Crime | Homem provoca incêndio ao tentar cobrar dívida

Um homem foi detido por suspeitas do crime de fogo posto quando tentava cobrar uma dívida. O caso aconteceu na madrugada de sábado, num edifício situado na Avenida da Tranquilidade.

Segundo o relato do jornal Ou Mun, um homem com cerca de 40 anos deslocou-se a casa de um conhecido para cobrar uma dívida. Contudo, enganou-se no andar, e apesar de ter batido várias vezes à porta, ninguém a abriu. Dentro da casa, os ocupantes, desconhecendo o indivíduo, não só não abriram a porta, como o ignoraram na tentativa de deixarem de ser incomodados.

No entanto, frustrado com o facto de estar a ser ignorado, o homem acendeu um cigarro e atirou-o para uma sapateira, que se incendiou quase de imediato. De seguida, fez um vídeo do incêndio, que enviou para o conhecido que lhe devia dinheiro, a relatar a situação e a exigir que a dívida fosse paga. Todavia, as chamas ganharam uma dimensão inesperada, e nem o incendiário, nem o vizinho, conseguiram apagar o fogo.

O Corpo de Bombeiros acabou assim por ser chamado ao local, para apagar as chamas. Contudo, durante a operação, o pirómano sentiu-se mal, devido à inalação de fumos, e foi levado para o hospital. Mais tarde, acabou por ser detido pela prática de fogo posto. Por sua vez, o dono da casa queixou-se de danos patrimoniais de cerca de 170 mil patacas.

28 Nov 2023

Incêndio | Cerca de 40 pessoas retiradas de edifício

Cerca de 40 pessoas tiveram ontem de ser retiradas do Centro Comercial Costa, na Avenida Horta e Costa, devido a um incêndio que deflagrou por volta as 9h30 da manhã.

Segundo a informação do Corpo de Bombeiros, citada pelo Jornal Ou Mun, as chamas sugiram num ar-condicionado no quarto andar, num espaço utilizado como centro de yoga.

Como consequência, cerca de 40 pessoas tiveram de ser retiradas do edifício, sem que nenhuma tenha apresentado qualquer tipo de ferimento. Na origem do incêndio, terá estado um curto-circuito no ar-condicionado. Os bombeiros deslocaram-se rapidamente ao local e apagaram as chamas sem dificuldades, contando com a ajuda do sistema de sprinkles, que também foi activado.

2 Ago 2023

Praia Grande | Incêndio no Café Alves

Deflagrou na segunda-feira um incêndio no Café Alves da Praia Grande, junto à Fundação Rui Cunha, sem que tenha havido registo de qualquer ferido, de acordo com a informação divulgada pelo Corpo de Bombeiros. O alerta para o incêndio foi dado por volta das 20h, e as chamas consumiram alguns bens que estavam no interior das instalações, como móveis, frigoríficos e alguma comida.

O fogo propagou-se até atingir uma área de dois metros por quatro metros, sendo extinto pela intervenção da equipa de bombeiros. As suspeitas iniciais apontam para que as chamas tenham sido originadas por uma falha num dos equipamentos eléctricos. Na altura em que as autoridades foram chamadas ao local estava içado o sinal nº 3 de tufão.

18 Jul 2023

Tsim Sha Tsui | Pelo menos dois feridos em incêndio num arranha-céus

Pelo menos duas pessoas ficaram feridas na passada sexta-feira, na sequência de um incêndio que deflagrou num arranha-céus em obras no bairro comercial de Tsim Sha Tsui, na região administrativa chinesa de Hong Kong.
Andaimes de bambu foram consumidos pelas chamas por volta das 00:35, noticiou o jornal de Hong Kong em língua inglesa South China Morning Post.

O incêndio provocou a queda de objectos na rua e feriu dois automobilistas, que foram transportados de imediato para o hospital. O incidente obrigou a retirar mais de uma centena de pessoas de edifícios residenciais, centros comerciais e hotéis na área. O incêndio, que afectou seis edifícios adjacentes, estava praticamente extinto às 08:30, de acordo com as autoridades.

A obra em causa é uma remodelação do antigo clube de velejadores Mariner’s Club, com conclusão prevista para o ano passado, mas atrasada pela pandemia da covid-19.

O clube abriu portas em 1967 e foi demolido em 2018. Além do Mariner’s Club, o edifício de 42 andares vai albergar também um hotel, indicou a estação de Rádio Televisão de Hong Kong RTHK. A cidade foi atingida por uma série de incêndios nos últimos meses.

Em Janeiro, um incêndio num edifício industrial, na área de San Po Kong, levou quase dez horas a ser controlado pelos bombeiros.

6 Mar 2023

Incêndio | 80 pessoas resgatadas e 19 bancas destruídas pelo fogo

Apesar do aparatoso incêndio, as autoridades apenas socorreram um ferido ligeiro, uma mulher de 59 anos que foi transportada para o hospital devido à inalação de fumo. Um curto-circuito esteve na origem das chamas

 

19 bancas de comerciantes foram consumidas por um violento incêndio que deflagrou na segunda-feira ao final da tarde no Fai Chi Kei, e que obrigou à retirada de 80 pessoas. Segundo a informação veiculada pelas autoridades, as chamas na Avenida do General Castelo Branco causaram ferimentos ligeiros a uma mulher com 59 anos, que foi transportada para o hospital, devido à inalação de fumo.

De acordo com o relato do Corpo de Bombeiros, citados pelo jornal Ou Mun, o incêndio surgiu por volta das 19h30, numa das bancas de venda. As autoridades foram imediatamente alertadas para a ocorrência por uma pessoa que se encontrava na zona.

Para combater o fogo foram mobilizados para o local 11 veículos e 50 bombeiros, que levaram cerca de 20 minutos para controlar o incêndio, quando este tinha consumido totalmente ou parcialmente 19 das bancas de venda.

De acordo com o responsável pela Corporação de Bombeiros da Areia Preta, Kuok Pan, as investigações preliminares apontam que as chamas tiveram origem num curto-circuito na instalação eléctrica de uma das bancas de vendilhões.

Por sua vez, o Instituto para os Assuntos Municipais esteve no local e disponibilizou tendas temporárias, para alojar os materiais salvos e prestar apoio aos vendedores afectados. As bancas destruídas vendiam vegetais, frutas e roupa.

Pedidos de ajuda

O presidente da Associação de Auxílio Mútuo de Vendilhões de Macau, O Cheng Wong, também visitou o local das chamas e apelou às autoridades para assistirem os vendedores.

