Hoje Macau SociedadeTurismo | Associação quer turistas com maior poder de compra O presidente da Associação Económica de Macau, Lau Pun Lap, defende a necessidade de o território atrair turistas com maior poder de consumo. As declarações foram prestadas ao Jornal Ou Mun, em reacção à taxa de crescimento de 11,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) de Macau, entre Janeiro e Setembro. De acordo com Lau, apesar de as autoridades estarem a conseguir atrair cada vez mais visitantes para o território, o poder de compra está em quebra face ao que acontecia antes da pandemia, dado que os turistas se apresentam “mais prudentes”, e menos propensos para gastar. Por isso, Lau defende que devem ser adoptadas estratégias para promover um maior consumo, a curto, médio e longo prazo, dada a necessidade de desenvolver de forma sustentada a economia. Em relação ao crescimento do PIB para o que resta do ano, Lau mostrou-se confiante de que poderá haver uma aceleração, dado que o quatro trimestre inclui grandes eventos como o Grande Prémio ou a Semana Dourada.
João Santos Filipe Manchete SociedadeBolo Lunar | Mais de 492,1 mil turistas durante período festivo Em dois dos cinco dias que coincidiram com os feriados chineses, a média diária de entradas foi superior a 120 mil. Durante estes dias, a fronteira das Portas do Cerco foi a mais movimentada, seguida pelo posto fronteiriço da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau Macau recebeu mais de 492,1 mil turistas, nos cinco dias entre sábado e quarta-feira, que coincidiram com a celebração do Festival do Bolo Lunar, de acordo com os dados revelados ontem pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP). Este período abrangeu os dias de feriados no Interior da China entre 15 e 17 de Setembro, o principal mercado do turismo para o território. Segundo os dados preliminares apresentados, por dia houve uma média de 98,4 mil turistas a entrar em Macau. O dia com maior número de entrada de visitantes foi 15 de Setembro, domingo, quando 125,3 mil turistas atravessaram as fronteiras. O dia de 16 de Setembro, segunda-feira, foi também muito popular, com 124,3 mil visitantes a entrarem no território. Nos restantes dias, o número de entradas nunca ultrapassou a fasquia dos 100 mil turistas. No sábado, 14 de Setembro, foram registadas 95,5 mil entradas, a 17 de Setembro houve 74,6 mil entradas, dia que coincidiu com o Festival do Bolo Lunar, e finalmente, a 18 de Setembro, o território registou 75,4 mil entradas. Como tradicionalmente acontece, a fronteira mais utilizada voltou a ser a das Portas do Cerco, com 195,8 mil entradas, ainda assim, menos de metade do total das 492,1 mil entradas. A fronteira da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau foi a segunda mais frequentada, com 102,1 mil entradas, seguida pelo posto fronteiriço da Ilha da Montanha, que teve 72,7 mil entradas. Se entra, também sai Em sentido contrário, nos cinco dias foram registadas cerca de 508 mil saídas, o que correspondeu a uma média diária de 101,6 mil saídas. O dia como mais turistas a deixar o território aconteceu na segunda-feira, quando 133,4 mil turistas regressaram ao local de origem. O segundo dia com mais turistas a sair do território foi o domingo, com 122,7 mil saídas. Ainda assim, nesse dia houve 125,3 mil entradas. Além dos dias mais movimentados, 17 de Setembro teve 93,7 mil saídas, 14 de Setembro registou 84,0 mil saídas, e quinta-feira, dia em que se regressava ao trabalho no Interior, 74,3 mil turistas deixaram Macau. Na hora de sair de Macau, a fronteira mais popular voltou a ser a das Portas do Cerco, com 211,7 mil deslocações ao longo dos cinco dias, seguida pelo posto fronteiriço do Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, que registou 101,0 mil saídas. Tal como aconteceu com as entradas, a fronteira da Ilha da Montanha foi o terceiro posto mais movimento, com 76,9 mil saídas de turistas.
Hoje Macau Manchete SociedadeTurismo | Número de visitantes subiu 79,4% no primeiro trimestre Nos primeiros três meses deste ano, mais de 8,8 milhões de turistas escolheram Macau como destino. O volume de visitantes registou no período em análise um crescimento anual de quase 80 por cento, recuperando para mais de 85 por cento dos níveis registados antes da pandemia No primeiro trimestre de 2024, o número de entradas de visitantes registou um aumento de 79,4 por cento, em comparação com o primeiro trimestre do ano passado. Nos primeiros três meses, as autoridades alfandegárias do território processaram um total de 8.875.757 entradas de turistas. De acordo com a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), o número de entradas representa 85,7 por cento do número de entradas de visitantes registadas entre Janeiro e Março, antes da pandemia da covid-19. No primeiro trimestre deste ano, o número de entradas de excursionistas (4.791.721) e o de turistas (4.084.036) subiram 107,5 por cento e 54,8 por cento, totais que significam que a maior parte dos visitantes chegou ao território numa excursão. Em relação à duração da estadia, os excursionistas ficaram no território, em média, 0,3 dias, enquanto os turistas com vistos individuais prolongam a estadia por de 2,2 dias, em média, ainda assim uma redução de 0,1 por cento em comparação com o período homólogo. Ponto de partida Em termos de origens de visitantes, o número de entradas de visitantes oriundos do Interior da China fixou-se em 6.291.912, total que representou um aumento anual de 94,3 por cento. Hong Kong foi o segundo local de onde vieram mais turistas, com um total de 1.817.903, seguido por Taiwan, de onde chegaram 181.916 visitantes. Relativamente ao Sudeste Asiático, o número de entradas de visitantes das Filipinas (114.625) subiu 23,7 por cento, face ao período homólogo de 2019. O número de entradas de visitantes da Malásia (39.839), da Indonésia (39.294) e da Tailândia (38.638) registaram recuperações de 70,8 por cento, 89,2 por cento e 89,2 por cento, em comparação com o primeiro trimestre de 2019. A DSEC salienta ainda que no período em análise entraram em Macau 584.026 turistas internacionais, total que representou uma recuperação de 68,2 por cento do número registado nos primeiros meses de 2019. Os países que mais contribuíram para o cômputo global de turistas estrangeiros foi a Coreia do Sul, com 129.519 visitantes e as Filipinas com 114.625.
Hoje Macau SociedadeEntradas | Janeiro registou 2,86 milhões de visitantes Macau registou a entrada de 2,86 milhões de visitantes em Janeiro, mais 104,7 por cento do que em igual mês de 2023, indicam dados divulgados na sexta-feira. Apesar da subida, o número de entradas mantém-se ainda abaixo dos valores pré-pandemia: em Janeiro de 2019, visitaram o território 3,4 milhões de pessoas, de acordo com um comunicado da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). O número de excursionistas (1.480.098) e de turistas (1.381.511) subiram, em Janeiro, 154,5 por cento e 69,3 por cento, respectivamente, em termos anuais, afirma-se na nota. A maioria dos visitantes registados no mês passado continua a ser da China: 2.056.133 milhões, ou mais 107,3 por cento em termos anuais, ainda segundo a DSEC. Macau, que à semelhança da China seguia a política ‘zero covid’, anunciou, em Dezembro de 2022, o cancelamento gradual da maioria das medidas de prevenção e contenção, depois de quase três anos de rigorosas restrições. O território reabriu as fronteiras a todos os estrangeiros, incluindo turistas, a partir de 8 de Janeiro de 2023. Nesse ano, Macau recebeu mais de 28,2 milhões de visitantes, cinco vezes mais do que no ano anterior e um valor que representa 71,6 por cento do registado antes do início da pandemia.
