Epidemia | Sulu Sou defende mais medidas de prevenção

[dropcap]O[/dropcap] deputado Sulu Sou reagiu ontem na sua página de Facebook à decisão do Governo de encerrar todos os casinos do território durante duas semanas. Para o tribuno, esta é uma decisão “acertada”, embora o Governo “devesse ter em conta opções para controlar o fluxo de pessoas, sem encerrar por completo as fronteiras”.
Neste sentido, o deputado defende a proibição de entrada de não residentes que estiveram na China durante algum tempo, sem esquecer uma “observação separada dos residentes da China e dos expatriados”. Além disso, Sulu Sou também deseja ver assegurado um “racionamento especial” de bens essenciais, vacinas e outro material de higiene, produtos que têm vindo a esgotar em supermercados e farmácias.

5 Fev 2020

Epidemia | Sulu Sou defende mais medidas de prevenção

[dropcap]O[/dropcap] deputado Sulu Sou reagiu ontem na sua página de Facebook à decisão do Governo de encerrar todos os casinos do território durante duas semanas. Para o tribuno, esta é uma decisão “acertada”, embora o Governo “devesse ter em conta opções para controlar o fluxo de pessoas, sem encerrar por completo as fronteiras”.

Neste sentido, o deputado defende a proibição de entrada de não residentes que estiveram na China durante algum tempo, sem esquecer uma “observação separada dos residentes da China e dos expatriados”. Além disso, Sulu Sou também deseja ver assegurado um “racionamento especial” de bens essenciais, vacinas e outro material de higiene, produtos que têm vindo a esgotar em supermercados e farmácias.

5 Fev 2020

Suspensão dos ferries | Carrie Lam "foi pressionada pela opinião pública", diz Larry So

O analista político Larry So acredita que a Chefe do Executivo de Hong Kong não teve alternativa senão suspender as ligações marítimas entre o território e Macau dado o sentimento de insegurança que a população vive. Já Eric Sautedé assegura que se poupam recursos e que a suspensão das viagens de barco não deve dissociar-se da crise laboral vivida na Shun Tak

 
[dropcap]A[/dropcap] decisão de suspender temporariamente as ligações marítimas entre Hong Kong e Macau, por parte da Chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, ocorreu devido à pressão da opinião pública, defendeu ao HM o analista político Larry So.
“Não acho que Carrie Lam quisesse verdadeiramente suspender as ligações de ferry entre Macau e Hong Kong. Mas ela tem sido pressionada pela opinião pública e pela comunidade médica. Psicologicamente as pessoas de Hong Kong não se sentem seguras, uma vez que não há máscaras suficientes e defendem que o Governo não tem feito o suficiente para fechar as fronteiras.”
Além disso, Larry So nota que há cada vez menos pessoas a viajar entre os dois territórios de barco, apesar de a ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau continuar aberta ao trânsito. “De facto não há muitas pessoas a usar os ferries, falamos de 500 pessoas que usaram o ferry este domingo. Muitos dos casos que ocorreram em Hong Kong surgem em pessoas que estiveram em Hubei ou Wuhan e as pessoas estão a pressionar para o fecho das fronteiras”.
Médicos e enfermeiros de Hong Kong ameaçaram fazer uma greve de cinco dias em prol do fecho total das fronteiras, mas Carrie Lam negou que esse factor tenha estado na origem da suspensão das viagens de barco. “Não tem absolutamente nada a ver com a greve”, garantiu a Chefe do Executivo, explicando tratar-se apenas de uma medida para conter a propagação do vírus.

A situação da Shun Tak

A suspensão temporária das viagens de ferry apanhou todos de surpresa, incluindo o próprio Governo de Macau. Desde a meia noite desta terça-feira que não há viagens de barco, tendo sido feita a promessa de reembolso de todos os bilhetes já adquiridos.
Para o analista político Eric Sautedé, actualmente a residir em Hong Kong, esta suspensão não pode estar dissociada da actual crise laboral que se vive na TurboJet, do grupo Shun Tak, a principal concessionária que assegura as viagens de ferry entre Hong Kong e Macau. Recorde-se que a Shun Tak avançou com uma proposta de cortes salariais, que ainda está a ser negociada com os trabalhadores.
“Pansy Ho [presidente do grupo Shun Tak] fez um bom trabalho a defender o Governo de Hong Kong, então há uma razão para ‘punir’ Macau. Sejamos práticos: o número de viagens de ferry tem vindo a diminuir desde a abertura da ponte e isso dá à TurboJet uma boa desculpa para saquear alguns trabalhadores ou colocá-los em outras funções.”
Além disso, para Eric Sautedé a suspensão das ligações marítimas permite uma poupança nos recursos humanos. “Estão a pensar primeiro em Hong Kong. Porquê manter tantas ligações com Macau? As pessoas de Hong Kong não irão para lá e a população de Macau pode sempre usar a ponte. Porquê mobilizar recursos, incluindo pessoal médico, polícias e funcionários da alfândega para fazer mais um trabalho de inspecção de pessoas que entram em Hong Kong?”, questionou.
As autoridades de Hong Kong decidiram fechar, desde as 00:00 horas desta terça-feira, quase todas as fronteiras terrestres e marítimas para o Continente para impedir a propagação do novo coronavírus. Apenas dois postos de controlo de fronteira, a Baía de Shenzhen e a ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, vão continuar abertos.
Para Larry So, o fecho total das fronteiras está fora de questão, por razões políticas. “Fechar todas as fronteiras dará a imagem internacional de que a situação em Hong Kong está fora de controlo, daí manterem-se também algumas ligações aéreas. [Além disso], pode dar a ideia de que Hong Kong é um território independente, que não é, pois está dependente do Governo Central no que diz respeito ao poder administrativo. Desta forma, as fronteiras mantêm-se abertas, mas não na totalidade. Carrie Lam tem de observar estas regras e regulamentos decretados pelo Governo Central”, concluiu.

5 Fev 2020

Suspensão dos ferries | Carrie Lam “foi pressionada pela opinião pública”, diz Larry So

O analista político Larry So acredita que a Chefe do Executivo de Hong Kong não teve alternativa senão suspender as ligações marítimas entre o território e Macau dado o sentimento de insegurança que a população vive. Já Eric Sautedé assegura que se poupam recursos e que a suspensão das viagens de barco não deve dissociar-se da crise laboral vivida na Shun Tak

 

[dropcap]A[/dropcap] decisão de suspender temporariamente as ligações marítimas entre Hong Kong e Macau, por parte da Chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, ocorreu devido à pressão da opinião pública, defendeu ao HM o analista político Larry So.

“Não acho que Carrie Lam quisesse verdadeiramente suspender as ligações de ferry entre Macau e Hong Kong. Mas ela tem sido pressionada pela opinião pública e pela comunidade médica. Psicologicamente as pessoas de Hong Kong não se sentem seguras, uma vez que não há máscaras suficientes e defendem que o Governo não tem feito o suficiente para fechar as fronteiras.”

Além disso, Larry So nota que há cada vez menos pessoas a viajar entre os dois territórios de barco, apesar de a ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau continuar aberta ao trânsito. “De facto não há muitas pessoas a usar os ferries, falamos de 500 pessoas que usaram o ferry este domingo. Muitos dos casos que ocorreram em Hong Kong surgem em pessoas que estiveram em Hubei ou Wuhan e as pessoas estão a pressionar para o fecho das fronteiras”.

Médicos e enfermeiros de Hong Kong ameaçaram fazer uma greve de cinco dias em prol do fecho total das fronteiras, mas Carrie Lam negou que esse factor tenha estado na origem da suspensão das viagens de barco. “Não tem absolutamente nada a ver com a greve”, garantiu a Chefe do Executivo, explicando tratar-se apenas de uma medida para conter a propagação do vírus.

A situação da Shun Tak

A suspensão temporária das viagens de ferry apanhou todos de surpresa, incluindo o próprio Governo de Macau. Desde a meia noite desta terça-feira que não há viagens de barco, tendo sido feita a promessa de reembolso de todos os bilhetes já adquiridos.