Com bases em acontecimentos passados, O Cheng Wong afirmou ainda que as perdas não devem ser muito elevadas, porque a capacidade de armazenamento das bancas é limitada, mas que é importante que o IAM consiga garantir que as vendas podem ser retomadas o mais depressa possível, a tempo do Ano Novo Chinês.

O responsável da Associação de Auxílio Mútuo de Vendilhões de Macau explicou ainda que vários comerciantes fizeram encomendas a pensar no Ano Novo Chinês e que nesse período têm uma época de vendas muito importante.

Deputados visitaram local

Após o incêndio, com muitos vídeos das chamas a tornarem-se virais nas redes sociais, vários deputados acorreram ao local. Um dos presentes foi Nick Lei, ligado à comunidade de Fujian. Segundo Lei, citado pelo Jornal do Cidadão, é fundamental garantir que os comerciantes podem retomar os negócios o mais depressa possível, principalmente tendo em conta os três anos difíceis que o pequeno comércio enfrentou. Nick Lei destacou também o facto de estarmos próximo do Ano Novo Chinês, uma época festiva de grande facturação.

10 Jan 2023

Incêndio | Fogo que fez 38 mortos causado por mau manuseio de equipamento

O incêndio que destruiu as instalações de uma empresa que lida com produtos químicos, no centro da China, matando 38 pessoas, foi causado pelo manuseio inadequado de equipamento por um funcionário, informou ontem a imprensa estatal.

“Segundo as conclusões iniciais da investigação, o acidente foi desencadeado pelo manuseio contrário aos regulamentos por parte de um funcionário da empresa”, informou a televisão estatal CCTV, sobre o incêndio, ocorrido na segunda-feira, na cidade de Anyang, província de Henan. “[Uma operação de] soldadura eléctrica provocou o incêndio”, detalhou a mesma fonte.

Os bombeiros levaram cerca de três horas e meia para controlar o fogo, que começou na segunda-feira por volta das 16:30. Imagens difundidas pela televisão estatal CCTV mostram chamas e fumo a sair do que parece ser um edifício de dois andares tomado pelo fogo. Fotos nocturnas mostram os bombeiros a examinar o que restou da estrutura, com uma escada de extensão e luzes.

As informações disponíveis ‘online’ sobre a empresa proprietária do edifício, a Kaixinda, revelam que se trata de um grossista que lida com uma ampla gama de produtos industriais, incluindo produtos químicos especializados.
Uma grande explosão, em 2015, num depósito de produtos químicos na cidade portuária de Tianjin, no norte da China, resultou na morte de 173 pessoas.

23 Nov 2022

Taipa | Incêndio em supermercado suspeito de fogo posto

Ontem de manhã, deflagrou um incêndio no supermercado Sam Miu, na Avenida Olímpica na Taipa. Segundo o jornal Ou Mun, por volta das 07h25, funcionários do supermercado detectaram fumo na sala onde estão instalados os sistemas de ar condicionado e ventilação. Porém, nada fizeram porque presumiram que o fumo seria proveniente de um restaurante vizinho.

Por volta das 08h15, o fumo tornou-se mais denso o que levou à descoberta de caixotes de papelão em chamas. Recorrendo a extintores, os próprios funcionários do supermercado extinguiram o incêndio ainda antes da chegada dos bombeiros. No local foi descoberta uma ponta de cigarro, achado que fez com que o Corpo de Bombeiros notificasse a Polícia Judiciária.

O gestor do supermercado afirmou que não se registaram perdas ou danos de maior nos equipamentos da superfície, mas que terá apelado às autoridades para encontrar e punir o responsável pelo incêndio. A polícia está a investigar a possibilidade de o caso ter resultado de fogo posto.

12 Out 2022

Almirante Lacerda | Incêndio provoca um morto e um ferido grave

Um idoso de 72 anos morreu num incêndio que deflagrou no sábado no quarto andar do edifício Wai Oi, na Avenida Almirante Lacerda, junto ao Mercado Vermelho. Segundo a TDM – Rádio Macau, o incêndio, que ocorreu durante a manhã, deixou ainda um ferido em estado grave, um homem de 27 anos que apresentava queimaduras e que inalou fumo. Quando foi encaminhado para o hospital estava consciente. Por sua vez, o idoso, quando foi encontrado pelos bombeiros, já não respirava ou tinha batimentos cardíacos.

Em nota de imprensa, o Instituto de Acção Social (IAS) declarou ontem que realizou uma visita ao local, incluindo funcionários da Caritas Macau, tanto ao prédio como ao hospital onde está o jovem internado, a “fim de providenciar apoio necessário aos moradores afectados, nomeadamente, apoio emocional, aconselhamento e serviço de acolhimento temporário, entre outros”.

O Centro dos Sinistrados da Ilha Verde vai disponibilizar serviços de acolhimento temporário e materiais básicos de uso diário para os moradores afectados que deles necessitarem. Para isso, basta que os moradores necessitados liguem para o número 28261126 para obtenção do apoio.

21 Ago 2022

Incêndio destrói ponte de madeira mais antiga da China

Um incêndio reduziu a cinzas a ponte Wan’an, construída há 900 anos durante a dinastia Song (960-1127) e considerada a ponte de madeira mais longa e antiga da China, informou hoje a imprensa local.

A ponte, localizada na vila de Pingnan, na província de Fujian, sudeste da China, começou a arder, na noite de sábado. O colapso da estrutura não causou vítimas, de acordo com o jornal oficial Global Times. Ainda não se conhece o motivo do incêndio.

“Acho que a origem do incêndio foi humana, não um desastre natural, pois a combustão espontânea de uma ponte sobre a água é muito rara”, disse Xu Yitao, especialista em arquitetura antiga da Universidade de Pequim, citado pelo jornal.

O fogo permaneceu ativo ao longo de dez horas, embora a estrutura de madeira da ponte tenha desabado durante os primeiros vinte minutos do incêndio.

Conhecida como “Ponte da Paz Universal”, a estrutura tinha quase cem metros de comprimento e um enorme valor cultural e arquitetónico, pois ilustrava as tradicionais técnicas e conhecimentos chineses nas construções de madeira.

8 Ago 2022

Sector de transportes marítimos pede ponderação em mudanças no Porto Interior

O plano do Governo de mudar alguns dos operadores de transportes marítimos do Porto Interior para Ká-Hó está a gerar polémica, de acordo com um artigo publicado ontem no jornal Ou Mun. No sector, teme-se a menor capacidade de Ká-Hó, assim como uma subida dos custos operacionais.

