Hoje Macau EventosIC decide cancelar 31ª edição do Festival de Artes de Macau [dropcap]O[/dropcap] Instituto Cultural (IC) anunciou ontem o cancelamento da 31ª edição do Festival de Artes de Macau (FAM) devido ao “impacto da propagação do novo tipo de coronavírus em todo o mundo”. De acordo com um comunicado, foi feita uma “avaliação cuidadosa dos riscos da epidemia” para se chegar a uma decisão, uma vez que grande parte do cartaz é composta por músicos oriundos de países estrangeiros. “Actualmente a situação epidemiológica internacional está em constante evolução, sendo que Macau ainda está numa fase crítica de prevenção e controlo. Relativamente ao FAM, metade do programa vem do exterior, e o calendário de ensaios, originalmente agendado pelos grupos artísticos locais a partir de Fevereiro, também foi afectado. Além disso, existem vários factores incertos nos aspectos de transporte, logística e ensaios.” O FAM regressa, assim, em 2021. “O IC agradece a compreensão e o apoio das diversas entidades e irá colaborar com os trabalhadores culturais e artísticos na luta contra a epidemia. No futuro, continuará a apresentar aos residentes espectáculos diversificados e extraordinários, e a criar mais condições e espaços para apoiar grupos de arte locais, trabalhando em conjunto para a recuperação social”, aponta o mesmo comunicado. A 30ª edição do FAM aconteceu o ano passado em Maio e teve como tema “tributo aos clássicos”. A abertura do festival fez-se com a performance de “Vertikal”, co-produzida por dançarinos franceses e por um grupo mundialmente famoso de hip-hop. O espectáculo “Rain”, uma produção belga, e o “Karl Valentin Labarett”, escrito pelo comediante Karl Valentin, também fizeram parte do cartaz.
Hoje Macau SociedadeIlha Verde | IC fala de ambiente “severo” no convento [dropcap]O[/dropcap] Instituto Cultural (IC) realizou ontem uma inspecção ao convento jesuíta na Ilha Verde, tendo descoberto um cenário que pode originar problemas de saúde pública. “Durante as inspecções o IC descobriu que o ambiente do convento é severo, com uma grande quantidade de detritos e lixos, havendo risco ocultos à saúde e à segurança contra incêndios.” Nesse sentido, “o IC exigiu que os interessados melhorem o ambiente de saneamento o mais rápido possível, fornecendo ainda as informações relevantes à polícia e contactando com as autoridades relevantes para acompanhamento”. O IC assegura ainda que o proprietário do terreno onde está situado o convento tem responsabilidades a cumprir no que diz respeito à manutenção do espaço. “Será exigido ao proprietário que realize obras de restauração e manutenção do convento. Após a conclusão do caso [relativo à propriedade do terreno] pelos órgãos judiciais, este deve manter o contacto e cooperar com a polícia, atendendo à protecção do património, para que o possa manter de forma adequada e sem danos”, esclarece o comunicado.
admin SociedadeIlha Verde | IC fala de ambiente “severo” no convento [dropcap]O[/dropcap] Instituto Cultural (IC) realizou ontem uma inspecção ao convento jesuíta na Ilha Verde, tendo descoberto um cenário que pode originar problemas de saúde pública. “Durante as inspecções o IC descobriu que o ambiente do convento é severo, com uma grande quantidade de detritos e lixos, havendo risco ocultos à saúde e à segurança contra incêndios.” Nesse sentido, “o IC exigiu que os interessados melhorem o ambiente de saneamento o mais rápido possível, fornecendo ainda as informações relevantes à polícia e contactando com as autoridades relevantes para acompanhamento”. O IC assegura ainda que o proprietário do terreno onde está situado o convento tem responsabilidades a cumprir no que diz respeito à manutenção do espaço. “Será exigido ao proprietário que realize obras de restauração e manutenção do convento. Após a conclusão do caso [relativo à propriedade do terreno] pelos órgãos judiciais, este deve manter o contacto e cooperar com a polícia, atendendo à protecção do património, para que o possa manter de forma adequada e sem danos”, esclarece o comunicado.
Hoje Macau EventosIC | Rota das Letras e outros eventos adiados devido ao surto do Covid-19 [dropcap]O[/dropcap] Instituto Cultural (IC) emitiu ontem uma nota onde dá conta do cancelamento de todas as actividades programadas para o próximo mês, onde se inclui o festival literário Rota das Letras, que habitualmente se realiza em Março. “A epidemia do novo tipo de coronavírus está ainda em fase importante de prevenção e controlo. O IC cancelou todas as actividades externas programadas para Março e considerou que os locais culturais sob a égide do IC são espaços interiores, a fim de reduzir o risco da propagação da epidemia na comunidade e evitar o contacto e a concentração de pessoas, todos os locais culturais permaneceram fechados até novo aviso”, pode ler-se no comunicado. Numa outra nota, a direcção do Rota das Letras explica que, para já, não existe uma data pensada para a realização do festival. “Iremos acompanhar de perto o desenvolvimento da epidemia e trabalhar de forma próxima com o Governo e com os nossos patrocinadores, a fim de definir uma data exacta após este cancelamento.” Em relação aos bilhetes de espectáculos já comprados pelos espectadores, o IC promete assegurar o reembolso até ao dia 31 de Maio deste ano. Os espectáculos que envolvem a aquisição de bilhetes incluem o Concerto de Cordas “O Fascínio dos Sopros e das Cordas”, pela Orquestra Chinesa de Macau, no dia 14 de Março e o Concerto “Sinfonia do Destino”, pela Orquestra de Macau, no dia 21 de Março. Além disso, vários espectáculos de entrada gratuita serão cancelados e adiados.
