Hoje Macau China / ÁsiaChina envia tijolos para o espaço para testar viabilidade de construção na Lua A China vai enviar hoje para o espaço tijolos fabricados com material que imita o solo lunar, visando testar a sua viabilidade para a futura construção de uma estação no satélite natural da Terra. Fabricados na Terra a partir de componentes que imitam o solo lunar, os materiais vão ser transportados para a estação espacial chinesa Tiangong (“Palácio Celestial”) pela nave de carga Tianzhou-8, que deve ser lançada hoje. Nas últimas décadas, a China investiu milhares de milhões de euros no seu programa espacial para recuperar o atraso em relação aos Estados Unidos e à Rússia. O país asiático espera enviar um astronauta à Lua antes de 2030 e construir uma base internacional em 2035. Várias amostras de tijolos de diferentes composições serão submetidas a condições extremas, semelhantes às que se encontram na Lua. Os astronautas chineses vão colocar os materiais no exterior da estação espacial e deixá-los lá, expostos ao ambiente natural, para avaliar o seu desempenho e se se deterioram ou não. Qualquer material na Lua terá de enfrentar condições extremas, incluindo variações de temperatura, que podem ir de 180 graus a -190 graus. Como a Lua não está protegida por uma atmosfera, é atingida por grandes quantidades de radiação cósmica e micrometeoritos. Terramotos lunares podem também enfraquecer as estruturas construídas no seu solo. Os materiais foram desenvolvidos com base nas amostras de solo lunar recolhidas pela sonda chinesa Chang’e 5, que no final de 2022 foi a primeira missão no mundo em quatro décadas a trazer de volta material recolhido no satélite natural. Estes tijolos, de cor preta, são três vezes mais fortes do que os tijolos normais e podem encaixar uns nos outros, evitando a utilização de ligantes, o que seria um desafio na Lua. Uma equipa da Universidade de Ciência e Tecnologia de Huazhong, em Wuhan (centro da China), também concebeu um robô de impressão 3D para desempenhar tarefas de construção. O objetivo no futuro é utilizar o próprio solo lunar para diferentes tipos de construções. Outros países com ambições de construir uma base lunar estão a trabalhar na construção de tijolos que imitam a superfície da Lua. No âmbito do programa Artemis da NASA, que pretende enviar seres humanos à Lua em 2026, investigadores da Universidade da Florida Central estão a testar tijolos feitos com impressoras 3D. A Agência Espacial Europeia (ESA) efetuou também estudos sobre a montagem de tijolos com base na estrutura dos edifícios da Lego. A Estação Internacional de Investigação Lunar (ILRS) da China é um projeto conjunto com a Rússia. De acordo com a imprensa oficial chinesa, uma dúzia de países (incluindo a Tailândia, o Paquistão, a Venezuela e o Senegal) e cerca de quarenta organizações estrangeiras são parceiros da iniciativa.
João Luz PolíticaRendas | Subida anual de 4,4% no terceiro trimestre As rendas médias por metro quadrado em fracções para habitação aumentaram no terceiro trimestre 4,4 por cento, face ao mesmo período do ano passado. O aumento foi mais subtil em termos trimestrais, de acordo com dados revelados ontem pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Entre Julho e Setembro, as rendas médias por metro quadrado para habitação foram de 137 patacas, o que representou uma subida de 1,6 por cento face ao trimestre anterior. A zona onde se verificaram as maiores subidas das rendas no terceiro trimestre deste ano foi os novos aterros da Areia Preta (onde o metro quadrado era arrendado por 168 patacas), uma subida de 4,6 por cento em relação ao trimestre anterior. As rendas na Baía da Praia Grande e Baixa da Taipa também subiram 1,9 e 1,6 por cento, respectivamente em termos trimestrais. Por outro lado, as rendas em Coloane registaram uma diminuição ligeira de 0,1 por cento em termos trimestrais, com o metro quadrado a ser arrendado a uma média de 147 patacas. Em termos de área útil, as rendas médias por metro quadrado das fracções habitacionais com menos 50 metros quadrados e entre 50 e 99,9 metros quadrados subiram 1,7 e 1,4 por cento, respectivamente, face ao trimestre anterior. Já as fracções destinadas ao comércio (lojas), registaram uma diminuição de 1,1 por cento em termos trimestrais. Quando comparado com o ano passado, as rendas médias destinadas a escritórios e lojas diminuíram no terceiro trimestre 2 e 0,6 por cento, respectivamente.
João Luz Manchete PolíticaHabitação Económica | Ella Lei pede flexibilidade nas candidaturas Menos candidaturas admitidas do que fracções no último concurso para habitação económica são sinais de que é preciso rever as políticas de habitação, segundo Ella Lei. A deputada sugere maior flexibilidade de requisitos, candidaturas permanentes e a possibilidade de candidatos individuais requererem fracções além de T1 Na óptica de Ella Lei, está na altura de rever as políticas de habitação económica, seguindo algumas medidas previstas para a habitação social. A deputada da Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) encarou os resultados das candidaturas ao concurso de habitação económica, divulgados na quarta-feira, como um alerta para a necessidade de reajustar os parâmetros da política, uma vez que o número de candidaturas admitidas ficou aquém das fracções a concurso. Em declarações citadas pelo jornal Ou Mun, Ella Lei começou por sugerir a flexibilização do processo, com implementação de candidaturas permanentes, à semelhança do modelo da habitação social. Desta forma, os agregados familiares ou indivíduos podem apresentar candidatura mesmo sem estar um concurso aberto. Assim sendo, os interessados podem submeter a seu tempo a papelada necessária e a candidatura ficar inscrita no Instituto de Habitação. A deputada considera que os moldes em que está desenhada a política de habitação económica não correspondem à realidade actual, com mais recursos de terras e a oferta das habitações económicas num nível estável, em comparação com o passado. Com um pé atrás O facto de terem sido recusadas quase 1.500 candidaturas também merece reflexão das autoridades, entende a deputada, tendo em conta o arrefecimento da procura de residentes que procuram estas modalidades de habitação pública, e o aumento dos edifícios para esses segmentos, Ella Lei defende que o Governo deve analisar os requisitos exigidos para que as candidaturas sejam aceites, nomeadamente os parâmetros de rendimento e património líquido, que devem aumentar. A deputada da FAOM vai mais longe e justifica a possível hesitação de muitos residentes em aderir à habitação económica como reflexo dos ajustes do mercado imobiliário dos últimos anos, assim como as alterações às leis da habitação económica. Outro ajuste útil, também enquanto incentivo à natalidade, seria permitir que candidatos individuais pudessem concorrer a fracções com mais assoalhadas, terminando a limitação de só poderem candidatar-se a T1. Ella Lei considera que esta medida impede candidaturas de jovens que estão a pensar constituir família. Ella Lei citou dados oficiais que mostram que, entre as 5.076 candidaturas válidas, 2.275 eram individuais, enquanto os agregados familiares eram 2.801. A maioria dos candidatos tinham idades compreendidas entre 23 e 44 anos.
