Hoje Macau EventosDança | “Alice” chega ao CCM em Dezembro O espectáculo de dança “Alice”, da companhia vanguardista norte-americana MOMIX, sobe aos palcos do Centro Cultural de Macau (CCM) entre os dias 21 e 25 de Dezembro. Segundo um comunicado do Instituto Cultural (IC), trata-se de uma “extravagante coreografia acrobática”, apresentada em sete exibições. O espectáculo tem como inspiração criativa as conhecidas aventuras de “Alice no País das Maravilhas”, de Lewis Carroll. Moses Pendleton, director artístico e coreógrafo da MOMIX, “leva as famílias numa viagem plena de excentricidade, fantasia e movimento”. Segundo o IC, “esta adaptação circense da história icónica traz um pujante desfile de personagens conhecidas e ideias visionárias durante o qual a destreza corporal dos bailarinos, vestindo coloridos figurinos, interage com uma um cenário contemporâneo de hologramas, efeitos especiais e sofisticado design”. A MOMIX foi fundada em 1980 tendo já efectuado várias digressões por todo o mundo. Esta não é a primeira presença da companhia em Macau, pois já por cá apresentou o espectáculo “Opus-Cactus”, uma produção “inspirada pelo deserto”. Os bilhetes para “Alice” já estão à venda e os preços variam entre as 200 e as 500 patacas.
Hoje Macau EventosGrande Prémio | Lisboeta Macau acolhe exposição sobre Filipe de Souza Até ao dia 12 de Novembro pode ser vista, no empreendimento Lisboeta Macau, no Cotai, uma exposição dedicada ao piloto local Filipe de Souza, presença habitual no Grande Prémio de Macau. “Festa do Entusiasmo pelas Corridas – Exposição Pessoal Souza Racing” visa prestar homenagem ao piloto e aos seus feitos nas pistas Foi inaugurada na passada sexta-feira a exposição “Racing Enthusiasm Party – Souza Racing Personal Exhibition” [Festa do Entusiasmo pelas Corridas – Exposição Pessoal Souza Racing] no empreendimento Lisboeta Macau, no Cotai, a fim de marcar o arranque de mais uma edição do Grande Prémio de Macau (GPM), grande evento automobilístico do território que este ano celebra 70 anos de existência e que acontece este fim-de-semana, sábado e domingo, e no próximo, dias 16 a 19 de Novembro. Segundo um comunicado da Sociedade de Jogos de Macau (SJM), a mostra, que dura apenas dez dias, “serve de catalisador para fomentar o entusiasmo pelas corridas, apoiando activamente a comunidade desportiva local e os atletas de corrida, ao mesmo tempo que cria uma atmosfera fervorosa em antecipação do espectáculo desportivo anual”. A SJM diz ainda desejar um “desempenho triunfante” a Filipe de Souza nesta edição do GPM, definindo-o como uma das lendas das corridas do território e “o primeiro atleta de Macau a garantir a vitória na Corrida da Guia”. Além disso, destaca o mesmo comunicado, Filipe de Souza “tem sido um defensor activo da educação nas corridas, estando empenhado em cultivar talentos excepcionais” no desporto automóvel. Recorde-se que, no ano passado, Filipe de Souza garantiu o campeonato na Corrida da Guia – TCR Asia Challenge, “solidificando a sua distinção como o primeiro piloto local a alcançar a vitória nesta prestigiada competição”, sendo que este “feito histórico deixou uma marca indelével nos anais das corridas de Macau”. O famoso Audi Na mostra “Racing Enthusiasm Party – Souza Racing Personal Exhibition” o público poderá ver o carro de competição de Filipe de Souza, o fato de corrida, os troféus e os momentos emocionantes de corridas anteriores em que o piloto participou. Destaque para a presença do Audi RS3 n.º 26, “o icónico carro de corrida do campeonato” que estará exposto ao público pela primeira vez, o que permite “aos entusiastas dos desportos motorizados e aos espectadores uma oportunidade de admirar de perto este veículo historicamente significativo”. A SJM adianta também que, com este evento, “espera dar continuidade ao apoio dedicado ao desenvolvimento do desporto local em Macau, injectar nova energia na indústria desportiva e reforçar a estreita ligação entre o turismo e o desporto, promovendo assim um turismo diversificado e o desenvolvimento económico”. A entrada para a exposição é gratuita.
Hoje Macau China / ÁsiaEx-vice-presidente do ICBC investigado por corrupção O ex-vice-presidente do Banco Industrial e Comercial da China, Zhang Hongli, está a ser investigado por suspeita de “violações graves” da lei e da disciplina do partido, de acordo com notícias dos meios de comunicação estatais. A notícia do processo contra o antigo executivo do maior banco chinês foi avançada pela agência Xinhua através de uma breve nota que não detalha quais os crimes que Zhang Hongli terá alegadamente cometido. Zhang Hongli, que também ocupou cargos de relevo no Partido Comunista da China (PCC), foi vice-presidente do Banco Industrial e Comercial da China (ICBC, na sigla em inglês) até julho de 2018, sendo um dos banqueiros de maior destaque até agora investigados pela Comissão Central de Inspeção Disciplinar, o órgão anticorrupção do PCC. Em fevereiro do ano passado, esta instituição prometeu reforçar a sua campanha contra condutas ilícitas no sector financeiro.
