Epidemia | Homem doa 100 mil máscaras

[dropcap]U[/dropcap]m homem, de nome Zhang Zong Zhen, resolveu doar 100 mil máscaras cirúrgicas ao Governo. De acordo com um comunicado ontem emitido, a doação vai permitir “apoiar os trabalhos de prevenção e combate à epidemia causada pelo novo tipo de coronavírus, nomeadamente no âmbito da redução do risco de transmissão do vírus”.
De frisar que, esta terça-feira, o Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, garantiu que Portugal não tinha mais máscaras em stock para fornecer a Macau e reconheceu as dificuldades na compra de mais material deste tipo.
Ainda assim, Ho Iat Seng disse que a China pode sempre apoiar a RAEM nesta matéria.  “O Governo da RAEM agradece ao cidadão de Macau Zhang Zong Zhen a sua gentil doação, que permite ajudar na prevenção e combate à epidemia. O Governo da RAEM promete ainda continuar com os seus esforços incessantes para, em conjunto com todos os sectores da sociedade, conseguir controlar a epidemia de forma efectiva, no sentido de vencer finalmente a luta contra o coronavírus”, conclui o comunicado.

6 Fev 2020

Ambiente| Activista alerta para perigos das máscaras descartadas nas ruas 

Annie Lao, activista ambiental, deixou ontem um alerta sobre os perigos que representam as várias máscaras que são deixadas nos caixotes do lixo e nas ruas. A jovem defende que o Governo, apesar de estar a fazer um bom trabalho no combate ao coronavírus, deveria assegurar a recolha segura das máscaras depois de usadas

 

[dropcap]U[/dropcap]ma activista ambiental alertou ontem para a ameaça pública que representam as máscaras descartadas nas ruas, que o Governo determinou de uso obrigatório nos transportes públicos para evitar a transmissão do novo coronavírus.

“Vi máscaras a serem descartadas irresponsavelmente na rua”, disse à Lusa Annie Lao, um dia depois de o Governo ter anunciado o décimo caso de infecção no território.

O Governo adquiriu ao todo 20 milhões de máscaras, algumas compradas a Portugal, que estão a chegar em vários carregamentos, e a serem distribuídas por farmácias convencionadas, associações e outros espaços definidos pelas autoridades. Cada residente, mediante apresentação da identificação, recebe dez máscaras para igual número de dias. Mais de 2,9 milhões de máscaras já foram vendidas.

“O Governo está a fazer um bom trabalho no fornecimento de máscaras aos residentes”, frisou.
O problema agora é as autoridades não estarem a garantir que “as pessoas as descartem de forma responsável e segura”, indicou a activista. “Caso contrário, essas máscaras usadas representam simplesmente uma ameaça que pode espalhar germes ou vírus ao público”, criticou.

Ajuda de fora

Os receios de Annie Lao surgem numa altura em que o fornecimento de máscaras ao território está assegurado, apesar de o Chefe do Executivo de Macau, Ho Iat Seng, ter adiantado que Portugal já não tem mais stock disponível deste tipo de materiais. “Macau tem dinheiro”, mas tem sido difícil arranjar máscaras no mercado, disse o governante.

O líder do Governo de Macau indicou que o território adquiriu máscaras em países como Estados Unidos e Portugal, mas, por causa do surto do coronavírus e da grande quantidade deste equipamento médico utilizada na China, está a encontrar “dificuldade em arranjar mais máscaras no mercado externo”.

“Neste momento, Portugal já não tem mais máscaras”, afirmou o responsável, que conta dez casos confirmados de infeção pelo coronavírus. “Se forem necessárias mais máscaras, o Estado [chinês] vai ajudar”, afirmou Ho Iat Seng.

Mais de 2,9 milhões de máscaras foram vendidas, desde o anúncio do primeiro caso de infecção em Macau, há duas semanas. Ao todo foram compradas 20 milhões que estão a chegar em vários carregamentos, e a serem distribuídas por farmácias convencionadas, associações e outros espaços definidos pelas autoridades. Cada residente, mediante apresentação da identificação, recebe dez máscaras para igual número de dias.

6 Fev 2020

Ambiente| Activista alerta para perigos das máscaras descartadas nas ruas 

Annie Lao, activista ambiental, deixou ontem um alerta sobre os perigos que representam as várias máscaras que são deixadas nos caixotes do lixo e nas ruas. A jovem defende que o Governo, apesar de estar a fazer um bom trabalho no combate ao coronavírus, deveria assegurar a recolha segura das máscaras depois de usadas

 
[dropcap]U[/dropcap]ma activista ambiental alertou ontem para a ameaça pública que representam as máscaras descartadas nas ruas, que o Governo determinou de uso obrigatório nos transportes públicos para evitar a transmissão do novo coronavírus.
“Vi máscaras a serem descartadas irresponsavelmente na rua”, disse à Lusa Annie Lao, um dia depois de o Governo ter anunciado o décimo caso de infecção no território.
O Governo adquiriu ao todo 20 milhões de máscaras, algumas compradas a Portugal, que estão a chegar em vários carregamentos, e a serem distribuídas por farmácias convencionadas, associações e outros espaços definidos pelas autoridades. Cada residente, mediante apresentação da identificação, recebe dez máscaras para igual número de dias. Mais de 2,9 milhões de máscaras já foram vendidas.
“O Governo está a fazer um bom trabalho no fornecimento de máscaras aos residentes”, frisou.
O problema agora é as autoridades não estarem a garantir que “as pessoas as descartem de forma responsável e segura”, indicou a activista. “Caso contrário, essas máscaras usadas representam simplesmente uma ameaça que pode espalhar germes ou vírus ao público”, criticou.

Ajuda de fora

Os receios de Annie Lao surgem numa altura em que o fornecimento de máscaras ao território está assegurado, apesar de o Chefe do Executivo de Macau, Ho Iat Seng, ter adiantado que Portugal já não tem mais stock disponível deste tipo de materiais. “Macau tem dinheiro”, mas tem sido difícil arranjar máscaras no mercado, disse o governante.
O líder do Governo de Macau indicou que o território adquiriu máscaras em países como Estados Unidos e Portugal, mas, por causa do surto do coronavírus e da grande quantidade deste equipamento médico utilizada na China, está a encontrar “dificuldade em arranjar mais máscaras no mercado externo”.
“Neste momento, Portugal já não tem mais máscaras”, afirmou o responsável, que conta dez casos confirmados de infeção pelo coronavírus. “Se forem necessárias mais máscaras, o Estado [chinês] vai ajudar”, afirmou Ho Iat Seng.
Mais de 2,9 milhões de máscaras foram vendidas, desde o anúncio do primeiro caso de infecção em Macau, há duas semanas. Ao todo foram compradas 20 milhões que estão a chegar em vários carregamentos, e a serem distribuídas por farmácias convencionadas, associações e outros espaços definidos pelas autoridades. Cada residente, mediante apresentação da identificação, recebe dez máscaras para igual número de dias.