Hoje Macau Desporto Grande Prémio de Macau71º Grande Prémio | O programa do fim-de-semana Hoje 06:00 Fecho do Circuito 06:30-07:00 Inspecção do Circuito 07:45-08:30 Grande Prémio de Motos – Treinos Livres 09:20-10:00 Taça do Mundo de Fórmula Regional da FIA – Treinos Livres 2 10:15-10:45 Macau Roadsport Challenge – Qualificação 11:00-11:30 Corrida da Grande Baía (GT4) – Qualificação 12:10-12:40 Macau Roadsport – Qualificação 12:55-13:25 Corrida da Guia Macau – Qualificação 1 13:35-13:50 Corrida da Guia Macau – Qualificação 2 14:05-14:35 Taça GT Macau – Qualificação 14:5-15:35 Taça do Mundo de Fórmula Regional da FIA – Qualificação 2 16:15-17:00 Grande Prémio de Motos – Qualificação 18:00 Abertura do Circuito Amanhã 06:00 Fecho do Circuito 06:30-07:00 Inspecção do Circuito 07:20-07:40 Grande Prémio de Motos – Aquecimento 09:30-10:15 Grande Prémio de Motos – Corrida (12 voltas) 10:55-11:40 Macau Roadsport Challenge – Corrida (12 voltas) 12:35-13:15 Corrida da Guia Macau – Corrida 1 (10 voltas) 13:50-14:50 Taça GT Macau – Corrida Classificativa (12 voltas) 15:30-16:30 Taça do Mundo de Fórmula Regional da FIA – Corrida Classificativa (10 voltas) 18:00 Abertura do Circuito Domingo 06:00 Fecho do Circuito 06:30-07:00 Inspecção do Circuito 08:15-09:00 Corrida da Guia Macau – Corrida (12 voltas) 09:35-10:20 Macau Roadsport – Corrida (12 voltas) 10:55-11:35 Corrida da Guia Macau – Corrida 2 (10 voltas) 12:25-13:35 Taça GT Macau – Corrida (16 voltas) 13:45-14:25 Evento Especial 15:15-15:20 Dança do Leão 15:30-16:30 Taça do Mundo de Fórmula Regional da FIA – Corrida (15 voltas) 18:00 Abertura do Circuito
Hoje Macau Desporto Grande Prémio de Macau71º Grande Prémio | 5ª feira: dia para aprender a pista e poupar o carro Um dia para testar o carro, mas também para rodar com cuidado e evitar problemas de maior. Foi desta forma que o piloto local Miguel Lei (Audi R8 LMS GT4) abordou os treinos livres de ontem, que decorreram debaixo de chuva, naquela que é a sua segunda participação no Grande Prémio de Macau. “Temos de nos focar em rodar e tentar ter um bom carro para amanhã (hoje). É importante perceber como está a pista em relação ao ano passado, porque as condições mudam muito de um ano para o outro”, afirmou Lei, ao HM. O piloto local reconheceu também que é difícil fazer previsões sobre os objectivos para a prova, pelo que vai tentar disfrutar ao máximo. “É a minha segunda participação e há pilotos com muita qualidade e experiência nesta prova. Por isso, vou tentar divertir-me ao máximo. Claro que quero sempre ficar o melhor classificado possível, mas isso vai ser um bónus”, acrescentou. Combustível 100% sustentável A grelha da Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA vai ser impulsionada por combustível 100% sustentável pela primeira vez na sua história. Em linha com o roteiro de combustíveis desenvolvido pela Comissão de GT da FIA e através de parcerias com a ETS Racing Fuels, os concorrentes utilizaram 50% de combustível sustentável na edição de 2023 do evento. Este ano, durante a sétima edição da mais prestigiada corrida de “sprint” para máquinas GT3, a FIA anunciou que alcançou outro marco ambiental significativo, com todos os 23 carros dos seis diferentes construtores, a utilizarem um combustível feito a partir de bio-componentes de segunda geração provenientes de resíduos biológicos. Esta solução requer apenas ajustes menores no mapeamento do motor e foi amplamente testado pelos construtores da categoria GT3 antes da prova. Leona: uma leoa entre homens A piloto Leona Chin Lyweoi (Porsche 718 Cayman) assegura a representação feminina na edição deste ano do Grande Prémio de Macau, ao competir na Taça GT – Corrida da Grande Baía. Em declarações ao HM, a malaia reconheceu que tem aspirações limitadas. “Só quero chegar ao fim da corrida sem ter problemas, porque é a minha primeira vez em Macau. Estou a pensar em ganhar experiência, para no próximo ano voltar a Macau e, com um orçamento maior, poder ter objectivos mais ambiciosos”, afirmou. Antes da vinda para o território, Leona afirmou ter passado muitas horas à frente do simulador a estudar a pista, porém, realçou que, de acordo com o relato de outros pilotos, a diferença com as condições reais do circuito é muito acentuada.
Hoje Macau Desporto Grande Prémio de Macau71º Grande Prémio | Taça GT Macau | Picariello foi o mais rápido em dia de treinos livres à chuva Alessio Picariello (Porsche 911 GTR 3) liderou a segunda sessão de treinos livres, a mais rápida na Taça GT Macau. O dia de ontem, principalmente na parte manhã, ficou marcado por uma pista muito molhada, depois de se ter chegada a temer, durante a noite e madrugada anteriores, que os carros nem fossem para a pista, devido à possibilidade de ser içado o sinal n.º 8 de Tufão. O segundo mais rápido foi Laurens Vanthoor (Porsche 911 GTR 3), o que mostrou a boa adaptação dos Porsches ao piso molhado. O Ferrari de Daniel Serra (Ferrari 269 GT3) fechou os lugares do pódio dos treinos livres, e o brasileiro foi o primeiro GT não Porsche. Os BMW de Raffaele Marciello e Augusto Farfus completaram os primeiros cinco lugares cimeiros dos treinos livres. Mortara em boa forma A conduzir pela primeira vez um Lamborghini em Macau, Edoardo Mortara mostrou um bom ritmo na segunda sessão de treinos livres, a melhorar os tempos por volta de forma regular. No entanto, não foi além do 10.º, tendo sido afectado por algum tráfego em algumas das voltas. Os Mercedes melhor classificados foram de Maro Engel (Mercedes-AMG GT3 Evo), em sétimo, e Daniel Juncadella (Mercedes-AMG GT3 Evo), em oitavo. Com o mau tempo trazido pelo Ciclone Tropica Toraji a afectar Macau, o principal objectivo das equipas passou por evitar problemas, dado que a informação recolhida para as afinações dos carros pode ter uma utilidade muito limitada, caso as corridas de sábado e domingo sejam disputadas com piso seco.
Sérgio Fonseca Desporto Grande Prémio de MacauRui Valente mantém o entusiasmo O que seria um Grande Prémio de Macau sem termos o “nosso” Rui Valente à partida? O piloto português com mais participações no Circuito da Guia vai para o seu trigésimo primeiro Grande Prémio, e sempre com a mesma dedicação e vontade de andar depressa. O trabalho de casa foi feito e o piloto da Premium Racing Team está confiante para enfrentar o desafio das decisivas 12 voltas no final da manhã de sábado. Na corrida Macau Roadsport, Rui Valente vai novamente conduzir o Subaru BRZ, com o dorsal n.º 16 nas portas. Exteriormente, o carro é o mesmo do ano passado, mas, “por dentro”, o carro japonês chega com outra genica, fruto de uma preparação cuidada que foi feita após a participação nas provas de apuramento no circuito de Zhuzhou durante o Verão. “Antes do carro vir para Macau, estive a testar no GIC (Circuito Internacional de Guangdong) e o mesmo carro foi quase dois segundos mais rápido que no ano passado”, explicou o piloto luso ao HM que sabe que todos os seus adversários evoluíram de um ano para o outro. O motor nipónico também foi revisto e agora “é outra coisa. Antes da revisão estava cansado”, explica, acrescentando de seguida que se nota “bastante pelo menos no tempo em que ele leva a recuperar. Quando desaceleras e quando voltas à carga”, clarifica. Três décadas depois, a vontade e o entusiasmo de lutar pelas primeiras posições continuam intactos. Vamos ver o Rui Valente nas posições cimeiras? “Sim, se as afinações forem as acertadas, é isso que vai acontecer”, garante.
