimos cinco anos, em termos de ambiente de negócios, segurança econômica, concorrência de mercado e abertura de nível mais alto. De 2018 a 2022, veredictos errados de 209 grandes casos criminais envolvendo direitos de propriedade foram corrigidos e 290 operadores de negócios foram absolvidos. “Todas as empresas foram tratadas igualmente, não importa se são estatais ou privadas, domésticas ou estrangeiras, pequenas ou grandes”, exaltou Zhou. Durante o mesmo período, tribunais de todo o país concluíram 95 mil casos comerciais relacionados ao exterior e 76 mil casos marítimos. Dez tribunais especiais foram criados para lidar com disputas comerciais internacionais. A China processou 13 mil pessoas por crimes relacionados a direitos de marcas, patentes, direitos autorais e segredos comerciais em 2022, um aumento de 51,2 por cento em relação a 2018, de acordo com Zhang. Nos últimos cinco anos, 621 mil pessoas foram processadas por perturbação do mercado e da ordem económica, um aumento de 32,3 por cento em relação aos cinco anos anteriores. As agências de procuradoria também se esforçaram para proteger os direitos legítimos das partes chinesas e estrangeiras ao lidarem com mais de 20 mil casos criminais relacionados com o exterior nos cinco anos mais recentes. O desenvolvimento de alta qualidade da China precisa muito de apoio e serviços das agências judiciais. Estas, por sua vez, também devem continuar a simplificar-se e reformar-se, disse Tang Weijian, professor da Faculdade de Direito da Universidade Renmin da China. “Acredito que a perspectiva de um Estado de direito socialista na China terá um futuro mais brilhante, assim como a modernização chinesa”, destacou Tang, também deputado da 14ª APN.
Hoje Macau SociedadeDSAL | Vagas para transportes públicos, comércio e hotelaria A Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) vai organizar, nos próximos dias 15 e 16, duas sessões de emparelhamento de emprego para os residentes, disponibilizando 70 vagas para a área dos transportes públicos, nomeadamente condutores, encarregados de estações e técnicos de canalização e electricidade, entre outros. Os residentes podem ainda candidatar-se, no dia 16, a 35 vagas de emprego para o sector do comércio a retalho, tal como vendedores, encarregados de loja ou assistentes, entre outros. Por sua vez, no dia 21 serão disponibilizadas 134 vagas na área da hotelaria, enquanto para o sector dos serviços de lazer e de entretenimento haverá 190 ofertas de emprego. A sessão de emparelhamento de emprego para o sector de transportes públicos será realizada no Centro de formação de técnicas profissionais da Federação das Associações dos Operários de Macau, enquanto a sessão de emparelhamento de emprego para o sector de comércio a retalho terá lugar na sede da Federação das Associações dos Operários de Macau, no Edifício das Associações dos Operários. As inscrições podem ser feitas até ao dia 14. As sessões para o sector hoteleiro decorrem no Hotel Roosevelt e as inscrições decorrem até ao dia 17.
Hoje Macau PolíticaU U Sang nomeado presidente do IPIM U U Sang foi nomeado definitivamente para exercer o cargo de presidente do Conselho de Administração do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM). A tomada de posse aconteceu ontem. Desde 27 de Maio do ano passado que U desempenhava estas funções como “presidente substituto”. Na cerimónia de tomada de posse, de acordo com o comunicado do IPIM, U U Sang prometeu promover a “estratégia de desenvolvimento da diversificação adequada das indústrias ‘1+4’”, nomeadamente através das “actividades de atracção de investimentos e negócios, da promoção da indústria de convenções e exposições e da Plataforma de comércio Sino-Lusófono”. O responsável prometeu ainda, através do IPIM, “promover, da melhor forma, a diversificação adequada da economia local” e “desempenhar constantemente o papel de Macau enquanto Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa”. U U Sang é licenciado em Economia pela Universidade de Jinan, onde também concluiu um mestrado, na mesma área, mas focado nas Finanças Internacionais. Em Macau, obteve um mestrado em gestão de empresas, na Universidade de Macau, e o Doutoramento em Gestão, pela Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau. Desempenhou funções de bancário entre 1998 e 2022, ano em que ingressou no IPIM, onde foi subindo na hierarquia até chegar à posição de presidente.