6 Fev 2020

Japão | Dois residentes de Macau no cruzeiro com dez infectados

Dois idosos residentes de Macau encontram-se em observação, após os Serviços de Saúde (SS) terem anunciado que fazem parte dos 3.711 passageiros que estão de quarentena no Japão, a bordo do “Diamond Princess”. Até ao momento, não há residentes contaminados fora de Macau

 
[dropcap]O[/dropcap]s SS anunciaram ontem que dois residentes de Macau estão a bordo de um navio cruzeiro com dez passageiros contaminados com o novo tipo de coronavírus. Os dois residentes, um homem na casa dos 80 anos e uma mulher na casa dos 60, não estão infectados e encontram-se agora em observação, anunciou Lam Chong, Chefe do Centro de Prevenção e Controlo de Doença, por ocasião da conferência de imprensa diária dos Serviços de Saúde, sobre o novo coronavírus.
“As autoridades japonesas notificaram-nos hoje [ontem] sobre a situação de dois residentes de Macau que estão no cruzeiro. “Os residentes de Macau são titulares do passaporte da RAEM e estão em observação médica. Essas duas pessoas não foram infectadas com o novo tipo de coronavírus, mas precisam de 14 dias de observação clínica”, referiu Lam Chong. Recorde-se que as autoridades japonesas decidiram colocar sob quarentena o navio “Diamond Princess”, que chegou à baía de Yokohama, perto de Tóquio, na passada segunda-feira, com 3.711 passageiros a bordo.
Questionado pelos jornalistas, Lam Chong confirmou também que, até momento, não existe qualquer caso que aponte para que existam residentes contaminados fora de Macau. “Estamos em comunicação estreita, tanto com outros países, como com a [Organização Mundial de Saúde] OMS e o Interior da China, e até agora não temos nenhuma confirmação acerca de casos registados fora de Macau”, esclareceu.
Durante a conferência de imprensa, os SS deram também a conhecer mais medidas de prevenção do novo tipo de coronavírus, que apontam para a sensibilização da população. Assim, após uma reunião entre departamentos do Governo, ficou decidido que, a partir de hoje, iriam circular pelas ruas de Macau, automóveis equipados com altifalantes, panfletos e mensagens em ecrãs.
“Para reforçar ainda mais o trabalho de divulgação do Coronavírus, o IC, a DSEJ e outros departamentos governamentais reuniram-se a fim de tomar algumas medidas para combater o coronavírus. Esses trabalhos de divulgação incluem (…) panfletos e notícias em ecrãs. Também vamos disponibilizar veículos do Governo para circular nas ruas de Macau para lançar apelos à população para ficar em casa (…) e evitar lugares com uma grande concentração de pessoas”, sublinhou Lam Chong.

Quarentena descartada

O Governo de Macau não vai seguir, para já, a medida que impõe um período de quarentena a todos visitantes oriundos do Interior da China, anunciada ontem pela Chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam. Confrontado com o facto, Lam Chong sublinhou apenas que é aconselhável, a quem entra no território vindo da China, que permaneça em casa e que, a seu tempo, o Governo irá anunciar novas medidas, se necessário.
“A todos os que estiveram em Hubei, residentes ou não de Macau, pedimos que fiquem em isolamento. Quanto a pessoas que estiveram no Interior da China, pedimos que façam uma gestão de saúde apropriada e que se isolem em casa durante 14 dias. Se tivermos novas medidas iremos divulgar atempadamente”, apontou o Chefe do Centro de Prevenção e Controlo de Doença.
À excepção dos residentes de Hubei, que são obrigados a apresentar um atestado médico que comprove que não são portadores da doença, na RAEM permanecem assim inalteradas as medidas aplicadas aos visitantes provenientes do Interior da China.
Segundo a medida que entrará em vigor em Hong Kong, já a partir do próximo sábado, os visitantes que entrarem no território a partir do continente vão ser obrigados a um período de 14 dias de quarentena. “A medida é difícil. Mas após este anúncio (…) acredito que o número de chegadas diminuirá”, disse ontem Carrie Lam, de acordo com informações da agência Lusa.

Mais de 40 residentes de Hubei por localizar

Dos 100 residentes provenientes da província de Hubei que se encontram em Macau, há ainda 42 por localizar. A informação foi avançada ontem por Chio Song Un, responsável do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) que confirmou também que a maioria dos residentes identificados se encontra na Pousada Marina Infante ou no Centro do Alto de Coloane. Quanto aos residentes de Macau que se encontram em Hubei, existem ainda 86 cidadãos do território naquela província, de acordo com informações avançadas por Inês Chan, responsável dos Serviços de Turismo. Segundo Inês Chan, além de Hubei, existem cidadãos de Macau que estão a ter dificuldades para regressar ao território a partir da China e um, dos EUA.

Clínicas privadas devem fechar

Lei Wai Seng, membro da direcção do Centro Hospitalar Conde de São Januário, lançou um apelo especificamente destinado às clínicas privadas que operam em edifícios residenciais para que encerrem, como forma de minimizar eventuais riscos de contaminação do novo tipo de coronavírus.”Recomendamos o encerramento tanto a clínicas privadas como empresas, porque muitas estão situadas em áreas de residentes dos edifícios e isto também contribui para o maior risco de propagação. Apelamos às clínicas que, se não tiverem as condições apropriadas, que encerrem o seu funcionamento durante este período”, sublinhou Lei Wai Seng por ocasião da conferência de imprensa diária dos Serviços de Saúde (SS).
Questionado sobre uma eventual sobrecarga dos SS por via do encerramento dos privados, o responsável argumentou que irá ser feito reforço de pessoal se necessário e que estão a ser tomadas medidas como melhorar o sistema de triagem ou instalar tendas de campanha fora das urgências do Hospital de Kiang Wu.

6 Fev 2020

Japão | Dois residentes de Macau no cruzeiro com dez infectados

Dois idosos residentes de Macau encontram-se em observação, após os Serviços de Saúde (SS) terem anunciado que fazem parte dos 3.711 passageiros que estão de quarentena no Japão, a bordo do “Diamond Princess”. Até ao momento, não há residentes contaminados fora de Macau

 

[dropcap]O[/dropcap]s SS anunciaram ontem que dois residentes de Macau estão a bordo de um navio cruzeiro com dez passageiros contaminados com o novo tipo de coronavírus. Os dois residentes, um homem na casa dos 80 anos e uma mulher na casa dos 60, não estão infectados e encontram-se agora em observação, anunciou Lam Chong, Chefe do Centro de Prevenção e Controlo de Doença, por ocasião da conferência de imprensa diária dos Serviços de Saúde, sobre o novo coronavírus.

“As autoridades japonesas notificaram-nos hoje [ontem] sobre a situação de dois residentes de Macau que estão no cruzeiro. “Os residentes de Macau são titulares do passaporte da RAEM e estão em observação médica. Essas duas pessoas não foram infectadas com o novo tipo de coronavírus, mas precisam de 14 dias de observação clínica”, referiu Lam Chong. Recorde-se que as autoridades japonesas decidiram colocar sob quarentena o navio “Diamond Princess”, que chegou à baía de Yokohama, perto de Tóquio, na passada segunda-feira, com 3.711 passageiros a bordo.

Questionado pelos jornalistas, Lam Chong confirmou também que, até momento, não existe qualquer caso que aponte para que existam residentes contaminados fora de Macau. “Estamos em comunicação estreita, tanto com outros países, como com a [Organização Mundial de Saúde] OMS e o Interior da China, e até agora não temos nenhuma confirmação acerca de casos registados fora de Macau”, esclareceu.

Durante a conferência de imprensa, os SS deram também a conhecer mais medidas de prevenção do novo tipo de coronavírus, que apontam para a sensibilização da população. Assim, após uma reunião entre departamentos do Governo, ficou decidido que, a partir de hoje, iriam circular pelas ruas de Macau, automóveis equipados com altifalantes, panfletos e mensagens em ecrãs.

“Para reforçar ainda mais o trabalho de divulgação do Coronavírus, o IC, a DSEJ e outros departamentos governamentais reuniram-se a fim de tomar algumas medidas para combater o coronavírus. Esses trabalhos de divulgação incluem (…) panfletos e notícias em ecrãs. Também vamos disponibilizar veículos do Governo para circular nas ruas de Macau para lançar apelos à população para ficar em casa (…) e evitar lugares com uma grande concentração de pessoas”, sublinhou Lam Chong.

Quarentena descartada

O Governo de Macau não vai seguir, para já, a medida que impõe um período de quarentena a todos visitantes oriundos do Interior da China, anunciada ontem pela Chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam. Confrontado com o facto, Lam Chong sublinhou apenas que é aconselhável, a quem entra no território vindo da China, que permaneça em casa e que, a seu tempo, o Governo irá anunciar novas medidas, se necessário.

“A todos os que estiveram em Hubei, residentes ou não de Macau, pedimos que fiquem em isolamento. Quanto a pessoas que estiveram no Interior da China, pedimos que façam uma gestão de saúde apropriada e que se isolem em casa durante 14 dias. Se tivermos novas medidas iremos divulgar atempadamente”, apontou o Chefe do Centro de Prevenção e Controlo de Doença.

