Jogo | Lawrence Ho diz que impacto do Covid-19 vai durar meses



Após um lucro de 3 mil milhões de patacas no ano passado, a Melco Resorts & Entertainment prepara-se para uma recuperação lenta do mercado em Macau devido ao surto do novo coronavírus

 

[dropcap]O[/dropcap] empresário Lawrence Ho, que controla a concessionária do jogo Melco Resorts & Entertainment, admitiu que o impacto do coronavírus para a principal industria do território vai fazer sentir-se durante “um longo período de tempo”. O cenário foi traçado pelo presidente da Melco na apresentação dos resultados para o ano de 2019.

“O início de 2020 foi fenomenal. Já em 2019 tínhamos tido um ano fantástico com recordes em todos indicadores do desempenho financeiro, até ao nível da quota do mercado alcançamos o valor mais alto da empresa. Mas, claro, assim que o coronavírus apareceu tudo caiu abruptamente”, começou por explicar o filho de Stanley Ho. “A nossa opinião, como a de outras concessionárias do jogo, é que para voltarmos ao nível onde estávamos vai levar muito tempo […] antecipamos que o mercado de Macau fique muito ‘quieto’ durante um longo período de tempo”, acrescentou.

Entre os desafios, além do vírus, está a mobilidade dos turistas do principal mercado, o Interior da China. “Como é que as pessoas vão vir do Interior para Macau? E quanto tempo vai levar até que possam regressar? Há muitos pormenores que ainda têm de ser resolvidos”, apontou.

Também na apresentação dos resultados compareceu David Sisk, director de operações dos empreendimentos integrados da Melco em Macau, que revelou que após a reabertura dos casinos, o Studio City e o City of Dreams receberam apenas 30 clientes. “Quando abrimos o Studio City houve 10 clientes que apareceram. E quando abrimos o Cityf of Dreams eram 10 ou 12 clientes. Quando saí, às 02h00, o número devia ser de 20 clientes, mas isto mostra que vamos ter de esperar”, vincou Sisk.

O mesmo membro da direcção da empresa admitiu ainda esperar um período de recuperação entre os quatro e seis meses.

Grandes apostadores

Por outro lado, a direcção da Melco acredita que o eventual regresso à normalidade vai ser feito principalmente à conta dos grandes apostadores, os jogadores VIP, numa primeira fase. Só depois é que o mercado de massas deverá regressar à RAEM, quando forem emitidos novos vistos individuais de viagem no Interior e as excursões forem autorizadas a regressar.

“Neste primeiro mês em que vamos reabrir não esperamos muita gente. Portanto, inicialmente a recuperação deve ser principalmente motivada pelo sector VIP. Depois, de forma gradual, vamos ver os visitantes individuais a regressar e mais tarde os excursionistas”, indicou Lawrence.

Finalmente, a empresa tem até 24 de Julho de 2021 para terminar as obras de construção da 2.ª Fase do casino Studio City. Sobre este aspecto, Lawrence Ho admitiu que a empresa ainda está à espera da licença de construção do Governo, que deverá demorar, uma vez que a prioridade do Executivo passa agora por combater o coronavírus. No entanto, nesta altura, recusa admitir um cenário de atraso nas obras.

Em relação aos resultados para 2019, a Melco apresentou um lucro de 3 mil milhões de patacas, o que representa um aumento de 9,7 por cento face a 2018, quando o lucro tinha sido de 2,7 mil milhões de patacas.

24 Fev 2020

Táxis | Petição pede activação de fundos públicos para apoiar empresas 

[dropcap]U[/dropcap]ma petição entregue na sexta-feira ao Chefe do Executivo por representantes de táxis, e apoiada pelo deputado José Pereira Coutinho, defende a activação e melhor uso de fundos públicos para apoiar este sector de actividade.
“Temos em Macau cerca de 30 fundos públicos em plena actividade, pelo que sugeríamos, em primeiro lugar, a plena intervenção e simplificação dos apoios financeiros ao invés de os complicar e criar desigualdades, como tem acontecido com os vales electrónicos do ‘Macau Pass’. Isto porque os taxistas acabam por ficar de fora, por não disporem destes aparelhos”, aponta um comunicado.
Além disso, a petição faz referência à ausência de “seguros específicos e obrigatórios à interrupção temporária da actividade económica”. “Nem mesmo a existência de 30 fundos públicos são suficientes para ajudar a ultrapassar as dificuldades de muitas Pequenas e Médias Empresas que ficaram de fora do pacote dos apoios financeiros”, acrescenta o comunicado enviado por Pereira Coutinho às redacções.
Os pedidos de apoio surgem no âmbito da crise gerada pelo surto do Covid-19, que “teve graves consequências nas empresas que gerem os táxis concessionados pelo Governo”. “Até à data, o Governo ainda não avançou com medidas específicas a esta actividade económica, limitando-se a ajudar parcialmente outras. Não podemos esquecer que os condutores de táxis contribuíram bastante para a boa estadia dos cerca de 50 milhões de visitantes que anualmente Macau recebe”, defende o deputado.
Além disso, Pereira Coutinho deixa o alerta a Ho Iat Seng para o facto de “muitas PME estarem à beira da falência, o que põe em risco muitas famílias que estão na iminência de estarem em estado de insolvência devido às amortizações, salários e rendas a pagar durante a sua inactividade”.

24 Fev 2020

Táxis | Petição pede activação de fundos públicos para apoiar empresas 

[dropcap]U[/dropcap]ma petição entregue na sexta-feira ao Chefe do Executivo por representantes de táxis, e apoiada pelo deputado José Pereira Coutinho, defende a activação e melhor uso de fundos públicos para apoiar este sector de actividade.

“Temos em Macau cerca de 30 fundos públicos em plena actividade, pelo que sugeríamos, em primeiro lugar, a plena intervenção e simplificação dos apoios financeiros ao invés de os complicar e criar desigualdades, como tem acontecido com os vales electrónicos do ‘Macau Pass’. Isto porque os taxistas acabam por ficar de fora, por não disporem destes aparelhos”, aponta um comunicado.

Além disso, a petição faz referência à ausência de “seguros específicos e obrigatórios à interrupção temporária da actividade económica”. “Nem mesmo a existência de 30 fundos públicos são suficientes para ajudar a ultrapassar as dificuldades de muitas Pequenas e Médias Empresas que ficaram de fora do pacote dos apoios financeiros”, acrescenta o comunicado enviado por Pereira Coutinho às redacções.

Os pedidos de apoio surgem no âmbito da crise gerada pelo surto do Covid-19, que “teve graves consequências nas empresas que gerem os táxis concessionados pelo Governo”. “Até à data, o Governo ainda não avançou com medidas específicas a esta actividade económica, limitando-se a ajudar parcialmente outras. Não podemos esquecer que os condutores de táxis contribuíram bastante para a boa estadia dos cerca de 50 milhões de visitantes que anualmente Macau recebe”, defende o deputado.

Além disso, Pereira Coutinho deixa o alerta a Ho Iat Seng para o facto de “muitas PME estarem à beira da falência, o que põe em risco muitas famílias que estão na iminência de estarem em estado de insolvência devido às amortizações, salários e rendas a pagar durante a sua inactividade”.

24 Fev 2020

Casa de Portugal | Surto do Covid-19 coloca actividades em causa

A cerca de dois meses da data que assinala a Revolução dos Cravos, a realização do tradicional evento da Casa de Portugal é uma incógnita. À agência Lusa, Amélia António colocou em cima da mesa a possibilidade de a celebração para este ano ser cancelada

 
[dropcap]A[/dropcap]s tradicionais celebrações do 25 de Abril da Casa de Portugal estão em causa, devido ao surto do coronavírus. A revelação foi feita por Amélia António, presidente da instituição, em declarações à Lusa.
No entanto, o jantar de comemoração da Revolução dos Cravos não é o único evento que poderá ser suspenso e o mesmo poderá acontecer com a abertura da nova sede, assim como a realização do Campo de Férias.
Com mais de um milhar de associados, a Casa de Portugal é incapaz neste momento de prever o reinício das aulas da Escola de Artes e Ofícios, adiou a transferência para a nova sede e está a avaliar o cancelamento de uma série de actividades que vai desde a realização de campos de férias, na Páscoa e no Verão, e de projectos ligados às celebrações do 25 de Abril, explicou Amélia António.
“São tudo incógnitas”, sublinhou a responsável, à frente da associação há cerca de 15 anos, que admitiu “um grande impacto” na Casa de Portugal devido às medidas de prevenção face ao risco de epidemia no território.
“Está tudo parado” em relação ao processo de mudança de sede, que estava programado. “Neste momento não conseguimos avaliar quando recomeçamos as aulas”, acrescentou.
Para as comemorações do 25 de Abril, existiam projectos, mas a associação está agora a ponderar “avançar ou não”.
Amélia António salientou “a actividade cultural muito activa e intensa [da associação], que tem de começar a funcionar o mais cedo possível”, de forma “a contribuir para a normalização da vida do território e para transmitir” aos portugueses “alguma tranquilidade e confiança”.
O pessoal foi enviado para casa, para se reduzir o risco de contágio, “mas a Casa de Portugal não forçou férias a ninguém”, frisou. “Ficam em casa nas mesmas condições [a receber os respectivos salários], como se estivéssemos abertos. Eu acho que é uma questão de imperativo moral, imperativo de solidariedade, não é quando aparece uma dificuldade que começamos todos a sacudir a água do capote”, argumentou.

