Hoje Macau PolíticaVisita | Delegação empresarial regressou ontem de Portugal A delegação composta por 40 empresários de Macau e representantes da Zona de Cooperação Aprofundada de Guangdong e Macau em Hengqin chegou ontem a Macau depois da visita a Portugal. No fim-de-semana a delegação esteve na cidade do Porto onde visitou a Quinta da Boeira, dedicada à produção vinícola, e a Corticeira Amorim. O secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, apresentou aos responsáveis das associações comerciais e altos dirigentes de empresas portuguesas as novas oportunidades de Macau e da Zona de Cooperação Aprofundada. De acordo com um comunicado emitido pelo Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM), Y Ping Chow, empresário radicado no Porto, e presidente da Liga dos Chineses em Portugal, disse que a visita da delegação de Macau trouxe “confiança no reforço dos contactos entre empresários de Macau e Portugal”, esperando-se uma dinamização das relações comerciais com os países de língua portuguesa. De frisar que os empresários cumpriram uma agenda diferente da seguida pelo Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, embora o governante tenha marcado presença em alguns eventos empresariais.
Hoje Macau China / ÁsiaSudão | Tóquio envia mais aviões militares para retirar cidadãos Dois aviões militares japoneses partiram no sábado para o Sudão, para apoiar a retirada de cidadãos retidos no país, devido à intensificação dos confrontos entre o exército e forças paramilitares, anunciaram as autoridades nipónicas. Um avião C-2 e um avião-tanque KC-767, das Forças de Autodefesa do país, partiram esta manhã para se juntar à aeronave de transporte C-130, que deixou na sexta-feira o arquipélago em direção ao Djibuti, a cerca de 1.200 quilómetros da capital sudanesa, Cartum, informou o Ministério da Defesa do Japão. As autoridades japonesas escolheram como base da operação o Djibuti por terem aí estabelecida uma equipa militar para uma missão antipirataria, no Golfo de Aden, e também pela complexa situação na capital sudanesa e arredores, onde o espaço aéreo se mantém encerrado. Cerca de 60 cidadãos japoneses, incluindo funcionários diplomáticos, encontravam-se no Sudão na quarta-feira passada. Tóquio anunciou esta semana a operação de retirada, na sequência da intensificação dos combates e a dificuldade de acesso a bens de primeira necessidade. Pelo menos 413 pessoas morreram e 3.551 ficaram feridas no Sudão desde o início do conflito entre o exército sudanês e as Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês), disse na sexta-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS). Os confrontos eclodiram a 15 de Abril devido a divergências sobre a reforma do exército e a integração das RSF no exército, parte do processo político para a democracia no Sudão após o golpe de Estado de 2021. O golpe de Estado foi realizado conjuntamente pelo chefe do exército sudanês, Abdel Fattah al-Burhan, e pelo líder do grupo paramilitar, Mohamed Hamdan Dagalo, conhecido como “Hemedti”.
Hoje Macau PolíticaPortugal | Macau quer ligação aérea para atrair turistas O Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, defendeu no sábado a existência de uma ligação aérea entre o território e Portugal, aproveitando a previsível reabertura das rotas directas entre Lisboa e a China. “Agora temos que avaliar se é possível retomar essas rotas”, para promover a “cooperação com Portugal” e “atrair turistas”, afirmou Ho Iat Seng aos jornalistas em Lisboa, numa conferência de balanço final da visita a Portugal. “Já houve rotas antes de 2019, mas depois da pandemia foram suspensas”, afirmou Ho Iat Seng, considerando que essa ligação entre Macau e Portugal, com escalas, iria permitir mais sucesso na promoção turística. “O trabalho que nós estamos a fazer é para que mais amigos de Portugal possam vir a Macau em viagens de turismo”, afirmou Ho Iat Seng. Leite e mel A comitiva empresarial que acompanhou o Chefe do Executivo na viagem a Portugal procurou novas parcerias com empresas portuguesas para a região, procurando recuperar o tempo perdido da pandemia. O objectivo foi promover a zona de cooperação aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin junto das empresas portuguesas, uma proposta muito bem aceite, segundo Ho Iat Seng. No plano turístico, Macau tem visto um aumento de turistas, mas Ho Iat Seng quer uma economia assente no sector, mas menos dependente do jogo, que terá sempre de ser sempre o motor económico do território. Sem as receitas ficais dos casinos, “não vou conseguir fazer o orçamento” e “tenho que aumentar os impostos” aos cidadãos, exemplificou Ho Iat Seng. Apesar disso, a “diversificação económica já começou há vários anos e nós estamos a continuar” esse esforço, procurando promover outro tipo de turismo, mais associado ao lazer, eventos ou experiências e menos ao jogo. De partida de Lisboa para o Luxemburgo, o governante vai também “conhecer actividades nas áreas da cultura e do turismo” daquele país para perceber o que pode ser aplicado em Macau.
Hoje Macau China / ÁsiaMNE chinês inicia visita às Filipinas para reforçar relações bilaterais As Filipinas e a China concordaram em abrir “novas linhas de comunicação” para resolver os problemas entre os dois países sobre território marítimo disputado, afirmou ontem o Presidente filipino, Ferdinand Marcos Jr. “Estamos a trabalhar nisso, aguardamos uma resposta da China e acreditamos que estes assuntos serão resolvidos em benefício mútuo”, disse o Presidente das Filipinas, em comunicado, depois de um encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Qin Gang, em Manila. Para Ferdinand Marcos Jr., “numa situação regional ‘fluida’ e turbulenta, uma relação saudável e estável” entre a China e as Filipinas não só satisfará os dois Estados como também as “aspirações partilhadas com os países da região”. O ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) chinês, Qin Gang, chegou a Manila na passada sexta-feira, para tentar reforçar as relações da China com as Filipinas. Esta visita do chefe da diplomacia chinês coincide com a realização pelas Filipinas e os Estados Unidos de grandes manobras militares, nas quais participam 18.000 efectivos e que decorrerão até 28 de Abril. O Ministério dos Negócios Estrangeiros filipino declarou, num comunicado, que os temas a abordar serão “questões de segurança regional de interesse mútuo”. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Wenbin, declarou que esta visita tinha como objectivo “reforçar a confiança mútua”. O antecessor de Qin, Wang Yi, foi o primeiro MNE a visitar Ferdinand Marcos Jr., no ano passado, classificando a sua eleição, em Junho, como uma “nova página” que originaria uma “nova era de ouro nas relações bilaterais” entre a China e as Filipinas. Desde então, no entanto, Marcos aproximou-se dos Estados Unidos e em Maio reunir-se-á com o Presidente norte-americano, Joe Biden, para debater o reforço da aliança histórica entre os respectivos países. Aliado estratégico Manila e Washington acordaram recentemente a retoma de patrulhas marítimas conjuntas no mar do Sul da China e o aumento da presença das forças norte-americanas nas Filipinas. Apesar de o exército filipino ser um dos mais fracos da Ásia, a proximidade de Taiwan e suas águas circundantes fazem dele um parceiro fundamental para os Estados Unidos em caso de conflito com a China. Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros filipino, a visita de Qin surge na sequência da visita de Marcos a Pequim, em Janeiro, durante a qual foi acordada com o Presidente chinês, Xi Jinping, uma gestão “amigável” dos diferendos.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Pequim deixa aviso a quem se opõe à unificação da ilha O ministro dos Negócios Estrangeiros da China intensificou na sexta-feira as ameaças a Taiwan ao afirmar que qualquer força que vá contra as exigências de Pequim de exercer controlo sobre a ilha está a “brincar com o fogo”. Os comentários de Qin Gang ocorreram no final de um discurso que enfatizou a contribuição da China para a economia global e os interesses das nações em desenvolvimento, no qual ele elogiou repetidamente a Iniciativa de Segurança Global, promovida pelo Presidente chinês, Xi Jinping. A iniciativa visa construir uma “arquitectura global e regional de segurança equilibrada, eficaz e sustentável”, ao “abandonar as teorias de segurança geopolíticas ocidentais”. Em particular, a proposta chinesa opõe-se ao uso de sanções no cenário internacional. Trata-se de mais uma iniciativa da China para posicionar o seu sistema político de partido único, com ênfase na estabilidade social e crescimento económico, como alternativa à abordagem liberal ocidental, que define amplamente as relações internacionais. No final do discurso, proferido em Xangai, a “capital” económica da China, Qin voltou-se para a “questão de Taiwan”, usando termos mais duros do que os diplomatas chineses normalmente empregam.“A salvaguarda da soberania nacional e da integridade territorial é irrepreensível”, disse. “A questão de Taiwan está no cerne dos interesses centrais da China. Nunca recuaremos perante qualquer acto que prejudique a soberania e a segurança da China”, afirmou. “Aqueles que brincam com o fogo na questão de Taiwan vão-se queimar”, advertiu. Águas incertas Nos últimos anos, a China tem enviado caças e navios de guerra para perto de Taipé com frequência quase diária. Há duas semanas, o Exército chinês realizou quatro dias de intensos exercícios militares em torno de Taiwan, que incluíram a simulação de um bloqueio da ilha. A China disse que os exercícios foram concebidos como um “sério aviso” para os políticos pró-independência da ilha autónoma e os seus apoiantes estrangeiros. O ritmo acelerado da actividade militar e a linguagem cada vez mais belicosa suscitaram preocupações sobre um possível conflito numa das regiões economicamente mais vitais do mundo. Taiwan produz muitos dos ‘chips’ semicondutores necessários para o fabrico de produtos electrónicos e o Estreito de Taiwan, que separa a ilha da China continental, é uma das vias navegáveis mais movimentadas do mundo. Taiwan vai eleger um novo líder e parlamento em Janeiro. A China é fortemente favorável ao Partido Nacionalista (Kuomintang), actualmente na oposição. O Partido Nacionalista apoia a unificação política entre os lados, sob termos ainda a serem definidos.
Hoje Macau Manchete SociedadeAmbiente | Green Student Union alerta para riscos de deslizamentos O presidente da Green Student Union, Joe Chan, critica o plano desenhado pelas autoridades de Guangdong por temer que resulte em deslizamentos de terras. Em causa está a remoção de várias árvores saudáveis de grande porte, que poderiam fixar solos Quase seis anos depois de o pior tufão a atingir Macau em mais de meio século, o plano de recuperação deixou a floresta ainda mais vulnerável, nomeadamente face ao perigo de deslizamentos de terra, disse à Lusa o ambientalista Joe Chan. A propósito do Dia Mundial da Terra, que se celebrou no sábado, o presidente da Macau Green Student Union avisou que, caso Macau seja afectado por um tufão tão poderoso como o Hato, em 2017, “vai haver mais uma vez deslizamentos de terra e de lama”. “Nem será preciso um novo Hato, basta talvez uma forte tempestade este Verão”, disse Joe Chan Chon Meng. Macau é afectada anualmente por tufões de diferentes categorias, sendo o período entre Julho e Setembro o mais crítico. O activista apontou a aldeia de Hac Sá, em Coloane, como o local de maior risco e lembrou que “nos últimos dois anos, quando há chuva forte, já houve muita lama a deslizar pela encosta”. Em 23 de Agosto de 2017, o Hato considerado o pior em 53 anos a atingir Macau, causou 10 mortos, 240 feridos e prejuízos avaliados em 12,55 mil milhões de patacas. Nas áreas florestais, pelo menos 500 mil árvores e mais de 500 hectares foram afectados, disse à Lusa o Instituto para os Assuntos Municipais (IAM). Até agora, foram plantadas mais de 55 mil árvores, de espécies com mais resistência ao vento e às condições atmosféricas. Mais de 90 por cento das novas árvores sobreviveram e muitas já têm mais de três metro de altura, começaram a dar flores e “resistiram em segurança a épocas de tufão”, disse o IAM, que garantiu que foi dada prioridade à “regeneração natural” e a recuperar as árvores danificadas. Pega no dinheiro e foge Mas Joe Chan diz que “houve enorme devastação causada pela acção humana, não pelo Hato”. “O Governo adoptou o método mais agressivo: removeram quase todas as árvores antigas, incluindo muitas que estavam saudáveis e que tinham sobrevivido ao Hato, e plantaram novas”, lamentou o activista. O ambientalista disse recear que a recuperação esteja “a destruir um ecossistema já de si frágil”. “Agora quando vamos andar nos trilhos [de Coloane] vemos pó, solo a esfarelar e árvores minúsculas que irão ser arrastadas na próxima época das chuvas”, previu. O plano de recuperação, desenhado por uma equipa da Universidade Sun Yat-sen, do Interior da China, com o apoio da Direcção dos Serviços de Silvicultura da Província de Guangdong e especialistas da Academia Florestal de Guangdong, deverá ser implementado ao longo de uma década, tendo sido adjudicado a várias empresas. “Serão essas empresas a responsabilizar-se por todos os danos?” perguntou Joe Chan. “E a equipa de académicos, vai acompanhar o progresso da reflorestação ou simplesmente fizeram o plano e ficaram com o dinheiro?” acrescentou. O activista lamentou que o Governo não tenha pedido a opinião das associações ambientalistas de Macau. “A natureza pertence à população, não ao governo”, sublinhou.
Hoje Macau PolíticaBanca | Ho Iat Seng visitou CGD O Chefe do Executivo aproveitou a deslocação a Lisboa para visitar a sede da Caixa Geral de Depósitos (CGD) na sexta-feira. Numa nota difundida pelo Gabinete de Comunicação Social, foi anunciado que Ho Iat Seng se encontrou com Paulo Macedo, presidente da comissão executiva do banco estatal português e que “as duas partes trocaram impressões sobre o reforço da cooperação entre os sectores financeiras de Macau e de Portugal”. Outro dos pontos na agenda foi o “apoio ao desenvolvimento da indústria financeira moderna de Macau na Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin”. O Chefe do Executivo disse esperar que a CGD e o Banco Nacional Ultramarino de Macau “continuem a liderar a indústria no futuro e apoiem o desenvolvimento da indústria financeira moderna e a economia de Macau”. Paulo Macedo assegurou o apoio ao desenvolvimento económico e da indústria financeira moderna.