João Luz Manchete SociedadeTurismo | Ano Novo traz segundo maior registo diário de visitantes Macau recebeu na segunda-feira, o terceiro dia dos feriados do Ano Novo Lunar, quase 217.500 visitantes, o valor diário mais elevado em mais de cinco anos e o segundo maior desde que há registo. Mais dois espectáculos de fogo de artifício foram acrescentados ao cartaz de celebrações Na passada segunda-feira, o terceiro dia do Ano Novo Lunar, “entraram em Macau 217.541 visitantes, batendo não só o recorde do número de visitantes diários de 2023, como marcando o segundo número diário mais elevado de que há registo, atrás do pico atingido 7 de Fevereiro de 2019 (terceiro dia do Ano Novo Lunar) com 226.326”, indicaram na terça-feira os Serviços de Turismo (DST), citando dados do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP). Este valor representa mais de 96 por cento do actual recorde diário, 226.326 visitantes, que foi fixado a 7 de Fevereiro de 2019, também o terceiro dia da chamada ‘semana dourada’ do Ano Novo Lunar, antes do início da pandemia da covid-19. Recorde-se que a responsável tinha previsto uma média diária de 120 mil turistas durante os oito dias feriados no Interior da China, entre dia 9 e amanhã, com o pico precisamente a ser previsto para a 12 de Fevereiro. Em declarações à comunicação social na segunda-feira, a directora da DST afirmou que o número de visitantes estava acima das expectativas e que a ocupação hoteleira teria ultrapassado os 90 por cento. Céus iluminados O CPSP indicou que 56,5 por cento (quase 128 mil) dos visitantes chegaram à cidade através das fronteiras terrestres com o Interior da China, enquanto mais de 53.200 atravessaram a ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau. Em termos globais, nos primeiros três dias do período do Ano Novo Lunar, Macau recebeu mais de 502 mil turistas. Em Janeiro do ano passado, com o fim de todas as restrições impostas devido à covid-19, Macau recebeu 28,2 milhões de visitantes em 2023, cinco vezes mais do que no ano anterior e um valor que representa 71,6 por cento do registado antes do início da pandemia. A taxa de ocupação média hoteleira em 2023 em Macau foi de 81,5 por cento, mais 43,1 pontos percentuais em termos anuais, mas ainda abaixo dos valores registados em 2019: 90,8 por cento. A DST acrescentou às festividades da época dois espectáculos adicionais de fogo de artifício, além do já marcado para sábado. Assim sendo, o segundo e terceiro espectáculos pirotécnicos estão marcados para amanhã e no sábado, dia 24 de Fevereiro, “pelas 21h, na zona ribeirinha em frente à Torre de Macau, para assinalar as festividades”. Com Lusa
João Luz Manchete SociedadeAno Novo Lunar | Reservas hoteleiras indiciam ocupação elevada O volume de reservas para o período do Ano Novo Lunar está a deixar o sector do turismo optimista e a perspectivar taxas de ocupação hoteleira entre 80 e 90 por cento. Em relação aos preços dos quartos de hotel, especialistas apontam para uma possível subida entre 20 e 30 por cento A azáfama turística que habitualmente enchia as ruas de Macau parece estar de regresso, em particular na indústria da hotelaria. Entre os dias 9 e 18 de Fevereiro, a véspera de Ano Novo Lunar e o nono dia do Ano Novo, as unidades hoteleiras das seis concessionárias de jogo já estão totalmente lotadas. O optismismo é alargado aos hotéis de menor dimensão, onde o volume de reservas parece apontar para taxas de ocupação na ordem dos 80 a 90 por cento, entre os dias 11 e 14 de Fevereiro, indicou ao jornal Ou Mun o presidente da Associação dos Hoteleiros de Macau, Lou Chi Leong. O representante do sector considera que o tempo de estadia média dos visitantes vindos do Interior da China poderá ser influenciado pela época festiva. Desta forma, não só os turistas chineses que chegam a Macau de províncias mais longínquas devem ficar na RAEM entre um a dois dias, como também os provenientes de cidades da Grande Baía vão optar por pernoitar ao contrário da tendência natural de regressar a casa no fim do dia. Face à elevada procura, Lou Chi Leong prevê que findas as contas os preços dos quartos de hotel em Macau subam entre 20 a 30 por cento durante o Ano Novo Lunar. “Existem mais de 40 mil quartos de hotel disponíveis em Macau e as dinâmicas que mexem com a oferta e a procura estão menos constritas em relação a anos anteriores”, indicou. A diferença que faz No passado fim-de-semana, a directora dos Serviços de Turismo, Helena de Senna Fernandes, afirmou que o Governo prevê que entrem em Macau uma média de 120 mil turistas por dia durante os feriados. No total, Helena de Senna Fernandes estima que o número de turistas se aproxime de um milhão no cômputo dos oito dias do período festivo, mais do dobro do registo do ano passado. Durante a semana de Ano Novo Lunar do ano passado, Macau registou 451 mil visitantes, quase o triplo de 2022, mas ainda assim menos 62 por cento do que em 2019, o último ano antes da pandemia de covid-19. Aliás, no ano passado as autoridades celebravam um recorde diário de entrada de turistas, no terceiro dia do Ano Novo Lunar, quando atravessaram a fronteira para Macau mais de 90 mil pessoas.