Para o analista político Eric Sautedé, actualmente a residir em Hong Kong, esta suspensão não pode estar dissociada da actual crise laboral que se vive na TurboJet, do grupo Shun Tak, a principal concessionária que assegura as viagens de ferry entre Hong Kong e Macau. Recorde-se que a Shun Tak avançou com uma proposta de cortes salariais, que ainda está a ser negociada com os trabalhadores.

“Pansy Ho [presidente do grupo Shun Tak] fez um bom trabalho a defender o Governo de Hong Kong, então há uma razão para ‘punir’ Macau. Sejamos práticos: o número de viagens de ferry tem vindo a diminuir desde a abertura da ponte e isso dá à TurboJet uma boa desculpa para saquear alguns trabalhadores ou colocá-los em outras funções.”

Além disso, para Eric Sautedé a suspensão das ligações marítimas permite uma poupança nos recursos humanos. “Estão a pensar primeiro em Hong Kong. Porquê manter tantas ligações com Macau? As pessoas de Hong Kong não irão para lá e a população de Macau pode sempre usar a ponte. Porquê mobilizar recursos, incluindo pessoal médico, polícias e funcionários da alfândega para fazer mais um trabalho de inspecção de pessoas que entram em Hong Kong?”, questionou.

As autoridades de Hong Kong decidiram fechar, desde as 00:00 horas desta terça-feira, quase todas as fronteiras terrestres e marítimas para o Continente para impedir a propagação do novo coronavírus. Apenas dois postos de controlo de fronteira, a Baía de Shenzhen e a ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, vão continuar abertos.

Para Larry So, o fecho total das fronteiras está fora de questão, por razões políticas. “Fechar todas as fronteiras dará a imagem internacional de que a situação em Hong Kong está fora de controlo, daí manterem-se também algumas ligações aéreas. [Além disso], pode dar a ideia de que Hong Kong é um território independente, que não é, pois está dependente do Governo Central no que diz respeito ao poder administrativo. Desta forma, as fronteiras mantêm-se abertas, mas não na totalidade. Carrie Lam tem de observar estas regras e regulamentos decretados pelo Governo Central”, concluiu.

5 Fev 2020

Epidemia | Governo diz que Portugal já não tem máscaras para vender

[dropcap]O[/dropcap] chefe do Governo de Macau disse ontem que Portugal já não tem mais máscaras para vender, mas garantiu que o território tem máscaras suficientes para enfrentar o surto do novo coronavírus.
“Macau tem dinheiro”, mas tem sido difícil arranjar máscaras no mercado, disse Ho Iat Seng, em conferência de imprensa, durante a qual anunciou todos os casinos do território vão fechar durante duas semanas.
Por entre vários apelos aos residentes para que permaneçam em casa, o líder do Governo de Macau indicou que o território adquiriu máscaras em países como Estados Unidos e Portugal, mas, por causa do surto do coronavírus e da grande quantidade deste equipamento médico utilizada na China, está a encontrar “dificuldade em arranjar mais máscaras no mercado externo”.
“Neste momento, Portugal já não tem mais máscaras”, afirmou o responsável do território, que conta dez casos confirmados de infecção pelo coronavírus.
As autoridades informaram que mais de 2,9 milhões de máscaras foram vendidas, desde o anúncio do primeiro caso de infecção em Macau, há duas semanas.
O Governo de Macau adquiriu ao todo 20 milhões de máscaras, que estão a chegar em vários carregamentos, e a serem distribuídas por farmácias convencionadas, associações e outros espaços definidos pelas autoridades. Cada residente, mediante apresentação da identificação, recebe dez máscaras para igual número de dias. “Se forem necessárias mais máscaras, o Estado [chinês] vai ajudar”, afirmou o líder do executivo de Macau.
Prioridades definidas
Quantos aos desinfectantes, esgotados em Macau, Ho Iat Seng disse que não vai utilizar o mesmo método de racionamento para a população. “Não vamos garantir esse tipo” de produto para a população, afirmou.
“Importante é nos hospitais e lares (…) esses têm de ser garantidos”, frisou, acrescentando ter sido adquiridas quatro toneladas de produtos desinfectantes.
“A prioridade é para os trabalhadores médicos (…) não queremos que médicos e enfermeiros sejam infectados”, reforçou Ho Iat Seng.

5 Fev 2020

Epidemia | Governo diz que Portugal já não tem máscaras para vender

[dropcap]O[/dropcap] chefe do Governo de Macau disse ontem que Portugal já não tem mais máscaras para vender, mas garantiu que o território tem máscaras suficientes para enfrentar o surto do novo coronavírus.

“Macau tem dinheiro”, mas tem sido difícil arranjar máscaras no mercado, disse Ho Iat Seng, em conferência de imprensa, durante a qual anunciou todos os casinos do território vão fechar durante duas semanas.

Por entre vários apelos aos residentes para que permaneçam em casa, o líder do Governo de Macau indicou que o território adquiriu máscaras em países como Estados Unidos e Portugal, mas, por causa do surto do coronavírus e da grande quantidade deste equipamento médico utilizada na China, está a encontrar “dificuldade em arranjar mais máscaras no mercado externo”.

“Neste momento, Portugal já não tem mais máscaras”, afirmou o responsável do território, que conta dez casos confirmados de infecção pelo coronavírus.

As autoridades informaram que mais de 2,9 milhões de máscaras foram vendidas, desde o anúncio do primeiro caso de infecção em Macau, há duas semanas.

O Governo de Macau adquiriu ao todo 20 milhões de máscaras, que estão a chegar em vários carregamentos, e a serem distribuídas por farmácias convencionadas, associações e outros espaços definidos pelas autoridades. Cada residente, mediante apresentação da identificação, recebe dez máscaras para igual número de dias. “Se forem necessárias mais máscaras, o Estado [chinês] vai ajudar”, afirmou o líder do executivo de Macau.

Prioridades definidas
Quantos aos desinfectantes, esgotados em Macau, Ho Iat Seng disse que não vai utilizar o mesmo método de racionamento para a população. “Não vamos garantir esse tipo” de produto para a população, afirmou.

“Importante é nos hospitais e lares (…) esses têm de ser garantidos”, frisou, acrescentando ter sido adquiridas quatro toneladas de produtos desinfectantes.

“A prioridade é para os trabalhadores médicos (…) não queremos que médicos e enfermeiros sejam infectados”, reforçou Ho Iat Seng.

5 Fev 2020

TNR | Secretário não responde sobre alegadas licenças sem vencimento forçadas

[dropcap]N[/dropcap]a conferência de ontem, o secretário para a Economia e Finanças foi questionado três vezes sobre alegadas queixas de trabalhadores não-residentes porque estavam a ser forçados a tirar licenças sem vencimento e sobre os mecanismos para garantir que os empregadores cumprem as suas responsabilidades.
À primeira pergunta, Lei Wai Nong ainda respondeu que não recebeu qualquer queixa e pediu à população para não acreditar em rumores. Mas nas seguintes, e na parte em que foi questionado sobre os mecanismos do Executivo para proteger os TNR, o secretário respondeu sempre para apelar aos cidadãos que não fossem a correr aos supermercados.
Como parte da resposta, o secretário para a Economia e Finanças garantiu ainda que o fornecimento de alimentos vai chegar para todos os residentes.

5 Fev 2020

TNR | Secretário não responde sobre alegadas licenças sem vencimento forçadas

[dropcap]N[/dropcap]a conferência de ontem, o secretário para a Economia e Finanças foi questionado três vezes sobre alegadas queixas de trabalhadores não-residentes porque estavam a ser forçados a tirar licenças sem vencimento e sobre os mecanismos para garantir que os empregadores cumprem as suas responsabilidades.

