João Luz Manchete SociedadeMar do Sul da China | Quatro tempestades em simultâneo Pouco depois de terem sido retirados os sinais de alerta para o Tufão Yinxing, os Serviços Meteorológicos e Geofísicos emitiram um novo alerta, desta vez em antecipação à passagem do Toraji. Ontem à tarde, entre o Mar do Sul da China e zona oeste do Pacífico, havia quatro tufões em actividade. O Toraji será a sexta tempestade a levar a alertas em Macau Apesar de em Macau a época de tufões deste ano não ter causado estragos de maior no território, zonas costeiras de Fujian, Hainão, Japão, Vietname, Filipinas e Taiwan têm sido fustigadas sem misericórdia, registando o maior número de mortos da última década. O fim da “temporada” de tufões na região, que normalmente vai de Maio a Outubro, tem sido particularmente activo. Desde o fim de Maio, quando os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) emitiram o primeiro sinal de alerta devido ao tufão Maliksi, o território somou seis ocasiões que levaram a avisos. O mais recente alerta foi emitido ontem, devido à aproximação do Toraji do Mar do Sul da China, apenas um dia depois de terem sido retirados os alertas devido ao tufão Yinxing. Dos seis tufões que levaram a sinais de alerta dos SMG, três ocorreram desde o fim de Outubro, numa sucessão quase contínua. As autoridades estimavam ontem que o Toraji iria atravessar a ilha de Luzon, nas Filipinas, em direcção ao Mar do Sul da China, podendo chegar a passar a cerca de 250 quilómetros de Macau ainda esta semana. Apesar de sublinhar a incerteza quanto à trajectória do Toraji, os SMG indicaram ontem que em conjugação com a monção de nordeste, a tempestade poderá originar ventos fortes e alguns aguaceiros no meio e fim desta semana, mas também perder intensidade devido à descida da temperatura das águas. Montes de vendavais Apesar de em Macau a tranquilidade ser a tónica, ontem as autoridades das Filipinas retiraram milhares de pessoas de 2.500 aldeias no norte do país, antes da chegada do Toraji, a quarta tempestade a afectar o arquipélago em menos de um mês. Os SMG realçaram ontem a presença em simultâneo de quatro ciclones tropicais/tufões no Mar do Sul da China e na zona do oeste do Pacífico. Até agora, o tufão que levou ao alerta mais elevado este ano foi o Yagi, que chegou a sinal 8, paralisando a cidade e provocando três feridos. Porém, o Yagi deixou um rasto de devastação desde as Filipinas, até ao Vietname, passando por Hainão, provocando a morte de quase 850 pessoas e o desaparecimento de mais de 2.000. Entre o Yingxing, que levou a alertas no fim da semana passada, e o Yagi, as SMG ainda emitiram sinal 3 à passagem do Trami. Com seis tufões contados este ano, desde o inaugural Maliksi no fim de Maio, a contabilidade dá razão à previsão dos SMG que no início de Maio estimavam a passagem entre quatro e sete tufões em 2024.