Ensino preocupa

Já no que diz respeito à comunidade portuguesa, Amélia António apontou a preocupação com o encerramento das escolas, apesar de a medida ser apoiada.
“De uma maneira geral, acho que as pessoas têm estado extremamente calmas, preocupadas, atentas, mas sem entrar em grandes histerismos”, frisou Amélia António.
Contudo, ressalvou, uma das grandes preocupações dos pais resulta do encerramento does estabelecimentos escolares, “sobretudo por não se perceber qual vai ser a extensão da paragem e não se perceber ainda o problema dos exames”, tanto aqueles que dizem respeito à passagem de ano, como de acesso ao ensino superior. “Esses anos de exame são os mais problemáticos. Preocupam os pais”, completou.

24 Fev 2020

Casa de Portugal | Surto do Covid-19 coloca actividades em causa

A cerca de dois meses da data que assinala a Revolução dos Cravos, a realização do tradicional evento da Casa de Portugal é uma incógnita. À agência Lusa, Amélia António colocou em cima da mesa a possibilidade de a celebração para este ano ser cancelada

 

[dropcap]A[/dropcap]s tradicionais celebrações do 25 de Abril da Casa de Portugal estão em causa, devido ao surto do coronavírus. A revelação foi feita por Amélia António, presidente da instituição, em declarações à Lusa.

No entanto, o jantar de comemoração da Revolução dos Cravos não é o único evento que poderá ser suspenso e o mesmo poderá acontecer com a abertura da nova sede, assim como a realização do Campo de Férias.

Com mais de um milhar de associados, a Casa de Portugal é incapaz neste momento de prever o reinício das aulas da Escola de Artes e Ofícios, adiou a transferência para a nova sede e está a avaliar o cancelamento de uma série de actividades que vai desde a realização de campos de férias, na Páscoa e no Verão, e de projectos ligados às celebrações do 25 de Abril, explicou Amélia António.

“São tudo incógnitas”, sublinhou a responsável, à frente da associação há cerca de 15 anos, que admitiu “um grande impacto” na Casa de Portugal devido às medidas de prevenção face ao risco de epidemia no território.

“Está tudo parado” em relação ao processo de mudança de sede, que estava programado. “Neste momento não conseguimos avaliar quando recomeçamos as aulas”, acrescentou.

Para as comemorações do 25 de Abril, existiam projectos, mas a associação está agora a ponderar “avançar ou não”.

Amélia António salientou “a actividade cultural muito activa e intensa [da associação], que tem de começar a funcionar o mais cedo possível”, de forma “a contribuir para a normalização da vida do território e para transmitir” aos portugueses “alguma tranquilidade e confiança”.

O pessoal foi enviado para casa, para se reduzir o risco de contágio, “mas a Casa de Portugal não forçou férias a ninguém”, frisou. “Ficam em casa nas mesmas condições [a receber os respectivos salários], como se estivéssemos abertos. Eu acho que é uma questão de imperativo moral, imperativo de solidariedade, não é quando aparece uma dificuldade que começamos todos a sacudir a água do capote”, argumentou.

Ensino preocupa

Já no que diz respeito à comunidade portuguesa, Amélia António apontou a preocupação com o encerramento das escolas, apesar de a medida ser apoiada.

“De uma maneira geral, acho que as pessoas têm estado extremamente calmas, preocupadas, atentas, mas sem entrar em grandes histerismos”, frisou Amélia António.

Contudo, ressalvou, uma das grandes preocupações dos pais resulta do encerramento does estabelecimentos escolares, “sobretudo por não se perceber qual vai ser a extensão da paragem e não se perceber ainda o problema dos exames”, tanto aqueles que dizem respeito à passagem de ano, como de acesso ao ensino superior. “Esses anos de exame são os mais problemáticos. Preocupam os pais”, completou.

24 Fev 2020

Economia | Sulu Sou quer apoio imediato para PME e independentes

Deputado pede ao Governo que faça uso da reserva financeira para criar um fundo de combate à epidemia que preste assistência “directa, rápida e direccionada” às pequenas e médias empresas e a trabalhadores por conta própria

 
[dropcap]O[/dropcap] deputado Sulu Sou quer que o Governo faça uso das reservas financeiras disponíveis para criar um fundo de combate à epidemia, que vá além do pacote de medidas de apoio económico apresentadas para fazer face à crise provocada pelo novo coronavírus, Covid- 19. Segundo afirmou Sulu Sou, numa interpelação escrita enviada ao Executivo, em causa estão as “necessidades imediatas e urgentes” sentidas, não só pelas pequenas e médias empresas (PME), mas também por muitos trabalhadores independentes, obrigados a interromper a sua actividade devido ao surto.
“Muitos empresários estão sob enorme pressão para pagar as rendas e os funcionários estão a ser confrontados com cortes de salários, licenças sem vencimento e até mesmo demissões. Além disso muitos trabalhadores independentes como motoristas, funcionários do sector dos transportes, formadores e artistas foram forçados a parar de trabalhar”, sustentou o deputado.
Apontando que as PME “representam mais de 90 por cento das empresas em Macau e que são responsáveis por proporcionar 40 por cento das oportunidades de emprego”, Sulu Sou referiu que, particularmente, o comércio a retalho, a restauração, centros de explicações, salões de beleza, bares e karaokes têm sido os estabelecimentos mais afectados pelas medidas de prevenção decretadas pelo Governo.
O deputado afirma ainda, que as PME enfrentam “necessidades imediatas e urgentes” e pede ao Governo que vá mais longe em relação ao pacote de medidas de apoio económico anunciado e que inclui, entre outras, a isenção ou diminuição de impostos e a abertura de uma linha de empréstimo com juros bonificados para as PME.
“As medidas de alívio económico anunciadas pelo Governo são de longo prazo e indirectas. Será que o Governo pode fazer uso das reservas financeiras que dispõe, na criação de um fundo de combate à epidemia para prestar assistência directa e rápida às pequenas e médias empresas, de forma a que estas possam cumprir com as suas obrigações operacionais mais imediatas?”, questiona Sulu Sou, referindo também que este apoio deveria incluir o fornecimento de equipamento de combate à epidemia.

Aliviar pressão

Na interpelação escrita enviada, Sulu Sou pede ainda ao Governo que conceda subsídios com vista à redução dos encargos das PME relativos às rendas, dando igualmente incentivos aos senhorios de forma reduzir o valor do arrendamento a curto prazo.
De forma a assegurar os postos de trabalho dos funcionários das PME, que acordaram recentemente uma redução de salário ou licenças sem vencimento, o deputado sugere ainda que o Governo possa vir partilhar com as empresas alguns encargos salariais.
Motivado pela crise, Sulu Sou questiona também o Governo se “pode conceder subsídios para apoiar os trabalhadores independentes afectados” e ainda um subsídio especial de solidariedade “para trabalhadores da linha da frente que desempenham funções nas áreas da segurança e da limpeza”.

24 Fev 2020

Economia | Sulu Sou quer apoio imediato para PME e independentes

Deputado pede ao Governo que faça uso da reserva financeira para criar um fundo de combate à epidemia que preste assistência “directa, rápida e direccionada” às pequenas e médias empresas e a trabalhadores por conta própria

 

[dropcap]O[/dropcap] deputado Sulu Sou quer que o Governo faça uso das reservas financeiras disponíveis para criar um fundo de combate à epidemia, que vá além do pacote de medidas de apoio económico apresentadas para fazer face à crise provocada pelo novo coronavírus, Covid- 19. Segundo afirmou Sulu Sou, numa interpelação escrita enviada ao Executivo, em causa estão as “necessidades imediatas e urgentes” sentidas, não só pelas pequenas e médias empresas (PME), mas também por muitos trabalhadores independentes, obrigados a interromper a sua actividade devido ao surto.