À primeira pergunta, Lei Wai Nong ainda respondeu que não recebeu qualquer queixa e pediu à população para não acreditar em rumores. Mas nas seguintes, e na parte em que foi questionado sobre os mecanismos do Executivo para proteger os TNR, o secretário respondeu sempre para apelar aos cidadãos que não fossem a correr aos supermercados.

Como parte da resposta, o secretário para a Economia e Finanças garantiu ainda que o fornecimento de alimentos vai chegar para todos os residentes.

5 Fev 2020

Epidemia | Homem cospe e deixa 300 máscaras inutilizáveis

[dropcap]U[/dropcap]m homem insatisfeito com a qualidade das máscaras que comprou nos postos de distribuição do Governo foi ao Posto de Saúde de Seac Pai Van e cuspiu em cima de 30 sacos de máscaras.
O caso foi revelado, ontem, pelo director dos Serviços de Saúde de Macau (SSM), Lei Chin Ion, que apontou que como consequência deste acto 300 máscaras que seriam para ser vendidas à população ficaram inutilizáveis.
Segundo a versão apresentada na conferência de imprensa de ontem, o homem foi ao ponto de distribuição de uma associação local, na segunda-feira, e comprou 10 máscaras por 8 patacas, o preço definido pelo Executivo. Contudo, o individuo não ficou satisfeito com a qualidade do produto e foi ao Posto de Saúde de Seac Pai Van para trocar as máscaras. Quando chegou ao espaço foi-lhe dito que teria de esperar numa fila para a troca. Foi nesta altura que o homem perdeu a paciência, começou a protestar e terá dito: “Se eu morrer, morremos todos”. Depois, cuspiu na direcção das máscaras e acabou por atingir um monte com 30, o que faz com que 300 unidades tenham de ser destruídas, por não haver garantias que não estão contaminadas.
“Não vamos tolerar este tipo de comportamentos e o homem vai ter de responder pelos seus actos. O caso já foi reencaminhado para as autoridades que vão fazer a investigação e entregar o processo ao Ministério Público”, relatou Lei Chin Ion.

Crime e castigo

Devido a este caso o homem pode ter de vir a responder em tribunal pela prática do crime de “dano”, que é punido com pena de prisão até 3 anos ou pena de multa. No entanto, se for considerado que as máscaras são “coisa destinada ao uso e utilidade públicos” o crime em causa é “dano qualificado” o que faz com que a pena de prisão chegue aos 5 anos ou 600 dias de multa.
Esta não é o primeiro crime suspeito relacionado com o programa de distribuição de máscaras do Governo. Na semana passada um agente de uma seguradora recorreu aos dados de identificação de vários clientes para comprar mais do que as 10 máscaras destinadas a casa residente ou trabalhador não-residente. O homem incorre na prática do crime de “uso de documento de identificação alheio”, que é punido com pena de prisão até 3 anos ou multa.

5 Fev 2020

Epidemia | Homem cospe e deixa 300 máscaras inutilizáveis

[dropcap]U[/dropcap]m homem insatisfeito com a qualidade das máscaras que comprou nos postos de distribuição do Governo foi ao Posto de Saúde de Seac Pai Van e cuspiu em cima de 30 sacos de máscaras.

O caso foi revelado, ontem, pelo director dos Serviços de Saúde de Macau (SSM), Lei Chin Ion, que apontou que como consequência deste acto 300 máscaras que seriam para ser vendidas à população ficaram inutilizáveis.

Segundo a versão apresentada na conferência de imprensa de ontem, o homem foi ao ponto de distribuição de uma associação local, na segunda-feira, e comprou 10 máscaras por 8 patacas, o preço definido pelo Executivo. Contudo, o individuo não ficou satisfeito com a qualidade do produto e foi ao Posto de Saúde de Seac Pai Van para trocar as máscaras. Quando chegou ao espaço foi-lhe dito que teria de esperar numa fila para a troca. Foi nesta altura que o homem perdeu a paciência, começou a protestar e terá dito: “Se eu morrer, morremos todos”. Depois, cuspiu na direcção das máscaras e acabou por atingir um monte com 30, o que faz com que 300 unidades tenham de ser destruídas, por não haver garantias que não estão contaminadas.

“Não vamos tolerar este tipo de comportamentos e o homem vai ter de responder pelos seus actos. O caso já foi reencaminhado para as autoridades que vão fazer a investigação e entregar o processo ao Ministério Público”, relatou Lei Chin Ion.

Crime e castigo

Devido a este caso o homem pode ter de vir a responder em tribunal pela prática do crime de “dano”, que é punido com pena de prisão até 3 anos ou pena de multa. No entanto, se for considerado que as máscaras são “coisa destinada ao uso e utilidade públicos” o crime em causa é “dano qualificado” o que faz com que a pena de prisão chegue aos 5 anos ou 600 dias de multa.

Esta não é o primeiro crime suspeito relacionado com o programa de distribuição de máscaras do Governo. Na semana passada um agente de uma seguradora recorreu aos dados de identificação de vários clientes para comprar mais do que as 10 máscaras destinadas a casa residente ou trabalhador não-residente. O homem incorre na prática do crime de “uso de documento de identificação alheio”, que é punido com pena de prisão até 3 anos ou multa.

5 Fev 2020

Suspensão de ferries | “Hong Kong não falou com Macau”, disse Chefe do Executivo

[dropcap]D[/dropcap]epois de o Governo de Hong Kong liderado por Carrie Lam ter anunciado ontem a suspensão das ligações marítimas com Macau, Ho Iat Seng confirmou que o Executivo que lidera não foi sido consultado acerca do encerramento. “Digo francamente que Hong Kong não falou com a parte de Macau sobre o fecho do terminal marítimo. Mas também acho que isto não é necessário porque agora, se é para fechar os casinos também não vou contactar antecipadamente o Governo de Hong Kong”, explicou o Chefe do Executivo.

Recorde-se que desde as 00:00 de ontem, Hong Kong fechou quase todas as fronteiras terrestres e marítimas para o Interior da China de modo a impedir a propagação do novo coronavírus, deixando Macau sem ligações marítimas com a antiga colónia britânica. Apenas dois postos de controlo de fronteira, a Baía de Shenzhen e a ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, vão continuar abertos.

5 Fev 2020

Suspensão de ferries | "Hong Kong não falou com Macau", disse Chefe do Executivo

[dropcap]D[/dropcap]epois de o Governo de Hong Kong liderado por Carrie Lam ter anunciado ontem a suspensão das ligações marítimas com Macau, Ho Iat Seng confirmou que o Executivo que lidera não foi sido consultado acerca do encerramento. “Digo francamente que Hong Kong não falou com a parte de Macau sobre o fecho do terminal marítimo. Mas também acho que isto não é necessário porque agora, se é para fechar os casinos também não vou contactar antecipadamente o Governo de Hong Kong”, explicou o Chefe do Executivo.
Recorde-se que desde as 00:00 de ontem, Hong Kong fechou quase todas as fronteiras terrestres e marítimas para o Interior da China de modo a impedir a propagação do novo coronavírus, deixando Macau sem ligações marítimas com a antiga colónia britânica. Apenas dois postos de controlo de fronteira, a Baía de Shenzhen e a ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, vão continuar abertos.

5 Fev 2020

Ho Iat Seng não descarta a hipótese de fechar as fronteiras

[dropcap]Q[/dropcap]uestionado pelos jornalistas, Ho Iat Seng não descartou a hipótese de vir a encerrar as fronteiras com a China, apesar de admitir ser uma decisão que pode implicar consequências graves.

Segundo o Chefe do Executivo, depois de dado o primeiro passo de suspender a actividades dos casinos, é preciso analisar agora a situação, com o objectivo de reduzir a circulação de pessoas. A partir daí podem vir a ser tomadas novas medidas no sentido de fechar, total ou parcialmente, as fronteiras com o Interior da China.”Fechar as fronteiras, ou fechar parcialmente as fronteiras não é uma hipótese que colocamos de lado.