admin EventosIC | Rota das Letras e outros eventos adiados devido ao surto do Covid-19 [dropcap]O[/dropcap] Instituto Cultural (IC) emitiu ontem uma nota onde dá conta do cancelamento de todas as actividades programadas para o próximo mês, onde se inclui o festival literário Rota das Letras, que habitualmente se realiza em Março. “A epidemia do novo tipo de coronavírus está ainda em fase importante de prevenção e controlo. O IC cancelou todas as actividades externas programadas para Março e considerou que os locais culturais sob a égide do IC são espaços interiores, a fim de reduzir o risco da propagação da epidemia na comunidade e evitar o contacto e a concentração de pessoas, todos os locais culturais permaneceram fechados até novo aviso”, pode ler-se no comunicado. Numa outra nota, a direcção do Rota das Letras explica que, para já, não existe uma data pensada para a realização do festival. “Iremos acompanhar de perto o desenvolvimento da epidemia e trabalhar de forma próxima com o Governo e com os nossos patrocinadores, a fim de definir uma data exacta após este cancelamento.” Em relação aos bilhetes de espectáculos já comprados pelos espectadores, o IC promete assegurar o reembolso até ao dia 31 de Maio deste ano. Os espectáculos que envolvem a aquisição de bilhetes incluem o Concerto de Cordas “O Fascínio dos Sopros e das Cordas”, pela Orquestra Chinesa de Macau, no dia 14 de Março e o Concerto “Sinfonia do Destino”, pela Orquestra de Macau, no dia 21 de Março. Além disso, vários espectáculos de entrada gratuita serão cancelados e adiados.
Hoje Macau SociedadeInstituto Cultural cancela todas as actividades previstas para Fevereiro [dropcap]O[/dropcap] Instituto Cultural (IC) vai cancelar todas as actividades previstas para Fevereiro. A informação foi divulgada através de um comunicado, onde o organismo reitera também, que todos os espaços culturais sob a sua administração como bibliotecas e museus permanecerão fechados até ser divulgada informação em contrário. Acerca de pedidos de reembolso para quem já adquiriu bilhetes para espectáculos agendados para Fevereiro, o IC garante que “providenciará os reembolsos (…) a partir de hoje [ontem] até 31 de Maio do corrente ano, podendo os espectadores que compraram os bilhetes entrar em contacto com a Bilheteira Online de Macau para procedimentos de reembolso quando a epidemia for aliviada”. Os espectáculos passíveis de reembolso incluem o Concerto de S. Valentim “Sentimentos” (8 de Fevereiro), o Concerto do Dia dos Namorados: Paixão Latina, pela Orquestra de Macau (14 de Fevereiro), o espectáculo de dança, “Nijinsky” (28 de Fevereiro a 1 de Março) e o Concerto “Momentos Encantadores de Divertimento”, pela Orquestra de Macau (29 de Fevereiro). No comunicado enviado às redacções, o IC confirmou também que “todas as bibliotecas públicas, museus e os demais recintos culturais” vão continuar fechados, sendo que todas as actividades programadas naqueles espaços também serão canceladas. No entanto, IC anunciou que continua a estar disponível para receber a pedidos de licença para filmagens, sendo que, para tal, os residentes podem apresentar uma notificação prévia, devidamente preenchida e os documentos necessários. Relativamente ao Subsídio para Acção Cultural Pontual no âmbito do “Programa de Apoio Financeiro para Actividades/ Projectos Culturais das Associações Locais”, as entidades candidatas podem ainda apresentar os seus pedidos através do “sistema de candidatura online” do IC, sem necessidade de deslocar-se pessoalmente.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeConcessão da Cinemateca Paixão prolongada por mais seis meses Mok Ian Ian, presidente do Instituto Cultural, disse ontem que em Janeiro deverá ser aberto um novo concurso público para a gestão da Cinemateca Paixão. Mas, para já, a actual concessionária, Associação Audiovisual Cut, vê o contrato ser prolongado por mais seis meses [dropcap]O[/dropcap] Instituto Cultural (IC) emitiu ontem um comunicado a referir que “iniciará o concurso público sobre a prestação de serviço de exploração da Cinemateca Paixão o mais rápido possível, a fim de fornecer ao público um serviço cultural de qualidade”. Em declarações reproduzidas pela TDM Rádio Macau, Mok Ian Ian, presidente do IC, assegurou que o concurso público para uma nova concessão poderá ser aberto ainda antes do Ano Novo Chinês. Para já, é certo que a Associação Audiovisual Cut, concessionária desde a abertura da Cinemateca, pode continuar com o seu trabalho, uma vez que o contrato será renovado a curto prazo. “Em resposta às recentes opiniões e necessidades do sector cinematográfico e do público sobre a Cinemateca Paixão, o IC prolonga o serviço de exploração da empresa actual por um período de seis meses, de acordo com os procedimentos administrativos”, lê-se. No que diz respeito às obras de manutenção do espaço onde funciona a Cinemateca, os trabalhos começarão a ser feitos já a partir de Fevereiro do próximo ano. “Serão realizadas as inspecções e manutenção de pequenas dimensões da Cinemateca por fases, prevendo-se que as restantes obras sejam realizadas entre Junho e Agosto”, explica o IC. Infiltrações por resolver As obras de reparação e manutenção de que a Cinemateca Paixão será alvo devem-se, afinal, às infiltrações ocorridas devido às fortes chuvadas de Junho de 2019. “Nos últimos meses têm ocorrido falhas mais frequentes, incluindo falhas de flash do projector e desconexão frequente entre o projector e o servidor. Depois de várias reparações, o problema não foi ainda resolvido completamente.” Além disso, “as infiltrações de água no edifício causaram também a descamação de argamassa das paredes”. Todos os trabalhos de reparação serão feitos em três fases. As obras terão início apenas em Fevereiro devido ao facto de a produção do espectáculo “A Dupla Cinematográfica”, integrado no cartaz do 19º Festival Fringe, decorrer na Cinemateca. O IC pretende, além das obras, e “tendo em conta a evolução da indústria cinematográfica nos últimos anos, proceder à revisão do conteúdo do serviço para garantir que a Cinemateca ofereça ao público uma qualidade ainda melhor das instalações de projecção de filmes no futuro”. Cortar nas despesas Ontem a presidente do IC disse ainda à TDM Rádio Macau que a nova secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong U, “deu instruções” para controlar os custos. “Temos de ter muito mais cuidado com cada despesa. Nós vamos fazer uma revisão das despesas. Temos tido uma atitude de reajustamento das despesas”, frisou Mok Ian Ian. A responsável admitiu, porém, que para já não existe um “plano especial para cortar na programação”.
