Até Fevereiro houve menos motociclos matriculados e mais acidentes de viação

[dropcap]D[/dropcap]ados revelados ontem pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) mostram que, até ao fim de Fevereiro, houve uma redução do número de motociclos matriculados. Pelo contrário, nas estradas de Macau verificaram-se mais acidentes de viação durante os primeiros dois meses.

Até ao final de Fevereiro de 2019 havia 239.345 veículos matriculados, uma descida “ligeira” de 0,4 por cento face ao igual período do ano passado. O comunicado oficial da DSEC dá conta que “destes veículos, o número de ciclomotores (25.647) baixou 10,3 por cento, enquanto o de automóveis ligeiros (108.262) e o de motociclos (97.894) subiram um por cento e 1,2 por cento, respectivamente”. O número de veículos com matrículas novas equivaleu a 726, menos 36,9 por cento, em termos anuais.

No que diz respeito às matrículas registadas na Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), a quantidade de motociclos (410) e o de automóveis ligeiros (282) diminuíram 31,9 e 40,6 por cento, respectivamente. Nos dois primeiros meses deste ano, o total de veículos com matrículas novas foi de 1.954, menos 31,6 por cento, face ao mesmo período do ano passado.

A DSEC contabilizou também um aumento de 3,6 por cento no espaço de um ano dos acidentes de aviação, que foram de 1153, que resultaram num total de 410 feridos. “Nos dois primeiros meses do corrente ano, o número de vítimas de acidentes de viação totalizou 709, sendo que uma das quais morreu”, aponta a DSEC.

Carros nas fronteiras

Os dados da DSEC revelam também que se verificou um aumento de seis por cento na circulação de automóveis nas fronteiras, face a Fevereiro de 2018, tendo sido registado uma subida de 3,1 por cento em termos anuais.

Destaca-se que o movimento de automóveis na Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau se situou em 19.691 veículos e que nas Portas do Cerco foi de 237.279, menos 4,8 por cento em termos anuais.

Ao nível das viagens, foram realizados um total de 5.587 voos comerciais no Aeroporto Internacional de Macau, mais 16,1 por cento em termos anuais. Realça-se que o número dos voos entre Macau e a China Continental (2.256), bem como entre Macau e a Tailândia (590) cresceram 27,2 e 24,2 por cento, respectivamente. Já o número de voos entre Macau e Taiwan (1.054) desceu 2,2 por cento.

2 Abr 2019

DSAT vai renovar radares em 14 cruzamentos

[dropcap]A[/dropcap] Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) vai instalar um sistema integrado de detecção de irregularidades em 14 intersecções rodoviárias. O sistema entrará em funcionamento a partir do próximo dia 1 de Abril, de forma faseada e mediante coordenação com o Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP).

Na primeira fase, os radares serão instalados em sete intersecções e vão substituir o actual sistema de detecção de desrespeito ao sinal luminoso. De acordo com a DSAT o objectivo é permitir a fiscalização do “desrespeito ao sinal luminoso e situações de excesso de velocidade, elevando a consciência dos condutores para a segurança rodoviária”.

Para já o sistema vai ser instalado na Intersecção entre a Avenida D. João IV e a Avenida do Infante D. Henrique, no cruzamento entre a Avenida D. João IV e Avenida do Infante D. Henrique, na Avenida do Conselheiro Ferreira de Almeida com a Rua Filipe O’Costa, na intersecção entre Rua da Ribeira do Patane e a Avenida de Demétrio Cinatti, Avenida Venceslau Morais com a Rua Francisco Xavier Pereira, na Avenida Venceslau Morais com a Avenida do Almirante Magalhães Correia, e na intersecção entre Avenida Venceslau Morais e a Avenida do Nordeste.

Mais sete

Na segunda fase, que deve arrancar em Julho, vão ser instalados novos radares nos cruzamentos da Avenida Horta e Costa com a Avenida do Conselheiro Ferreira de Almeida, da Avenida Horta e Costa com a Avenida do Almirante Lacerda, entre a Avenida do Almirante Lacerda e a Avenida do General Castelo Branco, na intersecção da Avenida do Dr. Francisco Vieira Machado com a Rua Nova da Areia Preta e a Rua da Doca dos Holandeses, no cruzamento entre a Avenida Dr. Rodrigo Rodrigues e a Rua de Malaca, entre a Avenida do Conselheiro Ferreira de Almeida e a Avenida do Ouvidor Arriaga e no cruzamento entre a Almirante Lacerda e a Avenida do Ouvidor Arriaga.

Em comunicado, a DSAT alerta ainda que, nos termos da legislação vigente, o condutor que não respeite os limites máximos de velocidade é punido com pena de multa 600 a 40 000 patacas, podendo chegar à inibição de condução. O condutor que não pare nos sinais vermelhos pode ser punido com multa de 1000 a 10 000 patacas e ficar proibido de conduzir.

27 Mar 2019

Caso das Saunas | PJ deteve mais um suspeito

[dropcap]A[/dropcap] Polícia Judiciária deteve mais um suspeito ligado ao caso das saunas, que revelou uma rede criminosa que desde 2017 terá gerado 313 milhões de patacas em lucros. O homem detido é um residente local com 50 anos, que se encontrava desempregado. Segundo a PJ, citada ontem pelo canal chinês da Rádio Macau, após a operação de 16 de Maio as investigações continuaram, resultando agora na detenção de um dos responsáveis pelo controlo e gestão das prostitutas. A detenção foi feita quando o residente entrou em Macau, uma vez que se encontrava fora do território.

Droga | PJ apreende 32,2 gramas de cocaína

A Polícia Judiciária deteve quatro pessoas na posse de 32,2 gramas de cocaína, avaliadas em 110 mil patacas. Segundo as autoridades, os suspeitos devem estar ligados a uma rede de venda de estupefacientes de Hong Kong. As detenções decorreram na quarta-feira à noite, depois da PJ ter recebido uma denúncia de que dois homens de Hong Kong pretendiam vir para Macau para vender cocaína num casino no NAPE. Inicialmente, a PJ apenas recebeu a indicação de dois envolvidos, mas em Macau os dois suspeitos de Hong Kong actuaram em conjunto com dois residentes locais, pelo que foram todos detidos. Após a detenção, os quatro homens acusaram positivo nos testes de consumo de drogas.

Trânsito | DSAT vai analisar cruzamento da Rua do Monte

A Direcção de Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) vai avaliar as barreiras metálicas colocadas para impedir o trânsito entre o cruzamento da Rua do Monte e a Rua de Santa Filomena, junto ao restaurante Mariazinha. Numa resposta enviada ao HM, após o caso de uma ambulância que ficou presa na zona a aguardar que alguém retirasse as barreiras metais, a DSAT explicou que aquela zona integra a área do Largo do Senado, que ainda antes da transição foi fechada ao trânsito. Impedir a circulação de viaturas na área e proteger os peões foram as justificações dadas pela DSAT para a colocar as barreiras metálicas e instalar sinais de circulação proibida. Sobre o incidente da ambulância, a DSAT defende que há outros caminhos que permitem chegar às habitações. Mesmo assim, os serviços ponderam a reavaliação da situação e proceder a eventuais alterações necessárias.

Economia | Inflação disparou para o dobro em Fevereiro

A taxa de inflação dos 12 meses terminados em Fevereiro subiu 3,09 por cento em relação ao período homólogo do ano anterior, quando foi 1,46 por cento, o que representou um crescimento para mais do dobro. Os Serviços de Estatística e Censos (DSEC) justificam o aumento da inflação com a subida substancial dos preços do vestuário e calçado e transportes, que verificaram um incremento de 6,33 e 5,54 por cento, respectivamente. “Educação, transportes, vestuário e calçado registaram acréscimos significativos, ou seja, +5,95 por cento, +5,06 por cento e +4,48 por cento, respectivamente, face a Fevereiro de 2018”, lê-se na nota da DSEC.