“Muitos empresários estão sob enorme pressão para pagar as rendas e os funcionários estão a ser confrontados com cortes de salários, licenças sem vencimento e até mesmo demissões. Além disso muitos trabalhadores independentes como motoristas, funcionários do sector dos transportes, formadores e artistas foram forçados a parar de trabalhar”, sustentou o deputado.

Apontando que as PME “representam mais de 90 por cento das empresas em Macau e que são responsáveis por proporcionar 40 por cento das oportunidades de emprego”, Sulu Sou referiu que, particularmente, o comércio a retalho, a restauração, centros de explicações, salões de beleza, bares e karaokes têm sido os estabelecimentos mais afectados pelas medidas de prevenção decretadas pelo Governo.

O deputado afirma ainda, que as PME enfrentam “necessidades imediatas e urgentes” e pede ao Governo que vá mais longe em relação ao pacote de medidas de apoio económico anunciado e que inclui, entre outras, a isenção ou diminuição de impostos e a abertura de uma linha de empréstimo com juros bonificados para as PME.

“As medidas de alívio económico anunciadas pelo Governo são de longo prazo e indirectas. Será que o Governo pode fazer uso das reservas financeiras que dispõe, na criação de um fundo de combate à epidemia para prestar assistência directa e rápida às pequenas e médias empresas, de forma a que estas possam cumprir com as suas obrigações operacionais mais imediatas?”, questiona Sulu Sou, referindo também que este apoio deveria incluir o fornecimento de equipamento de combate à epidemia.

Aliviar pressão

Na interpelação escrita enviada, Sulu Sou pede ainda ao Governo que conceda subsídios com vista à redução dos encargos das PME relativos às rendas, dando igualmente incentivos aos senhorios de forma reduzir o valor do arrendamento a curto prazo.

De forma a assegurar os postos de trabalho dos funcionários das PME, que acordaram recentemente uma redução de salário ou licenças sem vencimento, o deputado sugere ainda que o Governo possa vir partilhar com as empresas alguns encargos salariais.

Motivado pela crise, Sulu Sou questiona também o Governo se “pode conceder subsídios para apoiar os trabalhadores independentes afectados” e ainda um subsídio especial de solidariedade “para trabalhadores da linha da frente que desempenham funções nas áreas da segurança e da limpeza”.

24 Fev 2020

Hubei | Macau ainda sem plano para retirar residentes

[dropcap]O[/dropcap] Governo de Macau continua sem planos para retirar os 133 residentes que continuam em regime de quarentena na província de Hubei, noticiou ontem a TDM Rádio Macau. Inês Chan, responsável da Direcção dos Serviços de Turismo (DST), disse que as autoridades continuam a tentar localizar os residentes, mas que é difícil saber onde todos se encontram, uma vez que estão dispersos por 18 localidades diferentes, muitas delas de difícil acesso. Inês Chan explicou mesmo que, em alguns dos casos, está em causa uma viagem de cinco horas até à cidade de Wuhan, epicentro do surto do Covid-19.
“Também temos que analisar a probabilidade de infecção dos motoristas que os iriam transferir, por isso, estamos ainda a equacionar qual a solução mais adequada e viável”, afirmou a representante dos Serviços de Turismo.
Na cidade de Wuhan estão 23 residentes de Macau, adiantou a responsável, mas o Governo assume que não tenciona ir buscar primeiro este grupo de pessoas. “Estamos a pensar em tentar poupar os recursos e, ao mesmo tempo, ter em conta a segurança para transferir todos os residentes de Macau na província de Hubei de uma só vez”, rematou Inês Chan.

24 Fev 2020

Hubei | Macau ainda sem plano para retirar residentes

[dropcap]O[/dropcap] Governo de Macau continua sem planos para retirar os 133 residentes que continuam em regime de quarentena na província de Hubei, noticiou ontem a TDM Rádio Macau. Inês Chan, responsável da Direcção dos Serviços de Turismo (DST), disse que as autoridades continuam a tentar localizar os residentes, mas que é difícil saber onde todos se encontram, uma vez que estão dispersos por 18 localidades diferentes, muitas delas de difícil acesso. Inês Chan explicou mesmo que, em alguns dos casos, está em causa uma viagem de cinco horas até à cidade de Wuhan, epicentro do surto do Covid-19.

“Também temos que analisar a probabilidade de infecção dos motoristas que os iriam transferir, por isso, estamos ainda a equacionar qual a solução mais adequada e viável”, afirmou a representante dos Serviços de Turismo.

Na cidade de Wuhan estão 23 residentes de Macau, adiantou a responsável, mas o Governo assume que não tenciona ir buscar primeiro este grupo de pessoas. “Estamos a pensar em tentar poupar os recursos e, ao mesmo tempo, ter em conta a segurança para transferir todos os residentes de Macau na província de Hubei de uma só vez”, rematou Inês Chan.

24 Fev 2020

Coreia do Sul | Macau classifica região como zona de alta incidência do Covid-19

A partir de hoje, todos visitantes ou residentes que tenham estado na Coreia do Sul nos últimos 14 dias serão submetidos a uma observação médica. Os voos de e para a região vão também ser cancelados. Hong Kong e Japão ficam para já fora do radar das regiões de alto risco

 
[dropcap]D[/dropcap]esde as 00:00 de hoje, que a Coreia do Sul é considerada pelo Governo de Macau, uma zona de alta incidência epidémica. A informação foi avançada ontem por ocasião da conferência de imprensa diária sobre a situação do novo coronavírus, o Covid- 19, tendo a decisão sido justificada com a escalada do número de casos confirmados dos últimos dias.
“A partir das zero horas de amanhã [segunda-feira] vamos considerar a Coreia do Sul como zona de alta incidência. Por isso, aqueles que tenham ido à Coreia nos 14 dias anteriores, ao chegarem às fronteiras de Macau, terão de se sujeitar ao exame nos postos clínicos do campo dos operários ou no posto clínico do Pac On. Depois de fazerem o respectivo exame é que poderão entrar em Macau”, revelou ontem Leong Iek Hou, coordenadora do Núcleo de Prevenção e Doenças Infecciosas e Vigilância da Doença.
Referindo mesmo que em “poucos dias o número de casos confirmados aumentou em flecha” na Coreia do Sul, Leong Iek Hou anunciou ainda o cancelamento de voos de e para o país e apelou aos residentes de Macau para não viajarem para a Coreia do Sul. Recorde-se que, em apenas 24 horas, a Coreia do Sul anunciou mais duas mortes causadas pelo Covid-19, elevando para quatro o número de vítimas mortais no país, enquanto o total de pessoas infectadas subiu para 556, após o anúncio de mais 123 novos casos.
Já quando questionada sobre o critério utilizado para considerar a Coreia do Sul como zona de alta incidência e descartar regiões como Hong Kong e o Japão, que nos últimos dias também registaram um aumento significativo do número de casos, a responsável não exclui essa hipótese, mas considera que o cenário ainda é diferente.
“Claro que estamos a verificar a situação de cada país e (…) esta avaliação poderá vir a ser aplicada a outros territórios”, admitiu Leong Iek Hou, apontando de seguida que no caso de Hong Kong “não é ainda um surto alarmante” e que no caso do Japão “os casos confirmados do Diamond Princess são considerados à parte.
Já em Macau, apesar de o território estar sem registo de novos casos ao fim de 19 dias e numa altura em que se vê mais pessoas a circular nas ruas após a abertura de mais espaços públicos, o Governo voltou a apelar para os cuidados de prevenção num momento que é “crucial”, esperando que a população consiga “aguentar mais um bocado”.

Alvo de queixas

O Governo anunciou ainda que, desde a passada quarta-feira, data de reabertura dos casinos, receberam uma queixa dos trabalhadores destes espaços, denunciando falta de máscaras. No entanto, apesar de ter exposto o caso, Vong Chi Fu, responsável da Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ) não revelou a operadora em causa.
“Uma operadora não distribuiu máscaras para os seus trabalhadores. Já contactamos a operadora de jogo e ela respondeu, dizendo que espera que os seus trabalhadores possam utilizar razoavelmente as máscaras. Sabemos que todas distribuem máscaras (…) mas se calhar só distribuem para um turno e não há segunda máscara”, explicou Vong Chi Fu.
Sobre uma queixa relativa à elevada concentração de jogadores junto às mesas, o responsável, reiterou as medidas já anunciadas e explicou o sucedido. “Quando uma mesa está a dar mais sorte (…) os jogadores costumam concentrar-se para ver o que se está a passar (…) ou tentar ganhar. No entanto, nós já emitimos as nossas recomendações para poderem separar os jogadores por diferentes mesas”, explicou.