Hoje Macau SociedadeTravessa da Paixão | IC diz que casos de grafítis são diferentes [dropcap]L[/dropcap]eong Wai Man, vice-presidente do Instituto Cultural (IC) referiu, citada pelo jornal Exmoo News, que os dois casos de grafítis feitos na Travessa da Paixão são distintos, o que originou diferentes procedimentos por parte das autoridades. O segundo grafíti foi feito num edifício classificado como património cultural, estando em causa uma violação da Lei de Salvaguarda do Património Cultural, explicou a responsável, o que obrigou o autor do grafíti, um estudante, a apresentar-se ao Ministério Público, estando detido e acusado do crime de dano. No que diz respeito ao primeiro caso de grafíti, feito por Mário Ho, filho de Angela Leong, o edifício em causa não está classificado como património, disse Leong Wai Man. Desta forma, apenas os proprietários poderão apresentar queixa contra o autor do grafíti. A vice-presidente do IC adiantou que serão instaladas etiquetas para que os turistas possam distinguir quais são os edifícios classificados como património cultural. Os casos dos grafítis está a gerar debate nas redes sociais, por se considerar que houve diferentes procedimentos adoptados pelas autoridades. A Polícia Judiciária assegurou que executa a lei de forma imparcial.
Hoje Macau SociedadeTravessa da Paixão | IC diz que casos de grafítis são diferentes [dropcap]L[/dropcap]eong Wai Man, vice-presidente do Instituto Cultural (IC) referiu, citada pelo jornal Exmoo News, que os dois casos de grafítis feitos na Travessa da Paixão são distintos, o que originou diferentes procedimentos por parte das autoridades. O segundo grafíti foi feito num edifício classificado como património cultural, estando em causa uma violação da Lei de Salvaguarda do Património Cultural, explicou a responsável, o que obrigou o autor do grafíti, um estudante, a apresentar-se ao Ministério Público, estando detido e acusado do crime de dano. No que diz respeito ao primeiro caso de grafíti, feito por Mário Ho, filho de Angela Leong, o edifício em causa não está classificado como património, disse Leong Wai Man. Desta forma, apenas os proprietários poderão apresentar queixa contra o autor do grafíti. A vice-presidente do IC adiantou que serão instaladas etiquetas para que os turistas possam distinguir quais são os edifícios classificados como património cultural. Os casos dos grafítis está a gerar debate nas redes sociais, por se considerar que houve diferentes procedimentos adoptados pelas autoridades. A Polícia Judiciária assegurou que executa a lei de forma imparcial.
Hoje Macau SociedadePatrimónio intangível | População de acordo com lista do IC [dropcap]A[/dropcap] ópera cantonense foi a manifestação cultural recomendada para inscrição na Lista do Património Cultural Intangível que maior apoio obteve na consulta pública promovida pelo Instituto Cultural, aprovada por 95 por cento dos inquiridos. A novidade consta do relatório de opiniões da consulta pública das manifestações a inscrever na lista do Património Cultural Intangível, divulgado ontem. Tirando a música ritual taoista, as manifestações culturais de matriz lusa e macaense tiveram as percentagens mais baixas de apoio à inclusão na lista de património cultural intangível. Ainda assim, a percentagem mais baixa foi de 77 por cento, para o Teatro em Patuá, seguidas de duas manifestações de cariz religioso: Procissão de Nosso Senhor Bom Jesus dos Passos (77,2 por cento a favor de inclusão) e Procissão de Nossa Senhora de Fátima (78,1 por cento). A Gastronomia Macaense teve a anuência de 79,5 por cento dos inquiridos. “As razões principais de concordância com a inclusão residem no facto da Gastronomia Macaense constituir um elemento único da cultura de Macau, com valor histórico, o qual reflecte também as relações estreitas entre Macau e Portugal, sendo representativo da relação cultural entre a China e o Ocidente”, lê-se no relatório. Da consulta pública resultaram 1.168 opiniões, das quais 1.107 provêm de formulários, 26 das sessões de consulta pública e 35 dos jornais locais e redes sociais.
Hoje Macau SociedadePatrimónio intangível | População de acordo com lista do IC [dropcap]A[/dropcap] ópera cantonense foi a manifestação cultural recomendada para inscrição na Lista do Património Cultural Intangível que maior apoio obteve na consulta pública promovida pelo Instituto Cultural, aprovada por 95 por cento dos inquiridos. A novidade consta do relatório de opiniões da consulta pública das manifestações a inscrever na lista do Património Cultural Intangível, divulgado ontem. Tirando a música ritual taoista, as manifestações culturais de matriz lusa e macaense tiveram as percentagens mais baixas de apoio à inclusão na lista de património cultural intangível. Ainda assim, a percentagem mais baixa foi de 77 por cento, para o Teatro em Patuá, seguidas de duas manifestações de cariz religioso: Procissão de Nosso Senhor Bom Jesus dos Passos (77,2 por cento a favor de inclusão) e Procissão de Nossa Senhora de Fátima (78,1 por cento). A Gastronomia Macaense teve a anuência de 79,5 por cento dos inquiridos. “As razões principais de concordância com a inclusão residem no facto da Gastronomia Macaense constituir um elemento único da cultura de Macau, com valor histórico, o qual reflecte também as relações estreitas entre Macau e Portugal, sendo representativo da relação cultural entre a China e o Ocidente”, lê-se no relatório. Da consulta pública resultaram 1.168 opiniões, das quais 1.107 provêm de formulários, 26 das sessões de consulta pública e 35 dos jornais locais e redes sociais.