À excepção dos residentes de Hubei, que são obrigados a apresentar um atestado médico que comprove que não são portadores da doença, na RAEM permanecem assim inalteradas as medidas aplicadas aos visitantes provenientes do Interior da China.

Segundo a medida que entrará em vigor em Hong Kong, já a partir do próximo sábado, os visitantes que entrarem no território a partir do continente vão ser obrigados a um período de 14 dias de quarentena. “A medida é difícil. Mas após este anúncio (…) acredito que o número de chegadas diminuirá”, disse ontem Carrie Lam, de acordo com informações da agência Lusa.

Mais de 40 residentes de Hubei por localizar

Dos 100 residentes provenientes da província de Hubei que se encontram em Macau, há ainda 42 por localizar. A informação foi avançada ontem por Chio Song Un, responsável do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) que confirmou também que a maioria dos residentes identificados se encontra na Pousada Marina Infante ou no Centro do Alto de Coloane. Quanto aos residentes de Macau que se encontram em Hubei, existem ainda 86 cidadãos do território naquela província, de acordo com informações avançadas por Inês Chan, responsável dos Serviços de Turismo. Segundo Inês Chan, além de Hubei, existem cidadãos de Macau que estão a ter dificuldades para regressar ao território a partir da China e um, dos EUA.

Clínicas privadas devem fechar

Lei Wai Seng, membro da direcção do Centro Hospitalar Conde de São Januário, lançou um apelo especificamente destinado às clínicas privadas que operam em edifícios residenciais para que encerrem, como forma de minimizar eventuais riscos de contaminação do novo tipo de coronavírus.”Recomendamos o encerramento tanto a clínicas privadas como empresas, porque muitas estão situadas em áreas de residentes dos edifícios e isto também contribui para o maior risco de propagação. Apelamos às clínicas que, se não tiverem as condições apropriadas, que encerrem o seu funcionamento durante este período”, sublinhou Lei Wai Seng por ocasião da conferência de imprensa diária dos Serviços de Saúde (SS).

Questionado sobre uma eventual sobrecarga dos SS por via do encerramento dos privados, o responsável argumentou que irá ser feito reforço de pessoal se necessário e que estão a ser tomadas medidas como melhorar o sistema de triagem ou instalar tendas de campanha fora das urgências do Hospital de Kiang Wu.

6 Fev 2020

Epidemia | Ho Iat Seng escreve carta aberta onde pede preparação para "fase dura e difícil"

[dropcap]O[/dropcap] Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, pede à população, e aos funcionários públicos, em particular, que se preparem para a “fase mais dura e difícil” do controlo da epidemia de Wuhan. A mensagem foi deixada ontem numa carta aberta publicada durante a tarde, e reforça a mensagem deixada na terça-feira, em que Ho Iat Seng agradeceu à população.
“Os trabalhos de prevenção e combate à epidemia em Macau entram agora numa fase ainda mais dura e difícil. Espero sinceramente que todos os funcionários públicos, incluindo os profissionais de saúde das instituições médicas públicas e privadas e os agentes da linha da frente das Forças e Serviços de Segurança, continuem a esforçar-se, em conjunto com todos os sectores da sociedade, na luta contra a epidemia”, apelou Ho Iat Seng.
Por outro lado, o Chefe do Executivo pediu aos funcionários para que protejam “com todas as suas forças a vida e a saúde da população de Macau” e que garantam “a segurança e a ordem na cidade”. O objectivo passa por fazer com que “o funcionamento da sociedade e a vida quotidiana da população regressem à normalidade com a maior brevidade possível”.
Ainda em relação à fase que o território atravessa, Ho Iat Seng considerou que a “pneumonia viral causada pelo novo tipo de coronavírus” deixa a “saúde da população e a ordem e segurança públicas a braços com ameaças extremamente graves”.

6 Fev 2020

Epidemia | Ho Iat Seng escreve carta aberta onde pede preparação para “fase dura e difícil”

[dropcap]O[/dropcap] Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, pede à população, e aos funcionários públicos, em particular, que se preparem para a “fase mais dura e difícil” do controlo da epidemia de Wuhan. A mensagem foi deixada ontem numa carta aberta publicada durante a tarde, e reforça a mensagem deixada na terça-feira, em que Ho Iat Seng agradeceu à população.

“Os trabalhos de prevenção e combate à epidemia em Macau entram agora numa fase ainda mais dura e difícil. Espero sinceramente que todos os funcionários públicos, incluindo os profissionais de saúde das instituições médicas públicas e privadas e os agentes da linha da frente das Forças e Serviços de Segurança, continuem a esforçar-se, em conjunto com todos os sectores da sociedade, na luta contra a epidemia”, apelou Ho Iat Seng.

Por outro lado, o Chefe do Executivo pediu aos funcionários para que protejam “com todas as suas forças a vida e a saúde da população de Macau” e que garantam “a segurança e a ordem na cidade”. O objectivo passa por fazer com que “o funcionamento da sociedade e a vida quotidiana da população regressem à normalidade com a maior brevidade possível”.

Ainda em relação à fase que o território atravessa, Ho Iat Seng considerou que a “pneumonia viral causada pelo novo tipo de coronavírus” deixa a “saúde da população e a ordem e segurança públicas a braços com ameaças extremamente graves”.

6 Fev 2020

Ho Iat Seng | Popularidade em alta devido a resposta à epidemia

Elogios na rua, “likes” nas redes sociais, deputados a aproveitarem-se da sua imagem, e o “bom exemplo” para a comunicação social de Hong Kong. São estas as consequências para a imagem do Chefe do Executivo devido ao trabalho das últimas semanas

 
[dropcap]E[/dropcap]m funções há pouco mais de um mês, Ho Iat Seng já convenceu a população pela forma como tem lidado com a epidemia do coronavírus de Wuhan. Medidas como a distribuição de máscaras à população, o aperto no controlo das entradas de pessoas do Interior da China e a dispensa dos funcionários públicos, a quem se pede que fiquem em casa, já haviam merecidos elogios, mesmo do lado de Hong Kong. No entanto, o encerramento dos casinos fez disparar a popularidade de Ho.
Além do reconhecimento que o Chefe do Executivo tem amealhado nas redes sociais, também vários deputados aproveitam para “navegar a onda” da popularidade de Ho Iat Seng e lançam avisos para a população com a imagem do líder do Governo. Este é um fenómeno muito diferente em relação ao anterior Chefe do Executivo, Chui Sai On, que apesar do apoio quase incondicional por parte dos deputados tradicionais, era muitas vezes tido como “tóxico”, principalmente depois da passagem do Tufão Hato, em que morreram 10 pessoas.
Segundo Eilo Yu, analista político e professor de Administração Pública na Universidade de Macau, Ho Iat Seng tem convencido a população porque o Governo conseguiu passar a mensagem de que a prioridade passa pelo bem-estar e segurança de todos.
“As políticas do Governo de Ho Iat Seng parecem ter assumido muito claramente que a prioridade é o bem-estar da população e essa mensagem parece ter passado muito bem”, considerou Eilo Yu. “As pessoas acreditam que o Governo está a trabalhar para a população, mesmo que a economia tenha de sofrer, como se viu com o encerramento dos casinos. As pessoas estão convencidas”, acrescentou.
O professor da UM recusa ainda a ideia de que os elogios a Ho Iat Seng se fiquem apenas a dever ao período de “lua-de-mel”. Porém, reconhece que esta realidade possa sempre pesar. “Não considero que estes elogios se fiquem apenas a dever à lua-de-mel política de um novo Governo. Acho que há uma avaliação positiva genuína”, indicou. Mesmo assim, reconhece que a falta de lastro facilita a avaliação: “Claro que o facto de não haver um historial e um lastro acumulado dos anos anteriores faz com que a sua avaliação apenas tenha em conta a resposta a esta epidemia. Como a resposta às políticas é positiva, a população sente-se feliz e a sua popularidade cresce”, reconheceu.