Serviços públicos no activo

Funcionamento Normal:
Tribunais da RAEM
Comissão de Perícia do Erro Médico
 

Funcionamento Condicionado:

Serviços de Saúde
Direcção de Serviços de Finanças
Direcção dos Serviços de Correios Telecomunicações
Direcção de Serviços de Economia
Fundo de Segurança Social
Conselho de Consumidores
Instituto para os Assuntos Municipais
Direcção dos Serviços de Identificação
Direcção dos Serviços de Assuntos de Justiça
Ministério Público
Direcção dos Serviços Correccionais
Assembleia Legislativa
Comissariado Contra a Corrupção
Direcção dos Serviços do Ensino Superior

24 Fev 2020

Coreia do Sul | Macau classifica região como zona de alta incidência do Covid-19

A partir de hoje, todos visitantes ou residentes que tenham estado na Coreia do Sul nos últimos 14 dias serão submetidos a uma observação médica. Os voos de e para a região vão também ser cancelados. Hong Kong e Japão ficam para já fora do radar das regiões de alto risco

 

[dropcap]D[/dropcap]esde as 00:00 de hoje, que a Coreia do Sul é considerada pelo Governo de Macau, uma zona de alta incidência epidémica. A informação foi avançada ontem por ocasião da conferência de imprensa diária sobre a situação do novo coronavírus, o Covid- 19, tendo a decisão sido justificada com a escalada do número de casos confirmados dos últimos dias.

“A partir das zero horas de amanhã [segunda-feira] vamos considerar a Coreia do Sul como zona de alta incidência. Por isso, aqueles que tenham ido à Coreia nos 14 dias anteriores, ao chegarem às fronteiras de Macau, terão de se sujeitar ao exame nos postos clínicos do campo dos operários ou no posto clínico do Pac On. Depois de fazerem o respectivo exame é que poderão entrar em Macau”, revelou ontem Leong Iek Hou, coordenadora do Núcleo de Prevenção e Doenças Infecciosas e Vigilância da Doença.

Referindo mesmo que em “poucos dias o número de casos confirmados aumentou em flecha” na Coreia do Sul, Leong Iek Hou anunciou ainda o cancelamento de voos de e para o país e apelou aos residentes de Macau para não viajarem para a Coreia do Sul. Recorde-se que, em apenas 24 horas, a Coreia do Sul anunciou mais duas mortes causadas pelo Covid-19, elevando para quatro o número de vítimas mortais no país, enquanto o total de pessoas infectadas subiu para 556, após o anúncio de mais 123 novos casos.

Já quando questionada sobre o critério utilizado para considerar a Coreia do Sul como zona de alta incidência e descartar regiões como Hong Kong e o Japão, que nos últimos dias também registaram um aumento significativo do número de casos, a responsável não exclui essa hipótese, mas considera que o cenário ainda é diferente.

“Claro que estamos a verificar a situação de cada país e (…) esta avaliação poderá vir a ser aplicada a outros territórios”, admitiu Leong Iek Hou, apontando de seguida que no caso de Hong Kong “não é ainda um surto alarmante” e que no caso do Japão “os casos confirmados do Diamond Princess são considerados à parte.

Já em Macau, apesar de o território estar sem registo de novos casos ao fim de 19 dias e numa altura em que se vê mais pessoas a circular nas ruas após a abertura de mais espaços públicos, o Governo voltou a apelar para os cuidados de prevenção num momento que é “crucial”, esperando que a população consiga “aguentar mais um bocado”.

Alvo de queixas

O Governo anunciou ainda que, desde a passada quarta-feira, data de reabertura dos casinos, receberam uma queixa dos trabalhadores destes espaços, denunciando falta de máscaras. No entanto, apesar de ter exposto o caso, Vong Chi Fu, responsável da Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ) não revelou a operadora em causa.

“Uma operadora não distribuiu máscaras para os seus trabalhadores. Já contactamos a operadora de jogo e ela respondeu, dizendo que espera que os seus trabalhadores possam utilizar razoavelmente as máscaras. Sabemos que todas distribuem máscaras (…) mas se calhar só distribuem para um turno e não há segunda máscara”, explicou Vong Chi Fu.

Sobre uma queixa relativa à elevada concentração de jogadores junto às mesas, o responsável, reiterou as medidas já anunciadas e explicou o sucedido. “Quando uma mesa está a dar mais sorte (…) os jogadores costumam concentrar-se para ver o que se está a passar (…) ou tentar ganhar. No entanto, nós já emitimos as nossas recomendações para poderem separar os jogadores por diferentes mesas”, explicou.

Serviços públicos no activo

Funcionamento Normal:

Tribunais da RAEM

Comissão de Perícia do Erro Médico

 

Funcionamento Condicionado:

Serviços de Saúde

Direcção de Serviços de Finanças

Direcção dos Serviços de Correios Telecomunicações

Direcção de Serviços de Economia

Fundo de Segurança Social

Conselho de Consumidores

Instituto para os Assuntos Municipais

Direcção dos Serviços de Identificação

Direcção dos Serviços de Assuntos de Justiça

Ministério Público

Direcção dos Serviços Correccionais

Assembleia Legislativa

Comissariado Contra a Corrupção

Direcção dos Serviços do Ensino Superior

24 Fev 2020

Covid-19 | Português do navio em quarentena no Japão infectado

[dropcap]U[/dropcap]m português que é tripulante do navio Princess Cruises, atracado no porto de Yokohama (Japão) na sequência de 700 pessoas infectadas com Covid-19, foi diagnosticado “positivo” com o novo coronavírus. A notícia foi avançada este sábado pela esposa do homem, natural da Nazaré e posteriormente confirmada à SIC pelo autarca local.
Contactada pela Lusa, a directora-geral de Saúde, Graça Freitas, afirma que ainda está à espera de confirmação oficial, mas admitiu que recebeu informação do Japão na sexta-feira à noite a informar que a tripulação do navio tinha começado a ser testada no dia 20. “Estamos à espera de informação. Como é de noite agora no Japão, calculo que amanhã tenhamos informação concreta sobre os resultados”, afirmou.
O português, Adriano Maranhão, é, segundo a sua mulher, canalizador do navio e só foi testado há quatro dias, tendo sido colocado numa cabine em isolamento. Este é o primeiro caso diagnosticado de um português com Covid-19.
Segundo adiantou no sábado a esposa de Adriano Maranhão, Emmanuelle, o português “foi examinado pela primeira vez há dois dias”, após “terem desembarcado os passageiros”.
“Neste momento, está numa cabine, fechado, desde há 7 ou 8 horas, ou mais, sem apoio, sem medicação, sem tratamento, sem nenhum tipo de procedimento nem encaminhamento e sem comer sequer”, lamentou, à altura, Emmanuelle Maranhão, referindo que tem tentado contactar com o Governo, a embaixada, a empresa do navio, mas sem obter mais informações.
O cruzeiro, ancorado no porto de Yokohama, a sul de Tóquio, é o maior foco de Covid-19 fora da China continental, tendo registado mais de 600 infectados entre os passageiros, dois dos quais morreram. Na quarta-feira, as autoridades japonesas deram início à operação de desembarque dos passageiros saudáveis, findo o período de quarentena do navio, iniciado em 3 de Fevereiro, operação que terminou na sexta-feira.
Emmanuelle Maranhão lamenta a falta de apoio ao marido, referindo que “ainda não obteve resposta nenhuma” e que Adriano continua no quarto sem que ninguém lhe dê mais informações. “Um cidadão português que está infectado, está em serviço, está a cumprir as suas funções e está dentro desta confusão tem de ter um apoio”, afirmou, sublinhando que Adriano Maranhão “é pai de três filhos pequenos”.

Governo acompanha situação

O Ministério dos Negócios Estrangeiros afirmou estar a acompanhar a situação, mas admitiu que não tem ainda informação das autoridades japonesas.
O ministério “está em contacto com as autoridades japonesas” através da embaixada em Tóquio, e está a acompanhar “a evolução dos resultados dos testes que vão sendo realizados”, avançou o gabinete do ministério em comunicado enviado à Lusa. “Não temos ainda informação da parte das autoridades japonesas de que haja algum caso confirmado de infecção com o coronavírus, entre os tripulantes portugueses do navio Diamond Princess”,
O ministério liderado por Augusto Santos Silva acrescentou ainda estar também a acompanhar “os tripulantes portugueses e respectivas famílias”.