Hoje Macau Grande Plano MancheteAPN | Plano de reformas nas áreas tecnológica e financeira responde aos novos desafios A China pretende responder aos novos desafios que lhe são colocados através de um plano de aperfeiçoamento administrativo, que presta especial atenção aos sectores tecnológico e financeiro. Face aos boicotes americanos, Pequim procurará a auto-suficiência nessas áreas A China revelou na terça-feira um vasto plano de reforma para uma série de instituições estatais, com enfoque na reestruturação do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e no estabelecimento de uma administração reguladora financeira nacional, sublinhando “os esforços intensos do país para reforçar as suas capacidades científico-tecnológicas e a sua segurança económica e financeira no meio de incertezas externas crescentes”, revelou a Xinhua. O plano de reforma institucional, que também abrange áreas que vão desde a administração de dados, trabalho de assistência a idosos até aos direitos de propriedade intelectual e aos sectores agrícola e rural, está “em conformidade com o objectivo da liderança superior de melhorar a eficiência da governação para enfrentar riscos e desafios e prosseguir um desenvolvimento de alta qualidade”, observaram peritos chineses ouvidos pelo Global Times. O plano foi submetido na terça-feira à Assembleia Popular Nacional (APN), a principal legislatura da China, para deliberação. O plano faz parte de disposições tomadas no 20º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCC) para “aprofundar a reforma das instituições do Partido e do Estado”, e foi adoptado na segunda sessão plenária do 20º Comité Central do CPC, na semana passada. A extrema importância da tecnologia Uma das principais partes do plano revelado na terça-feira é a reestruturação do MST. Com a transferência de funções tais como a formulação de políticas tecnológicas para o sector agrícola para outros ministérios, o MCT será incumbido principalmente de um papel maior na melhoria de um novo sistema de mobilização da nação para fazer avanços tecnológicos. Para isso, será criada uma comissão central de ciência e tecnologia para reforçar a liderança centralizada e unificada do Comité Central do PCC sobre o trabalho relacionado com a ciência e a tecnologia. Explicando o plano aos legisladores nacionais, o Conselheiro e Secretário-Geral do Conselho de Estado Xiao Jie disse que “o MCT será reestruturado para melhor atribuir recursos para superar os desafios nas tecnologias-chave e centrais, e avançar mais rapidamente para uma maior auto-suficiência em ciência e tecnologia”, de acordo com Xinhua. “Os EUA têm intensificado incessantemente a sua contenção do desenvolvimento da China, especialmente através da redução do fornecimento de componentes tecnológicos centrais à China. Só nos últimos dias, os EUA têm tomado ou estão a ponderar cada vez mais medidas de repressão contra empresas chinesas, incluindo uma proibição de exportação de dezenas de entidades chinesas. No meio de tal contenção e políticas hostis, a China precisa de mobilizar todos os recursos para construir as suas próprias capacidades e optimizar eficazmente o seu sistema de governação de modo a melhor enfrentar os desafios externos”, disse Zhang Shuhua, director do Instituto de Ciências Políticas da Academia Chinesa de Ciências Sociais, ao Global Times. Ainda segundo a Xinhua, “as empresas tecnológicas saudaram o plano de reforma do MCT como um grande passo para permitir que o ministério se concentre nos avanços tecnológicos”. Como muitas funções do MCT que não estão relacionadas com a própria tecnologia foram transferidas, pode “concentrar-se mais na coordenação de recursos para lidar com certas tecnologias avançadas e especiais”, disse um representante de uma das principais empresas de tecnologia da China. Dong Shaopeng, um investigador sénior do Instituto Chongyang de Estudos Financeiros da Universidade de Renmin, disse que “a reforma do MCT é conducente à melhoria do sistema de todo o país, promovendo a inovação científica e tecnológica, e irá romper com as tecnologias de ‘estrangulamento’”. Enfrentar os riscos financeiros Noutro esforço para melhorar a capacidade reguladora e a eficiência para enfrentar os riscos financeiros, o plano de reforma inclui amplas reformas do seu mecanismo regulador financeiro, tanto a nível nacional como local. Assim, a China criará uma administração reguladora financeira nacional. Directamente sob o Conselho de Estado, a administração proposta será responsável pela regulamentação do sector financeiro, com excepção do sector dos valores mobiliários. Esta nova entidade será estabelecida com base na Comissão Reguladora Bancária e de Seguros da China, que não se manterá e certas funções da mesma serão transferidas para a nova administração, de acordo com a Xinhua. “Esta ronda de reformas institucionais destaca a ênfase do país na prevenção de riscos”, disse o professor da Universidade de Finanças e Economia de Tianjin, Cong Yi, observando que o rápido desenvolvimento do mercado financeiro chinês, especialmente no sector financeiro, requer um sistema e mecanismo de regulação actualizado. Para além do rápido crescimento do mercado de capitais chinês, “uma situação geoeconómica global em rápida mutação exige capacidades acrescidas para prevenir e neutralizar os riscos, a fim de garantir a segurança económica e financeira”, foi ainda observado. De acordo com o Relatório de Trabalho do Governo, a prevenção e desanuviamento efectivos dos principais riscos está entre as principais prioridades para 2023. O plano de reforma está de acordo com as reformas de mercado em curso, que visam colmatar lacunas regulamentares em certas áreas, tais como as questões da dívida no