João Luz Manchete SociedadeMeteorologia | Trovoada e granizo afectaram Macau Durante a noite de terça-feira e madrugada de ontem, Macau foi afectado por uma tempestade, com trovoadas, chuva torrencial e queda de granizo, algo que não acontecia no território desde 2011. Devido à influência de uma depressão de baixa pressão, o tempo hoje vai continuar instável Na noite de terça-feira, por volta das 21h20, foi registada chuva de granizo em várias zonas de Macau. Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) indicaram ontem de madrugada que o fenómeno não se verificava desde 2011, quando choveu granizo na zona do aeroporto de Macau. Os SMG começaram por emitir mensagens de aviso sobre o estado do tempo por volta das 19h25 de terça-feira, e às 20h45 emitiram um alerta para a possibilidade de chuva de granizo, e avisos de tempestade amarelo e vermelho. Durante este período, além do granizo, o território foi afectado por intensas chuvadas e rajadas de vento forte, sem que tenha havido registo de estragos ou feridos. As autoridades referem que os dados de monitorização recolhidos por radar mostraram o aparecimento de vórtices de mesoescala no ar a leste da Península de Macau. Estes fenómenos estão associados a chuvas torrenciais, rajadas violentas de vento, granizo, descargas atmosféricas e, eventualmente, tornados. Devido ao aparecimento dos vórtices, os SMG não afastavam ontem a possibilidade de ontem surgirem trombas de água. Os SMG apelaram à população para prestar atenção extra às mudanças meteorológicas antes de sair de casa e para seguir as informações e alertas de tempestade. Segundo as previsões meteorológicas, Macau poderá voltar a ter céu limpo amanhã, e subida de temperatura, com a máxima a atingir 28 graus. Noite eléctrica Na região vizinha, o Observatório de Hong Kong registou 9.437 relâmpagos ou descargas nuvem/terra durante um período de 14 horas, a partir das 21h de terça-feira. O mau tempo levou mesmo a problemas no aeroporto de Hong Kong, com vários voos a terem de ser desviados para outros aeroportos. Em Zhuhai, as autoridades emitiram alertas de tempestade e apelaram à população para a possibilidade de rajadas de vento forte e para a ocorrência de tornados. No início de Abril, uma tempestade de vento e granizo que se abateu durante quatro dias na província de Jiangxi, no sudeste da China, causou sete mortos e afectou 93.000 pessoas. No fim-de-semana passado, pelo menos cinco pessoas morreram e 33 ficaram feridas depois de um tornado ter atingido Guangzhou. A agência Xinhua disse que cerca de 140 fábricas ficaram danificadas, mas não houve relatos de casas desmoronadas na capital da província de Guangdong.
Olavo Rasquinho VozesTufões, furacões, medicanes e outros fenómenos meteorológicos Antigamente, os nossos ancestrais saíam das suas cavernas, ou não, em função do tempo. Faziam-no para caçar ou recoletar os produtos necessários à sua subsistência. É provável que tentassem inferir as condições meteorológicas durante as quais se dedicariam às suas tarefas, recorrendo à observação das nuvens, do vento e de outros parâmetros meteorológicos. Observando e prevendo o comportamento da atmosfera, estavam a praticar, sem terem consciência disso, o que está na base de uma das ciências mais antigas, a Meteorologia. Apesar da sua antiguidade, ainda somos surpreendidos pelo facto de, esporadicamente, surgirem termos meteorológicos novos. É com certa frequência que os media se referem a “rios atmosféricos” para designarem extensas zonas da atmosfera em forma de corredor, caracterizadas por grande concentração de vapor de água e que frequentemente dão origem a fortes precipitações, por vezes com graves consequências. Outro termo, “meteotsunamis” (ou tsunamis meteorológicos), que aparece mais raramente, refere-se a perturbações da superfície do mar causadas pela variação brusca da pressão atmosférica, associadas ao movimento rápido de frentes frias e linhas de borrasca (formações de cumulonimbus dispostos em linha) muito ativas. Os meteotsunamis são caracterizados por ondulação de grande comprimento de onda, a qual, ao atingir as zonas costeiras, provoca efeitos semelhantes aos dos tsunamis, embora geralmente com menor intensidade. A expressão “maré de tempestade” (storm surge, em inglês) já entrou no léxico habitual, mas o seu significado ainda não é compreendido por muitas populações das regiões do