Hoje Macau Manchete SociedadeJogo | Levo Chan, antigo líder da Tak Chun, condenado a 14 anos de prisão O ex-dono da Tak Chun tornou-se o segundo promotor de jogo a ser condenado com pena de prisão pelo crime de associação/sociedade criminosa. O juiz Lam Peng Fai considerou não haver “sombra de dúvidas” sobre as actividades ilegais O ex-proprietário da empresa junket Tak Chun foi condenado a 14 anos de pena de prisão efectiva, na sexta-feira de manhã. Depois da condenação em Janeiro deste ano de Alvin Chau, ex-proprietário da Suncity, Levo Chan torna-se o segundo grande promotor de jogo a ser condenado com pena de prisão, na sequência da campanha iniciada contra as empresas promotoras do jogo, em 2021. Na sexta-feira, o Tribunal Judicial de Base deu como provado que Levo Chan praticou um crime de associação ou sociedade secreta, 24 crimes de exploração ilícita de jogo em local autorizado, sete crimes de burla de valor consideravelmente elevado, um crime de exploração ilícita de jogo e ainda um crime de branqueamento de capitais agravado. De acordo com o Canal Macau, Lam Peng Fai, presidente do colectivo de juízes que julgou o caso, considerou que foi provado, “sem sombra de dúvida”, que o empresário conduzia uma sociedade estável e contínua, para actividades ilegais relacionadas com o jogo com as quais conseguiu mais de mil milhões de patacas em lucros ilícitos. Para o tribunal, Levo Chan não só sabia das apostas paralelas que decorriam nos casinos como era o principal responsável por elas. Lam Peng Fai indicou também que o empresário natural de Fujian adoptou uma postura mais cuidadosa no exercício da actividade, depois de Alvin Chau ter sido detido. Apesar da condenação, o juiz não deixou de reconhecer o contributo de Levo Chan para vária acções de caridade local. Em 2020, Levo Chan foi um dos empresários locais a doar cerca de 100 mil patacas para auxiliar Portugal a adquirir material para o controlo da covid-19. O cheque foi recebido pelo então cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong, Paulo Cunha Alves. Recurso por decidir À saída do tribunal, na sexta-feira de manhã, Leong Hong Man, advogado de Levo Chan, reconheceu não saber se vai haver recurso da decisão. “Primeiro, temos de esperar e analisar a sentença escrita. E vamos também falar com o nosso cliente. Para já, não temos nada a declarar”, afirmou Leong, quando questionado sobre um eventual recurso. Além do empresário, o caso envolvia mais oito arguidos com Cherie Wong Pui Keng e Betty Cheong Sao Pek que foram condenadas com penas de 10 anos de prisão. Por sua vez, Wayne Lio Weng Hang foi condenado a 10 anos de prisão e Edward Lee Tat Chuen a sete anos. Os restantes arguidos foram absolvidos. Além das penas de prisão, os arguidos têm de pagar várias indemnizações ao Governo e às concessionárias. Segundo as contas do tribunal, a RAEM foi a maior lesada, e tem de ser compensada em 575,2 milhões de dólares de Hong Kong. A Galaxy tem direito a receber 81,2 milhões, a Venetian Macau 47,0 milhões, Wynn 36,8 milhões, SJM 35,6 milhões e a MGM 3,8 milhões de dólares de Hong Kong.
Hoje Macau Manchete PolíticaHo Iat Seng agraciado em Portugal com Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique Foto GCS O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, agraciou esta quinta-feira o chefe do Governo, Ho Iat Seng, com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique e desejou-lhe que consiga ser reeleito no próximo ano. Marcelo atribuiu ao Chefe do Executivo da RAEM um símbolo da Ordem que se destina a distinguir “quem houver prestado serviços relevantes a Portugal, no país e no estrangeiro, assim como serviços na expansão da cultura portuguesa ou para conhecimento de Portugal, da sua história e dos seus valores”. Ho Iat Seng agradeceu ao Presidente português e sublinhou, nos momentos de cumprimentos que antecederam a reunião, após a qual não houve declarações à imprensa, que esta é a sua primeira visita ao exterior após a pandemia de covid-19 e, embora houvesse muitas propostas, “tinha de ser a Portugal”. Foi nesse momento que Marcelo felicitou o chefe do Governo de Macau pelo lugar que desempenha e lhe desejou que venha a ser reeleito em 2024. Discutida jurisdição Este ponto da agenda oficial de Ho Iat Seng não esteve aberto a todos os jornalistas: a TDM e o Jornal Tribuna de Macau foram escolhidos por sorteio efectuado pelo Gabinete de Comunicação Social, pois apenas era permitida a cobertura por parte de um diário e um canal de televisão locais. Não houve declarações dos dois governantes no final. Contudo, na quarta-feira, em declarações à Lusa proferidas num outro evento público, Marcelo Rebelo de Sousa adiantou que o encontro com Ho Iat Seng seria marcado pela discussão em torno do Direito vigente no território após 1999, e o ensino do português terão sido algumas das matérias abordadas. Marcelo Rebelo de Sousa disse que iria tratar com Ho Iat Seng de “questões importantes, que ele aliás tratará com o Governo português ainda mais especificamente”. “E que têm a ver com o respeito daquilo que é o Direito que foi acordado entre os países em 1999, também a sua aplicação em certa área territorial que é uma área que é importante para a expansão da RAEM, o estatuto daqueles que lá vivem, a experiência de convívio que existe, o apoio ao ensino do português em Macau, a expansão da Escola Portuguesa em Macau”, especificou. “Portanto, há muitos assuntos importantes, e que são importantes por duas razões: um, são importantes nas relações entre Portugal e Macau; segundo, são importantes nas relações entre Portugal e China”, acrescentou. Capitalizar diferença Marcelo Rebelo de Sousa realizou uma visita de Estado à República Popular da China entre Abril e Maio de 2019, que começou em Pequim, passou por Xangai e terminou em Macau. No território, Marcelo repetiu a mensagem de que “a diferença” desta região administrativa especial é o que lhe dá valor, destacando a importância da presença da língua portuguesa. O Presidente da República referiu que a língua portuguesa é actualmente mais falada em Macau do que no tempo da administração portuguesa e manifestou a certeza de que irá permanecer após 2049. No seu entender, “não é por causa da Lei Básica [da Região Administrativa Especial de Macau]”, que vigora desde 1999, que Macau é diferente: “A Lei Básica fala num prazo de 50 anos. O que são 50 anos para uma cultura milenar como a chinesa e para uma cultura de quase mil anos como a portuguesa? Não é nada”. Esta quinta-feira Ho Iat Seng reuniu com António Costa, primeiro-ministro, e João Gomes Cravinho, do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE). Também não houve direito a declarações no final destes dois encontros, que decorreram, respectivamente, no MNE e na residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento. Lusa / A.S.S.