A “ajuda” de Carrie Lam

Mas o mérito de Ho Iat Seng tem tido uma grande “ajuda” na forma como Carrie Lam, líder do Governo de Hong Kong, tem lidado com a situação. Esta é a visão de Camões Tam, académico especializado na área dos Média, que considera que o líder do Executivo de Macau se tem limitado a responder de forma sensata à crise epidémica.
“A minha opinião não é que a prestação de Ho Iat Seng esteja a ser excelente. Só que ele está a ser comparado com Carrie Lam, que tem tido uma prestação de resposta à crise terrível”, afirmou Camões Tam, ao HM. “As autoridades de Macau limitam-se a fazer aquilo que tem de ser feito, tomam medidas sensatas. O problema é que em Hong Kong os governantes nem conseguem perceber bem o que se está a passar no Interior”, acrescentou.
Em relação a este desempenho, o académico sustentou que os governantes de Macau estão mais bem preparados para lidarem com o Interior, por motivos históricos e culturais. “Em Macau a maior parte dos governantes tem ligações muito fortes com o Interior, nasceu, estudou ou viveu lá por alguns anos. Por isso, entendem bem melhor o que é o Interior e percebem a dimensão dos acontecimentos, mesmo que tenham de recorrer a canais informais”, justificou.
Por contraste, os dirigentes da RAEHK estão mais afastados e tendem a manter essa distância, o que tem prejudicado a resposta do Executivo de Carrie Lam: “Em Hong Kong os governantes não têm ideia do que se passa no Interior, porque durante a administração britânica a tendência foi para afastar ao máximo as ligações”, começou por defender Camões Tam. “Há também em Hong Kong uma postura de orgulho, de uma classe política que se acha sempre muito elegante e que se considera melhor do que os outros chineses da Grande China, dos chineses de Macau, Taiwan ou do Interior. Isto faz com que se fechem muito e não saibam ouvir os outros, mesmo que pudessem beneficiar das opiniões”, complementou.

Margem de erro reduzida

Não é só na comparação com Carrie Lam que o actual Chefe do Executivo de Macau fica a ganhar. Também em relação a Chui Sai On, Ho Iat Seng é mais comunicativo, mais activo e carismático.
“Ao longo deste período o Governo de Ho tem-se apresentado como mais pró-activo do que reactivo. Ele não tem medo de vir a público e dizer o que o Executivo já fez e vai fazer, como aconteceu ontem [na terça-feira], quando anunciou o encerramento dos casinos”, disse Eilo Yu. “Ho Iat Seng está aos poucos a construir e a apresentar o seu carisma. Não é um estilo semelhante ao de Edmundo Ho, que era uma pessoa muito carismática. Mas está a dar-se a conhecer à população como uma pessoa que aparece nos momentos mais difíceis, o que é um corte com Fernando Chui Sai On, tido como uma pessoa invisível”, justificou.
Se o cenário está de feição para Ho Iat Seng nesta altura, nada impede que as coisas mudem com um erro. Por isso, Eilo Yu considera que o Chefe do Executivo vai continuar sobre grande pressão na resposta à epidemia, apesar da popularidade. “Nunca sabemos o que vai acontecer no futuro. E caso haja um erro humano grosseiro na forma como se lida com esta situação tudo pode ficar em causa”, alertou.

Apple Daily | O “bom exemplo”

A declaração de Ho Iat Seng em que admitiu que as máscaras em Portugal estavam esgotadas chegou à manchete de ontem do Apple Daily, o jornal mais vendido em Hong Kong e fortemente pró-democrata. O exemplo do Chefe do Executivo de Macau contrasta com as declarações de Carrie Lam, quando afirmou que os funcionários públicos tinham de remover as máscaras no serviço, para poupar, uma vez que o Governo não tinha sido capaz de adquirir estes produtos em número suficiente.
“Ho Iat Seng surge nessa capa para mostrar que um Governo que está interessado em proteger a população tem de dar o exemplo e usar uma máscara”, considerou Eilo Yu, sobre a escolha editorial da publicação com uma posição anti-Governo Central. “A capa recorda que Macau conseguiu garantir as máscaras e Carrie Lam não. É um elogio, mas serve principalmente para mostrar a incapacidade da Chefe do Executivo de Hong Kong”, completou.

6 Fev 2020

Ho Iat Seng | Popularidade em alta devido a resposta à epidemia

Elogios na rua, “likes” nas redes sociais, deputados a aproveitarem-se da sua imagem, e o “bom exemplo” para a comunicação social de Hong Kong. São estas as consequências para a imagem do Chefe do Executivo devido ao trabalho das últimas semanas

 

[dropcap]E[/dropcap]m funções há pouco mais de um mês, Ho Iat Seng já convenceu a população pela forma como tem lidado com a epidemia do coronavírus de Wuhan. Medidas como a distribuição de máscaras à população, o aperto no controlo das entradas de pessoas do Interior da China e a dispensa dos funcionários públicos, a quem se pede que fiquem em casa, já haviam merecidos elogios, mesmo do lado de Hong Kong. No entanto, o encerramento dos casinos fez disparar a popularidade de Ho.

Além do reconhecimento que o Chefe do Executivo tem amealhado nas redes sociais, também vários deputados aproveitam para “navegar a onda” da popularidade de Ho Iat Seng e lançam avisos para a população com a imagem do líder do Governo. Este é um fenómeno muito diferente em relação ao anterior Chefe do Executivo, Chui Sai On, que apesar do apoio quase incondicional por parte dos deputados tradicionais, era muitas vezes tido como “tóxico”, principalmente depois da passagem do Tufão Hato, em que morreram 10 pessoas.

Segundo Eilo Yu, analista político e professor de Administração Pública na Universidade de Macau, Ho Iat Seng tem convencido a população porque o Governo conseguiu passar a mensagem de que a prioridade passa pelo bem-estar e segurança de todos.

“As políticas do Governo de Ho Iat Seng parecem ter assumido muito claramente que a prioridade é o bem-estar da população e essa mensagem parece ter passado muito bem”, considerou Eilo Yu. “As pessoas acreditam que o Governo está a trabalhar para a população, mesmo que a economia tenha de sofrer, como se viu com o encerramento dos casinos. As pessoas estão convencidas”, acrescentou.

O professor da UM recusa ainda a ideia de que os elogios a Ho Iat Seng se fiquem apenas a dever ao período de “lua-de-mel”. Porém, reconhece que esta realidade possa sempre pesar. “Não considero que estes elogios se fiquem apenas a dever à lua-de-mel política de um novo Governo. Acho que há uma avaliação positiva genuína”, indicou. Mesmo assim, reconhece que a falta de lastro facilita a avaliação: “Claro que o facto de não haver um historial e um lastro acumulado dos anos anteriores faz com que a sua avaliação apenas tenha em conta a resposta a esta epidemia. Como a resposta às políticas é positiva, a população sente-se feliz e a sua popularidade cresce”, reconheceu.

A “ajuda” de Carrie Lam

Mas o mérito de Ho Iat Seng tem tido uma grande “ajuda” na forma como Carrie Lam, líder do Governo de Hong Kong, tem lidado com a situação. Esta é a visão de Camões Tam, académico especializado na área dos Média, que considera que o líder do Executivo de Macau se tem limitado a responder de forma sensata à crise epidémica.

“A minha opinião não é que a prestação de Ho Iat Seng esteja a ser excelente. Só que ele está a ser comparado com Carrie Lam, que tem tido uma prestação de resposta à crise terrível”, afirmou Camões Tam, ao HM. “As autoridades de Macau limitam-se a fazer aquilo que tem de ser feito, tomam medidas sensatas. O problema é que em Hong Kong os governantes nem conseguem perceber bem o que se está a passar no Interior”, acrescentou.