Nunu Wu Manchete PolíticaTurismo | Associação das Mulheres exige caça aos uniformes escolares A estética dos uniformes escolares de Hong Kong e Macau está a fascinar os turistas do Interior que se querem fotografar vestidos de alunos. No entanto, a Associação das Mulheres implementou uma campanha contra o fenómeno que considera “perturba os alunos” A Associação Geral das Mulheres apelou ao Governo para lutar contra uma das tendências mais recentes dos turistas do Interior: fotografias com os uniformes das escolas de Macau. À boleia do que acontece em Hong Kong, os turistas do Interior mostram cada vez mais um fascínio com os uniformes escolares de Macau. Assim sendo, tornou-se mais frequente a compra destes uniformes para sessões de fotografias nas ruas do território. No entanto, a Associação Geral das Mulheres está contra o fenómeno e pede ao Governo que dê início imediatamente uma campanha contra estes turistas. Em declarações ao jornal Ou Mun, a vice-presidente da associação, Loi I Weng, defende que o Governo deve regular a venda de uniformes escolares, para evitar “influências negativas” na imagem das escolas e para evitar “perturbar os alunos e os encarregados de educação”. A responsável não explicou como é que a utilização dos uniformes por turistas vai perturbar os alunos ou encarregados de educação, ainda assim apontou que actualmente a compra dos uniformes escolares é demasiado conveniente. Loi afirmou ainda ter recebido queixas de “alguns residentes” e que o Governo até pressionou os fornecedores para que identifiquem os compradores, de forma a evitar abusos com os uniformes. No entanto, as autoridades não indicaram critérios para forçar os fornecedores a identificarem os compradores, o que coloca em causa qualquer esforço para contrariar esta prática. Problemas no trânsito A reboque das opiniões partilhadas por outros deputados recentemente, Loi I Weng alertou também as autoridades para o problema das fotografias que os turistas tiram no meio das ruas de Macau. Apesar de considerar que as imagens podem promover Macau como um destino turístico, Loi I Weng apontou os perigos das fotografias tiradas no meio das estradas ou nas passadeiras, por constituírem um risco acrescido para os próprios e para transeuntes e condutores. Como forma de combater a prática de fotografias no meio da estrada, a dirigente associativa sugeriu que a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego coloque sinais de trânsito nos pontos mais afectados, além de promover uma melhor divulgação contra a infracção na Internet. Loi I Weng recordou ainda que alguns turistas foram punidos por violarem a lei do trânsito e que até partilharam este facto nas redes sociais, alertando os outros para que evitem a prática. Contudo, a dirigente pede ao Governo que faça mais.
João Romão VozesPlataformas urbanas e rurais Pouco têm de partilha as plataformas digitais para aluguer de alojamentos de curta duração que nos últimos anos foram proliferando e ameaçando ferozmente as condições de vida de quem vive nas cidades mais atractivas para turistas. A simpática designação de “economia de partilha” (“shared economy”) ou as alusões a processos colaborativos (“collaborative economy”) têm servido para branquear formas agressivas de concorrência desregrada ou de usurpação de direitos e degradação de condições da população, à margem de leis e regulamentos impreparados para lidar com estas novas formas de prestação de serviços. Foi assim que grande parte do parque habitacional de zonas urbanas onde coincidem elevada procura de habitação permanente e intensa actividade turística transitou rapidamente do uso original para o qual tinha sido planeado – a oferta de habitação para uma comunidade local – para novas funções de prestação de serviços de alojamento turístico de curta duração. Esta deslocação provocou maior ou menor escassez, consoante as características de cada cidade, mas inevitavelmente levou a que subissem os preços, que se degradasse o nível de vida de quem vive em casas alugadas (ou precisa de as comprar) e, em última análise, com a expulsão de populações para zonas periféricas das cidades ou mesmo para outros lugares. Não há nenhuma legitimidade que justifique esta suposta liberdade de criação de novos negócios privados envolvendo o parque habitacional das cidades: cada casa ou zona residencial é definida em função de planos e decisões colectivas e é precedida de significativos investimentos públicos nas mais variadas infra-estruturas que as hão-de viabilizar – água, energia, iluminação pública, passeios, estradas, segurança, enfim, todos os serviços mais ou menos invisíveis que a urbanidade requer. O investimento privado só aqui chega numa fase relativamente tardia, e só é possível graças às condições criadas pela e para a comunidade. Quem compra ou constrói uma casa está, por isso, a assumir a obrigação de prestar um serviço de habitação, planeado em função de uma determinada expectativa de evolução demográfica, e não a habilitar-se à promoção da especulação máxima com o espaço e as infra-estruturas que são de toda a gente. Talvez por isso estas plataformas se tenham auto-promovido como espaços de “partilha” e “colaboração” que nunca foram: desde o início que o apregoado espírito original de se partilhar recursos não utilizados (como um quarto não ocupado numa habitação) para satisfazer necessidades ocasionais de outras pessoas, foi perversamente utilizado para se comercializarem massivamente milhares de casas e apartamentos completos, um pouco por todo o mundo, escapando à regulamentação hoteleira e criando novas formas de competição que degradam a qualidade dos serviços e do emprego envolvidos nas suas formas originais de prestação (neste caso, de alojamento turístico). Hoje a maior parte das cidades já integrou, regulou e passou a controlar de diversas formas o exercício destas actividades, mas o devastador impacto dos primeiros anos – e os decorrentes efeitos sobre processos de gentrificação e expulsão de residentes e comunidades locais – poucas ou nenhumas cidades conseguiram evitar. Muito diferentes podem ser, no entanto, o impacto e a utilidade que destas plataformas em zonas rurais ou em cidades a viver processos de perda de população – um fenómeno global que resulta de uma certa tendência para o envelhecimento e diminuição da população, mas também da sua concentração nas maiores áreas metropolitanas do planeta, lugares onde, de forma real ou ilusória, se supõe estarem concentrados os recursos e as redes de contactos mais importantes para o sobrevivência e/ou a afirmação de cada pessoa nas ultra-competitivas sociedades contemporâneas, com as suas economias supostamente mais criativas, onde apesar das vantagens da internet e das comunicações digitais ainda parece mais decisiva, afinal, a concentração demográfica em torno dos centros de poder, dos negócios ou do controle da informação e do conhecimento. Não há, aliás, vírus que altere significativamente estas condições. É por isso relativamente abundante – pelo menos em relação à procura actual – a oferta de habitação em zonas rurais ou em pequenas cidades. Em vez de escassez, há cada vez mais casas vazias ou com escassa ocupação. No Japão são já muitos os milhares de casas vazias ao longo de todo o país. Na realidade, há mesmo oferta de casas gratuitas – através de autarquias ou de planos do governo central – para atrair novas populações residentes a áreas que estão a ficar despovoadas ou demograficamente envelhecidas. Nestes casos, em vez de terem um impacto profundamente negativo associado à escassez, inflação e gentrificação – estas plataformas podem, pelo contrário, contribuir para animar, revitalizar e reabrir oportunidades de desenvolvimento económico através da atração de turistas ou residentes de duração relativamente curta, que procurem periodicamente lugares com relativa tranquilidade onde possam trabalhar à distância e com independência. Este tipo de desenvolvimento turístico tem a significativa vantagem de não exigir investimentos significativos: não é preciso construir novas casas nem hotéis; também não é preciso construir infra-estruturas ou serviços que ajudem a atrair visitantes que viabilizem os ditos hotéis; e também não é preciso ampliar aeroportos ou aumentar os fluxos turísticos para justificar todos estes investimentos. Na realidade, a utilização do património já edificado permite que o desenvolvimento do turismo seja flexível, ajustado à atractividade de cada local, aos seus recursos endógenos, à sua capacidade de acolher visitantes. Em caso de crises – e as do turismo têm sido grandes e longas nos últimos anos – não há impactos negativos significativos porque nem houve investimentos massivos nem a economia local passou a depender de serviços exclusivamente criados para o entretenimento turístico. Na realidade, as mesmas plataformas que nas cidades têm vindo a penalizar de forma violenta as comunidades locais, podem em zonas rurais ter o efeito oposto – o de viabilizar novas economias sem criar novas vulnerabilidades nem exigir despropositados investimentos que hão-de condicionar o futuro de populações e comunidades relativamente vulneráveis.
