João Santos Filipe Manchete SociedadeDSMG | Macau deve ser afectado por quatro a sete tufões este ano Segundo as estimativas dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos espera-se que “alguns” tufões cheguem ao nível de “tufão severo”, o segundo mais elevado da escala. Quanto às chuva, estimam-se níveis normais, mas podem ocorrer fenómenos extremos Deverão passar por Macau entre quatro a sete tufões ao longo deste ano, de acordo com a previsão da Direcção dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (DSMG), divulgada na sexta-feira. As estimativas apontam para que a época de tufões comece na segunda quinzena de Junho. “Com base nas previsões da Direcção dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos, a época de tufões do corrente ano terá início na segunda quinzena de Junho ou depois desta, sendo ambas mais tardias do que o estado médio do clima”, foi revelado em comunicado. “Macau poderá ser afectado por cerca de 4 a 7 tempestades tropicais, sendo um número normal, e alguma delas podem atingir o nível de tufão severo ou superior”, foi acrescentado. O nível de “tufão severo” é o segundo mais elevado da escala, sendo que acima deste apenas existe a classificação de “super tufão”. Face ao aquecimento global, a DSMG espera que a temperatura ao longo do Verão seja “relativamente alta”, o que foi considerado “normal”, assim com os níveis de precipitação, que devem ficar dentro da expectativa da época. “Ao mesmo tempo, sob a grande tendência do aquecimento global, prevê-se que a temperatura média da época das chuvas (Abril a Setembro) deste ano seja de normal a relativamente alta. A precipitação acumulada será normal, ainda assim podem ocorrer processo de precipitação extremamente forte”, foi indicado. Impacto do aquecimento Apesar das previsões se enquadrarem nos padrões considerados normais, a nível das chuvas e temperaturas, os DSMG não deixam de reconhecer que o aquecimento global se está a fazer sentir. A afirmação é sustentada com base no número de vezes, nos anos mais recentes, em que foi içado o sinal número 10 em Macau, o mais elevado da escala de alerta para tempestades tropicais. “Nos últimos anos, o impacto das alterações climáticas em Macau tornou-se mais significativo. Se fizermos uma retrospectiva, em 2023, o número de tempestades tropicais formadas no Pacífico Noroeste foi apenas de 17, sendo um número relativamente menor que os valores médios (média climática é de 25,1), no entanto, houve 5 tempestades tropicais que afectaram Macau, sendo um número normal”, foi explicado. “No entanto, foi necessário emitir o sinal n.º 8 ou o sinal n.º superior, por 3 vezes, sendo este número muito superior ao valor médio climático de 1,4 vezes. O super tufão Saola foi a quarta tempestade tropical a obrigar à emissão do sinal 10 nos últimos sete anos”, foi argumentado. Face ao cenário traçado, as autoridades pedem à população que se prepare o mais depressa possível: “Tendo em conta que Macau vai entrar em breve na época de chuvas e tufões, a Direcção dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos apela à população que tome medidas de prevenção contra tempestades tropicais e inundações o mais rápido possível.”
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeMangais | Equipa da USJ estuda impacto na redução dos efeitos de tufões Uma equipa da Universidade de São José encontra-se a estudar o papel que os mangais podem ter na diminuição do impacto de ondas fortes em caso de tufões e na erosão de zonas costeiras. As autoras do estudo defendem a importância de uma maior reflorestação com mangais em Macau O Instituto da Ciência e Ambiente da Universidade de São José (USJ) está a investigar o papel dos mangais na contenção dos efeitos de fortes ondas em caso de tufões no território e numa menor erosão das zonas costeiras. Este não é o primeiro estudo sobre a matéria, mas é a primeira vez que é desenvolvido em Macau, graças ao trabalho de uma equipa composta por Karen Tagulao e Cristina Calheiros, entre outros investigadores. Ao HM, Karen Tagulao referiu que a investigação sobre o papel positivo dos mangais em caso de tempestade está ainda na sua fase inicial. “Os mangais não ajudam apenas a limpar a água mas também acumulam dióxido de carbono. São muito importantes na mitigação [dos impactos] das alterações climáticas. No ano passado o projecto continuou a desenvolver-se e agora o nosso foco é [analisar] como é que os mangais podem reduzir o impacto das ondas em caso de tempestade, por exemplo durante os tufões.” Isto porque, segundo Karen Tagulao, as alterações climáticas levam ao aumento não só do número de tempestades como da sua força. “No caso dos tufões queremos perceber como é que os mangais podem ajudar a reduzir o impacto de fortes ondas em cidades como Macau”, frisou. Cristina Calheiros, professora adjunta na USJ, adiantou que esta perspectiva ligada aos tufões não é o foco principal deste estudo, mas que a investigação “ajuda a perceber a dinâmica dos mangais”. “Está inerente ao valor dos mangais a protecção da erosão costeira, que agora com as alterações climáticas se está a intensificar. Com esta intensificação, precisamos de soluções que nos ajudem a evitar que haja mais erosão. A nível económico é mais interessante ter mais mangais do que fazer paredões, porque são organismos vivos e adaptam-se às necessidades. Não reduzem os tufões, mas sim os efeitos destrutivos que eles têm sobre a costa.” Águas mais limpas A académica Cristina Calheiros explicou também que este estudo está a ser desenvolvido no âmbito do projecto intitulado “Nature-based solutions for a cleaner and safer Macao”, que tem vindo a ser desenvolvido desde 2020. Além de avaliar o impacto na ocorrência de tufões, este estudo “tem como principal objectivo avaliar a capacidade dos manguezais para remediar a poluição por azoto e fósforo nas águas costeiras de Macau. Os resultados das investigações de campo trarão novos dados sobre a poluição por nutrientes em várias áreas, com e sem mangal, nas águas costeiras de Macau”. A investigação tem sempre um ponto comparativo entre zonas com mangais e sem eles. Cristina Calheiros explica que “os resultados, até agora, são bastante promissores”, e que os dados preliminares revelam que “a concentração de nutrientes na água é menor em áreas com mangais em comparação com áreas sem manguezais”. Desta forma, a académica faz um apelo para a preservação do mangal existente, no Cotai, mas também para a necessidade de se “plantar mais mangais ao longo da costa de Macau”. Karen Tagulao não tem dúvidas de que existe vontade por parte do Governo de apostar nesta preservação. “Pela minha observação a área tem-se mantido estável. Nos últimos dez anos não foi feita nenhuma construção na zona. A eco-zona no Cotai tem vindo a expandir-se, comparando com 10 ou 20 anos atrás, então é um bom sinal. A melhor forma de manter um ecossistema é deixá-lo existir e não fazer nada. E até agora nada foi feito de significativo”, concluiu.
Hoje Macau Manchete Sociedade“Kompasu” | Sinal 8 de tempestade tropical içado às 22h30 Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) vão içar o sinal 8 de tempestade tropical às 22h30, uma vez que o ciclone tropical “Kompasu” vai cruzar o ponto mais próximo da região, a cerca de 400 quilómetros de Macau, entre esta madrugada e o início da manhã desta quarta-feira. Esta noite o tempo deverá ser “instável com aguaceiros fortes frequentes acompanhados de trovoadas”, apontam os SMG. Entre as 21h e as 5h devem ocorrer inundações nas zonas baixas da cidade, com o nível de altura da água a não ir além dos 0,5 metros.
Hoje Macau Sociedade“Kompasu” | Sinal 8 emitido entre as 20h e as 23h de hoje Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) prevêem içar o sinal 8 de tempestade tropical entre as 20h e as 23h de hoje. Segundo uma nota divulgada esta tarde, o ciclone tropical deverá continuar a intensificar-se, atravessando a parte setentrional do Mar do Sul da China. Durante a madrugada de hoje e o início da manhã desta quarta-feira “o sistema vai cruzar o ponto mais próximo da região, a cerca de 400 quilómetros a sul de Macau”, deslocando-se depois “genericamente” para a Ilha de Hainan. Esta noite o tempo deverá ser instável, com aguaceiros fortes e frequentes, acompanhados de trovoadas. O vento deverá intensificar-se gradualmente. Entre as 21h e as 3h de amanhã deverão ocorrer inundações nas zonas baixas do Porto Interior, com uma altura do nível de água inferior a 0,5 metros. Tendo em conta a ocorrência destas inundações, a Direcção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico (DSEDT) e o Centro de Produtividade e Transferência de Tecnologia de Macau (CPTTM) deslocaram-se hoje às zonas baixas da cidade para lembrar os comerciantes de que devem adoptar medidas preventivas.
Hoje Macau Manchete Sociedade“Kompasu” | Içado sinal 1 de tempestade tropical Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) içaram hoje o sinal 1 de tempestade tropical devido à passagem pelo território do ciclone tropical “Kompasu”. Segundo um comunicado, na manhã desta terça-feira os SMG “vão considerar” içar o sinal 3. Em relação ao sinal 8, poderá ser içado entre a noite desta terça-feira e o início da manhã de quarta-feira, sendo essa possibilidade “relativamente alta”. Às 23h o “Kompasu” estava a cerca de 870 quilómetros a lés-sueste de Macau, com direcção à Ilha de Hainan. Nas pontes, o vento pode atingir, ocasionalmente, o nível forte com rajadas. O vento deverá intensificar-se nas próximas horas, sobretudo a partir da noite de terça-feira. Nesse período o tempo “vai ser instável, havendo aguaceiros ocasionais e trovoadas”.