Em relação a este desempenho, o académico sustentou que os governantes de Macau estão mais bem preparados para lidarem com o Interior, por motivos históricos e culturais. “Em Macau a maior parte dos governantes tem ligações muito fortes com o Interior, nasceu, estudou ou viveu lá por alguns anos. Por isso, entendem bem melhor o que é o Interior e percebem a dimensão dos acontecimentos, mesmo que tenham de recorrer a canais informais”, justificou.

Por contraste, os dirigentes da RAEHK estão mais afastados e tendem a manter essa distância, o que tem prejudicado a resposta do Executivo de Carrie Lam: “Em Hong Kong os governantes não têm ideia do que se passa no Interior, porque durante a administração britânica a tendência foi para afastar ao máximo as ligações”, começou por defender Camões Tam. “Há também em Hong Kong uma postura de orgulho, de uma classe política que se acha sempre muito elegante e que se considera melhor do que os outros chineses da Grande China, dos chineses de Macau, Taiwan ou do Interior. Isto faz com que se fechem muito e não saibam ouvir os outros, mesmo que pudessem beneficiar das opiniões”, complementou.

Margem de erro reduzida

Não é só na comparação com Carrie Lam que o actual Chefe do Executivo de Macau fica a ganhar. Também em relação a Chui Sai On, Ho Iat Seng é mais comunicativo, mais activo e carismático.

“Ao longo deste período o Governo de Ho tem-se apresentado como mais pró-activo do que reactivo. Ele não tem medo de vir a público e dizer o que o Executivo já fez e vai fazer, como aconteceu ontem [na terça-feira], quando anunciou o encerramento dos casinos”, disse Eilo Yu. “Ho Iat Seng está aos poucos a construir e a apresentar o seu carisma. Não é um estilo semelhante ao de Edmundo Ho, que era uma pessoa muito carismática. Mas está a dar-se a conhecer à população como uma pessoa que aparece nos momentos mais difíceis, o que é um corte com Fernando Chui Sai On, tido como uma pessoa invisível”, justificou.

Se o cenário está de feição para Ho Iat Seng nesta altura, nada impede que as coisas mudem com um erro. Por isso, Eilo Yu considera que o Chefe do Executivo vai continuar sobre grande pressão na resposta à epidemia, apesar da popularidade. “Nunca sabemos o que vai acontecer no futuro. E caso haja um erro humano grosseiro na forma como se lida com esta situação tudo pode ficar em causa”, alertou.

Apple Daily | O “bom exemplo”

A declaração de Ho Iat Seng em que admitiu que as máscaras em Portugal estavam esgotadas chegou à manchete de ontem do Apple Daily, o jornal mais vendido em Hong Kong e fortemente pró-democrata. O exemplo do Chefe do Executivo de Macau contrasta com as declarações de Carrie Lam, quando afirmou que os funcionários públicos tinham de remover as máscaras no serviço, para poupar, uma vez que o Governo não tinha sido capaz de adquirir estes produtos em número suficiente.

“Ho Iat Seng surge nessa capa para mostrar que um Governo que está interessado em proteger a população tem de dar o exemplo e usar uma máscara”, considerou Eilo Yu, sobre a escolha editorial da publicação com uma posição anti-Governo Central. “A capa recorda que Macau conseguiu garantir as máscaras e Carrie Lam não. É um elogio, mas serve principalmente para mostrar a incapacidade da Chefe do Executivo de Hong Kong”, completou.

6 Fev 2020

Portugal | Análises aos dois novos casos suspeitos deram negativo

[dropcap]A[/dropcap]s análises aos dois novos casos suspeitos de infeção pelo novo coronavírus (2019-nCov) em Portugal deram negativo, informou hoje a Direcção-Geral da Saúde (DGS). Na nota, a DGS lembra que estes dois casos suspeitos tinham sido encaminhados na terça-feira para o Hospital Curry Cabral, em Lisboa.
Estes dois casos, que elevam para quatro o número de casos suspeitos em Portugal, são dois homens portugueses com 40 e 44 anos, residentes na zona da Grande Lisboa. Um deles era contacto do grupo de cidadãos alemães contagiados no decurso de uma formação na Alemanha, ministrada por um funcionário da empresa que viajou da China para o efeito.
O primeiro caso de suspeita de infeção pelo novo coronavírus em Portugal foi reportado a 26 de Janeiro num homem regressado da China e que esteve sob observação no Hospital Curry Cabral, por suspeita de infeção pelo novo coronavírus, que surgiu em dezembro passado em Wuhan. O segundo deu-se com um cidadão de nacionalidade estrangeira que deu entrada no Hospital de São João, no Porto, em 31 de Janeiro.
Na terça-feira, em conferência de imprensa, a directora-geral de saúde explicou que o cidadão português de 40 anos foi colocado em vigilância no regresso a Portugal e que foi o sistema de monitorização que permitiu a deteção precoce dos sintomas.
Vinte pessoas estão em internamento voluntário no Hospital Curry Cabral, depois de terem sido repatriadas de Wuhan (China), onde o vírus surgiu, em dezembro passado.
O novo coronavírus (2019-nCoV), que surgiu em Dezembro passado em Wuhan, capital da província de Hubei, centro da China, já provocou 490 mortos e infectou mais de 24.300 pessoas.

5 Fev 2020

Portugal | Análises aos dois novos casos suspeitos deram negativo

[dropcap]A[/dropcap]s análises aos dois novos casos suspeitos de infeção pelo novo coronavírus (2019-nCov) em Portugal deram negativo, informou hoje a Direcção-Geral da Saúde (DGS). Na nota, a DGS lembra que estes dois casos suspeitos tinham sido encaminhados na terça-feira para o Hospital Curry Cabral, em Lisboa.

Estes dois casos, que elevam para quatro o número de casos suspeitos em Portugal, são dois homens portugueses com 40 e 44 anos, residentes na zona da Grande Lisboa. Um deles era contacto do grupo de cidadãos alemães contagiados no decurso de uma formação na Alemanha, ministrada por um funcionário da empresa que viajou da China para o efeito.

O primeiro caso de suspeita de infeção pelo novo coronavírus em Portugal foi reportado a 26 de Janeiro num homem regressado da China e que esteve sob observação no Hospital Curry Cabral, por suspeita de infeção pelo novo coronavírus, que surgiu em dezembro passado em Wuhan. O segundo deu-se com um cidadão de nacionalidade estrangeira que deu entrada no Hospital de São João, no Porto, em 31 de Janeiro.

Na terça-feira, em conferência de imprensa, a directora-geral de saúde explicou que o cidadão português de 40 anos foi colocado em vigilância no regresso a Portugal e que foi o sistema de monitorização que permitiu a deteção precoce dos sintomas.

Vinte pessoas estão em internamento voluntário no Hospital Curry Cabral, depois de terem sido repatriadas de Wuhan (China), onde o vírus surgiu, em dezembro passado.

O novo coronavírus (2019-nCoV), que surgiu em Dezembro passado em Wuhan, capital da província de Hubei, centro da China, já provocou 490 mortos e infectou mais de 24.300 pessoas.

5 Fev 2020

Epidemia | Aumenta para 490 o número de vítimas mortais

[dropcap]O[/dropcap] número de mortos provocados pelo novo coronavírus (2019-nCoV) subiu hoje para 490, com 64 mortes registadas na China nas últimas 24 horas, anunciaram as autoridades de saúde de Pequim.
De acordo com as autoridades chinesas, citadas pela agência Associated Press, o número total de pessoas infectadas com o novo coronavírus, detectado em Dezembro de 2019 na cidade de Wuhan, capital da província de Hubei (centro do país), colocada, entretanto, sob quarentena, aumentou para 24.324.
Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há casos de infecção confirmados em mais de 20 países. A Organização Mundial de Saúde declarou na passada quinta-feira uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional, o que pressupõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.

5 Fev 2020

Epidemia | Aumenta para 490 o número de vítimas mortais

[dropcap]O[/dropcap] número de mortos provocados pelo novo coronavírus (2019-nCoV) subiu hoje para 490, com 64 mortes registadas na China nas últimas 24 horas, anunciaram as autoridades de saúde de Pequim.