Esta é uma das ponderações, mas precisamos de estudar as consequências, não estou a negar essa hipótese”, admitiu Ho Iat Seng. No entanto o líder do Governo alertou para as consequências que uma medida desta natureza possa vir a ter, ao nível do impacto no fornecimento de alimentos ao território e na rotina diária de muitos residentes de Macau e de muitos trabalhadores de que vivem na China.

“Se fecharmos as fronteiras o que é que vamos comer? Macau está dependente do fornecimento da China. Para além disso temos trabalhadores dos sectores da limpeza, da segurança (…) que vivem na China, em Zhuhai. Se fecharmos as fronteiras quem é que fica responsável pela segurança, pela comida ou pelo fornecimento de comida? Estes também são pontos de consideração”, argumentou o Chefe do Executivo.

5 Fev 2020

Coronavírus | Governo fecha casinos por duas semanas

O Chefe do Executivo classificou os próximos 10 dias como sendo um período de “alto risco”. Depois de confirmados ontem dois novos casos, um deles o de uma trabalhadora do Galaxy, Ho Iat Seng anunciou que o Governo vai suspender a actividade dos casinos, pelo menos, até meio de Fevereiro. A medida entrou em vigor à meia-noite de ontem

 

Com Lusa 

[dropcap]O[/dropcap]s casinos de Macau vão fechar portas, pelo menos, durante as próximas duas semanas. A medida, sem precedentes em Macau, foi antecipada ontem pelo Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, durante uma conferência de imprensa que teve lugar ao início da tarde na Sede do Governo. Os detalhes do encerramento foram comunicados horas depois, a meio da tarde, pelo secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong que confirmou que os casinos cessaram actividade desde as 00:00 de hoje. “A partir da meia-noite, 41 casinos, incluindo cinemas, espaços de entretenimento, salas de jogos, teatros, bares, discotecas e clubes nocturnos ficam suspensos por 15 dias”, esclareceu Lei Wai Nong.

A medida foi antecipada por Ho Iat Seng antes mesmo da reunião que decorreu ontem entre o Governo e as operadoras de jogo para acertar os detalhes jurídicos e processuais da decisão. O anúncio surgiu depois de terem sido confirmados dois novos casos da pneumonia de Wuhan em Macau. Um dos dois casos, o nono, diz respeito a uma mulher que trabalha na cantina do casino e no serviço de “shuttle bus” do Galaxy. Este é o primeiro caso de transmissão directa em Macau, já que a mulher, de 29 anos de idade, esteve no apartamento, e em contacto, com a residente de 64 anos, que veio a ser identificada como sendo o oitavo caso da doença na região. Durante a manhã de ontem, Hong Kong anunciou também a primeira morte relacionada com o novo coronavírus. Trata-se de um residente da antiga colónia britânica de 39 anos.

“Nos próximos 7 a 10 dias vamos atravessar um período de ‘alto risco’ e, por isso’ temos de tomar medidas adequadas. Vamos pedir aos casinos para suspender os serviços durante duas semanas. Passado meio mês, se a situação estiver estável [os casinos] poderão voltar ao seu normal funcionamento. É esta a nossa medida”, referiu Ho Iat Seng.

Assumindo que esta foi uma decisão “muito difícil” e que “vai causar muitos danos económicos a Macau”, Ho Iat Seng defendeu, contudo, que foi uma medida necessária para “assegurar a saúde dos residentes”. Apesar das perdas que se avizinham a nível económico, o Chefe do Executivo mostrou confiança na capacidade que Macau tem para “assumir esse risco”, apelando uma vez mais aos residentes para permanecerem em casa sempre que possível.

“Estamos a enfrentar um grande desafio e nós somos capazes de assumir essa dificuldade. Apelo mais uma vez a todos os cidadãos para não saírem das suas casas. Permaneçam em casa, porque se forem visitar outras pessoas podem existir riscos. Obviamente que se querem ir ao supermercado, isso é necessário. Mas se não for urgente podem ficar em casa”, apontou Ho Iat Seng.

O Chefe do Executivo sublinhou ainda que o agravamento das medidas tomadas pelo Governo tem como principal objectivo, reduzir o “fluxo de pessoas” e convencer os cidadãos a permanecer em casa e que, por isso, decisões como a redução do número de autocarros em circulação, a redução horária do posto fronteiriço das Portas do Cerco e o próprio encerramento dos casinos, podem não ser bem recebidas pela população.

“Alguns cidadãos podem pensar que estas medidas são inconvenientes para eles mas, neste momento, estamos num período difícil e por isso temos de mudar o nosso (…) ponto de vista. Queremos que os cidadãos permaneçam em casa e não saiam, por isso (…) não vamos tomar medidas para facilitar a vida aos cidadãos, porque agora já surgiu o décimo caso e existem três casos que envolvem residentes locais”, vincou Ho Iat Seng.

“Temos reservas financeiras”

“Damos muita importância ao caso da epidemia mas também damos importância à economia. Como é que nós podemos recuperar a economia de Macau? Quais são as medidas e incentivos? Como é que podemos assegurar os empregos dos cidadãos de Macau?”, questionou Ho Iat Seng. Este é o ponto de foco do trabalho, pois estamos a enfrentar uma grave crise financeira”, acrescentou.

Ho Iat Seng garantiu, no entanto, que estão a ser traçadas medidas para responder à situação e que Macau dispõe de “reservas financeiras” para fazer face ao contexto adverso que a região atravessa. O líder do Governo assumiu que o território vai ter um défice no orçamento, mas reiterou que a medida de encerrar os casinos tinha de ser tomada, recordando que a Lei Básica de Macau estabelece que as autoridades do território podem decretar a suspensão da operação dos casinos.

“Sabemos que com o fecho dos casinos a receita é zero durante esses dias. Francamente não fiz ainda o cálculo [do impacto do encerramento], mas certamente que se vai traduzir num défice no orçamento. Em Janeiro ainda tivemos receitas de jogo, mas com a suspensão das próximas duas semanas, a receita vai ser zero”, explicou, reiterando que este é o momento de recorrer ao erário público para ultrapassar a situação.

“Mencionei várias vezes que precisamos de tomar medidas com prudência para poupar o nosso orçamento. Temos reservas financeiras e estamos num momento difícil, por isso é que vamos utilizar o erário público para ultrapassar esta situação”, acrescentou.

Recorde-se que os casinos de Macau fecharam 2019 com receitas de 292,46 milhões de patacas, menos 3,4 por cento que no ano anterior. Se tivermos em conta que em Fevereiro de 2019 as receitas brutas foram de 25.370 milhões de patacas, pode ser expectável, pelo menos, uma quebra na ordem dos 50 por cento, que pode ainda vir a ser agravada, dada a tendência negativa dos últimos meses.

Sobre os moldes em que se espera que os 40 mil trabalhadores dos casinos atravessem o período de suspensão da actividade dos casinos, o secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong garantiu na tarde de ontem que as concessionárias de jogo se comprometeram a não forçar os funcionários a tirar férias sem vencimento, mantendo as respectivas remunerações.

“As concessionárias comprometeram-se a não obrigar os funcionários a tirar licenças sem vencimento (…) e a cumprir as suas responsabilidades”, transmitiu o secretário.

Administração: Serviços básicos suspensos

O Chefe do Executivo anunciou, ainda, por ocasião da conferência de imprensa realizada ontem na Sede do Governo que os serviços básicos da função pública estão suspensos e que só se vão “manter os serviços urgentes”. Ho Iat Seng apelou ainda para que sejam “reduzidas ao máximo as actividades comerciais”. “Não posso mandar encerrá-los”, afirmou Ho Iat Seng. “Se não tiverem clientes, os próprios comerciantes vão decidir encerrar os negócios”, rematou. “Vamos por isso suspender os serviços básicos e só manter os serviços urgentes. Apelo também, mais uma vez, aos colegas da função publica que têm de cumprir as leis e regras. Apesar de estarem dispensados de trabalhar, devem usar esse tempo para ficar em casa. Não se trata de feriados nem férias. Os que podem trabalhar em casa devem fazê-lo”, explicou o Chefe do Executivo. Ho Iat Seng solicitou ainda ao sector empresarial local para reduzir, adequadamente, as suas actividades, esperando que estas medidas e apelos reduzam a concentração de pessoas, a fim de evitar a infecção cruzada.