litoral, o que tem causado milhares de vítimas. A pressão atmosférica muito baixa, associada a ciclones extratropicais e tropicais muito intensos, faz com que o nível do mar se sobre-eleve, e a água superficial seja arrastada pelo vento, invadindo as zonas costeiras baixas. Quando a pressão diminui 1 hectopascal (ou milibar) o nível do mar sofre uma elevação de aproximadamente 1cm, o que implica que, quando um ciclone com a pressão muito baixa no seu centro se desloca, é acompanhado por esta sobre-elevação, o que faz com que a agitação marítima atinja a costa por vezes com um nível superior a um metro em relação ao normal. Foi o que aconteceu na passagem do furacão Katrina na região de Nova Orleães, em agosto de 2005, o que causou cerca de 1800 mortos. Analogamente, em novembro de 2013, o tufão Haiyan provocou cerca de 6000 mortos nas Filipinas, em grande parte devido à maré de tempestade associada. Também o tufão Hato, em agosto de 2017, foi caracterizado por uma maré de tempestade que provocou forte inundação em algumas zonas baixas de Macau. Neste caso, o facto de a passagem do tufão ter coincidido com a maré astronómica alta agravou a situação, na medida em que houve uma sobreposição de três fatores: a maré de tempestade, a preia-mar e o vento forte. Há algumas semanas reapareceu, nos meios de comunicação social, o termo “medicane”, usado para designar fenómenos meteorológicos relativamente raros, que ocorrem no Mediterrâneo, e que consistem em depressões híbridas, com características simultaneamente de depressões extratropicais e de ciclones tropicais. O mais recente destes fenómenos formou-se a partir de uma perturbação do campo da pressão sobre o Mar Egeu, em 4 de setembro de 2023, que se deslocou para sul da Grécia, provocando precipitação intensa e inundações neste país, causando mais de uma dezena de vítimas mortais. A tempestade, que foi denominada Daniel pelo serviço meteorológico grego, atravessou o Mediterrâneo e, no dia 10, atingiu o Nordeste da Líbia, causando precipitação extraordinariamente intensa. A estação meteorológica de Al-Bayda, relativamente próxima da cidade de Derna, registou 414,1 mm entre as 08:00 horas do dia 10 e as 08:00 horas de 11 de setembro. Como referência pode-se mencionar que esta precipitação, que ocorreu em apenas 24 horas, correspondeu a cerca de 75% da precipitação anual média em Lisboa e cerca de 22% do que chove anualmente, em média, em Macau.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Tempestade faz dois feridos e suspende voos e comboios Uma forte tempestade tropical atingiu ontem o centro e o oeste do Japão com ventos e chuvas fortes, causando dois feridos, inundações e falhas no fornecimento de energia e paralisando o transporte aéreo e terrestre. A tempestade Lan atingiu a costa japonesa por volta das 05:00, perto do cabo Shionomisaki, na prefeitura central de Wakayama, de acordo com a Agência Meteorológica do Japão (JMA, na sigla em inglês). A tempestade trouxe ventos com rajadas até 144 quilómetros por hora e dirigia-se para noroeste, embora a JMA preveja que possa virar para leste em direcção à ilha de Hokkaido sobre as águas entre o Japão e a península coreana. Em Wakayama, duas pessoas ficaram feridas. O Lan, que inicialmente foi classificado como um tufão, causou danos em várias zonas do país. Em Maizuru, a norte de Kyoto, um rio galgou as margens, levando torrentes de água e lama para o interior de algumas casas. Em Nara, a sul de Kyoto, o andaime de um prédio desabou e o colapso parcial de uma parede numa estação de comboios em Tsuruhashi, na província de Osaka, interrompeu os serviços ferroviários locais. Os municípios locais aconselharam mais de 180 mil residentes na região a abrigarem-se em locais mais seguros, como centros comunitários. A JMA previa a queda de até 400 milímetros de chuva na região de Tokai, no centro do Japão, até à manhã de quarta-feira. A agência pediu aos moradores da área para ficarem em casa e alertou para possíveis deslizamentos de terra, inundações e tempestades. Mais de 50 mil habitações ficaram sem energia em nove províncias nas regiões central e oeste, incluindo Osaka, Wakayama, Mie e Kyoto. A tempestade, que atingiu o Japão no meio da semana do feriado budista Bon, em que os falecidos são recordados, afectou muitos japoneses que pretendiam viajar, já que muitos operadores de transporte decidiram suspender os serviços.