22 Mar 2019

Cartas de condução | Novo Macau quer falar com Chefe do Executivo sobre reconhecimento

[dropcap]A[/dropcap]Novo Macau, a par com o deputado Sulu Sou, endereçou uma carta ao Chefe do Executivo a solicitar um encontro formal para debater o reconhecimento mútuo das cartas de condução com a China.Com o pedido, que surge na sequência do recente protesto que levou centenas às ruas, a maior associação pró-democracia de Macau diz procurar, através da reunião com Chui Sai On, “um diálogo sincero para estreitar a divergência social”.

Em comunicado, enviado ontem às redacções, a Novo Macau “manifesta a esperança de ter um diálogo cândido” com o Chefe do Executivo, designadamente sobre o reconhecimento mútuo das cartas de condução entre Macau e a China, cujas negociações decorrem há pelo menos um ano. No encontro com o líder do Governo, que espera que tenha lugar “o mais breve possível”, a Novo Macau pretende ainda “avaliar de que forma essas disputas vão afectar a maneira como os residentes encaram o plano da Grande Baía” e “as opções viáveis para as dirimir”.

Argumentando que conta com o apoio das famílias das vítimas dos “graves acidentes” causados por condutores da China, que têm deixado a comunidade “ansiosa”, promete “dar o melhor” para minimizar as divergências sociais e solucionar os conflitos, “através da comunicação directa” com o líder do Governo.

15 Mar 2019

Sem racionalidade não há segurança rodoviária

[dropcap]N[/dropcap]o passado dia 1 de Março, na Av. Marginal Flor de Lótus, ocorreu mais um acidente rodoviário que custou a vida a uma jovem de apenas 22 anos. Aparentemente, a motorizada em que aquela circulava foi embatida por uma carrinha que não respeitou o sinal de paragem obrigatória (stop) e a regra da prioridade que militava a favor da malograda motociclista.

 

Entretanto, tomei conhecimento de que por causa disso foi convocada uma manifestação para o dia 9 de Março, por parte de um conjunto de deputados, visando protestar contra o reconhecimento mútuo de cartas de condução entre a RAEM e a RPC. São coisas diferentes.

 

Não estando em causa o legítimo de exercício do direito de manifestação e indignação relativamente a essa decisão, nem o aproveitamento político que lhe possa estar subjacente, considero que seria importante voltar a reflectir sobre as razões para que num espaço tão pequeno como é Macau ocorram tantos acidentes e tão graves.

 

Começando por aqui, seria bom que se tivesse presente o quadro abaixo, elaborado a partir dos dados disponibilizados pelos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), relativamente aos últimos anos:

 

 

* – Fonte: dados obtidos online na página da DSEC

 

Creio que o número total de vítimas da DSEC se refere a pessoas envolvidas quer em acidentes de viação quer em transgressões às leis de trânsito, visto que se não sendo o resultado a soma de feridos e mortos não se vê de onde vem tal número. Mas independentemente das dúvidas que possam resultar desse indicador, os números dos acidentes de viação, transgressões às leis do trânsito, de mortos e feridos seria mais do que suficiente para fazer soar todos os alarmes.

 

Há pouco mais de dois anos, neste mesmo jornal, deixei umas “Notas Rodoviárias” em que foram abordadas algumas questões atinentes a este assunto. Volto hoje ao tema.

 

O reconhecimento mútuo de cartas de condução entre a RAEM e a RPC, que de novo está na ordem do dia, é apenas uma ínfima parte de um problema maior. Esse reconhecimento poderá contribuir para um maior congestionamento do trânsito e um agravamento da actual situação, mas em nada ajuda a combater a atitude irresponsável de muitos condutores, sejam eles de automóveis ligeiros, motociclos ou pesados, públicos, de concessionários ou privados, e de peões.

 

Repare-se que condutores com carta de condução da RPC ou de qualquer outro país, e alguns até sem habilitação para a condução, já circulam pelas estradas de Macau sem dificuldades de maior, como se viu pelo acidente de 01/03/2019 e também já acontecera com um condutor do interior da RPC, com licença coreana, que em 31/01/2019 provocou um acidente por circular em contramão.

 

Portanto, o problema não está no reconhecimento mútuo. Com ele ou sem ele temos milhares de acidentes num território mais pequeno que uma herdade alentejana de produção de bovinos que há dias esteve na razão da assinatura de um acordo entre a CESL-ASIA e o Banco da China, numa cerimónia com o Secretário para a Economia e Finanças.

 

Quem circula pelas estradas da RAEM já se apercebeu da forma imponderada e à margem dos regulamentos como por aqui se conduz. A qualquer hora.

 

Não obstante o esforço feito pelas autoridades, continua a ser vulgar ver circular nas pontes veículos pesados na via de circulação mais à direita. Não só veículos pesados. Muitos automóveis ligeiros, motociclos e ciclomotores também circulam encostados à direita da faixa de rodagem, ainda quando o lado esquerdo se encontra desimpedido. O mesmo acontece fora das pontes em qualquer faixa de rodagem que tenha mais do que uma via no mesmo sentido (Istmo de Coloane, novas avenidas do Cotai). Por vezes vão pela via central. E isso acontece quer com condutores profissionais, quer com amadores, residentes ou não-residentes, e até com veículos ao serviço de entidades oficiais.

 

Resumindo o que diariamente vejo na estrada, diria que se faz o possível para não se parar nas passadeiras, sendo que os piores são os condutores de veículos com dupla matrícula. Por outro lado, fazem-se tangentes aos peões nas passadeiras, havendo peões que se atiram literalmente para as zebras, outros atravessam o Cotai passando por cima dos canteiros centrais, saltam vedações, colocam em risco a sua segurança e a de quem circula. Vêem-se inversões de marcha nos locais mais inacreditáveis, por vezes com circulação em contramão, como na Estrada de Seac Pai Van, junto à gasolineira, e nas imediações da Urbanização One Oasis. Muda-se de direcção e pára-se de repente sem se sinalizar a manobra, apenas para se conversar com outro condutor (caso dos táxis) ou falar ao telemóvel, ignorando-se a existência dos sinais luminosos e dos outros que circulam. Há ainda quem faça inversão de marcha e aborde cruzamentos esquecendo que as regras da prioridade aqui não são iguais às da RPC, e os que conduzindo autocarros param a meio das rotundas e em vias com prioridade para deixarem entrar os colegas, perturbando a circulação e obrigando a parar quem não tem que parar.

 

Há, por isso, necessidade do Governo da RAEM, designadamente através das Secretarias para os Transportes e Obras Públicas e da Segurança, apostar numa melhor formação de condutores e de peões, desencadeando acções de natureza pedagógica. Numa primeira fase recorrendo a campanhas de sensibilização, com especial incidência sobre os condutores que vêm do interior da China, que pensam que em Macau as regras são as mesmas, razão pela qual circulam sistematicamente pela direita e violam prioridades, bem como sobre os motoristas de táxi, condutores de autocarros e instrutores de condução. Será seguramente mais económico e fácil distribuir panfletos em chinês nas fronteiras a quem se dirige à RAEM, ou levar a efeito campanhas na rádio e na televisão, do que pagar indemnizações e acudir a quem perde os seus entes queridos ou os vê ficarem incapacitados para a vida. Essas acções pedagógicas devem abranger polícias com responsabilidade no trânsito, que deviam ser os primeiros a dar o exemplo na circulação pela esquerda e no uso de sinais luminosos. Depois, num segundo momento, será necessário autuar forte e feio, mobilizando mais agentes para a estrada do que para a verificação de parquímetros, onde até hoje ninguém morreu ou ficou marcado para o resto da vida.