Andreia Sofia Silva SociedadeHotelaria | Hóspedes do interior da China aumentam mais de 800% Entre os números da ocupação hoteleira no mês de Maio, destaque para o aumento significativo do número de hóspedes oriundos do interior da China. No total, os hotéis de Macau hospedaram 659 mil visitantes vindos do continente, o que representa um aumento de 816,4 por cento face a Maio de 2020, segundo dados divulgados ontem pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Quanto aos hóspedes locais foram 68 mil, mais 112,3 por cento em termos anuais. A nível global, os hotéis e pensões hospedaram em Maio um total de 760 mil pessoas, um aumento de 552,3 por cento por comparação o mesmo mês do ano passado. Durante o mês em análise estavam em operação 115 hotéis e pensões, mais sete por cento face a Maio do ano passado, disponibilizando um total de 37 mil quartos de hotel, mais 10,1 por cento em termos anuais. A taxa de ocupação média dos quartos de hóspedes foi de 62 por cento, mais 50,2 pontos percentuais, em termos anuais, destacando-se que a dos hotéis de 3 estrelas se fixou em 70,7 por cento e a dos hotéis de 4 estrelas em 67,5 por cento, números que “foram superiores à taxa de ocupação média dos quartos de hóspedes”. Sem visitantes do exterior, Macau registou, em Maio, apenas 8300 visitantes em excursões locais. Apenas 26 mil residentes viajaram para o exterior recorrendo às agências de viagens, sendo que 98,8 por cento destes deslocaram-se para o interior da China. Entre Janeiro e Maio, taxa de ocupação média dos quartos de hotéis e pensões foi de 51,3 por cento, mais 21,2 por cento face ao período homólogo de 2020. Nestes meses, o número de visitantes em excursões locais foi de 21 mil, mais 126,6 por cento face ao mesmo período de 2020. Apenas 75 mil residentes viajaram para o exterior nestes meses, recorrendo aos serviços das agências de viagens, o que representa uma quebra de 15,1 por cento face aos meses de Janeiro a Maio de 2020.
Pedro Arede SociedadeSemana Dourada | Pouco mais de 120 mil turistas ao fim de seis dias [dropcap]S[/dropcap]egundo dados publicados ontem pela Direcção dos Serviços de Turismo (DST), ao fim dos primeiros seis dias da Semana Dourada, Macau recebeu 120,165 turistas, uma queda de 86,6 por cento comparativamente com o sexto dia de celebrações do ano passado. Detalhando, na passada terça-feira, dia 6 de Outubro, o território recebeu, no total, 21.573 visitantes, menos 82,7 por cento em relação ao ano anterior, constituindo-se, até agora, o segundo melhor registo desde o início da Semana Dourada, a 1 de Outubro. O dia em que Macau recebeu mais visitantes foi na passada sexta-feira, dia 2 de Outubro, altura em que entraram 22.116 mil visitantes, traduzindo-se numa queda de 86,1 por cento quando comparado com o ano passado. Até agora, o pior registo da Semana Dourada foi o primeiro dia, com 15.503 visitantes, ou seja, menos 88,5 porcento em relação ao ano passado. Ao final de seis dias, o segundo pior registo da semana foi no passado domingo, altura em entraram em Macau 18.747 visitantes. Nos restantes dias, o número de visitantes ficou pouco acima dos 20 mil visitantes.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Quase um milhão de visitantes na semana do Natal [dropcap]E[/dropcap]ntre os dias 20 e 26 de Dezembro, Macau recebeu 984,995 turistas, número que traduz um aumento anual de 10 por cento, de acordo com dados oficiais divulgados pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP). Segundo o relatório, de um universo total de 3,9 milhões de movimentos, que contemplam todas as entradas e saídas na região durante a época do Natal, Macau recebeu 1,9 milhões de pessoas. Destas, a maioria, 1,4 mihões, entrou através do Posto Fronteiriço das Portas do Cerco, sendo que a Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau (HKZM), foi a segunda fronteira mais movimentada, registando 152 mil entradas. Já o Posto Fronteiriço da Flor de Lótus registou 103 mil entradas e o Aeroporto Internacional de Macau, 101 mil entradas. O acesso através do Terminal Marítimo do Porto Exterior registou 78 mil entradas, confirmando a tendência decrescente da sua utilização desde a abertura da ponte HKZM. O dia 25 de Dezembro registou o maior número de entradas, com 323 mil acessos. Recorde-se que no final de Novembro, a responsável pelo turismo de Macau, Maria Helena Senna Fernandes, admitiu que o número de visitantes poderá ascender aos 40 milhões em 2019, apesar da diminuição dos turistas internacionais devido à crise social e política de Hong Kong. No entanto, para atingir este record, Macau terá de receber, até ao fim de Dezembro, perto de 3,7 milhões de visitantes.
admin SociedadeTurismo | Quase um milhão de visitantes na semana do Natal [dropcap]E[/dropcap]ntre os dias 20 e 26 de Dezembro, Macau recebeu 984,995 turistas, número que traduz um aumento anual de 10 por cento, de acordo com dados oficiais divulgados pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP). Segundo o relatório, de um universo total de 3,9 milhões de movimentos, que contemplam todas as entradas e saídas na região durante a época do Natal, Macau recebeu 1,9 milhões de pessoas. Destas, a maioria, 1,4 mihões, entrou através do Posto Fronteiriço das Portas do Cerco, sendo que a Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau (HKZM), foi a segunda fronteira mais movimentada, registando 152 mil entradas. Já o Posto Fronteiriço da Flor de Lótus registou 103 mil entradas e o Aeroporto Internacional de Macau, 101 mil entradas. O acesso através do Terminal Marítimo do Porto Exterior registou 78 mil entradas, confirmando a tendência decrescente da sua utilização desde a abertura da ponte HKZM. O dia 25 de Dezembro registou o maior número de entradas, com 323 mil acessos. Recorde-se que no final de Novembro, a responsável pelo turismo de Macau, Maria Helena Senna Fernandes, admitiu que o número de visitantes poderá ascender aos 40 milhões em 2019, apesar da diminuição dos turistas internacionais devido à crise social e política de Hong Kong. No entanto, para atingir este record, Macau terá de receber, até ao fim de Dezembro, perto de 3,7 milhões de visitantes.