João Santos Filipe Desporto Grande Prémio de Macau MancheteJerónimo Badaraco corre com homenagem a Ayrton Senna No ano em que se assinalaram 30 anos da morte do piloto Ayrton Senna, Jerónimo Badaraco vai competir com um capacete com as cores que eram utilizadas pelo génio brasileiro. E no regresso à Guia, um circuito onde já triunfou e sempre mostrou um ritmo elevado, Badaraco espera conseguir um lugar nos cinco primeiros. “É a primeira vez que conduzo o GR86 que tem mudanças manuais neste circuito. Há mais de 10 anos que não ando na Guia com carros com mudanças manuais, mas mesmo assim vou ver se me adapto rapidamente ao carro e espero ficar nos cinco primeiros lugares”, afirmou o macaense ao HM. “Quero ver se me adapto rapidamente, porque se conseguir acho que vou alcançar um bom tempo”, sublinhou. A sessão de treinos livres de ontem decorreu com o piso molhado, e o macaense foi o segundo mais rápido. No entanto, há a possibilidade de a corrida de sábado acontecer com o piso seco, uma eventualidade para a qual o piloto também está preparado. “Estou preparado para se a corrida acontecer com o piso molhado ou com seco. Nesta altura, ainda é difícil prever como vão estar as condições”, indicou. “Para mim, não faz assim tanta diferença. Se a pista estiver seca podemos acelerar mais e desfrutar mais do carro, se estiver molhada temos de ter mais cuidado, porque na Guia sabemos que não há margem para errar”, frisou. O piloto foi 2.º na sessão de treinos livres de ontem e entra em acção às 10h15 de hoje, com a sessão de qualificação, e tem a principal corrida agendada para as 10h55 de sábado.
João Santos Filipe Desporto Grande Prémio de MacauCélio Dias: a tentar melhorar ao longo do fim-de-semana Célio Dias vai correr pela primeira vez com um dos vários Toyota GR86 no Circuito da Guia e o objectivo passa por ir melhorando ao longo de todo o fim de semana. Um resultado nos seis primeiros é um bónus, mas ontem o piloto local admitia que seria um resultado difícil. “O nosso objectivo é chegar ao fim de todas as sessões, porque tenho de ganhar experiência com este carro. Claro que gostava de ficar em sexto ou melhor classificado, mas tenho algumas limitações, porque ainda preciso de procurar as melhores afinações do carro”, afirmou o piloto ao HM. “Vai ser a primeira vez que vou conduzir este carro em Macau, porque é o primeiro ano de competição com este GR86, e ainda estou a tentar encontrar as afinações ideais para o meu estilo de condução, e não tem sido fácil”, admitiu. Célia Dias também explicou que as provas de classificação para o Grande Prémio de Macau, disputadas no Interior, tiveram resultados aquém das expectativas, mas espera inverter o cenário. “Fiz duas provas no Interior, antes do Grande Prémio, mas não consegui bons resultados, porque não tinha as afinações que pretendidas”, indicou. “Chego a Macau e sinto que as afinações estão ligeiramente melhores, mas espera melhorar sempre ao longo de todo o fim-de-semana de provas”, acrescentou. O piloto foi 10.º na sessão de treinos livros de ontem e entra em acção às 10h15 de hoje, com a sessão de qualificação, e tem a principal corrida agendada para as 10h55 de sábado.
Carlos Coutinho VozesO imperador e a escritora. Sem olhos em Gaza. No seu leito de morte, o imperador Adriano ainda escreveu ou ditou um poema, talvez o último da sua vida irrepetível: Animula vagula blandula Hospes comesque corporis Qua nunc abibis in loca Palidula, rigida, nudula Nec, ut solles, dabis locos. Ou seja, em português de lei: Pequena alma terna flutuante Companheira e hóspede do corpo Agora se prepara para descer a lugares Pálidos, árduos, nus Onde terás mais dos devaneios costumeiros. (Tradução da historiadora Letícia de Andrade) Andei anos até saber quem era o autor destes versos e nem a Marguerite Yourcenar, aquela extraordinária escritora belga que foi viver para os EUA e pertence ao grupo dos meus imprescindíveis teve a caridade de dizer. Mas em “De Olhos Abertos” disse a Matthieu Galey: “Quando se ama a vida, eu diria sob todas as suas formas, tanto as do passado como as do presente – pela simples razão de que o passado é maioritário, como diz não sei que poeta grego, sendo mais longo e mais vasto do que o presente, sobretudo este estreito presente de cada um de nós –, é normal que se leia muito. Por exemplo, durante anos li a literatura grega, às vezes de uma forma mais intensa, durante longos períodos, ou ao contrário, aqui e ali, viajando com este ou aquele filósofo ou poeta grego na bolsa. No final, reconstruí a cultura de Adriano: sabia mais ou menos o que Adriano lia, a que é que se referia, a maneira como olhava certas coisas através dos filósofos que lera. Não disse a mim própria: ‘Preciso de escrever sobre Adriano e informar-me acerca do que ele pensava.’ Julgo que nunca se chega lá desta maneira. Acho que temos de nos impregnar de um assunto por completo até que ele saia da terra, como uma planta cuidadosamente regada.»” Depois da morte do pai, em 1929, Yourcenar decidiu gastar a herança numa vida de boémia, passada entre Paris, Lausana, Atenas, as ilhas gregas, Constantinopla, o Cáucaso e Bruxelas. Teve relações amorosas com algumas mulheres e apaixonou-se por um homossexual, André Fraigneau, escritor e editor da Grasset. Em 1939, o seu conhecimento da Alemanha nazi e a falta de recursos levaram-na a partir para os EUA, juntando-se a Grace Frick, sua companheira havia dois anos, e com quem viveu até à morte desta, em 1979. A partir de 1950, instalou-se com Grace na ilha de Montes Desertos, designando a sua casa em madeira por “Petite Plaisance”. O que lhe permitiu deixar a sua atividade docente foi o êxito internacional de “Memórias de Adriano” (1951). Em meados dos anos 60 visitou Lisboa, Sintra, Évora e a Madeira. Antes de falecer, a 17 de dezembro de 1987, ainda escreveu para sempre “A Obra ao Negro”. Está enterrada no Cemitério de Brookside, em Somerville, no Maine, EUA. Já de Adriano eu apenas sabia que teve um amante chamado Antino e, quando este se afogou no Nilo, em 130 d.n.e., ficou por se saber se ele caiu nas águas do rio, se cometeu suicídio ou se foi empurrado, mas, depois da sua morte, Adriano imediatamente o declarou um deus e fundou em sua memória a cidade de Antinópolis, no Egito, no local onde o cadáver do seu namorado foi encontrado. Adriano nasceu provavelmente em Itálica, na Hispânia. Foi um imperador viajante, visitando quase todas as províncias e passando muito tempo longe de Roma. Era um amante da cultura grega e procurou fazer de Atenas a capital cultural do Império, ordenando a construção de vários templos sumptuosos na cidade. O seu casamento com Vibia Sabina, sobrinha-neta do Imperador Trajano, foi infeliz e não produziu filhos. Em 138 adotou Antonino Pio e nomeou-o seu sucessor. Faleceu no mesmo ano em Baías. Foi divinizado por Antonino, a despeito da oposição do Senado, que sempre o considerou distante e autoritário. Adriano tem suscitado opniões divrgentes entre os críticos, descrito como enigmático e contraditório, capaz tanto de atos de grande generosidade como de extrema crueldade, dominado por uma curiosidade insaciável, pelo orgulho e pela ambição. O renascimento do interesse contemporâneo pela sua figura deve muito ao romance “Memórias de Adriano” de Marguerite Yourcenar , publicado em 1951. A sua primeira viagem foi em 121, visitando a Gália, a Germânia e a Britânia, uma província agitada por rebeliões, onde iniciou a construção da célebre Muralha de Adriano, destinada a conter as invasões