Paul Chan Wai Chi Um Grito no Deserto VozesDepois da tempestade vem a bonança De acordo com o calendário chinês, 2022 é o Ano do Tigre. Os tigres são animais ferozes, solitários e impiedosamente territoriais. Os machos dominantes expulsam todos os outros dos seus domínios. Os homens e os tigres encontram-se ao mesmo nível na cadeia alimentar desde o início dos tempos. Durante as festividades de Ano Novo, todos trocam cumprimentos auspiciosos, chegando mesmo a transformar o tigre em personagem de desenhos animados. Mas na realidade, 2022 é um ano muito sombrio para o mundo e para a China. A Polícia Judiciária (PJ) de Macau assinalou na sua súmula do Trabalho da PJ em 2021 que “este ano (2022) marca a realização de importantes conferências políticas do nosso país e a implementação de importantes políticas económicas da RAEM, a interferência e ataques de forças externas serão inevitavelmente mais intensos”. Numa cidade pequena como Macau, não reparei em quaisquer ataques de forças externas, mas sei de ciência segura que dois ex-directores dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) são suspeitos de corrupção e que Mok Ian Ian deixa a Presidência do Instituto Cultural e que a directora dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes, Chan Pou Ha, vai deixar o cargo, já que se vai aposentar. Depois de terem decorrido mais de dois anos após o surto da COVID-19, para além da implementação de um conjunto de medidas anti-pandemia, o Governo da RAE tem sido incapaz de ajudar as pequenas e médias empresas e os cidadãos mais desprotegidos a ultrapassarem os impactos desta situação. Já todos sofremos bastante os efeitos da tempestade, mas ninguém ousa dizer quando virá a bonança. As palavras bonitas são reconfortantes, mas em nada ajudam. Em 2021, Macau sofreu tremendas mudanças a nível político e económico. Uma política unilateral conduziu à ausência de supervisão efectiva à administração do Governo da RAE e o atraso nas reformas políticas tem criado problemas constantes no sistema político. A rectificação drástica do sector do jogo e a extinção das salas VIP podem vir a ter um efeito de tsunami na economia de Macau. Se o Governo da RAE não tiver um plano de medidas de contra-ataque, quando a vaga de desemprego e de extinção de negócios chegar, teremos motivos para temer circunstâncias desastrosas para Macau. Na súmula do Trabalho da PJ em 2021, destacava-se a importância das “conferências políticas do nosso país a realizar em 2022”. Estas conferências políticas não só afectarão Macau, mas serão cruciais para o desenvolvimento da China, das suas relações com Taiwan e ainda para o desenvolvimento das relações Sino-Americanas. Se as “forças externas” são verdadeiramente aterradoras, como frequentemente são designadas pelo Governo da RAE, imagino que só as partes envolvidas o saberão. Mas, penso que o que realmente afecta a situação global, são as questões internas. Não foi a última palha que partiu as costas do camelo, mas os pesos que o dono lhe punha constantemente às costas! Os tigres não são animais assustadores? Um livro chinês muito antigo relata-nos uma conversa de Confúcio. Certo dia, passava o Mestre com os seus discípulos pela Montanha de Taishan, quando ouviu o choro convulsivo de uma mulher. Confúcio mandou um discípulo perguntar à mulher o motivo do seu desgosto. A mulher respondeu, “O meu sogro e o meu marido tinham sido mortos aqui por um tigre e agora o meu filho teve o mesmo destino.” Confúcio perguntou-lhe porque é que ela não tinha partido daquele sítio fatal para fugir do tigre, e ela respondeu que não tinha fugido porque naquela zona não existia um Governo opressivo. Depois de ter ouvido a resposta, Confúcio disse aos seus discípulos para terem sempre presente que “um Governo opressivo é mais feroz do que um tigre.” Muitos chineses conhecem esta história, quer sejam pessoas do povo, quer pertençam às classes dirigentes. Se todos tivessem conseguido compreender o verdadeiro significado da história, acredito que muitos incidentes infelizes da história chinesa podiam ter sido evitados. Embora o tigre seja um animal feroz, se não for provocado ou maltratado, não ataca os humanos por iniciativa própria. Da mesma forma, como é que as águas de um lago podem estar serenas quando estão constantemente a ser agitadas? O ano de 2022 será seguramente difícil, e a bonança pode não chegar depois da tempestade. Portanto, todos deveremos estar bem preparados para esta eventualidade.