5 Fev 2020

Coronavírus | Governo fecha casinos por duas semanas

O Chefe do Executivo classificou os próximos 10 dias como sendo um período de “alto risco”. Depois de confirmados ontem dois novos casos, um deles o de uma trabalhadora do Galaxy, Ho Iat Seng anunciou que o Governo vai suspender a actividade dos casinos, pelo menos, até meio de Fevereiro. A medida entrou em vigor à meia-noite de ontem

 
Com Lusa 
[dropcap]O[/dropcap]s casinos de Macau vão fechar portas, pelo menos, durante as próximas duas semanas. A medida, sem precedentes em Macau, foi antecipada ontem pelo Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, durante uma conferência de imprensa que teve lugar ao início da tarde na Sede do Governo. Os detalhes do encerramento foram comunicados horas depois, a meio da tarde, pelo secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong que confirmou que os casinos cessaram actividade desde as 00:00 de hoje. “A partir da meia-noite, 41 casinos, incluindo cinemas, espaços de entretenimento, salas de jogos, teatros, bares, discotecas e clubes nocturnos ficam suspensos por 15 dias”, esclareceu Lei Wai Nong.
A medida foi antecipada por Ho Iat Seng antes mesmo da reunião que decorreu ontem entre o Governo e as operadoras de jogo para acertar os detalhes jurídicos e processuais da decisão. O anúncio surgiu depois de terem sido confirmados dois novos casos da pneumonia de Wuhan em Macau. Um dos dois casos, o nono, diz respeito a uma mulher que trabalha na cantina do casino e no serviço de “shuttle bus” do Galaxy. Este é o primeiro caso de transmissão directa em Macau, já que a mulher, de 29 anos de idade, esteve no apartamento, e em contacto, com a residente de 64 anos, que veio a ser identificada como sendo o oitavo caso da doença na região. Durante a manhã de ontem, Hong Kong anunciou também a primeira morte relacionada com o novo coronavírus. Trata-se de um residente da antiga colónia britânica de 39 anos.
“Nos próximos 7 a 10 dias vamos atravessar um período de ‘alto risco’ e, por isso’ temos de tomar medidas adequadas. Vamos pedir aos casinos para suspender os serviços durante duas semanas. Passado meio mês, se a situação estiver estável [os casinos] poderão voltar ao seu normal funcionamento. É esta a nossa medida”, referiu Ho Iat Seng.
Assumindo que esta foi uma decisão “muito difícil” e que “vai causar muitos danos económicos a Macau”, Ho Iat Seng defendeu, contudo, que foi uma medida necessária para “assegurar a saúde dos residentes”. Apesar das perdas que se avizinham a nível económico, o Chefe do Executivo mostrou confiança na capacidade que Macau tem para “assumir esse risco”, apelando uma vez mais aos residentes para permanecerem em casa sempre que possível.
“Estamos a enfrentar um grande desafio e nós somos capazes de assumir essa dificuldade. Apelo mais uma vez a todos os cidadãos para não saírem das suas casas. Permaneçam em casa, porque se forem visitar outras pessoas podem existir riscos. Obviamente que se querem ir ao supermercado, isso é necessário. Mas se não for urgente podem ficar em casa”, apontou Ho Iat Seng.
O Chefe do Executivo sublinhou ainda que o agravamento das medidas tomadas pelo Governo tem como principal objectivo, reduzir o “fluxo de pessoas” e convencer os cidadãos a permanecer em casa e que, por isso, decisões como a redução do número de autocarros em circulação, a redução horária do posto fronteiriço das Portas do Cerco e o próprio encerramento dos casinos, podem não ser bem recebidas pela população.
“Alguns cidadãos podem pensar que estas medidas são inconvenientes para eles mas, neste momento, estamos num período difícil e por isso temos de mudar o nosso (…) ponto de vista. Queremos que os cidadãos permaneçam em casa e não saiam, por isso (…) não vamos tomar medidas para facilitar a vida aos cidadãos, porque agora já surgiu o décimo caso e existem três casos que envolvem residentes locais”, vincou Ho Iat Seng.

“Temos reservas financeiras”

“Damos muita importância ao caso da epidemia mas também damos importância à economia. Como é que nós podemos recuperar a economia de Macau? Quais são as medidas e incentivos? Como é que podemos assegurar os empregos dos cidadãos de Macau?”, questionou Ho Iat Seng. Este é o ponto de foco do trabalho, pois estamos a enfrentar uma grave crise financeira”, acrescentou.
Ho Iat Seng garantiu, no entanto, que estão a ser traçadas medidas para responder à situação e que Macau dispõe de “reservas financeiras” para fazer face ao contexto adverso que a região atravessa. O líder do Governo assumiu que o território vai ter um défice no orçamento, mas reiterou que a medida de encerrar os casinos tinha de ser tomada, recordando que a Lei Básica de Macau estabelece que as autoridades do território podem decretar a suspensão da operação dos casinos.
“Sabemos que com o fecho dos casinos a receita é zero durante esses dias. Francamente não fiz ainda o cálculo [do impacto do encerramento], mas certamente que se vai traduzir num défice no orçamento. Em Janeiro ainda tivemos receitas de jogo, mas com a suspensão das próximas duas semanas, a receita vai ser zero”, explicou, reiterando que este é o momento de recorrer ao erário público para ultrapassar a situação.
“Mencionei várias vezes que precisamos de tomar medidas com prudência para poupar o nosso orçamento. Temos reservas financeiras e estamos num momento difícil, por isso é que vamos utilizar o erário público para ultrapassar esta situação”, acrescentou.
Recorde-se que os casinos de Macau fecharam 2019 com receitas de 292,46 milhões de patacas, menos 3,4 por cento que no ano anterior. Se tivermos em conta que em Fevereiro de 2019 as receitas brutas foram de 25.370 milhões de patacas, pode ser expectável, pelo menos, uma quebra na ordem dos 50 por cento, que pode ainda vir a ser agravada, dada a tendência negativa dos últimos meses.
Sobre os moldes em que se espera que os 40 mil trabalhadores dos casinos atravessem o período de suspensão da actividade dos casinos, o secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong garantiu na tarde de ontem que as concessionárias de jogo se comprometeram a não forçar os funcionários a tirar férias sem vencimento, mantendo as respectivas remunerações.
“As concessionárias comprometeram-se a não obrigar os funcionários a tirar licenças sem vencimento (…) e a cumprir as suas responsabilidades”, transmitiu o secretário.

Administração: Serviços básicos suspensos

O Chefe do Executivo anunciou, ainda, por ocasião da conferência de imprensa realizada ontem na Sede do Governo que os serviços básicos da função pública estão suspensos e que só se vão “manter os serviços urgentes”. Ho Iat Seng apelou ainda para que sejam “reduzidas ao máximo as actividades comerciais”. “Não posso mandar encerrá-los”, afirmou Ho Iat Seng. “Se não tiverem clientes, os próprios comerciantes vão decidir encerrar os negócios”, rematou. “Vamos por isso suspender os serviços básicos e só manter os serviços urgentes. Apelo também, mais uma vez, aos colegas da função publica que têm de cumprir as leis e regras. Apesar de estarem dispensados de trabalhar, devem usar esse tempo para ficar em casa. Não se trata de feriados nem férias. Os que podem trabalhar em casa devem fazê-lo”, explicou o Chefe do Executivo. Ho Iat Seng solicitou ainda ao sector empresarial local para reduzir, adequadamente, as suas actividades, esperando que estas medidas e apelos reduzam a concentração de pessoas, a fim de evitar a infecção cruzada.