 

Estas acções devem ser acompanhadas de uma melhoria das condições de circulação estradal, designadamente junto às bermas, nivelando-se as tampas, tapando buracos que dão cabo de jantes, pneus e suspensões, melhorando o alcatrão, em suma, introduzindo-se racionalidade e programação adequada nas intervenções nas vias públicas. Não é por se impedir as inversões de marcha no Cotai ou não se reconhecer as cartas da RPC que o problema se resolve e os números melhorarão.

 

Não havendo uma cultura rodoviária e pedonal de respeito pelos outros e de cumprimento da lei, com mais ou menos manifestações por causa das cartas de condução, apesar dos limites de velocidade baixíssimos, continuará tudo na mesma. A segurança na estrada não pode ser uma arma política. A insegurança rodoviária já está cá dentro há muito tempo, não vai ser agora importada. Exijam-se as medidas adequadas ao Chefe do Executivo e ao Governo da RAEM.

8 Mar 2019

Governo constrói ligação directa entre Zona A e Av. do Nordeste

O Executivo anunciou a construção de uma ponte e um viaduto para aliviar o trânsito na Zona da Pérola Oriental agravado pela Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau. O projecto foi apresentado ontem ao Conselho Consultivo de Trânsito

 

 

[dropcap]U[/dropcap]ma ponte que faz a ligação directa entre a Zona A e a Avenida do Nordeste e que permite evitar a Rotunda da Amizade. A estrutura é depois completada com um novo viaduto que vai ligar a Avenida do Nordeste à Avenida Ponte da Amizade, também de forma a evitar a rotunda. É esta a solução do Governo para aliviar os congestionamentos naquela zona causados pela abertura da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau.

O projecto foi discutido ontem no Conselho Consultivo de Trânsito e no final foi apresentado por Lam Hin San, que dirige a Direcção de Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT). “Na reunião discutimos o reordenamento rodoviário da zona junto à Rotunda da Amizade. Apresentámos duas soluções, uma com a travessia em forma de ‘S’ e outra em recta”, começou por revelar o director da DSAT. “Mas como o projecto em forma de ‘S’ era mais perigoso e tinha menos segurança, também porque temos de pensar nos motociclos, optámos pela travessia com uma via recta”, explicou.

Segundo o director da DSAT, outra das vantagens deste projecto é permitir a conclusão dos trabalhos mais rapidamente, encurtando o prazo em cerca de quatro meses. A obra vai ser feita em duas fases distintas.

“A primeira fase vai fazer a ligação entre a Avenida do Nordeste e a Zona A, vai passar por cima da Ponte da Amizade. A segunda fase vai fazer a ligação entre a Avenida do Nordeste e a Avenida Ponte da Amizade, e não passa pelo mar”, explicou.

Além da passagem de viaturas, as ligações com a Zona A vão permitir a circulação de peões: “Pensámos na densidade populacional da Zona A no futuro e que muitas dessas pessoas pretendem deslocar-se a pé. Por isso teremos instalações para que possam atravessar a ponte a pé”, explicou.

Neste momento, o Governo ainda está a preparar o concurso público pelo que não há orçamento nem tempo previsto para as obras. Mesmo assim, Lam Hin San acredita que a primeira fase esteja concluída dentro de um ano e meio.

 

Falta de condutores

Ontem, na reunião do Conselho Consultivo do Trânsito (CCT) foi também abordada a situação dos condutores dos transportes públicos. De acordo com os dados apresentados pelo director da DSAT, actualmente há quase 1400 motoristas de autocarros disponíveis. Porém, o número de passageiros não para de aumentar, ajudado pelo volume de turistas, levando a DSAT a falar num problema de sustentabilidade.

“Actualmente, o número de motoristas de autocarro não chega a 1400, ainda há falta de 400 motoristas. No futuro, mais ou menos, 20 por cento dos condutores vão-se aposentar. Com o crescimento do número de passageiros e turistas, acaba por haver uma grande falta de mão-de-obra”, explicou Lam Hin San. “É muito difícil conseguir contratar condutores. Houve representantes das empresas de autocarros a referir que o salário médio desses condutores é de 29 mil e há mesmo condutores que recebem 40 mil por mês”, acrescentou.

 

 

“Cruzamento da morte” bloqueado

De acordo com o director da DSAT, Lam Hin San, o cruzamento na Avenida Marginal da Flor de Lótus, onde na sexta-feira morreu uma jovem de 22 anos, vai continuar bloqueado, temporariamente. “Em conjunto com a polícia, bloqueámos a estrada. Estamos a rever a segurança do local e se verificarmos, como em qualquer outra estrada, que há riscos que não conseguimos reduzir ou eliminar, então o bloqueio pode ser permanente. Até vermos o que vamos fazer, essa estrada fica bloqueada”, informou Lam Hin San.

 

 

 

Novos radares na ponte

O Governo planeia instalar novos radares de velocidade na Ponte da Amizade, afirmou ontem Lam Hin Sam. O objectivo é aumentar a segurança dos condutores. “Vamos instalar mais radares de velocidade. Discutimos no Conselho Consultivo de Trânsito e concluímos que é uma medida que pode proteger os residentes. Foi uma opinião unânime”, disse o director da DSAT. O limite de velocidade não sofre alterações, com o máximo a ser de 80 km/h no tabuleiro e de 40 km/h no acesso.

 

8 Mar 2019

Trânsito | Autoridades suspeitam que estudante foi morta por condutor ilegal

Uma jovem de 22 anos morreu na sexta-feira, quando o motociclo em que circulava foi atingido por uma viatura, alegadamente, conduzida por um motorista ilegal. A estudante tinha marcada para hoje sessão de fotografias para celebrar o fim do curso

[dropcap]O[/dropcap]homem que conduzia o carro de sete lugares que vitimou uma jovem de 22 anos, no Cotai, pode vir a responder pelo crime de homicídio por negligência. O caso foi entregue ao Ministério Público e, segundo as autoridades, o homem não estava habilitado a conduzir em Macau, pelo que lhe foi aplicado o termo de identidade e residência.

Segundo um artigo do portal Macau Concealers, que cita as autoridades, o residente do Interior da China de 40 estava a conduzir ilegalmente para uma empresa promotora do jogo, o que contraria as leis do território que definem que a profissão de motorista só pode ser exercida por locais.

O acidente aconteceu na sexta-feira, por volta das 17h, quando a carrinha de sete lugares se preparava para atravessar a Avenida Marginal da Flor de Lótus e entrar na estrada que dá acesso ao Hotel Okura. Nessa altura, a viatura da promotora Seng Keng Group atingiu o motociclo conduzido pela estudante universitária de 22 anos, que foi levada de urgência para o Centro Hospitalar Conde São Januário na sequência do acidente. Quando foi transportada na ambulância, a jovem já não respirava nem apresentava batimentos cardíacos e mais tarde foi declarado o óbito.

De acordo com o código penal, o crime de homicídio por negligência é punido com uma pena de prisão até três anos. Caso seja considerado que houve “negligência grosseira, o limite máximo da pena sobe para cinco anos.

 

Quase licenciada

A vítima estudava na Universidade de Macau e estava em vias de terminar os estudos. Por esse motivo, tinha combinado para essa tarde uma sessão fotográfica com os amigos para assinalar o fim da licenciatura.