Hoje Macau China / ÁsiaXi Jinping destaca papel de exposição internacional para a cooperação mundial O Presidente chinês, Xi Jinping, destacou o papel da Exposição Internacional de Importação da China (CIIE) na promoção da cooperação internacional. Numa carta enviada à 6.ª edição da CIIE, que arrancou este fim de semana em Xangai, Xi sublinhou que o evento já “contribuiu positivamente” para o progresso de um novo padrão económico, o crescimento económico global, a expansão das compras internacionais e a promoção do investimento e do intercâmbio entre as nações, de acordo com a agência Xinhua. O presidente sublinhou, além disso, que a China vai continuar a ser “uma oportunidade importante para o desenvolvimento global”, especialmente durante a recuperação económica mundial, reafirmando o compromisso do gigante asiático com uma “abertura de alto nível” e a promoção da globalização económica “mais inclusiva, equitativa e vantajosa para todos”. Xi espera que a CIIE sirva de janela para promover este “novo padrão de desenvolvimento” e oferecer oportunidades ao mundo através do crescimento da China. As autoridades chinesas esperam a participação de cerca de 400 mil profissionais e mais de 3.400 expositores na sexta edição desta mostra. O evento, que ocupa um espaço de mais de 367 mil metros quadrados, conta com participantes de 154 países, regiões e organizações internacionais, explicou recentemente o vice-ministro do Comércio, Sheng Qiuping. Além disso, está confirmada a participação de 289 das 500 maiores empresas do mundo, de acordo com a lista elaborada pela revista Fortune, o que representa mais cinco empresas do que na edição anterior.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Olaf Scholz promete facilitar os intercâmbios de vistos e de pessoal Enquanto a União Europeia fabrica rupturas no comércio com a China, a Alemanha mostrou a sua preocupação pelo facto das suas empresas estarem empenhadas na cooperação bilateral. Depois de uma conversa com Xi Jinping na sexta-feira, Scholz afirmou que os chineses não venderão armas à Rússia. O Presidente chinês, Xi Jinping, teve na sexta-feira uma reunião por vídeo com o chanceler alemão, Olaf Scholz, durante a qual referiu que a China e a Alemanha “não só devem desenvolver relações bilaterais e servir de exemplo de cooperação vantajosa para ambas as partes, como também defender a ordem internacional e o multilateralismo e trabalhar em conjunto para enfrentar os desafios globais”. Ao assinalar que as relações entre a China e a Alemanha entraram no quinquagésimo aniversário, Xi afirmou que “a China e a Alemanha, enquanto parceiros estratégicos globais, trabalharam em conjunto no espírito de benefício mútuo e cresceram em conjunto no espírito de aprendizagem e intercâmbio mútuos. Esta é a valiosa experiência do desenvolvimento harmonioso das relações entre a China e a Alemanha nas últimas décadas, que deve ser apreciada e transmitida por ambas as partes”. O interesse alemão O presidente chinês referiu ainda que mais de 130 empresas alemãs participarão da sexta Exposição Internacional de Importação da China, o que “demonstra a confiança das empresas alemãs no desenvolvimento da China”. Por seu lado Xi espera que “a parte alemã também adira a um alto nível de abertura para as empresas chinesas que procuram oportunidades de cooperação na Alemanha”. No mesmo dia, Xi encontrou-se em Pequim com o primeiro-ministro grego Kyriakos Mitsotakis. Saudando o último meio século, durante o qual “as relações entre a China e a Grécia foram sempre saudáveis e constantemente renovadas”, Xi manifestou a vontade de reforçar a cooperação bilateral numa vasta gama de sectores. “A China está disposta a trabalhar em conjunto com a UE para manter uma compreensão mútua correcta, centrar-se no consenso e compreender a direção a seguir, a fim de activar plenamente a cooperação mutuamente benéfica em todos os domínios. Esperamos que a Grécia continue a desempenhar um papel construtivo a este respeito”, afirmou Xi. “As reuniões e as frequentes interacções entre a China e a Europa demonstraram que a China atribui grande importância às relações com a UE, e isto não mudou. Queremos continuar a dinâmica de estabilização e aquecimento bilateral”, disse Cui Hongjian, professor da Academia de Governação Regional e Global da Universidade de Estudos Estrangeiros de Pequim. Cui também mencionou a oposição geral da Alemanha à investigação anti-subsídios da UE sobre os veículos eléctricos chineses, que também põe em risco a Alemanha, uma vez que os dois países estão a cooperar estreitamente neste domínio. Facilitar intercâmbios Por seu lado, o chanceler Scholz afirmou que, ao longo do ano passado, foi realizada com êxito uma nova ronda de consultas governamentais entre a Alemanha e a China, o diálogo e os intercâmbios a todos os níveis foram rapidamente retomados, as relações económicas e comerciais estreitaram-se e os projectos de cooperação foram continuamente promovidos, revelando mais possibilidades e amplas perspectivas de aprofundamento das relações bilaterais. “As relações entre a Alemanha e a China são importantes para a parte alemã”, disse ele, observando que o seu país está disposto a continuar as boas relações e a aprofundar a cooperação em vários domínios, e espera que as empresas alemãs alcancem maior sucesso na China. “A Alemanha está disposta a facilitar os intercâmbios de vistos e de pessoal com a China, a reforçar os intercâmbios interpessoais e a promover o desenvolvimento positivo das relações UE-China”, acrescentou. Israel e Ucrânia Scholz apresentou os pontos de vista da parte alemã sobre o conflito israelo-palestiniano e a crise na Ucrânia e manifestou a esperança de manter uma comunicação estreita com a China. Xi salientou que, para resolver o conflito israelo-palestiniano e a crise na Ucrânia, é necessário “reflectir mais profundamente sobre as questões de segurança, aderir à visão de uma segurança comum, abrangente, cooperativa e sustentável e promover a construção de uma arquitetura de segurança equilibrada, eficaz e sustentável. Espremer o espaço de segurança de outros países e apoiar um lado, ignorando as exigências legítimas do outro, conduzirá ao desequilíbrio regional e à expansão e escalada de conflitos”. “Tanto a China como a parte europeia devem trabalhar em conjunto para mediar os conflitos, aliviar as tensões e desempenhar um papel positivo na promoção da paz e do desenvolvimento regionais”, concluiu. Armas para a Rússia Já no domingo, em Berlim, Olaf Scholz, afirmou que a China declarou que não fornecerá armas à Rússia para a sua guerra contra a Ucrânia, sugerindo que Berlim recebeu garantias bilaterais de Pequim sobre esta questão. Scholz falava numa conferência de imprensa com a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que disse aos jornalistas que a UE não recebeu “nenhuma prova” até agora dos EUA de que Pequim está a considerar fornecer apoio letal a Moscovo. Nas últimas semanas, altos funcionários norte-americanos, incluindo o Secretário de Estado Antony Blinken, manifestaram a sua profunda preocupação com a possibilidade de a China fornecer armas como drones kamikaze à Rússia, o que, por sua vez, desencadeou avisos a Pequim por parte de políticos da UE. Na semana passada, o próprio Scholz instou Pequim a abster-se de tais acções e a usar a sua influência para convencer a Rússia a retirar as suas tropas da Ucrânia. No entanto, durante a conferência de imprensa de domingo, realizada no retiro do governo alemão em Meseberg, a norte de Berlim, Scholz afirmou que a China tinha dado garantias de que não enviaria armas à Rússia. “Todos concordamos que não deve haver entregas de armas, e o governo chinês declarou que também não vai entregar nenhuma”, disse o chanceler. “Insistimos neste ponto e estamos a monitorizá-lo”, acrescentou. Scholz disse mais tarde à CNN que se a China ajudasse a Rússia, “isso teria consequências, mas estamos agora numa fase em que estamos a deixar claro que isso não deve acontecer, e estou relativamente optimista de que seremos bem sucedidos com o nosso pedido neste caso, mas teremos de analisar e temos de ser muito, muito cautelosos”. O chanceler pareceu sugerir que Pequim tinha dado essas garantias diretamente à Alemanha de não fornecer armas à Rússia. O chefe da política externa da UE, Josep Borrell, recebeu garantias privadas semelhantes no mês passado. Borrell disse aos jornalistas que o principal diplomata chinês, Wang Yi, lhe tinha dito, numa conversa privada durante a Conferência de Segurança de Munique, em meados de fevereiro, que a China “não fornecerá armas à Rússia”. Von der Leyen disse aos jornalistas que a UE ainda não tinha visto qualquer prova de que a China está a considerar enviar armas para a Rússia. “Até ao momento, não temos provas disso, mas temos de o observar todos os dias”, afirmou a Presidente da Comissão Europeia.