Hoje Macau EventosVida e obra de Natália Correia assinaladas na Assembleia da República A vida e obra de Natália Correia foram evocadas ontem numa sessão da Assembleia da República, no âmbito do centenário de nascimento da escritora e poetisa, que incluiu a apresentação da sua recém-publicada biografia. A iniciativa teve lugar pelas 18:00, na Biblioteca Passos Manuel, a seguir à sessão plenária, com a apresentação do livro “O Dever de Deslumbrar – Biografia de Natália Correia”, de autoria de Filipa Martins, editado pela Contraponto. Intitulada “Vida e Obra de Natália Correia”, a sessão acontece no quadro das comemorações do centenário da escritora e antiga deputada (1980-1991), e foi presidida pelo presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva. “O Dever de Deslumbrar”, que foi publicado a 16 de Março, é uma biografia que, tanto ou mais que a vida da escritora, traça o retrato do Portugal daquela época. Como destacou o jornalista João Gobern, por ocasião do pré-lançamento da biografia, ao ler-se esta obra, percebe-se até que ponto “se estendia a presença tentacular da biografada”. “O dever de deslumbrar” foi publicado no ano do centenário do nascimento de Natália Correia, que se assinala a 13 de Setembro, e dos 30 anos da sua morte, ocorrida a 16 de Março de 1993, e permite ficar a conhecer a realidade do país nos seus 70 anos de vida. “Mesmo os que têm uma secreta embirração podem partir para esta biografia quase como um dicionário histórico sobre como foi Portugal durante a vida de Natália Correia”, destacou o jornalista, apontando que o livro aborda a obra da autora, “uma dimensão política extraordinária, a dimensão sentimental e o seu ‘toca e foge’ com a religião”. Filipa Martins recordou, na altura, que Natália Correia foi “a autora mais censurada do Estado Novo”, uma das vozes mais críticas da ditadura e, depois, da entrada de Portugal na União Europeia, acrescentando que “o pensamento dela era premonitório”. À sua maneira O seu feitio intempestivo era temido, inclusivamente pelos outros deputados, destacou Filipa Martins, assinalando que Natália Correia “era insubordinada” e que “os parlamentares é que tiveram de se adaptar” a ela. “Não cumpria os tempos, fumava no parlamento, mesmo depois de ser proibido, interpelava os parlamentares a pôr gotas nos olhos, convidou a Cicciolina para ir ao parlamento e escreveu-lhe um poema, chegava sempre atrasada à Assembleia da República”, lembrou, sublinhando que Natália Correia “tinha a sua carteira de valores”.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | China acusa EUA de difamação e nega fornecimento de ‘drones’ a forças russas A China acusou na passada quarta-feira os Estados Unidos e um “pequeno grupo” de órgãos de comunicação ocidentais de difamação, após a publicação de informações sobre o alegado uso por forças russas na Ucrânia de ‘drones’ civis de empresas chinesas. O Ministério do Comércio chinês classificou as informações como “falsas e infundadas” e acusou os Estados Unidos da América (EUA) de serem quem “põe lenha na fogueira ao fornecer armas à Ucrânia”. Em comunicado, o ministério condenou as tentativas de “difamar as empresas chinesas” e assegurou que “vai reforçar o controlo sobre as exportações de ‘drones’ [aparelhos aéreos não tripulados]”, recordando que as “leis e regulamentos chineses” estipulam que as empresas exportadoras devem “solicitar uma licença” e “impedir que os respectivos produtos sejam utilizados em zonas de conflito”. Nas últimas semanas, a imprensa norte-americana avançou que ‘drones’ para uso civil de empresas chinesas, como a DJI, estão a ser usados por forças russas na guerra em curso na Ucrânia. O ministério chinês observou que algumas empresas que fabricam ‘drones’ “tomaram a iniciativa” e “suspenderam as suas operações em áreas de conflito”. “A China opõe-se fortemente ao uso de ‘drones’ civis para fins não pacíficos”, referiu a mesma fonte.
Hoje Macau China / ÁsiaRCA | Chineses foram assassinados por grupo rebelde A investigação sobre a morte de nove chineses numa mina de ouro na República Centro-Africana (RCA), há um mês, confirmou que aqueles foram “assassinados” pelo principal grupo rebelde, que negou o ataque, anunciou na quarta-feira o Governo. A 19 de Março, os nove cidadãos chineses foram mortos e Bangui acusou imediatamente a Coligação dos Patriotas pela Mudança (CPC) pelo ataque à mina, que negou imediatamente a responsabilidade sobre aquele acto e acusou o grupo paramilitar russo Wagner. “Os autores do assassinato (…) são sem dúvida elementos do CPC”, disse ontem o ministro da Justiça da República Centro-Africana, Arnaud Djoubaye Abazène, citando o relatório final da investigação, sem, no entanto, revelar o seu conteúdo. Nesta região de Bambari, como noutras deste vasto país da África Central, entre os mais pobres do mundo, a extracção de ouro e diamantes tem sido concessionada, principalmente desde 2018, a empresas russas próximas ou ligadas ao grupo russo Wagner, segundo as Nações Unidas e organizações não-governamentais, mas também a algumas empresas chinesas. Centenas de mercenários da Wagner juntaram-se a centenas de outros já presentes desde 2018 no país, quando o Presidente Faustin Archange Touadéra, ameaçado pela rebelião do CPC, que avançava para Bangui, apelou a Moscovo para apoiar o seu exército mal treinado. O chefe de Estado e o povo da República Centro-Africana agradecem aos “aliados russos, que conseguiram neutralizar alguns dos perpetradores [dos assassinatos], apreenderam provas e encaminharam os restos destes criminosos”, continuou o ministro.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Bispo quer reforçar laços com a diocese de Pequim Stephen Chow foi a Pequim para dar um novo impulso às relações entre as dioceses das duas cidades. Celebrou missa com o seu homólogo da capital chinesa O bispo católico de Hong Kong, Stephen Chow, expressou ontem, numa viagem histórica a Pequim, o desejo de que as dioceses das duas cidades reforcem o intercâmbio e cooperação, avançou a imprensa local, numa altura de renovadas tensões entre China e Vaticano. Chow fez as observações durante uma missa que também contou com a presença do seu homólogo em Pequim, de acordo com a emissora pública de Hong Kong RTHK. O bispo disse aos jornalistas que foi encorajado a visitar outras dioceses. “Espero que esta não seja a última [visita]”, afirmou. A viagem de cinco dias é a primeira visita de um bispo de Hong Kong a Pequim em quase três décadas e ocorre duas semanas depois de o Vatican News, o portal de notícias da Santa Sé, ter noticiado que a China nomeou unilateralmente um novo bispo para Xangai, quebrando de facto com o acordo entre os dois Estados. O documento assinado entre a China e o Vaticano, em 2018, pôs fim a mais de 70 anos de antagonismo. O Acordo Preliminar, que foi renovado em Outubro passado, prevê a nomeação de bispos com aprovação de ambos os lados, que romperam os laços diplomáticos em 1951, depois de Pio XII excomungar os bispos designados pelo Governo chinês. Os católicos chineses dividiram-se então entre duas igrejas: a Associação Católica Patriótica Chinesa, aprovada por Pequim, e a clandestina, que continuou fiel ao Vaticano. O Partido Comunista da China controla de perto a religião organizada, que vê como potencial ameaça ao seu monopólio de poder. As pessoas estão autorizadas a celebrar a sua fé em instituições que obedecem às regras do Partido. As tensões renovaram-se em Novembro passado, após a nomeação de um bispo auxiliar na província de Jiangxi, que o Vaticano não reconhece como diocese. Em paz Citado por outra emissora da região semiautónoma da China, a i-Cable News, Chow disse que a sua viagem abrangeu sobretudo intercâmbios entre dioceses, excluindo as questões que dividem China e o Vaticano. Após a missa de quinta-feira, alguns fiéis em Pequim disseram à imprensa local que gostariam de ver mais intercâmbios entre as duas dioceses. Chow, que foi nomeado pelo Papa Francisco como bispo de Hong Kong em 2021, começou a sua viagem na segunda-feira e participou numa sessão de oração numa igreja naquela noite. Na quarta-feira, o bispo visitou o túmulo de Matteo Ricci, um dos primeiros jesuítas a viver na China, que morreu em Pequim em 1610, informou a RTHK. A visita foi realizada a convite do seu homólogo de Pequim.