sector imobiliário e lidar com novos riscos à medida que a abertura financeira continua a expandir-se, de acordo com Tian Yun, um especialista macroeconómico. “Reforçar a supervisão financeira e prevenir riscos financeiros é um requisito inevitável do actual desenvolvimento económico”, disse Tian. Os dados ainda não estão lançados Com o objectivo de melhorar a regulamentação noutro sector crucial, o plano de reforma na terça-feira inclui a criação de um gabinete nacional de dados. O gabinete proposto, a ser administrado pela Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC), será responsável por fazer avançar o desenvolvimento de instituições fundamentais relacionadas com dados, coordenar a integração, partilha, desenvolvimento e aplicação de recursos de dados, e impulsionar o planeamento e construção de uma China Digital, a economia digital e uma sociedade digital, entre outros, de acordo com a Xinhua. “Os dados têm-se tornado cada vez mais um activo importante e uma moeda de troca na competição entre as grandes potências. Neste caso, a China levou a cabo reformas institucionais para reforçar a gestão de dados”, disse Tian, observando que o novo gabinete poderia desempenhar um papel importante em tal competição. Globalmente, o plano de reforma é considerado “um amplo esforço da liderança chinesa para enfrentar os desafios de curto e longo prazo que a economia chinesa enfrenta, incluindo as mudanças demográficas”. O plano inclui ainda melhorias no mecanismo de trabalho de cuidados aos idosos para implementar a estratégia nacional proactiva em resposta ao envelhecimento da população e expandir os serviços básicos de cuidados aos idosos para cobrir todos os cidadãos idosos, de acordo com a Xinhua. A China irá também melhorar o mecanismo de gestão dos direitos de propriedade intelectual (DPI) para actualizar a criação, aplicação, protecção e gestão dos DPI. Líderes seniores chineses participam nas deliberações da APN Os líderes seniores chineses Zhao Leji, Cai Qi e Ding Xuexiang, todos membros do Comité Permanente da do Comité Central do Partido Comunista da China (PCC), participaram na terça-feira nas deliberações da primeira sessão do 14º Congresso Nacional do Povo (NPC), a legislatura nacional da China. Ao participar em duas deliberações separadas com deputados das regiões administrativas especiais de Hong Kong e Macau, Zhao afirmou que a realidade provou que a política de “um país, dois sistemas” é uma “grande inovação do socialismo com características chinesas”. “A política ‘um país, dois sistemas’ provou ser o melhor arranjo institucional para assegurar a prosperidade e estabilidade sustentadas em Hong Kong e Macau após o seu regresso à pátria”, disse Zhao, acrescentando que deve ser respeitada a longo prazo, e apelou às duas RAE “para que se integrem melhor no desenvolvimento global da China, abram novos caminhos na prossecução da sua própria prosperidade e desenvolvimento, e desempenhem um papel mais importante na realização do rejuvenescimento nacional”. Cai, também membro do Secretariado do Comité Central do PCC, assistiu a uma deliberação com os seus colegas deputados da delegação da província de Qinghai e exortou à realização de novas realizações na promoção da conservação ecológica e do desenvolvimento de alta qualidade para o Planalto Qinghai-Tibet, exortando a província a assumir a sua missão de proteger a área Sanjiangyuan, que contém as fontes dos rios Yangtze, Amarelo e Lancang e é conhecida como a “torre de água da China”. Cai também exigiu esforços para “fomentar um forte sentido de comunidade para a nação chinesa e promover interacções, intercâmbios e integração entre todos os grupos étnicos”. Ding, também director do Gabinete Geral do Comité Central do PCC, salientou “os esforços para implementar plenamente as decisões e planos do Comité Central do PCC e fazer progressos sólidos no avanço da modernização chinesa numa deliberação com os deputados da APN da delegação da Província de Liaoning. “O presidente Xi exortou esforços para aprofundar a reforma e a abertura, promover um mercado eficiente e um governo que funcione bem, e acelerar o estabelecimento de um novo padrão de desenvolvimento centrado na economia nacional e que apresente uma interacção positiva entre os fluxos económicos nacionais e internacionais. Liaoning deveria tomar medidas concretas para consolidar e desenvolver inabalavelmente o sector público e encorajar, apoiar e orientar inabalavelmente o desenvolvimento do sector não público, de modo a desencadear um novo impulso e vitalidade de desenvolvimento”, concluiu Ding. Xi Jinping | Sector privado é “família” O presidente Xi Jinping exortou uma orientação adequada para o desenvolvimento saudável e de alta qualidade do sector privado, durante uma visita aos conselheiros políticos nacionais da Associação Nacional de Construção Democrática da China e da Federação Nacional de Indústria e Comércio da China, que estão a participar da primeira sessão do 14º Comitê Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês. Xi enfatizou que o Comité Central do PCC “sempre consolida e desenvolve inabalavelmente o sector público e incentiva, apoia e orienta inabalavelmente o desenvolvimento do setor privado”. “O Comité Central do PCC também adere aos princípios de que o estatuto e as funções do setor privado no desenvolvimento económico e social do país não mudaram, o princípio e as políticas para encorajar, apoiar e orientar inabalavelmente o desenvolvimento do sector não mudaram, e o princípio e as políticas para proporcionar um ambiente saudável e mais oportunidades para o sector não mudaram”, afirmou Xi. O presidente disse ainda que “as empresas privadas e os empresários pertencem à nossa própria família”.