Hoje Macau SociedadeBairro Novo de Macau | Mais de 3.000 visitas a andares modelo Nos primeiros três dias em que esteve aberto ao público para visitas, os andares modelo do Novo Bairro de Macau, na Ilha da Montanha, receberam mais de 3.500 visitantes. A informação foi divulgada pela empresa Macau Renovação Urbana, num comunicado disponibilizado em inglês. Segundo a mesma informação, os visitantes participaram em visitas guiadas a modelos mobilados e não-mobilados, que incluíram sessões com perguntas e respostas. De acordo com a empresa, estão 11 apartamentos disponíveis para visitas, com dois ou três quartos, que podem ser feitas de segunda-feira a domingo, entre as 09h e as 18h. Além disso, dada as limitações de transportes, foi criado um autocarro especial que parte da fronteira da Ilha da Montanha para o Novo Bairro de Macau, a cada 15 minutos, entre as 09h e as 17h15.
Hoje Macau PolíticaJogo | Questionada avaliação das concessionárias O deputado Leong Sun Iok quer que o Governo explique os critérios utilizados para avaliar as concessionárias do jogo e o seu papel ao nível da responsabilidade social, um dos requisitos para a atribuição das concessões. O assunto é abordado através de uma interpelação escrita, divulgada na sexta-feira. “Com as novas concessões e os respectivos contratos em vigor desde o início do ano, quais são os indicadores e as exigências em concreto?”, pergunta. “Em relação a esses critérios para avaliar a responsabilidade social das empresas, como é que o Governo formulou os indicadores?”, acrescentou. Além deste aspecto, a interpelação do deputado da Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) visou também as condições dos trabalhadores. “Será que o Governo vai prestar maior atenção à situação dos empregados das concessionárias e promover uma melhoria das condições?”, pergunta. Dentro da responsabilidade social, o deputado considera que as concessionárias também devem promover melhor condições de trabalho para os empregados. Por isso, o legislador que saber o que está a ser feito pelo Executivo para dirigir as empresas nesta direcção. “Será que o Governo pode fazer uma maior pesquisa para perceber como é que as condições de trabalho podem ser alteradas, para promover uma maior promoção da saúde dos trabalhadores?”, interrogou.
Hoje Macau PolíticaComunidades | Rita Santos reúne com jovens macaenses Rita Santos, presidente do conselho regional da Ásia e Oceânia do Conselho das Comunidades Portuguesas, reuniu recentemente com António Monteiro, presidente da Associação de Jovens Macaenses. Segundo um comunicado, o encontro serviu para “discutir questões de interesse mútuo e fortalecer a cooperação entre as duas organizações”. Além disso, foram abordados “diversos assuntos relacionados com a comunidade macaense, incluindo a preservação da cultura e identidade macaenses, o envolvimento dos jovens macaenses nas actividades comunitárias e a promoção do intercâmbio cultural entre Macau, a diáspora macaense e a região da Ásia e Oceânia”. Foi também reconhecido, na reunião, “a necessidade de se expandir as actividades [da associação] para áreas abrangentes do interesse dos jovens da comunidade, tais como a economia, o desenvolvimento e a tecnologia, em complemento da sua componente cultural, no âmbito da estratégia actual do desenvolvimento da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau”. Em destaque, esteve ainda a importância de “fortalecer os laços entre as organizações e trabalhar em conjunto para enfrentar os desafios e oportunidades que a comunidade macaense enfrenta actualmente”. Desta forma, ambos os dirigentes concordaram em “promover a colaboração em projectos e iniciativas que visem preservar a herança cultural macaense e envolver os jovens macaenses em actividades que promovam o seu desenvolvimento pessoal e profissional”.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul diz suspeitar que Pyongyang forneceu mísseis e munições à Rússia Militares sul-coreanos disseram ontem suspeitar que a Coreia do Norte tenha fornecido mísseis, munições e projécteis à Rússia para apoiar as forças russas na guerra contra a Ucrânia. A avaliação foi divulgada um dia depois de os serviços secretos de Seul terem dito aos deputados sul-coreanos que Pyongyang forneceu recentemente mais de um milhão de projécteis de artilharia à Rússia, num contexto de aprofundamento da cooperação militar entre os dois países. Num encontro com jornalistas locais, os militares sul-coreanos afirmaram que a Coreia do Norte é suspeita de ter enviado para a Rússia um número não especificado de mísseis balísticos de curto alcance, mísseis antitanque e mísseis antiaéreos portáteis, além de espingardas, lança-foguetes, morteiros e obuses. O conteúdo deste encontro foi partilhado com a agência de notícias norte-americana Associated Press. Na semana passada, a Coreia do Sul, os Estados Unidos e o Japão condenaram o fornecimento de munições e equipamento militar pela Coreia do Norte à Rússia, afirmando que tais carregamentos de armas aumentam drasticamente o número de vítimas da guerra na Ucrânia. Qualquer comércio de armas com a Coreia do Norte constitui uma violação de várias resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que a Rússia, membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, apoiou anteriormente. Tanto a Rússia como a Coreia do Norte rejeitaram as acusações. Troca de interesses Mas a especulação sobre os carregamentos de armas norte-coreanas aumentou depois de o líder norte-coreano, Kim Jong-un, se ter encontrado, em Setembro, na Rússia, com o Presidente russo, Vladimir Putin, e visitado instalações militares russas. Os Estados Unidos e os aliados acusam a Coreia do Norte de procurar tecnologia russa para modernizar o arsenal de armas nucleares e mísseis, em troca de armas convencionais. Numa reunião privada com deputados, na quarta-feira, o Serviço Nacional de Informações (NIS) sul-coreano disse que mais de um milhão de projécteis de artilharia norte-coreanos foram enviados para a Rússia, desde Agosto. O NIS afirmou que a Coreia do Norte está provavelmente a receber assistência tecnológica russa no projecto para lançar o primeiro satélite espião militar para o espaço. As duas recentes tentativas de lançamento pela Coreia do Norte fracassaram devido a problemas técnicos. De acordo com as forças armadas sul-coreanas, a Coreia do Norte também quer receber da Rússia tecnologia relacionada com o sector nuclear, aviões de combate, equipamento aeronáutico e assistência para a criação de redes de defesa antiaérea.