Hoje Macau SociedadeEconomia | Equipamentos electrónicos no topo das exportações No último trimestre do ano passado, os produtos mais exportados por Macau foram equipamentos electrónicos/eléctricos, vestuários e confecções, produtos farmacêuticos, mesas para os jogos/equipamentos para os jogos de fortuna e azar e bebidas alcoólicas e tabaco. A informação foi revelada ontem pela Direcção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico (DSEDT), com os resultados do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador. O comunicado da DSEDT é escasso em dados que permite perceber as quantidades exportadas e as reduções no mercado. Ainda assim, a DSEDT diz que os empresários estão mais confiantes. “Os empresários industriais locais mostram-se mais confiantes quanto às perspectivas das exportações para os próximos seis meses, tomando uma atitude prudente e optimista”, foi ainda escrito no comunicado. Ao mesmo tempo, é indicado que “as empresas inquiridas consideraram, em geral, que a região Ásia-Pacífico (excluindo o Interior da China, Hong Kong e Japão) foi o mercado de destino com melhor performance relativa, apresentando um índice de 19,5 por cento”. No polo oposto, as exportações para os Estados Unidos da América, União Europeia, e Hong Kong foi considerada “menos favorável”, uma vez que apresentou quebras de 30,7 por cento, 2,3 por cento e 0,7 por cento. Por outro lado, a duração média mensal da carteira de encomendas detida pelos empresários industriais inquiridos foi de 2,8 meses, representando uma diminuição de 1,3 meses face ao trimestre anterior.
Hoje Macau PolíticaÁrea de controlo de viaturas em Hengqin entregue a Macau Na madrugada de quarta para quinta-feira decorreu a cerimónia de entrega da área de controlo de automóveis de passageiros e de mercadorias na Zona do Posto Fronteiriço da Parte de Macau do Posto Fronteiriço Hengqin e das zonas contíguas (excepto a ponte de acesso entre a Universidade de Macau e o Posto Fronteiriço Hengqin), informou ontem o Gabinete de Comunicação Social. Depois da aprovação pelo Conselho de Estado, a área em questão “foi oficialmente entregue à RAEM a partir das 00h do dia 20 de Abril de 2023, e será administrada de acordo com as leis da RAEM”, é apontado. Foi assim dado mais um passo no processo de construção do posto fronteiriço entre Macau e Hengqin, onde serão criados “corredores permanentes de automóveis de passageiros e de mercadorias”, que permitem a passagem “one stop”. Desta forma, os veículos podem parar “apenas uma vez no corredor para concluírem todos os procedimentos de verificação aduaneira, inspecção fronteiriça, inspecção sanitária e quarentena bilaterais”. O GCS conclui que o procedimento permite reduzir “com eficácia o tempo de passagem fronteiriça dos veículos entre Macau e Hengqin”. Caminho que se segue Após a entrega à RAEM da soberania sobre a área, “os respectivos departamentos de Guangdong e de Macau vão continuar o procedimento de montagem, bem como de ajustamento e teste, das instalações e equipamentos para a passagem fronteiriça”. De seguida serão realizados “testes de stress da passagem fronteiriça” e diferentes tipos de exercício de emergência contra incêndios”, para garantir “uma operação segura, fluente e eficaz do corredor permanente e da sala para inspecção de passageiros dos veículos do Posto Fronteiriço Hengqin, após a sua entrada em funcionamento oficial”. Terminada a fase que diz respeito à área de controlo de automóveis de passageiros e de mercadorias, fica a faltar a conclusão da extensão do Metro Ligeiro de Macau até à área do Posto Fronteiriço Hengqin, cuja construção prevê-se estar concluída no último trimestre de 2024.
Hoje Macau PolíticaIPIM | Investidores devem olhar para Macau como parte da Grande Baía O presidente do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau disse na quarta-feira à Lusa que os investidores devem olhar para o território como parte integrante da Grande Baía, o que abre mais possibilidades de negócio. “A China é um mercado gigante onde todos os investidores querem estar, mas têm de identificar bem o mercado, porque há várias plataformas consoante a região da China, e Macau está na plataforma que inclui Guangdong, Hong Kong e Macau, que será um importante centro económico no futuro”, disse U U Sang em declarações à Lusa à margem da “Sessão de Promoção de Investimento e de Turismo Macau Portugal”. “Macau pode ser uma plataforma para expansão para toda essa zona, e como é a única região designada pelo governo chinês para a comunicação com os países de língua portuguesa, isso é muito importante” para os investidores que quiserem expandir-se para esta região chinesa. Para U U Sang, o facto de Macau ser um território geograficamente pequeno não deve ser olhado como um impedimento ao investimento, precisamente porque o objectivo é que Macau não seja olhado individualmente, mas sim como parte de uma extensa região, a Grande Baía. “O espaço é diminuto, é certo, mas temos recursos e um projecto não precisa de ser implementado em Macau, um investidor pode, por exemplo, instalar o escritório em Macau e depois fazer o seu projecto numa das províncias adjacentes, tirando partido do facto de Macau fazer parte da Grande Baía”, argumentou.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Descoberta nova espécie de alforreca com 24 olhos Uma equipa liderada pela Universidade Baptista de Hong Kong (HKBU) descobriu uma nova espécie de alforreca de 24 olhos na reserva natural de Mai Po, no noroeste da ilha, foi ontem anunciado. Esta nova espécie, embora comum em águas tropicais e subtropicais, foi agora registada pela primeira vez nas águas costeiras da região, disse a HKBU, numa declaração. Os cientistas nomearam a nova descoberta Tripedalia maipoensis para reflectir o tipo (família Tripedaliidae) e a localidade onde foi encontrada durante três Verões consecutivos, entre 2020 e 2022, na reserva natural, localizada na margem oriental do estuário do rio das Pérolas. Criatura de corpo transparente, incolor, tem três tentáculos de até 10 centímetros de comprimento em cada um dos quatro ângulos, indicou a universidade. Nomeada pelo corpo em forma de cubo, a alforreca de caixa (ou cientificamente conhecida como a classe Cubozoa) pertence a um subgrupo que inclui alguns dos animais marinhos mais venenosos conhecidos em águas tropicais. A alforreca move-se através de uma estrutura de tipo pedal plana na base de cada tentáculo, que se assemelha a um remo de barco, sendo muito rápida, devido à produção de impulsos fortes. Como outras alforrecas de caixa, a Tripedalia Maipoensis tem 24 olhos. Estes estão divididos igualmente em quatro grupos, cada um deles localizado dentro de uma depressão sensorial. Os investigadores disseram acreditar que dois destes grupos têm lentes que lhes permitem formar imagens, enquanto os outros quatro só conseguem perceber a luz. O projecto foi liderado pelo professor no Departamento de Biologia da HKBU Qiu Jianwen, com colaboradores do Fundo Mundial para a Natureza-Hong Kong (WWF-Hong Kong), Ocean Park Hong Kong e a Universidade de Manchester.