Após a notícia ter sido divulgada, colegas da faculdade começaram a juntar fundos para ajudar a família da vítima e houve mesmo um amigo que falou ao portal Macau Concealers, sem ser identificado. “Ainda não estou a conseguir lidar com a notícia. Vi que o condutor foi detido e houve um certo alívio, mas muito ligeiro”, disse a fonte ouvida. “Não é o primeiro acidente que acontece naquele cruzamento. Normalmente, os carros atravessam sem olharem se outras viaturas vêm em sentido contrário”, acrescentou.

A mesma pessoa responsabilizou o Governo devido à falta de medidas para combater o fenómeno dos condutores e trabalhadores ilegais.

 

Sou responsabiliza Governo

Também o deputado Sulu Sou entende haver responsabilidade do Governo nesta matéria, depois de ter verificado, recentemente, uma série de acidentes com motoristas ilegais. O pró-democrata recordou dois acidentes, em Julho de 2017 e Janeiro de 2018, em que condutores ilegais do Interior da China causaram vítimas ou feridos graves. “Apesar das várias críticas da sociedade, o Governo continua a adoptar uma postura fraca no combate aos motoristas ilegais”, afirmou Sulu Sou, num comunicado publicado nas redes sociais.

Ao mesmo tempo, o deputado voltou a mostrar-se contra o reconhecimento mútuo das cartas de condução. Esta é uma medida que o Governo pretende adoptar para que os condutores do Interior da China possam conduzir durante alguns dias sem carta de condução válida, como já acontece com condutores de outros países. “Em Abril de 2018, o Chefe do Executivo ignorou a sociedade. E apesar das forças em contrário, autorizou o secretário para os Transportes e Obras Públicas a assinar um acordo para o reconhecimento mútuo. Após um ano, o acordo não avançou, mas as pessoas percebem que vai agravar a situação do trânsito”, opinou Sulu Sou.

Também nas redes sociais surgiram vários ataques aos deputados Ma Chi Seng e Lao Chi Ngai, nomeados pelo Chefe do Executivo, que em Novembro do ano passado tiveram uma intervenção no hemiciclo a defender o reconhecimento mútuo. Os dois legisladores consideraram o reconhecimento uma prioridade.

4 Mar 2019

Trânsito| Coutinho quer medidas para evitar congestionamentos

[dropcap]O[/dropcap]deputado José Pereira Coutinho pede ao Governo esclarecimentos acerca das medidas a tomar para evitar o impacto no trânsito causado pela realização de obras públicas.

Em interpelação escrita, Coutinho recorda o fecho da ponte Sai Van no passado mês de Dezembro, salientando a ineficácia do Executivo em comunicar à população a alteração de tráfego e em implementar medidas alternativas de circulação.

Neste sentido o deputado pretende a garantia de que os transtornos registados não se repitam e solicita “medidas preventivas para evitar que um congestionamento de trânsito semelhante volte a acontecer devido ao encerramento das vias públicas”.

A necessidade de criar canais de comunicação eficazes para a divulgação de informação também é sublinhada pelo tribuno.

15 Fev 2019

Trânsito | Mais carros e menos motas

[dropcap]N[/dropcap]o ano passado o número de automóveis ligeiros a circular no território aumento 0,8 por cento para 108.442 veículos, de acordo com as estatísticas publicadas ontem, pelos Serviços de Estatística e Censos. Também no que diz respeito aos motociclos houve um aumento de 0,9 por cento para 97.822. No entanto, ao nível dos ciclomotores uma redução de 10,5 por cento para as 26.256 unidades. Segundo as informações reveladas ontem, no quarto trimestre de 2018 foram atribuídas matrículas novas a 3.6622 veículos, uma redução de 27,2 por cento em relação ao mesmo período do ano anterior. No que diz respeito aos acidentes, em 2018 houve uma redução de 6,5 por cento para as 13.764 ocorrências face a 2017. Porém houve um aumento de vítimas mortais para 10, quando em 2017 tinham sido 8 mortos.

 

1 Fev 2019

Trânsito | Carro na faixa errada atira motociclista para o hospital

 

Um condutor do Interior da China com carta de condução coreana enganou-se no sentido de rodagem e chocou contra um motociclista. O residente local teve de ser internado, mas não corre perigo de vida

[dropcap]U[/dropcap]m carro conduzido por um homem do Interior da China causou um acidente durante a madrugada de ontem, na Taipa, junto do Edifício Windsor Arch, por circular na via contrária. O caso foi revelado pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) e de acordo com as informações avançadas, e citadas pelo jornal Exmoo, o homem tinha carta de condução coreana, apesar de ser do Interior da China.

Segundo as investigações iniciais, na origem do acidente terá estado o facto do homem ter confundido o sentido de circulação no território e ter entrada na faixa contrária. Foi nesse momento que encontrou o motociclista de 26 anos, com quem colidiu. Após o embate, o condutor do carro acusou negativo no exame do álcool. Também, de acordo com a PSP, o indivíduo tinha tratado de todas as formalidades necessárias para poder conduzir legalmente na RAEM, nomeadamente com recurso a uma licença internacional.

Se quanto ao homem do carro não houve ferimentos a registar, o mesmo não aconteceu com o motociclista. O residente local de 26 anos teve de ser transportado para o Hospital Kiang Wu com ferimentos na pélvis, perna e cortes na boca. Porém, de acordo com o diagnóstico inicial, os ferimentos não colocam em risco a vida do motociclista.

Reconhecimento mútuo

Este é um caso que promete relançar o debate sobre o reconhecimento mútuo das cartas de condução entre condutores do Interior da China e de Macau. No passado, o secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, fez questão de dizer que era uma questão de tempo até o assunto ser aprovado e o final do ano passado chegou a ser indicado como uma data possível para a implementação da medida.

No entanto, depois de forte oposição da população, que contou com apoio de alguns deputados, a polémica acabou por ser adiada devido às palavras do Chefe do Executivo. Em Abril do ano passado, numa sessão de perguntas e respostas aos deputados, Chui Sai On admitiu que havia negociações com o Interior da China para a implementação da política, mas que não “havia um prazo concreto” para a sua aplicação.

Segundo a legislação actual são vários os condutores de diferentes países que podem conduzir em Macau com uma licença internacional, mas o mesmo não sucede com os residentes do Interior da China. Foi por considerar que existe discriminação na atitude face aos residentes do mesmo país, que Raimundo do Rosário chegou a dizer ao deputado Ng Kuok Cheong que sentia “uma certa vergonha” pelo tema ser abordado desta forma.

“Vejam a bandeira de Macau, da República Popular da China, Macau é China. Os nossos compatriotas têm este direito e com esta medida Macau não está a dar nenhum privilégio a estes compatriotas”, apontou ainda Raimundo do Rosário, na altura.

 

 

 

1 Fev 2019

Leong Sun Iok quer túnel da Ponte de Sai Van aberto à circulação

Deputado defende abertura do tabuleiro inferior da Ponte de Sai Van à circulação, como medido temporária para as horas de ponta, congestionamentos e como resposta à Ponte HKZM

 

[dropcap]L[/dropcap]eong Sun Iok, deputado ligado aos Operários, defende que o túnel do tabuleiro inferior da Ponte de Sai Van deveria ser aberto ao trânsito durante as alturas de maior congestionamento e em casos excepcionais. Esta é uma solução temporária apresentada na sequência no congestionamento de 15 de Dezembro, quando até a Ponte Governador Nobre de Carvalho teve de ser aberta ao público, na sequência das longas filas de trânsito.