Hoje Macau EventosCCM | Ópera chinesa com episódios históricos em Dezembro O grande auditório do Centro Cultural de Macau (CCM) acolhe, nos dias 15 e 16 de Dezembro, o espectáculo da Companhia Nacional Chinesa da Ópera de Pequim, organizado pelo Ministério da Cultura e Turismo da China e Secretaria para os Assuntos Sociais e Cultura da RAEM. Segundo um comunicado, o espectáculo leva à cena dois episódios históricos de um vasto repertório. O programa arranca com “Fogoso Cavalo Vermelho”, uma ópera que transporta o público à dinastia Tang. Inspirado numa lenda, este conto tem sido frequentemente representado em teatros por toda a China, tendo também subido à cena em cidades como Londres e Nova Iorque. O segundo espectáculo desta digressão leva à cena a trágica história de “Adeus, Minha Concubina”, conto clássico de vida e morte internacionalmente popularizado nos anos 90 quando foi utilizado como pano de fundo para o premiado filme realizado por Chen Kaige. A Companhia Nacional Chinesa de Ópera de Pequim tem sido consistentemente reconhecida tanto no país como no exterior, desde a sua fundação, em 1955. Ao longo dos últimos anos, Macau tem apreciado de forma regular a diversidade e desenvolvimento da ópera chinesa, patente numa série de espectáculos levados ao palco, oferecendo aos entusiastas das artes oportunidades renovadas de mergulharem numa mescla de diferentes expressões teatrais. Os bilhetes para os espectáculos estão à venda desde quarta-feira.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim | Registadas temperaturas mais elevadas desde 1961 Pequim registou uma temperatura média de 14,5 graus Celsius no final do mês de Outubro, a mais elevada desde 1961 e um acréscimo de 3,4 graus face ao mesmo período do ano passado, informou ontem o Observatório Meteorológico da cidade. De acordo com especialistas citados pelo jornal oficial Global Times, o aquecimento global está a fazer com que a diferença de temperatura entre as regiões norte e sul do país seja cada vez menor. A ausência de ventos frios, comuns nesta altura do ano, também contribuiu para as elevadas temperaturas registadas na capital chinesa nos últimos dias. Para além de Pequim, todo o norte da China registou temperaturas elevadas no final de Outubro: a cidade de Tianjin atingiu uma temperatura média recorde de 16,2 graus Celsius em 28 de Outubro, a segunda mais elevada para esse dia desde 1961. “Os fortes ventos do norte costumavam trazer ar frio que arrefecia grande parte do país, mas este ano não”, observou o meteorologista Zhang Mingying, citado pelo jornal. Esta situação também afectou a poluição atmosférica nas zonas do norte. Os especialistas avisaram que os altos níveis de poluição vão manter-se até à chegada de ar mais frio nos próximos dias. Em 2022, a China registou 16,4 dias com uma temperatura média superior a 35 graus Celsius, a mais elevada desde 1961, de acordo com a Administração Meteorológica Nacional do país. Os meteorologistas locais sublinharam que os períodos de calor intenso, que começam “cada vez mais cedo e terminam cada vez mais tarde”, podem tornar-se o “novo normal” no país asiático, sob o “efeito das alterações climáticas”.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Julgamento de português marcado para Fevereiro Um tribunal de Hong Kong marcou ontem para 27 de Fevereiro de 2024 o início formal do julgamento do cidadão português Joseph John, acusado de incitação à subversão, crime com uma pena máxima de 10 anos de prisão. No tribunal do distrito de Wanchai, após cinco adiamentos devido a mudanças na defesa do português, o juiz Kwok Wai-kin marcou para o próximo ano uma sessão em que o arguido poderá declarar-se culpado ou inocente, assim como a defesa poderá apresentar eventuais atenuantes. A defesa voltou a não apresentar ontem qualquer pedido para que Joseph John, detido desde o final de Outubro de 2022, saísse em liberdade sob fiança. Em Agosto, um outro juiz rejeitou um pedido do anterior advogado para que o português saísse sob uma fiança no valor de 26 mil dólares de Hong Kong (cerca de três mil euros), considerando que continua a representar um perigo para a segurança nacional da China Kwok Wai-kin é um dos juízes nomeados pelo governo de Hong Kong para lidar com casos ligados à lei de segurança nacional, promulgada em 2020 por Pequim. De acordo com a acusação, Joseph John era administrador do perfil na rede social Facebook do Partido para a Independência de Hong Kong. O suspeito, funcionário do Royal College of Music no Reino Unido, terá usado o perfil para, desde Setembro de 2019, “lançar uma campanha de angariação de fundos para despesas militares, enviar petições para páginas de governos estrangeiros e apelar ao apoio de tropas estrangeiras”. Na sessão de ontem esteve presente o cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong, Alexandre Leitão.
Hoje Macau China / ÁsiaConflito em Gaza em foco durante presidência chinesa do Conselho de Segurança da ONU A China detém em Novembro a presidência rotativa do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), durante a qual estará em destaque o conflito em Gaza, com as autoridades chinesas a procurar um cessar-fogo. O embaixador chinês junto à ONU, Zhang Jun, apresentou na quarta-feira à imprensa a sua agenda para o mês, indicando que uma das prioridades da sua presidência será resolver o conflito entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas, nomeadamente o conflito em Gaza, que ameaça estender-se à restante região do Médio Oriente. “O Conselho tem-se concentrado nesta questão há algumas semanas e continuará a ser o foco do trabalho do Conselho e também da presidência chinesa”, assegurou, acrescentando que apelará a um cessar-fogo, à protecção dos civis e à prevenção de uma ainda maior catástrofe humanitária. Jun admitiu que o impasse que o Conselho de Segurança atravessa “é decepcionante”, uma vez que já foram a votos quatro projectos de resolução sobre o conflito em Gaza desde o ataque do Hamas, mas não se conseguiu alcançar consenso em nenhuma dessas ocasiões, rejeitando todos os projectos. Ainda sobre esta questão, o diplomata chinês insistiu na necessidade de se continuar a construir consenso, elogiando o trabalho que o secretário-geral da ONU, António Guterres, tem feito nesse sentido, defendendo a implementação da solução de dois Estados como a única capaz de levar a uma paz duradoura entre Israel e a Palestina. Porém, a China posicionou-se contra qualquer ideia de desenhar um futuro para Gaza que não tenha em conta o consentimento dos próprios palestinianos. Questionado sobre o envio de uma força multinacional para Gaza – seja “capacetes azuis” da ONU ou uma força multinacional de outra natureza – após o fim da guerra actual, Zhang Jun esclareceu que este aspecto não está actualmente na agenda do Conselho de Segurança, que está agora focado em discutir um quinto projecto de resolução. “O que quer que afecte os palestinianos deve ter o seu consentimento, ninguém pode decidir em seu nome”, alertou. Questionado sobre se a China pode ter alguma influência sobre o Hamas ou os seus aliados, como o Hezbollah ou o Irão, Jun foi evasivo e optou por declarar que o seu país “não é tão influente” como alguns jornalistas acreditam. Na agenda Durante Novembro, outros temas relacionados com o Médio Oriente serão debatidos no Conselho de Segurança das Nações Unidas, como o Líbano, Síria ou Iémen, assim como assuntos relacionados com África, como a Líbia, Sahel, Sudão e Sudão do Sul, República Centro-Africana ou Somália. O Conselho deverá realizar este mês o seu debate semestral sobre a Bósnia e Herzegovina e votar a reautorização da força de estabilização multinacional liderada pela União Europeia. Também é provável que se realizem reuniões sobre a Ucrânia, Coreia do Norte e Afeganistão. A China planeia organizar um evento especial durante a sua presidência mensal, que se concentrará na relação entre paz, segurança e desenvolvimento, e que deverá contar com a presença de António Guterres. Em Novembro, o Conselho de Segurança realizará ainda seu ‘briefing’ anual com os chefes das componentes policiais das operações de paz da ONU. “Adoptaremos uma abordagem muito responsável, construtiva, objectiva e inclusiva na execução do trabalho da presidência chinesa”, disse Zhang Jun aos jornalistas, em Nova Iorque.