e migrações de bárbaros. Em Roma supervisionou a reconstrução do Panteão e terminou a sua ‘villa’ de repouso, em Tivoli. Caçou leões no deserto da Líbia e morreu em 10 de julho de 138, em Roma, depois de uma longa doença. O seu corpo foi depositado num mausoléu que veio a ser transformado no atual Castelo de Santo Ângelo, em Roma. * MUITO antes do “bom samaritano” que Lucas não nomeou, de Anne Frank, de Aristides de Sousa Mendes, de Ho Chi Min e de Mohammad Arafath, já Aristóteles perguntava: “Haverá flagelo mais terrível do que a injustiça de armas na mão?” De facto, antes e depois do jogo de futebol entre o Ajax de Amesterdão e o Maccabi Tel Aviv, ocorreu variado e abundante vandalismo que a nossa televisão não mostrou de um certo lado, o dos israelitas, e empolou do outro, o dos árabes ou originários de países muçulmanos. Vimos israelitas a entoar canções que enaltecem o comportamento das IDF (Forças de Defesa sionistas) na Palestina ocupada e arrancando as bandeiras palestinianas que iam encontrado na sua marcha por Amsterdão. Muitos de nós viram também “mouros” corajosos a retaliar de forma por vezes igualmente violenta. A Comissão Europeia condenou estes atos e ignorou a selvageria hebraica. Para Von der Leyen, a islamofobia pode ser um modo natural de respirar no mundo em que vivemos. Surpreendentemente, até em Israel, o “Haaretz”, um jornal visceralmente sionista, mas avesso a Netanyahu e ao pior de Biden, Harris e Trump, afirmava no dia de S. Martinho, em editorial, que o Exército israelita está a levar a cabo uma operação de limpeza étnica no Norte da a Faixa de Gaza” e que os poucos palestinianos no local estão a ser levados à força”. E mesmo que “foram destruídas casas e infraestruturas bem como há estradas largas a ser construídas para completarem a separação das comunidades do Norte das do Centro da cidade de Gaza!”. Completando o horror da situação, um residente local contava no mesmo dia a “The Washington Times”: “Antes comíamos erva, agora nem isso temos. A cidade é agora um cemitério.” E isto quando até em Israel, o “Haaretz”, um jornal visceralmente sionista, mas avesso a Netanyahu e ao pior de Biden, Harris e Trump, afirmava no dia de S. Martinho, em editorial, que “o Exército israelita está a levar a cabo uma operação de limpeza étnica no norte da Faixa de Gaza” e que os poucos palestinianos no local estão a ser levados à força” e que “foram destruídas casas e infraestruturas bem como há estradas largas a ser construídas para completar a separação das comunidades do norte das do centro da cidade de Gaza!. (…) Parece que foi atingido por um desastre natural.” E Lousie Waterige, responsável da UNRWA, o organismo da ONU que Israel nunca respeitou, disse neste fim-de-semana “não há maneira de dizer onde a destruição começa ou acaba. Não interessa de que direção se entra na cidade de Gaza. Casas, hospitais, escolas, clínicas, mesquitas, apartamentos, restaurantes, está tudo totalmente arrasado”. A cidade e tudo à volta parecem, de facto, “um cemitério em que as vítimas são, sobretudo, mulheres e crianças. Segundo um relatório publicado na sexta-feira pelo supracitado Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, estas “representam quase 70% dos mortos na Faixa Gaza”, uma análise feita com base em 8 119 mortes identificadas durante os primeiros seis meses de guerra. Ainda segundo este mesmo relatório, também citado por “The Washington Post”, cerca de 80% dos mortos estavam em casas ou outro tipo de habitação, dados estes que “dão peso às alegações de que Israel tem atacado indiscriminadamente”.
Hoje Macau China / ÁsiaCOP29 | Organização timorense recupera mangais Em Hera, nos arredores de Díli, são plantados anualmente 30.000 pés de plantas de mangal para tentar recuperar um ecossistema, fundamental para a protecção da área costeira de Timor-Leste, que perdeu cerca de cinco mil hectares desde 1940. A iniciativa é da organização não-governamental (ONG) Conservação Flora e Fauna, liderada por Alito Rosa, que além dos viveiros em Hera, tem também um centro de estudos e pesquisa, que pode ser visitado por todas as pessoas para que conheçam os mangais e os benefícios deste ecossistema, mas também sobre os corais e as pradarias marinhas. “No tempo português, havia nove mil hectares de mangais agora há quatro mil hectares”, disse à Lusa Alito Rosa. Segundo o ambientalista, os mangais em Timor-Leste foram desaparecendo devido ao corte das plantas para lenha, mas também devido às atividades de desenvolvimento e às alterações climáticas. “O mangal é muito importante porque protege as comunidades da erosão costeira, reduz os desastres naturais, como inundações, além disso o mangal tem um potencial económico para a pesca e turismo, e pode mitigar as alterações climáticas, através da absorção de gases de carbono”, disse.
Hoje Macau China / ÁsiaTóquio mantém pena de morte contrariando parecer de especialistas O Governo japonês descartou ontem a abolição da pena de morte, rejeitando o parecer do painel de peritos nacionais que defendem uma revisão daquela pena num contexto de pressão internacional para que o Japão ponha fim às execuções. “O Governo acredita que não é apropriado abolir [a pena de morte]. A pena de morte é inevitável para uma pessoa que cometeu um crime extremamente grave e atroz”, disse ontem o porta-voz, Yoshimasa Hayashi, na conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros. Na quarta-feira, um painel 16 especialistas, incluindo antigos procuradores, agentes policiais e académicos, propôs ao Governo e à Dieta (Parlamento Japonês) a criação de um órgão para discutir se a pena de morte deveria ser mantida. Os peritos, subordinados ao secretariado da Federação Japonesa das Ordens de Advogados, apelaram ao fim da pena de morte devido à “tendência internacional” de abolição da referida pena. O relatório deste painel de especialistas, criado em Fevereiro, lembrou a história do japonês Iwao Hakamada, o prisioneiro que passou mais tempo no corredor da morte, num total de 47 anos, e que foi absolvido este ano depois de, numa repetição do seu julgamento, ter sido declarado inocente sobre a falsificação de provas. “Quando ocorre um erro, leva muito tempo para corrigi-lo”, lê-se no relatório do grupo de especialistas. O Japão e os Estados Unidos são os únicos do Grupo dos Sete países mais desenvolvidos (G7) que têm penas de morte. A União Europeia proíbe a adesão aos Estados onde esta pena está em vigor. A organização de direitos humanos Amnistia Internacional tem pedido a Tóquio para rever esta pena. Já a Assembleia Geral das Nações Unidas adoptou um protocolo opcional destinado a abolir a pena de morte em Dezembro de 1989, que o Japão não assinou. A última execução realizada no país asiático ocorreu em 26 de Julho de 2022, quando o então ministro da Justiça, Yoshihisa Furukawa, ordenou o enforcamento de Tomohiro Kato, de 39 anos, responsável por um massacre em 2008 no distrito de Akihabara, em Tóquio. A referida execução ocorreu com a actual formação governante, o Partido Liberal Democrático (LDP) no poder, à semelhança das 24 anteriores, ocorrida entre 2012 e 2018, com Sadakazu Tanigaki e, posteriormente, Yoko Kamikawa como ministros da Justiça. Os resultados de uma pesquisa promovida pelo executivo japonês em 2019 sobre o apoio popular à pena de morte no país asiático reflectem que 9 por cento da população japonesa acredita que esta “deveria ser abolida”, enquanto 80,8 por cento considera “inevitável” que se apliquem este tipo de condenações.