Hoje Macau SociedadeEmitido sinal 1 de tempestade tropical A Direcção dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (DSMG) de Macau emitiu ontem o sinal 1 de tempestade tropical, devido ao ciclone Conson. Segundo a informação mais recente das autoridades, a tempestade encontrava-se a cerca de 600 quilómetros a sul/sueste do território, a mover-se a 12 quilómetros por hora. O ciclone tropical severo Conson deverá “mover-se para oeste e atravessar o Mar do Sul da China nos próximos dias”, prevendo-se que no fim de semana se aproxime da zona adjacente da ilha de Hainan, província chinesa a sudoeste de Macau, segundo comunicado da DSMG. O organismo informou ainda que o sinal 1 deverá continuar em vigor “durante a noite”, sendo “relativamente baixa” a probabilidade de ser emitido o sinal 3. Apesar de a possibilidade de inundações ser “baixa”, os Serviços Meteorológicos avisaram que as altas temperaturas “podem desencadear aguaceiros e trovoadas ocasionais”. Funcionários da Direção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico (DSEDT) e do Centro de Produtividade e Transferência de Tecnologia (CPTTM) visitaram ontem à tarde comerciantes nas zonas baixas do território, alertando para a importância de adotar “medidas de prevenção” contra tufões e inundações e apelando para que estejam atentos às informações divulgadas pelas autoridades, de acordo com um comunicado divulgado no portal do Governo de Macau. Para este ano, os Serviços Meteorológicos tinham previsto a ocorrência de cinco a oito tempestades tropicais até finais de setembro.
Hoje Macau Manchete PolíticaCAEAL disposta a adiar eleições em caso de tufão de sinal 8 A Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa (CAEAL) admite adiar as eleições, caso seja içado o sinal número oito de tufão. O cenário está em cima da mesa, uma vez que se formou uma tempestade tropical com o nome Conson, a leste das Filipinas. Segundo as informações dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG), “ainda existem incertezas na previsão de intensidade e trajectória”, mas não é afastada a possibilidade de afectar o território. Perante a situação, Tong Hio Fong, presidente da CAEAL, explicou que se for necessário o acto pode ser adiado deste domingo, 12 de Setembro, para o seguinte, ou seja 19 de Setembro. “Se houver sinal oito e não pudermos fazer a eleição […] de acordo com a legislação, o dia da votação pode ser adiado para o fim-de-semana seguinte”, indicou Tong. A CAEAL garantiu ainda que se vai manter “em comunicação” com os SMG. Se as eleições forem adiadas, o período de campanha poderá ser prolongado até sexta-feira dia 17 deste mês. “De acordo com o previsto na lei, se houver adiamento, e como a lei prevê que a campanha pode ser feita até dois dias antes do dia da eleição, vai ser estendido o período de campanha”, explicou Tong. Simulação de voto Ontem, os membros da CAEAL estiveram no Pavilhão Polidesportivo Tap Seac a visitar a local de voto de simulação, que permite à população vivenciar, e preparar-se, para o voto de domingo. O “teste” permitiu aos membros da CAEAL recolherem algumas indicações, como a necessidade de manter marcas amarelas no chão, para que o distanciamento social seja respeitado nas filas de espera para votar. O evento da CAEAL decorreu ao mesmo tempo que uma visita do Colégio Perpétuo Socorro Chan Sui Ki, com os alunos a assistirem a uma apresentação sobre o acto eleitoral, através de vídeo, e a terem a oportunidade de utilizarem as urnas de voto de simulação. Até sexta-feira, o espaço está aberto para que mais alunos possam aprender como decorrem as eleições. As visitas estão disponíveis para todos os cidadãos.
Paul Chan Wai Chi Um Grito no Deserto VozesTufão de Setembro A Direcção dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos de Macau declarou que este ano a época dos tufões se vai estender até finais de Outubro, durante a qual tempestades tropicais de grau 3 a 8 vão atingir a cidade. No entanto, em Setembro, vai ocorrer de certeza um tufão político. O Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional da RPC vai discutir esta semana a forma de aperfeiçoar o sistema eleitoral da RAEHK. Através da análise das várias fontes de informação, conjectura-se que as eleições para o Conselho Legislativo de Hong Kong, inicialmente agendadas para 5 de Setembro, voltem a ser adiadas, para dar mais tempo à constituição do Comité Eleitoral, e também para impedir que coincidam com as eleições para a Assembleia Legislativa de Macau. A simultaneidade das duas eleições poderia criar um ambiente favorável ao campo não governamental de Macau. Os aspirantes a candidatos à eleição para a Assembleia Legislativa de Macau estão actualmente a recolher assinaturas para submeterem as suas pretensões junto da comissão de candidatura. Este processo está a ser mais tenso do que nas eleições anteriores. Algumas instituições de serviço social estão inclusivamente a usar os recursos públicos para obterem assinaturas que os apoiem a formar uma comissão de candidatura, e já receberam um aviso do Instituto de Acção Social. Faltam poucos meses para as eleições de Setembro. O Governo da RAEM anunciou recentemente o lançamento do “Programa de Benefícios do Consumo por Meios Electrónicos”, e recebeu muitas críticas, mesmo algumas do campo pró-governamental. Na verdade, Macau já há muito tempo que implementou o princípio “Macau governado por patriotas”. Todas as posições importantes e todos os altos cargos nas organizações de consultoria, são ocupados por patriotas. Neste contexto, tudo deveria correr sobre rodas, então qual é o problema? Tian Feilong, um académico da China continental, escreveu um artigo, publicado no jornal Ming Pao de Hong Kong, onde afirmava o seguinte “O campo pró-governamental, Hong Kong governado por patriotas não só irá criar mais assentos (no Conselho Legislativo) e mais empregos, como também vai elevar o nível de exigência da competência das pessoas (que vão ocupar os assentos do Parlamento e os cargos profissionais) de forma a servir Hong Kong e o país. E em particular, as posições de liderança, devem ser ocupadas por “patriotas acérrimos”, o que é o último dos requisitos. O Governo Central quer promover os patriotas com capacidades e valor, e não os subservientes e os idiotas leais.” O Chefe do Executivo de Macau, Ho Iat-Seng, falou sobre a controvérsia provocada pelo “Programa de Benefícios do Consumo por Meios Electrónicos” num evento público na passada terça-feira, 23 de Março. Pediu desculpas à população e prometeu aperfeiçoar o Programa, lançando um outro, tendo em consideração a sociedade e o consenso. Estas declarações demonstram que se assume como o responsável do plano, no entanto foi ele próprio que causou o problema. Antes de se anunciar o lançamento do “Programa de Benefícios do Consumo por Meios Electrónicos”, deveria ter havido um estudo em profundidade e uma consulta abrangente aos diversos departamentos sob a alçada do Secretário para a Economia e Finanças e aos assessores do Secretário para a Economia e Finanças. E como o Programa implica que se gastem vários milhares de milhões do erário público, deveria ter sido discutido pelo Chefe do Executivo e pelo Conselho Executivo, cujos membros são pessoas de relevo do campo pró-governamental. Infelizmente, este Programa, que foi originalmente concebido para ajudar o sector comercial, não foi aceite pela maior parte dos consumidores. Transformou-se na depressão tropical que vai provocar o tufão em Setembro. No seio da controvérsia sobre o Programa, congratulei-me por o sector comercial não se ter posto ao lado dos que atacam a implementação destas medidas com objectivos meramente eleitorais, mas que pelo contrário se tenha tornado “apoiante firme” do Governo da RAEM. Também gostei que o Chefe do Executivo tenha tomado a iniciativa de assumir a responsabilidade pela elaboração do Programa. No fim de contas, um chefe de equipa, como é o caso do Chefe do Executivo, não pode ignorar os erros dos membros da sua equipa. Para lidar com os problemas, para além de ter um plano, é preciso possuir suficientes capacidades, e não depender apenas da proclamação pública de “patriotismo”. Estes episódios relacionados com o lançamento do Programa serviram para avaliar a equipa do Governo da RAEM. Depois da passagem do tufão de Setembro, o que vai ficar de pé? Idiotas leais, patriotas capazes, grupos de oposição leais ou grupos de oposição firmes? Tudo vai depender das mudanças no clima político durante os próximos meses.