5 Fev 2020

OMS diz que coronavírus ainda não é uma pandemia

[dropcap]A[/dropcap] Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou hoje que a epidemia do novo coronavírus que surgiu na China não é ainda uma pandemia.

“Actualmente, não estamos em situação de pandemia”, termo que se aplica a uma situação de disseminação global de uma doença, disse à imprensa Sylvie Briand, directora do departamento de preparação global para os riscos infecciosos da OMS. “Estamos numa fase epidémica com múltiplos surtos”, acrescentou.

Desde que surgiu, em Dezembro passado, em Wuhan, capital da província de Hubei, o novo coronavírus já provocou 426 mortos e infectou mais de 20.400 pessoas.

Sylvie Briand lembrou que o berço da epidemia foi a província de Hubei. “A transmissão de homem para homem é intensa e as autoridades chinesas adotaram medidas” para limitar a propagação da doença, acrescentou

“Esperamos que, com base nessas medidas tomadas em Hubei, mas também em outros lugares em que tivemos casos, possamos parar a transmissão e livrar-nos desse vírus”, sublinhou.

A responsável da OMS considerou que conter o vírus é um autêntico “desafio” devido à deslocação das populações e à facilidade de transmissão. “Não estou a dizer que é fácil, mas (…) achamos que é possível”.

Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há mais casos de infecção confirmados em 24 outros países.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na passada quinta-feira uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional, o que pressupõe a adopção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.

4 Fev 2020

Epidemia de Wuhan | Primeira morte registada em Hong Kong

[dropcap]U[/dropcap]m residente de Hong Kong de 39 anos morreu hoje vítima de pneumonia viral causada pelo novo coronavírus, a primeira morte registada na região administrativa especial chinesa e a segunda fora da China continental.
De acordo com as autoridades do território, o homem viajou para Wuhan, centro do surto do novo coronavírus (2019-nCoV), de comboio no dia 21 de janeiro e voltou para Hong Kong em 23 de Janeiro.
A emissora pública de Hong Kong RTHK indicou que, na semana passada, o homem teve dores musculares na semana passada e febre. Mais tarde, “foi transferido para uma ala de isolamento após a confirmação do coronavírus”.
Esta é a primeira morte ligada ao coronavírus registada em Hong Kong e a segunda ocorrida fora da República Popular da China. No sábado passado, um chinês de 44 anos, residente em Wuhan, morreu nas Filipinas, indicou o Departamento de Saúde filipino, em comunicado.
Desde as 00:00 de hoje, Hong Kong fechou quase todas as fronteiras terrestres e marítimas para o continente para impedir a propagação do novo coronavírus. Apenas dois postos de controlo de fronteira, a Baía de Shenzhen e a ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, vão continuar abertos.
A China elevou hoje para 426 mortos e mais de 20.400 infectados o balanço do surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV) detetado em dezembro passado, em Wuhan, capital da província de Hubei (centro), colocada sob quarentena.
Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há mais casos de infeção confirmados em 24 outros países.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na quinta-feira uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional, o que pressupõe a adopção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.

4 Fev 2020

Epidemia de Wuhan | Primeira morte registada em Hong Kong

[dropcap]U[/dropcap]m residente de Hong Kong de 39 anos morreu hoje vítima de pneumonia viral causada pelo novo coronavírus, a primeira morte registada na região administrativa especial chinesa e a segunda fora da China continental.

De acordo com as autoridades do território, o homem viajou para Wuhan, centro do surto do novo coronavírus (2019-nCoV), de comboio no dia 21 de janeiro e voltou para Hong Kong em 23 de Janeiro.

A emissora pública de Hong Kong RTHK indicou que, na semana passada, o homem teve dores musculares na semana passada e febre. Mais tarde, “foi transferido para uma ala de isolamento após a confirmação do coronavírus”.

Esta é a primeira morte ligada ao coronavírus registada em Hong Kong e a segunda ocorrida fora da República Popular da China. No sábado passado, um chinês de 44 anos, residente em Wuhan, morreu nas Filipinas, indicou o Departamento de Saúde filipino, em comunicado.

Desde as 00:00 de hoje, Hong Kong fechou quase todas as fronteiras terrestres e marítimas para o continente para impedir a propagação do novo coronavírus. Apenas dois postos de controlo de fronteira, a Baía de Shenzhen e a ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, vão continuar abertos.

A China elevou hoje para 426 mortos e mais de 20.400 infectados o balanço do surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV) detetado em dezembro passado, em Wuhan, capital da província de Hubei (centro), colocada sob quarentena.

Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há mais casos de infeção confirmados em 24 outros países.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na quinta-feira uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional, o que pressupõe a adopção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.

4 Fev 2020

Fecho dos casinos causa corrida ao supermercados

O Chefe do Executivo sublinhou várias vezes que o abastecimento de comida chega para todos e pediu à população para não se preocupar. Mas ainda não tinha acabado de falar e as prateleiras dos supermercados já tinham começado a ser limpas

[dropcap]A[/dropcap]pesar do Chefe do Executivo ter garantido que existem alimentos em reserva suficiente para garantir o abastecimento da RAEM durante os próximos dias, a mensagem não evitou uma corrida aos supermercados.

Ainda a conferência de imprensa de Ho Iat Seng, que começou às 13h00, não tinha terminado e já várias pessoas corriam para os estabelecimentos comerciais da zona de Nam Van, com malas e carrinhos, onde colocar as compras para os próximos dias.

No entanto, o cenário foi comum a várias zonas da cidade e em todos os supermercados verificaram-se longas filas para pagar as compras. Ainda antes das 16h00 já vários produtos em diferentes supermercados estavam completamente esgotados. Entre as principais escolhas dos residentes mais apressados destacaram-se as massas, fitas, arroz, enlatados e os vegetais. Também a água engarrafada esteve entre as escolhas dos comerciantes.

Em declarações ao jornal Exmoo, houve cidadãos que explicaram ter corrido aos supermercados por estarem a planear não sair de casa nos próximos dias, pelo que precisam de encher-se com reservas. Mas também houve quem admitisse que a sua “corrida” se ficou a dever ao medo face “ao pânico” geral de não se poder comprar alimentos nos próximos dias.

Stock suficiente

Apesar da agitação nas ruas, Ho Iat Seng garante que o abastecimento vai chegar a todos. “Temos um stock suficiente para garantir o abastecimento da população. Os cidadãos não se devem preocupar com o stock de alimentos. Nós garantimos o abastecimento”, afirmou durante a conferência de imprensa.

O Chefe do Executivo reconheceu ainda que houve ruptura dos produtos na semana passada, mas defendeu que por motivos que agora não estão a afectar o território: “Posso garantir que o abastecimento de comida é suficiente. Antes houve falta de comida, porque muita gente ainda estava de férias devido às festividades do Ano Novo Chinês”, explicou.

Mais à tarde, já na conferência de imprensa diária, os números do abastecimento a Macau foram anunciadores pelo presidente do Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), José Tavares. De acordo com o responsável, Macau vai receber 180 toneladas de vegetais, 240 porcos e 340 toneladas de carne congelada, 60 toneladas de fruta, 43 toneladas de peixe e 400 mil ovos. “Além destes descarregamentos previstos, temos ainda nos armazéns 1600 toneladas de carne congelada, que são suficientes para um período entre 10 a 20 dias”, sublinhou José Tavares. “Não precisamos de entrar em pânico”, indicou.

Apelos à calma

Também o secretário para a Economia e Finanças apontou a necessidade de se evitar os supermercados. “O corte das linhas marítimas entre Macau e Hong Kong não afecta o abastecimento de alimentos. As pessoas também não precisam de correr atrás dos produtos porque isso só vai fazer com que o stock dure menos tempo e gere confusão”, sustentou Lei Wai Nong.

O governante indicou ainda que as grandes corridas aos estabelecimentos são contraproducentes, porque aumentam os riscos de infecção. “Se houver grandes concentrações nos supermercados, as pessoas estão ainda expostas a riscos maiores de contágios”, declarou.