Diana do Mar SociedadeNúmero de visitantes subiu 24,9% para mais de 3,42 milhões em Janeiro [dropcap style≠‘circle’]M[/dropcap]acau foi o destino escolhido em Janeiro por mais de 3,42 milhões de visitantes, número que traduz um crescimento de 24,9 por cento em termos anuais homólogos, indicam dados divulgados ontem pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Já face a Dezembro, ou seja, em termos mensais, houve um decréscimo de 4,1 por cento. Segundo a DSEC, o número de excursionistas (mais de 1,78 milhões) subiu 41,8 por cento, em termos anuais, com destaque para os que entraram por via terrestre, cujo universo deu um ‘pulo’ de 65,8 por cento. Já o número de turistas (mais de 1,64 milhões) aumentou 10,7 por cento, em termos anuais. Sete em cada dez visitantes eram oriundos da China (2,50 milhões), cujo número cresceu 29,9 por cento face a Janeiro do ano passado. Do total, 1,30 milhões viajaram para Macau com visto individual, ou seja, mais 45,2 por cento em termos anuais. O número de visitantes de Hong Kong (533.740) cresceu 21,7 por cento, enquanto o dos da Coreia do Sul (99.463) e de Taiwan aumentou, respectivamente, 1,6 e 3,9 por cento. Em alta esteve também o universo de visitantes dos Estados Unidos (16.509), da Austrália (11.020), do Canadá (6.572) e do Reino Unido (4.298). A maioria dos visitantes chegou por terra (2,52 milhões), sinalizando-se um acrescimento significativo de 60,3 por cento em termos anuais. A grande fatia entrou pela fronteira das Portas do Cerco (1,81 milhões), reflectindo uma subida de um terço face a igual período do ano passado. Já pela Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau vieram 443.908 visitantes, indicou a DSEC. O número dos que vieram de avião (312.938) aumentou 17,9 por cento, enquanto os que chegaram de barco (583.542) diminuiu 35,1 por cento face a Janeiro de 2018.
Hoje Macau China / Ásia MancheteCanadá pede “muita precaução” aos canadianos que viajam para a China [dropcap]O[/dropcap] Governo canadiano pediu na segunda-feira “muita precaução” aos cidadãos que viajam para a China, perante o “risco de aplicação arbitrária da lei”, depois de um canadiano ter sido condenado à morte naquele país. No mesmo dia em que a justiça chinesa anunciou ter condenado à pena capital um homem canadiano, pelo crime de tráfico de droga, Otava reviu a classificação de risco em viajar para o gigante asiático, elevando para o segundo nível, numa escala de quatro. Os cidadãos canadianos devem ter “alto nível de precaução na China, devido ao risco de aplicação arbitrária das leis locais”, lê-se no ‘site’ oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros canadiano. A advertência de Otava surge após a China ter decidido aplicar a pena de morte a um cidadão canadiano, julgado e condenado naquele país por tráfico de droga, uma decisão descrita pelo primeiro-ministro canadiano Justin Trudeau como “arbitrária e muito preocupante”. “É extremamente preocupante para nós, como Governo, como deveria ser para todos os nossos amigos e aliados internacionais, que a China tenha escolhido começar a aplicar arbitrariamente a pena de morte”, disse Trudeau. Inicialmente, Robert Lloyd Schellenberg, de 36 anos, foi condenado a uma pena de prisão de 15 anos, mas, no seguimento de um recurso, a justiça chinesa considerou que a sentença era muito branda. A imprensa chinesa divulgou o caso de Robert Lloyd Schellenberg em Dezembro passado, depois do Canadá ter detido, no início desse mesmo mês, a directora financeira e filha do fundador da empresa chinesa de telecomunicações Huawei, Meng Wanzhou, a pedido dos Estados Unidos. Meng Wanzhou seria posteriormente libertada, sob fiança, por um tribunal canadiano. Desde o início de Dezembro, as autoridades chinesas detiveram pelo menos outros 13 cidadãos canadianos, numa aparente manobra de retaliação pela detenção da “número dois” da Huawei.
Sofia Margarida Mota SociedadeTurismo | Mais de meio milhão de visitantes no Ano Novo O número de visitantes continuou a tendência crescente na altura de Ano Novo. Entre 29 de Dezembro e 1 de Janeiro entraram em Macau mais de meio milhão de turistas e circularam nos postos fronteiriços locais mais de dois milhões de pessoas. Depois das Portas do cerco, a escolha dos visitantes que quiseram entrar e sair do território, recaiu maioritariamente na Ponte HKZM [dropcap]E[/dropcap]ntraram em Macau, entre 29 de Dezembro e 1 de Janeiro, mais de meio milhão de turistas, de acordo com a informação divulgada ontem pelas autoridades. Os números representam um aumento de 16,43 por cento de visitantes em relação ao mesmo período no ano passado. O número total de turistas contabilizado na época de fim de ano foi de 528 369, sendo que a circulação nos postos fronteiriços locais ultrapassou os dois milhões de pessoas. As Portas do Cerco continuaram a ser a fronteira mais utilizada, tendo registado 812 mil entradas e 798 mil saídas no período considerado. Seguiu-se a Ponte HKZM que registou 75 881 passageiros a entrar no território e 79 750 a sair, ultrapassando os números registados no posto fronteiriço do Terminal Marítimo do Porto Exterior que este ano apontou para 73 292 entradas e 76 138 saídas. Recorde-se que no mesmo período, no ano passado, o Terminal Marítimo do Porto Exterior foi a segunda fronteira mais passada por quem queria visitar o território no fim de ano. Tendência crescente O aumento de turistas no período de fim de ano segue a tendência crescente que se tem vindo a registar ao longo de 2018. No período de Natal, entre 22 e 26 de Dezembro, as autoridades registaram a entrada de 607 524 turistas, o que correspondeu a um aumento de 15,23 por cento em relação ao mesmo período de 2017. A 21 de Dezembro, as autoridades indicaram que mais de 32 milhões de pessoas tinham visitado Macau nos primeiros 11 meses do ano, um aumento de 9,1 por cento em relação ao período homólogo do ano anterior. De acordo com a Direção dos Serviços de Estatísticas e Censos (DSEC), o número de turistas (16.751.684) e de excursionistas (15.482.154) cresceu 7,2 por cento e 11,1 por cento, respectivamente, totalizando 32.233.838 visitantes em Macau de Janeiro a Novembro de 2018. Por visitante entende-se qualquer pessoa que tenha viajado para Macau por um período inferior a um ano, um termo que se divide em turista (que passa pelo menos uma noite) e excursionista (que não pernoita). Segundo a DSEC, a maioria dos visitantes é proveniente do interior da China (22.811.627), tendo-se registado uma subida de 13,3 por cento em comparação com igual período do ano passado.