Salomé Fernandes Manchete SociedadeSMG | Previstos entre cinco a oito tufões este ano Espera-se que a época de tufões este ano se estenda até meados de Outubro, com o território a ser afectado por cinco a oito tufões. Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos anunciaram que vão criar um sistema de aviso de tsunamis na segunda metade do ano Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) estimam que este ano Macau seja afectada por cinco a oito tempestades tropicais. A informação foi ontem avançada pelo director dos SMG. “Prevemos que em 2021 a situação de tempestade tropical será normal a relativamente alta. (…). Algumas podem atingir um nível de tufão severo ou superior, o de supertufão. O primeiro ciclone tropical pode ocorrer na primeira quinzena de Junho ou antes”, avançou Leong Weng Kun em conferência de imprensa. Estima-se que o território seja afectado por um supertufão este ano, com maior probabilidade entre Julho e Setembro. Este ano a época de tufões deverá ser “um pouco mais longa” do que o normal, podendo durar até meados de Outubro. De acordo com os SMG, o fenómeno “La Niña” no Oceano Pacífico desaparece gradualmente no Verão, mas não se exclui a possibilidade de regressar no final do ano. Entre Abril e Setembro espera-se que a temperatura esteja normal a relativamente alta, enquanto a precipitação pode variar de normal a relativamente mais baixa. Apesar disso, ficou a ressalva de que podem ainda assim ocorrer “aguaceiros muito fortes”. Os SMG apontam também que a época de chuva “terá início muito em breve” e esperam que a sociedade adopte medidas preventivas, salientando que o surgimento de chuva intensa é “aleatório e imprevisto”. Note-se que os dados apresentados mostram que nos últimos anos a temperatura média anual em Macau foi de 22,8 graus, uma subida de 0,2 graus Celsius comparativamente ao período entre 1981 e 2010. Alerta para tsunami Os SMG apresentaram também os objectivos de trabalho para 2021: optimização de informações meteorológicas, expansão da rede de monitorização, promoção e educação na prevenção de desastres meteorológicos e a criação de um aviso para tsunamis. “Macau não é uma localização ou ponto facilmente afectado por tsunamis, mas no ano passado melhorámos vários avisos. Portanto, queremos melhorar este aviso também”, disse Leong Weng Kun, acrescentando que é preciso contactar com a estrutura de protecção civil. O objectivo é terminar o sistema de alerta de tsunami na segunda metade do ano. Além disso, na época de tufões poderá ser apresentado um novo mapa de trajectória, com espaço ampliado, alertas mais antecipados e a previsão de intensidade das tempestades.
João Santos Filipe Manchete SociedadeTufões | Académicos apontam para novos desafios devido a alterações no clima Um estudo que contou com académicos da Cidade Universidade de Macau e do Instituto de Formação Turística defende a aposta em ferramentas de simulação virtual de tufões face à crescente intensidade deste fenómeno natural Face ao aumento da intensidade dos tufões nos últimos 10 anos é necessário apostar em sistemas de simulação de cheias e promover uma maior educação para os perigos do aumento da intensidade. São estas as conclusões do estudo “Pesquisa na Ásia de Ciclones Tropicais: Hong Kong e Macau”, que abordou a intensidade crescente dos tufões e que contou com a participação de académicos da Cidade Universidade de Macau e do Instituto de Formação Turística, Gavin Chau e Guan Jieqi, respectivamente. Publicado no Journal of Physics, o documento aponta que nos últimos 20 anos, o clima extremo tem levado a que haja um aumento da intensidade dos tufões e dos danos causados em Macau e Hong Kong. As alterações resultaram em 12 mortes em Macau e 10 mil milhões de dólares americanos em prejuízos nas duas regiões administrativas especiais, como é exemplificado através dos tufões Hato e Mangkhut, de 2017 e 2018, respectivamente. Os académicos notam igualmente que com base nos dados dos últimos anos, as pequenas tempestades tropicais são cada vez mais fortes: “A pesquisa mostra que uma das consequências das mudanças extremas do clima passa pela transformação no século XXI dos ciclones tropicais mais fracos em super tufões. Os impactos e os riscos da subida do nível das águas, erosão e das cheias ficaram assim mais óbvios”, é indicado. “Além do mais, os tufões que ocorreram depois de 2000 causaram um número significante de mortes e resultaram num aumento substancial dos danos. Porém, estas mortes e os danos também podem ser explicados com o crescimento rápido da população e da riqueza nas áreas costeiras”, é ressalvado. Novos padrões No que diz respeito às mudanças promovidas pelo clima, o estudo indica que os caminhos percorridos pelos tufões tem sofrido alterações face ao passado, que há uma intensidade maior e que as chuvas violentas são cada vez mais as norma, após a passagem de um tufão. Os académicos apontam também que os pontos de passagem e aterragem dos tufões são propícios aos maiores danos e prejuízos. É neste cenário “novo” que os autores do estudos defendem a necessidade não só de educar a população para os perigos dos tufões, mas também de apostar em sistemas de simulação para compreender melhor e prever as potenciais consequências. “O enriquecimento da compreensão humana sobre as cheias é fundamental, uma vez que se este conhecimento seria impossível gerir de forma adequada os danos extremos negativos gerados pelas grandes cheias”, é sublinhado. “Este estudo recomenda que sejam desenvolvidas tecnologias inovadoras (como por exemplo ferramentas para simular a realidade de forma virtual) e ainda programas educação, de forma a aumentar o conhecimento da população sobre as alterações climáticas, mas também para haver uma maior compreensão e capacidade de previsão sobre as potenciais consequências dos tufões”, é concluído.
David Chan Macau Visto de Hong Kong VozesEnfrentar a fúria dos ventos [dropcap]U[/dropcap]ma intensa tempestade tropical, o Higos, começou a atingir Macau na tarde de 17 de Agosto. Foi levantado o sinal N.º 8 na tarde de dia 18 e o sinal Nº10 às 5.00 da madrugada de dia 19. Em apenas dois dias, Macau voltou a sentir os efeitos de um super tufão. A comunicação social divulgou que 15 pessoas ficaram feridas durante a passagem do Higos por Macau. Foi ainda necessário evacuar 2.722 moradores das zonas baixas da cidade, tendo-se registado também 274 acidentes, na sua maioria queda de árvores e de objectos suspensos em edifícios. Os registos metereológicos indicam que a força do Higos foi apenas suplantada pela do Hato, que passou na cidade em 2017, tendo sido superior à do Mangkhut, que assolou Macau em 2018. Na passagem do Hato houve cortes de água e de electricidade em várias zonas da cidade. As telecomunicações foram afectadas e os telemóveis ficaram sem rede. Tragicamente o Hato provocou 10 mortes, das quais sete resultaram de afogamento em lojas e parques de estacionamento subterrâneos. A forma como as autoridades lidaram com a eminência da passagem do Hato provocou muito descontentamento popular. A Direcção dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos levantou respectivamente os sinais N.º 8 e N.º 9 no espaço de menos de 3 horas, acabando por levantar o sinal mais elevado o N.º 10. Devido ao aviso muito em cima da hora, a população não teve tempo de se preparar. No rescaldo da tempestade, os dirigentes da Direcção dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos sofreram acções disciplinares e este organismo anunciou que as medidas de protecção face a este tipo de tempestades iriam ser reformuladas. O Hato devastou Macau provocando inúmeros estragos. De acordo com a Lei Básica da Região Administrativa Especial de Macau e com a Lei Garrison da RAEM, o então Chefe do Executivo, Fernando Chui Sai On, solicitou o auxílio das forças do Exército de Libertação do Povo estacionadas em Macau. Foi a primeira vez que o Exército de Libertação do Povo participou em operações de salvamento numa região administrativa especial. Com a experiência do Hato, quando o tufão Mangkhut se começou a aproximar de Macau, muitas pessoas correram aos supermercados para se abastecerem de água e comida. Alguns clientes tiveram de esperar mais de meia hora na fila da caixa, e outros já nem se conseguiram abastecer. A realidade é que o Hato tinha assustado as pessoas e, com a eminência da passagem de outro tufão, todos ficaram muito perturbados. Com os ensinamentos retirados pela passagem do Hato, o Governo de Macau desenhou um plano de evacuação das zonas baixas que foi implementado quando o Mangkhut chegou a Macau. Os moradores destas áreas foram retirados e colocados em abrigos e residências temporárias, as Portas do Cerco, o Posto Fronteiriço do Parque Industrial Transfronteiriço, e o Posto Fronteiriço de Cotai foram encerrados. Além disso e, pela primeira vez, os Casinos também fecharam as portas. Com a vinda do Mangkhut, Macau sofreu inevitavelmente inundações, cortes de energia, queda de árvores e vários danos materiais, sobretudo nas zonas ribeirinhas. Para facilitar a limpeza da cidade e a reparação dos danos, a 17 de Setembro de 2018, os funcionários públicos não essenciais foram dispensados do trabalho, as escolas secundárias e as primárias, os jardins de infãncia e os centros de educação especial também encerraram. Comparando os três tufões, o Hato, o Mangkhut e o Higos, podemos observar os seus impactos que têm vindo a diminuir. E isto verifica-se porque os níveis de alerta têm vindo a subir. A consciência do perigo dos tufões aumentou e o Governo tem reforçado as medidas de protecção. Em consequência disso, desta vez Macau sofreu a mais baixa taxa de danos na passagem do super tufão Higos. Os ligeiros danos causados por esta tempestade são resultado de esforços continuados. Devemos continuar a a estar atentos às várias vertentes da protecção civil, controlo do abastecimento de água, planeamento urbanístico, divulgação para melhorar a capacidade de resitência de Macau à passagem de tufões, especialmente no que diz respeito às emergências causadas pelas inundações nas zonas baixas, para que os seus moradores deixem de temer a passagem dos tufões. Os tufões vão continuar a assolar Macau e temos de preparar hoje a vinda daquele que chegará amanhã. Macau é a nossa casa; que cada um de nós se empenhe em trabalhar nas medidas de protecção contra desastres futuros. Consultor Jurídico da Associação para a Promoção do Jazz em Macau Professor Associado da Escola Superior de Ciências de Gestão/ Instituto Politécnico de Macau Blog: http://blog.xuite.net/legalpublications/hkblog Email: legalpublicationsreaders@yahoo.com.hk
Pedro Arede PolíticaTufões | Novas ligações por pontes não diferem das existentes por terra [dropcap]E[/dropcap]m resposta a uma interpelação escrita enviada pelo deputado Lei Chan U, o Governo apontou que, para efeitos de circulação em caso de tufão, a ligação entre o lado norte da Zona A dos Novos Aterros Urbanos e a Rotunda da Amizade (Pérola do Oriente), entretanto concluída, não difere de outras vias terrestres. Ou seja, que “embora essa ligação seja feita em forma de ponte, não difere das vias elevadas existentes na área terrestre”, consta da resposta. A informação surge na sequência dos pedidos de esclarecimento de Lei Chan U, em que o deputado questiona o Governo se, em caso de tempestade de sinal oito, será possível garantir a circulação de veículos nas três pontes e no túnel subaquático previstos para fazer a travessia entre a Zona A dos Novos Aterros Urbanos e a Península de Macau. Segundo a resposta assinada por Lam Wai Hou, director do gabinete para o desenvolvimento de infra-estruturas, apesar de afirmar que sempre que é içado o sinal oito ou superior durante as tempestades tropicais, são encerradas as pontes entre a Taipa e a Península, o acesso já construído tem ficado aberto à circulação. “Quando é hasteado o sinal de tempestade número oito, são encerradas as pontes que ligam a península de Macau à ilha da Taipa e a ponte que liga o posto fronteiriço do Cotai à ilha de Hengqin. O actual acesso de ligação já construído entre a Zona A dos Novos Aterros Urbanos e a Rotunda da Amizade tem-se mantido aberto durante as tempestades tropicais”, pode ler-se.