Segundo uma fonte anónima ligada ao sector de transportes marítimos, citada pelo jornal, os operadores do Porto Interior estão muito preocupados com os planos projectados porque consideram que o Porto de Ká Hó não só não tem a capacidade desejada, como a medida pode levar também a um aumento do desemprego no sector, assim como ao crescimento dos custos para as operadoras.

De acordo com estas explicações, o Porto de Ká Hó tem menos espaços para os barcos atracarem e fazerem as descargas de produtos em comparação com o Porto Interior, o que vai levar a uma redução dos lugares para atracagem. Ainda de acordo com a explicação, actualmente o Porto do Interior tem lugar para dois cargueiros, enquanto Ká Hó apenas tem para um, o que significa uma redução da capacidade de operar. Por este motivo, no ano passado, o Porto Interior movimentou, entre cargas e descargas, 115.535 toneladas de bens, enquanto o Porto de Ká Hó não foi além de 43.161 toneladas.

Por outro lado, o Porto Interior é visto como o mais conveniente, uma vez que fica na Península de Macau, junto dos aglomerados populacionais, o que facilita a tarefa de distribuição dos produtos utilizados no quotidiano como os alimentos, materiais médicos entre outros.

O facto de a distribuição dos produtos ser deslocada para Ká-Hó pode assim fazer com que os preços subam 30 por cento, o que é visto como preocupante e como uma medida que pode levar a despedimentos no sector. Tal deve-se ao facto de no Porto Interior as operadoras pagarem uma renda fixa, enquanto em Ká Hó vão ter de pagar com base na quantidade de material carregado e descarregado.

Concorrência saudável

Por outro lado, o vice-presidente da Associação dos Proprietários de Transportes Marítimos e Agências de Navegação de Macau, Ho Hon Fai, afirmou não se opor à mudança. Contudo, considerou que o Governo deve ouvir melhor o sector sobre o modelo a adoptar.

Ho Hon Fai vincou também que o plano de uma mudança parcial pode afectar o mercado com a criação de situações de concorrência desleal, uma vez que as operadoras que ficarem no Porto Interior vão sair beneficiadas, com custos inferiores.

Neste sentido, o responsável apelou ao Executivo para que pondere muito bem o plano e oiça o sector, antes de tomar medidas drásticas.

4 Mai 2022

Crime | Ex-aluno detido após incendiar entrada da Escola Xin Hua

O incendiário de 21 anos tem problemas mentais e foi o único ferido do incidente que obrigou à retirada 630 alunos e professores da Escola Xin Hua. O ataque tornou-se viral com vários vídeos a circular nas redes sociais no último dia de 2021

 

Um jovem de 21 anos foi detido após ter incendiado a entrada da Escola Xin Hua, no Bairro Iao Hon. O ataque aconteceu no dia 31 de Dezembro, por volta das 16h, e as imagens captadas por vários transeuntes rapidamente se tornaram virais nas redes sociais. Além do jovem, que ficou com queimaduras de segundo grau nas mãos, braços e pernas, não houve outros feridos.

Com uma lata na mão e usando um capacete, o jovem, aproximou-se da entrada da escola e derramou um líquido inflamável na porta do estabelecimento de ensino e ajoelhou-se para incendiar o local. Assim que as chamas começaram a crescer, envolveram muito rapidamente toda a entrada e alastram-se às mãos e pernas do incendiário, que entra em pânico e começou a correr para apagar o fogo do seu corpo.

Quando extinguiu as chamas nas pernas e mãos, o homem tirou a roupa, ficando apenas de cuecas, e assim permaneceu até ser detido quando as autoridades chegaram ao local. O jovem não ofereceu resistência à detenção, nem quis prestar declarações.

Apesar de o incidente não ter provocado feridos, as chamas fizeram disparar os alarmes da escola. Por isso, e seguindo os protocolos de segurança, foram retiradas do edifício 630 pessoas, entre alunos e professores.

Nas operações de combate às chamas estiveram envolvidos seis veículos de emergência e 29 bombeiros. Também a polícia enviou cerca de 20 agentes ao local, que trataram da detenção e acompanharam o jovem ao Hospital Conde São Januário, onde recebeu tratamento.

Ex-aluno com problemas

Ao portal All About Macau, uma testemunha no local relatou que momentos antes do fogo, o incendiário tinha tentado entrar na escola. Porém, foi impedido pelos seguranças do estabelecimento. Mais tarde, a direcção da escola confirmou que o jovem é um ex-aluno, residente local que abandonou o estabelecimento sem ter concluído os estudos.

Foi igualmente indicado que o indivíduo tem um historial de problemas psiquiátricos. Por isso, Ho, director da escola Xin Hua, sublinhou a necessidade de reforçar o acompanhamento de alunos com problemas mentais, principalmente na zona em que se situa a escola, que o director categorizou como uma área desfavorecida em termos sócio-económicos.

Em relação aos estragos, o director escolar deu conta de danos na estrutura de madeira na entrada, e revelou a possibilidade de reforçar o contingente de segurança na escola.

Escola Pui Ching reforçou segurança

Na sequência do caso de fogo posto na Escola Xin Hua, a Escola Pui Ching reforçou a segurança. O anúncio foi feito pelo vice-reitor da escola, Kuok Keng Man, em declarações ao canal chinês da Rádio Macau, depois do ataque de 31 de Dezembro.

De acordo com Kuok, apesar do acidente ser encarado como caso isolado, serve para alertar a sociedade para perigos que podem surgir e para a necessidade de vigilância constante. A situação foi igualmente encarada na Pui Ching como um alerta para a necessidade de controlar de forma rigorosa as pessoas que entram e saem do espaço de ensino.

Contudo, o vice-reitor da Escola Pui Chin vê o caso igualmente como uma consequência de crise pandémica, cujos efeitos se fazem sentir há mais de dois anos. Segundo Kuok, há situações em que os estudantes são seriamente afectados a nível emocional pelo impacto da pandemia.

Por esse motivo, a instituição de ensino diz ter contratado profissionais para darem formação aos professores, que assim podem detectar sinais e actuar junto dos alunos o mais cedo possível, de forma a fornecer o apoio necessário.

4 Jan 2022

Incêndio em central de energia térmica faz oito mortos na China

Pelo menos oito trabalhadores morreram e cinco ficaram feridos num incêndio nas instalações de uma central de energia térmica chinesa, na província de Shaanxi, no centro da China, informaram as autoridades.

Segundo as autoridades de Shouyang, citadas pela agência noticiosa estatal chinesa Xinhua, o incêndio deflagrou hoje à 01:36, tendo sido controlado três horas depois. A província de Shaanxi é uma das zonas mineiras mais importantes da China, e os acidentes industriais relacionados com o carvão são frequentes.