De viva voz

Já ao fim da tarde de ontem, as autoridades japonesas confirmaram o caso do português infectado, relata a TSF, que falou com Adriano Maranhão.
“A embaixada já tem conhecimento do meu caso, já falou com as autoridades japonesas, já tem o comprovativo em como é positivo e a única coisa que me disseram foi que vão tentar tirar-me daqui para um hospital local o mais cedo possível”, explica à TSF.
O canalizador no Diamond Princess, ainda não sabe quando vai sair do navio e garante que não foi visto por nenhum médico nos últimos dias: “Não fui visto por ninguém. Telefonaram para a minha cabine a perguntar qual era o meu estado, se eu estava bem, se eu tinha medido a minha febre. Eu disse que sim, que não tinha febre nem sintomas. Não me disseram mais nada”, adiantou à estação de rádio portuguesa.

24 Fev 2020

Covid-19 | Português do navio em quarentena no Japão infectado

[dropcap]U[/dropcap]m português que é tripulante do navio Princess Cruises, atracado no porto de Yokohama (Japão) na sequência de 700 pessoas infectadas com Covid-19, foi diagnosticado “positivo” com o novo coronavírus. A notícia foi avançada este sábado pela esposa do homem, natural da Nazaré e posteriormente confirmada à SIC pelo autarca local.

Contactada pela Lusa, a directora-geral de Saúde, Graça Freitas, afirma que ainda está à espera de confirmação oficial, mas admitiu que recebeu informação do Japão na sexta-feira à noite a informar que a tripulação do navio tinha começado a ser testada no dia 20. “Estamos à espera de informação. Como é de noite agora no Japão, calculo que amanhã tenhamos informação concreta sobre os resultados”, afirmou.

O português, Adriano Maranhão, é, segundo a sua mulher, canalizador do navio e só foi testado há quatro dias, tendo sido colocado numa cabine em isolamento. Este é o primeiro caso diagnosticado de um português com Covid-19.

Segundo adiantou no sábado a esposa de Adriano Maranhão, Emmanuelle, o português “foi examinado pela primeira vez há dois dias”, após “terem desembarcado os passageiros”.

“Neste momento, está numa cabine, fechado, desde há 7 ou 8 horas, ou mais, sem apoio, sem medicação, sem tratamento, sem nenhum tipo de procedimento nem encaminhamento e sem comer sequer”, lamentou, à altura, Emmanuelle Maranhão, referindo que tem tentado contactar com o Governo, a embaixada, a empresa do navio, mas sem obter mais informações.

O cruzeiro, ancorado no porto de Yokohama, a sul de Tóquio, é o maior foco de Covid-19 fora da China continental, tendo registado mais de 600 infectados entre os passageiros, dois dos quais morreram. Na quarta-feira, as autoridades japonesas deram início à operação de desembarque dos passageiros saudáveis, findo o período de quarentena do navio, iniciado em 3 de Fevereiro, operação que terminou na sexta-feira.

Emmanuelle Maranhão lamenta a falta de apoio ao marido, referindo que “ainda não obteve resposta nenhuma” e que Adriano continua no quarto sem que ninguém lhe dê mais informações. “Um cidadão português que está infectado, está em serviço, está a cumprir as suas funções e está dentro desta confusão tem de ter um apoio”, afirmou, sublinhando que Adriano Maranhão “é pai de três filhos pequenos”.

Governo acompanha situação

O Ministério dos Negócios Estrangeiros afirmou estar a acompanhar a situação, mas admitiu que não tem ainda informação das autoridades japonesas.

O ministério “está em contacto com as autoridades japonesas” através da embaixada em Tóquio, e está a acompanhar “a evolução dos resultados dos testes que vão sendo realizados”, avançou o gabinete do ministério em comunicado enviado à Lusa. “Não temos ainda informação da parte das autoridades japonesas de que haja algum caso confirmado de infecção com o coronavírus, entre os tripulantes portugueses do navio Diamond Princess”,

O ministério liderado por Augusto Santos Silva acrescentou ainda estar também a acompanhar “os tripulantes portugueses e respectivas famílias”.

De viva voz

Já ao fim da tarde de ontem, as autoridades japonesas confirmaram o caso do português infectado, relata a TSF, que falou com Adriano Maranhão.

“A embaixada já tem conhecimento do meu caso, já falou com as autoridades japonesas, já tem o comprovativo em como é positivo e a única coisa que me disseram foi que vão tentar tirar-me daqui para um hospital local o mais cedo possível”, explica à TSF.

O canalizador no Diamond Princess, ainda não sabe quando vai sair do navio e garante que não foi visto por nenhum médico nos últimos dias: “Não fui visto por ninguém. Telefonaram para a minha cabine a perguntar qual era o meu estado, se eu estava bem, se eu tinha medido a minha febre. Eu disse que sim, que não tinha febre nem sintomas. Não me disseram mais nada”, adiantou à estação de rádio portuguesa.

24 Fev 2020

Marta Temido, ministra da Saúde em Portugal, sobre o Covid-19: “Não há necessidade de reforço de medidas”

Em declarações ao HM, a ministra da Saúde em Portugal, Marta Temido, traça um balanço positivo da última reunião em Bruxelas sobre o Covid-19 e diz que não há, por enquanto, necessidade de reforço das medidas nas fronteiras para quem viaja de Macau, Hong Kong ou da China para Portugal. Ainda assim, está a ser equacionada “para muito breve” a distribuição de cartões de localização dos passageiros nestes voos. A ministra promete analisar, “em tempo oportuno”, a possibilidade de a lei vir a prever a quarentena obrigatória neste tipo de casos

 

[dropcap]D[/dropcap]isse que, para já, não serão implementadas medidas nas fronteiras, apesar das muitas críticas ouvidas pelo nosso jornal por parte de cidadãos portugueses a residir em Macau que viajaram voluntariamente para Portugal. Porquê o adiamento de uma tomada de decisão desta natureza?

Até agora não há evidência de necessidade de reforço de medidas. As decisões nesse sentido serão consideradas em linha com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças, sempre numa medida de proporcionalidade e numa permanente observação e avaliação da evolução do surto de coronavírus. Sublinhe-se que a quase totalidade dos países da União Europeia (UE) segue precisamente as mesmas recomendações.

Há espaço para debater uma eventual mudança na legislação relativamente à questão da quarentena obrigatória?

Ao abrigo da Lei n.º 81/2009, de 21 de Agosto, e da nova Lei de Bases da Saúde, a possibilidade de determinação de isolamento profilático obrigatório não está afastada, enquanto medida de excepção e em contexto de emergência em saúde pública. A reponderação de quaisquer aspectos deste regime ou de outros, com ele conexos, a entender-se necessária, será efectuada em momento oportuno.

Qual o balanço da última reunião em Bruxelas sobre o novo coronavírus? Além da possibilidade de serem distribuídos formulários aos viajantes, que outras medidas podem vir a ser tomadas?

Foi uma reunião muito construtiva, com todos os países a reforçar a preocupação em adoptar medidas proporcionais e de acordo com aquilo que é a evidência científica e as recomendações da OMS e do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças. Nos voos originários da China com destino a Portugal são já distribuídos a bordo folhetos informativos com aconselhamento e contactos úteis relativos ao coronavírus. Portugal está a equacionar para muito breve a distribuição de cartões de localização dos passageiros nestes voos. Esta e qualquer medida serão tomadas em linha com as recomendações das autoridades sanitárias referidas.

Esta crise causada pelo surto de um novo coronavírus vai obrigar a repensar estratégias por parte do Ministério da Saúde no que diz respeito à resposta dada pelo Serviço Nacional de Saúde?

As unidades do Serviço Nacional de Saúde têm preparadas os respectivos Planos de Contingência para infecções emergentes. A Direcção-Geral da Saúde tem seguido, desde o primeiro momento, o desenvolvimento do surto de Coronavírus no contexto da identificação do novo vírus. Foi activado o dispositivo de Saúde Pública do país, com monitorização e vigilância epidemiológica, gestão e comunicação de risco, habituais nestas situações.

Como avalia a postura das autoridades chinesas no que diz respeito ao diálogo com outros países relativamente ao coronavírus?

As autoridades chinesas têm mantido uma postura de total cooperação sobre esta matéria.

24 Fev 2020

Covid-19 | Número de mortos sobe para 2.442 na China continental

[dropcap]O[/dropcap] número de mortos de coronavírus Covid-19 subiu hoje para 2.442 na China continental, com mais 97 vítimas mortais nas últimas 24 horas, anunciaram as autoridades. A Comissão de Saúde da China registou mais 648 novos casos de infeção para um total de 76.938.