Hoje Macau China / ÁsiaÓbito | Xi assistiu à cerimónia de despedida de antigo primeiro-ministro Li Keqiang O Presidente chinês, juntamente com a sua esposa e outros dirigentes, marcou presença na cerimónia que elogiou Li Keqiang como “excelente membro do partido, um soldado comunista leal e um revolucionário proletário excepcional, estadista e líder do Estado e do partido” Os restos mortais do antigo primeiro-ministro chinês Li Keqiang foram cremados ontem em Pequim, após uma cerimónia em que participaram o Presidente chinês, Xi Jinping, e vários membros da direcção do Partido Comunista da China (PCC). A cremação e a cerimónia tiveram lugar no Cemitério Revolucionário de Babaoshan, no norte da capital chinesa, onde, tal como em todos os edifícios oficiais da China, as bandeiras estiveram ontem hasteadas a meia haste em homenagem a Li, que morreu de ataque cardíaco em Xangai a 27 de Outubro, aos 68 anos. Xi chegou ao início da manhã ao salão de festas do cemitério acompanhado pela sua mulher, Peng Liyuan, e juntamente com outros dirigentes “permaneceu em silêncio solene, caminhou lentamente até aos restos mortais de Li para prestar homenagem e fez três vénias”, informou a agência noticiosa oficial Xinhua. De seguida, apertou a mão à família do antigo primeiro-ministro, a quem apresentou as suas condolências. Para além de Xi, estiveram também presentes o sucessor de Li, o primeiro-ministro Li Qiang, o presidente da Assembleia Popular Nacional, Zhao Leji, o vice-primeiro-ministro Han Zheng, o vice-primeiro-ministro Ding Xuexiang e o chefe do Conselho Consultivo, Wang Huning. Embora não se tratasse de um funeral de Estado como os que os antigos presidentes chineses recebem, a cerimónia foi solene, com música fúnebre em fundo e uma grande faixa preta onde se lia em letras brancas “profundo luto pelo camarada Li Keqiang”. Sob a faixa, um retrato do falecido e os restos mortais de Li foram cobertos com uma bandeira do PCC e rodeados de flores e ramos de cipreste, incluindo uma coroa de flores enviada pelo antigo Presidente Hu Jintao, que era muito próximo do antigo primeiro-ministro. Elogio fúnebre Na cerimónia, Li foi elogiado como um “excelente membro do partido, um soldado comunista leal e um revolucionário proletário excepcional, estadista e líder do Estado e do partido”. O protocolo do funeral é comparável ao seguido após a morte, em 2019, de Li Peng, também antigo primeiro-ministro. No sistema hierárquico de formalidades da China, apenas os secretários-gerais do PCC, como o antigo presidente Jiang Zemin, que recebeu um funeral de Estado em Dezembro do ano passado, têm direito a honras de topo.
Hoje Macau SociedadeEstacionamento | Ngan Iek Hang critica aumento de preços O deputado Ngan Iek Hang questiona a justificação utilizada pelo Governo para promover aumentos dos preços em sete parques de estacionamento públicos. O assunto foi abordado através de uma interpelação escrita, divulgada ontem. Quando anunciou a subida dos preços, o Governo argumentou que precisava de aumentar a taxa de rotatividade dos veículos estacionados nestes espaços. No entanto, para Ngan Iek Hang, a medida é incompreensível, porque as famílias “ainda tentam recuperar da quebra dos rendimentos” motivada pela pandemia, e atravessam um período em que também têm de lidar “com a escalada geral dos preços”. Além disso, segundo os dados citados por Ngan Iek Hang, há parque sujeitos a aumentos em que a taxa de utilização média está abaixo dos 70 por cento, e em pelo menos três dos sete afectados abaixo dos 50 por cento. “Em muitos casos os parques de estacionamento para motociclos e ciclomotores nunca estão totalmente ocupados, mesmo que a taxa de utilização possa ser próxima de 87 por cento”, indica Ngan. “Se os parques não estão cheios, porque é que vão aumentar os preços? Não será isto antes um incentivo para que as pessoas deixam de utilizar os parques e procurem outras alternativas?”, questiona. Ngan Iek Hang não é o primeiro deputado a atacar esta medida, anteriormente, Ella Lei, deputada ligada ao Operários, tinha feito o mesmo. Por outro lado, Ngan Iek Hang pede ao Governo que pondere outras medidas para aumentar a rotatividade dos veículos estacionados nos parques mencionados, se esse for mesmo o objectivo da medida, e sugere a criação de descontos e outros incentivos para aumentar a taxa de utilização dos parques menos utilizados da RAEM.