“Actualmente o tabuleiro inferior da Ponte de Sai Van só é aberto durante a passagem de tufões. Será que o Governo vai estudar a possibilidade de melhorar as condições de ventilação e de passagem da infra-estrutura tabuleiro para aumentar a frequência da abertura ao público? Além disso, será que o tabuleiro pode ser aberto durante situações de congestionamento e horas de ponta?”, questiona Leong Sun Iok. “Será que não é possível criar um mecanismo temporário de circulação?”, acrescenta.

Segundo o legislador, há necessidade de melhorar as ligações entre Macau e Taipa, devido ao aumento dos veículos em circulação, abertura da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau e ainda aos novos aterros, que vão ter capacidade para acomodar 100 mil pessoas.

Ao mesmo tempo, Leong aponta que existe urgência na definição da quinta ligação entre Macau e Taipa, que deverá ser um túnel situado ao lado da Ponte Governador Nobre de Carvalho. Além das actuais pontes, está também a ser ainda preparada uma quarta ligação, que será uma ponte entre a Zona A e a Zona E1 dos Aterros.

 

Críticas ao Executivo

Na interpelação do deputado, que tem a data de ontem, foram também feitas críticas ao Executivo devido ao congestionamento recente. Leong Sun Iok recordou que a situação do dia 15 de Dezembro fez com que os condutores considerassem a resposta do Governo “lenta e desadequada”, pelo tempo que se demorou a abrir a Ponte Governador Nobre de Carvalho ao trânsito. “Muitos condutores e residentes queixaram-se e criticaram o Governo por ter uma resposta confusa e lenta ao caso”, apontou. “As autoridades explicaram toda a situação com três factores: os trabalhos de manutenção da Ponte de Sai Van, os vários acidentes na Ponte da Amizade e ainda a realização de um concerto no Cotai, que aumento o número de travessias dos condutores”, acrescentou.

Porém, o deputado traça um cenário bem mais caótico das ligações: “O trânsito diário nas pontes da Amizade e de Sai Van é enorme e a capacidade das duas infra-estruturas está muito próxima do limite. Por isso, sempre que há um acidente o trânsito entre qualquer área afectada e a Península de Macau ficar logo caótico”, indica.

“Apesar dos factores temporários utilizados pela Direcção de Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), a verdade é que as pontes estão saturadas e é muito difícil haver mais capacidade para as necessidades crescentes. Com a abertura da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau a pressão no trânsito tornou-se ainda maior […] O Governo tem a obrigação de fazer um planeamento antecipado das necessidades e ligações para aliviar a situação do trânsito”, defendeu.

28 Dez 2018

Mais 1700 carros vão ser autorizados a circular na Ilha da Montanha

A partir da próxima quinta-feira, dia 20, os residentes locais vão poder candidatar-se às 1700 quotas para circulação automóvel na Ilha da Montanha, anunciadas ontem pelos Governos de Macau e de Zhuhai

 

[dropcap]M[/dropcap]ais 1700 carros de Macau vão poder circular na Ilha da Montanha, elevando para 2500 o número total de viaturas com matrícula da RAEM. O anúncio, feito ontem pelos Governos de Macau e de Zhuhai, diz respeito à terceira fase de aplicação da política de quotas de circulação de veículos na Ilha da Montanha.

As novas 1700 quotas serão atribuídas em três etapas: a primeira compreende 700, enquanto a segunda e a terceira 500 cada. Em comunicado, o gabinete do porta-voz do Governo indica que os residentes interessados podem apresentar o requerimento a partir da próxima quinta-feira, dia 20, podendo as informações e regras ser consultadas na Internet (tgsq.hengqin.gov.cn), estando o ‘site’ disponível apenas em chinês.

Para breve

A nota oficial refere que a terceira fase de circulação de automóveis na Ilha da Montanha entra em vigor “em breve”, mas não precisa quando vai subir então para 2500 o total de veículos de Macau autorizados a circular na Ilha da Montanha. O HM contactou o Governo solicitando essas informações, mas até ao fecho da edição não obteve resposta.

“As autoridades de Macau e de Zhuhai continuam acompanhar os trabalhos das fases anteriores, nomeadamente a implementação de medidas, o funcionamento da passagem fronteiriça rodoviária e outras situações, a fim de assegurar que as seguintes possam ser executadas da melhor forma”, refere o mesmo comunicado.

Acrescenta ainda que, “no futuro, os Governos dos dois territórios vão impulsionar os trabalhos, considerando a utilização de quotas, capacidade da passagem fronteiriça e a realidade de Macau, no sentido de avançar gradualmente, com o objectivo de acompanhar, da melhor forma, as políticas favoráveis a Macau”.
A política de circulação de veículos de Macau na Ilha da Montanha arrancou há dois anos.

14 Dez 2018

Deputado Si Ka Lon pede circunvalação para ligar Macau às ilhas

[dropcap]O[/dropcap] deputado Si Ka Lon solicita a construção de vias que circundem a península de Macau, Taipa e Coloane, de modo a serem uma alternativa às deslocações que obriguem os automobilistas a atravessar as três zonas. O objectivo, aponta o deputado em interpelação escrita, é atenuar os problemas de trânsito.

A ideia já foi, em parte, avançada pelo Governo quando comunicou que tencionava construir uma via de ligação entre a península de Macau, a zona A de novos aterros e a Taipa. No entanto, até à data, os trabalhos ainda não começaram. “A construção de vias circulares não é muito difícil. É óbvio que existem dificuldades, mas o mais importante é que o Executivo tenha determinação”, refere o deputado.

O tribuno interpela o Governo para que divulgue uma agenda concreta para a concretização de medidas que atenuem as pressões de tráfego e que esclareça se a construção de vias que circundem o território e da quarta ponte estão incluídas no plano urbanístico geral que se encontra em processo de elaboração.

Por outro lado, Si sublinha que o trânsito tem sido uma das suas grandes preocupações tendo solicitado nos últimos anos ao Governo que tome medidas para o melhoramento das condições locais. Além disso, o deputado critica o Executivo por não limitar a circulação de veículos em Macau tendo em conta a capacidade do território. Si Ka Lon salienta ainda o aumento dos problemas de tráfego com a abertura da Ponte HKZM e durante a realização do Grande Prémio.

30 Nov 2018

Grande Prémio | Autoridades apelam a residentes para deixarem o carro em casa

O Governo espera que trânsito na Zona Norte fique mais congestionado do que em anos anteriores devido à abertura da Ponte HKZM e apela aos residentes para cumprirem regras de trânsito e, se possível, que deixem as viaturas em casa durante os quatro dias do Grande Prémio de Macau

 

[dropcap]A[/dropcap] abertura da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau vai fazer com que a situação na Zona Norte da cidade, junto à rotunda da Pérola Oriental, fique pior face aos anos anteriores, durante a realização do Grande Prémio. O cenário foi traçado, ontem, em conferência de imprensa promovida pela Comissão do Grande Prémio de Macau, e que contou com a participação da Direcção de Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) e do Corpo de Polícia de Segurança Pública (PSP).

“De facto com a entrada em funcionamento da nova ponte já há uma grande pressão no trânsito, principalmente junto da Zona Norte. Estamos à espera de uma maior pressão e apelamos aos cidadãos que deixem os carros em casa e que andem mais a pé e utilizem transportes públicos. Pedimos também que saiam mais cedo de casa do que nos dias normais”, disse o subdirector da DSAT, Chiang Ngoc Vai.

Em resposta a esta pressão extra, a PSP afirma que está pronta para lidar com a situação e poderá inclusive colocar mais pessoal nas ruas. Contudo, nega que o trânsito se torne insuportável.