João Santos Filipe SociedadeMordomo Singou vai dar informações a turistas em centro de informação [dropcap]A[/dropcap] partir do próximo ano o Governo vai colocar 12 robots com o nome provisório Mordomo Singou 1 (Singou Butler 1, em inglês) nos centros de informação de turismo com o objectivo de responder às dúvidas dos visitantes colocadas de forma oral sobre itinerários e actividades. O equipamento ainda está numa fase de testes e mesmo quando for instalado apenas vai comunicar em mandarim e cantonense. A novidade foi avançada ontem pela Direcção Serviços de Turismo (DST) numa conferência que serviu para apresentar os resultados de implementação da política Cidade Inteligente, no âmbito da cooperação com a Alibaba. Apesar disso, o Mordomo Singou 1 é uma iniciativa da empresa local Singou Technology (Macau). Inicialmente, o robot foi desenvolvido para fazer companhia a idosos que vivem sozinhos, para o efeito está equipado com tecnologia que lhe permite conversar com as pessoas e lembrar-lhes da altura de tomarem medicamentos. Agora vai ser aplicado ao turismo local. “A parceria prevê a colocação de 12 unidades em centro de informação. Vai ser um parceria gratuita nesta fase porque a empresa local também quer ter a oportunidade de experimentar o robot em ambientes mais movimentados. Até aqui foi utilizado em ambientes domiciliários”, disse Maria Helena de Senna Fernandes, director da DST. “Na primeira fase, vão falar cantonense, mandarim e inglês. Depois poderão ser utilizadas outras línguas, dependendo do sucesso do projecto”, clarificou. 19 milhões No âmbito das iniciativas com a Alibaba foram desenvolvidos três projectos com o objectivo de permitir troca de dados de turismo entre visitantes e a indústria, uma aplicação para identificar os padrões de consumo dos turistas e ainda um aplicação para gerir o fluxo dos visitantes. Além destas novidades, vai ser lançada uma aplicação para o planeamento dos itinerários para os turistas, em que lhes é indicado em tempo real se os locais de visita, como museus ou outros, ainda estão abertos. Outra novidade passa pelo lançamento de um novo portal do turismo com diferentes tipos de informação. Só na vertente do turismo, o protocolo com o Alibaba custou aos cofres da DST cerca de 19 milhões de patacas.
Hoje Macau DesportoGP de Macau quer atrair turistas e fidelizar comunidade nos 65 anos da prova [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]organização do Grande Prémio de Macau anunciou ontem que pretende atrair turistas e fidelizar a comunidade do território através de um conjunto de actividades no âmbito dos 65 anos da prova. Para além da “Corrida Fun Run do Circuito da Guia” haverá ainda uma actividade para recolha de fotografias e vídeos sobre o Grande Prémio de Macau, com o objectivo de promover “a participação de residentes e turistas com diferentes faixas etárias”, disse a vice-presidente presidente do Instituto do Desporto do Governo de Macau, Lam Lin Kio, durante uma conferência de imprensa sobre a próxima edição do evento de desporto motorizado, a disputar em Novembro. A decisão explica-se pelo facto de o evento se ter tornado, segundo a organização, “numa corrida urbana de prestígio no automobilismo internacional e mundial, bem como numa importante marca desportiva e turística do território”. A corrida de atletismo, no dia 11 de Novembro, terá a extensão de 6,2 quilómetros e os participantes têm até um hora e quinze minutos para terminar o emblemático circuito de rua com 19 curvas, criado em 1954, onde “os participantes podem sentir a velocidade e competição pelos seus pés”, acrescentou Lam Lin Kio. Quanto aos nomes dos competidores e questões de segurança relativas ao 65.º Grande Prémio de Macau, a secretária-geral da Comissão Organizadora do Grande Prémio, Lei Si Leng, explicou, na mesma ocasião, que só em Outubro é que se ficará a saber mais pormenores. “Vamos fazer os possíveis para introduzir elementos de segurança que tornem o circuito o mais seguro possível durante as provas”, declarou o presidente daquela entidade, Pun Weng Kun, à margem de uma conferência de imprensa, em Julho. A morte do piloto britânico Daniel Hegarty, de 31 anos, na sequência de um acidente durante a prova de motos, marcou a edição do ano passado do Grande Prémio, que não registava fatalidades desde 2012.
Hoje Macau China / ÁsiaTurismo | Chineses contribuem para um quinto das receitas globais [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]s turistas chineses gastaram 221 mil milhões de euros no exterior, em 2017, o equivalente a um quinto dos gastos mundiais em serviços de turismo, segundo um relatório da Organização Mundial do Turismo divulgado ontem. Os chineses gastaram mais em sectores de nicho, incluindo degustação de whisky, actividades ao ar livre ou a ver a Aurora Boreal, destaca o documento. O mesmo relatório revela que o total mundial facturado pela indústria do turismo ascendeu a cerca de 1,1 biliões de euros, no ano passado. No total, 129 milhões de chineses viajaram para o estrangeiro em 2017, mais 5,7 por cento do que no ano anterior. A China é o país mais populoso do mundo, com cerca de 1.400 milhões de habitantes. A maioria dos turistas chineses fica por Hong Kong e Macau, mas o Sudeste Asiático, Estados Unidos, Europa e Austrália atraem cada vez mais a nova classe média chinesa, numa vaga que beneficia também Portugal. No ano passado, o número de chineses que visitaram Portugal cresceu 40,7 por cento, para 256.735, segundo dados do Instituto Nacional de Estatísticas português.
Hoje Macau SociedadeTufão “Hato”: Recebidos pedidos de ajuda de turistas [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Gabinete de Gestão de Crises do Turismo (GGCT) recebeu, até ao meio dia de hoje, vários pedidos de assistência por parte de turistas, pelos mais diversos motivos. Segundo um comunicado, a entidade, ligada à Direcção dos Serviços de Turismo, “recebeu dois pedidos de assistência de residentes de Macau que se encontravam em Banguecoque, devido ao cancelamento dos seus voos de regresso”, sendo que este episódio afectou cerca de 40 residentes. O GGCT tem vindo a contactar com a Air Macau para que a companhia aérea “organize voos, de modo a que um maior número de pessoas possa regressar assim que possível”. Foi ainda feito um pedido por parte de turistas “que se encontravam sem meios de abandonar o seu alojamento junto à praia de Hac Sa”, em Coloane”, “devido à suspensão dos serviços de transportes públicos”. Segundo o GGCT, “os turistas encontravam-se seguros”, tendo o organismo dado assistência para que chamassem um táxi. Foram ainda feitos dois pedidos adicionais de informação, um deles sobre os voos disponíveis para Macau. O outro pedido esteve relacionado com um grupo de turistas que se viu impossibilitado de deixar uma loja devido a uma inundação.