Hoje Macau SociedadeUniversidade de Macau acolhe seminário sobre Inteligência Artificial O uso de Inteligência Artificial (IA) na criação artística é uma oportunidade para repensar o conceito de propriedade intelectual, defendem académicos ouvidos pela Lusa, que sublinham a necessidade de um debate alargado e de prudência na legislação. Vai ser lançada hoje “Now and Then”, a “última música” dos The Beatles, na qual foi utilizada IA para retirar da gravação ‘demo’ original, feita na década de 1970, a voz de John Lennon, assassinado em Dezembro de 1980. O professor de Direito da Universidade de Macau (UM) Rostam Neuwirth apontou esta música como um exemplo do crescente uso de IA na criação artística, algo que tem originado dilemas não só sobre autoria, mas também sobre direitos de autor. Neuwirth vai falar hoje num seminário sobre o impacto da IA no direito de propriedade intelectual, organizado pelo Instituto de Estudos Europeus de Macau, no qual também irá intervir Célia Filipa Ferreira Matias. A coordenadora do mestrado em Direito em português na UM recordou à Lusa que na segunda-feira um tribunal da Califórnia, nos EUA, rejeitou parcialmente uma queixa apresentada por três artistas contra a Stability AI, a Midjourney e a DeviantArt. As três empresas eram acusadas de utilizar obras de arte, disponíveis na Internet, mas protegidas por direitos de autor, para treinar as suas ferramentas que usam IA para produzir imagens. “É totalmente compreensível que os artistas sintam o seu modo de vida muito ameaçado por este tipo de produto”, disse Célia Ferreira Matias, que, ainda assim sublinhou a necessidade de prudência na legislação. “É preciso um bocadinho de cuidado”, defendeu a especialista, porque, além da IA, “as pessoas que fazem obras derivadas de outros tipos podem ver-se afectadas por uma leitura muito restrita dos direitos de autor”. Primeiros passos Os legisladores têm sido lentos a responder, referiu Rostam Neuwirth, dando como exemplo a União Europeia, que começou em 2021 a tentar regulamentar o uso da IA, mas que só em Junho de 2023 conseguiu aprovar, no Parlamento Europeu, um projecto que terá de ser agora negociado entre os 27 países membros. Nos Estados Unidos, o Presidente Joe Biden aprovou na segunda-feira uma ordem executiva que procura garantir “uma IA segura e confiável”, recordou o académico. Célia Ferreira Matias salientou os perigos de “legislar para coisas muito específicas” e “de uma forma reactiva tentar imediatamente cobrir esta situação de alguma forma”. Por outro lado, Rostam Neuwirth sublinhou que, “as leis de direitos de autor já tinham grandes problemas mesmo antes da IA”. “A IA é o problema, mas é também a solução”, disse o especialista em propriedade intelectual na economia criativa, que defendeu que o impacto desta tecnologia deve ser encarado “como uma grande oportunidade para um debate muito alargado” sobre o próprio conceito de propriedade intelectual. O académico lembrou o caso da indústria da moda, “que funciona muito bem sem direitos de autor. As cópias criam tendências que, de alguma forma, criam nos consumidores o desejo de comprar mais”. “Não é inevitável que precisemos de leis de propriedade intelectual. Acho que tudo pode correr muito bem se tivermos boas leis, mas se calhar até podemos ter mais sucesso sem nada, se as leis forem mal feitas”, sublinhou Neuwirth.
Hoje Macau Manchete SociedadeUSJ | Revisão curricular reforça aposta no ensino do português A Universidade de São José quer rever o currículo das licenciaturas para reforçar o ensino do português. O objectivo da medida é garantir que qualquer licenciado da USJ consiga ler, falar, entender e comunicar na língua de Camões O director da Faculdade de Artes e Humanidades da instituição, Carlos Sena Caires, revelou que a revisão prevê uma cadeira obrigatória de língua portuguesa nos quatro anos de todas as licenciaturas da Universidade de São José (USJ), algo que actualmente apenas acontece no terceiro ano. Os actuais alunos “acabam com um português que vai do A1 ao A2, quanto muito”, admitiu o académico. “A ideia com a revisão curricular é permitir ir até ao B2, C1 se der. Portanto, [o estudante] sai com uma aprendizagem de língua muito mais avançada”, sublinhou. O Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas abrange seis níveis, desde o A1, para iniciantes, ao C2, que reconhece a proficiência máxima em português. O objectivo é garantir que qualquer licenciado da USJ “tenha essas valências: saber ler, falar, entender e comunicar” em português, disse Sena Caires, algo que descreve como “uma mais-valia para Macau (…) e para os alunos”. O reitor da USJ, Stephen Morgan, disse esperar que o regulador do ensino em Macau, a Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ), aprove em breve a revisão curricular. Morgan falava na quarta-feira durante a assinatura de um acordo que permite à USJ contar com professores do Instituto Português do Oriente (IPOR) para responder ao aumento das aulas de português como língua estrangeira. O reitor revelou que, na terça-feira, durante uma reunião na DSEDJ, defendeu que, “se Macau quer desempenhar o papel de plataforma [entre a China e os países lusófonos], todo o sistema de educação deve levar a sério a necessidade de contratar professores de português”. Sem residência Carlos Sena Caires disse à Lusa que a colaboração com o IPOR começou, de forma informal, durante a pandemia de covid-19, porque Macau proibiu, durante quase três anos, a entrada de estrangeiros sem estatuto de residente. Apesar do fim destas medidas, a directora do IPOR, Patrícia Ribeiro, admitiu à Lusa que as restrições à residência para portugueses em Macau, impostas em Agosto, têm dificultado a contratação de novos professores. “De momento não há desenvolvimentos e esta situação está a ser analisada ao mais alto nível”, disse Ribeiro. “Os três professores que recrutámos no último concurso já estão no IPOR e a trabalhar”, sendo que dois apenas receberam o chamado ‘blue card’, revelou. O ‘blue card’, um vínculo laboral atribuído a não residentes, não oferece quaisquer benefícios ao nível da saúde ou educação, nem a possibilidade de garantir a residência permanente em Macau. Patrícia Ribeiro sublinhou ainda que o acordo com a USJ contempla ainda a colaboração para trazer artistas lusófonos em “itinerâncias”, não só em Macau, “junto das instituições de ensino, mas também a outros centros culturais não só da China como dos países da região” asiática.
Hoje Macau PolíticaConselho de Consumidores | Leong Pek San tomou posse como presidente Leong Pek San prestou juramento e tomou posse como presidente do Conselho de Consumidores (CC), numa cerimónia que se realizou na quarta-feira presidida pelo secretário para a Economia e Finança, Lei Wai Nong. O governante elogiou Leong Pek San que “tem exercido funções no CC há muitos anos, possuindo assim ricas experiências, competência profissional e aptidão”. Lei Wai Nong sublinhou que a nova estrutura orgânica do CC implicará a introdução de “novos pensamentos e métodos para defender, com todo o esforço, os direitos e interesses do consumidor, nomeadamente através do recurso à tecnologia inovadora”. Por sua vez, a nova dirigente salientou que a missão do CC é a protecção dos direitos e interesses do consumidor e prometeu reforçar a educação do consumidor e aumentar a força empenhada na divulgação de informações, aprofundando o conhecimento do consumidor sobre os seus direitos e interesses e elevando a sua capacidade de autoprotecção. Por outro lado, Leong Pek San garantiu que irá fortalecer a fiscalização e a execução da lei.
Hoje Macau PolíticaLAG | Apresentações começam a 14 de Novembro As Linhas de Acção Governativa (LAG) vão ser apresentadas a 14 de Novembro na Assembleia Legislativa, primeiro dia em que o Chefe do Executivo vai estar no hemiciclo. Ho Iat Seng regressa no dia seguinte, desta feita para responder a perguntas de deputados. Em relação à apresentação das LAG das diferentes secretarias, 20 de Novembro é o dia dedicado à Administração e Justiça, 22 de Novembro à Economia, 24 de Novembro à Segurança, 27 de Novembro aos Assuntos Sociais e Cultural e, finalmente, 29 de Novembro aos Transportes e Obras Públicas.