Hoje Macau VozesMacau é fundamental nas relações entre Portugal e a China Rui Lourido * O chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), Ho Iat Seng, realiza uma visita a Portugal, entre 18 e 22 de abril. O facto de ser a sua 1ª visita ao estrangeiro, pós-pandemia, e de na sua agenda constar “a importância da língua e da cultura portuguesa como fator diferenciador é uma vantagem competitiva de Macau em relação a outras regiões da China”, assume uma relevância especial para a comunidade de Língua Portuguesa de Macau. A visita representa mais um passo no aprofundamento das relações não só entre Macau e Portugal, mas também com a China em geral, pelo que será recebido pelas principais autoridades portuguesas, Presidente da República, Primeiro-ministro, Presidente da Assembleia da República e Ministro dos Negócios Estrangeiros. A comitiva integra 50 empresários de Macau e têm agendadas várias visitas a parceiros portugueses, com destaque para os setores alimentar e farmacêutico. Com o apoio do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau, a comitiva tem visitas agendadas para Lisboa e Porto. Para dar maior visibilidade à visita, a Direção dos Serviços de Macau (DST) apresenta, diariamente, um espetáculo de projeção de imagens evocativas de Macau, no Terreiro do Paço, entre 15 e 22 de abril. Macau é uma cidade fundamental no relacionamento multisecular da China com o Ocidente, com a Europa e com Portugal em particular. O respeito do governo central da China pelo processo de transição de Um País, Dois Sistemas tem permitido à RAEM modernizar-se e desenvolver-se de forma extraordinariamente rápida. A reintegração da RAEM na estrutura administrativa da China respeita o sistema jurídico e a autonomia política, com governo próprio, e o respeito pela diversidade multicultural, multiétnica e linguística da sua população, com o reconhecimento do português como Língua Oficial da região por pelo menos 50 anos. O governo da RAEM tem preservado e dignificado o património histórico material e imaterial de origem portuguesa. A RAEM tem incentivado o intercâmbio com os países que se expressam em língua portuguesa. São exemplo disso o apoio à organização de encontros artísticos literários e científicos, e o apoio financeiro à edição em língua portuguesa de vários jornais de Macau, bem como uma Biblioteca Digital com todas as obras sobre Macau e a parte continental da China entre os séculos 16 ao 19, iniciativa do Observatório da China (disponível para leitura gratuita na Biblioteca Nacional de Portugal: http://purl.pt/26918/1/PT/index.html), que assim preserva para o futuro uma parte importante da História e Cultura de Macau. No âmbito da política de Um País, Dois Sistemas, a RAEM foi convidada a integrar o mais promissor e ambicioso projeto do governo central da China, de expansão económica e de desenvolvimento social do sul da China – a Grande Área da Baía de Guangdong-Hong Kong-Macau, que congrega a Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK) e outras nove cidades da província de Guangdong, em especial no desenvolvimento da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau, em Hengqin, da cidade de Zhuhai. Assim, pela primeira vez na história de Macau, a RAEM ultrapassa as limitações decorrentes da reduzida dimensão do seu território, através de várias ações estruturais, nomeadamente, através da construção de um parque habitacional, para dar melhores condições de habitação aos jovens e restante população local. A Grande Área da Baía Guangdong-Hong Kong-Macau é uma das áreas para a qual Macau pretende atrair investimento português e europeu para indústrias de valor acrescentado e de alto desempenho tecnológico e financeiro. Hengqin tem permitido a Macau a expansão do seu sistema educativo, onde se destaca a formação profissional e a Universidade de Macau. Esta estratégia global da RAEM cria as condições objetivas favoráveis para Macau escapar à dependência da indústria do Jogo/Turismo e melhorar as condições para atrair e interligar o extenso mercado interior do Sul da China com os mercados internacionais e, em especial, o dos países de língua portuguesa, sendo este um dos grandes objetivos desta visita de Ho Iat Seng a Portugal. A China tem vindo a valorizar as suas relações políticas e económicas com a globalidade dos países de língua portuguesa, de tal forma que em 2003 estabeleceu em Macau o Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, mais conhecido por Fórum Macau. Através, nomeadamente, do Fórum Macau, a China aprofundará a colaboração com os países de língua portuguesa em setores da inteligência artificial, como conectividade, energia e infraestruturas, desenvolvimento industrial, proteção ambiental e na construção de uma comunidade global de saúde para todos. O próprio 20º Congresso do Partido Comunista da China (PCCh) consagrou o apoio ao desenvolvimento atual de Macau e Hong Kong e respetivas estratégias de maior integração ao desenvolvimento do país. No caso específico de Macau, a China reafirmou o seu compromisso de incremento da cooperação com o Fórum Macau, envolvendo os países africanos e o Brasil. O Brasil reforçou as suas relações políticas e económicas com a China e com os BRICS, com os acordos assinados entre os presidentes Lula e Xi, durante a sua visita à China (12-15 de abril 2023). Com os países de língua portuguesa, segundo os dados do Ministério do Comércio da China, as trocas comerciais de 2022 foram de US$214,829 mil milhões (US$214,829 bilhões), registando um aumento homólogo de 6.27%. De acordo com dados divulgados no site da Agência Portuguesa de Estatística, o comércio bilateral de bens entre a China e Portugal de janeiro a junho de 2022 foi de 2,793 mil milhões de euros (2,793 bilhões de euros), um aumento homólogo de 39,37%. A visita a Portugal do chefe do executivo da RAEM é um importante contributo para o aprofundamento da importante relação de Portugal com Macau e a parte continental da China. Por outro lado, Portugal e a União Europeia necessitam de reafirmar a autonomia dos seus interesses estratégicos, tal como reafirmaram Scholz e Macron, recusando o clima da Guerra Fria e de clivagem entre blocos geopolíticos, neste mundo multipolar, para poderem contribuir determinantemente para a paz da comunidade de futuro compartilhado da humanidade. *Historiador, presidente da União de Associações de Cooperação e Amizade Portugal-China e presidente do Observatório da China
Hoje Macau China / ÁsiaApple | Grupo que monta produtos reduz salários O grupo taiwanês Foxconn, que monta vários produtos da norte-americana Apple, cortou os salários que paga aos trabalhadores na China para 19 yuan por hora, noticiou ontem o jornal South China Morning Post. Três agentes de recrutamento citados pelo jornal estão agora a oferecer entre 19 e 20 yuans a quem se candidatar para trabalhar nas linhas de montagem do iPhone na China. O valor representa uma diminuição em relação ao salário oferecido há um ano, que era de cerca de 24 yuans por hora, informou o jornal. A actividade da Foxconn na China foi prejudicada em 2022 pela política de ‘zero covid’, que foi, entretanto, desmantelada. A estratégia envolveu um bloqueio de 56 dias na fábrica da empresa na cidade de Zhengzhou, centro da China, o que suscitou a fuga de milhares de trabalhadores e culminou em confrontos entre trabalhadores recém-contratados com a polícia. Os operários acusaram a Foxconn de falhar nos pagamentos de bónus prometidos aquando da contratação. Citando fontes da empresa com sede no estado norte-americano da Califórnia, a agência de notícias Bloomberg informou, recentemente, que a Apple “está a explorar maneiras de reduzir a sua dependência da China, face ao aumento das tensões entre Washington e Pequim”.