Hoje Macau EventosCreative Macau | Yaya Vai expõe obras a partir de quinta-feira “Awaken and To Be Continued” é o nome da nova exposição de pintura e instalação de Yaya Vai, artista de Macau. Nesta mostra, Yaya revela estados de espírito de quem ainda se encontra num estado letárgico, sem conseguir seguir em frente, num limbo semelhante ao despertar de uma nova natureza A nova exposição da Creative Macau aposta em mais um talento local e volta a fazer referência aos tempos duros da pandemia. Em “Awaken and To Be Continued” [Desperta e em Continuação] Yaya Vai, natural de Macau, expõe, a partir de quinta-feira e até 4 de Abril, trabalhos de pintura e instalações artísticas que revelam estados de espírito de quem ainda precisa recuperar de tudo o que aconteceu nos últimos três anos. “As pessoas desejam que tenha sido apenas um sonho aquilo que aconteceu nos últimos anos. Se é tempo de acordar, estás pronto para isso? Seria como o termo solar ‘O despertar dos insectos’, quando a natureza se torna viva de novo depois de um período de hibernação. No entanto, se o ambiente mudou, o que precisamos é de nos prepararmos e seguir em frente. Qual é o teu plano e esperança para o futuro?”, explica-se numa nota. Yaya Vai acrescenta que, nos últimos anos, “tem havido muitos desconhecidos” em si mesma, com a vida a parecer “estagnada, sem uma porta de saída”. “Parece demasiado a ideia de ‘Vamos!’ para que eu siga em frente. Honestamente, ainda estou numa fase entre o despertar e o estar deitado. Esta série de trabalhos é um auto-diálogo. Sobre a ideia de ‘continuando’, necessito de esquecer o passado e seguir em frente. Pode não ser fácil alterar os maus hábitos e dar mais atenção ao ambiente e às pessoas em volta. Mas sei que o mundo continua a mover-se mesmo que eu continue deitada”, acrescenta-se na mesma nota. Da gestão e criatividade Esta não é a primeira vez que Yaya Vai expõe em Macau, tendo já revelado o seu trabalho como pintora no Salão de Outono, ao ser uma das artistas integrantes da exposição colectiva organizada pela Fundação Oriente, ou na Macau H853 Super Art Fair. Destaque ainda para a participação, em 2020, numa mostra colectiva com oito artistas de Macau que decorreu no bairro de São Lázaro. A exposição foi organizada pela Ark – Associação de Arte de Macau (AAMA, na sigla inglesa) e a Associação para a Promoção das Indústrias Criativas. Yaya Vai começou por se licenciar em Gestão de Empresas, mas depressa a arte passou a fazer parte do seu dia-a-dia como passatempo. Foi então que aprendeu a desenhar com caneta e a óleo e, mais tarde, obteve o certificado em Marketing de Artes Visuais e Gestão. A sua arte é, sobretudo, inspirada por temas florais e mais ligados ao universo feminino. Para a artista, “a arte é uma forma de reduzir o stress” e ela espera que o seu trabalho possa levar a uma maior consciencialização sobre a saúde emocional das mulheres.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul | Vítimas de trabalho forçado no Japão rejeitam plano de compensações Vítimas sul-coreanas de trabalhos forçados em tempo de guerra por empresas do Japão rejeitaram ontem a proposta do Governo da Coreia do Sul para pagar indemnizações sem o envolvimento directo das companhias japonesas. “Não aceitarei o dinheiro mesmo que morra à fome”, disse Yang Geum-deok, 94 anos, durante uma conferência de imprensa realizada no âmbito de um protesto na Assembleia Nacional, em Seul, citada pelo jornal The Korea Times. Yang reagia à proposta do Governo, divulgada na segunda-feira, de compensar as vítimas através de uma fundação pública financiada por empresas coreanas, em vez das empresas japonesas responsáveis pelos trabalhos forçados. O Japão ocupou a península coreana entre 1910 e 1945, e sujeitou muitos coreanos a trabalhos forçados em empresas como a Mitsubishi ou a Nippon Steel durante a Guerra do Pacífico (1941-1945), a extensão asiática da Segunda Guerra Mundial. Seul diz que cerca de 780 mil coreanos foram sujeitos a trabalhos forçados durante os 35 anos de ocupação japonesa, não incluindo mulheres que foram forçadas à escravidão sexual, segundo a agência francesa AFP. Tóquio considera que a questão das compensações foi resolvida pelo tratado de 1965, que normalizou as relações entre o Japão e a Coreia do Sul. Nos termos do tratado, Tóquio transferiu para Seul 800 milhões de dólares em diferentes pacotes de ajuda económica e empréstimos, a título de compensações pela ocupação ilegal da península. Apesar de Tóquio considerar que o tratado abrange as compensações individuais, o Supremo Tribunal sul-coreano ordenou, em 2018, que as empresas japonesas indemnizassem directamente as vítimas. O plano de Seul não implica um pedido de desculpas do Japão, como exigem as vítimas, e sugere contribuições voluntárias das empresas japonesas envolvidas nos trabalhos forçados para o fundo de compensação.