Na província chinesa de Hubei, sobretudo na cidade de Wuhan, onde a epidemia surgiu em dezembro passado, foram registadas 96 novas mortes (menos dez do que no sábado) e mais 630 pessoas infectadas (264 mais) com o Covid-19.

Há um mês, as autoridades chinesas isolaram Wuhan e, em seguida várias cidades de Hubei, no centro do país, para tentar controlar a epidemia, medida que abrange cerca de 60 milhões de pessoas.

Mais de 80% dos casos confirmados na China continental encontram-se em Hubei, onde o número de mortos também é mais elevado do que no resto do país.

Além de 2.442 mortos na China continental, morreram seis pessoas no Irão, três no Japão, duas na região chinesa de Hong Kong, duas na Coreia do Sul, duas em Itália, uma nas Filipinas, uma em França e uma em Taiwan.

Em Portugal, já se registaram 12 casos suspeitos, mas nenhum se confirmou.

Segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), há mais de meia centena de casos confirmados na União Europeia e no Reino Unido.

23 Fev 2020

Covid-19 | Número de mortos sobe para 2.442 na China continental

[dropcap]O[/dropcap] número de mortos de coronavírus Covid-19 subiu hoje para 2.442 na China continental, com mais 97 vítimas mortais nas últimas 24 horas, anunciaram as autoridades. A Comissão de Saúde da China registou mais 648 novos casos de infeção para um total de 76.938.
Na província chinesa de Hubei, sobretudo na cidade de Wuhan, onde a epidemia surgiu em dezembro passado, foram registadas 96 novas mortes (menos dez do que no sábado) e mais 630 pessoas infectadas (264 mais) com o Covid-19.
Há um mês, as autoridades chinesas isolaram Wuhan e, em seguida várias cidades de Hubei, no centro do país, para tentar controlar a epidemia, medida que abrange cerca de 60 milhões de pessoas.
Mais de 80% dos casos confirmados na China continental encontram-se em Hubei, onde o número de mortos também é mais elevado do que no resto do país.
Além de 2.442 mortos na China continental, morreram seis pessoas no Irão, três no Japão, duas na região chinesa de Hong Kong, duas na Coreia do Sul, duas em Itália, uma nas Filipinas, uma em França e uma em Taiwan.
Em Portugal, já se registaram 12 casos suspeitos, mas nenhum se confirmou.
Segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), há mais de meia centena de casos confirmados na União Europeia e no Reino Unido.

23 Fev 2020

Filme de Carlos Fraga alerta para discriminação de chineses em Portugal 

[dropcap]U[/dropcap]m grupo de jovens chineses, residentes em Portugal há vários anos, pediu ao realizador Carlos Fraga para fazer um vídeo com o objectivo de combater a discriminação de que a comunidade chinesa em Portugal está a ser vítima devido ao surto do novo coronavírus.

O filme passa-se na zona do Chiado, em Lisboa, onde o grupo de jovens, com máscaras, enverga cartazes que apelam à não discriminação. No final, vários transeuntes dão abraços e apertos de mão, solidários com a acção.

Ao HM, Carlos Fraga diz que resolveu dar o seu contributo a esta causa por conhecer de perto vários casos de discriminação. “Falo principalmente de discriminação no trabalho. Alguns estão dispensados do trabalho durante dois ou três meses, quando são pessoas que nasceram cá ou que vivem cá há vários anos. Não há explicação. Não vieram da China, nem estão cá temporariamente. São diversos os empregos que têm, mas trabalham por conta de outrem. Os que têm negócios próprios, como lojas ou restaurantes, também se estão a ressentir seriamente.”

Com férias e sem trabalho

Anting Xiang, uma das promotoras do vídeo, vive em Portugal há vários anos e trabalha numa loja de uma conhecida marca de alta costura na Avenida da Liberdade há cinco anos. Apesar de não ter viajado para a China recentemente, os chefes pediram-lhe para tirar férias durante dois meses assim que começou a crise do coronavírus. Anting acabou por tirar apenas um mês de férias.

“Ligaram-me a dizer que podia tirar as férias todas naquele momento. Mas tenho uma amiga que tem uma filha na escola e os colegas não querem aproximar-se dela, dizem-lhe coisas más. Os colegas não se querem aproximar no recreio. Por isso quis fazer este vídeo para dizer às pessoas de todo o mundo para nos dar apoio e para dizer que não somos um vírus”, disse ao HM.

A jovem assegura que as lojas na Avenida da Liberdade se ressentiram muito com a falta de turistas chineses. Já Lucas Borges, um colega de trabalho brasileiro, diz ter assistido a muitas cenas na loja, em que clientes estrangeiros evitaram aproximar-se de clientes chineses.

Xu Ye, com 23 anos, também participa no vídeo e viu-se obrigado a deixar de trabalhar temporariamente como agente de viagens. Daniela Yin, trabalhadora num escritório de contabilidade, não foi vítima de discriminação, pois o patrão é chinês. Mas a jovem deseja que o racismo não estrague a boa relação que portugueses sempre tiveram com chineses. “A relação entre a China e Portugal é muito boa e vai desenvolver-se”, adiantou ao HM.

21 Fev 2020

Chave na ignição

[dropcap]O[/dropcap]s sinais são positivos. Ausência de novos casos há mais de uma quinzena. Jardins parcialmente abertos. Mais movimento. Casinos de volta à vida. Admito que, ao contrário do que esperava, ver novamente as luzes dos casinos acesas dá algum alento, apesar de não ter vontade (nunca tive) de fazer apostas. No entanto o sentimento é agridoce.

Na rua, os altifalantes continuam a pregar apelos para evitar concentrações e ficar em casa sempre que possível. As grades de muitos estabelecimentos continuam em baixo e atrás delas não é difícil imaginar algumas histórias trágicas, derivadas da ausência de negócio. Não tenho dúvida que daqui a alguns anos vamos voltar a falar dos dias que estamos a viver e da forma como se deu a volta à situação e o que mudou numa cidade, que talvez nunca mais vai voltar a ser mesma e que, como disse até o empresário Jorge Neto Valente, sofreu danos irrecuperáveis a nível económico.

Vejamos agora como é que Macau e as suas pessoas irão acolher as inúmeras ondas de choque desta crise, que só agora estão a chegar e deverão fazer vir ao de cima todo o tipo dificuldades, mesmo a nível pessoal, económico ou familiar. Não há receitas certas e mesmo as boas ideias para solucionar problemas podem dar errado mas, pelo menos, há boa vontade e parece começar a haver algum alento, pelo menos, para recomeçar em algumas frentes. Acredito que o motor ainda não começou a andar mas pelo menos a chave já está na ignição. Veremos agora se chega a hora de a rodar ou voltar a tirar para esperar mais um pouco.

21 Fev 2020

Surto | China e ASEAN juntos no combate ao Covid-19

[dropcap]A[/dropcap] China e dez países do sudeste asiático concordaram ontem em fortalecer a colaboração para combater o novo coronavírus (Covid-19), que deixou mais de 2.100 mortos e mais de 74.000 infectados na China continental, epicentro da epidemia.

O anúncio foi feito através de uma declaração conjunta dos dez ministros dos Negócios Estrangeiros da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e do ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, após uma reunião especial na capital do Laos.

Os ministros comprometem-se a trocar informações e tecnologia para combater a epidemia.
Prometeram ainda visitas recíprocas de especialistas e a promoção da investigação de medicamentos e vacinas contra o coronavírus.

Também concordaram em combater a desinformação e as notícias falsas, além de ajudar os sectores económicos, especialmente as pequenas e médias empresas, afectados pela epidemia.

“A troca de comunicação entre a ASEAN e a China é essencial”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros da Indonésia, Retno Marsudi, num comunicado de imprensa separado, pedindo que uma linha directa seja estabelecida entre o bloco e Pequim.

Retno também observou a importância de aumentar a educação pública para evitar confusões sobre a epidemia.

Wang Yi agradeceu a ajuda de mais de 160 países e 30 organizações internacionais dada à China.
Alguns países da ASEAN, como Singapura, Vietname e Filipinas, proibiram a entrada de viajantes da China, enquanto a Malásia impôs restrições aos que chegavam da província chinesa de Hubei e o Vietname fechou parte da fronteira terrestre com a China.

No passado, Pequim descreveu essas medidas excessivas e lembrou que a Organização Mundial da Saúde (OMS) aconselhou contra a restrição do tráfego internacional de passageiros.

A ASEAN é composta por Myanmar (Birmânia), Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Singapura, Tailândia e Vietname.