Hoje Macau China / ÁsiaArmas | Pequim proíbe empresas de negociar com fabricantes dos EUA A Lockheed Martin e a Raytheon Technologies são os mais recentes alvos das sanções chinesas contra fabricantes de armas norte-americanos. Pequim quer evitar que produtos chineses sejam utilizados nos seus negócios militares A China revelou ontem novos detalhes das sanções anunciadas anteriormente contra dois fabricantes de armas dos EUA, incluindo a proibição de empresas chinesas realizarem negócios com a Lockheed Martin e a Raytheon Technologies. Em Fevereiro, Pequim tinha imposto sanções comerciais e de investimento às fabricantes de equipamento de defesa norte-americanas Lockheed Martin e Raytheon Technologies, pela venda de armamento a Taiwan, intensificando os esforços para isolar o território. O Ministério do Comércio da China referiu ontem, em comunicado, que as sanções incluem a proibição de exportações e importações pelas duas empresas de e para a China, “para evitar que produtos chineses sejam utilizados nos seus negócios militares”. A mesma fonte, citada pela agência Associated Press (AP) acrescentou que devem ser “fortalecidas as diligências necessárias do sistema de conformidade para verificar as informações das transações”. As empresas chinesas também não devem conduzir negócios com as duas empresas conscientemente, quer na importação, exportação ou transporte de produtos. Não ficou claro o impacto imediato que as sanções podem ter, mas as restrições às importações e exportações podem prejudicar as duas empresas. Os Estados Unidos proíbem a maior parte das vendas de tecnologia relacionada com armas para a China, mas alguns fornecedores militares também têm negócios civis no sector aeroespacial e em outros mercados. Exclusão de partes Em Setembro, a Raytheon Missiles and Defense recebeu um contrato de 412 milhões de dólares para actualizar o radar militar taiwanês, como parte de um pacote de 1.100 milhões de dólares de vendas de armas dos EUA para a ilha. Taiwan compra a maioria das suas armas aos EUA, que é o seu maior aliado não oficial. Nos últimos anos, a China tem enviado com frequência caças e navios de guerra em direcção à ilha, cercando-a em diferentes momentos numa campanha de pressão militar e intimidação. As sanções de Pequim também proíbem os executivos seniores de ambas as empresas de viajar para a China ou trabalhar lá. Pequim anunciou, em 2019, a criação da lista de “entidades não confiáveis”, em resposta às restrições impostas pelos EUA contra o grupo de telecomunicações Huawei.
Hoje Macau SociedadeSJM | Hotel Palazzo Versace aceita reservas a partir de 26 de Abril O novo hotel Palazzo Versace Macau, que faz parte do complexo do Grand Lisboa Palace, vai passar a aceitar reservas para estadias a partir de 26 de Abril, indicou ontem o portal GGRAsia. Segundo comunicados da SJM Holdings Ltd, a unidade hoteleira de luxo da marca Versace irá disponibilizar 270 quartos, aumentando a oferta no Grand Lisboa Palace para 1.892 quartos, incluindo os do Grand Lisboa Palace Macau e The Karl Lagerfeld. Ontem, o preço mais barato por um quarto no Palazzo Versace Macau, para o dia 26 de Abril, estava fixado em 2.079 patacas, sem incluir taxas e despesas de serviços. Por outro lado, as noites mais caras nos próximos tempos são 29 de Abril e 2 de Maio, os primeiros quatro dos cinco dias de feriados no Interior da China, com um preço de 4.239 patacas. A SJM indicou ainda que a nova unidade hoteleira terá dois restaurantes italianos, o Don Alfonso 1890 e o La Scala del Palazzo, que vão abrir também no dia 26 de Abril.
Hoje Macau Manchete PolíticaDeclaração Conjunta | Ho Iat Seng diz que acordo está a ser cumprido Ho Iat Seng, Chefe do Executivo, chegou ontem a Lisboa onde tem hoje encontros ao mais alto nível com o primeiro-ministro português, António Costa, o Presidente da República e o Ministro dos Negócios Estrangeiros. Na partida, do aeroporto de Macau, disse que a Declaração Conjunta tem sido cumprida “escrupulosamente” e falou dos objectivos a atingir com esta visita O líder do Governo garantiu esta terça-feira à noite, à partida para uma visita a Portugal, que o acordo que resultou na transferência da administração do território para a China, em 1999, tem sido “cumprido escrupulosamente”. Numa conferência de imprensa, Ho Iat Seng defendeu que “não houve qualquer mudança” no que toca ao respeito pela Declaração Conjunta Sino-Portuguesa, de 13 de Abril de 1987, que prevê a manutenção dos direitos, liberdades e garantias durante um período de 50 anos. “Não posso responder a todos os comentários feitos por todos os indivíduos”, disse Ho Iat Seng. “São a prova de que Macau é uma sociedade dotada de liberdades”, acrescentou o Chefe do Executivo. O hemiciclo está a discutir uma revisão da lei relativa à defesa da segurança do Estado, que pretende punir crimes cometidos no exterior, abrangendo não apenas residentes, trabalhadores migrantes e turistas em Macau, mas também estrangeiros. Questionado pelos jornalistas sobre o impacto desta revisão, Ho Iat Seng lembrou que não houve qualquer acusação ao abrigo da actual lei de segurança do Estado, aprovada em 2009, que tornou crimes actos de traição, secessão, sedição e subversão. “Viram algum impedimento ou restrição à liberdade humana?” perguntou o líder do Governo, que defendeu ter havido “especulações que criaram desentendimentos”. Planos e objectivos A acompanhar Ho Iat Seng na primeira deslocação ao exterior após a pandemia estará uma comitiva de 50 empresários locais, liderada pelo secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, que irá visitar várias empresas em Portugal. No seu discurso, Ho Iat Seng lembrou que esta viagem de dez dias à Europa inclui, além de Portugal, o Luxemburgo, a Bélgica e a sede da União Europeia. “Escolher Portugal como o primeiro destino a visitar no estrangeiro visa aproveitar as novas oportunidades da conjuntura actual”, lembrou o governante, que passa pelo “impulsionar o aceleramento da construção” da plataforma comercial e a diversificação da economia. Destaca-se ainda “a grande importância que o Governo da RAEM dá à relação de amizade entre Macau e Portugal e ao desempenho do papel no apoio do intercâmbio e cooperação entre a China e Portugal”. A nível político, decorrem hoje encontros com o Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro, António Costa, e o ministro de Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho. Inclui-se ainda uma visita à Embaixada da China em Portugal, a fim de trocar impressões sobre a expansão da relação de amizade entre Macau e Portugal. A nível económico e empresarial pretende-se “o aprofundamento da cooperação em várias áreas” e mostrar em Lisboa “o desenvolvimento actual [do