João Santos Filipe PolíticaIC tomou medidas para corrigir discrepâncias sobre o Antigo Tribunal [dropcap]O[/dropcap] Instituto Cultural (IC) garantiu à deputada Agnes Lam que apesar da Planta de Condições Urbanísticas (PCU) da Nova Biblioteca Central apenas exigir a manutenção da fachada que toda a estrutura vai ser mantida. O esclarecimento foi enviado numa resposta a uma interpelação da legisladora, que apontava para a contradição do IC andar a dizer que ia manter a fachada e o edifício, mas que no PCU apenas constava a obrigação de manter a fachada. “Além de preservar na íntegra todas as fachadas do edifício, os elementos e características arquitectónicos de valor cultural e o estilo único do edifício do Antigo Tribunal, compostos pela estrutura, pavimento, escadaria, corredores, poços de luz, caixa de escada, etc., do interior do edifício, também devem ser completamente preservados”, pode ler-se na resposta assinada por Leong Wai Man, presidente substituta do IC. No mesmo documento é justificado que a PCU foi elaborada sem a obrigatoriedade de manter a estrutura do edifício porque o concurso para a atribuição do projecto da Nova Biblioteca Central “apresentava requisitos rigorosos de elaboração”, que já tinham sido “especificamente delineados nas regras” do próprio concurso. Apesar deste aspecto, o IC admite que depois da questão ter sido levantada pela deputada que entrou em contacto “voluntariamente” com a Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) e pediu que os requisitos de salvaguarda fossem apresentados de “forma mais abrangente e completa” na PCU. Centro histórico Na interpelação da deputada era igualmente questionado se a definição das medidas e critérios de protecção para o Centro Histórico de Macau ia ser precedida de uma consulta de opiniões junto do Conselho do Património Cultural ou mesmo consulta pública. Em relação a esta questão o IC garante que “tem-se dedicado, desde sempre, à divulgação da Lei de Salvaguarda do Património Cultural e à promoção dos respectivos trabalhos, valorizando e auscultando as opiniões da sociedade” e ainda que está a estudar “formas diferentes de incluir as opiniões da população, a fim de aumentar a compreensão da sociedade quanto às políticas de salvaguarda do património cultural”.
Hoje Macau EventosIC | Aceitam-se propostas para “Desfile Internacional de Macau” [dropcap]R[/dropcap]ealiza-se a 8 de Dezembro mais uma edição do “Desfile Internacional de Macau 2019”, organizado pelo Instituto Cultural (IC) em celebração do 20.º Aniversário da Transferência da Administração de Macau para a China. O IC começa a receber propostas de participação de grupos artísticos ou escolas que desejem desfilar por algumas zonas da península de Macau entre os dias 2 e 8 de Setembro. De acordo com um comunicado, “a rota do desfile desta edição é semelhante à do ano anterior, tendo início nas Ruínas de S. Paulo e fim na Praça do Lago Sai Van”. O tema deste ano é “Uma Faixa, Uma Rota”, nome do projecto político chinês, que pretende reconstituir a antiga rota comercial da seda. Os grupos podem participar no desfile em duas modalidades : “Tema do Desfile” e “Desfile de Grupos Artísticos”. Além disso, os participantes podem inscrever-se também nas actividades comunitárias que decorrem na véspera do desfile, tal como o “Mini Desfile de Promoção Artística” e o “Programa da Arte na Comunidade”. O objectivo é levar “diferentes formas de cultura e artes às comunidades de Macau”. Serão ainda atribuídos dois prémios.
Hoje Macau SociedadeColina Ilha Verde | Proprietário tem um mês para apresentar plano de conservação [dropcap]O[/dropcap] Instituto Cultural (IC) anunciou ontem, através de um comunicado, que concluiu o “procedimento de audiência e análise dos documentos apresentados pelo proprietário da zona da Colina da Ilha Verde”. A decisão do IC passa pela exigência da “realização de trabalhos de recuperação na parte da Colina pela qual o proprietário é responsável, incluindo a apresentação de um plano de conservação e manutenção do convento que ali se encontra dentro dos próximos 30 dias”. O mesmo comunicado dá ainda conta de que, “caso o proprietário não realize as obras relevantes dentro do prazo indicado, o IC irá promover a sua execução coerciva nos termos da Lei de Salvaguarda do Património Cultural e cobrar as respectivas despesas ao referido proprietário”. Entretanto, o IC reuniu com os representantes do proprietário do antigo convento jesuíta com o objectivo de “indicar claramente quais as suas obrigações e responsabilidades legais”, cuja audiência foi pedida há um mês. O proprietário respondeu posteriormente, sendo que o IC considera a existência de “improcedência por parte do proprietário pelo facto de ainda não ter implementado as obras da manutenção”.
João Santos Filipe Manchete SociedadeCentro Histórico | Esboço do Plano de Salvaguarda e Gestão até ao fim do ano O IC espera até ao final do ano concluir o projecto do regulamento administrativo que vai ser o Plano de Salvaguarda e Gestão do Centro Histórico de Macau. Um dos principais aspectos a ter em conta vai ser o corredor visual da Colina da Penha [dropcap]O[/dropcap] Instituto Cultural (IC) espera terminar até ao final do ano um esboço do que será o Plano de Salvaguarda e Gestão do Centro Histórico de Macau, que depois será publicado como regulamento administrativo. O ponto da situação foi feito, ontem, por Sou Kin Meng, Chefe Substituto do Departamento do Património Cultural. “Em relação ao projecto para o regulamento administrativo para o Plano de Salvaguarda e Gestão do Centro Histórico de Macau estamos a desenvolver os trabalhos necessários”, Sou Kin Meng. “Todas as opiniões ouvidas durante a consulta pública de 2018 vão ser tidas em conta e vão ser incluídas na elaboração na proposta do regulamento administrativo. Claro que a proposta ainda está na fase de elaboração e vamos tentar concluí-la até ao final do ano”, acrescentou. De acordo com o responsável caso haja outros desenvolvimentos sobre o plano as informações serão atempadamente divulgadas. Porém, de acordo com Sou, a altura e a largura do corredor visual para a Colinha da Penha ainda está por definir. Este foi um aspecto focado por mais de 50 por cento das 2.050 opiniões ouvidas na consulta pública de 2018. “Esperamos que a proposta [do Plano de Salvaguarda e Gestão do Centro Histórico de Macau] seja bastante abrangida e desenvolvida”, sublinhou. Durante a conferência de imprensa de ontem, Choi Kin Long, vice-presidente substituto do IC, avançou igualmente que vai ser criado um centro para a monitorização em tempo real do património. Esta criação depende de vários estudos que estão a ser feitos e, segundo o responsável, vai permitir escolher o património que será acompanhado através de tecnologias “inteligentes”. Raio do Gaio Um tema que ficou sem resposta foi o dos eventuais trabalhos em “contra-relógio” do edifício na Rua da Calçada do Gaio nos números 18 a 20. O edifício fica numa zona cuja construção em altura foi limitada a 52,5 metros, no ano de 2008. Porém, a obra atingiu a altura de 81,32 metros antes do despacho ser publicado, havendo associações, como o Grupo para a Salvaguarda do Farol da Guia, que defendem que devia ser demolida em parte. Os responsáveis do IC foram questionados sobre a existência de obras em 2008 mesmo à noite, para construir o máximo possível antes do despacho ser publicado, mas negaram qualquer conhecimento dessa situação. “As informações que temos são sobre a altura da construção. Não temos informações sobre a velocidade com que os trabalhos foram feitos”, respondeu Choi Kin Long, quando questionado. Sobre as eventuais negociações para compensar o construtor do edifício pelo facto de ter visto a área de aproveitação reduzida, com o despacho de 2008, o vice-presidente afirmou não estar a par do assunto e que não seria o IC a negociar a compensação. Ainda no que diz respeito à vista para a Colina da Guia e as construções na Zona A dos Novos Aterros, Choi admitiu que o IC não tem muitas informações sobre a situações. Farol da Guia na UNESCO O Grupo para a Salvaguarda do Farol da Guia quer que o Centro do Património Mundial da UNESCO tome uma posição sobre o edifício na Calçada do Gaio. Numa carta enviada ontem à presidente do Centro, Mechtild Rössler, a grupo pede que a UNESCO clarifique se concorda com a altura superior a 80 metros do edifício ou se os andares superiores deviam ser demolidos até se chegar ao limite dos 52,5 metros. Ao mesmo tempo pergunta qual será o impacto visual para a colina, caso os edifícios em construção na Avenida Rodrigo Rodrigues sejam concluídos com alturas que chegam aos 90 metros de altura. O grupo sublinha a importância de haver uma resposta para as questões, que preocupam a sociedade de Macau.