Apesar dos planos de Pequim para eliminar progressivamente a produção de energia através de métodos poluentes como o carvão, o setor ainda representa cerca de 60% da produção total da China, com grande peso económico em províncias como Shaanxi e a Mongólia Interior.

A escassez de energia provocada pelo custo elevado das matérias-primas, nos últimos meses, obrigou ao racionamento em alguns centros industriais na China e levou à reativação do setor, a fim de satisfazer a procura energética.

6 Dez 2021

Kaifong apela à segurança depois de incêndio em restaurante

A União Geral das Associações dos Moradores de Macau defendeu a promoção das medidas de segurança contra incêndio, após o fogo de terça-feira que afectou um restaurante no edifício San Mei On, no norte da península. A mensagem foi deixada por Chao I Sam, directora da Delegação da Zona Norte da associação tradicional, citada pelo jornal Cheng Pou.

Na terça-feira um incêndio deflagrou num restaurante na zona norte da cidade, e apesar do fumo e da retirada de oito trabalhadores e 30 residentes do edifício, não houve registo de feridos. O Corpo de Bombeiros apontou como causa o sobreaquecimento do exaustor, que se terá incendiado. Além disso, acredita-se que contribuiu igualmente a falta de manutenção da chaminé, que teria acumulado gorduras e outras sujidades.

Para Chao I Sam, o fogo de terça-feira mostrou que existe na comunidade uma falta de alerta para as questões da segurança contra incêndio, principalmente no sector da restauração e no que diz respeito a comportamentos de prevenção.

Por outro lado, a responsável dos Kaifong apontou a falta de medidas de prevenção, aliada a negligência nas cozinhas dos restaurantes, por desconhecimento das práticas mais seguras. A responsável sublinhou que os dois factores podem ser uma ameaça não só para os trabalhadores e clientes dos restaurantes, mas também para toda a comunidade, principalmente quem vive em edifícios com estabelecimentos de restauração nos pisos térreos.

Mais campanhas

Para Chao I Sam, a principal causa de incêndios nos restaurantes de Macau é a negligência dos trabalhadores quando estão na cozinha e ainda a acumulação de gorduras nas condutas de exaustão de fumo. Sobre este último aspecto foi apontado que as gorduras e sujidade criam condições ideais para que os equipamentos comecem a arder durante a confecção de refeições.

Neste cenário, Chao I Sam sugere que o Governo aumente as acções de promoção das medidas de segurança, com especial foco na indústria. Entre as informações consideradas essenciais, a directora da Delegação do Norte indicou a necessidade de ensinar as formas correctas de instalar e utilizar botijas de gás, medidas de prevenção de incêndios, conhecimentos de combate a incêndio, e ainda melhoria das práticas na cozinha.

23 Set 2021

Aviso de incêndio por telefone

Durante muitos anos fomos colectando pelos jornais as notícias sobre os incêndios em Macau, mas nunca apareceram outros avisos senão os dos sinos e os dos dois tiros seguidos de pólvora seca provenientes da Fortaleza do Monte.

Assim acreditámos serem estes os únicos meios de alerta da população até que, a 12 de Novembro de 1916 n’ O Progresso, um artigo com o título “O Sinal de Incêndio” escrito por um assinante deste jornal nos alertou para a existência de outro aviso, mas como esse não ecoava pela cidade nunca era referido. Ainda a 10 de Setembro esse jornal referia: o telefone do subúrbio da Areia Preta não funciona como reclamam os habitantes daquele subúrbio. Se um dia acontecer alguma desgraça, por falta de comunicações rápidas…; não entendemos onde queria chegar.

Mas ao ler “O Sinal de Incêndio”: “Como se sabe, a maior parte da população de Macau é chinesa e entre ela lavra grande descontentamento por não se fazer na Fortaleza do Monte o sinal de incêndio como era costume. Eles querem saber quando há incêndio e qual o local, a fim de ali correr e observar, pois estão convencidos de que, pelo actual sistema, os incêndios não têm pronto socorro e as casas ardem com grande prejuízo dos haveres dos seus proprietários. Dizem eles e com razão, que os telefones nem sempre funcionam bem, principalmente em tempo de humidade, havendo mesmo ocasiões em que não respondem ao aviso nem à pergunta e por isso, a notícia do incêndio não pode ser tão rápida como os tiros na Fortaleza do Monte, que estando no centro da cidade e em ponto elevado domina toda a cidade e dá por isso, com maior rapidez conhecimento a todos do incêndio e do local; desta falta resulta a convicção de que ardem muitas casas sem o devido socorro. Quem restabelecer, pois, o antigo sinal de incêndios, conquistará a simpatia da população chinesa e de parte do resto dos seus habitantes, por saberem que a notícia é mais rápida não só do incêndio como da sua localização, com o sinal de tiros no Monte.” Ainda a 12 de Novembro, o jornal referia um estudo para o estabelecimento de uma rede telefónica em Macau destinada apenas aos estabelecimentos militares e das estações policiais e de incêndios, mas para as repartições públicas continua tudo como dantes.

“O Progresso”, a 26 de Novembro congratulava-se: “Consta-nos que foi restabelecido o antigo costume de dar sinal de incêndio por meio de tiros na fortaleza do Monte”, terminando assim o conflito entre Governo e população chinesa.

TARDIO SINAL

O telefone (电话, electricidade – falar, Tin-vá em cantonense) foi inventado por volta de 1860 por António Meucci, e usado apenas dentro de sua casa. Mais tarde, em 1870 vendeu o aparelho a Alexander Graham Bell, que o patenteou a 14 de Janeiro de 1876 nos Estados Unidos da América. Um ano depois aparecia já em Portugal e a primeira rede de telefones pública foi inaugurada em Lisboa a 26 de Abril de 1882, data em que na China a Great Northern Telegrafh Company da Dinamarca criou para Xangai a primeira rede de telefones manuais.