João Santos Filipe Manchete SociedadeTufão Kompasu leva a corrida aos supermercados A passagem do Tufão Hato gerou uma corrida aos supermercados, que além de criar grandes filas nas caixas, fez também com que as prateleiras ficassem vazias. A situação começou a registar-se logo na noite de segunda-feira, mas acentuou-se durante a manhã e tarde de ontem, face à perspectiva de ser içado o sinal número 8 de tufão. Em declarações ao canal chinês da Rádio Macau, dois trabalhadores não-residentes do Interior admitiram ter ido às compras antes do sinal número oito, por quererem evitar sair de casa nos próximos dias. Os entrevistados confessaram temer a possibilidade de o tufão ter um forte impacto no território, levar ao fechamento das lojas, e por precaução fizeram compras de carne e vegetais numa quantidade suficiente para três dias. Por sua vez, uma residente de apelido Lau, que também se encontrava a fazer compras, dizia acreditar que o Governo era capaz de garantir o abastecimento dos espaços comerciais nos próximos dias. Além dos alimentos, a água e as fita-colas, utilizadas para proteger as janelas, foram outros dos bens mais procurados. Abastecimento garantido No entanto, o Governo, através de um comunicado da Direcção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico e do Conselho de Consumidores, garantiu o abastecimento de alimentos à população. Segundo os dados apontados, no final de Setembro havia em stock 1,47 milhões de quilograma de arroz e 920 mil litros em óleo vegetal. A quantidade destes bens, segundo a estimativa do Governo, é suficiente para cerca de um mês. A DSEDT assegurou que em relação a outros alimentos e a água existem stocks para os próximos dias. Mesmo assim, o Governo prometeu mão pesada contra os comerciantes que tentem inflacionar os preços. “A DSEDT e o CC continuam a acompanhar de perto a situação do mercado, combatendo severamente o aumento injusto de preços e o açambarcamento de mercadorias, a fim de assegurar a manutenção da ordem de oferta e procura de bens essenciais à vida da população”, foi comunicado. À hora de fecho do HM, o sinal número 8 estava içado e, como se esperava que Tufão Kompasu passasse a menos de 400 quilómetros do território, havia a expectativa que o sinal permanecesse durante a manhã de hoje.
Hoje Macau China / ÁsiaTufão atinge Xangai afectando ligações aéreas e terrestres Um tufão que atingiu Xangai, a “capital” económica da China, na madrugada de hoje, inundou estradas e áreas baixas e obrigou a retirada de 500 mil pessoas, nas segundas enchentes na China no espaço de uma semana. Ligações aéreas e por comboio foram canceladas e muitos escritórios foram encerrados. Jardins de infância, parques e a marginal neoclássica de Xangai, a zona do “Bund”, também fecharam. Quase 500.000 pessoas foram retiradas das zonas onde viviam na cidade e colocadas em abrigos e outras foram avisadas para não saírem de casa. As autoridades locais disseram que os ventos derrubaram cerca de 30.000 árvores, 268 painéis publicitários e placas de lojas. Cortes de energia afetaram 110.000 residências. O sistema de metro em Xangai foi parcialmente suspenso para evitar possíveis inundações. O tufão In-fa centrou-se a cerca de 60 quilómetros a sudoeste de Xangai, com ventos sustentados de cerca de 100 quilómetros por hora e atingiu primeiro a província de Zhejiang, a sul de Xangai. Em Zhejiang, mais de 1,5 milhão de pessoas foram transferidas para locais seguros, de acordo com o governo local. O governo da província alertou sobre possíveis derrocadas em 23 distritos e condados. Um alerta menos severo foi emitido na província vizinha de Jiangsu, onde cerca de 10.000 pessoas foram evacuadas para um local seguro. Nenhuma morte ou ferimento foi relatado, embora as perdas para a agricultura devam ser pesadas. No centro da China, o trabalho de resgate continuava e fornecimentos foram enviados para a cidade de Zhengzhou, após enchentes que mataram pelo menos 63 pessoas, incluindo 12 que ficaram encurralados no metro da cidade.