Hoje Macau SociedadeSMG | Previstas quatro a seis tempestades tropicais este ano [dropcap]A[/dropcap]s autoridades de Macau prevêem quatro a seis tempestades tropicais no território este ano, com possibilidade de algumas atingirem “nível de tufão severo ou super tufão”, foi ontem divulgado. “O primeiro ciclone tropical a afectar Macau pode ocorrer em meados de Junho ou mais tarde, e toda a época de tufões termina no final de Setembro”, informou a Direcção dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG). Quanto à previsão de precipitação no território (entre Abril e Setembro), as autoridades apontam que será normal. A temperatura, “será no intervalo de normal e relativamente alta”. As autoridades aconselham que se “tomem medidas preparatórias para prevenir e/ou reduzir o impacto de tempestade tropical, chuva forte e inundações”, visto que o território está a poucos dias de entrar na época das chuvas.
Andreia Sofia Silva SociedadeTufões | Governo rejeita criar diploma que obrigue a inspecção de janelas [dropcap]D[/dropcap]e acordo com a Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes, não está a ser equacionada a consolidação, num único diploma, de disposições que imponham a obrigatoriedade da inspecção de janelas.” A frase consta na resposta do Instituto de Habitação (IH) a uma interpelação escrita apresentada pelo deputado Ho Ion Sang. A resposta, assinada pelo presidente do IH, Arnaldo Santos, afasta, assim, a possibilidade do Executivo ter mão nesta matéria, que se tornou alvo de grande debate na sociedade desde que o tufão Hato, em 2017, deixou um rasto de destruição no território. “O Governo, através dos sete planos de apoio financeiro do Fundo de Reparação Predial, incentiva os proprietários a procederem às obras de inspecção e reparação das partes comuns do condomínio, a fim de salvaguardar a segurança dos espaços públicos do edifício. Os proprietários também devem cumprir as suas responsabilidades e obrigações legais, e tomarem a iniciativa dos equipamentos das fracções privadas”, lê-se. Ofícios aos donos Na resposta ao deputado Ho Ion Sang, Arnaldo Santos dá conta de mais um passo que o Governo pretende fazer no que diz respeito à renovação de edifícios antigos. “Além do reforço das acções de sensibilização para tal efeito, o Governo da RAEM propôs a introdução de disposições legais na proposta de lei, ora em elaboração, referente ao regime jurídico da construção urbana, no sentido de conferir ao Governo competência para a aplicação de medidas sancionatórias, no caso de incumprimento por parte dos proprietários, de ordens de reparação predial emitidas pelo Governo”, lê-se na resposta ao deputado. No mesmo documento, é referido que já foram simplificados muitos procedimentos para que seja mais fácil aos proprietários procederem a obras de reparação e renovação.
Juana Ng Cen SociedadeProtecção Civil | TDM reforça sistema de alertas de evacuação Os canais de televisão de rádio da TDM vão ajudar a estrutura da protecção civil nos alertas de evacuação durante situações de ‘storm surge’ e tufões. Em simultâneo, vão ser disponibilizados espaços para turistas retidos nos postos fronteiriços [dropcap]M[/dropcap]ais vale prevenir, diz o ditado popular. Neste sentido, para não ter de remediar, os Serviços de Polícia Unitários (SPU) divulgaram ontem que os canais de televisão e rádio da TDM são o novo reforço do aparato de protecção civil durante alertas de ‘storm surge’ e tufões com sinal 8 ou superior. O objectivo é aproveitar a “ampla cobertura e rápida difusão” para transmitir as informações de alerta de evacuação emitidas pelo Centro de Operações de Protecção Civil (COPC) aos residentes e turistas. O mecanismo vai funcionar simultaneamente com a transmissão de mensagens sonoras de evacuação, em cantonês, mandarim, português e inglês, emitidas por sistemas de som colocados em locais altos. Os SPU revelam que será instalado um sistema de alerta sonoro na Escola Superior das Forças de Segurança de Macau, em Coloane, que se junta aos do Farol da Guia, Taipa Grande e Alto de Coloane. Estes últimos pontos ficam a ter o dobro dos altifalantes, passando de quatro para oito, cobrindo uma área de dois quilómetros quadrados. Também os 50 postes de videovigilância, situados nas zonas baixas, vão ser equipados com altifalantes. No total, o território ficará com 140 postes equipados com sistema de alerta sonoro, cada um com capacidade para cobrir 50 a 100 metros quadrados. Segurança operária O Comandante-geral dos SPU, Ma Io Kun, encontrou-se no início da semana com representantes da FAOM para esclarecer dúvidas quanto aos trabalhos de prevenção e salvamento durante catástrofes. De acordo com o Jornal do Cidadão, Ma Io Kun realçou o trabalho realizado durante a passagem do tufão Wipha, nomeadamente o destacamento de agentes policiais para os postos fronteiriços, onde se acumularam muitos turistas, para assegurar a ordem pública. De forma a evitar multidões retidas por falta de transportes, Ma Io Kun revelou que foram reservadas áreas nos postos fronteiriços de Macau para acomodar estas pessoas, apesar de as instalações ainda não estarem prontas. O Comadante-geral dos SPU deixou o compromisso de comunicar com os departamentos relevantes das regiões vizinhas e adoptar medidas para diminuir o fluxo de passageiros durante tufões. Aliás, a suspensão os “autocarros dourados”, que atravessam a Ponte HKZM serviria esse propósito. Uma possível solução mencionada na Assembleia Legislativa por Raimundo do Rosário. Outra medida anunciada é a criação de um centro de acolhimento junto do Posto Fronteiriço das Portas do Cerco, em parceria com o Instituto de Acção Social.
João Santos Filipe PolíticaTufões | Governo equaciona encerramento de autocarros dourados na Ponte HKZM Raimundo do Rosário criticou o facto de com o sinal tufão número 8 haver serviços públicos que estão fechados por segurança, enquanto alguns particulares se mantêm em funcionamento. O secretário mostrou-se preocupado com a segurança da população, em particular na travessia pela Ponte HKZM [dropcap]O[/dropcap] Governo vai rever a situação dos autocarros dourados da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, que continuaram a operar apesar de no território estar içado o sinal 8 de tufão. Na semana passada, com a passagem do tufão Wipha, a situação levou a que vários passageiros ficassem retidos à entrada em Macau, porque depois de passarem a fronteira não havia transportes públicos a funcionar. “Vamos discutir a situação com a Direcção de Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) e com a empresa autocarros directos que circulam na ponte. Uma hora e meia depois de ser içado o sinal n.º 8, os transportes públicos ficam suspensos. Estes autocarros dourados também deviam ficar suspensos”, afirmou ontem o secretário para os Transportes e Obras Públicas, que esteve ontem na Assembleia Legislativa a responder às perguntas dos deputados. Devido ao caos na nova ponte, como medida excepcional, foi restabelecido parte dos serviços de transporte colectivo. Porém, Raimundo do Rosário mostrou-se muito preocupado com o número de passageiros acumulados na Praça de Ferreira do Amaral. “Queremos que o serviço na ponte deixe de funcionar durante o sinal n.º 8. Nós tivemos autocarros especiais, mas não passavam pela Ferreira do Amaral. Mesmo assim, havia muitas pessoas que estavam lá à espera de serem levadas para a ponte. Na fronteira da nova ponte ainda há locais cobertos para esperar, mas na Praça de Ferreira do Amaral não. Será que esta situação não é perigosa? Acho que devemos suspender todos os transportes”, completou. Ao mesmo tempo, Raimundo do Rosário sublinhou a necessidade de assegurar a segurança e afirmou não entender o facto de os serviços públicos fecharem com o sinal n.º 8, mas haver privados que continuam a operar. “Não precisamos de trabalhar quando está içado o sinal n.º 8, por motivos de segurança. (…) Por questões de segurança os serviços públicos e alguns privados ficam suspensos. Mas depois há outros que funcionam. Será que isto não coloca a segurança em causa”, perguntou. “Como os serviços ficam a funcionar não podemos excluir a hipótese de as pessoas saírem, irem ao cinema e jantar foram. Mas isso não é perigoso?” questionou.