Em Macau é publicado o Regulamento geral para o serviço da linha telefónica a 2 de Outubro de 1887 assinado pelo Governador Firmino José da Costa e logo no Boletim da Província de Macau e Timor de 10 de Novembro de 1887 o bacharel António Marques de Oliveira, procurador dos negócios sínicos e administrador da comunidade chinesa, referia em Edital: “Tendo S. Exa. o Governador da província adoptado convenientes providências, para que os sinais de incêndio, sejam feitos com prontidão, aproveitando-se para os avisos o vantajoso serviço da rede telefónica; e convindo que todos os habitantes da cidade tenham conhecimento dos locais em que há estações telefónicas, a fim de poderem, logo que tenham notícia de se manifestar qualquer incêndio ir aí dar parte, como é de esperar que não deixe de fazer todo o indivíduo dotado de sentimentos benfazejos, ao menos, quando não encontre guarda, patrulha, oficial de diligências administrativo, ou china de quarto, para os quais este serviço é obrigatório: por isso faço público que as estações telefónicas são as seguintes: Quartel de Santo Agostinho (estação central), Palácio do Governo, Quartel dos Mouros, Quartel da Flora, Quartel de S. Francisco, Portas do Cerco (no quartel do destacamento), Monte (na fortaleza desse nome), fortalezas da Guia, Bomparto e Barra e Capitania do Porto. Macau, 2/11/1887”.

Na mesma página aparecia o Edital de Leôncio Alfredo Ferreira, administrador do concelho de Macau, a referir: “Por ordem superior, faço saber: Que tendo sido sempre tardio o sinal dado pela fortaleza do Monte, por ocasião de incêndios na cidade e seus subúrbios, são por isso avisados todos os moradores deste concelho, que, logo que tenham conhecimento de qualquer incêndio, o comuniquem à primeira patrulha que encontrarem, ou o participem à estação policial, ou telefónica mais próxima”.

No Boletim da Província de 8 de Dezembro de 1887 lê-se, vir a Inspecção de Incêndios de Macau Ainda antes da chegada a Macau de Abreu Nunes, registou-se a 15 de Novembro de 1893 um incêndio que deflagrou no Bairro de S. Domingos; as casas queimadas foram 17, além de quatro alpendres com 99 divisões, que serviam de açougue, ardendo o Mercado de S. Domingos. Era inspector dos incêndios o Sr. Pessoa e provou-se não estarem os serviços de incêndio devidamente organizados e o material muito deteriorado pois, as mangueiras deitavam esguichos por vários pontos, perdendo-se muita água.

Sobre os primórdios dos Bombeiros em Macau, assunto aqui tratado há já alguns artigos, muito fica por escrever, restando por agora prestar homenagem a estes beneméritos lutadores que, nas palavras de Carvalho e Rego, “para salvar os seus semelhantes se sacrificam heroicamente expondo por vezes a própria vida contra a força e violência dos terríveis elementos.” Não só no combate aos incêndios, como no socorro em casos de sinistro “o bombeiro acode; lá o vemos na derrocada, nas ruínas que o desmoronamento produziu soterrando em seus escombros pobres vítimas.”

Percebíamos agora o silêncio nos jornais sobre o aviso de incêndio feito por telefone desde 1887, pois apenas por via interna era comunicado e assim, não escutado pela população e jornalistas em Macau e daí ficar sem ser noticiado a existência deste silencioso meio.

16 Ago 2021

Obras públicas e incêndios

Quando a 26 de Outubro de 1866 o Governador de Macau e Timor José Maria da Ponte e Horta (1866-1868) tomou posse, as circunstâncias determinavam a urgência de reformas nos vários serviços da Administração da colónia e por isso, logo começou a nomear uma série de comissões para estudar e elaborar as necessárias a empreender.

A 14 de Setembro de 1867 o Governador por Portaria N.º 51 determina: , publicado no Boletim da Província de Macau e Timor de 16 de Setembro de 1867.

Logo a 18 de Setembro de 1867, a Comissão nomeada por portaria de 14 do corrente mês e composta por Francisco Maria da Cunha, major de artilharia, presidente, Jerónimo Osório de C.C. d’ Albuquerque, capitão às ordens, secretário e W. A. Read, E. C., enviou o relatório ao Governador, publicado no Boletim da Província de Macau e Timor de 23 de Setembro de 1867 onde é apresentado o projecto de organização de um corpo especial de obras públicas. Refere no Artigo 1.º referente ao pessoal do Corpo d’ obras públicas: : §1.º- É composto do inspector, do director e do engenheiro; e, na falta de qualquer um destes, entra, em primeiro lugar, o chefe da secção d’ estatística, e, em segundo, o condutor de trabalhos, por forma que nunca resolve com menos de três membros. §2.º- Este conselho é consultivo, mas tem iniciativa de proposta, para o governo da colónia e §3.º- Por intermédio dele, e com responsabilidade de todos os indivíduos que o compõem, são feitos os ajustes, contratos e a compra de materiais. §4.º- Sempre que o governo da colónia o indicar, ou que o inspector o julgue conveniente, serão ouvidos, o chefe da secção da estatística e o condutor de trabalhos, ficando então o conselho composto de cinco membros. Já o Artigo 3.º : §1.º- Há uma repartição de obras públicas que se divide em duas secções: secção d’ obras públicas e secção d’ estatística. §2.º- É chefe da repartição o inspector, e sub-chefe o director. §3.º- O director é também chefe da 1.ª secção; o chefe da 2.ª é um funcionário nomeado especialmente para este fim. §4.º- Fazem igualmente parte da repartição, o condutor de trabalhos, que além dos trabalhos do campo tem o encargo de arquivista das plantas, memórias, desenhos, &c.; o amanuense, que exerce também as funções de arquivista do expediente e dos documentos de contabilidade; o intérprete; e o engenheiro, que também deve ter ali a sua mesa de trabalho. §5.º-

Este pessoal é comum às duas secções da repartição. §6.º- Toda a correspondência é feita por intermédio da repartição; a esta são remetidas todas as ordens do governo da colónia; e delas partem todas as propostas e consultas para o governo. §7.º- O inspector e o director substituem-se, no impedimento um do outro, tanto nos trabalhos da repartição, como nos de campo. Artigo 4.º- § único: O sistema de escrituração de registo, de arquivo, de expediente, d’ escrituração, da contabilidade, etc., é considerado parte regulamentar e deve ser o primeiro encargo do conselho d’ obras públicas.

A comissão foi dissolvida com louvor do Governador a 24 de Setembro de 1867, publicado a 30 de Setembro no Boletim da Província de Macau e Timor.

Ataque ao fogo

No Bazar, as casas e lojas chinesas são tão unidas e contíguas umas às outras que parecem antes ser uma e mesma propriedade, refere o Inspector de Incêndios Senna Fernandes no resumido relatório de 19 de Fevereiro de 1868 para o Governador.

O Governador António Sérgio de Sousa a 12 de Março de 1872 exonerou por motivos de saúde o major Honorário Bernardino de Senna Fernandes de inspector dos fogos, nomeando para o cargo o capitão Frederico Guilherme Freire Corte Real, sem vencimento enquanto exercer as funções de capitão fiscal do Corpo de Polícia.