21 Fev 2020

Surto | China e ASEAN juntos no combate ao Covid-19

[dropcap]A[/dropcap] China e dez países do sudeste asiático concordaram ontem em fortalecer a colaboração para combater o novo coronavírus (Covid-19), que deixou mais de 2.100 mortos e mais de 74.000 infectados na China continental, epicentro da epidemia.
O anúncio foi feito através de uma declaração conjunta dos dez ministros dos Negócios Estrangeiros da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e do ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, após uma reunião especial na capital do Laos.
Os ministros comprometem-se a trocar informações e tecnologia para combater a epidemia.
Prometeram ainda visitas recíprocas de especialistas e a promoção da investigação de medicamentos e vacinas contra o coronavírus.
Também concordaram em combater a desinformação e as notícias falsas, além de ajudar os sectores económicos, especialmente as pequenas e médias empresas, afectados pela epidemia.
“A troca de comunicação entre a ASEAN e a China é essencial”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros da Indonésia, Retno Marsudi, num comunicado de imprensa separado, pedindo que uma linha directa seja estabelecida entre o bloco e Pequim.
Retno também observou a importância de aumentar a educação pública para evitar confusões sobre a epidemia.
Wang Yi agradeceu a ajuda de mais de 160 países e 30 organizações internacionais dada à China.
Alguns países da ASEAN, como Singapura, Vietname e Filipinas, proibiram a entrada de viajantes da China, enquanto a Malásia impôs restrições aos que chegavam da província chinesa de Hubei e o Vietname fechou parte da fronteira terrestre com a China.
No passado, Pequim descreveu essas medidas excessivas e lembrou que a Organização Mundial da Saúde (OMS) aconselhou contra a restrição do tráfego internacional de passageiros.
A ASEAN é composta por Myanmar (Birmânia), Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Singapura, Tailândia e Vietname.

21 Fev 2020

Casinos | Reabertura com apostas mínimas ajustadas e para jogadores de Macau

Os casinos voltaram a acender as luzes, mas foram poucos a apostar as suas fichas no dia da reabertura. O HM testemunhou que os jogadores são sobretudo residentes de Macau e que, nalguns casos, o valor da aposta mínima nas mesas de bacará desceu para metade

 

[dropcap]É[/dropcap] um jogo quase sem apostas, aquele que recomeçou ontem. Mas com mais trancas à porta. À entrada a identificação é obrigatória. “Trouxe consigo a declaração de saúde?”, pergunta um segurança do Grand Lisboa, posicionado antes do detector de metais. Pistola de temperatura apontada à cabeça e a entrada está garantida.

O cenário é atípico mas a música e o som de fundo do metal digitalizado a cair é inconfundível. As mesas fechadas podem facilmente ser identificadas pelas barreiras de protecção que foram colocadas à sua volta e aquelas que estão abertas não têm mais do que três cadeiras, onde, noutros tempos, seria normal haver cinco. Tudo pensado para manter a distância mínima entre jogadores, como confirmou um trabalhador do bar do Grand Lisboa.

“Há muito menos pessoas do que estava à espera, mas sem dúvida que as novas medidas que estão a ser aplicadas são boas em termos de prevenção. Além disso é bom voltar depois de estar duas semanas sem trabalhar. E é muito bom para a empresa também”, contou ao HM.

Andando por entre mesas, várias funcionárias de baldes nas mãos, estão encarregues de ir limpando todos os equipamentos de jogo, inclusivamente as cadeiras onde os jogadores estiveram sentados mal acabam de jogar.

“Agora temos uma equipa de limpeza a trabalhar durante todo o dia, a limpar as mesas e os assentos dos jogadores”, explicou ao HM um supervisor do casino do Grand Lisboa de apelido Lao. “No mínimo, temos de assegurar que as mesas são limpas a cada 15 ou 30 minutos e de cada vez que os lugares são utilizados”, assegurou o responsável.

Recorde-se que desde a meia-noite de quinta-feira, momento a partir do qual os casinos foram autorizados a reiniciar actividade, passaram a ser implementadas medidas extraordinárias de prevenção contra o novo tipo de coronavírus, o Covid- 19, para os espaços de jogo, anunciadas pelo Governo através da Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ). Entre elas, para além de ser obrigatória a utilização de máscara por funcionários e jogadores, é mandatório para entrar, que os clientes passem pelo processo de medição da temperatura corporal e apresentem uma declaração de saúde. Nos espaços de jogo propriamente ditos, tiveram de ser redobradas as operações de limpeza e de desinfecção, aplicada uma maior distância entre mesas e não são permitidas apostas em pé, nem aglomerações, pelo que é determinada uma distância mínima entre jogadores. Além disso, o acesso aos casinos passou também a estar vedado a todas a pessoas que tenham estado na província de Hubei, local onde começou a epidemia.

Ajustar expectativas

Mais croupiers do que jogadores compunham a paisagem. O segundo piso estava totalmente encerrado ao público, à excepção das salas de jogo VIP. Os Jogadores, poucos, que na tarde de ontem apostavam nas mesas do casino do Grand Lisboa contavam-se pelos dedos das mãos, sendo raras as vezes em que estavam sentados mais do que três, por mesa. A razão, contou ao HM o supervisor do espaço, deve-se a inexistência de jogadores provenientes do Interior da China

“Há muito pouca gente e não temos jogadores da China”, explicou Lao. “Hoje praticamente só estamos a receber jogadores de Macau”, acrescentou. O responsável mostrou-se satisfeito por voltar ao trabalho e referiu ainda que os clientes não tinham contestado, para já, as novas medidas de prevenção que começaram ontem a ser aplicadas.

Com o número total de mesas limitado no dia da reabertura, a menos de 30 por cento (menos de 1800 mesas), segundo informaram as autoridades, foi ainda assim, visível que as que estavam abertas dificilmente seriam preenchidas. Além disso, o valor pedido para a aposta mínima do bacará foi reduzido para metade nas mesas do Grand Lisboa, como uma supervisora de mesa confirmou ao HM.

“O valor das apostas mínimas foi ajustado neste dia de reabertura. No Bacará, por exemplo, passaram de 1000 patacas para 500 patacas”, disse uma supervisora de mesa de bacará de apelido Cheng.

Apostar a espaços

No casino do Wynn, um dos 29 que reabriram ontem portas, o cenário era o mesmo. Os apostadores escasseiam e funcionárias aguardam de pé, com bandejas, à espera que alguém peça uma bebida para levar à mesa. À entrada o mesmo ritual, mas menor azáfama com a higienização do espaço. Aqui o valor da aposta mínima nas mesas de bacará mantém-se inalterado, nas 1000 patacas, confirmou uma recepcionista do casino. A mesma recepcionista não soube dizer se afluência no dia da reabertura é mais alta do que antes do encerramento, mas espera que a situação possa melhorar em breve.

“Não tenho a certeza se há mais pessoas no casino do que antes, mas é bom voltar ao trabalho e assim, pelo menos, garantimos o nosso trabalho. Espero que as coisas possam melhorar em breve, talvez daqui a um mês”, profetizou.

A área destinada às máquinas de jogo também tem novas regras e nem todas podem ser utilizadas, devido ao cumprimento das novas medidas de prevenção, como explicou ao HM a supervisora responsável por aquela área de jogo.

“Em relação às máquinas também há novas regras e nem todas as máquinas estão a funcionar porque temos de deixar um espaço mínimo de intervalo entre jogadores. Por exemplo numa fileira de três máquinas, a máquina do meio não está ligada ao servidor”, explicou Pansy.

Por entre cadeiras à espera de ser ocupadas, porém, uma apostadora vestida a rigor para a ocasião com um casaco amarelo e brilhantes a adornar o cabelo vai saltando de mesa em mesa, em busca da sorte, talvez. De luvas postas, a mulher não se inibe de apresentar notas, circulando sem restrições de espaço. Afinal, nunca se sabe quando é que a sorte pode bater à porta, mesmo em tempos de azar.