João Santos Filipe PolíticaChuva Intensas | Governo pede que se saia mais cedo de casa [dropcap]P[/dropcap]ara lidarem com as situações de chuvas intensas e os caos nos transportes, os cidadãos devem precaver-se e sair mais cedo de casa. A receita foi deixada por Raimundo do Rosário, ontem, perante interpelação da deputada Angela Leong, que ainda deixou um exemplo pessoal. “Uma vez num dia de serviço, eu era a única pessoa que tinha chegado às 09h30. Com as chuvas intensas as pessoas têm de sair de casas mais cedo. Se fizerem os horários normais vão chegar atrasadas”, afirmou. “As pessoas têm de tomar precauções. Sugiro também que instalem a aplicação móvel dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos, para saberem as previsões do tempo e de chuvas intensas”, frisou.
Hoje Macau Manchete SociedadeSMG | Esperados dois a três tufões severos no Mar do Sul da China Os SMG dizem que é preciso esperar entre dois e três meses para saber o número de tufões severos a afectar Macau, ou seja, no fim da época. O número de tempestades tropicais a passar a menos de 800 quilómetro de Macau deverá situar-se entre quatro e seis [dropcap]O[/dropcap] Governo espera que entre dois e três tufões severos entrem no Mar do Sul da China, mas prognósticos sobre a possibilidade de a região de Macau ser afectada directamente só o final do jogo. A previsão sobre o impacto foi dada ontem pelo subdirector substituto dos Serviços de Meteorologia e Geofísicos (SMG), Tang Iu Man, durante uma conferência de imprensa sobre os trabalhos feitos pelo Executivo para prevenir e responder às situações de tufão. “Quanto a tufões severos não descartamos a possibilidade de haver, mas depende das previsões daqui a dois ou três meses. Depende do clima do Oceano Pacífico. Neste momento, só posso dizer que há a possibilidade de haver dois ou três tufões severos a entrarem no Mar do Sul da China”, respondeu Tang, quando questionado sobre a possibilidade. “Se vão afectar directamente Macau, por enquanto, ainda é muito cedo para fazer previsões. Tudo depende do desenvolvimento daqui a dois a três meses e das condições atmosféricas”, acrescentou. Ainda de acordo com as previsões dos SMG, a região deverá ser afectada por quatro a seis tempestades tropicais: “Quanto aos tufões intensos ou super-tufões prevê-se que este ano vamos ter entre quatro e seis tempestades tropicais a entrar na zona inferior a 800 quilómetros”, previu Tang. Durante a mesma apresentação, o comandante-geral dos Serviços de Polícia Unitários (SPU), Ma Iao Kun, sublinhou a importância de aprovar a nova Lei de Bases de Protecção Civil, que está a ser discutida na Assembleia Legislativa. “Nos últimos dois tufões não tivemos uma lei suficiente para suportar as nossas actividades. A lei vigente já vigora há mais de 25 anos, por isso carece de ser alterada. Pretendemos que a lei entre rapidamente em vigor”, afirmou Ma Iao Kun. “Claro que algumas disposições ainda estão a ser discutidas e precisamos de um consenso na sociedade”, adicionou. Neste momento não há uma previsão sobre a votação final do diploma, mas há uma reunião agendada entre Governo e deputados no final do mês. Balanço e contas No que diz respeito ao balanço dos trabalhos feitos, os centros de abrigo de emergência passaram de 16 para 17, com uma capacidade total para acolher 24 mil pessoas. No evento foi ainda pedido a quem se desloque aos centros que traga bilhete de identidade ou passaporte, chaves de casa, telemóvel e medicamentos de toma regular. Quanto aos procedimentos de evacuação, estão identificadas 173 pessoas que precisam de evacuação sempre que há cheias, algumas delas que precisam de auxílio das autoridades. Por sua vez o Instituto para os Assuntos Municipais informou que foram podadas mais de 6 mil árvores, das quais 475 tiveram ramos completamente removidos, para evitar o perigo de queda. Segundo os mesmos procedimentos, os serviços criaram uma rede com 175 pontos de recolha de lixo provisório nas zonas baixas, para a situação de tufões. Para auxiliar nestes procedimentos, a Companhia de Sistema de Resíduos equipou-se com mais 5 camiões de lixo e 15 caixas de grande dimensão, além de vários caixotes de dimensão pequena. Por outro lado, foram recolhidos 17 reclamos ou luzes de decoração, por não cumprirem requisitos de segurança. Durante a ocasião, Ma Iao Kun aproveitou igualmente para promover uma aplicação móvel lançada pelo Executivo para as situações de tufão e catástrofes naturais, que permite receber informações mais actualizadas. A aplicação está disponível em português, chinês e inglês. Sinal mudado O sinal de chuva intensa, içado quando se registam 50 milímetros de chuva durante duas ou mais horas, deverá sofrer alterações. O subdirector substituto SMG, Tang Iu Man, defendeu a necessidade de um novo sinal com diferentes graus, consoante a intensidade da pluviosidade. “Um sinal com uma classificação única de chuva intensa não responde às nossas necessidades”, afirmou Tang. “Vamos introduzir uma reclassificação, mas sobre essa necessidade ainda vamos ouvir o público”, clarificou. Segundo Tang, não está afastada a hipótese de se voltar ao sistema antigo, com diferentes cores.
Raquel Moz SociedadeCEM | Anunciado plano de cortes de energia durante inundações A segurança dos habitantes e do património, em época de tufões, levou a CEM a articular com o Governo e a protecção civil medidas de suspensão da energia eléctrica em diferentes zonas da cidade, sempre que o nível das águas suba acima do normal. A população vai ser informada com antecedência e há uma nova app de emergência [dropcap]O[/dropcap] corte no fornecimento de energia às zonas baixas da cidade, em caso de aviso de tempestade e inundações, passou a ser considerado como medida de prevenção, e não apenas de recurso, para evitar a danificação dos cabos e equipamentos de alimentação energética, bem como garantir a segurança dos cidadãos nas áreas afectadas. Os habitantes vão ser notificados através dos canais já existentes, mas também através da nova versão da aplicação móvel “GeoGuide para emergências”, apresentada ontem, com novos interfaces e mais informação disponível. O anúncio foi feito pela Companhia de Electricidade de Macau (CEM), ontem em conferência de imprensa, dedicada à “Preparação para a época de tufões” que está em curso. Segundo os responsáveis, os cortes energéticos irão acontecer em função da subida do nível das águas, nas zonas sujeitas a inundação, e de acordo com os tipos de alerta de tempestade “storm surge”, divulgados pela Direcção dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG). A medida foi acordada com o Governo e a protecção civil, podendo os cidadãos prever e antecipar as suspensões de energia, em função dos 5 graus de alerta, a que correspondem níveis de altura das águas e zonas afectadas, que podem ser consultadas na página electrónica da CEM e na nova app. De acordo com esta informação, a população deverá seguir as instruções das autoridades e, caso seja necessário, evacuar as zonas habitacionais em risco para os locais de acolhimento seguro. Segundo a previsão da SMG, este ano são esperados entre quatro a seis ciclones tropicais, que deverão concentrar-se num raio de 800 quilómetros de distância do território, podendo vir a ser içados os sinais de tufão forte. “Sob a influência do aquecimento global, as situações de clima extremo tornaram-se mais frequentes. Macau içou o sinal 10 de tufão por dois anos consecutivos, em 2017 e 2018”, tendo o nível da água do mar subido rapidamente, o que causou sérias inundações nas zonas baixas ao longo da costa de Macau, com interrupções de energia e danos consideráveis nas redes de fornecimento eléctrico. “Com a aprendizagem das experiências dos fortes tufões “Hato” e “Mangkhut”, a CEM e os departamentos governamentais relevantes efectuaram uma revisão e discussão sobre a melhoria da resiliência das instalações de energia e estabeleceram medidas de melhoramento para as áreas baixas da cidade”, assinalou ontem Gabriel Chan, engenheiro da CEM. Por esse motivo, “em situação de emergência, por forma a salvaguardar a segurança da população e das instalações de energia, e prevenir estragos permanentes por ocorrência de inundações, a CEM irá suspender o fornecimento de energia eléctrica nas zonas críticas”, até que as equipas de inspecção e reparação da empresa considerem seguro o seu restabelecimento, após o recuo das águas. App e informação A app “GeoGuide para emergências”, que já pode ser descarregada, foi desenvolvida pela Direcção dos Serviços de Cartografia e Cadastro (DSCC) e originalmente lançada em Outubro de 2018. A nova versão 2.0, além de disponibilizar mapas de emergência online e offline, inclui ainda funções de previsão da extensão das áreas afectadas por tempestades, avisos sobre fenómenos meteorológicos severos e informações de monitorização do nível da água em tempo real. O utilizador pode contactar directamente com os canais de emergência através da aplicação, que é gratuita e está traduzida em 4 línguas: chinês tradicional e simplificado, inglês e português. Entretanto, a CEM tem vindo a adoptar medidas de optimização da rede eléctrica, elevação de infra-estruturas de energia, inspecção e substituição de instalações antigas, colocação de barreiras anti-inundação em postos de transformação, além da realização de acções de divulgação, através de seminários, folhetos, vídeos educacionais (em 500 autocarros, 600 táxis e 35 supermercados), inserções nas facturas e informação através das redes de Wechat, Facebook e no website, segundo informaram os responsáveis.