De acordo com as autoridades chinesas, citadas pela agência Associated Press, o número total de pessoas infectadas com o novo coronavírus, detectado em Dezembro de 2019 na cidade de Wuhan, capital da província de Hubei (centro do país), colocada, entretanto, sob quarentena, aumentou para 24.324.

Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há casos de infecção confirmados em mais de 20 países. A Organização Mundial de Saúde declarou na passada quinta-feira uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional, o que pressupõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.

5 Fev 2020

Dois novos casos suspeitos detectados em Lisboa internados no hospital Curry Cabral

[dropcap]A[/dropcap] directora-geral da Saúde anunciou ontem que há dois casos suspeitos de infecção pelo novo coronavírus, tendo os doentes sido encaminhados para internamento no hospital Curry Cabral, em Lisboa.

Os casos são de dois homens portugueses com 40 e 44 anos, residentes na zona da Grande Lisboa, avançou a Graça Freitas numa conferência de impressa, na qual também esteve presente o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, e o diretor Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), Fernando Almeida.

Estes dois novos casos elevam para quatro os casos suspeitos em Portugal, sendo que os dois primeiros tiveram resultados negativos e os novos serão agora sujeitos a testes clínicos e epidemiológicos.

“Ambos os casos vão ser internados no Hospital Curry Cabral […] e vão seguir depois o protocolo analítico no INSA e obviamente as autoridades de saúde farão a deteção e eventual vigilância dos contactos destes dois doentes. Não sabemos se têm infeção pelo novo coronavírus ou por outro agente microbiológico. Vamos aguardar com serenidade o internamento e a realização dos exames”, disse Graça Freitas, que adiantou que os casos foram validados pelas autoridades nas duas horas anteriores à conferência de imprensa, que começou às 19:00.

Um dos casos validados para investigação é o de um homem que era contacto do grupo de cidadãos alemães contagiados no decurso de uma formação na Alemanha, ministrada por um funcionário da empresa que viajou da China para o efeito.

A directora-geral de saúde explicou que o cidadão português de 40 anos foi colocado em vigilância no regresso a Portugal e que foi o sistema de monitorização que permitiu a deteção precoce dos sintomas.

Para os dois casos agora em investigação devem ser conhecidos os resultados das análises clínicas nas próximas horas, adiantou Graça Freitas.

Sobre a repetição das análises ao grupo de 20 pessoas em internamento voluntário, depois do repatriamento de Wuhan, Graça Freitas referiu que esta acontecerá “em momento oportuno” e “na altura em que os especialistas considerem que é mais pertinente fazer-se de acordo com a melhor evidência que houver disponível”.

“Não será antes de 72 horas”, precisou Graça Freitas, em referência ao momento em que foram feitas as primeiras análises.

Acrescentou ainda que o caso do doente belga que viajou no mesmo avião não altera a avaliação de risco.

Sobre o grupo em quarentena, o secretário de Estado da Saúde sublinhou que “estão bem e tranquilos, assintomáticos e bem-dispostos” e que Portugal continua a não registar nenhum caso confirmado de infeção.

Sobre a reunião que hoje decorreu com 20 peritos institucionais do Conselho Nacional de Saúde, que António Sales considerou ter sido “positiva e importante”, não saíram conclusões, mas reforçou-se a “importância de se manter uma boa comunicação, evitando situações de pânico desnecessárias, mas mantendo a necessária vigilância”.

Graça Freitas deixou ainda um “apelo ao bom-senso” dos portugueses, pedindo-lhes que não discriminem cidadãos asiáticos ou provenientes de países asiáticos, lembrando que todas as pessoas podem viajar livremente, quando querem e para onde querem.

O primeiro caso de suspeita de infeção pelo novo coronavírus em Portugal foi reportado a 26 de janeiro num homem regressado da China e que esteve sob observação no Hospital Curry Cabral, por suspeita de infeção pelo novo vírus detetado naquele país e o segundo deu-se com um cidadão de nacionalidade estrangeira que deu entrada no Hospital de São João, no Porto, em 31 de Janeiro.

5 Fev 2020

Japão | Mais de 3.700 pessoas em quarentena num navio de cruzeiro

Pela segunda vez no espaço de poucos dias foi decretada quarentena no ‘Diamond Princess’. O último episódio prende-se com a confirmação de infecção pelo coronavírus num passageiro de 80 anos que desembarcou em Hong Kong no mês passado

 
[dropcap]M[/dropcap]ais de 3.700 pessoas estão em quarentena a bordo de um navio de cruzeiro perto de Tóquio, após um caso comprovado do novo coronavírus num dos passageiros que desembarcou em Hong Kong, disseram ontem as autoridades japonesas.
Oito pessoas a bordo do navio ‘Diamond Princess’, que chegou à baía de Yokohama na noite de segunda-feira, estão a apresentar sintomas como febre, disse ontem o porta-voz do Governo, Yoshihide Suga.
Os especialistas em quarentenas subiram a bordo do navio ontem para realizar testes em 2.666 passageiros e 1.045 tripulantes.
Os testes foram realizados em pessoas com sintomas do novo coronavírus, mas também de outras doenças infecciosas, como malária ou dengue, disse à AFP uma autoridade do Ministério da Saúde do Japão.
Estas medidas foram tomadas após o teste positivo para o coronavírus num passageiro de 80 anos que desembarcou em Hong Kong, a 25 de Janeiro.
“[O homem] não foi ao centro médico do navio enquanto viajava connosco”, disse a operadora de cruzeiros Carnival Japan (grupo norte-americano Carnival Corp).
“De acordo com o hospital em que está internado, a sua condição é estável e nenhuma infecção foi detectada entre os membros da sua família, que viajavam com ele”, acrescentou a empresa, segundo a qual a partida do barco deve ser adiada pelo menos 24 horas.
O Diamond Princess já havia estado em quarentena no sábado passado em Naha, na ilha de Okinawa, no sul do Japão. Mas uma segunda quarentena foi realizada após a descoberta do coronavírus no octogenário que desembarcou em Hong Kong.
O ministro da Saúde, Katsunobu Kato, disse ao parlamento que os testes de coronavírus seriam aplicados a três grupos de pessoas a bordo: pessoas com sintomas, pessoas que desembarcaram em Hong Kong e pessoas que tiveram contacto próximo com o passageiro infectado. Até que os resultados sejam obtidos, “todos a bordo (…) lá permanecerão”, disse Kato.

Linhas suspensas

O Japão apresentou 20 casos de pessoas infectadas no seu território, incluindo quatro sem sintomas, de acordo com os dados mais recentes do Ministério da Saúde divulgados na segunda-feira.
Desde sábado, o país recusou a entrada no território a estrangeiros que recentemente estiveram na província chinesa de Hubei, o epicentro da epidemia, no centro da China. Onze estrangeiros foram impedidos de entrar até ao momento.
Até agora, o Japão fretou três aviões para repatriar 565 dos seus compatriotas de Wuhan, capital de Hubei.
A companhia aérea japonesa All Nippon Airways (ANA) anunciou ontem que estenderá a suspensão da sua linha Tóquio-Wuhan por mais um mês, até 28 de Março. Ao mesmo tempo, também reduziu o número de voos para Pequim a partir de dois aeroportos internacionais em Tóquio.

5 Fev 2020

Japão | Mais de 3.700 pessoas em quarentena num navio de cruzeiro

Pela segunda vez no espaço de poucos dias foi decretada quarentena no ‘Diamond Princess’. O último episódio prende-se com a confirmação de infecção pelo coronavírus num passageiro de 80 anos que desembarcou em Hong Kong no mês passado

 

[dropcap]M[/dropcap]ais de 3.700 pessoas estão em quarentena a bordo de um navio de cruzeiro perto de Tóquio, após um caso comprovado do novo coronavírus num dos passageiros que desembarcou em Hong Kong, disseram ontem as autoridades japonesas.

Oito pessoas a bordo do navio ‘Diamond Princess’, que chegou à baía de Yokohama na noite de segunda-feira, estão a apresentar sintomas como febre, disse ontem o porta-voz do Governo, Yoshihide Suga.
Os especialistas em quarentenas subiram a bordo do navio ontem para realizar testes em 2.666 passageiros e 1.045 tripulantes.