“Estamos à espera de um aumento no trânsito e na pressão das vias. Mas será que vai atingir um nível insuportável para as pessoas? Não. Vai ser uma pressão mais elevada, mas também por isso pedimos às pessoas que tenham mais paciência nesses dias”, justificou Lao Sio Hap, subintendente da PSP.

No ano passado, durante os quatro dias do Grande Prémio, a PSP registou 11 mil infracções ao trânsito. Por esse motivo, Lao deixou um aviso que vai haver uma aplicação rigorosa da lei e que as infracções fazem com que o trânsito fique ainda numa situação mais complicada.

“Do ponto de vista da polícia, o número é considerado grave, principalmente porque estamos a falar de apenas quatro dais. São 11 mil infracções, como estacionamento ilegal, entre outras”, comentou Lao.

Trabalhos adiantados

Na conferência de imprensa de ontem foi apresentado o calendário sobre o encerramento das diferentes barreiras da pista que vão condicionar o trânsito e a posterior reabertura. O Grande Prémio de Macau está agendado para 15 a 18 de Novembro e a partir do dia 12 são várias as barreiras na Avenida da Amizade, Estrada de Cacilhas, Estada D. Maria I, Rua dos Pescadores e Estrada dos Parses que vão impedir a circulação do trânsito.

Após a prova, logo entre as 18h30 do dia 28 e as 05h00 da manhã do dia 19, vão ser realizado os trabalhos de remoção das barreiras tidas como as que maiores incómodos causam. Os trabalhos vão prolongar-se até 29 de Novembro, dia em que está prevista a sua conclusão.

Ao mesmo tempo, a via pedonal do reservatório vai ser reaberta a 30 de Novembro, enquanto o Silo do Terminal do Porto Exterior deverá reabrir por volta de dia 23 de Novembro, altura em que é entregue à DSAT pela organização da prova.

7 Nov 2018

Trânsito | 15 mil casos de excesso de velocidade

[dropcap]E[/dropcap]ntre Janeiro e Setembro, as autoridades registaram 15.288 casos de excesso de velocidade por parte dos condutores. Os número foram avançados ontem pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública, e são citados pelo canal chinês da Rádio Macau.

De acordo com as informações disponibilizadas, 633 acidentes, ou seja 6,2 por cento, foram causados devido à velocidade excessiva e ao facto de não ter sido respeitada a distância de segurança para o veículo da frente.

A PSP encontra-se neste momento a realizar uma acção intensa de fiscalização do trânsito com a duração de duas semanas e só ontem foram passadas duas multas por excesso de velocidade e três devido à utilização do telemóvel ao volante.

26 Out 2018

Buzinadela

[dropcap style≠’circle’]H[/dropcap]á pouco tempo, um amigo juiz disse-me para não apitar, no trânsito a ninguém, nem a alguém que conduza, nem a qualquer transeunte. Acho que lhe devo ter dito que era mais pessoa para fazer sinais de luzes do que propriamente para apitar, que achava bárbaro. A praxis do meu amigo juiz era a base para o seu pedido. Vários casos de homicídio tinham-lhe chegado à barra. Os casos desgraçavam quase sempre duas pessoas: quem morre e quem mata. Nunca se sabe bem quem tem um destino pior, se quem morre ou quem mata. Ponto é que, embora consiga compreender como há muitos casos de homicídio provocados no trânsito, não tinha a percepção de que uma buzinadela pudesse provocar a ira do buzinado a ponto de desferir um tiro sobre o buzinado. Talvez manobras perigosas, ultrapassagens, transgressões várias levassem a uma resposta agressiva por parte de quem se julga exposto. Sobretudo, quando há crianças a serem transportadas, crianças que puderam ter sido postas em perigo. É natural que um pai ou uma mãe, instintivamente reagissem de um modo violento.

Mas buzinadelas? Não!

Ainda assim, dei por mim a pensar, o melhor é mesmo não buzinar em circunstância alguma. As pessoas andam com stress nas suas vidas. A condução de manhã à noite pode deixar alguém com a cabeça em água. E eu, que sou eu, nunca buzino.

Eis que se não quando dou por mim num dia particularmente infeliz, pensei. E buzinei muito. Há um carro que está parado à minha frente sem razão aparente. Buzino. Nada. Não reage. Apito de novo e nada. Depois, percebo que há alguém que procura arrumar o carro e que o carro está parado por esse motivo óbvio. Penso cá para mim que a coisa foi descabida. Mas também não penso que fosse necessário que o condutor gesticulasse ou me dissesse alguma coisa. Era um indivíduo urbano. Lá no fundo, o seu silêncio estaria a enviar-me para qualquer uma parte da sua preferência para que para lá me mandasse.

Uns Km à frente num daqueles cruzamentos de Lisboa em que abre o sinal para seguir em frente, mas não para a esquerda, não percebo também por que razão o cidadão continua sem iniciar a marcha e apito. Com suavidade, mas confiança, braço fora do vidro, aponta o indicador para o semáforo, para que eu perceba, finalmente, que o sinal está fechado para nós, que queremos cortar à esquerda.

Um urbano e outro delicado.

Mas a coisa não fica por aqui. Numa bifurcação em que há espaço para três fachas, pode cortar-se à esquerda ou à direita. Um tipo que podia perfeitamente aproveitar ainda o “verde” permitido pelo laranja, para-me exactamente no meio sem me deixar perceber se quer virar à direita ou à esquerda. Dou-lhe uma buzinadela tremenda. Olha para mim com cara de espanto. Faço os gestos que lhe pretendem explicar que nem andou para a direita nem para a esquerda. Olha para a mulher que lhe diz que tenho razão ou lá o que é que ela lhe disse- podia simplesmente ter sido: deixa-o que é um atrasado mental. E depois aguarda e faz-me aguardar pela abertura do sinal.

O pior foi quando uma criatura estava a tentar arrumar o carro, criando a forçosa fila de carros. Nem para cima nem para baixo. Um cidadão vai mesmo para o meio da estrada dar indicações. O veículo da frente não consegue ultrapassar, por que tem a passagem vedada pela pessoa. Eu apito. O condutor do veículo da frente acha que estou a apitar para ele. Gesticula. Aponta para o carro da frente. Eu grito a dizer-lhe que era para a criatura que estava no meio da estrada.

Entretanto, atrás de mim um veículo apita. Olho pelo retrovisor. Um indivíduo sai do carro. Dirige-se a mim.

Baixo o vidro.

Dou-lhe um tiro.

12 Out 2018

Trânsito | Governo prepara obras na Coronel Mesquita e na Rua Bacia Norte do Patane

A DSAT quer criar uma terceira via na Avenida do Coronel Mesquita e existe a possibilidade de haver um corredor só para autocarros. Também a Rua Bacia Norte do Patane deve sofrer alterações profundas, com ambas as artérias a perderem lugares de estacionamento para motociclos

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) está a elaborar um plano para criar três vias de trânsito na Avenida do Coronel Mesquita, que actualmente só tem duas. O plano preliminar foi revelado, ontem, pelo director da DSAT, Lam Hin San, à saída de uma reunião do Conselho Consultivo do Trânsito.

“Na Avenida do Coronel Mesquita, ouvimos as opiniões de autoridades e pessoas ligadas ao sector da construção, e queremos alargar a faixa de rodagem de duas vias para três. Isto implica remover alguns dos lugares de estacionamento para motociclos”, disse Lam Hin San, em declarações aos jornalistas.