Em Setembro de 1875, o capitão Frederico Corte Real faleceu e o então Governador José Maria Lobo de Ávila por Portaria de 25 de Setembro nomeou o Major Eng. Augusto César Supico, então Director das Obras Públicas a exercer esse cargo desde 23 de Fevereiro, como inspector dos fogos, assim como para seu ajudante, o condutor das Obras Públicas António de Azevedo e Cunha Jr. – que já em tempos serviu com louvor como imediato do inspector dos incêndios. Desde então, o cargo de inspector dos fogos ficou por muitos anos adstrito à Direcção das Obras Públicas.

O aviso de incêndio continuava a ser feito pelo toque dos sinos, mas para os accionar era preciso ir buscar a chave da caixa, que fechada protegia as cordas dos sinos, guardada na Estação de Polícia de cada zona e conhecer o número estipulado de badaladas correspondentes a cada uma onde ocorria o incêndio.

19 Jul 2021

Incêndio | Bombeiros criticados no ataque às chamas

Em declarações ao canal chinês da Rádio Macau, alguns pescadores criticaram a actuação das autoridades no combate às chamas que destruíram dois barcos, na quarta-feira, no Porto Interior. Segundo o relato apresentado, as críticas focaram o facto de o Corpo de Bombeiros ter impedido que outros pescadores utilizassem as suas embarcações para ajudar nas operações para apagar as chamas. Porém, houve também quem indicasse que as autoridades demoraram demasiado tempo a chegar ao local e que a pressão das mangueiras utilizadas para apagar o fogo era demasiado fraca.

Confrontado com as críticas, Vong Vai Man, adjunto do director dos Serviços de Alfândega, afirmou que o alerta para o sinistro foi recebido às 18h33 e que foram enviadas dez embarcações imediatamente para o local.

Por sua vez, Leong Iok Sam, Comandante do Corpo de Bombeiros, explicou as autoridades não quiseram ajuda dos outros pescadores, porque entenderam que as chamas eram muito intensas e que os riscos seriam demasiado elevados. O Comandante destacou que foi uma decisão tomada que teve como prioridade preservar a segurança de todos os envolvidos.

A postura dos Bombeiros mereceu a concordância do presidente da direcção da Associação de Auxílio Mútuo de Pescadores de Macau, Chan Meng Kam, que frisou que o mais importante é garantir a segurança dos cidadãos.
Quando aos proprietários das embarcações, queixaram-se de prejuízos que calculam ser de milhões de patacas, motivo que levaram que tivessem pedido ajuda ao Governo.

5 Fev 2021

Edifício Kong Fok Cheong | Entrada avisava para falhas na segurança

[dropcap]S[/dropcap]egundo os responsáveis da Obras Públicas, antes de acontecer o incêndio no Edifício Jardim Kong Fok Cheong as vulnerabilidades do sistema de protecção contra incêndios tinham sido identificadas e estavam afixadas à entrada.

A explicação foi avançada ontem na Assembleia Legislativa, por um assistente de Li Canfeng, director do serviço em causa. “Enviámos alguns ofícios aos órgãos de gestão sobre as deficiências no sistema de protecção contra incêndio. Esses ofícios estavam afixados no átrio do edifico e apelava-se para que fossem adoptadas as medidas adequadas. Estas instalações de combate a incêndio fazem parte das partes comuns”, afirmou o assistente de Li Canfeng. “No entanto, a correcção das vulnerabilidades dependia da vontade e disposição dos proprietários, como consta na lei”, acrescentou.

Por sua vez, o comandante do Corpo de Bombeiros, Leong Iok Sam, indicou que foram feitas mais de 1000 inspecções só este ano, e que as falhas identificadas nos edifícios são sempre relatadas à DSSOPT, a quem compete depois notificar os residentes dos edifícios.

27 Nov 2019

Incêndio | TSI confirma pagamento de indemnização a dono de loja

O Tribunal de Segunda Instância reiterou a condenação de duas pessoas devido aos danos provocados num apartamento por um incêndio que deflagrou numa loja de vestuário na Rua do Tarrafeiro. O autor da acção terá direito a indemnização no valor de mais de 72 mil patacas. Porém, muito mais grave do que paredes tinadas, o incêndio provocou a morte de quatro pessoas

 

[dropcap]À[/dropcap]s 3h40 da manhã do dia 12 de Novembro de 2014, um incêndio que deflagrou numa loja de vestuário no piso térreo de um edifício situado na Rua do Tarrafeiro (que liga a Praça Luís de Camões à Rua Visconde de Paço de Arcos) tirou a vida a quatro pessoas, incluindo um funcionário do estabelecimento. As vítimas, que morreram na sequência de inalação de fumo, eram três homens e uma mulher, dois filipinos e dois indonésios.

No piso de cima, um morador num apartamento do primeiro-andar acordou em sobressalto, mas escapou ileso ao acidente. Porém, o apartamento ficou danificado ao ponto de ter de recorrer à justiça para reclamar uma compensação pelos danos sofridos. Assim começava uma batalha judicial, que conheceu recentemente o desfecho do segundo assalto com o acórdão do Tribunal de Segunda Instância (TSI) que confirmou a condenação dos dois réus, proprietário e locatário da loja, a pagar 72.300 patacas ao morador do apartamento.

O autor do processo pediu a condenação solidária para pagamento da indemnização a ambos os réus, ou seja, qualquer um dos dois réus pode ser executado até a dívida ficar totalmente paga ao autor.

Risco e prevenção

O Tribunal Judicial de Base considerou que o proprietário do imóvel, “tinha, necessariamente, o dever de prudência e o dever de cuidar da vigilância do imóvel, de forma a evitar quaisquer danos a terceiros”. Por outro lado, segundo o acórdão do tribunal superior, também o locatário do imóvel, ou seja, quem explorava a loja, tinha, naturalmente, “o dever de vigiar o imóvel, uma vez que, findo o contrato, era obrigado a restituir, à locadora, o bem locado em perfeito estado”. No fundo, ambos tinham o dever de vigiar o imóvel.

O tribunal deu como provado que os danos sofridos na residência foram causados pelo incêndio que ocorreu na loja. Mais concretamente, o morador teve de pintar dois quartos, duas portas, tectos e paredes. Instalou dois aparelhos de ar condicionado novos, arcando com os custos de trabalho e peças. Teve de proceder a obras de remoção dos outros aparelhos antigos, assim como toda a mobília danificada. Para estes trabalhos, o morador desembolsou mais de 29 mil patacas. A limpeza das paredes exteriores e grade de aço inoxidável custaram 6.500 patacas.