Hoje Macau China / ÁsiaSobe para 126 número de mortos nas Filipinas devido a tempestade [dropcap]P[/dropcap]elo menos 126 pessoas morreram nas Filipinas na sequência da tempestade tropical que atingiu o país no final de Dezembro, anunciaram as autoridades em novo balanço. De acordo com o relatório hoje divulgado, a maioria das vítimas perdeu a vida em deslizamentos de terra. A tempestade tropical Usman, que atingiu as ilhas centrais e orientais do arquipélago em 29 de Dezembro, também provocou inundações. O balanço anterior apontava para 85 mortos e 20 desaparecidos. Segundo as autoridades, mais de 100 pessoas morreram na região montanhosa de Bicol, ao sudeste de Manila. “Em apenas dois dias, a tempestade Usman despejou o equivalente a mais de um mês de chuva na região de Bicol”, disse à agência France-Presse (AFP) Edgar Posadas, porta-voz da agência de gestão de desastres naturais. Há, ainda, 152.000 deslocados e 75 feridos. A tempestade tropical entrou nas Filipinas pelo Pacífico e atingiu o continente no dia 29 de Dezembro, causando inundações, deslizamentos de terra e provocando falhas de electricidade um pouco por todo o país. Usman não chegou a ser classificada de tufão, o que, de acordo com as autoridades filipinas, fez com que as pessoas “ficassem demasiado confiantes”. Em meados de Setembro, no norte do país, mais de 80 pessoas morreram e outras 70 foram dadas como desaparecidas na sequência do tufão Mangkhut, que deixou um rasto de destruição em vários países no Pacífico. As Filipinas são atingidas todos os anos por cerca de 20 tufões, que causam centenas de mortes e agravam ainda mais a pobreza que atinge milhões de pessoas.
Hoje Macau China / ÁsiaInundações e cortes de energia no sul da Tailândia à passagem da tempestade Pabuk [dropcap]C[/dropcap]erca de 30.000 pessoas abrigaram-se em centros de evacuação no sul da Tailândia, na sequência das inundações e interrupções de energia causadas pela passagem da tempestade Pabuk, que poupou as ilhas mais turísticas do Golfo. Pabuk, a primeira tempestade tropical a atingir esta região do país fora da estação das monções, em quase 30 anos, causou ventos fortes de até 75 quilómetros por hora (km/h), ondas de três a cinco metros de altura e chuvas torrenciais. De acordo com o Centro Meteorológico Tailandês, a tempestade enfraqueceu ontem para depressão tropical, ao mover-se para o mar de Andaman, onde se localizam as estâncias turísticas de Krabi e Phuket, anunciou o Centro Meteorológico Tailandês. Na sexta-feira, o ‘olho’ da tempestade evitou por pouco Koh Samui, Koh Phangan e Koh Tao, no Golfo da Tailândia, ilhas populares entre os turistas nesta altura do ano. De acordo com a agência France-Presse (AFP), centenas de turistas permaneciam esta manhã retidos naquelas ilhas, depois de voos e serviços de ‘ferry’ terem sido suspensos na sexta-feira. Três aeroportos regionais devem reabrir durante o dia. “Alguns [turistas] deles devem partir hoje [ontem] após a reabertura do aeroporto e a retomada dos serviço de ferry”, disse à AFP o chefe do distrito de Koh Samui, Kittipop Roddon. “Em Samui, não há vítimas a registar” e, quanto aos