Hoje Macau China / ÁsiaNigéria | Assinado acordo com empresa estatal chinesa para revitalizar fábrica de gás A Nigéria assinou um acordo de 1,2 mil milhões de dólares com uma empresa estatal chinesa para revitalizar uma fábrica de processamento de gás, que pode garantir a liderança na produção de alumínio. O acordo entre a empresa estatal chinesa CNCEC e o Grupo BFI, um dos principais investidores da Aluminum Smelter Company of Nigeria, vai revitalizar a fábrica de processamento de gás de 135 milhões de pés cúbicos padrão numa fundição. O anúncio foi feito na terça-feira pelo ministro de Estado do Gás da Nigéria através de uma publicação nas redes sociais. O ministro de Estado do Gás, Ekperikpe Ekpo, mostrou-se optimista em relação ao “investimento significativo”, afirmando que este colocaria a fundição “de novo no caminho para se tornar um produtor líder de alumínio para os mercados nacional e internacional”. A relação económica entre a Nigéria e a China aprofundou-se em 2016, quando a administração do antigo Presidente Muhammadu Buhari visitou o Presidente chinês Xi Jinping e assinou uma série de acordos. Desde então, empresas chinesas foram contratadas para construir caminhos-de-ferro e fornecer infra-estruturas na Nigéria, o país mais populoso de África. Apesar de ser um grande produtor de petróleo em África, a Nigéria tem alguns dos níveis de pobreza e de fome mais elevados do mundo. O Presidente Bola Tinubu, que tomou posse no ano passado, iniciou reformas para reduzir a despesa pública e atrair o investimento estrangeiro. No entanto, o país continua a enfrentar desafios económicos, incluindo uma taxa de inflação elevada que dura há 28 anos. A sua moeda, a naira, está a registar mínimos históricos em relação ao dólar. Nos últimos meses, muitos nigerianos saíram à rua para protestar contra as dificuldades económicas que, segundo eles, são causadas pelas reformas.
Hoje Macau China / ÁsiaLima | Biden vai ter terceiro e último encontro bilateral com Xi O Presidente dos EUA, Joe Biden, vai reunir-se com o homólogo chinês, Xi Jinping, na capital peruana, Lima, durante a reunião do Fórum de Cooperação Económica Ásia Pacífico (APEC) pela terceira e última vez, informaram fontes oficiais norte-americanas. “É uma oportunidade para pôr em dia os esforços dos últimos quatro anos para gerir uma concorrência responsável e sobre como os dois Estados avançaram em áreas de interesse comum, mesmo com profundas diferenças e intensa concorrência”, indicaram as fontes, durante contactos com a imprensa. A reunião vai ocorrer amanhã, sendo a terceira vez que se encontram pessoalmente, depois de San Francisco, no Estado da Califórnia, há um ano, e de Bali, na Indonésia, em Novembro de 2022. “É de esperar que o Presidente expresse a sua profunda preocupação com o apoio da China à Federação Russa na guerra contra a Ucrânia, bem como sobre o destacamento de mais de 10 mil soldados norte-coreanos na Federação Russa”, expressaram aquelas fontes. Biden também avisará Xi de que os ataques informáticos provenientes da China têm “o potencial de desestabilizar a relação bilateral” e afectar os sectores tecnológicos chineses. Os funcionários norte-americanos não quiserem especular sobre como o presidente eleito, Donald Trump, vai relacionar-se com a China, mas consideraram que vai enfrentar uma “relação dura e complicada”.
Hoje Macau China / ÁsiaBrasil | Lula e Xi juntos para reforçar parceria O Presidente chinês, Xi Jinping, estará em Brasília na próxima quarta-feira para uma reunião bilateral com o chefe de Estado brasileiro, Lula da Silva, e reforçar a parceria em “todos os sectores do Governo”, anunciou na quarta-feira a diplomacia brasileira. Desde quarta e até domingo, Xi Jinping estará em visita de Estado no Peru para participar no fórum Cooperação Económica Ásia-Pacífico (Apec), (ver páginas 10-11) seguindo depois para a cidade brasileira do Rio de Janeiro, para a Cimeira do G20, na qual estarão presentes os principais líderes mundiais, à excepção do líder russo, Vladimir Putin. Na quarta-feira, o líder chinês vai a Brasília, onde será recebido no Palácio da Alvorada, residência oficial do Presidente do Brasil, por Lula da Silva. Em conferência de imprensa na passada quarta-feira em Brasília, o secretário de Ásia e Pacífico do Ministério das Relações Exteriores, o embaixador Eduardo Paes Saboia frisou que vão ser assinados vários acordos de uma “magnitude que envolve todos os sectores do Governo, muitos acordos em todas as áreas”. Essas aéreas incluem agricultura, comércio, finanças, sinergias entre políticas de finanças, infra-estrutura, transformação ecológica, rotas de integração, indústria automóvel, criação de fundos chineses e brasileiro, entre outros, não fosse a China o maior parceiro comercial do Brasil. Em 2003, de acordo com dados oficiais, o comércio entre os dois países cifrava-se em seis mil milhões de euros. Em 2009, a China tornou-se no primeiro parceiro económico do Brasil e, em 2023, as trocas comerciais chegaram aos 160 mil milhões de euros. A China é responsável por mais de metade do superavit brasileiro, alicerçada em produtos como a soja, minério de ferro e petróleo bruto. A importância da China para o Brasil foi também evidente numa das primeiras viagens oficiais de Lula da Silva ao assumir o seu terceiro mandato, a 1 de Janeiro de 2023, numa visita de Estado para reafirmar a importância do parceiro estratégico, após quatro anos de turbulências diplomáticas causadas pela administração de Jair Bolsonaro, mais alinhada à política externa norte-americana da administração de Donald Trump. Estão ainda em negociação mais protocolos para exportação “de mais produtos chineses para a China”, havendo a “expectativa de investimentos e grandes projectos”, detalhou o embaixador brasileiro. Por traçar O Brasil e a China, países fundadores do grupo BRICS, juntamente com a Rússia, que comemoram este ano 50 anos do estabelecimento de laços diplomáticos, vão ainda discutir temas geopolíticos como a guerra na Ucrânia, um tema no qual partilham uma opinião comum. A discussão destes temas “acontecem naturalmente quando se reúnem dois líderes importantes preocupados com a paz e desenvolvimento”, disse Eduardo Paes Saboia. Questionado sobre a possibilidade de o Brasil ingressar no megaprojecto chinês “Uma Faixa, Uma Rota”, ao qual vários países latino-americanos já aderiram, o embaixador brasileiro preferiu não responder.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Crimes com armas e explosivos diminuíram 25,8% em 2023 A China registou ontem uma queda de 25,8 por cento nos crimes relacionados com armas e explosivos em 2023, de acordo com dados do ministério da Segurança Pública do país. A redução é atribuída a uma operação especial de três anos, lançada em Junho de 2022, que abrangeu tudo, desde o fabrico e tráfico doméstico até ao contrabando transfronteiriço, com medidas que incluem confiscos, vigilância na Internet e coordenação interdepartamental, informou a televisão estatal CCTV. O ministério anunciou a resolução de 19.000 casos envolvendo armas de fogo e explosivos, o desmantelamento de 54 grupos criminosos e a destruição de 237 bases criminosas. As autoridades prenderam 831 suspeitos e apreenderam 495 armas de fogo e 290 toneladas de precursores químicos. As províncias centrais de Jiangxi e Hubei destacaram-se pelo desmantelamento das redes de produção e tráfico, com 34 operações coordenadas a nível nacional. Um aspecto fundamental da operação, segundo a agência governamental, foi a monitorização da Internet, onde foi detectado um aumento das actividades ilegais relacionadas com a venda e o fabrico de armas. As autoridades observaram que muitos indivíduos publicam métodos de fabrico de explosivos ou peças de armas em plataformas