Além disso, o morador perdeu grande parte do recheio da habitação, incluindo uma cama que se viu forçado a substituir, despesa que lhe valeu um rombo no orçamento na ordem das 8.600 patacas. No total, os réus foram condenados ao pagamento de 72.300 patacas ao morador.

29 Ago 2019

Incêndio | Proprietários recusaram pagar melhorias no sistema eléctrico

O incêndio que deflagrou no edifício Kam Hoi San, na Areia Preta, poderia ter sido evitado. De acordo com o Exmoo News, os moradores foram notificados para actualizarem os equipamentos eléctricos, mas a maioria dos proprietários recusou pagar as obras de manutenção

 

[dropcap]A[/dropcap] falta de manutenção do sistema eléctrico foi a razão do incêndio ocorrido no edifício Kam Hoi San, na Rua Nova da Areia Preta, na passada noite de segunda-feira.

O fogo que afectou 120 habitações poderia, contudo, ter sido evitado se as recomendações da CEM fossem acatadas. Uma fonte citada pelo Exmoo News, refere que a companhia informou, dois meses antes do sinistro, os proprietários de que, devido ao aumento do consumo de electricidade, havia a necessidade de actualizar o equipamento eléctrico, nomeadamente os quadros. Segundo a administração do condomínio, o consumo eléctrico aumentou para o triplo desde o fim da construção.

A mesma fonte referiu ainda que apenas 10 por cento dos proprietários concordaram com a substituição dos equipamentos obsoletos, apesar do alerta do condomínio nesse sentido. Além disso, a fonte citada pelo Exmoo News adianta que muitas fracções têm quotas de condomínio e contribuições para o fundo de manutenção das partes comuns do edifício em atraso.

Aliás, o sistema eléctrico do prédio nunca chegou a ser melhorado desde o fim da construção, há mais de vinte anos. O mesmo se aplica às canalizações de água, ao sistema de protecção contra incêndios, elevadores, entre outros equipamentos que se não forem reparados também acarretam perigo para o prédio.

Custo da segurança

Um dos problemas principais revelado pela fonte do condomínio citada pelo Exmoo News é que as quotas de condomínio não chegam para renovar os equipamentos que precisam de manutenção, um problema transversal aos restantes prédios da zona da Areia Preta e que se torna particularmente problemático com o aumento do consumo de energia.

Também o envelhecimento dos cabos de aço dos elevadores do edifício Kam Hoi San, que foram renovados, motivou discórdia entre os condóminos, com alguns proprietários a protestarem o elevado custo da reparação. Circunstância que revela a falta de consciência para os problemas de segurança como, por exemplo, a ausência de luzes que indiquem saídas de emergência durante acidentes, como incêndios.

De acordo com declarações do Corpo de Bombeiros (CB) prestadas ao HM, a chamada telefónica que deu o alerta para o incêndio foi recebida às 19h07. Três minutos depois a equipa dos bombeiros chegava ao local. “O nosso departamento destacou 23 bombeiros e sete carros para responder ao incêndio”, revela fonte do CB. Apenas quatro minutos depois, o fogo provocado por um curto-circuito foi declarado extinto.

26 Abr 2019

Incêndio | Apesar das 120 casas afectadas ninguém recorreu a abrigo provisório

Durante a noite de segunda-feira, um incêndio deflagrou num edifício habitacional na Rua Nova da Areia Preta. O IAS abriu um Centro de Habitação Temporária para acolher os moradores dos mais de cem apartamentos afectados, mas até ontem à tarde ninguém acorreu ao centro

 

[dropcap]A[/dropcap]s chamas voltaram ao norte da Península de Macau na noite de segunda-feira, na sequência de um incêndio no edifício Kam Hoi San, sito na Rua Nova da Areia Preta, que terá afectado 120 habitações, de acordo com informação veiculada pela Rádio Macau.

Para acorrer à possibilidade de alguns moradores ficarem sem tecto até ao fim das obras de reparação no prédio, o Instituto de Acção Social (IAS) abriu um Centro de Habitação Temporária.

Porém, ninguém recorreu ao mecanismo de resposta a emergência. “Até às 17h de hoje [ontem], ninguém usou os serviços do Centro de Habitação Temporária e o telefone 24 horas não recebeu ninguém chamada”, esclareceu fonte do IAS em declarações ao HM.

De acordo com declarações do Corpo de Bombeiros (CB) ao HM, a chamada telefónica que deu o alerta para o incêndio foi recebida às 19h07. Três minutos depois a equipa dos bombeiros chegava ao local. “O nosso departamento destacou 23 bombeiros e sete carros para responder ao incêndio”, revela fonte do CB. Apenas quatro minutos depois, o fogo provocado por um curto-circuito foi declarado extinto.

Luz e sombra

Na sequência do incêndio, 48 pessoas precisaram de assistência médica, apesar de não se terem registado hospitalizações, segundo informação veiculada pela Ou Mun Tin Toi.

O fogo que marcou o início da noite de segunda-feira na Rua Nova da Areia Preta faz parte de uma estatística que demonstra tendência decrescente de ocorrências.

No primeiro trimestre de 2019 foram registados menos 48 casos de incêndio em Macau, em relação ao período homólogo de 2018, passando de 259 para 211 ocorrências, ou seja, uma redução de 18,53 por cento. No entanto, quase metade dos fogos reportados continua a ter origem em fogões esquecidos e desatenção de chamas acesas, que representaram 40,74 por cento do total de pedidos de auxílio, ligeiramente mais do que em igual período do último ano.

24 Abr 2019

Tragédia | Idoso morre em incêndio no Fai Chi Kei

A vítima vivia no apartamento que terá começado a arder, alegadamente devido a um problema com um dos electrodomésticos. O incêndio levou mais três pessoas ao hospital, reteve vários moradores nas habitações e obrigou à retirada de 100 pessoas do edifício

[dropcap]U[/dropcap]m homem de 83 anos perdeu a vida num incêndio que deflagrou na quarta-feira à noite, por volta das 21h03, no Bloco B do edifício Van Sion Son Chun, no Fai Chi Kei. A confirmação do óbito foi avançada pela Polícia Judiciária. O fogo terá começado num electrodoméstico. O equipamento em causa não foi identificado, mas o jornal Ou Mun avança que poderá ter sido um aquecedor.

“Às 22h10 de ontem [quarta-feira], a PJ foi informada pelo hospital público de que um apartamento no Fai Chi Kei estava a arder e que um homem tinha sido transportado de urgência para o hospital, onde foi declarado morto”, começou por informar a força de segurança. “A investigação ao caso começou a partir desse momento”, foi acrescentado.