Hoje Macau China / ÁsiaPyongyang | Irmã de Kim Jong-un avisa Washington e Seul para resposta esmagadora A irmã do líder da Coreia do Norte avisou ontem que o país está pronto para tomar “medidas rápidas e esmagadoras” contra os Estados Unidos e a Coreia do Sul. A reacção de Kim Yo-jong surgiu depois de um avião norte-americano com capacidade nuclear ter sobrevoado na segunda-feira a península da Coreia, no âmbito de um exercício conjunto com aeronaves de guerra sul-coreanos. Kim Yo-jong não descreveu quais as acções planeadas, mas a Coreia do Norte tem vindo a testar frequentemente mísseis em resposta aos exercícios militares de Washington e Seul, os quais interpreta como um ensaio para preparar uma invasão. “Estamos atentos aos movimentos militares das forças dos EUA e dos militares fantoches sul-coreanos e estamos sempre em alerta para tomar medidas apropriadas, rápidas e esmagadoras em qualquer altura, de acordo com a nossa análise”, disse Kim Yo-jong, num comunicado citado pelos meios de comunicação estatais. “Os movimentos militares e todo o tipo de retórica por parte dos EUA e da Coreia do Sul, que são tão frenéticos a ponto de não serem ignorados, proporcionam sem dúvida [à Coreia do Norte] condições para ser forçada a fazer algo para os enfrentar”, acrescentou. A Coreia do Sul disse que estes exercícios demonstraram a capacidade dos aliados para dar uma resposta decisiva a potenciais agressões norte-coreanas. Num outro comunicado, também divulgado ontem, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Norte classificou a acção com o bombardeiro B-52 dos EUA uma provocação imprudente que empurra a situação na península “para o pântano sem fundo”. Na mesma nota, as autoridades norte-coreanas sublinharam não existirem “garantias de que não haverá um conflito físico violento” se as provocações militares dos EUA e da Coreia do Sul continuarem.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Xi Jinping condena “contenção e repressão” do Ocidente à China O Presidente chinês, Xi Jinping, condenou ontem o que classificou como “contenção e repressão” exercidas pelo Ocidente contra o país, de acordo com declarações citadas pela imprensa oficial. As relações da China com os Estados Unidos e vários países europeus deterioraram-se, nos últimos anos, face a questões de direitos humanos, comércio, tecnologia, acusações de espionagem ou diferendos sobre o estatuto de Hong Kong e Taiwan. Isto resultou na imposição de sanções contra entidades e líderes chineses, suscitando uma retaliação por parte de Pequim. “O ambiente de desenvolvimento externo da China passou por transformações rápidas e factores incertos e imprevisíveis que aumentaram muito”, disse Xi Jinping, citado pela agência de notícias oficial Xinhua. “Os países ocidentais, liderados pelos Estados Unidos, implementaram uma política de contenção, cerco e repressão contra a China”, descreveu. “Isto gerou desafios sem precedentes para o desenvolvimento do nosso país”, admitiu. As observações do líder, de 69 anos, que está prestes a obter um terceiro mandato presidencial inédito, foram feitas durante um encontro com membros de um comité consultivo, à margem da sessão anual da Assembleia Popular Nacional, o órgão máximo legislativo da China. Xi Jinping disse que os últimos cinco anos foram marcados por um novo conjunto de obstáculos, que ameaçam abrandar a ascensão económica do país asiático. As relações entre a China e os EUA atingiram um período particularmente tenso no mês passado, depois de um alegado balão de espionagem chinês ter sido abatido pelos militares norte-americanos. O caso forçou o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, a adiar uma visita à China. Em nome de uma suposta ameaça à segurança, os Estados Unidos multiplicaram nos últimos meses as sanções contra fabricantes de ‘chips’ semicondutores chineses, agora impedidos de adquirir tecnologia norte-americana e de países aliados, incluindo Japão e Holanda. Os semicondutores são essenciais no fabrico de alta tecnologia.
Hoje Macau China / ÁsiaSri Lanka diz que Pequim aceitou renegociar empréstimos A China aceitou renegociar os empréstimos concedidos ao Sri Lanka, anunciou ontem o Presidente da ilha, decisão que remove o obstáculo final a um pacote de resgate do Fundo Monetário Internacional (FMI). O Banco de Exportações e Importações chinês (China Exim) escreveu ao FMI, na segunda-feira, para informar o fundo que Pequim pretendia “reestruturar” os empréstimos ao Sri Lanka, disse o Presidente cingalês, Ranil Wickremesinghe. Perante o parlamento, em Colombo, Wickremesinghe disse esperar que a primeira parcela do resgate do FMI, no valor total de 2,9 mil milhões de dólares, chegue ainda este mês. “Assim que a carta do China Exim foi enviada ao FMI, assinei a carta de intenções do Sri Lanka para seguir o programa do FMI”, disse o Presidente. A ilha do sul da Ásia, com 22 milhões de habitantes, deixou de cumprir os pagamentos de uma dívida externa de 46 mil milhões de dólares em Abril de 2022. Pouco mais de 14 mil milhões de dólares do total da dívida externa constituem dívidas bilaterais a governos estrangeiros, dos quais 52 por cento à China. Para obter o resgate do FMI e restaurar as finanças públicas do Sri Lanka, o Governo de Wickremesinghe impôs aumentos de impostos, acabou com subsídios à gasolina e à electricidade e pretende vender empresas estatais deficitárias. O Sri Lanka vive uma crise económica sem precedentes que causou meses de escassez de alimentos e combustível. A crise originou protestos violentos, que culminaram em Julho com a invasão por parte de milhares de manifestantes da residência do então Presidente, forçando Gotabaya Rajapaksa a exilar-se. Wickremesinghe assumiu interinamente a presidência e acabou por ser eleito pelo parlamento como nono Presidente do Sri Lanka em 20 de Julho, tendo tomado posse no dia seguinte. Desde então, o Governo prendeu vários líderes das manifestações.