João Santos Filipe PolíticaMoradores queixam-se que IC dificulta venda de casas em zonas protegidas [dropcap]A[/dropcap] Comissão de Acompanhamento para os Assuntos de Administração Pública vai discutir a aplicação da Lei de Salvaguarda do Património Cultural, de acordo com a revelação do presidente deste organismo da Assembleia Legislativa, Si Ka Lon. Em causa está o facto de os deputados terem recebido queixas de proprietários de zonas protegidas, também conhecidas como zonas tampão, relativas a alegadas dificuldades nas vendas, devido à necessidade de parecer do Instituto Cultural. “Os proprietários queixam-se que as suas propriedades não têm valor histórico, não estão no Centro Histórico [da cidade], mas por estarem na zona de tampão, quando querem fazer uma transacção precisam de parecer do Instituto Cultural. Esse processo demora algum tempo, afecta a população e a comissão quer conhecer melhor todo o processo”, disse Si Ka Lon, deputado. Segundo o deputado, eleito com o apoio do empresário Chan Meng Kam, a maior parte das queixas está relacionada com a zona de protecção do Farol da Guia: “O maior número de queixas recebido pelos deputados está relacionado com a zona que fica ao pé do Farol [da Guia]. As pessoas estão preocupadas com os procedimentos da classificação dos imóveis”, apontou. O presidente da comissão negou ontem que esta via será utilizada para promover alterações na legislação actual. O objectivo passa mesmo por compreender, numa primeira fase, como funcionam as transacções nas zonas tampão. “Não é por esta via que vamos trabalhar [para simplificar a lei]. Queremos inteirar-nos da situação da aplicação da lei, nomeadamente sobre as Zonas de Protecção”, afirmou. “Esperamos convidar vários serviços públicos para ter uma reunião, nomeadamente o Instituto Cultural, representantes da conservatória, do registo predial, e também representantes das Obras Públicas”, clarificou. Segundo o plano da cidade, existem zonas de protecção principalmente junto do Centro Histórico, na Zona do Farol da Guia, assim como em algumas zonas perto de monumentos, como acontece com uma área próxima do Forte de Mong Há. Estas zonas têm requisitos especiais para os proprietários de fracções, mas também têm isenções fiscais, relacionadas com obrigações relativas à protecção do património. A Lei de Salvaguarda do Património Cultural entrou em vigor no ano de 2014.
Raquel Moz EventosIC | Abertas candidaturas a espectáculos para o FAM 2020 [dropcap]O[/dropcap] Instituto Cultural (IC) lançou ontem o convite para a entrega de propostas para espectáculos a incluir no programa do 31º Festival de Artes de Macau (FAM), que terá lugar em Maio de 2020. As associações artísticas e culturais sem fins lucrativos, registadas na Direcção dos Serviços de Identificação, ou os indivíduos com idade igual ou superior a 18 anos e Bilhete de Identidade de Residente válido, podem apresentar as suas candidaturas até ao dia 16 de Agosto de 2019. Os trabalhos seleccionados farão parte do cartaz de espectáculos do próximo ano, uma iniciativa que pretende “promover o desenvolvimento das artes locais e disponibilizar uma plataforma de artes performativas” que facilite o intercâmbio de grupos artísticos. Para atrair mais espectáculos criativos, com características locais, foi acrescentada a ópera cantonense às categorias já existentes, que abrangiam o teatro, a dança, os espectáculos infantis e outras artes performativas multimédia. Na avaliação das propostas, segundo informa o IC em nota de imprensa, “será dada prioridade a trabalhos centrados nas preocupações da população local, na paisagem urbana actual, em teatros interdisciplinares que alterem a relação tradicional do público com os actores, produções inspiradas no património cultural imaterial local ou nas artes performativas tradicionais chinesas”. Paralelamente, a Mostra de Espectáculos ao Ar Livre também acolherá propostas criativas. O regulamento de apresentação das propostas e o boletim de inscrição podem ser descarregados na página electrónica do IC, entidade organizadora do evento.