território] e as novas oportunidades em Macau”, bem como “apoiar o crescimento do sector comercial e o intercâmbio de jovens em Portugal”. O Chefe do Executivo disse ainda ter esperança de aproveitar “a investigação feita por universidades de Macau” para desenvolver novos medicamentos, em cooperação com farmacêuticas portuguesas. “Acredito que, pelas vantagens de Portugal nas áreas da medicina, tecnologia de ponta e economia marítima, esta visita contribuirá para consolidar e reforçar as relações amigáveis entre Macau e Portugal”. Espera-se que “as empresas dos países de língua portuguesa possam aproveitar o papel de plataforma de Macau e desenvolver-se na Grande Baía e na Zona de Cooperação Aprofundada, de forma a expandir o mercado do Interior da China”. Finanças e companhia No Luxemburgo e Bélgica a agenda oficial inclui encontros com o primeiro-ministro luxemburguês, o vice-primeiro ministro da Bélgica, e representantes da União Europeia e das embaixadas da China nos dois países. O objectivo é “trocar opiniões sobre a economia e comércio, finanças, ciência e tecnologia, turismo e a mobilidade transfronteiriça, entre outros temas”. Ho Iat Seng quer, na Europa, ver avanços em três áreas, como o “reforço das relações amigáveis”, o aprofundamento da cooperação e a exploração das “oportunidades de cooperação”. O governante entende que estes países têm “um bom desenvolvimento”, apresentando “experiências de sucesso nas áreas financeira, inovação tecnológica e infra-estruturas, que merecem ser alvo de análise, de estudo e de aprendizagem por parte de Macau de forma a ajudar a diversificação e desenvolvimento estável”.
Hoje Macau PolíticaGoverno afasta alteração à lei de prevenção da violência doméstica O Governo afirmou não ter “qualquer plano de alteração da lei de prevenção e combate à violência doméstica”, por considerar “exitir um efeito positivo”, apesar de um aumento dos casos denunciados. Desde a entrada em vigor da lei, em maio de 2016, os casos de violência doméstica aumentaram de 2.278 casos em 2017 para 2.666 em 2022, afirmou a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, na resposta a uma interpelação da deputada Wong Kit Cheng, na Assembleia Legislativa (AL) de Macau. No entanto, o número de casos classificados como suspeitos de violência doméstica, depois de avaliação profissional, diminuiu anualmente, de 96 casos em 2017 para 39 em 2022, mostrando que “a colaboração social e o mecanismo de comunicação”, previsto naquela lei, “têm um efeito positivo” e reforçam “a consciência da população sobre a suspeita de atos de violência doméstica”, indicou Elsie Ao Ieong. A deputada Wong Kit Cheng defendeu ser “necessário e premente rever e aperfeiçoar oportunamente as respetivas disposições” legais e destacou os dados do Instituto de Ação Social (IAS), segundo os quais, até ao primeiro semestre do ano passado (2022), foram notificados 10.144 casos de violência doméstica e 381 casos suspeitos. Por outro lado, Wong Kit Cheng indicou que a lei define “critérios exigentes para a aplicação de medidas coercivas, o que dificulta a repressão de atos de importunação”. “O IAS tem estado continuamente a rever, analisar e discutir a situação sobre a implementação da Lei da Violência Doméstica, pelo que, de momento, não existe qualquer plano para alterar a lei em causa”, indicou a governante. Elsie Ao Ieong salientou que a proteção da vítima “não está dependente de ação judicial contra o autor da violência”, acrescentando que os diversos serviços públicos prestam “medidas de proteção ou assistência”, incluindo acolhimento temporário das vítimas, assistência económica de urgência, acesso gratuito aos cuidados de saúde, assistência no acesso ao ensino ou ao emprego, prestação de aconselhamento jurídico, acesso a apoio judiciário urgente, entre outras. O IAS proporciona cursos de formação para aumentar a capacidade dos técnicos “na identificação, avaliação e intervenção dos casos de violência doméstica e as devidas técnicas de tratamento”, elaborando planos de apoio das vítimas de curto, médio e longo prazo, disse ainda, destacando a atuação do Governo na prevenção e deteção da violência doméstica. “O Governo da RAEM [Região Administrativa Especial de Macau] tem-se centrado na prevenção e deteção da violência doméstica, com o auxílio na resolução dos conflitos e disputas familiares, tendo intervindo em casos antes que estes se tornem em violência doméstica”, referiu.
Hoje Macau SociedadeGoverno reforça urgências para responder a surto de gripe O Governo reforçou o serviço de Urgências para dar “resposta ao pico de gripe”, que em março levou à vacinação do “dobro de pessoas” em relação aos dois meses anteriores, disseram os Serviços de Saúde. Em resposta ao pico de gripe, o hospital público do território “tomou medidas eficazes de resposta, designadamente, a alocação de mais profissionais de saúde para o Serviço de Urgência, a otimização dos procedimentos de diagnóstico e tratamento, a fim de dar resposta ao aumento de pacientes”, referiram os Serviços de Saúde de Macau (SSM) num email enviado à Lusa. Em março, a média semanal de vacinados “variou entre 1.300 e 1.400”, representando o “dobro de pessoas” em relação aos meses de janeiro e fevereiro, com uma média semanal de 600 a 700, apontaram ainda os SSM. Entre 01 de setembro de 2022 e 17 de abril deste ano, contabilizaram ainda as autoridades, foram vacinadas 141.177 pessoas na região administrativa especial, o que significa um acréscimo de 12,8% em relação ao período homólogo do ano passado (125.162 pessoas). No que diz respeito ao número de casos, as autoridades de saúde avançaram à Lusa que, de acordo com os “dados de doenças de declaração obrigatória de Macau, obtidos através da monitorização, foram registados mais de 2.900” entre 01 e 16 de abril. O Governo admitiu recentemente que o uso prolongado de máscara, na sequência da pandemia da covid-19, levou à redução da imunidade da população, contribuindo igualmente para um aumento acentuado dos casos de gripe. Muitos cidadãos continuam a usar máscara, apesar de esta já não ser obrigatória, exceto em instituições médicas, lares de idosos e de reabilitação ou alguns transportes públicos. “Registamos, todos os dias, dezenas ou centenas de casos, mas atualmente não registamos uma tendência de redução”, salientou Leong Iek Hou, do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças, citada pelo Canal Macau da estação pública local TDM. Macau seguiu desde o início da pandemia a política de Pequim de ‘zero covid’, com a restrição das entradas no território, aposta em testagens em massa, confinamentos de zonas de risco e quarentenas. Em dezembro do ano passado, o Governo de Ho Iat Seng anunciou o alívio destas medidas.