Leocardo Manchete VozesOriente incidente [dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]ma notícia que me me deu que pensar. No último fim-de-semana dois turistas chineses foram detidos em Berlim, depois de terem sido surpreendidos a fazer a saudação nazi em frente ao Reichstag, o parlamento alemão. Repito, foi neste último fim-de-semana, e não em 1940, quando este acto não só era permitido, como também altamente recomendável (há quem defenda este gesto dizendo que se trata “apenas de uma saudação romana”, mas convém recordar que já não há desses “romanos” para saudar há 1500 anos). Hoje é crime, mas os dois turistas safaram-se com uma multa de 500 euros cada, o que acabou por tornar a brincadeira tão parva, quanto dispendiosa. E não foi um acto irreflectido da parte de jovens inconscientes, como quando há um par de anos um adolescente chinês achou por bem gravar o seu nome nas pedras de um monumento do Cairo. Neste caso foram dois homens de 36 e 49 anos. Seriam nazis chineses? Eu diria antes que eram curiosos. E ignorantes, claro. Aqui a China tem uma atitude exemplar: recomenda aos seus cidadãos que cumpram as leis dos países para onde viajam. Melhor do que isto é impossível. A este propósito lembrei-me ainda de um episódio que ocorreu em Macau durante a última tourada à portuguesa (1996?), realizada numa arena improvisada no antigo Campo dos Operários, em frente ao velho Hotel Lisboa. No fim havia um “touro para os curiosos”, com o aliciante de existir um “lai-si” de três mil patacas preso ao lombo do animal. Alguma barafunda depois e com o “lai-si” já arrebatado, há uma jovem residente que decide ficar mesmo no meio da arena, a sós com o touro. Com os aficionados de boca aberta, a pobre moça acaba por ser colhida, e só a intervenção atempada do grupo de forcados ali presente evitou uma tragédia. A jovem em questão era na altura estudante de design, e passado uns meses foi matéria de uma reportagem na TDM a propósito de um trabalho da sua autoria, onde foi também questionada sobre a sua…”veia taurina”, por assim dizer. Explicou então que teve aquele comportamento porque era algo “que nunca tinha exprimentado”. Bem, isto tem muito que se lhe diga, mas ilustra na perfeição o que pode ser a “curiosidade” de que falei um pouco mais acima. Naquele dia, e para aqueles dois turistas chineses, a saudação nazi em frente ao Reichstag era o touro do Campo dos Operários para a moça da outra história. Existe, sem dúvida, uma animosidade crescente em algumas cidades da Europa em relação aos turistas em geral (tenho lido sobre imensas queixas em Lisboa), mas no caso dos chineses em particular, a coisa muda de figura. Os chineses não são conhecidos por beber e armar confusão, como os ingleses, ou “entrarem ali a pensar que mandam em tudo”, como os espanhóis, nada disso. O que existe é um choque de culturas, uma incompatibilidade em relação a certos gestos e comportamentos que só dá mesmo para entender quando se vive dos dois lados – e nisso somos uns privilegiados, estando aqui em Macau. Quando vamos a Portugal não olhamos com os mesmos olhos que os portugueses de lá para um chinês que tenta empurrar para passar à frente na bicha, ou que tira os sapatos em qualquer sítio onde entra, ou até quando produz um sonoro arroto. Para nós é normal, e para os portugueses do rectângulo é tão estranho como são para os chineses alguns dos nossos comportamentos aqui, neste lugar da China. Não é preciso ser um génio para se chegar a uma conclusão quanto a este tema. Não somos obrigados a ser algo que não somos, ou aceitar algo que nos provoca asco a repulsa. A receita aqui é a tolerância, que é a regra de ouro do convívio entre os povos, do mundo que queremos ideal, para todos e ao alcance de todos. Isto na prática é muito mais complicado, de facto.
Leonor Sá Machado SociedadeTurismo | Directora da DST desvaloriza quebra do número de visitantes [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]subdirectora dos Serviços de Turismo (DST), Cecilia Tse, afirmou ontem que o sector do turismo não está a sofrer com a queda no número de visitantes. Cecilia Tse rejeita a possibilidade da indústria estar em crise, assegurando que não vai ser necessário rever o orçamento do organismo. “Os nossos projectos de divulgação e promoção nesta segunda metade do ano estão dentro do orçamento apresentado para este ano, não precisamos aumentá-lo. Apenas fazemos uma gestão flexível do dinheiro e até atrasámos ou cancelámos actividades promocionais e reduzimos despesas que consideramos não serem urgentes”, disse a subdirectora, em declarações à Rádio Macau. “Por isso, não precisamos aumentar qualquer orçamento para reforçar a realização das actividades de divulgação”, explicou. A responsável adiantou que a cidade continua a ser um ponto preferido de visita para os turistas e, argumentou, “vários hotéis e projectos de grande dimensão, que vão ser concluídos progressivamente entre a segunda metade deste ano e 2016” determinam isso mesmo. “O período médio de permanência dos hóspedes nos estabelecimentos hoteleiros indica que Macau continua a ser atractiva enquanto cidade de turismo”, acrescentou Cecilia Tse. A número dois da DST aproveitou para referir a presença de Macau no top 10 dos destinos recomendados de uma revista da área. As declarações da responsável surgem depois de Alexis Tam, Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura se ter mostrado igualmente confiante nos números, prevendo mesmo que a percentagem de turistas vão aumentar durante a segunda metade de 2015. Capacidade para mais de 500 mil turistas por dia O Gabinete do porta-voz do Executivo assegurou ontem que a cidade tem capacidade para receber o actual número de visitantes que chegam diariamente. De acordo com comunicado, o Gabinete garante a eficiência dos serviços de passagem nas fronteiros, da gestão do tráfego automóvel e de questões de segurança. O mesmo documento aponta para uma média diária de 430 mil entradas de turistas na RAEM, com os valores de Janeiro a Agosto a apontarem para 540 mil indivíduos num só dia. Em jeito de tranquilizar a população, o Gabinete informa que pode fazer uso de informações do departamento de tráfego para ajustar roteiros de viagem, de forma a evitar a sobrelotação de certas zonas, o que por sua vez garante um dia-a-dia normalizado para os cidadãos.