Hoje Macau SociedadeTufões | DICJ discute medidas de contingência para casinos [dropcap]A[/dropcap] Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ) reuniu, de acordo com o portal noticioso GGRAsia, com as operadoras de jogo a fim de discutir medidas de contingência para a época de tufões que se aproxima. No encontro foram abordadas medidas para os casinos situados em zonas baixas, como é o caso dos espaços de jogo na Doca dos Pescadores, por exemplo, ou o casino da Ponte 16. Foram também abordadas experiências vividas aquando das passagens dos tufões Hato e Mangkhut, ambos de sinal 10. As operadoras também informaram a DICJ que regularmente fazem uma avaliação dos casinos e dos seus espaços de jogo que estão localizados em zonas baixas ou que podem vir a ser “facilmente afectados” pela chuva e vento. Para este ano, os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) estimam que Macau deverá ser atingida por quatro a seis tufões, sendo que o primeiro chegará em meados deste mês. A época de tufões deverá terminar em Outubro. Juana Ng Cen PolíticaTrabalho | Ella Lei pede revisão de orientações para dias de tufão [dropcap]C[/dropcap]omo a legislação das relações de trabalho não estabelece se os trabalhadores devem apresentar-se ao serviço em dias de condições atmosféricas adversas, como quando passam tufões, Ella Lei interpelou o Governo para esclarecer as dúvidas nesta matéria. A deputada pretende também saber se após a retirada do sinal n.º 8 de tempestade tropical os trabalhadores têm de regressar aos postos. Para já, empregados e patrões só têm como orientação o documento “Aspectos a ter em conta pelas partes laborais em situações de tufão, chuvas intensas, trovoada e storm surge” distribuído pela Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL). Ella Lei recorda que nos dois últimos anos Macau sofreu com a passagem de dois super tufões e que é necessário que a DSAL tenha em conta o desenvolvimento social, as condições de tráfego e de clima para rever as indicações a dar às partes envolvidas na relação laboral. A deputada, ligada à Federação das Associações dos Operários de Macau, pergunta se a DSAL pretende introduzir medidas de “circunstâncias extremas”, como em Hong Kong, e se vão ser elaboradas normas e regulamentos mais claros para empresas privadas. Sofia Margarida Mota SociedadeTufões | Gastos mais de 110 milhões de patacas em equipamentos O Governo gastou cerca de 113 milhões de patacas em equipamentos de resposta a emergências, após a passagem do tufão Hato, revelou ontem o Comandante-geral dos Serviços de Polícia Unitários. Este ano, as autoridades esperam a passagem de quatro a seis tufões, alguns deles “severos” [dropcap]D[/dropcap]esde a passagem do Hato em Agosto de 2017, o Governo adquiriu equipamentos para fazer frente à passagem de tufões no valor de 113 milhões de patacas. A informação foi dada ontem pelo comandante-geral dos Serviços de Polícia Unitários (SPU), Ma Io Kun, à margem da reunião da protecção civil. “No ano passado, antes da passagem do tufão Mangkhut foram investidos 70 milhões de patacas, este ano mais de 43 milhões”. Entre as aquisições, mais de 70 tipos diferentes, o responsável destacou a aquisição de viaturas anfíbias e botes para “acções de salvamento”, geradores para responder a cortes de energia e drones. Os SPU admitem que ainda aguardam outros equipamentos, que devem chegar “antes do início da época de tufões”. No entanto, de acordo com Ma Io Kun, não há razões para preocupação. “Temos equipamentos suficientes para tratar as situações já desde antes da passagem do tufão Mangkhut”, apontou. Ma Io Kun recordou que para este ano está prevista a passagem de quatro a seis tufões por Macau, “com a possibilidade de situações severas devido à influência do aquecimento global e a situações climáticas extremas”. O primeiro tufão está previsto para meados de Julho, e o último para o início de Outubro, acrescentou. Abrigos para todos Em termos de infra-estruturas, Macau vai dispor este ano de 17 abrigos, mais um do que no ano passado, para acolher quem necessitar de deixar as suas casas. Além destes abrigos, há ainda mais quatro pontos de encontro para situações de emergência. De acordo com o representante do Instituto de Acção Social, presente na reunião de ontem dos Serviços de Protecção Civil, estes centros têm capacidade para acolher cerca de 24 mil pessoas e estão equipados para receber portadores de deficiência. “Também foram acrescentados centros para acolher os turistas retidos durante as tempestades e nestes centros há recursos materiais e alimentação”, disse Ma Io Kun. “Vamos transferir os turistas das Portas do Cerco para o Campo Desportivo dos Operários, os que vêm da Ponte HKZM vão ser transferidos para o Pavilhão Desportivo da Escola Luso Chinesa. Os turistas do Terminal Marítimo do Porto Exterior vão ser transferidos para o Instituto Politécnico de Macau e os que vêm através dos postos do Cotai vão seguir para a Nave Desportiva”, acrescentou. Tudo a postos Para preparar a população para uma situação de evacuação de emergência, vai ser realizado no próximo dia 27 a operação Peixe de Cristal 2019. “O exercício vai abranger cinco zonas: Ilha Verde, Fai Chi Kei, Porto Interior, zona da praia do Manduco e também Coloane e vai ser realizado em simultâneo”, apontou o Comandante-geral dos SPU. Este exercício de simulação vai também ter o contributo da população, estando disponíveis 450 vagas para residentes. “Este ano esperamos a participação [da população], no entanto, sendo a primeira vez, não podemos esperar um grande número de pessoas”, disse. Os residentes interessados podem inscrever-se até ao próximo dia 22 e os serviços vão proceder a duas sessões de esclarecimento prévias agendadas para as manhãs de 24 e 27 de Abril. João Santos Filipe SociedadeMeteorologia| Autoridades de Hong Kong antecipam terceiro tufão n.º 10 desde 2017 [dropcap]O[/dropcap] Observatório de Hong Kong antevê a passagem de mais um tufão n.º 10, a menos de 500 quilómetros da região vizinha. A informação foi divulgada, ontem, pelo director do Observatório Shun Chi-ming, que espera um Verão com temperaturas mais elevadas devido aos efeitos do El-Niño. Este é um fenómeno meteorológico temporário e cíclico que resulta no aquecimento das temperaturas das águas no Oceano Pacífico. Em relação ao número de tufões, Hong Kong espera que o território possa ser afectado por quatro a sete ocorrências. “É um número normal”, disse Shun Chi-ming. “Uma vez que se vai fazer sentir os efeitos do El-Niño, é possível que a época de tufões apenas comece no início de – ou depois – de Junho”, acrescentou, de acordo com o portal Hong Kong Free Press. A última vez que Hong Kong içou o sinal número 10 de tufão em três anos consecutivos foi entre 1960 e 1962. Caso este ano se registe um tufão número 10, então o registo é igualado. Porém, o director do Observatório de Hong Kong deixou o desejo que tal não se verifique. “Espero que a história não se repita”, afirmou. Nos últimos dois também Macau içou por duas vezes o sinal de tufão n.º 10. Em 2017 tal aconteceu com o Tufão Hato, que matou pelo menos 10 pessoas, e no ano passado com o Tufão Mangkhut. Em relação à RAEM o Governo ainda não realizou o evento em que antecipa a época de tufões, o que normalmente acontece entre Abril e Maio. Contudo, não é de afastar um cenário muito semelhante, uma vez que nos últimos dois anos sempre que Hong Kong içou o sinal número 10, Macau fez o mesmo. Na mesma conferência de ontem, o director do Observatório anteviu que as temperaturas podem chegar aos 40 graus nos Novos Territórios. “A altura em que Hong Kong vai deixar de ter Inverno está quase a chegar”, afirmou Shun. No ano passado foram sete as tempestades tropicais que passaram a menos de 800 quilómetros do território, com o Mangkhut a ser o único tufão que levou a que o sinal número 10 fosse içado. Diana do Mar SociedadeTufão Hato passa a denominar-se “Yamaneko” [dropcap]O[/dropcap] anúncio foi feito ontem pelos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG): o “Hato” vai designar-se oficialmente “Yamaneko”. Traduzindo do japonês, a origem de ambos os nomes, o tufão, que atingiu Macau em 23 de Agosto de 2017, passa de “pombo do céu” para “gato bravo”. A nova nomenclatura foi aprovada na 51.ª Conferência Geral do Comité dos Tufões, realizada em Cantão entre 26 de Fevereiro e 1 de Março, mas apenas anunciada ontem pelos SMG em comunicado. O Hato – o mais forte tufão a atingir Macau em mais de meio século, que ceifou dez vidas e causou prejuízos na ordem de 12,5 mil milhões de patacas – não foi, porém, o único a ser rebaptizado. Na reunião, de quatro dias, os membros do Comité dos Tufões aprovaram ainda os nomes “Yun-yeung”, fornecido por Hong Kong, e “Koinu”, proposto pelo Japão, em substituição de “Kai-tak” e “Tembin”, tempestades tropicais que provocaram sérios danos em 2017. Já o “Mangkhut”, que atingiu a RAEM em Setembro último, viu o seu nome ser excluído permanentemente, à semelhança do que sucedeu com a “Rumbia”, outra tempestade tropical severa de 2018. Os nomes dos ciclones tropicais no Noroeste do Pacífico e no Mar do Sul da China são elaborados e aprovados pelo Comité dos Tufões, com cada um dos membros a fornecer dez nomes por uma determinada ordem. Com efeito, “quando um tufão causa grandes prejuízos a um ou mais membros, os que sofreram prejuízos podem solicitar ao Comité dos Tufões a remoção definitiva do nome do tufão, deixando de ser utilizado”, explicam os SMG na mesma nota de imprensa. O Comité dos Tufões foi criado em 1968 pela UNESCAP (Comissão Económica e Social para a Ásia e o Pacífico das Nações Unidas) e pela Organização Meteorológica Mundial, com a missão de reduzir as perdas por desastres causados por tufões na região Ásia-Pacífico. Actualmente, conta com 14 membros nacionais e regionais. A delegação da RAEM foi liderada pelo director substituto dos SMG, Tang Iu Man. 123»