4 Fev 2020

Epidemia | Registados mais dois casos e número de infectados sobe para dez

Uma trabalhadora da Galaxy e um condutor de shuttle bus da SJM foram confirmados como os novos casos de infectados com o coronavírus em Macau. A mulher de 29 anos é sobrinha de uma outra residente, que tinha sido confirmada como o oitavo caso

 

[dropcap]O[/dropcap] número de pessoas infectadas com a Pneumonia de Wuhan em Macau subiu para 10, com o anúncio de mais dois casos que envolvem locais. Tratam-se de duas pessoas que trabalharam para os casinos, nomeadamente Galaxy e SJM.

O nono caso confirmado envolve uma residente de 29 anos que vive no edifício Kong Fok On e trabalha como jardineira no Galaxy. É sobrinha de uma outra mulher infectada que foi considerada como o oitavo caso.

Devido ao contacto entre as duas mulheres, este poderia ser o primeiro caso de contaminação local, mas os Serviços de Saúde ainda não confirmam o cenário: “Como a mulher esteve no Interior mais do que uma vez ainda não podemos dizer que é um caso local, pode ter sido importado”, afirmou Leong Iek Hou, coordenador do Núcleo de Prevenção e Doenças Infecciosas e Vigilância da Doença.

O contacto entre a mulher de 29 anos e a tia, que é a oitava infectada em Macau, terá acontecido em duas ocasiões, a 23 e 24 de Janeiro. No primeiro dia a sobrinha esteve em casa da tia a fazer reparações e utilizou sempre máscara, ao contrário da familiar. A segunda ocasião tratou-se de um jantar de família, mas as duas não terão comido na mesma mesa nem estado à conversa mais do que cinco minutos

Antes dos encontros, a mulher de 29 anos esteve em Zhuhai, a 19 de Janeiro, onde assistiu a um concerto. Esta é uma das ocasiões em que o vírus também poderá ter sido contraído.

Apenas no dia 25, após mais um encontro familiar com 12 membros, é que a mulher começou a apresentar sintomas como febre, dores de costas e tosse. Porém, após dois dias em casa, foi trabalhar entre 28 de Janeiro e 1 de Fevereiro.

Finalmente, no domingo, como a tia tinha sido confirmada com o oitavo caso, a mulher foi ao hospital e fez o teste, que acabou por dar positivo.

O caso levou ainda ao isolamento de três colegas de trabalho, e 14 familiares. Além disso, 34 colegas de trabalhão estão a ser observados, caso apresentem sintomas.

Jantar em Zhuhai

O 10.º caso é um homem, de 59 anos, que conduz shutles bus para a SJM, nos percursos entre as Portas do Cerco e o casino Grande Lisboa, e entre o terminal Marítimo do Pac On e o Grande Lisboa.

Vive no edifício Pat tat Sun Chuen, na Avenida Venceslau Morais, e esteve no Interior no dia 25 de Janeiro, onde pagou um jantar de família à mãe. No entanto, quando regressou já apresentava sintomas como febre e tosse.

Entre 28 de Janeiro e 1 de Fevereiro o homem foi por duas vezes a clínicas privadas, mas como não se curava decidiu ir ao Hospital Kiang Wu. Também a esta instituição fez duas visitas, anteontem e ontem, até que foi confirmado como o 10.º caso, já depois de ser transferido para o Centro Hospitalar Conde São Januário. O facto de ter estado em Zhuhai a jantar faz com que o caso seja considerado importado.

O homem esteve em contacto próximo com a mulher e os dois filhos e ainda com nove pessoas com quem terá tido uma refeição mais longa. Além disso, 57 pessoas, que estavam na altura no hospital Kiang Wu vão ficar em observação e ser testadas.

4 Fev 2020

Epidemia | Registados mais dois casos e número de infectados sobe para dez

Uma trabalhadora da Galaxy e um condutor de shuttle bus da SJM foram confirmados como os novos casos de infectados com o coronavírus em Macau. A mulher de 29 anos é sobrinha de uma outra residente, que tinha sido confirmada como o oitavo caso

 
[dropcap]O[/dropcap] número de pessoas infectadas com a Pneumonia de Wuhan em Macau subiu para 10, com o anúncio de mais dois casos que envolvem locais. Tratam-se de duas pessoas que trabalharam para os casinos, nomeadamente Galaxy e SJM.
O nono caso confirmado envolve uma residente de 29 anos que vive no edifício Kong Fok On e trabalha como jardineira no Galaxy. É sobrinha de uma outra mulher infectada que foi considerada como o oitavo caso.
Devido ao contacto entre as duas mulheres, este poderia ser o primeiro caso de contaminação local, mas os Serviços de Saúde ainda não confirmam o cenário: “Como a mulher esteve no Interior mais do que uma vez ainda não podemos dizer que é um caso local, pode ter sido importado”, afirmou Leong Iek Hou, coordenador do Núcleo de Prevenção e Doenças Infecciosas e Vigilância da Doença.
O contacto entre a mulher de 29 anos e a tia, que é a oitava infectada em Macau, terá acontecido em duas ocasiões, a 23 e 24 de Janeiro. No primeiro dia a sobrinha esteve em casa da tia a fazer reparações e utilizou sempre máscara, ao contrário da familiar. A segunda ocasião tratou-se de um jantar de família, mas as duas não terão comido na mesma mesa nem estado à conversa mais do que cinco minutos
Antes dos encontros, a mulher de 29 anos esteve em Zhuhai, a 19 de Janeiro, onde assistiu a um concerto. Esta é uma das ocasiões em que o vírus também poderá ter sido contraído.
Apenas no dia 25, após mais um encontro familiar com 12 membros, é que a mulher começou a apresentar sintomas como febre, dores de costas e tosse. Porém, após dois dias em casa, foi trabalhar entre 28 de Janeiro e 1 de Fevereiro.
Finalmente, no domingo, como a tia tinha sido confirmada com o oitavo caso, a mulher foi ao hospital e fez o teste, que acabou por dar positivo.
O caso levou ainda ao isolamento de três colegas de trabalho, e 14 familiares. Além disso, 34 colegas de trabalhão estão a ser observados, caso apresentem sintomas.

Jantar em Zhuhai

O 10.º caso é um homem, de 59 anos, que conduz shutles bus para a SJM, nos percursos entre as Portas do Cerco e o casino Grande Lisboa, e entre o terminal Marítimo do Pac On e o Grande Lisboa.
Vive no edifício Pat tat Sun Chuen, na Avenida Venceslau Morais, e esteve no Interior no dia 25 de Janeiro, onde pagou um jantar de família à mãe. No entanto, quando regressou já apresentava sintomas como febre e tosse.
Entre 28 de Janeiro e 1 de Fevereiro o homem foi por duas vezes a clínicas privadas, mas como não se curava decidiu ir ao Hospital Kiang Wu. Também a esta instituição fez duas visitas, anteontem e ontem, até que foi confirmado como o 10.º caso, já depois de ser transferido para o Centro Hospitalar Conde São Januário. O facto de ter estado em Zhuhai a jantar faz com que o caso seja considerado importado.
O homem esteve em contacto próximo com a mulher e os dois filhos e ainda com nove pessoas com quem terá tido uma refeição mais longa. Além disso, 57 pessoas, que estavam na altura no hospital Kiang Wu vão ficar em observação e ser testadas.

4 Fev 2020

Ataque a Macau

[dropcap]A[/dropcap] decisão unilateral de Carrie Lam de fechar as ligações marítimas para o centro de Hong Kong é um ataque totalmente injustificado à RAEM e é uma vergonha, que merecia um protesto por parte dos dirigentes de Macau. Hong Kong está a dar um mau exemplo ao mundo, ao mostrar que a RAEM pode ser isolada. A partir de agora é mais fácil para outros países e jurisdições seguirem o mesmo caminho e fecharem ligações aéreas. Se até a uma região da China o faz…

Carrie Lam sempre disse que não podia tratar de forma discriminatória o Interior, mas não teve problema nenhum em tratar dessa forma a população de Macau. Macau não faz parte da China para Carrie Lam?