digitais, o que levou a uma intensificação da limpeza de conteúdos ilegais e à imposição de sanções administrativas ao abrigo da Lei de Cibersegurança do país. Foram ainda reforçados os controlos nas zonas rurais e montanhosas para evitar a utilização indevida de armas, especialmente em actividades como a caça ilegal. O ministério lançou também uma campanha de sensibilização para informar a população sobre os riscos e as leis relacionadas com as armas e os explosivos. No total, foram recebidas 1.440 queixas, tendo sido resolvidos 567 casos, de acordo com dados oficiais. Posse restrita Na China, a utilização de armas de fogo está limitada às forças de segurança, aos militares e ao pessoal que protege instalações de importância estatal. A posse de armas de fogo por civis está restringida principalmente às organizações desportivas e de caça, sendo as armas de fogo ilegais para os indivíduos, excepto em casos excepcionais, como as licenças de caça. Os dados mais recentes do Swiss Small Arms Survey, um inquérito que estima o número de armas ligeiras nas mãos de civis em todo o mundo, tanto legais como ilegais, mostram que, em 2017, a China tinha quase 50 milhões na posse de cidadãos, um número considerado exagerado pelos analistas chineses. O estudo afirma que 3,5 em cada 100 cidadãos chineses possuem uma arma, um número que contrasta fortemente com os Estados Unidos, líder mundial, onde a taxa é de 120,48 armas por 100 pessoas.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Produção anual de veículos de energia nova supera 10 milhões de unidades A produção de veículos de energia nova (NEV) na China ultrapassou pela primeira vez, este ano, os 10 milhões de unidades, indicou a Associação de Fabricantes de Automóveis Chinesa, reflectindo o rápido desenvolvimento do sector no país. A produção de NEV, termo que se refere principalmente aos eléctricos, mas também a outras tecnologias minoritárias, como as alimentadas por células de combustível de hidrogénio, cresceu de forma constante na última década, de apenas 18.000 unidades em 2013 para um milhão em 2018, de acordo com um relatório da associação. Em 2022, o número anual ultrapassou os cinco milhões e, este ano, a produção aumentou 4,3 por cento em relação às 9,58 milhões de unidades do ano passado, ultrapassando os 10 milhões a mais de um mês e meio do fim do ano. A Associação de Fabricantes de Automóveis Chinesa prevê que a produção total possa ultrapassar as 12 milhões de unidades até ao final deste ano, impulsionada pelas políticas governamentais que facilitaram as melhorias tecnológicas e de infra-estruturas. Este aumento da produção surge num contexto de tensões comerciais entre a China e a UE, decorrentes das acusações de Bruxelas de que os fabricantes chineses de veículos eléctricos recebem subsídios estatais que lhes permitem vender os produtos a preços significativamente mais baixos no mercado europeu, o que é considerado uma prática de concorrência desleal. Dente por dente Em resposta, a Comissão Europeia impôs, em Outubro, taxas alfandegárias provisórias sobre os eléctricos oriundos da China, incluindo de 35,3 por cento à SAIC e de 17 por cento à BYD, invocando a necessidade de proteger a indústria automóvel europeia. Estas medidas afectaram igualmente os fabricantes ocidentais que produzem na China, incluindo a Tesla, cujos automóveis produzidos no país asiático passaram a estar sujeitos a uma taxa de 7,8 por cento. A China negou as acusações e apresentou queixa à Organização Mundial do Comércio (OMC), alegando que as taxas violam as regras comerciais. Pequim também iniciou investigações sobre importações europeias, como produtos lácteos e carne de porco. Apesar das tensões, ambas as partes demonstraram progressos nas negociações e comprometeram-se a prosseguir o diálogo para evitar uma escalada que afectaria o comércio bilateral e a indústria automóvel mundial, anunciou o Ministério do Comércio da China, na semana passada.
Hoje Macau China / ÁsiaPeru | Xi diz que porto de Chancay é “caminho da prosperidade” O Presidente chinês, Xi Jinping, defendeu ontem que o porto de Chancay, construído pela China no Peru, vai servir como “caminho para a prosperidade”, num artigo publicado no jornal ‘El Peruano’, a propósito da inauguração da infraestrutura. Xi, está no Peru para participar na cimeira do fórum de Cooperação Económica Ásia -Pacífico (APEC), e inaugurar o porto, que foi construído e financiado pela China, no valor de 3,5 mil milhões de dólares. O Peru é, depois do Brasil, o país latino-americano onde a China investiu mais em 2023, segundo dados oficiais. Pequim e Lima vão também assinar um Acordo de Livre Comércio. Xi lembrou que com a conclusão da primeira fase do porto, a viagem marítima entre o Peru e a China poderá ser reduzida para 23 dias, cortando em mais de 20 por cento os custos com o transporte de bens. O líder chinês estimou os rendimentos anuais em 4,5 mil milhões de dólares e a criação de mais de 8000 empregos directos para o Peru. A tecnologia, uma abordagem ecológica e a ênfase na segurança caracterizam o porto, que, no entanto, também gerou críticas pela influência da China sobre uma infra-estrutura vital na região. Xi defendeu que o Peru pode “estabelecer um paradigma de ligação multidimensional, diversificado e eficiente que liga a costa e o interior do país”. “Devemos levar a bom termo a construção e a operação deste porto, para que possa ser um verdadeiro caminho para a prosperidade e promover o desenvolvimento comum entre a China e o Peru, e entre a China e a América Latina”, acrescentou. O porto está localizado 80 quilómetros a norte de Lima e é detido em 60 por cento pela empresa estatal chinesa Cosco Shiping e em 40 por cento pela empresa mineira peruana Volcan Compañía Minera, o quarto maior produtor de prata e zinco do mundo. A infra-estrutura permitirá ao Peru receber grandes navios com uma capacidade de carga de até 24.000 contentores. O objectivo é mobilizar entre 30 por cento e 40 por cento da carga nacional destinada à China e ao Sudeste Asiático nos primeiros anos de funcionamento. A infra-estrutura é também de interesse para o Brasil, que pode assim obter acesso ao Oceano Pacífico. Amizade frutífera O projecto Rotas de Integração da América do Sul, iniciativa do governo do Presidente Luís Inácio Lula da Silva, para ligar o Brasil aos principais centros de comércio e desenvolvimento da região, inclui duas rotas com destino ao porto de Chancay. Xi Jinping recordou no artigo que o Peru foi um dos primeiros países latino-americanos a estabelecer relações diplomáticas com a China e que os laços bilaterais “têm vindo a avançar a um ritmo constante, especialmente após o estabelecimento da Parceria Estratégica Abrangente em 2013”. Xi sublinhou que a cooperação sino -peruana produziu “resultados frutíferos e benefícios tangíveis para ambos” e apelou ao Peru para “praticar o verdadeiro multilateralismo e promover um mundo multipolar igualitário e ordenado”, bem como uma “globalização económica benéfica e inclusiva”. Oficialmente, a China tem apenas um porto militar além-fronteiras, no Djibuti, no Corno de África. Mas alguns dos seus portos comerciais também são utilizados para reabastecer e carregar navios de guerra, como as instalações em Hambantota, no Sri Lanka. Na última década, o país asiático construiu de raiz ou comprou participações maioritárias numa vasta rede de portos fundamentais para o comércio mundial, desde o Pireu, na Grécia, a Gwadar, no Paquistão. Segundo o grupo de reflexão Council on Foreign Relations, as empresas estatais chinesas detêm já participações em cerca de 100 portos em 64 países, em todos os oceanos e continentes, excepto na Antártida. A própria China alberga oito dos dez maiores portos de contentores do mundo.