Juana Ng Cen PolíticaTrabalho | Ella Lei pede revisão de orientações para dias de tufão [dropcap]C[/dropcap]omo a legislação das relações de trabalho não estabelece se os trabalhadores devem apresentar-se ao serviço em dias de condições atmosféricas adversas, como quando passam tufões, Ella Lei interpelou o Governo para esclarecer as dúvidas nesta matéria. A deputada pretende também saber se após a retirada do sinal n.º 8 de tempestade tropical os trabalhadores têm de regressar aos postos. Para já, empregados e patrões só têm como orientação o documento “Aspectos a ter em conta pelas partes laborais em situações de tufão, chuvas intensas, trovoada e storm surge” distribuído pela Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL). Ella Lei recorda que nos dois últimos anos Macau sofreu com a passagem de dois super tufões e que é necessário que a DSAL tenha em conta o desenvolvimento social, as condições de tráfego e de clima para rever as indicações a dar às partes envolvidas na relação laboral. A deputada, ligada à Federação das Associações dos Operários de Macau, pergunta se a DSAL pretende introduzir medidas de “circunstâncias extremas”, como em Hong Kong, e se vão ser elaboradas normas e regulamentos mais claros para empresas privadas. Sofia Margarida Mota SociedadeTufões | Gastos mais de 110 milhões de patacas em equipamentos O Governo gastou cerca de 113 milhões de patacas em equipamentos de resposta a emergências, após a passagem do tufão Hato, revelou ontem o Comandante-geral dos Serviços de Polícia Unitários. Este ano, as autoridades esperam a passagem de quatro a seis tufões, alguns deles “severos” [dropcap]D[/dropcap]esde a passagem do Hato em Agosto de 2017, o Governo adquiriu equipamentos para fazer frente à passagem de tufões no valor de 113 milhões de patacas. A informação foi dada ontem pelo comandante-geral dos Serviços de Polícia Unitários (SPU), Ma Io Kun, à margem da reunião da protecção civil. “No ano passado, antes da passagem do tufão Mangkhut foram investidos 70 milhões de patacas, este ano mais de 43 milhões”. Entre as aquisições, mais de 70 tipos diferentes, o responsável destacou a aquisição de viaturas anfíbias e botes para “acções de salvamento”, geradores para responder a cortes de energia e drones. Os SPU admitem que ainda aguardam outros equipamentos, que devem chegar “antes do início da época de tufões”. No entanto, de acordo com Ma Io Kun, não há razões para preocupação. “Temos equipamentos suficientes para tratar as situações já desde antes da passagem do tufão Mangkhut”, apontou. Ma Io Kun recordou que para este ano está prevista a passagem de quatro a seis tufões por Macau, “com a possibilidade de situações severas devido à influência do aquecimento global e a situações climáticas extremas”. O primeiro tufão está previsto para meados de Julho, e o último para o início de Outubro, acrescentou. Abrigos para todos Em termos de infra-estruturas, Macau vai dispor este ano de 17 abrigos, mais um do que no ano passado, para acolher quem necessitar de deixar as suas casas. Além destes abrigos, há ainda mais quatro pontos de encontro para situações de emergência. De acordo com o representante do Instituto de Acção Social, presente na reunião de ontem dos Serviços de Protecção Civil, estes centros têm capacidade para acolher cerca de 24 mil pessoas e estão equipados para receber portadores de deficiência. “Também foram acrescentados centros para acolher os turistas retidos durante as tempestades e nestes centros há recursos materiais e alimentação”, disse Ma Io Kun. “Vamos transferir os turistas das Portas do Cerco para o Campo Desportivo dos Operários, os que vêm da Ponte HKZM vão ser transferidos para o Pavilhão Desportivo da Escola Luso Chinesa. Os turistas do Terminal Marítimo do Porto Exterior vão ser transferidos para o Instituto Politécnico de Macau e os que vêm através dos postos do Cotai vão seguir para a Nave Desportiva”, acrescentou. Tudo a postos Para preparar a população para uma situação de evacuação de emergência, vai ser realizado no próximo dia 27 a operação Peixe de Cristal 2019. “O exercício vai abranger cinco zonas: Ilha Verde, Fai Chi Kei, Porto Interior, zona da praia do Manduco e também Coloane e vai ser realizado em simultâneo”, apontou o Comandante-geral dos SPU. Este exercício de simulação vai também ter o contributo da população, estando disponíveis 450 vagas para residentes. “Este ano esperamos a participação [da população], no entanto, sendo a primeira vez, não podemos esperar um grande número de pessoas”, disse. Os residentes interessados podem inscrever-se até ao próximo dia 22 e os serviços vão proceder a duas sessões de esclarecimento prévias agendadas para as manhãs de 24 e 27 de Abril. João Santos Filipe SociedadeMeteorologia| Autoridades de Hong Kong antecipam terceiro tufão n.º 10 desde 2017 [dropcap]O[/dropcap] Observatório de Hong Kong antevê a passagem de mais um tufão n.º 10, a menos de 500 quilómetros da região vizinha. A informação foi divulgada, ontem, pelo director do Observatório Shun Chi-ming, que espera um Verão com temperaturas mais elevadas devido aos efeitos do El-Niño. Este é um fenómeno meteorológico temporário e cíclico que resulta no aquecimento das temperaturas das águas no Oceano Pacífico. Em relação ao número de tufões, Hong Kong espera que o território possa ser afectado por quatro a sete ocorrências. “É um número normal”, disse Shun Chi-ming. “Uma vez que se vai fazer sentir os efeitos do El-Niño, é possível que a época de tufões apenas comece no início de – ou depois – de Junho”, acrescentou, de acordo com o portal Hong Kong Free Press. A última vez que Hong Kong içou o sinal número 10 de tufão em três anos consecutivos foi entre 1960 e 1962. Caso este ano se registe um tufão número 10, então o registo é igualado. Porém, o director do Observatório de Hong Kong deixou o desejo que tal não se verifique. “Espero que a história não se repita”, afirmou. Nos últimos dois também Macau içou por duas vezes o sinal de tufão n.º 10. Em 2017 tal aconteceu com o Tufão Hato, que matou pelo menos 10 pessoas, e no ano passado com o Tufão Mangkhut. Em relação à RAEM o Governo ainda não realizou o evento em que antecipa a época de tufões, o que normalmente acontece entre Abril e Maio. Contudo, não é de afastar um cenário muito semelhante, uma vez que nos últimos dois anos sempre que Hong Kong içou o sinal número 10, Macau fez o mesmo. Na mesma conferência de ontem, o director do Observatório anteviu que as temperaturas podem chegar aos 40 graus nos Novos Territórios. “A altura em que Hong Kong vai deixar de ter Inverno está quase a chegar”, afirmou Shun. No ano passado foram sete as tempestades tropicais que passaram a menos de 800 quilómetros do território, com o Mangkhut a ser o único tufão que levou a que o sinal número 10 fosse içado. Diana do Mar SociedadeTufão Hato passa a denominar-se “Yamaneko” [dropcap]O[/dropcap] anúncio foi feito ontem pelos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG): o “Hato” vai designar-se oficialmente “Yamaneko”. Traduzindo do japonês, a origem de ambos os nomes, o tufão, que atingiu Macau em 23 de Agosto de 2017, passa de “pombo do céu” para “gato bravo”. A nova nomenclatura foi aprovada na 51.ª Conferência Geral do Comité dos Tufões, realizada em Cantão entre 26 de Fevereiro e 1 de Março, mas apenas anunciada ontem pelos SMG em comunicado. O Hato – o mais forte tufão a atingir Macau em mais de meio século, que ceifou dez vidas e causou prejuízos na ordem de 12,5 mil milhões de patacas – não foi, porém, o único a ser rebaptizado. Na reunião, de quatro dias, os membros do Comité dos Tufões aprovaram ainda os nomes “Yun-yeung”, fornecido por Hong Kong, e “Koinu”, proposto pelo Japão, em substituição de “Kai-tak” e “Tembin”, tempestades tropicais que provocaram sérios danos em 2017. Já o “Mangkhut”, que atingiu a RAEM em Setembro último, viu o seu nome ser excluído permanentemente, à semelhança do que sucedeu com a “Rumbia”, outra tempestade tropical severa de 2018. Os nomes dos ciclones tropicais no Noroeste do Pacífico e no Mar do Sul da China são elaborados e aprovados pelo Comité dos Tufões, com cada um dos membros a fornecer dez nomes por uma determinada ordem. Com efeito, “quando um tufão causa grandes prejuízos a um ou mais membros, os que sofreram prejuízos podem solicitar ao Comité dos Tufões a remoção definitiva do nome do tufão, deixando de ser utilizado”, explicam os SMG na mesma nota de imprensa. O Comité dos Tufões foi criado em 1968 pela UNESCAP (Comissão Económica e Social para a Ásia e o Pacífico das Nações Unidas) e pela Organização Meteorológica Mundial, com a missão de reduzir as perdas por desastres causados por tufões na região Ásia-Pacífico. Actualmente, conta com 14 membros nacionais e regionais. A delegação da RAEM foi liderada pelo director substituto dos SMG, Tang Iu Man. 123»