Os testes foram realizados em pessoas com sintomas do novo coronavírus, mas também de outras doenças infecciosas, como malária ou dengue, disse à AFP uma autoridade do Ministério da Saúde do Japão.
Estas medidas foram tomadas após o teste positivo para o coronavírus num passageiro de 80 anos que desembarcou em Hong Kong, a 25 de Janeiro.

“[O homem] não foi ao centro médico do navio enquanto viajava connosco”, disse a operadora de cruzeiros Carnival Japan (grupo norte-americano Carnival Corp).

“De acordo com o hospital em que está internado, a sua condição é estável e nenhuma infecção foi detectada entre os membros da sua família, que viajavam com ele”, acrescentou a empresa, segundo a qual a partida do barco deve ser adiada pelo menos 24 horas.

O Diamond Princess já havia estado em quarentena no sábado passado em Naha, na ilha de Okinawa, no sul do Japão. Mas uma segunda quarentena foi realizada após a descoberta do coronavírus no octogenário que desembarcou em Hong Kong.

O ministro da Saúde, Katsunobu Kato, disse ao parlamento que os testes de coronavírus seriam aplicados a três grupos de pessoas a bordo: pessoas com sintomas, pessoas que desembarcaram em Hong Kong e pessoas que tiveram contacto próximo com o passageiro infectado. Até que os resultados sejam obtidos, “todos a bordo (…) lá permanecerão”, disse Kato.

Linhas suspensas

O Japão apresentou 20 casos de pessoas infectadas no seu território, incluindo quatro sem sintomas, de acordo com os dados mais recentes do Ministério da Saúde divulgados na segunda-feira.

Desde sábado, o país recusou a entrada no território a estrangeiros que recentemente estiveram na província chinesa de Hubei, o epicentro da epidemia, no centro da China. Onze estrangeiros foram impedidos de entrar até ao momento.

Até agora, o Japão fretou três aviões para repatriar 565 dos seus compatriotas de Wuhan, capital de Hubei.
A companhia aérea japonesa All Nippon Airways (ANA) anunciou ontem que estenderá a suspensão da sua linha Tóquio-Wuhan por mais um mês, até 28 de Março. Ao mesmo tempo, também reduziu o número de voos para Pequim a partir de dois aeroportos internacionais em Tóquio.

5 Fev 2020

Epidemia | Mais duas cidades com restrição de movimentos dos residentes

[dropcap]D[/dropcap]uas grandes cidades no leste da China, a várias centenas de quilómetros do epicentro do novo coronavírus, anunciaram ontem restrições ao movimento dos residentes, para tentar travar a epidemia.
Em Taizhou e em três distritos da cidade de Hangzhou, na província de Zhejiang, apenas uma pessoa por família está permitida sair de casa, a cada dois dias, para fazer compras.
“Estão a fechar bairros e a cortar alguns transportes públicos. As entradas em cada bairro estão a ser controladas, e é proibido sair dos bairros sem usar máscara”, descreveu ontem um local à agência Lusa. As medidas afectam, no total, cerca de 9 milhões de pessoas.
Em Taizhou foram ainda suspensas 95 ligações ferroviárias a partir e para a cidade. Os proprietários estão ainda proibidos de alugar os seus imóveis a pessoas oriundas de “áreas seriamente afectadas pela epidemia, nomeadamente da província de Hubei”, o epicentro da epidemia, informaram as autoridades, em comunicado.
Todos os bairros podem manter aberta apenas uma via de acesso para pedestres e cada pessoa deve apresentar um documento de identidade à entrada e à saída, segundo a mesma fonte.
Estas restrições seguem medidas semelhantes, adoptadas no domingo, na cidade de Wenzhou, com 9 milhões de pessoas, e localizada no sul da província de Zhejiang.
Zhejiang confirmou, até à data, 829 casos de pessoas infectadas com o coronavírus, o número mais alto fora da província de Hubei.

5 Fev 2020

Epidemia | Mais duas cidades com restrição de movimentos dos residentes

[dropcap]D[/dropcap]uas grandes cidades no leste da China, a várias centenas de quilómetros do epicentro do novo coronavírus, anunciaram ontem restrições ao movimento dos residentes, para tentar travar a epidemia.

Em Taizhou e em três distritos da cidade de Hangzhou, na província de Zhejiang, apenas uma pessoa por família está permitida sair de casa, a cada dois dias, para fazer compras.

“Estão a fechar bairros e a cortar alguns transportes públicos. As entradas em cada bairro estão a ser controladas, e é proibido sair dos bairros sem usar máscara”, descreveu ontem um local à agência Lusa. As medidas afectam, no total, cerca de 9 milhões de pessoas.

Em Taizhou foram ainda suspensas 95 ligações ferroviárias a partir e para a cidade. Os proprietários estão ainda proibidos de alugar os seus imóveis a pessoas oriundas de “áreas seriamente afectadas pela epidemia, nomeadamente da província de Hubei”, o epicentro da epidemia, informaram as autoridades, em comunicado.

Todos os bairros podem manter aberta apenas uma via de acesso para pedestres e cada pessoa deve apresentar um documento de identidade à entrada e à saída, segundo a mesma fonte.

Estas restrições seguem medidas semelhantes, adoptadas no domingo, na cidade de Wenzhou, com 9 milhões de pessoas, e localizada no sul da província de Zhejiang.

Zhejiang confirmou, até à data, 829 casos de pessoas infectadas com o coronavírus, o número mais alto fora da província de Hubei.

5 Fev 2020

Hubei | Jovem com deficiência morre após o pai ficar em quarentena

[dropcap]U[/dropcap]m adolescente com paralisia cerebral morreu na China por ter sido deixado sozinho após o pai ser colocado em quarentena devido a contaminação com o novo coronavírus, informaram ontem as autoridades. Yan Cheng tinha 17 anos e estava confinado a uma cadeira de rodas devido a paralisia cerebral. A mãe morreu há alguns anos, segundo o jornal Beijing Youth Daily.Yan não conseguia falar, andar ou comer sozinho.
O pai, Yan Xiaowen, foi colocado em quarentena depois de ter revelado sintomas de infecção, em 22 de Janeiro, em Hong’na, na província de Hubei, epicentro da epidemia. Depois de lhe ter sido diagnosticado o vírus, Yan apelou, através das redes sociais, para que alguém cuidasse do filho.
O adolescente, no entanto, morreu em 29 de Janeiro, na comuna de Huajiahe, onde residia, segundo o comunicado de imprensa, publicado pelas autoridades de Hong’an.
“Após ter sido colocado em quarentena, Yan Xiaowen pediu a familiares, funcionários locais e aos médicos que cuidassem do filho”, revelaram as autoridades. O cuidado dispensado ao jovem, no entanto, não foi suficiente.
O chefe local do Partido Comunista Chinês (PCC) e o presidente da câmara foram afastados após a morte do jovem, por terem “falhado com as suas responsabilidades”, disseram as autoridades locais. A causa da morte de Yan não foi ainda apurada.

5 Fev 2020

Hubei | Jovem com deficiência morre após o pai ficar em quarentena

[dropcap]U[/dropcap]m adolescente com paralisia cerebral morreu na China por ter sido deixado sozinho após o pai ser colocado em quarentena devido a contaminação com o novo coronavírus, informaram ontem as autoridades. Yan Cheng tinha 17 anos e estava confinado a uma cadeira de rodas devido a paralisia cerebral. A mãe morreu há alguns anos, segundo o jornal Beijing Youth Daily.Yan não conseguia falar, andar ou comer sozinho.

O pai, Yan Xiaowen, foi colocado em quarentena depois de ter revelado sintomas de infecção, em 22 de Janeiro, em Hong’na, na província de Hubei, epicentro da epidemia. Depois de lhe ter sido diagnosticado o vírus, Yan apelou, através das redes sociais, para que alguém cuidasse do filho.