Hoje Macau China / ÁsiaGaza | Filipinas não conseguem localizar 49 cidadãos O Ministério dos Negócios Estrangeiros filipino informou que 49 dos 136 cidadãos do país na Faixa de Gaza estão incontactáveis e os 87 restantes enfrentam “problemas crescentes” para encontrar água potável. “Por enquanto, 49 filipinos ainda estão incontactáveis”, admitiu, na segunda-feira, o embaixador das Filipinas na Jordânia, Wilfredo Santos, de acordo com a agência de notícias estatal filipina PNA. Santos acrescentou que as autoridades estão em contacto com 87 dos filipinos que permanecem em Gaza, e que, “embora o seu abastecimento alimentar seja suficiente, o acesso à água está a tornar-se cada vez mais difícil”. Até ao momento, as Filipinas confirmaram a morte de pelo menos quatro cidadãos do país asiático no conflito entre Israel e o Hamas, na sequência do ataque surpresa do grupo islamita palestiniano em 07 de Outubro. O governo israelita publicou na quarta-feira uma lista de titulares de passaportes estrangeiros que se encontravam entre os raptados pelo Hamas durante o ataque, incluindo dois cidadãos filipinos. Manila não confirmou a identidade destas duas pessoas. O ministro dos Negócios Estrangeiros das Filipinas, Enrique Manalo, disse, na segunda-feira, que ia “investigar se é possível, pelo menos, localizar” os dois filipinos. No domingo, o exército israelita elevou para 239 o número de pessoas raptadas e detidas em Gaza pelo Hamas, apesar de um dia antes ter referido que 230 pessoas se encontravam em cativeiro. Entretanto, o quarto comboio de cidadãos filipinos a serem repatriados de Gaza chegou a Manila na segunda-feira, com cerca de 60 pessoas a bordo. Antes do início do conflito, cerca de 30 mil filipinos encontravam-se em Israel e cerca de 17.500 no Líbano, de onde pelo menos 124 pediram para ser repatriados, indicaram, na segunda-feira, as autoridades filipinas.
Hoje Macau SociedadeMacau e Coimbra criam laboratório sobre envelhecimento cognitivo A Universidade de Coimbra (UC) criou ontem um laboratório conjunto, com a Universidade de Macau (UM), para estudar o envelhecimento cognitivo e responder às necessidades geradas pelo aumento da esperança de vida. Após a inauguração, o vice-reitor para as Relações Externas e Alumni da UC, João Nuno Calvão da Silva, disse à Lusa que “o envelhecimento demográfico, o aumento da esperança de vida são tudo coisas absolutamente excelentes, mas que geram outro tipo de urgências”. Em Macau, uma projecção da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos, divulgada em Fevereiro, prevê que o número de idosos ultrapasse o número de jovens já em 2023 e que os residentes com 65 anos ou mais representem 20,9 por cento da população em 2041. “As universidades de investigação têm dito presente a estas questões e procurado soluções, neste caso com parceiros de excelência”, sublinhou Calvão da Silva, acrescentando que as ciências do cérebro é “uma área de investigação de ponta”, tanto na UM como na UC. Investigações e companhia A parceria com Macau, que irá incluir projectos de investigação conjuntos e intercâmbio de investigadores, “gerou um grande entusiasmo na Faculdade de Medicina” da UC, confessou o vice-reitor. Calvão da Silva destacou a participação de Miguel Castelo Branco, o coordenador do Centro de Imagem Biomédica e Investigação Translacional da UC, que recebeu em Fevereiro o Prémio Bial de Medicina Clínica 2022, no valor de 100 mil euros, por 15 anos de trabalho sobre o autismo. Antes da inauguração, o vice-reitor para os Assuntos Globais da UM, Rui Martins, revelou que as duas instituições estão “a negociar também uma proposta de doutoramento conjunto” na área das ciências do cérebro, em associação com o novo laboratório. Além de assinar o acordo de criação do laboratório, Calvão da Silva apresentou a tradução para chinês de um livro, da autoria do pai, sobre o direito ligado ao sinal e contrato-promessa em Portugal. Rui Martins sublinhou que o livro faz parte de uma série de cerca de 20 traduções que a Faculdade de Direito da UM está a fazer para apoiar o Direito de Macau. Durante uma visita de dois dias a Macau, Calvão da Silva passou também pela Universidade da Cidade de Macau, na qual abordou um programa de estudos avançados em Relações Económicas Internacionais, com a CityU, em língua inglesa. A iniciativa foi atrasada pela pandemia, mas o vice-reitor da UC disse esperar “que possa ser lançado já para o próximo ano [lectivo de 2024/2025] com um número significativo de alunos”. Calvão da Silva disse que, caso tenha sucesso, o programa pode ser seguido por “outros passos mais importantes” e ser um marco significativo no alargamento da “oferta formativa em inglês” da UC. O responsável visitou ainda a Universidade Politécnica de Macau (UPM), onde falou sobre um acordo, assinado em Agosto, para lançar já este ano lectivo um duplo doutoramento em tecnologias de informação. “Está a ter uma grande adesão”, disse Calvão da Silva, revelando que o número de interessados já ultrapassou o de vagas, que não deverão ultrapassar as 20. “É um notável sucesso numa área importante”, acrescentou.
Hoje Macau EventosFRC | Palestra sobre património na próxima segunda-feira Acontece na próxima segunda-feira, dia 6, uma palestra sobre o património cultural de Macau, intitulada “Macau Cultural Heritage – Identity & Historic Sites”, que decorre a partir das 18h30 na Fundação Rui Cunha (FRC). A sessão contará com a participação de Maria José Freitas, arquitecta e presidente do Grupo Científico Heranças Partilhadas do ICOMOS, Sally Ng, da Associação dos Embaixadores do Património de Macau, Heiman Chan, da Associação da Reinvenção de Estudos do Património Cultural de Macau, e ainda António Monteiro, presidente da AJM e moderador da sessão. Segundo um comunicado, a organização do evento entende que “o património cultural da cidade é parte da identidade de Macau e continua a participar de forma activa na vida quotidiana”. “Além de ser responsabilidade do Governo e dos proprietários, é também um dever dos cidadãos de Macau [proteger o património]. Todos os sectores da sociedade, incluindo a sociedade civil, têm um papel a desempenhar, bem como em assegurar a protecção dos patrimónios tangível e intangível existentes”, acrescentam. O debate vai incidir sobre questões essenciais, nomeadamente “como proteger e promover a identidade local e as características únicas das zonas históricas”, ou ainda “qual o papel e a participação da sociedade neste contexto”. Na palestra será ainda discutido “como promover a diferenciação para fomentar a economia e o turismo cultural”. A organização recorda ainda que o Governo “iniciou recentemente a promoção e requalificação de algumas zonas históricas, incluindo os projectos de revitalização de diferentes bairros comunitários, com o apoio das concessionárias de jogo”, tema que também estará presente na sessão do dia 6. A entrada é gratuita.