Sofia Margarida Mota SociedadeMok Ian Ian sublinha importância da Feira do Livro na promoção de políticas nacionais [dropcap]C[/dropcap]ozinha, livros, países de língua portuguesa e políticas nacionais são os ingredientes que este ano alimentam a segunda edição da Feira do Livro Internacional. De acordo com a presidente do Instituto Cultural, Mok Ian Ian, o evento é uma oportunidade para desenvolver as relações entre a China e os países de língua portuguesa dentro do quadro das políticas nacionais. A ideia foi expressa na cerimónia de abertura do evento que se prolonga até ao próximo domingo no Venetian. “Desejo que, com a realização da Feira Internacional do Livro de Macau, possamos promover uma cooperação intensa com os países de língua portuguesa, os países ao longo da iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota” e a China na área do comércio, dos direitos de autor e das publicações”, afirmou Mok Ian Ian. A par desta faceta, a responsável frisou ainda a importância do certame no contexto regional. “Também acreditamos que, através do papel que Macau desempenha como ponto de encontro entre ocidente e oriente, o fortalecimento das relações entre o interior da China e o mundo contribui para a construção da iniciativa ‘Uma Faixa, Uma Rota’ e para a Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau”, acrescentou. Já o presidente da Companhia de Publicações da China, Tan Yue, destacou, na mesma ocasião, a importância deste tipo de acontecimentos para a troca de conhecimentos e experiências entre as editoras. Para Tan, através deste tipo de eventos é possível, “desempenhar bem o papel entre as várias editoras, insistir na manutenção da diversidade cultural, explorar a cooperação em publicações e noutros campos com base nos direitos de autor, contribuindo para a publicação de livros e para a prosperidade cultural”. Descoberta de sabores A feira deste ano dá um especial destaque à gastronomia. Para o efeito, além de uma banca dedicada à apresentação de livros internacionais, há ainda apresentações de cozinha ao vivo, protagonizadas por chefes internacionais. Mok Ian Ian destacou a integração no programa da 24ª cerimónia internacional de entrega dos prémios “Gourmand World Cookbook” conhecidos como os “Óscares” da gastronomia e do vinho. O evento que vai na segunda edição custou ao Governo quatro milhões de patacas. A área de exposição é de 3000 metros quadrados onde estão dispostas 60 editoras de mais de 20 países e regiões. Os expositores incluem editores de países de língua portuguesa: Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Timor-Leste, São Tomé e Príncipe e Guiné Bissau.
Sofia Margarida Mota Manchete PolíticaConcursos por sorteio | Presidente do IC quer evitar “muitos” concursos públicos Mok Ian Ian aguarda oportunidade para realizar um concurso público geral para contratar serviços de segurança para todas as instalações do Instituto Cultural, para evitar que cada serviço o faça de forma independente. Esta é a justificação de Mok Ian Ian para os concursos por sorteio promovidos pelo IC para contratos que chegam aos 10 milhões de patacas [dropcap]A[/dropcap] presidente do Instituto Cultural (IC), Mok Ian Ian justificou ontem a contratação por sorteio de serviços de segurança para algumas das instalações do organismo como uma forma de dar tempo para que se possa realizar um concurso público geral para a adjudicação de um contrato que abranja a totalidade dos serviços. “Na segunda metade deste ano vamos continuar a fazer as adjudicações por sorteio para que depois, quando todos os contratos tiverem terminados, se fazer apenas um concurso público geral para todos os serviços”, disse ontem Mok Ian Ian aos jornalistas, à margem da cerimónia da abertura da Feira Internacional do Livro de Macau. De acordo com a responsável, “não é preciso estar sempre a abrir concursos para a prestação de serviços para cada um dos organismos”, disse, acrescentando que o IC “tem várias instalações como o conservatório, bibliotecas salas de exposições, etc., em que cada uma tem a suas necessidades”. Por outro lado, o IC tutela agora mais serviços, desde a integração de algumas das valências do extinto Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais. “Depois da integração de alguns departamentos do antigo IACM, o IC, em conformidade com o princípio de facilitação do trabalho administrativo, pretende trabalhar no sentido da integração administrativa”, apontou Mok. Uma questão de sorte As justificações de Mok Ian Ian surgem um dia depois da divulgação por parte do deputado Au Kam San de que o IC tem estado a fazer a adjudicação de contratos para prestação de serviços de segurança, avaliados em mais de 10 milhões de patacas, através de sorteio electrónico. De acordo com Au, o organismo liderado por Mok Ian Ian evitou realizar concursos públicos, como acontecia nos anos anteriores, o que contraria o regime das despesas com obras e aquisições de bens e serviços. “Segundo o IC, este ano houve uma reforma interna e o contrato dos serviços de segurança não vão ser distribuídos por concurso público. Em vez disso, o IC vai utilizar um sistema de distribuição electrónica, em que convidou várias empresas para participar”, referiu o pró democrata. Segundo o regime das despesas com obras e aquisições de bens e serviços, as obras com valor superior a 2,5 milhões de patacas ou os bens e serviços adquiridos com valor acima de 750 mil patacas têm de ser adjudicados por concurso público. Só em casos de excepção, por conveniência, o concurso pode ser dispensado. Mok Ian Ian fez ainda questão de sublinhar que, relativamente ao projecto da Biblioteca Central que vai ter lugar no edifício do antigo tribunal, toda a estrutura e elementos arquitectónicos vão ser preservados. “O IC já transmitiu às Obras Públicas a necessidade da preservação completa do edifício do antigo tribunal, incluindo todos os elementos e características arquitectónicas que compõe o estilo único e o valor cultural do edifício”, disse.
João Santos Filipe Manchete PolíticaIC atribui electronicamente contratos de 10 milhões, sem concurso público Au Kam San revela que Instituto Cultural vai atribuir contratos de segurança através de sorteio electrónico. Além disso, o deputado refere que a empresa que ganhou os últimos concursos públicos nem foi convidada [dropcap]O[/dropcap] deputado Au Kam San revelou que o Instituto Cultural (IC) está a fazer a distribuição de contratos de segurança avaliados em mais de 10 milhões de patacas através de sorteio electrónico. Com esta opção, o organismo liderado por Mok Ian Ian evitou realizar concursos públicos, como acontecia nos anos anteriores, o que contraria o regime das despesas com obras e aquisições de bens e serviços. “Recentemente recebi uma denúncia sobre os serviços de segurança prestados aos vários departamentos do Instituto Cultural. Uma vez que o valores dos contratos superam os 10 milhões de patacas, nos últimos anos foram adjudicados através de um concurso público”, conta Au. “No entanto, segundo o IC, este ano houve uma reforma interna e o contrato dos serviços de segurança não vão ser distribuídos por concurso público. Em vez disso, o IC vai utilizar um sistema de distribuição electrónica, em que convidou várias empresas para participar”, explicou. Segundo o regime das despesas com obras e aquisições de bens e serviços, as obras com valor superior a 2,5 milhões de patacas ou os bens e serviços adquiridos com valor acima de 750 mil patacas têm de ser adjudicados por concurso público. Só em casos de excepção, por conveniência para o território, o concurso pode ser dispensado. Porém, segundo o pró-democrata o modelo escolhido para a distribuição levanta muitas dúvidas porque é “uma caixa negra” sem transparência e porque companhia que nos últimos anos era a vencedora nem foi convidada a participar no “sorteio electrónico”. “Qual é a base legal para esta ‘reforma’? Como é que uma reestruturação interna de um departamento permite que este evite o que está regulado nas leis e possa atribuir concursos de mais de 10 milhões de patacas sem concurso público?”, questiona Au. Por outro lado, o deputado quer saber se este procedimento contou com o apoio do secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam. “Pergunto ao Instituto Cultural se a dispensa do concurso público para a atribuição de contratos com valor superior a 10 milhões foi aprovada pelo secretário”, lê-se no documento. No passado, o Governo mencionou estar a trabalhar na revisão do regime das despesas com obras e aquisições de bens e serviços, nomeadamente a nível dos valores que foram definidos nos anos 90 e são considerados desadequados, devido à inflação. Em relação à revisão do regime, Au Kam San não se mostra contra, mas alerta que mesmo com valores mais elevados poderá continuar a haver violação da lei. “O aumento do valor para os concursos públicos não garante que não haja violações. Mas as violações vão ser mais graves, porque estamos a falar de valores de contratos maiores”, indica. “Nas alterações a esta lei, será que o Governo está a considerar o aumento dos mecanismos de supervisão e de combate às ilegalidades?”, pergunta.