Hoje Macau China / ÁsiaComércio externo chinês volta a contrair nos dois primeiros meses do ano O ambiente económico exterior e a constante subida das taxas de juro complicam o desenvolvimento económico do país, que, no entanto, apresentou melhores resultados face ao mesmo período do ano transacto O comércio externo chinês voltou a contrair em Janeiro e Fevereiro, afectado pela queda na procura global, suscitada pela subida das taxas de juro nos Estados Unidos e Europa, que visa travar a inflação galopante. As exportações chinesas caíram 6,8 por cento, em termos homólogos, para 506,3 mil milhões de dólares, segundo dados das alfândegas chinesas publicados ontem. Trata-se, ainda assim, de uma melhoria, face à queda de 10,1 por cento, registada em Dezembro. As importações caíram 10,2 por cento, para 389,4 mil milhões de dólares, aprofundando a contracção de 7,3 por cento, registada no mês passado. O excedente comercial da China nas trocas com o resto do mundo subiu 0,8 por cento, em termos homólogos, nos dois primeiros meses do ano, para 116,9 mil milhões de dólares. A queda na procura global por bens chineses enfraqueceu, à medida que a Reserva Federal dos Estados Unidos e o Banco Central Europeu aumentaram, consecutivamente, as taxas de juro, visando travar a inflação galopante. Isto torna o crédito mais caro e enfraquece o consumo. “Não esperamos que as exportações recuperem”, afirmou Iris Pang, analista do banco holandês ING, num relatório. Novas metas A queda nas exportações complica os objectivos de Pequim de reanimar o crescimento económico, que caiu no ano passado para 3 por cento, o segundo ritmo mais lento desde a década de 1970. Pequim estabeleceu para este ano uma meta de crescimento de “cerca de 5 por cento”. O Partido Comunista Chinês está a tentar estimular o consumo interno para reduzir a dependência das exportações e investimento em grandes obras públicas. Um aumento da procura chinesa seria um impulso para os fornecedores globais, numa altura em que as vendas nos EUA, Europa e Japão estão em queda. Nos últimos anos, por exemplo, a China absorveu quase um terço das exportações brasileiras. As vendas a retalho e outros dados económicos começaram a melhorar, depois de as autoridades terem desmantelado, em Dezembro passado, a estratégia de ‘zero casos’ de covid-19, que deprimiu a actividade económica. A economia também está sob pressão devido a uma campanha para reduzir os níveis de alavancagem no sector imobiliário, um importante motor de crescimento da economia chinesa. A China relata os dados comerciais referentes a Janeiro e Fevereiro juntos para filtrar o efeito do feriado do Ano Novo Lunar, que calha em datas diferentes nos dois primeiros meses do ano. As exportações para os Estados Unidos caíram 21,8 por cento, em relação ao ano anterior, para 71,6 mil milhões de dólares. As importações de produtos norte-americanos caíram 5por cento, para 30,3 mil milhões de dólares. O excedente comercial politicamente sensível com os Estados Unidos diminuiu 30,9 por cento, para 41,3 mil milhões de dólares. As importações da Rússia, principalmente petróleo e gás, aumentaram 31,3por cento, em relação ao ano anterior, para 18,6 mil milhões de dólares. As exportações para a Rússia aumentaram 19,8 por cento para 15 mil milhões de dólares.
Hoje Macau Via do MeioUm poema de Li Bai Tradução de António Izidro 把酒問月 青天有月來幾時 我今停杯一問之 人攀明月不可得 月行卻與人相隨 皎如飛鏡臨丹闕 綠煙滅盡清輝發 但見宵從海上來 寧知曉向雲間沒 白兔搗藥秋復春 嫦娥孤棲與誰鄰 今人不見古時月 今月曾經照古人 古人今人若流水 共看明月皆如此 唯願當歌對酒時 月光長照金樽裏 Bebo e pergunto à Lua Poiso a taça e páro de beber para perguntar: quando surgirás, ó Lua, ali no céu azul? Sei que não te alcanço, trepando pelo luar, a ti, que a todos guardas, seja a norte ou a sul. Límpido espelho, sobre rubros palácios brilhas, resplandecente, esvais o verde véu da neblina; de um escuro mar, na noite ergues-te menina p’ra na aurora te ocultares na névoa que polvilhas. Primaveras e outonos, ano após ano, sem cessar, no elixir dos imortais, está o Coelho a laborar,1 mas quem poderá a solidão de Chang E aliviar?2 Gente de hoje que a Lua de ontem não viram, essa mesma Lua que os de ontem vislumbraram, gerações escorrem como as águas de um rio e, contudo, um dia houve em que todos te fitaram. Só espero, enquanto bebo – e à Lua eu devoto o meu cantar –, que na taça do meu vinho, branca Lua, nunca deixes de brilhar. Notas 1. Coelho O animal inseparável da festividade de Outono. Na mitologia chinesa simboliza a Lua; os dois elementos presentes na milenar tradição das lanternas de papel, em forma de coelho, com que as crianças se divertem, e no bolo característico que se come na noite de Quinze de Lua. Segundo a mitologia, na Lua, o coelho esmaga com um pilão ervas medicinais para elaborar o elixir da imortalidade. 2. Chang-E Deusa que voou da Terra para a Lua, depois de se ter apropriado da pílula da imortalidade de um imperador.