Filipa Araújo SociedadeTurismo | Apesar de queda, Governo acredita manter números Apesar do número de visitantes de Macau ter caído, a permanência aumentou. Em reacção, o Governo garante que continuará a apostar no modelo de turismo, não para aumentar, mas sim para melhorar, sempre, diz, atendo à capacidade da terra no acolhimento de turistas [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]s números já não são novos: o bolo total de visitantes de Macau diminuiu 3,5% este ano, ao contrário da média do tempo de permanência dos turistas, que registou uma subida nos primeiros sete meses do ano, fixando-se nos 2,2 dias, ultrapassando pela primeira vez os dois dias. Face à ligeira queda, em comunicado à imprensa, o Governo explica que “tomou a iniciativa de proceder a um ajustamento das actividades turísticas, esperando que através das diferentes actividades se possa melhorar e optimizar as promoções para a diversificação dos mercados de origem e atrair turismo de qualidade e, assim, se conseguir o prolongamento de tempo de permanência no território”. O Executivo explica que continuará a avaliar a capacidade de acolhimento de turistas por parte do território e a perceber o ambiente turístico e as infra-estruturas, a fim de elevar a qualidade dos serviços prestados. No mesmo documento é explicado que o objectivo, traçado nas Linhas de Acção Governativa (LAG), de tornar Macau num Centro Mundial de Turismo e Lazer continua a ser a linha guia do Executivo. O Governo irá, pode ler-se no documento, promover o desenvolvimento estável e sustentável do sector do turismo, “não havendo intenções de procurar aumentar a quantidade, mas sim melhorar o modelo de turismo, por forma a elevar a qualidade e aumentar os mercados de origem”. Alexis tranquilo Sobre a queda do número de visitantes, num comunicado à imprensa, Alexis Tam, Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, não se mostrou preocupado. Antes pelo contrário, assumiu a sua confiança perante o futuro. “Mesmo com uma queda de 3,5% dos visitantes, durante os primeiros sete meses deste ano, comparado com o ano passado, o número de visitantes irá [voltar a subir] com a realização de vários eventos de grande envergadura durante o segundo semestre. Estou confiante que o número irá manter o nível alcançado no ano passado”, afirmou. O Secretário explica ainda que o Governo sempre se pautou pela definição das políticas e disposições para promover o desenvolvimento “saudável e sustentável do turismo local”, dando, por isso, também atenção à capacidade de acolhimento dos visitantes, principalmente nas épocas festivas, como por exemplo no Concurso Internacional de Fogo-de-artíficio, Festival Internacional de Música, Festival de Gastronomia de Macau, Grande Prémio, Maratona Internacional de Macau e Parada “Macau, Cidade Latina”, entre outros. Alexis Tam indicou ainda que já recebeu apoio da Administração Nacional do Turismo e do Ministério de Segurança Pública “quanto à viabilidade de um controlo adequado no número de visitantes do continente”, sobretudo, nestas épocas festivas. Lá de longe O objectivo de atrair turistas internacionais continua a marcar presença no topo da lista dos afazeres do Governo. No comunicado, o Executivo garante que irá continuar a esforçar-se para cooperar com o sector do turismo, para que sejam criados pacotes promocionais, conforme o momento festivo, “aumentando assim o leque de mercados de origem de turistas”. O Secretário caracterizou as acções da Direcção dos Serviços de Turismo (DST) de “muito positivas”, atingindo bons resultados, principalmente, indica, na Coreia do Sul e Indonésia. No futuro, diz, irá “reforçar a promoção junto dos mercados da Europa, Estados Unidos e Canadá”. Sentir cada vez menos Quando questionado, pelo canal chinês da Rádio Macau, sobre o resultado pouco eficaz do programa de roteiros turísticos “Sentir Macau passo a passo”, Alexis Tam admitiu a falta de promoção, garantindo que já conversou com a DST apelando à melhoria do programa. Wu Wai Fong, presidente da Associação de Guias Turísticos de Macau, afirmou, ao mesmo meio de comunicação, que até ao momento o número de excursões do interior da China diminuiu 10 a 20%, comparado com o período homólogo. Considera que o Governo deve mudar o modelo de visita de turistas no território, implementando políticas mais diversificadas. Como exemplo, Wu Wai Fong indicou a cooperação com companhias aéreas para criar planos de “uma viagem, vários destinos” para explorar clientes de diversas regiões. Para Loi Hoi Ngan, professor do Centro de Estudos Políticos, Económicos e Sociais, a explicação da disposição estratégica do desenvolvimento do turismo pelo Governo poderá aumentar a confiança do sector turístico.
Flora Fong SociedadeTurismo | Sugeridas medidas para atrair classes média e alta A líder do grupo Energia Cívica, Agnes Lam, acha que o Governo não se pode esquecer do problema da capacidade turística que Macau tem, mas sugere o incentivo ao turismo das classes média e alta oriundas do continente e de Hong Kong [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]presidente do colectivo Energia Cívica, Agnes Lam, pede que o incentivo à vinda das excursões seja substituído, começando por se traçar um plano de incentivo ao turismo das classes média e alta do continente e de Hong Kong. A também professora pede ao Governo para gerir a situação do decréscimo no número de entradas no território, não a considerando, contudo, preocupante. Segundo dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), o número de turistas, de Janeiro a Julho passados, diminuiu 3,8% comparado com o período homólogo do ano de 2014. O Chefe do Executivo, Chui Sai On, e a directora da Direcção dos Serviços de Turismo (DST), Helena de Senna Fernandes, já vieram na semana passada anunciar a implementação de medidas activas para recuperar deste número reduzido de turistas. Tal terá em conta planos de promoção de agências de viagem, hotéis e companhias aéreas. No entanto, segundo o Jornal do Cidadão, Agnes Lam, também professora de Comunicação da Universidade de Macau (UM), discorda desta necessidade de recuperar números. “A recessão económica não foi causada pela diminuição de visitantes, mas sim pelas medidas de combate à corrupção do interior da China e a sua influência nos negócios das salas VIP”, começou Lam por dizer. “O que aconteceu é que as receitas de Jogo ficaram abaixo da linha inicialmente prevista, altura em que o Governo começou a entrar em pânico e se esqueceu de que a implementação de certas medidas pode culminar em conflitos de políticas”, defendeu. Que limites? A académica acrescentou que, nos últimos anos, o número de visitantes tem vindo a aumentar exponencialmente e as ruas estão sempre cheias, pelo que urge o Governo a repensar a questão da capacidade turística da cidade. “Na verdade, a redução de turistas não foi significativa, apenas de 3,8%, e segundo o sector turístico, a diminuição mais visível teve lugar na área das excursões, incluindo as de Hong Kong”, explicou Agnes Lam. A líder do grupo acrescentou ainda que estes colectivos apenas vêm ao território para comprar “lembranças e bolachas” e “nem sequer passar a noite”, pelo que acredita não ser o tipo de turista a atrair em primeiro lugar. “Estes turistas não ajudam à mudança ou à diversificação do sector de turismo”, colmatou. Agnes Lam defendeu ainda que seria frutífero investir na atracção de turistas das classes médias e altas do interior da China e de Hong Kong, como forma de desenvolver o turismo de alta qualidade, tal como o Governo havia anunciado recentemente. Turismo | DST quer receber mais visitantes de Taiwan A Direcção dos Serviços de Turismo (DST) quer ter em Macau mais turistas oriundos de Taiwan. A ideia foi transmitida durante uma visita de um grupo de trabalho de Taiwan à RAEM e a Zhuhai, que teve como objectivo promover a realização de viagens em pacote multidestinos, abarcando as duas regiões vizinhas. “O objectivo da visita é impulsionar o turismo regional e atrair mais visitantes de Taiwan a fazerem roteiros multidestinos, beneficiando a construção de um Centro Mundial de Turismo e Lazer”, escreve a DST em comunicado. O grupo, acolhido na região entre os dias 4 e 7 deste mês, compreendia 40 responsáveis de agências de viagens e meios de comunicação de Taiwan. Além de visitar uma série de instalações da região, o colectivo teve ainda oportunidade para visitar o Centro Histórico, a vila velha da Taipa, uma exposição de arte e assistir ao concurso de fogo de artifício. Esta viagem surgiu na sequência da assinatura do Acordo entre o interior da China e Macau sobre a Criação de uma Comissão Conjunta de Trabalhos para Impulsionar a Construção de Macau num Centro Mundial de Turismo e Lazer, que permitiu a criação de uma Comissão de Trabalho especializada em lidar com estes assuntos.