21 Fev 2020

Casinos | Reabertura com apostas mínimas ajustadas e para jogadores de Macau

Os casinos voltaram a acender as luzes, mas foram poucos a apostar as suas fichas no dia da reabertura. O HM testemunhou que os jogadores são sobretudo residentes de Macau e que, nalguns casos, o valor da aposta mínima nas mesas de bacará desceu para metade

 
[dropcap]É[/dropcap] um jogo quase sem apostas, aquele que recomeçou ontem. Mas com mais trancas à porta. À entrada a identificação é obrigatória. “Trouxe consigo a declaração de saúde?”, pergunta um segurança do Grand Lisboa, posicionado antes do detector de metais. Pistola de temperatura apontada à cabeça e a entrada está garantida.
O cenário é atípico mas a música e o som de fundo do metal digitalizado a cair é inconfundível. As mesas fechadas podem facilmente ser identificadas pelas barreiras de protecção que foram colocadas à sua volta e aquelas que estão abertas não têm mais do que três cadeiras, onde, noutros tempos, seria normal haver cinco. Tudo pensado para manter a distância mínima entre jogadores, como confirmou um trabalhador do bar do Grand Lisboa.
“Há muito menos pessoas do que estava à espera, mas sem dúvida que as novas medidas que estão a ser aplicadas são boas em termos de prevenção. Além disso é bom voltar depois de estar duas semanas sem trabalhar. E é muito bom para a empresa também”, contou ao HM.
Andando por entre mesas, várias funcionárias de baldes nas mãos, estão encarregues de ir limpando todos os equipamentos de jogo, inclusivamente as cadeiras onde os jogadores estiveram sentados mal acabam de jogar.
“Agora temos uma equipa de limpeza a trabalhar durante todo o dia, a limpar as mesas e os assentos dos jogadores”, explicou ao HM um supervisor do casino do Grand Lisboa de apelido Lao. “No mínimo, temos de assegurar que as mesas são limpas a cada 15 ou 30 minutos e de cada vez que os lugares são utilizados”, assegurou o responsável.
Recorde-se que desde a meia-noite de quinta-feira, momento a partir do qual os casinos foram autorizados a reiniciar actividade, passaram a ser implementadas medidas extraordinárias de prevenção contra o novo tipo de coronavírus, o Covid- 19, para os espaços de jogo, anunciadas pelo Governo através da Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ). Entre elas, para além de ser obrigatória a utilização de máscara por funcionários e jogadores, é mandatório para entrar, que os clientes passem pelo processo de medição da temperatura corporal e apresentem uma declaração de saúde. Nos espaços de jogo propriamente ditos, tiveram de ser redobradas as operações de limpeza e de desinfecção, aplicada uma maior distância entre mesas e não são permitidas apostas em pé, nem aglomerações, pelo que é determinada uma distância mínima entre jogadores. Além disso, o acesso aos casinos passou também a estar vedado a todas a pessoas que tenham estado na província de Hubei, local onde começou a epidemia.

Ajustar expectativas

Mais croupiers do que jogadores compunham a paisagem. O segundo piso estava totalmente encerrado ao público, à excepção das salas de jogo VIP. Os Jogadores, poucos, que na tarde de ontem apostavam nas mesas do casino do Grand Lisboa contavam-se pelos dedos das mãos, sendo raras as vezes em que estavam sentados mais do que três, por mesa. A razão, contou ao HM o supervisor do espaço, deve-se a inexistência de jogadores provenientes do Interior da China
“Há muito pouca gente e não temos jogadores da China”, explicou Lao. “Hoje praticamente só estamos a receber jogadores de Macau”, acrescentou. O responsável mostrou-se satisfeito por voltar ao trabalho e referiu ainda que os clientes não tinham contestado, para já, as novas medidas de prevenção que começaram ontem a ser aplicadas.
Com o número total de mesas limitado no dia da reabertura, a menos de 30 por cento (menos de 1800 mesas), segundo informaram as autoridades, foi ainda assim, visível que as que estavam abertas dificilmente seriam preenchidas. Além disso, o valor pedido para a aposta mínima do bacará foi reduzido para metade nas mesas do Grand Lisboa, como uma supervisora de mesa confirmou ao HM.
“O valor das apostas mínimas foi ajustado neste dia de reabertura. No Bacará, por exemplo, passaram de 1000 patacas para 500 patacas”, disse uma supervisora de mesa de bacará de apelido Cheng.

Apostar a espaços

No casino do Wynn, um dos 29 que reabriram ontem portas, o cenário era o mesmo. Os apostadores escasseiam e funcionárias aguardam de pé, com bandejas, à espera que alguém peça uma bebida para levar à mesa. À entrada o mesmo ritual, mas menor azáfama com a higienização do espaço. Aqui o valor da aposta mínima nas mesas de bacará mantém-se inalterado, nas 1000 patacas, confirmou uma recepcionista do casino. A mesma recepcionista não soube dizer se afluência no dia da reabertura é mais alta do que antes do encerramento, mas espera que a situação possa melhorar em breve.
“Não tenho a certeza se há mais pessoas no casino do que antes, mas é bom voltar ao trabalho e assim, pelo menos, garantimos o nosso trabalho. Espero que as coisas possam melhorar em breve, talvez daqui a um mês”, profetizou.
A área destinada às máquinas de jogo também tem novas regras e nem todas podem ser utilizadas, devido ao cumprimento das novas medidas de prevenção, como explicou ao HM a supervisora responsável por aquela área de jogo.
“Em relação às máquinas também há novas regras e nem todas as máquinas estão a funcionar porque temos de deixar um espaço mínimo de intervalo entre jogadores. Por exemplo numa fileira de três máquinas, a máquina do meio não está ligada ao servidor”, explicou Pansy.
Por entre cadeiras à espera de ser ocupadas, porém, uma apostadora vestida a rigor para a ocasião com um casaco amarelo e brilhantes a adornar o cabelo vai saltando de mesa em mesa, em busca da sorte, talvez. De luvas postas, a mulher não se inibe de apresentar notas, circulando sem restrições de espaço. Afinal, nunca se sabe quando é que a sorte pode bater à porta, mesmo em tempos de azar.

21 Fev 2020

Cáritas | Alojados 400 não-residentes em Macau

[dropcap]C[/dropcap]erca de 400 colaboradores da Cáritas Macau, residentes no Interior, estão alojados no território para reduzir os riscos de contágio com o coronavírus Covid-19. A informação foi avançada à Lusa pelo secretário-geral da instituição, Paulo Pun.
“Temos 400 colaboradores do Interior em instalações da instituição, em casas de familiares ou amigos para não terem de atravessar a fronteira e, assim, diminuir o risco de serem infectados com o vírus”, explicou Paulo Pun.
O secretário-geral da Cáritas Macau afirmou que a instituição está “centrada em manter os serviços principais, de apoio aos mais vulneráveis, pessoas com deficiência, os que precisam de cuidados continuados e de idosos que vivem sozinhos, muitos com problemas de mobilidade e a habitar em prédios que não têm elevador”.
Outra das preocupações da Cáritas Macau passa por assegurar a protecção do pessoal e dos cuidadores, tendo adoptado regras apertadas que vão desde a redução do tempo passado fora da instituição, na rua, até ao uso de máscaras, luvas e uso de desinfectantes.
Paulo Pun destacou ainda os donativos que a instituição tem recebido, seja em géneros alimentícios, dinheiro e máscaras, ações que “estão em sintonia com a filosofia da Cáritas, de ajudar o próximo, de trabalharmos em conjunto enquanto sociedade”, salientou o responsável.
A Cáritas Macau providencia serviços sociais que abrangem os mais idosos e deficientes, passando pelo apoio aos mais jovens e menores, até às vítimas de violência doméstica.

21 Fev 2020

Cáritas | Alojados 400 não-residentes em Macau

[dropcap]C[/dropcap]erca de 400 colaboradores da Cáritas Macau, residentes no Interior, estão alojados no território para reduzir os riscos de contágio com o coronavírus Covid-19. A informação foi avançada à Lusa pelo secretário-geral da instituição, Paulo Pun.

“Temos 400 colaboradores do Interior em instalações da instituição, em casas de familiares ou amigos para não terem de atravessar a fronteira e, assim, diminuir o risco de serem infectados com o vírus”, explicou Paulo Pun.

O secretário-geral da Cáritas Macau afirmou que a instituição está “centrada em manter os serviços principais, de apoio aos mais vulneráveis, pessoas com deficiência, os que precisam de cuidados continuados e de idosos que vivem sozinhos, muitos com problemas de mobilidade e a habitar em prédios que não têm elevador”.

Outra das preocupações da Cáritas Macau passa por assegurar a protecção do pessoal e dos cuidadores, tendo adoptado regras apertadas que vão desde a redução do tempo passado fora da instituição, na rua, até ao uso de máscaras, luvas e uso de desinfectantes.

Paulo Pun destacou ainda os donativos que a instituição tem recebido, seja em géneros alimentícios, dinheiro e máscaras, ações que “estão em sintonia com a filosofia da Cáritas, de ajudar o próximo, de trabalharmos em conjunto enquanto sociedade”, salientou o responsável.

A Cáritas Macau providencia serviços sociais que abrangem os mais idosos e deficientes, passando pelo apoio aos mais jovens e menores, até às vítimas de violência doméstica.

21 Fev 2020