Hoje Macau SociedadeSJM | Perdas de 7,8 mil milhões de dólares de Hong Kong A concessionária do jogo SJM Holdings anunciou ter perdido cerca de 7,8 mil milhões de dólares de Hong Kong no ano passado, tendo os prejuízos aumentado 88,2 por cento. A Sociedade de Jogos de Macau Holdings Ltd., sublinhou que este valor inclui uma perda contabilística de 1,2 mil milhões de dólares de Hong Kong devido à renovação do hotel-casino Jai Alai, de acordo com um comunicado, enviado na segunda-feira, à bolsa de valores de Hong Kong. No ano passado, as seis operadoras de jogos em casino em Macau registaram prejuízos de 4,1 mil milhões de euros, ou mais 17,5 por cento do que no ano anterior. Desde 2020, as concessionárias – MGM, Galaxy, Venetian (Sands), Melco, Wynn e SJM – acumularam prejuízos de 12,7 mil milhões de euros devido às rigorosas medidas de prevenção e contenção da pandemia. As operadoras de casinos no território registaram perdas de 3,5 mil milhões de euros em 2021 e de 5,09 mil milhões de euros em 2020 – um valor recorde, de acordo com cálculos feitos pela Lusa.
Hoje Macau PolíticaPatriotismo | Chui Sai Peng apela ao fervor nacionalista José Chui Sai Peng, deputado de Macau na Assembleia Popular Nacional, considera que o futuro da política de Macau tem de passar por consolidar a tradição “Amar o País, Amar Macau” e por uma maior integração do Interior. O também empresário, defendeu que Macau tem de assumir um papel mais importante para o país, através da prática do princípio “Um País, Dois Sistemas com características de Macau”. O deputado encontra-se actualmente a participar na Assembleia Popular Nacional reunida em Pequim. Sobre estes trabalhos, considerou que se está a assistir ao início de “uma nova era e de uma nova viagem” e que todos em Macau se devem unir para promover a diversificação da economia do território e apoiar sempre o Governo, para que este objectivo seja alcançado.
Hoje Macau PolíticaGrande Baía | Pansy Ho recusa ser originária de Macau ou Hong Kong Nem de Hong Kong, nem Macau, em declarações à CCTV, Pansy Ho, filha de Stanley Ho, afirma ser uma cidadã da Grande Baía e recusa que a sua origem se possa resumir apenas às RAE. “Há pessoas que dizem que venho de Macau, outras que venho de Hong Kong, mas eu digo que a minha origem está na Grande Baía”, afirmou Pansy Ho. A milionária apontou ainda as suas raízes comuns com toda a população desta zona da China. “Dentro da Grande Baía, as pessoas das nove cidades e das duas regiões administrativas especiais bebem a água da mesma fonte do rio, partilhada há mil anos a cultura de Lingnan, e também gostamos de canja com carne de porco e ovos centenários. Somos também pessoas trabalhadores e com capacidade de resistir às adversidades”, acrescentou.
Hoje Macau PolíticaONU denuncia sub-representação das mulheres em cargos de topo Um relatório da ONU criticou a sub-representação das mulheres em cargos de topo na administração pública e empresas privadas, uma preocupação subscrita pelas deputadas Wong Kit Cheng e Agnes Lam. O Comité dos Direitos Económicos, Sociais e Culturais da ONU “continua preocupado com as informações de que os estereótipos de género persistem e que a representação das mulheres em cargos superiores na administração pública e nas empresas privadas continua a ser insatisfatória” “O comité está também preocupado com a menor taxa de participação das mulheres no mercado de trabalho e a concentração de mulheres em profissões tradicionalmente dominadas por mulheres, contribuindo para o fosso salarial entre homens e mulheres”, acrescenta o relatório, divulgado na segunda-feira, com as observações finais da ONU sobre o cumprimento do Pacto Internacional sobre os Direitos Económicos, Sociais e Culturais na China. À Lusa, a antiga deputada e docente universitária Agnes Lam afirmou que “há um ‘tecto de vidro’ na sociedade de Macau”. “Tecto de vidro” é uma metáfora geralmente usada para representar uma barreira invisível que impede a ascensão profissional para além de um determinado nível numa hierarquia. “Muito poucas mulheres conseguem chegar ao topo dos sectores público e privado. Além disso, é mais comum que os subordinados discriminem frequentemente as mulheres em papéis de liderança”, reforçou Agnes Lam, directora do Centro de Estudos de Macau. Tectos de vidro Até à data, nunca uma mulher ocupou o cargo de chefe de Governo. Apenas uma mulher integra o Governo composto por cinco secretários e somente existem cinco mulheres entre os 33 deputados da Assembleia Legislativa. A actual deputada no parlamento local Wong Kit Cheng disse à Lusa que “a avaliação e afirmação do trabalho e das capacidades das mulheres pode facilmente levar à injustiça e fazer a sociedade sentir que o ‘tecto de vidro’ ainda existe”. “Além disso, devido à baixa percentagem de mulheres na tomada de decisões públicas, as políticas e leis públicas são frequentemente consideradas sem a perspectiva de integração das mulheres e das famílias, o que dificulta o desenvolvimento da igualdade de género”, acrescentou aquela que é também a vice-presidente da Associação Geral de Mulheres de Macau. De acordo com a última base de dados das autoridades, de 2021, a proporção de mulheres em cargos de topo e directores governamentais, membros de comités consultivos e responsáveis ligados à Justiça diminuiu em comparação com o ano anterior.