Hoje Macau EventosIIM | Exposição de fotografia sobre “Duplo Aniversário” dia 23 Será inaugurada no próximo dia 23 de Novembro uma nova exposição de fotografia da iniciativa do Instituto Internacional de Macau (IIM). Trata-se da mostra “Celebração calorosa do 75º. Aniversário da implantação da República Popular da China: No 25º aniversário do estabelecimento da RAEM – os sucessos alcançados na preservação e valorização do património cultural”, que tem o apoio do Fundo de Desenvolvimento da Cultura. Além disso, associações locais colaboraram também para a realização deste projecto, nomeadamente a Associação dos Embaixadores do Património de Macau e o Grupo de Danças e Cantares de Macau. Nesta mostra, reúnem-se cerca de 80 trabalhos, da autoria de vários fotógrafos de Macau e de outras regiões, sendo as imagens fruto do concurso de fotografia anualmente realizado pelo IIM. Segundo um comunicado, “além de conjugar com as épocas festivas de Macau, a mostra retrata imagens da riqueza cultural do património de Macau e também os sucessos alcançados pela RAEM ao longo dos seus 25 anos, na preservação e promoção patrimonial de Macau”. A exposição pode ser visitada no IIM até ao dia 27 de Dezembro. Poderá ainda ser visto o documentário “Heritople”, dedicado ao tema do património cultural de Macau, e recentemente produzido pelo IIM e apoiado pela Fundação Macau.
Hoje Macau EventosArquitectos da DOCOMOMO debatem hoje preservação de edifícios Decorre hoje, a partir das 18h30, na Fundação Rui Cunha (FRC), uma conferência promovida pelo DOCOMOMO – Centro de Investigação, intitulada “Entrelaçando Paisagens: Porquê, como é que edifícios podem ser preservados?” apresentada por Diogo Burnay e Cristina Veríssimo. Segundo um comunicado, esta palestra pretende responder a uma série de questões sobre a preservação de edifícios com interesse histórico ou cultural, nomeadamente “como pode a preservação dos edifícios existentes contribuir para resolver questões ambientais e sociais mais vastas?”, ou “porque é que a memória cultural viva da comunidade pode beneficiar da preservação dos edifícios?”. Outras questões dão ainda o mote ao debate, como “quais poderão ser as novas histórias, narrativas e resultados que emergem do entrelaçamento do património cultural e das intervenções arquitectónicas contemporâneas”. Dão-se exemplos de alguns projectos edificados em Portugal, como a plataforma linear e longitudinal da antiga Estação Ferroviária de Mora, que se tornou o caminho de ligação entre os diferentes edifícios do novo Centro Interpretativo Megalítico de Mora. Por sua vez, o Museu da Tapeçaria de Arraiolos “é a nova vida de um edifício que já foi: um convento, um Hospital e um Quartel-General Militar”. Já a Escola Braamcamp Freire “reúne edifícios antigos e novos de uma forma interligada para formar uma entidade holística e uma experiência espacial para a sua comunidade”. Irá também falar-se do centro arqueológico fenício de Tavira que “explorou a nova estrutura de cobertura que alberga o antigo povoado fenício, como plataforma pública, ligando os achados arqueológicos à cidade existente”. Quem é quem Diogo Burnay é professor associado da School of Architecture, Dalhousie University, Halifax, Canadá desde 2012. Foi director da Escola de Arquitectura de 2012 a 2022. Tem mestrado em Arquitectura, Bartlett School of Architecture, University College London, Londres, Inglaterra, 1995. Trabalhou em Lisboa com Maria Manuel Godinho de Almeida e Duarte Cabral de Mello em 1989; em Londres, na Building Design Partnership, entre 1988 e 1990; em Macau com Manuel Vicente, entre 1992 e 1995 e na OBS Arquitectos, entre 1995 e 1997. Diogo Burnay foi também docente na Escola de Arquitectura da Universidade de Hong Kong em 1995; na Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa, de 1997 a 2011; na College of Design da University of Minnesota em 2002 e 2006 e na Architecture School University of Texas, Arlington, 2007. Cristina Veríssimo é professora desde 2024 na Escola de Arquitectura da Dalhousie University, Canadá, desde 2013 e desde 2024 é Professora Associada. Tem mestrado em Arquitectura, MArch II, GSD Harvard University, 2002. Trabalhou em Lisboa com Carrilho da Graça (1987 – 1989). Trabalhou em Londres com Zaha Hadid (1989 – 1991). Em Macau, Cristina Veríssimo esteve na Profabril (1992-1997). Leccionou na Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa, de 1999 a 2012. Diogo Burnay e Cristina Veríssimo fundaram a CVDB Arquitectos em 1999. O atelier já recebeu prémios nacionais e internacionais, como o primeiro prémio edifício educacional WAN 2013 e melhor edifício educacional do ano 2014 do Archdaily, Architectural Review 2015. Actualmente o atelier é responsável pela edificação do Supremo Tribunal de Justiça de Moçambique.