“Naquela zona há cerca de 10 lugares para estacionamento de veículos mas num raio de 300 a 500 metros, temos três a quatro parques de estacionamento como alternativa. Mas antes de tomarmos qualquer decisão queremos ouvir as pessoas”, acrescentou.

No passado, os planos para eliminar lugares de estacionamento das ruas causaram grande polémica, chegando a acontecer inclusive uma manifestação por parte dos residentes, que contou com uma participação de 2.500 a 3.500 pessoas, em Junho deste ano.

De acordo com Lam Hin San, actualmente circulam por dia na Avenida do Coronel Mesquita 14 autocarros diferentes e cerca de 130 mil pessoas. Por esta razão, a DSAT está ainda a equacionar criar um corredor de autocarros na avenida, à semelhança do que já acontece na Zona do Porto Interior.

Ganhar espaço

O director da DSAT defendeu ainda que é necessário aproveitar melhor os terrenos e ruas e que os estacionamentos para motos, no que diz respeito aos parques públicos, “têm uma baixa taxa de utilização”. Lam Hin San deu o exemplo do Parque Central da Taipa, em que a utilização dos estacionamentos para motas é apenas de seis por cento.

Outra zona que poderá sofrer alterações significativas é a Rua Bacia Norte do Patane, que é vista como um dos problemas mais complicados para o trânsito de Macau. “Já temos um plano preliminar, se for para a frente poderá melhorar a situação”, afirmou Lam Hin San. “Vai aumentar a segurança para os peões e a circulação nas estradas”, defendeu.

Ainda em relação à Rua Bacia Norte do Patane, o director da DSAT defende que existem auto-silos públicos num raio de 500 metros, com vagas frequentes, que podem substituir os estacionamentos nas ruas que irão ser eliminados.


Acidentes | Seis mortos até 9 de Setembro

Entre o início do ano e o dia 9 de Setembro foram registados seis mortos devido a acidentes de trânsito o que, comparando com os números da PSP do ano passado, representa um aumento de uma morte. Entre o início do ano passado e Setembro, tinham sido registadas cinco mortes. “Durante três anos consecutivos conseguimos manter esse registo num único dígito. Apelamos para que as pessoas prestem mais atenção à segurança rodoviária”, comentou Lam Hin San

Portas do Cerco |Terminal ainda este ano

Até ao final do ano, o Terminal das Portas do Cerco vai reabrir com alguns autocarros, entre eles o 3X. “Esperamos que até ao final deste ano já haja condições para incluir certas carreiras neste terminal. E até ao Ano Novo Chinês esperamos que tenham melhores condições para levar para lá mais carreiras”, informou, ontem, o director da DSAT. Contudo, além do 3X, não foi explicado que outros autocarros vão passar pelo terminal.

Autocarros | Espera média de 6,6 minutos

Segundo a DSAT, a espera média por um autocarro está actualmente nos 6,6 minutos. Este é um registo que bate o registo em cerca de 20 cidades no Interior da China e nas regiões vizinhas. “Entre Janeiro e Junho, nas horas de pico, o tempo de espera pelos autocarros foi de 6,6 minutos em média. Há três ou quatro anos, a espera, em média, era superior a 7 minutos, e, em alguns casos, até de 11 minutos. Agora temos uma grande redução, em média 6,6 minutos”, apontou o director da DSAT.

21 Set 2018

Trânsito | IACM quer substituir pavimento das principais artérias

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Avenida do Conselheiro Ferreira de Almeida pode vir a ser utilizada para um projecto piloto de repavimentação. A vontade é expressa pelo Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) em resposta a uma interpelação do deputado Leong Sun Iok acerca do mau estado das estradas do território.

De acordo com o IACM, o projecto piloto consistirá na substituição faseada do pavimento betuminoso por pavimento de betão armado. O objectivo, afirma o documento assinado por José Tavares, presidente do Conselho de Administração do IACM, é promover a durabilidade do pavimento e “se os resultados forem notáveis”, o organismo tenciona alargar a medida às “restantes vias principais de trânsito”.

Em causa, está a constatação de que as vias de Macau estão a ser afectadas dado o pavimento betuminoso não conseguir aguentar a pressão crescente do trânsito. “Com o acelerado desenvolvimento de Macau e o crescimento rápido do número de veículos a circular nas ruas tem vindo a aumentar a pressão sobre o pavimento”, lê-se. As estradas apresentam agora “danos de fadiga por sobrecarga de trânsito a longo prazo e até na fundação dos pavimentos já surgem fendas”, justifica o IACM.

O processo de repavimentação inclui uma fiscalização apertada e “in loco”, diz o IACM, “para garantir que os procedimentos e a qualidade correspondam aos requisitos”.

31 Ago 2018

Trânsito | Pequim inaugura este mês circunvalação com mil quilómetros

Pequim inaugura este mês a circunvalação mais externa da cidade, com uma extensão de mil quilómetros, entre as localidades de Zhuozhou e Miyun, com o objectivo de aliviar o trânsito na capital chinesa

 

[dropcap style=’circle’]C[/dropcap]onhecida como “Sétimo Anel”, aquela via permite diminuir em uma hora o trajecto de automóvel desde Pequim a Tianjin, cujos centros urbanos estão separados por 150 quilómetros. As autoridades esperam também que sirva para reduzir a presença de camiões de carga, que se dirigem à província de Hebei, nas vias próximas às duas cidades.

O novo acesso faz parte de uma estratégia do Governo central para criar um centro urbano com cerca de 212 mil quilómetros quadrados – mais do dobro do território de Portugal continental – e 110 milhões de habitantes. Pequim, Tianjin e a província de Hebei, que confina com ambos os municípios, seriam assim incorporadas numa megametrópole designada Jing-Jin-Ji.

A região enfrenta vários problemas, incluindo recursos hídricos escassos e alta densidade populacional em Pequim e Tianjin, enquanto as restantes cidades circundantes têm poucos habitantes.

Estão também a ser construídas quatro novas linhas de metro entre Pequim e Hebei. Três das linhas conectarão a capital chinesa e diferentes partes da cidade de Langfang, em Hebei. A distância entre o centro da capital chinesa e Langfang é de cerca de 60 quilómetros – o equivalente a ir do Porto a Aveiro.

 

Saturno rodoviário

A Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento, o organismo máximo chinês encarregado da planificação económica, aprovou ainda uma expansão das ligações ferroviárias entre Pequim, Tianjin e Hebei, avaliada em mais de 31 mil milhões de euros.

A capital chinesa inaugurou a sua primeira circunvalação, o “Segundo Anel”, em 1992. O “Sexto Anel”, até agora o mais externo de Pequim, tem 187 quilómetros de extensão, e ficou completo em 2009.

Nesta rede concêntrica não existe, porém, um “Primeiro Anel”, visto que este corresponderia a uma via que existiu em torno da Cidade Proibida, o centro geográfico de Pequim.

 

20 Ago 2018

Justiça | Seguradora vence recurso em caso de acidente de viação

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] vítima de um acidente de viação, que em Julho de 2012 ficou acamada e está incapacitada a 100 por cento, perdeu a batalha jurídica no Tribunal de Última Instância e em vez de receber 3,86 milhões da seguradora, como tinha sido decidido na primeira instância. Depois do veredicto do tribunal mais alto na hierarquia judicial de Macau, a vítima irá receber 2,30 milhões de patacas.

A decisão foi anunciado ontem pelo Tribunal de Última Instância, e confirma a decisão do Tribunal de Segunda Instância. Inicialmente, o TJB tinha condenado a seguradora a pagar 3,86 milhões de patacas ao acidentado. Porém, a companhia de seguros levou o caso para a instância superior onde o montante foi reduzido para 2,30 milhões. Agora o montante tornou-se final, com o TUI a confirmar os cálculos apurados pelo TSI.