O adolescente, no entanto, morreu em 29 de Janeiro, na comuna de Huajiahe, onde residia, segundo o comunicado de imprensa, publicado pelas autoridades de Hong’an.

“Após ter sido colocado em quarentena, Yan Xiaowen pediu a familiares, funcionários locais e aos médicos que cuidassem do filho”, revelaram as autoridades. O cuidado dispensado ao jovem, no entanto, não foi suficiente.

O chefe local do Partido Comunista Chinês (PCC) e o presidente da câmara foram afastados após a morte do jovem, por terem “falhado com as suas responsabilidades”, disseram as autoridades locais. A causa da morte de Yan não foi ainda apurada.

5 Fev 2020

Cruz Vermelha | Vice-director de Hubei demitido por desvio de doações

Zhang Qin e outros dois altos funcionários da Cruz Vermelha de Hubei são acusados de não distribuir produtos médicos e de desviar fundos doados aos hospitais para combater o coronavírus

 
[dropcap]O[/dropcap] vice-director da Cruz Vermelha da China na província de Hubei, o epicentro do surto do novo coronavírus, foi demitido ontem por não distribuir material médico, como máscaras, que tinha sido doado para hospitais e instituições.
Zhang Qin foi demitido por não cumprir as suas obrigações, tendo sido expulso da liderança da célula do Partido Comunista Chinês (PCC) na Cruz Vermelha de Hubei, repreendido pelo Partido e punido com uma “grande sanção administrativa”, informou a agência oficial Xinhua.
Pelo menos outros dois altos funcionários da divisão provincial da organização humanitária também receberam punições semelhantes.
Segundo a investigação oficial, os condenados “não cumpriram as suas responsabilidades de receber e distribuir os fundos e produtos de socorro doados” para ajudar a combater o coronavírus, que surgiu em Wuhan – a capital de Hubei -, e que já provocou mais de 425 mortos e infetou mais de 20.000 pessoas.
Para as autoridades, estes responsáveis violaram vários regulamentos e impediram a publicação de informações.
Nos últimos dias, a Cruz Vermelha de Hubei tem sido alvo de críticas furiosas de cibernautas chineses pelo facto de que continuar a haver equipas médicas naquela província a trabalhar sem a protecção necessária por falta de material, apesar das inúmeras doações para combater a doença.
De acordo com dados divulgados neste fim de semana pela televisão estatal CGTN, as organizações humanitárias em Wuhan receberam mais de 3.100 milhões de yuans em doações monetárias, além de mais de 9.000 caixas de máscaras, 70.000 fardas de proteção e 80.000 óculos de segurança.
No entanto, a Cruz Vermelha de Hubei alegou ter recebido apenas 36.000 máscaras do tipo N95 – usadas para prevenir infecções – e, segundo a CGTN, metade delas acabou num hospital particular especializado em tratamentos de fertilidade e cirurgia estética, enquanto 3.000 unidades foram parar a um centro médico de Wuhan.

Déjà vu

A estação pública de televisão adiantou ainda que a organização recebeu 350 toneladas de legumes frescos doados por uma cidade da província de Shandong (leste da China) dirigidas aos moradores de Wuhan, mas decidiu vendê-los em vez de os entregar, situação que a Cruz Vermelha de Hubei nega.
Em declarações à imprensa local, o vice-presidente da Cruz Vermelha em Wuhan reconheceu que a organização não estava preparada para o surto, mas defendeu que os seus voluntários trabalharam incansavelmente para tentar distribuir as doações.
Esta não é a primeira vez que a Cruz Vermelha da China enfrenta acusações semelhantes. Depois do grave terramoto de Sichuan (centro), em 2008 – um dos piores da história, com um balanço de cerca de 90.000 mortos e desaparecidos – a organização foi criticada por ter alegadamente desviado doações.

5 Fev 2020

Cruz Vermelha | Vice-director de Hubei demitido por desvio de doações

Zhang Qin e outros dois altos funcionários da Cruz Vermelha de Hubei são acusados de não distribuir produtos médicos e de desviar fundos doados aos hospitais para combater o coronavírus

 

[dropcap]O[/dropcap] vice-director da Cruz Vermelha da China na província de Hubei, o epicentro do surto do novo coronavírus, foi demitido ontem por não distribuir material médico, como máscaras, que tinha sido doado para hospitais e instituições.

Zhang Qin foi demitido por não cumprir as suas obrigações, tendo sido expulso da liderança da célula do Partido Comunista Chinês (PCC) na Cruz Vermelha de Hubei, repreendido pelo Partido e punido com uma “grande sanção administrativa”, informou a agência oficial Xinhua.

Pelo menos outros dois altos funcionários da divisão provincial da organização humanitária também receberam punições semelhantes.

Segundo a investigação oficial, os condenados “não cumpriram as suas responsabilidades de receber e distribuir os fundos e produtos de socorro doados” para ajudar a combater o coronavírus, que surgiu em Wuhan – a capital de Hubei -, e que já provocou mais de 425 mortos e infetou mais de 20.000 pessoas.
Para as autoridades, estes responsáveis violaram vários regulamentos e impediram a publicação de informações.

Nos últimos dias, a Cruz Vermelha de Hubei tem sido alvo de críticas furiosas de cibernautas chineses pelo facto de que continuar a haver equipas médicas naquela província a trabalhar sem a protecção necessária por falta de material, apesar das inúmeras doações para combater a doença.

De acordo com dados divulgados neste fim de semana pela televisão estatal CGTN, as organizações humanitárias em Wuhan receberam mais de 3.100 milhões de yuans em doações monetárias, além de mais de 9.000 caixas de máscaras, 70.000 fardas de proteção e 80.000 óculos de segurança.

No entanto, a Cruz Vermelha de Hubei alegou ter recebido apenas 36.000 máscaras do tipo N95 – usadas para prevenir infecções – e, segundo a CGTN, metade delas acabou num hospital particular especializado em tratamentos de fertilidade e cirurgia estética, enquanto 3.000 unidades foram parar a um centro médico de Wuhan.

Déjà vu

A estação pública de televisão adiantou ainda que a organização recebeu 350 toneladas de legumes frescos doados por uma cidade da província de Shandong (leste da China) dirigidas aos moradores de Wuhan, mas decidiu vendê-los em vez de os entregar, situação que a Cruz Vermelha de Hubei nega.

Em declarações à imprensa local, o vice-presidente da Cruz Vermelha em Wuhan reconheceu que a organização não estava preparada para o surto, mas defendeu que os seus voluntários trabalharam incansavelmente para tentar distribuir as doações.

Esta não é a primeira vez que a Cruz Vermelha da China enfrenta acusações semelhantes. Depois do grave terramoto de Sichuan (centro), em 2008 – um dos piores da história, com um balanço de cerca de 90.000 mortos e desaparecidos – a organização foi criticada por ter alegadamente desviado doações.

5 Fev 2020

Epidemia | Deputada Wong Kit Cheng apela a compras “racionais”

[dropcap]A[/dropcap] deputada Wong Kit Cheng emitiu ontem um comunicado em que apela à racionalidade da população na hora de fazer compras.
“Devemos comprar de forma racional produtos alimentares para evitar reacções em cadeia e o pânico generalizado.” No que diz respeito ao encerramento temporário dos casinos, a deputada defende que, com a consequente redução do fluxo de pessoas nos transportes públicos e o menor congestionamento nas ruas, o risco de contágio será reduzido.

5 Fev 2020

Epidemia | Deputada Wong Kit Cheng apela a compras “racionais”

[dropcap]A[/dropcap] deputada Wong Kit Cheng emitiu ontem um comunicado em que apela à racionalidade da população na hora de fazer compras.

“Devemos comprar de forma racional produtos alimentares para evitar reacções em cadeia e o pânico generalizado.” No que diz respeito ao encerramento temporário dos casinos, a deputada defende que, com a consequente redução do fluxo de pessoas nos transportes públicos e o menor congestionamento nas ruas, o risco de contágio será reduzido.

5 Fev 2020