Raquel Moz Manchete SociedadeIlha Verde | IC vai notificar donos do convento mas não diz quando O Instituto Cultural chamou ontem a imprensa para avisar que vai notificar em breve os proprietários do convento jesuíta da Colina da Ilha Verde e fixar prazos para a realização das obras de restauro. Mas ainda não sabe quando [dropcap]O[/dropcap] Instituto Cultural (IC) informou ontem que vai avançar em breve com uma carta formal de notificação à empresa proprietária do antigo convento jesuíta, situado na Colina da Ilha Verde, estabelecendo um prazo para que esta proceda às obras de reparação urgente do edifício, ao abrigo da Lei de Salvaguarda do Património Cultural em vigor. Após a publicação do relatório do Comissariado contra a Corrupção (CCAC), na passada segunda-feira, onde foram apresentadas queixas sobre a “insuficiência da conservação e do planeamento do terreno da Colina da Ilha Verde por parte do Governo, o que teria provocado danos na colina e na paisagem”, o IC reuniu ontem com os actuais proprietários – a Companhia de Desenvolvimento Wui San Limitada – para apurar os motivos da inacção desde 2017, quando foram informados sobre estas suas obrigações. Segundo o IC, a empresa proprietária alegou na reunião de ontem dificuldades na realização e planeamento das obras de reparação, dado tratar-se de um edifício muito antigo do século XIX, havendo “falta de plantas e de informação sobre as estruturas e os materiais utilizados na época, e falta de registos sobre os acrescentos e alterações feitas ao longo do tempo”, o que justificou que não tenham chegado a proceder à sua execução, revelou ontem a vice-presidente, Leong Wai Man, em conferência de imprensa. A responsável afirmou que o IC “compreendeu as dificuldades apresentadas, mas reiterou a obrigação da empresa proprietária em proteger aquele património classificado”, informando que estabelecerá um prazo, a partir do qual a instituição será forçada a intervir coercivamente, arcando com a responsabilidade das obras e apresentando posteriormente a despesa aos proprietários, de acordo com o disposto no artigo 39º daquela Lei de 2013. Interrogada sobre o facto de o IC não ter feito mais do que enviar, em 2017, uma carta ao proprietário a dar conta das suas obrigações em relação à degradação avançada do edifício, a vice-presidente informou que procederam a vistorias da zona protegida da Ilha Verde e que vai trabalhar para “garantir que o património cultural classificado de Macau seja defendido”, concordando com os pareceres do Comissariado no que diz respeito à actual degradação do convento jesuíta. O IC não conseguiu, contudo, informar quanto ao prazo que será dado na carta aos proprietários, para o início e o fim do período de obras, justificando ter de analisar agora o que poderá ser uma data “razoável” e permitindo à empresa uma última oportunidade para avançar com as suas responsabilidades. Moradores pedem implementação do plano de ordenamento Chan Ka Leong, vice-presidente da direcção da União Geral das Associações dos Moradores de Macau (Kaifong), e a presidente da Associação de Beneficência e Assistência Mútua dos Moradores do Bairro da Ilha Verde, Chan Fong, exigem que a Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) acelere a implementação do Plano de Ordenamento Urbanístico da Ilha Verde, de acordo com as expectativas da sociedade. Os dois responsáveis garantem que continuam a viver pessoas de forma ilegal no antigo Convento da Ilha Verde que não tencionam abandonar o local, o que cria dificuldades aos proprietários para a realização de obras de manutenção. A situação de alojamento ilegal mantém-se, pelo menos, desde 2012, quando viviam, em condições precárias, dezenas de trabalhadores da construção civil oriundos da China. Chan Ka Leong e Chan Fong esperam que o Governo intervenha também a este nível para por fim à situação de alojamento ilegal.
Hoje Macau SociedadeColina da Ilha Verde | IC volta a contactar proprietários do terreno [dropcap]O[/dropcap] Instituto Cultural (IC) reagiu ontem ao mais recente relatório do Comissariado contra a Corrupção (CCAC) sobre a investigação do terreno da Colina da Ilha Verde, onde se situa o antigo convento jesuíta actualmente em ruínas. Num comunicado oficial, os responsáveis do IC prometem “contactar os proprietários” e realizar a supervisão necessária “no sentido de estes levarem a cabo obras de restauro o mais rápido possível”. “Se os proprietários tiverem dificuldades nas obras de restauro, o IC irá tratar do assunto nos termos da Lei de Salvaguarda do Património Cultural, de forma a implementar e executar rigorosamente os trabalhos de salvaguarda do património cultural e a garantir a melhoria efectiva do estado da protecção da Colina da Ilha Verde”, lê-se ainda no comunicado. O IC assegura que esta não é a primeira vez que contacta os legítimos proprietários do terreno, que tem estado envolvido numa disputa judicial para determinar a quem pertence a propriedade. “No passado, o IC enviou cartas aos proprietários do terreno a solicitar a realização, o mais rápido possível, de obras de restauro e manutenção do Convento da Ilha Verde, e depois, o IC, a pedido dos proprietários, forneceu informações sobre os desenhos de design e os materiais de construção do Convento, comunicando com os proprietários envolvidos.”