Andreia Sofia Silva Eventos MancheteCinemateca | Novembro traz clássicos de Hollywood dos anos 90 “De olhos bem fechados”, o último filme de Stanley Kubrick que juntou o então casal Nicole Kidman e Tom Cruise na tela, é um dos destaques da secção “Encantos de Novembro” da Cinemateca Paixão, com a primeira exibição amanhã. “O Sexto Sentido”, de Bruce Willis, é outro clássico apresentado A Cinemateca Paixão decidiu, este mês, ir buscar dois clássicos do cinema de Hollywood de 1999 para enriquecer o ecrã. Um deles é “De olhos bem fechados”, o último filme de Stanley Kubrick, que fez sucesso por juntar o então casal Nicole Kidman e Tom Cruise, separados há vários anos. O filme, onde a sexualidade e o erotismo estão bem presentes, será exibido este sábado na Cinemateca às 21h30, com repetição na próxima terça-feira às 19h30. Tom Cruise interpreta o personagem de um médico bem-sucedido, casado e com uma filha pequena, que um dia embarca numa aventura após conhecer um antigo colega de faculdade num bar. Aí começa uma empolgante teia de mistérios que muda a vida do casal para sempre, com o médico a tentar perceber aquilo que viu num palacete. Do baú de Hollywood foi também retirado outro êxito, “O Sexto Sentido”, com Bruce Willis, que também se exibe este sábado a partir das 19h30, com repetições no domingo à tarde e depois no dia 23. Neste filme, Bruce Willis é um psiquiatra que começa a tratar uma criança que vê os mortos. Porém, nesta trama cheia de suspense, depressa se percebe que o terapeuta está demasiado envolvido no caso em termos pessoais, não conseguindo desligar-se e dar atenção à família. O filme exibido na Cinemateca é uma cópia restaurada. Novos asiáticos Além dos clássicos de Hollywood, “Encantos de Novembro” traz também cinema asiático. Uma das escolhas recai em “Blossoms under somewhere”, da realizadora de Hong Kong Riley Yip, exibido na próxima quinta-feira a partir das 19h30. Este filme foi premiado pela Iniciativa Primeira Longa-Metragem do Fundo de Desenvolvimento Cinematográfico de Hong Kong e conta a história de Ching, uma rapariga de liceu que quer apaixonar-se por alguém, mas, como é gaga, sente receio em estabelecer contacto com os outros. Ching gere um negócio de lingerie em segunda mão juntamente com Rachel, uma amiga, tentando aí atrair não só a atenção dos compradores, mas também o seu amor. Neste processo, Ching acaba por perder a sua única amizade. “Ghost Cat Anzu”, filme japonês de animação, é a aposta da Cinemateca Paixão para amanhã, a partir das 16h30, e para a próxima quarta-feira, às 19h30. A história remete para Karin, uma menina abandonada pelo pai numa pequena cidade onde vive o seu avô, um monge, mas este pede a Anzu, um gato, para tomar conta da neta. De Taiwan chega-nos “Yen and Ai-Lee”, que teve oito nomeações para os Prémios Cavalos de Ouro deste ano, e que se exibe no próximo domingo, 24, às 21h. A história gira em torno de Yen, que depois de cumprir oito anos de prisão pela morte do pai regressa à sua aldeia natal, Hakkanese, procurando reconciliar-se com o passado e a sua própria mãe, Ai-Lee. Porém, o regresso torna-se ainda mais complicado, pois na cidade de Kaoshiung existe uma misteriosa estudante de representação que ronda a família e que tem grandes semelhanças físicas com Yen. Quando os dois se conhecem, o destino parece trazer consigo um segredo partilhado por ambos que leva o telespectador a questionar o que poderá acontecer aos dois. Todos estes filmes asiáticos seleccionados pela Cinemateca Paixão são deste ano.
Hoje Macau SociedadeSS | Cerca de 20% de idosos sofre de diabetes Celebrou-se ontem o Dia Mundial da Diabetes, definido pela Federação Internacional de Diabetes (FID) e a Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1991. Dados de Macau de há oito anos, referidos pelos Serviços de Saúde (SS), mostram que “cerca de 20 por cento com idade igual ou superior a 65 anos sofrem de diabetes”, sendo que “com o envelhecimento da sociedade de Macau, a taxa de incidência de doenças crónicas, como a diabetes, vai subir gradualmente e os encargos com estas doenças também vão continuar a aumentar”. Assim, os SS destacam que esta doença crónica “comum e controlável” é passível de ter um “diagnóstico precoce e gestão eficaz, podendo reduzir o risco de complicações”. De acordo com estatísticas da FID, os casos de diabetes em todo o mundo atingiram 537 milhões, prevendo-se que o número poderá chegar a 783 milhões em 2045. No caso da RAEM, os SS dizem estar a “promover indicadores de qualidade para a gestão das doenças crónicas, incluindo a regulamentação das normas para diagnóstico e das directrizes de tratamento, como a diabetes, hipertensão, hiperlipidemia e obesidade ou excesso de peso, no sentido de implementar uma gestão normalizada das doenças crónicas”.
Hoje Macau Manchete SociedadeFestival de Gastronomia | Alimentação saudável em destaque Arranca hoje mais uma edição do Festival de Gastronomia de Macau que se realiza até ao dia 1 de Dezembro. O público poderá desfrutar de vários tipos de gastronomia, incluindo espaços de alimentação saudável promovidos pelos Serviços de Saúde, com a participação do restaurante Riquexó O território volta a acolher a partir de hoje, e até ao dia 1 de Dezembro, mais uma edição do Festival de Gastronomia de Macau, que volta a disponibilizar, na praça junto à Torre de Macau, mais uma grande variedade de comida para todos os gostos, numa demonstração pública de cultura gastronómica. A edição deste ano do evento dá destaque à “Competição de Hanfu ao Estilo Chinês”, com a promoção do vestuário tradicional chinês. O festival funciona de segunda a quinta-feira das 16h às 23h, e aos fins-de-semana, de sexta-feira a domingo, das 15h à meia noite. A entrada é gratuita, existindo transporte gratuito a partir de quatro locais de recolha, o South Bay International Bank, o West Wan Lake Plaza, o Taipa Central Park e o Guanxi Plaza. No total, os amantes de comida e curiosos de gastronomias diferentes podem experimentar seis categorias diferentes ao nível da culinária, com 16 bancas de comida chinesa, 33 bancas que disponibilizam pratos macaenses, 22 bancas destinadas à culinária japonesa e da Coreia do Sul, e ainda 20 bancas com comidas da região do Sudeste Asiático. Por sua vez, a comida europeia tem direito a 16 bancas, sendo que as sobremesas estão disponíveis em 34 bancas. Pela sua saúde Destaque ainda para espaços destinados à alimentação saudável disponibilizados pelos Serviços de Saúde (SS). Segundo uma nota destes serviços, esta oferta no festival está incluída no programa governamental “Restaurante – Alimentação Saudável”, em parceria com a União das Associações dos Proprietários de Estabelecimentos de Restauração e Bebidas de Macau, entidade responsável pela organização do evento. Assim, os SS garantem que dez empresas participantes deste programa, vão disponibilizar, “pelo menos, um prato saudável nas tendinhas de gastronomia, com vista a promover a cultura gastronómica saudável aos residentes e turistas”. Os restaurantes que participam nesta iniciativa são o “Estabelecimento de Comidas Little Sweet Sweet”, “Riquexó Self Service”, “Casa Rápido”, “Café Bistro Temático dos Amigos” e “Castelo do Reino Unido”, entre outros. Até à data, mais de 160 restaurantes e cafés de Macau aderiram ao programa “Restaurante – Alimentação Saudável”, com a disponibilização de legumes, fruta, cereais integrais e comidas com menos sal e açúcar. Ainda em relação à “Competição de Hanfu ao Estilo Chinês”, o grande destaque do festival, haverá um sistema de votação aberto para escolher os vencedores, estando incluídos prémios pecuniários para 13 participantes. O vencedor irá receber 20 mil patacas enquanto que no segundo lugar se pode esperar um prémio de dez mil patacas, com cinco mil patacas destinados ao terceiro prémio.
Hoje Macau SociedadeFebre de dengue | Mais dois casos importados Os Serviços de Saúde (SS) detectaram mais dois casos importados de febre de dengue esta terça-feira. Trata-se, assim, dos 29.º e 30.º casos importados deste ano, sendo que o 29.º diz respeito a uma mulher de 56 anos de idade, residente, a viver no bloco 1 do edifício Lai Va San Chun, na Avenida da Longevidade. Depois de uma visita à China, a Jiangmen, para visitar a família, no passado dia 25 de Outubro, a mulher começou a ter sintomas a partir do dia 8 deste mês. Actualmente, a doente está internada e encontra-se em estado estável. Os familiares com quem coabita não apresentaram sintomas de indisposição, descrevem os SS. Já o 30.º caso diz respeito a um homem de 48 anos de idade, também residente, mas a viver no edifício Cheng Tou na Avenida do Conselheiro Borja. Este visitou Zhongshan entre os dias 4 e 8 deste mês, tendo apresentado sintomas no dia 10. O doente também está internado e numa situação estável, sendo que os familiares com quem vive não apresentaram sintomas de doença.