danos, “apenas algumas casas foram parcialmente danificadas pelo vento”, acrescentou. Por sua vez, o chefe do distrito de Koh Phangan garantiu que “os 10.000 turistas que permaneceram na ilha estão seguros”. Os ventos fortes causaram apenas “danos menores”, detalhou Krikkkkrai Songthanee. No continente, devido à queda de árvores e postes de eletricidade, mais de 200.000 famílias ficaram privadas de electricidade em quatro províncias, incluindo Nakon Si Thammarat e Surat Thani. “A energia ainda não foi restabelecida em cerca de 30.000 casas”, indicou o Departamento de Prevenção e Mitigação de Desastres. As autoridades não avançaram ainda um relatório final sobre o número de vítimas. Pelo menos um pescador da província de Pattani, perto da fronteira com a Malásia, morreu na sexta-feira de manhã, ao ser atingido por ondas de vários metros quando regressava ao porto. Outro membro da tripulação continua desaparecido.
Hoje Macau China / ÁsiaTailândia | Milhares de turistas deixam ilhas na aproximação de tempestade [dropcap]M[/dropcap]ilhares de turistas começaram a sair de várias ilhas no golfo da Tailândia à aproximação da tempestade tropical Pabuk, que deverá causar fortes chuvas, ventos e ondas de pelo menos cinco metros, anunciaram ontem as autoridades. Da ilha de Koh Phangan, uma das mais turísticas do país, as ligações marítimas para os restantes destinos no golfo tailandês foram suspensas às 12:30, prevendo-se que reabram no sábado à tarde, disse uma das empresas gestora de serviços de ‘ferry’, Songserm. Já depois da passagem do ano, entre 30 e 50 mil pessoas deixaram Koh Phangan, afirmou à agência de notícias France-Presse (AFP) o chefe do distrito, Krikkkrai Songthanee. Apesar de as autoridades não terem emitido qualquer ordem de retirada, milhares de turistas começaram a sair na quarta-feira, antecipando o impacto da tempestade, que deverá atingir as ilhas de Koh Samui, Koh Phangnan e Koh Tao hoje, sexta-feira à noite. “Muitos turistas saíram, mas houve também muita gente que preferiu ficar, especialmente os residentes locais, que ficaram quase todos”, disse um funcionário de uma unidade hoteleira de Koh Phangnan, Guilherme Toyosato. De acordo com o brasileiro, os que ficaram estão a prevenir-se com o abastecimento de bens essenciais. Também em Koh Samui, as autoridades anunciaram que estão a preparar abrigos para aqueles que decidiram não partir. Pabuk, a primeira tempestade tropical a atingir esta zona do país fora da estação das monções, em quase 30 anos, não deverá evoluir para um tufão, indicaram meteorologistas. “Esperamos ondas com cinco a sete metros, perto do coração da tempestade. Normalmente, no golfo da Tailândia, há apenas ondas de dois metros de altura”, disse o director do Centro Meteorológico da Tailândia, num comunicado à imprensa. “É difícil prever a gravidade da tempestade, pelo que as pessoas devem seguir as recomendações das autoridades”, acrescentou. Pabuk, nome de um peixe-gato gigante existente no Laos, deverá causar fortes chuvas noutros destinos turísticos no mar de Andaman, como Krabi, e nas províncias vizinhas da Malásia, Pattani, Narathiwat e Yala.