O acidente em causa aconteceu em Julho de 2012, na zona da Pousada Marina-Infanta, na Taipa, quando um autocarro de transporte de trabalhadores do estabelecimento prisional e o motociclo, no qual seguia a vítima, colidiram. O sinistrado tinha na altura 54 anos. No total da compensação de 2,30 milhões, 1,28 milhões correspondem a danos não-patrimoniais e 1,02 milhões a danos patrimoniais.

25 Jul 2018

Nobre de Carvalho | Obras na ponte obrigam ao fecho de um sentido

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s obras de melhoramento dos passeios junto à Estrada Governador Nobre de Carvalho, na Taipa, vão obrigar ao encerramento ao trânsito da ponte com o mesmo nome, aponta um comunicado, que explica que “o troço entre o ‘The Greenville’ e o Armazém da CEM passará a ser de sentido único”, permitindo-se apenas a circulação entre a Rotunda Ouvidor Arriaga e a Rotunda do Istmo.

Algumas paragens de autocarro ficarão desactivadas temporariamente, tais como “Largo Ouvidor Arriaga / Edifício Chun Yuet” e “Estrada Governador Nobre de Carvalho”.

Além disso, 14 carreiras de autocarros públicos terão o seu percurso alterado. As referidas medidas provisórias de trânsito terão efeito a partir das 10h de amanhã e têm uma duração de 45 dias.

20 Jul 2018

Trânsito | Ponte faz disparar especulação com matrículas duplas em Hong Kong

Em Macau ainda não há casos registados, mas na região vizinha começou a corrida às matrículas duplas com acesso à ponte. Se o preço original era de 960 dólares de Hong Kong, agora há quem as revenda por 600 mil dólares

 

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s matrículas para a circulação de veículos na Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau estão a ser especuladas no território vizinho e, em alguns casos, chegam a valer 600 mil dólares de Hong Kong. Um valor exorbitante face ao preço original de venda que é 960 dólares de Hong Kong. A informação foi avançada, ontem, numa reportagem da Central News Agency (CNA), agência ligada ao Governo de Taiwan.

Segundo os regulamentos da ponte, as matrículas duplas emitidas para a circulação Hong Kong e a Província de Cantão vão ter acesso à infra-estrutura, durante um período experimental de dois anos. São estas matrículas que estão agora a ser especuladas.

Casos semelhantes foram noticiados pelo jornal TaKungPao, de Hong Kong, que contou que, apesar da ponte ainda não estar a funcionar, já foram detectados casos de especulação na compra deste tipo de matrículas.

Os Serviços de Viagem da China em Hong Kong (China Travel Service) é a entidade responsável pelos pedidos de matrículas duplas para as duas regiões. Contudo, a oferta deste tipo de matrículas é limitada e a emissão de novos pedidos está suspensa, depois de ter sido alcançada a quota máxima.

É por esta razão que os preços das matrículas dispararam até 600 mil dólares de Hong Kong na região vizinha, porque além do acesso à Província de Guangdong permitem igualmente o acesso à ponte.

Por 410 mil dólares

São também várias as agências que anunciam online e nas ruas os serviços para ajudar os residentes de Hong Kong a comprar as placas metálicas “mágicas”. Por exemplo, um homem entrevistado pela CNA, que trabalha no sector de restauração e dos táxis, revelou que comprou três matrículas, cada uma com por 410 mil dólares. Agora o seu objectivo passa por vender as matrículas quando os preços voltarem a subir novamente. Enquanto aguarda pela valorização, aproveita para poder conduzir em Guangdong e mesmo na ponte, assim que esta abrir.

Outro indivíduo explicou à CNA que na origem da especulação galopante está o facto das autoridades terem limitado a emissão de matrículas nesta fase inicial. Segundo a entrevista existe um desfasamento demasiado grande entre a procura e oferta das matrículas duplas.

Esta não é a primeira vez que a situação se regista em Hong Kong. Em Agosto do ano passado, quando ainda havia a expectativa de que a ponte pudesse começar a funcionar no final de 2017, os Serviços de Viagem da China em Hong Kong tiveram mesmo de emitir um aviso contra fraudes a explicar que não existiam agências subcontratadas para autorizar os pedidos de circulação.

Ao contrário da RAEHK, em Macau as matrículas duplas com o Continente não tem quotas para circular na ponte.

4 Jul 2018

Trânsito | Associações preocupadas com obras na Avenida de Almeida Ribeiro

[dropcap style=’circle’] P [/dropcap] revê-se que a Avenida de Almeida Ribeiro fique fechada ao trânsito até 31 de Agosto, facto que motivou a reacção de várias associações.
A União Geral das Associações dos Moradores de Macau (Kaifong) apela ao Executivo para que as obras na Avenida de Almeida Ribeiro sejam concluídas com a maior brevidade possível. Em causa está o receio de que o trânsito seja afectado, não só naquela zona como em todo o território. Em declarações ao Jornal do Cidadão, os Kaifong esperam que o Governo garanta alternativas de circulação.
Fong In Long, responsável da comissão para os assuntos sociais da Aliança de Povo de Instituição de Macau, considera que antes do início das obras o Governo deveria disponibilizar alternativas, nomeadamente através do desvio de pessoas e veículos daquela zona. Fong alerta ainda para a possibilidade de atraso nas obras devido ao mau tempo, uma vez que está a começar a época de tufões.
Já o presidente da Associação de Indústria Turística de Macau, Andy Wu revelou ao jornal Ou Mun, que o condicionamento do trânsito vai afectar negativamente o sector de turismo. Para evitar queixas dos visitantes, o responsável sugere que as agências de turismo avisem previamente os seus clientes acerca das dificuldades de circulação naquela artéria do centro histórico de Macau.

29 Jun 2018

Transportes | Apenas um em dois mil consegue comprar carro em Pequim

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] probabilidade de obter licença para comprar um novo automóvel, em Pequim, caiu para uma em mais de dois mil, no último sorteio realizado na cidade, que limitou a emissão de matriculas este ano a 40.000. Devido à poluição e ao congestionamento do trânsito, Pequim impõe desde 2011 um drástico condicionamento na emissão de novas matrículas, que é feita através de sorteio. A compra de automóvel apenas é permitida depois de obtida uma matrícula.

Citadas pela agência noticiosa oficial Xinhua, as autoridades locais anunciaram que mais três milhões de pessoas candidataram-se para a última ronda do sorteio, que se realizou esta semana e distribuiu 6.333 novas matrículas, reduzindo a probabilidade para uma em 2.031.

Sede de um município com uma área equivalente a metade da Bélgica, Pequim tem cerca de 22 milhões de habitantes e mais de seis milhões de carros.

O município emitiu este ano, no entanto, mais 60.000 matrículas à parte para veículos eléctricos, não poluentes.

A circulação de automóveis dentro de Pequim com matrículas de outras cidades está também limitada. Os condutores precisam de autorização, que vigora por uma semana, e pode ser emitida 12 vezes por ano. As autoridades proíbem ainda, uma vez por semana, a circulação de automóveis nas estradas da cidade, com base nos números das matrículas.

No início da década de 1990, a bicicleta era o único meio de transporte privado a que a esmagadora maioria das famílias chinesas podia aspirar. Só em Pequim havia cerca de oito milhões.

País mais populoso do mundo, com cerca de 1.400 milhões de habitantes, a China é hoje também o maior mercado automóvel, com 24,72 milhões de unidades vendidas, só em 2018.

28 Jun 2018