Sofia Margarida Mota SociedadeTufões | Gastos mais de 110 milhões de patacas em equipamentos O Governo gastou cerca de 113 milhões de patacas em equipamentos de resposta a emergências, após a passagem do tufão Hato, revelou ontem o Comandante-geral dos Serviços de Polícia Unitários. Este ano, as autoridades esperam a passagem de quatro a seis tufões, alguns deles “severos” [dropcap]D[/dropcap]esde a passagem do Hato em Agosto de 2017, o Governo adquiriu equipamentos para fazer frente à passagem de tufões no valor de 113 milhões de patacas. A informação foi dada ontem pelo comandante-geral dos Serviços de Polícia Unitários (SPU), Ma Io Kun, à margem da reunião da protecção civil. “No ano passado, antes da passagem do tufão Mangkhut foram investidos 70 milhões de patacas, este ano mais de 43 milhões”. Entre as aquisições, mais de 70 tipos diferentes, o responsável destacou a aquisição de viaturas anfíbias e botes para “acções de salvamento”, geradores para responder a cortes de energia e drones. Os SPU admitem que ainda aguardam outros equipamentos, que devem chegar “antes do início da época de tufões”. No entanto, de acordo com Ma Io Kun, não há razões para preocupação. “Temos equipamentos suficientes para tratar as situações já desde antes da passagem do tufão Mangkhut”, apontou. Ma Io Kun recordou que para este ano está prevista a passagem de quatro a seis tufões por Macau, “com a possibilidade de situações severas devido à influência do aquecimento global e a situações climáticas extremas”. O primeiro tufão está previsto para meados de Julho, e o último para o início de Outubro, acrescentou. Abrigos para todos Em termos de infra-estruturas, Macau vai dispor este ano de 17 abrigos, mais um do que no ano passado, para acolher quem necessitar de deixar as suas casas. Além destes abrigos, há ainda mais quatro pontos de encontro para situações de emergência. De acordo com o representante do Instituto de Acção Social, presente na reunião de ontem dos Serviços de Protecção Civil, estes centros têm capacidade para acolher cerca de 24 mil pessoas e estão equipados para receber portadores de deficiência. “Também foram acrescentados centros para acolher os turistas retidos durante as tempestades e nestes centros há recursos materiais e alimentação”, disse Ma Io Kun. “Vamos transferir os turistas das Portas do Cerco para o Campo Desportivo dos Operários, os que vêm da Ponte HKZM vão ser transferidos para o Pavilhão Desportivo da Escola Luso Chinesa. Os turistas do Terminal Marítimo do Porto Exterior vão ser transferidos para o Instituto Politécnico de Macau e os que vêm através dos postos do Cotai vão seguir para a Nave Desportiva”, acrescentou. Tudo a postos Para preparar a população para uma situação de evacuação de emergência, vai ser realizado no próximo dia 27 a operação Peixe de Cristal 2019. “O exercício vai abranger cinco zonas: Ilha Verde, Fai Chi Kei, Porto Interior, zona da praia do Manduco e também Coloane e vai ser realizado em simultâneo”, apontou o Comandante-geral dos SPU. Este exercício de simulação vai também ter o contributo da população, estando disponíveis 450 vagas para residentes. “Este ano esperamos a participação [da população], no entanto, sendo a primeira vez, não podemos esperar um grande número de pessoas”, disse. Os residentes interessados podem inscrever-se até ao próximo dia 22 e os serviços vão proceder a duas sessões de esclarecimento prévias agendadas para as manhãs de 24 e 27 de Abril.
João Santos Filipe SociedadeMeteorologia| Autoridades de Hong Kong antecipam terceiro tufão n.º 10 desde 2017 [dropcap]O[/dropcap] Observatório de Hong Kong antevê a passagem de mais um tufão n.º 10, a menos de 500 quilómetros da região vizinha. A informação foi divulgada, ontem, pelo director do Observatório Shun Chi-ming, que espera um Verão com temperaturas mais elevadas devido aos efeitos do El-Niño. Este é um fenómeno meteorológico temporário e cíclico que resulta no aquecimento das temperaturas das águas no Oceano Pacífico. Em relação ao número de tufões, Hong Kong espera que o território possa ser afectado por quatro a sete ocorrências. “É um número normal”, disse Shun Chi-ming. “Uma vez que se vai fazer sentir os efeitos do El-Niño, é possível que a época de tufões apenas comece no início de – ou depois – de Junho”, acrescentou, de acordo com o portal Hong Kong Free Press. A última vez que Hong Kong içou o sinal número 10 de tufão em três anos consecutivos foi entre 1960 e 1962. Caso este ano se registe um tufão número 10, então o registo é igualado. Porém, o director do Observatório de Hong Kong deixou o desejo que tal não se verifique. “Espero que a história não se repita”, afirmou. Nos últimos dois também Macau içou por duas vezes o sinal de tufão n.º 10. Em 2017 tal aconteceu com o Tufão Hato, que matou pelo menos 10 pessoas, e no ano passado com o Tufão Mangkhut. Em relação à RAEM o Governo ainda não realizou o evento em que antecipa a época de tufões, o que normalmente acontece entre Abril e Maio. Contudo, não é de afastar um cenário muito semelhante, uma vez que nos últimos dois anos sempre que Hong Kong içou o sinal número 10, Macau fez o mesmo. Na mesma conferência de ontem, o director do Observatório anteviu que as temperaturas podem chegar aos 40 graus nos Novos Territórios. “A altura em que Hong Kong vai deixar de ter Inverno está quase a chegar”, afirmou Shun. No ano passado foram sete as tempestades tropicais que passaram a menos de 800 quilómetros do território, com o Mangkhut a ser o único tufão que levou a que o sinal número 10 fosse içado.
Diana do Mar SociedadeTufão Hato passa a denominar-se “Yamaneko” [dropcap]O[/dropcap] anúncio foi feito ontem pelos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG): o “Hato” vai designar-se oficialmente “Yamaneko”. Traduzindo do japonês, a origem de ambos os nomes, o tufão, que atingiu Macau em 23 de Agosto de 2017, passa de “pombo do céu” para “gato bravo”. A nova nomenclatura foi aprovada na 51.ª Conferência Geral do Comité dos Tufões, realizada em Cantão entre 26 de Fevereiro e 1 de Março, mas apenas anunciada ontem pelos SMG em comunicado. O Hato – o mais forte tufão a atingir Macau em mais de meio século, que ceifou dez vidas e causou prejuízos na ordem de 12,5 mil milhões de patacas – não foi, porém, o único a ser rebaptizado. Na reunião, de quatro dias, os membros do Comité dos Tufões aprovaram ainda os nomes “Yun-yeung”, fornecido por Hong Kong, e “Koinu”, proposto pelo Japão, em substituição de “Kai-tak” e “Tembin”, tempestades tropicais que provocaram sérios danos em 2017. Já o “Mangkhut”, que atingiu a RAEM em Setembro último, viu o seu nome ser excluído permanentemente, à semelhança do que sucedeu com a “Rumbia”, outra tempestade tropical severa de 2018. Os nomes dos ciclones tropicais no Noroeste do Pacífico e no Mar do Sul da China são elaborados e aprovados pelo Comité dos Tufões, com cada um dos membros a fornecer dez nomes por uma determinada ordem. Com efeito, “quando um tufão causa grandes prejuízos a um ou mais membros, os que sofreram prejuízos podem solicitar ao Comité dos Tufões a remoção definitiva do nome do tufão, deixando de ser utilizado”, explicam os SMG na mesma nota de imprensa. O Comité dos Tufões foi criado em 1968 pela UNESCAP (Comissão Económica e Social para a Ásia e o Pacífico das Nações Unidas) e pela Organização Meteorológica Mundial, com a missão de reduzir as perdas por desastres causados por tufões na região Ásia-Pacífico. Actualmente, conta com 14 membros nacionais e regionais. A delegação da RAEM foi liderada pelo director substituto dos SMG, Tang Iu Man.