Hoje Macau China / ÁsiaMilhares de turistas deixam ilhas na Tailândia à aproximação de tempestade [dropcap]M[/dropcap]ilhares de turistas começaram a sair de várias ilhas no golfo da Tailândia à aproximação da tempestade tropical Pabuk, que deverá causar fortes chuvas, ventos e ondas de pelo menos cinco metros, anunciaram hoje as autoridades. Da ilha de Koh Phangan, uma das mais turísticas do país, as ligações marítimas para os restantes destinos no golfo tailandês foram suspensas às 12h30, prevendo-se que reabram no sábado à tarde, disse à Lusa uma das empresas gestora de serviços de ‘ferry’, Songserm. Já depois da passagem do ano, entre 30 e 50 mil pessoas deixaram Koh Phangan, afirmou à agência de notícias France-Presse (AFP) o chefe do distrito, Krikkkrai Songthanee. Apesar de as autoridades não terem emitido qualquer ordem de retirada, milhares de turistas começaram a sair na quarta-feira, antecipando o impacto da tempestade, que deverá atingir as ilhas de Koh Samui, Koh Phangnan e Koh Tao na sexta-feira à noite. “Muitos turistas saíram, mas houve também muita gente que preferiu ficar, especialmente os residentes locais, que ficaram quase todos”, disse à Lusa um funcionário de uma unidade hoteleira de Koh Phangnan, Guilherme Toyosato. De acordo com o brasileiro, os que ficaram estão a prevenir-se com o abastecimento de bens essenciais. Também em Koh Samui, as autoridades anunciaram que estão a preparar abrigos para aqueles que decidiram não partir. Pabuk, a primeira tempestade tropical a atingir esta zona do país fora da estação das monções, em quase 30 anos, não deverá evoluir para um tufão, indicaram meteorologistas. “Esperamos ondas com cinco a sete metros, perto do coração da tempestade. Normalmente, no golfo da Tailândia, há apenas ondas de dois metros de altura”, disse o diretor do Centro Meteorológico da Tailândia, num comunicado à imprensa. “É difícil prever a gravidade da tempestade, pelo que as pessoas devem seguir as recomendações das autoridades”, acrescentou. Pabuk, nome de um peixe-gato gigante existente no Laos, deverá causar fortes chuvas noutros destinos turísticos no mar de Andaman, como Krabi, e nas províncias vizinhas da Malásia, Pattani, Narathiwat e Yala.
Hoje Macau SociedadeSinal de tempestade vai baixar para 3. Previstos aguaceiros com ventos esta noite e amanhã Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) prevêem, segundo a Rádio Macau, a ocorrência de aguaceiros e ventos durante a noite de hoje e a manhã desta quinta-feira. A partir do fim da tarde de hoje o sinal de tempestade vai baixar de 8 para 3. “Durante esta noite e a manhã de amanhã, ainda se prevê que as bandas externas de pressão [do tufão] possam afectar a região. Ainda são esperados alguns aguaceiros e algum vento, não tão fortes como os desta manhã e tarde”, disse à Rádio Macau a porta-voz dos SMG, Vera Varela. A tempestade que durou cerca de hora e meia provocou três mortos e vários feridos, tendo o sinal 10 de tufão sido içado a partir das 11h30. Nas redes sociais foram publicadas fotografias e vídeos da zona da avenida de Almeida Ribeiro ou junto ao Mercado Vermelho totalmente inundada, sendo que nas zonas do Porto Interior e Ilha Verde ocorreram “graves” incidentes do género. A fronteira das Portas do Cerco, em Macau, foi reaberta pelas 15:30, após ter estado fechada durante duas horas e meia devido à aproximação do tufão Hato, informou o Centro de Proteção Civil (COPC). A fronteira terrestre mais movimentada de Macau é a única das três reaberta: a de Flor de Lótus e a do Parque Industrial Transfronteiriço permanecem fechadas desde as 13:00. As ligações marítimas e aéreas continuam suspensas. Cerca de 100 voos previstos para hoje foram cancelados ou adiados e os Serviços do Aeroporto Internacional de Macau deverão manter-se suspensos até às 19:00.