Alguém pensou no impacto desta medida que apanhou até o Governo de Macau de surpresa? Desde que a epidemia rebentou, Macau agiu sempre muito mais depressa que Hong Kong, distribuiu máscaras e soube responder às ansiedades da população. Aliás, muitas dessas medidas foram elogiadas em Hong Kong pela população e acabaram por ser copiadas pelo conjunto de pessoas que toma decisões na RAEHK. Enquanto em Macau se andou a trabalhar, a comunicar com a população e a responder aos anseios, em Hong Kong, a secretária Sophia Chan imitou o exemplo da sua grande líder, quando dinamitou a RAEHK, e em vez de pedir desculpas e reconhecer os erros foi para a televisão chorar.

As governantes daquele outro lado choram muito, mas são incapazes de arranjar soluções para os problemas que criam. Portanto, foram pela opção mais fácil: fecharam o terminal para Macau. A população de Macau e o Governo não mereciam esta humilhação, que é muito maior porque vem de “dentro”.

4 Fev 2020

Baptismo de fogo

[dropcap]Q[/dropcap]uando Ho Iat Seng se candidatou ao cargo de Chefe do Executivo de Macau, perguntaram-lhe por que motivo queria trocar a presidência da Assembleia Legislativa pela liderança do Governo da RAEM, optando pelo sistema executivo. Ele respondeu que não fugia de uma “casa em chamas”.

De facto, a “casa em chamas” com que o Chefe do Executivo tem de lidar não está só a arder (tem de enfrentar muitos problemas sociais), como também está muito desarrumada, na medida em que o fogo não foi combatido durante os últimos 20 anos (existem muitas práticas malsãs de longa data nos departamentos administrativos) e a casa em si tem falta de espaço (com estruturas que se sobrepõem umas às outras e um número de funcionários que excede em muito o necessário).

Com uma experiência de uma década na Assembleia Legislativa e como ex-membro do Conselho Executivo, Ho Iat Seng deve ter plena consciência do estado da “casa em chamas”. Está também ciente de que a liberalização da indústria do jogo promovida por Edmund Ho transformou a cidade num dos centros de lazer mais famosos do mundo, após Macau ter falhado na renovação das suas infra-estruturas económicas. Mas a corrupção brotou deste súbito crescimento económico, como se pode verificar no caso da prisão de Ao Man Long, o primeiro secretário para os Transportes e Obras Públicas da RAEM, considerado culpado das acusações de suborno e de lavagem de dinheiro. Durante os dez anos da administração de Chui Sai On, Macau registou um salto económico brutal que também derivou do enorme desenvolvimento da China. Na Era Chui, desde que os processos administrativos fossem decorrendo suavemente e sem sobressaltos, e com a total cooperação das maiores organizações e associações, o Governo tinha reservas financeiras suficientes para distribuir todos os anos dinheiro pelos residentes e para pagar as custas crescentes do recrutamento exponencial de funcionários públicos, apesar das boas intenções para alcançar “uma boa governação à base da racionalização de quadros e simplificação administrativa”. Contudo, ao longo desses dez anos, o procurador do Ministério Público, à altura, Ho Chio Meng, foi preso por crimes que incluiam fraude agravada e lavagem de dinheiro.

Ho Iat Seng é o actual Chefe do Executivo de Macau e os próximos cinco ou dez anos em que exercerá a governação serão cruciais e decisivos para definir o caminho que a cidade irá trilhar de futuro. Sendo há 20 anos membro do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional da China, Ho Iat Seng sabe que Macau possui importantes mais valias e que tem um papel específico a desempenhar na Zona da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau. E, na medida em que o Governo Central atribuiu a Macau três grandes funções no quadro da Zona, não há tempo a perder. Por isso, desde que tomou posse, vemos Ho Iat Seng a fazer visitas surpresa a vários departamentos governamentais para inspeccionar o seu funcionamento. Esta actuação foi alvo de críticas por parte de alguns altos funcionários, que afirmam que pode provocar distúrbios no modus operandis da função pública, que até aqui tem proporcionado um ambiente de trabalho de paz e harmonia. Mas então, se tudo corre bem, porque é que os responsáveis têm medo das visitas surpresa do Chefe do Executivo?

Por este tipo de actuação, fica claro que Ho Iat Seng é uma pessoa que procura a verdade a partir dos factos. E, graças à sua forma de lidar com os acontecimentos, a resposta do Governo de Macau e as medidas que foram tomadas em relação à prevenção e controlo da propagação do novo coronavírus na cidade foram rápidas e positivas. Sob a sua liderança pragmática, todos os corpos governamentais, do topo até à base, deram provas de saber gerir a crise. Foi criado o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, foi assegurado o fornecimento de máscaras a todos os residentes, implementado o controlo das entradas e saídas de Macau, as escolas foram encerradas, os feriados prolongados e foram tomadas as medidas necessárias para evitar a propagação do vírus. Todos os procedimentos foram mais rápidos e eficazes do que em Hong Kong. Ho Iat Seng parece estar a aproveitar da melhor maneira os seus muitos anos de experiência e os contactos que estabeleceu como membro do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional da China. Conseguiu convidar o chefe do grupo de especialistas da Comissão Nacional de Higiene e Saúde, e membro da Academia Chinesa de Engenharia, Zhong Nanshan, para vir a Macau como conselheiro, e tem mantido uma comunicação próxima, garantindo a coordenação com o Governo Central e com o Governo do Povo da Província de Guangdong. Até agora, não existe pânico em Macau e as pessoas em geral estão satisfeitas com a forma como o Governo está a responder a esta crise. Não há dúvidas que Ho Iat Seng passou neste primeiro teste de fogo.

Passar o primeiro teste é um bom princípio. A próxima prova para Ho Iat Seng virá quando tiver que lidar com as consequências desta epidemia, como o declínio das receitas do jogo, os impactos negativos no turismo e no comércio, devido à drástica redução do número dos turistas provenientes da China que visitam Macau em regime de “Visto Individual”. Como revigorar a economia de Macau e a sua dependência de um sector único (o jogo) vai ser a próxima difícil prova que Ho Iat Seng terá de enfrentar.

4 Fev 2020

Casinos | Angela Leong elogia obrigatoriedade do uso de máscara

[dropcap]A[/dropcap] deputada Angela Leong, que é igualmente membro da direcção da concessionária Sociedade de Jogos de Macau, elogiou a decisão do Executivo de obrigar os jogadores e trabalhadores dos casinos a usarem máscara.

“É uma medida que não só permite proteger melhor os trabalhadores do jogo da linha da frente que estão a contribuir para o desenvolvimento da economia de Macau neste momento, como também permite garantir a segurança da saúde dos jogadores”, afirmou, em comunicado, a legisladora.

A quarta mulher de Stanley Ho disse ainda acreditar que todas as seis concessionárias vão implementar de forma exemplar as recomendações do Governo para prevenir e controlar a epidemia da Pneumonia de Wuhan. “Vamos todos ganhar esta guerra de prevenção da epidemia”, diz a deputada, de acordo com o comunicado.

Outro dos assuntos abordados pela deputada foi a suspensão das aulas que diz estar a criar “grande apreensão” junto de alunos e encarregados de educação. Porém, Angela Leong desdramatiza a situação, e sublinha que o mais importante é prevenir e controlar a epidemia.

Como solução à suspensão das aulas, a membro da Assembleia Legislativa diz apoiar a corrente de opinião que considera que as escolas podem prolongar as aulas no Verão, de forma a recuperar o tempo perdido até que a Pneumonia de Wuhan esteja controlada. “Esta abordagem permite reduzir a pressão de contágio [entre os alunos e professores] numa altura crucial”, aponta.

4 Fev 2020