Hoje Macau EventosAlbergue SCM | “Mass Junket”, de Alexandre Marreiros, inaugura hoje Organizada pelo CAC – Círculo de Amigos da Cultura de Macau, a nova exposição individual do artista e arquitecto Alexandre Marreiros é hoje inaugurada a partir das 18h30 no Albergue da Santa Casa da Misericórdia de Macau. Esta é a oportunidade para ver 30 peças dispostas em 11 conjuntos sobre temáticas sobre o consumo, comunicação e o mundo globalizado Alexandre Marreiros, arquitecto e artista, está de volta às exposições em nome individual. Desta vez é com “Mass Junket – Exposição Individual de Alexandre Marreiros” que será inaugurada hoje, a partir das 18h30, na galeria A2 do Albergue da Santa Casa da Misericórdia de Macau (SCM), podendo ser vista até ao dia 10 de Dezembro. Segundo um comunicado de imprensa do Albergue SCM, esta mostra contém 30 peças compostas por 11 conjuntos, revelando “as mais recentes criações” do autor com diferentes formatos criativos, incluindo a pintura, a colagem e a gravura. “Através da combinação de cores vibrantes e da utilização de técnicas interdisciplinares, a exposição convida o público a explorar os fenómenos da globalização, os hábitos de consumo, os meios de comunicação e as suas relações com a sociedade e a humanidade”, aponta o mesmo comunicado. Acima de tudo, esta exposição é também uma referência ao sector motriz de Macau – o jogo – e ao gradual desaparecimento dos junkets, sendo que Alexandre Marreiros trabalha criativamente esta temática. Num texto da sua autoria, o artista explica que “Mass Junket” constrói “um espaço mediador de reflexão e um território de interrogação”, em torno dos termos “massas” e “promotores de jogo”, sendo estes “conceitos separados e desiguais, mas que acontecem dentro do mesmo espaço pertencendo ao mesmo tempo”. “Quis representar essa separação, essa antagónica relação de coisas opostas, mas que se pertencem, e levantar questões. Questões que têm a ver com o tempo, neste caso o passado com a extinção dos junkets, o futuro com abertura de Macau para as chamadas: massas. O presente é este, em que apresento esta exposição. Diria mesmo que esta exposição é sobre tempo, resgatando um passado recente e questionando um futuro próximo”, adiantou o autor. Mudança constante Alexandre Marreiros diz observar o território “como um organismo em constante mudança e reflexo do seu tempo”, com os casinos a ocuparem “uma considerável parte desta paisagem, quase como moderadores de espaço e inevitavelmente geradores de aspectos socioeconómicos”. Existe, para o artista, “uma relação directa entre a cidade e o ‘gaming’ [jogo], que se traduziu em economia, em arquitectura, em histórias e numa cultura aliada a esses pressupostos”. Assim, com “Mass Junket”, Alexandre Marreiros quer que o visitante experiencie estes dois mundos diferentes, mas paralelos. Há, portanto, uma “representação das massas através da pintura e dos ‘junkets’ através da instalação no chão, onde o tacto e a visão se misturam”. Desta forma, quem vê a exposição “é convidado a fazer parte da obra, ao pisar e caminhar sobre a instalação e sentir a transição entre o chão duro de granito, e as macias alcatifas de lã feitas à mão”, sendo que “as cores, padrões e desenhos desta instalação são parte integrante deste corpo de trabalhos, formando uma composição, que pode ser vista, pisada e sentida através do tacto”. “Um novo preâmbulo” Alexandre Marreiros entende que com a extinção das salas VIP de jogo, onde outrora se movimentavam muitos milhões através dos junkets, “criou-se um novo preâmbulo no desenvolvimento desta cidade”, sendo certo que “estas salas serão demolidas e passarão a ser uma memória remota no tempo de Macau”. Foi este ponto que o artista quis “reinterpretar”, sendo também uma “reflexão” sobre o tempo em que habita e uma forma de questionar de “como se construirá abrindo-se para as massas”. Neste contexto, a ideia de “Massa” é uma “representação do futuro, num tempo em que a cidade de Macau se quer abrir a receber um grande número de pessoas e não exclusivamente ligada à indústria do jogo”. Ao mesmo tempo, “Mass Junket” é uma “homenagem às massas – não as de conveniência, é bom salvaguardar, não as de modas ou de tendências, mas aquelas que serão porventura invisíveis, anónimas que geram e participam da sua própria cultura numa complexidade global”. É, portanto, uma “homenagem ao desconhecido, ao original, ao anti-cânone, que é belo, não fazendo parte de um modelo, de uma moda, que não segue tendências ou padrões, que não faz parte de um embelezamento de rede social”. Da identidade Nascido em Cascais, Portugal, em 1984, Alexandre Marreiros estudou artes e obteve o grau de mestre em arquitectura pela Faculdade de Arquitectura e Artes da Universidade Lusíada de Lisboa, tendo apresentado o seu trabalho em nove exposições individuais e mais de 30 colectivas na China, Macau e Lisboa. O seu trabalho tem sido desenvolvido a partir do desenho, construindo a ideia de um território que questiona a relação do homem com os lugares onde vive, levando à possibilidade de operar em diferentes espaços e manipular diferentes tempos. Utilizando uma variedade de técnicas que na maior parte do seu trabalho se interligam, desde o desenho, colagens, serigrafias, pintura, da fotografia à instalação – onde estas técnicas surgiram e são apresentadas em conjunto. Com esta mistura improvável de técnicas, Marreiros constrói um vocabulário peculiar e cria as suas narrativas.
Hoje Macau China / ÁsiaFronteira | China e Myanmar discutem segurança O ministro da Segurança Pública da China abordou ontem com a junta militar do Myanmar (antiga Birmânia) a estabilidade na fronteira entre os dois países, após confrontos entre o exército do Myanmar e grupos étnicos armados. De acordo com a imprensa do Myanmar, Wang Xiaohong abordou com o ministro da Administração Interna, Yar Pyae, “medidas de cooperação em matéria de segurança” para manter a paz ao longo da fronteira. O encontro decorreu em Nepiedó, a capital do Myanmar desde 2005. Segundo as Nações Unidas, mais de 6.000 pessoas terão sido deslocadas em quatro dias devido aos combates no norte do país. Várias centenas terão fugido para a China. Na sexta-feira, uma aliança entre três grupos étnicos lançou uma série de ataques coordenados no Estado de Shan, junto à fronteira com a China e local previsto para a construção de um grande projecto ferroviário financiado por Pequim, no âmbito da Iniciativa Faixa e Rota. O Exército de Libertação Nacional Taaung (TNLA), o Exército Arakan (AA) e a Aliança Democrática Nacional do Myanmar (MNDAA) anunciaram, entretanto, a tomada de várias posições militares e estradas estratégicas. Os três movimentos envolvidos nos combates representam um total de 15.000 combatentes. Estes movimentos lutam regularmente contra as forças governamentais pela autonomia e pelo controlo dos recursos. Pelo menos dez postos militares na província de Shan foram atacados desde sexta-feira, segundo a junta. China e Birmânia partilham uma fronteira de 2.129 quilómetros.