Hoje Macau EventosApresentado livro sobre Porcelanas Ming em Lisboa [dropcap]O[/dropcap] Instituto Cultural (IC) lançou recentemente, em parceria com o Centro de Estudos Históricos e o CHAM – Centro de Humanidades da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, a obra “De Macau a Lisboa – Na Rota das Porcelanas Ming”. O lançamento aconteceu no Palácio Nacional da Ajuda. De acordo com um comunicado, o livro é da autoria do já falecido arqueólogo Armando J. G. Sabrosa (1979-2006) e é resultado de uma das bolsas de investigação académica atribuídas pelo IC. O conteúdo deste trabalho centra-se principalmente no estudo detalhado de porcelanas provenientes das escavações arqueológicas realizadas em Macau, na zona do Colégio de São Paulo e na Fortaleza do Monte, em 1995. O autor realizou uma análise tipológica detalhada das porcelanas encontradas na altura e comparou-as com outras recuperadas em Portugal, com o intuito de discutir o importante papel de Macau como porto de comércio marítimo Oriente-Ocidente. Para o IC, “estes resultados são de grande importância para o estudo do fluxo de porcelana da Dinastia Ming para a Europa através de Macau”. O autor faleceu em 2006 num acidente de trabalho, deixando para trás inúmeros resultados de pesquisas inéditas, que devido à cooperação entre o IC e a Universidade Nova de Lisboa foram, finalmente, publicadas na forma de monografia. Trabalho pioneiro No lançamento da obra o Professor André Teixeira, do Departamento de História da Universidade Nova de Lisboa e investigador no CHAM, apresentou o livro e reconheceu as contribuições pioneiras do autor para a arqueologia dos séculos XVI a XVIII, uma área que tem ainda limitada expressão em Portugal e a nível internacional. Este salientou também que a monografia tem o grande mérito de dar a conhecer parte dos resultados daquelas intervenções arqueológicas. Jorge Raposo, Director do Centro de Arqueologia de Almada, fez uma retrospectiva da vida do autor e da sua carreira como investigador. A monografia De Macau a Lisboa – A Rota das Porcelanas Ming encontra-se à venda ao preço de 180 patacas e pode ser adquirida na Livraria Plaza Cultural Macau, no Centro de Informações ao Público, no Arquivo de Macau e no Centro Ecuménico Kun Iam.
Sofia Margarida Mota SociedadeInstituto Cultural recebe 13 propriedades do Kiang Wu São 13 os imóveis que vão ficar sob a alçada do Instituto Cultural depois da doação por parte da Associação de Beneficência do Hospital Kiang Wu. Localizados no Centro histórico, os imóveis vão agora ser submetidos a trabalhos de preservação e só depois é que o Governo irá pensar em planos para estas estruturas [dropcap]F[/dropcap]oi ontem celebrada a cerimónia de doação por parte da Associação de Beneficência do Hospital Kiang Wu de 13 propriedades ao Governo que vão ficar sob a alçada do Instituto Cultural (IC). Para já não há planos para os referidos imóveis sendo que a acção prioritária é a sua conservação. “O primeiro passo é a conservação dos edifícios. “O essencial agora é efectuar os trabalhos de preservação e de segurança dos edifícios”, apontou a presidente do IC, Mok Ian Ian, à margem da cerimónia. Quanto a planos para a sua utilização, só mais tarde. “Temos concretamente que ver o plano em geral e depois é que podemos decidir”, acrescentou a responsável referindo-se aos imóveis localizados no Pátio da Eterna Felicidade e na Rua da Tercena. Os edifícios integram a zona de protecção do centro histórico de Macau e ocupam uma área total de construção de 2.184 metros quadrados. Segundo a presidente do IC estão em “bom estado de conservação”. Interesse especial A localização dos imóveis e o facto de estarem rodeados de outros elementos turísticos, faz com estes edifícios tenham especial interesse, segundo a presidente do IC. “À volta há as Ruínas de São Paulo, também estão situados numa zona de protecção no centro da cidade e iremos interligar os pontos turísticos e arredores com o pátio [da eterna felicidade]”, referiu. O objectivo é dar continuidade à história e cultura daquela zona. “Este pátio é para ser preservado e também projectado e esperamos ter espaço para mostrar a história dessas propriedades e dar continuidade à cultura””, acrescentou. A responsável sublinhou ainda a importância da preservação arquitectónica dos edifícios “de estilo chinês”, característico da região de Lingnam que abrange as províncias de Guangdong e Guangxi, no sul do país. De acordo com a lei Já em relação às acusações feitas pelo Grupo para a Salvaguarda do Farol da Guia num relatório divulgado em comunicado e que vai ser submetido à UNESCO , Mok Ian Ian apontou que a construção dos edifícios nas imediações daquela zona estão a ser feitas de acordo com a leis que regulam a construção. “Neste aspecto, em 2008 o Chefe do Executivo emitiu um despacho em que regula a limitação da altura dos edifícios [em 52,5 metros]”, disse. Relativamente ao projecto com 80 metros de altura, situado na Calçada do Gaio e que se encontra ao abandono deste 2008, a responsável referiu que, quando foi construído, não existiu oposição por parte das autoridades. “O projecto na altura já tinha sido construído numa determinada altura e depois dos serviços terem consultado o IC, o IC não negou que se mantivesse”, disse. De acordo com Mok Ian Ian, esta posição foi comunicada ao continente e à própria UNESCO, que, na mesma altura, “não negaram o projecto e deixaram que continuasse”. Recorde-se que o grupo de activistas, acusa, no documento que vai apresentar à UNESCO, o Governo de não respeitar as suas promessas. Em causa está o despacho do Chefe do Executivo que estipula a altura máxima dos edifícios nas imediações do Farol da Guia em 52,5 metros. Mas, há um edifício com 80 metros de altura na Calçada do Gaio, que tem as obras suspensas desde 2008. “O Governo prometeu à UNESCO que ia reduzir a altura do prédio para 52,5 metros, no entanto, passaram 11 anos e o prédio está abandonado, o que prejudica gravemente a paisagem do Património, o ambiente e a segurança dos moradores daquela zona”, aponta o documento que vai seguir para a UNESCO.