Hoje Macau Manchete PolíticaONU | Preocupações sobre direito à greve e trabalhadores não residentes A ONU alerta para a falta de protecção laboral adequada para os trabalhadores não residentes na RAEM, assim como para a ausência de protecção para quem faz greve. O Governo contesta as críticas A ONU expressou preocupações sobre a garantia dos direitos laborais e das condições de trabalho dos trabalhadores não residentes em Macau, conclusões contestadas ontem pelo Governo da RAEM. As observações finais fazem parte de um relatório do Comité dos Direitos Económicos, Sociais e Culturais da ONU divulgado na segunda-feira, no qual se analisou o cumprimento do Pacto Internacional sobre os Direitos Económicos, Sociais e Culturais na China, que inclui Hong Kong e Macau. “O comité está preocupado com a proporção considerável de trabalhadores na economia informal, como por exemplo os trabalhadores pouco qualificados nas indústrias de serviços associados ao jogo, e com o facto de os trabalhadores não estarem adequadamente cobertos pelas leis laborais e de protecção social”, de acordo com o relatório. Por outro lado, a ONU valorizou “relatos de que os trabalhadores migrantes da construção civil e domésticos são vulneráveis a condições de exploração, tais como taxas de recrutamento, retenção de passaportes, e coerção baseada em dívidas, e que os trabalhadores domésticos são excluídos da protecção do salário mínimo”, bem como “com as informações de que as crianças e os migrantes são forçados a trabalhar longas horas e são vulneráveis ao sexo forçado e ao tráfico de trabalho, incluindo a restrição da sua liberdade de circulação, ameaçados de violência e sujeitos a violência”. Críticas lógicas O comité das Nações Unidas notou que a Lei Básica garante o direito de formar e aderir a sindicatos e à greve, mas afirmou estar “preocupado com o facto de não ter sido aprovada legislação para regulamentar este direito, e que a lei não preveja a negociação colectiva nem protecção específica contra retaliações sobre os trabalhadores que fazem greve”, assim como “com o facto de os empregadores e o governo estarem a influenciar certos sindicatos”. Outra das observações do Comité dos Direitos Económicos, Sociais e Culturais da ONU, incide no “número substancial de trabalhadores migrantes (classificados como trabalhadores não residentes), particularmente trabalhadores domésticos migrantes, estarem empregados sem contratos formais e, por conseguinte, excluídos do sistema de segurança social, e que uma série de empregadores retenha contribuições obrigatórias para o sistema de segurança social”. A violência doméstica é também alvo de um sublinhado das Nações Unidas: “O comité está preocupado com o facto de a Lei sobre a Prevenção e Combate à Violência Doméstica não abranger casais do mesmo sexo, e com relatórios sobre a sua insuficiente implementação no contexto de uma taxa de casos relativamente elevada, com uma baixa investigação e uma baixa taxa de acusação”. Por fim, no relatório salienta-se “a diminuição contínua das taxas líquidas de matrículas a nível do ensino pré-primário, que os filhos de migrantes estejam desproporcionadamente sobrerrepresentados nas taxas de não inscrição, e que as medidas tomadas (…) para aumentar estas taxas tenham sido insuficientes”. Por isso, o comité recomenda que Macau “redobre os seus esforços para aumentar as taxas de matrícula no ensino pré-primário e intensifique os seus esforços para assegurar que os filhos de migrantes tenham igualdade de oportunidades no acesso ao ensino pré-primário de qualidade”. Os melhores O Governo de Macau destacou o facto de a ONU ter reconhecido “os esforços envidados (…) em relação à prevenção e combate à violência doméstica, aumento dos dias de licença de maternidade e de paternidade e estabelecimento do salário mínimo”, ainda que esta remuneração não inclua as empregadas domésticas, que são sobretudo trabalhadoras migrantes. Quanto às preocupações expressas pelas Nações Unidas, Macau afirmou que “não é verdadeira a referência constante das Observações Finais onde se diz que ‘não há legislações concretas que protejam os trabalhadores das represálias resultantes da participação em greves’”. Por outro lado, sublinhou que “relativamente à negociação colectiva, (…) a sociedade ainda não chegou ao consenso sobre esta matéria, sendo que as legislações vigentes também não impedem que as partes laboral e patronal procedam à comunicação e negociação a respeito das condições de trabalho e da protecção dos direitos e interesses”.