Quando chegaram ao apartamento em causa, a vítima já apresentava batimentos cardíacos muito fracos e dificuldades respiratórias. Além do homem, outras três pessoas, uma do sexo masculino, com 60 anos, e duas do sexo feminino, com 54 e 73 anos, que viviam na mesma unidade residencial, necessitaram de ser transportadas para o hospital, devido à inalação de fumos.

O incidente fez ainda com que cerca de 100 pessoas fossem retiradas do prédio em causa. Por este motivo, foi montado no local um centro de comando para assistir os moradores e também o Instituto para a Acção Social abriu um centro de acolhimento.

 

Moradores presos

Após as chamas, o jornal Ou Mun entrevistou um dos moradores, com o apelido Choi, que fez o relato do “inferno” que se viveu dentro do edifício. De acordo com a versão apresentada, este morador estava sozinho em casa, a dormir, e acordou com os gritos dos vizinhos a dizer “fogo”. Segundo as declarações prestadas o morador só conseguiu sair com a ajuda dos bombeiros.

“Mesmo em casa, o fumo era muito espesso e não parava de entrar por debaixo da porta de entrada. Mesmo as paredes já estavam a ficar todas pretas”, relatou. “Assim que decidi que ia sair de casa, abri a porta para o corredor, mas o fumo era mesmo muito denso. Nem conseguia ver os meus dedos. Por isso, e para evitar o perigo, tive de regressar a casa. Felizmente, com a ajuda dos bombeiros, embrulhei-me numa toalha molhada e deixei devagar o prédio”, contou o homem de apelido Choi.

O caso continua a ser investigado pela PJ para apurar a causa do incêndio e os motivos que levaram à morte do homem.

 

1 Mar 2019

Incêndio levou à retirada de 250 pessoas da UM

[dropcap]N[/dropcap]o passado sábado, um incêndio num quarto do Colégio Shiu Pong da Universidade de Macau levou à retirada de 250 pessoas.

De acordo com o Jornal Ou Mun, os bombeiros foram chamados e depois de chegarem ao local extinguiram as chamas que deflagravam no edifício. Segundo o estudante que vivia naquele quarto, a tomada que usava para ligar o secador de cabelo apresentava problemas e deitava fumo.

O incêndio deixou uma cama queimada sem que se tenham registados feridos. Segundo o Corpo de Bombeiros, a causa do fogo poderá ter sido um curto-circuito.

29 Out 2018

Incêndio | Prédio na Horta da Mitra em risco de colapso

Um edifício junto ao Mercado da Horta da Mitra corre risco de derrocada na sequência de um incêndio que deflagrou ontem de manhã. A ocorrência levou à evacuação de cerca de 30 pessoas, sem registo de feridos. O prédio que foi parcialmente consumido pela chamas pode vir a ser demolido

[dropcap]P[/dropcap]or volta das seis da manhã de ontem, os pais de Kelly Mak acordaram com os vizinhos a gritar “fo zuk, fo zuk”. Não era para menos. O prédio ao lado estava a ser consumido por chamas, lançando o pânico entre os residentes que moram em torno do Mercado da Horta da Mitra.

De acordo com informações prestadas pelas autoridades, o Corpo de Bombeiros recebeu o alerta para a ocorrência através de uma chamada telefónica, por volta das 6h20 da manhã de ontem. Às 7h20, o fogo no edifício de três pisos já tinha sido extinto.

As chamas tomaram conta do segundo piso do velho prédio situado na esquina da Rua da Colina com a Rua de Horta e Costa. O Corpo de Bombeiros suspeita que a causa do incêndio esteja na instalação eléctrica. Entre os moradores do bairro diz-se que a primeira faísca resultou de um fio eléctrico roído por ratos, o que levou ao curto-circuito.

“Cerca de 30 pessoas foram evacuadas e não há feridos a registar”, revela fonte do Corpo de Bombeiros. Duas das pessoas evacuadas são os pais de Kelly Mak, que ontem à hora de almoço, de malas feitas, testemunhavam a actuação das autoridades e as operações de rescaldo. A loja que têm, no piso de baixo do edifício adjacente ao sinistrado, não sofreu danos. O mesmo não se pode dizer da casa onde vivem, no andar de cima, paredes meias com o piso do prédio ao lado onde o incêndio começou, e que ficou danificado.

Em ruínas

Apesar das autoridades permitirem o regresso dos moradores do prédio onde vivem os pais de Kelly Mak, a noite de ontem foi passada em casa do filho, a escassas centenas de metros de distância do mercado municipal.

Na sequência do fogo, foram chamados ao local técnicos da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) para avaliar a situação de estabilidade do edifício consumido pelas chamas. Após a análise, os técnicos concluíram que o prédio corre risco de derrocada, principalmente na sequência dos danos registados no segundo piso.

Até à tarde de ontem, o edifício estava selado e os moradores impossibilitados de regressar ao interior do imóvel, situação que se deve manter. De acordo com as autoridades, a DSSOPT e o proprietário estão a avaliar a possibilidade de demolir o prédio de forma a garantir a segurança de quem mora e passa na movimentada artéria paralela à Rua do Campo.

De acordo com informação prestada pelo Corpo de Bombeiros, o edifício do lado não corre risco de ruir.

16 Out 2018

Segurança | Simulacro de incêndio na psiquiatria

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]s Serviços de Saúde organizaram ontem, em conjunto com o Corpo de Bombeiros e o Corpo de Polícia de Segurança Pública, um simulacro de incêndio e evacuação de emergência no Edifício da Clínica Psiquiátrica do Centro Hospitalar Conde de São Januário (CHCSJ) na Taipa. O exercício contou com a participação de 150 pessoas e teve o início na cozinha de terapia ocupacional localizada no rés-do-chão do Edifício da Clínica Psiquiátrica do CHCSJ devido a um curto-circuito.

Após o alarme de incêndio, um profissional de saúde procedeu imediatamente à chamada de emergência ao Corpo dos Bombeiros.

De acordo com o comunicado dos SSM, as viaturas dos bombeiros chegaram ao exterior do Edifício da Clínica Psiquiátrica do CHCSJ em cinco minutos para combater as chamas. Também a PSP foi chamada ao local, para onde destacou agentes para controlarem a circulação rodoviária.

No final, o simulacro foi considerado bem sucedido pelas entidades, e para o Governo ficou provado que em caso de ocorrência de incêndio, os profissionais de saúde e os trabalhadores do Edifício da Clínica Psiquiátrica do CHCSJ estão preparados para responder às contingências e para apoiarem os utentes internados.

13 Set 2018