Covid-19 | Macau vai obrigar a exame médico quem tenha estado na Noruega nos últimos 14 dias

[dropcap]O[/dropcap] Governo de Macau anunciou hoje que, a partir das 12h00 de quinta-feira, quem tenha estado na Noruega nos 14 dias anteriores à entrada no território será sujeito a exame médico.
“A partir das 12:00 do dia 12 de Março de 2020, passa a exigir a todos os indivíduos que tenham estado na Noruega, nos 14 dias anteriores à entrada em Macau, que sejam sujeitos a exame médico”, detalhou em comunicado o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus de Macau.
A razão desta tomada de decisão tem a ver com a recente “evolução epidémica do coronavírus Covid-19 na Noruega, que se tornou mais grave”, explicaram as autoridades de Macau.
“O Centro de Coordenação de Contingência de Novo Tipo de Coronavírus alerta que os infractores podem estar sujeitos a medidas de isolamento compulsório, além da sua responsabilidade criminal”, frisaram as autoridades.
Segundos os últimos dados oficiais disponibilizados pelo Instituto Norueguês de Saúde Pública no seu site, na terça-feira, foram confirmados mais 85 casos de novo coronavírus “nas últimas 24 horas, perfazendo um total de 277”.
Horas antes, na conferência de imprensa diária das autoridades de Macau sobre o Covid-19, O Governo de Macau disse estar a ponderar colocar mais países europeus na lista de alta incidência epidémica de Covid-19 e assim impor uma quarentena de 14 dias a quem tenha estado nesses países.
Esta afirmação surge um dia depois de ter entrado em vigor a imposição de uma quarentena de 14 dias para quem tenha estado na Alemanha, Espanha, França ou Japão nos 14 dias anteriores à entrada em Macau, território que há 36 dias que não regista casos novos de infecção. Esta medida vigora também, há algumas semanas, para as pessoas provenientes da Coreia do Sul de Itália e do Irão.

11 Mar 2020

Covid-19 | Director da Faculdade Medicina do Porto destaca sucesso de Macau em carta

[dropcap]A[/dropcap]ltamiro da Costa Pereira, director da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, especialista em Epidemiologia e Saúde Pública, alertou hoje para “a necessidade de se virem a tomar, com urgência, medidas mais restritivas que possam ainda vir a conter esta grave pandemia” em Portugal.

Numa carta aberta ao Conselho Nacional de Saúde Pública, que reúne esta quarta-feira em Lisboa, o responsável frisou o caso bem sucedido de Macau no combate ao novo coronavírus.

“Na China, uma vez reconhecida a magnitude do problema, rapidamente foram colocadas em prática medidas de quarentena cuja efetividade é hoje por demais notória. De facto, Wuhan começa a voltar à normalidade, Macau já não tem novos casos há mais de um mês , e em território chinês teme-se agora os casos importados! Já a Itália demorou mais tempo a tomar medidas mais restritivas, agindo maioritariamente de forma reactiva à medida que o número de novos casos disparava (e com os graus de liberdade inerentes às democracias)”, aponta.

Na mesma carta, Altamiro da Costa Pereira defende que “o ‘timing’ para adopção das inevitáveis medidas mais restritivas em Portugal poderá ter importantes consequências. Na verdade, é possível fazê-lo agora e prevenir ao máximo o número de novos casos de infeção, ou é possível manter a atitude que tem sido adoptada de apenas actuar quando surgem novos casos”.

SNS está “exaurido”

Segundo Altamiro da Costa Pereira, “por mais problemas sociais ou prejuízos económicos que venham a existir, no imediato – face às eventuais medidas de contenção que urge serem tomadas –, estes serão certamente bem menores do que aqueles que poderão advir dentro de duas a quatro semanas quando enfrentarmos o pico da epidemia, já com um SNS exaurido e uma população desamparada e desiludida”.

Neste seu contributo acerca da epidemia de Covid-19, em Portugal, Altamiro da Costa Pereira afirma que a sua “principal preocupação tem que ver com a limitada capacidade de resposta do SNS para enfrentar uma sobrecarga de procura”.

“Se as dificuldades do SNS já eram evidentes antes da epidemia por Covid-19 (algo que se verifica, por exemplo, na dificuldade de manter urgências abertas e funcionais de alguns serviços hospitalares) e se a Linha de Saúde SNS24 já não consegue dar resposta a todas as chamadas neste preciso momento, é de esperar o pior – ou seja, uma situação mais próxima do colapso – com o passar do tempo e subsequente aumento exponencial do número de casos de infeção Covid-19”, sustentou.

Actuar de forma rápida

Considerando que a voz do Conselho Nacional de Saúde Pública será muito importante para o aconselhamento das autoridades de saúde e do Governo português, Altamiro da Costa Pereira defende que “actuar rapidamente de forma preventiva e efectiva parece-me ser uma absoluta necessidade nesta fase de evolução da epidemia”.

“De facto, embora o enfrentamento de uma epidemia destas proporções e num mundo de tal forma globalizado seja algo inédito para todos nós, o facto de os primeiros casos de infeção Covid-19 em Portugal terem sido diagnosticados mais tardiamente que na maioria dos restantes países europeus abre-nos uma janela de oportunidade para implementarmos medidas efectivas de forma preventiva”, considera o director da Faculdade de Medicina do Porto.

Em seu entender, “é ilusório pensar que os próximos dias/semanas não trarão consigo muitos mais novos casos de infecção Covid-19. Nesse sentido, vale a pena olhar para os dois países com um maior número de casos confirmados de infecção e para o modo como foram capazes de responder à mesma”.

No final, sublinha o especialista, Itália acabou por ter de decretar quarentena, mas quando o fez já mais de 9000 pessoas tinham sido infectadas e mais de 400 tinham morrido . Acresce que nos hospitais italianos, já há relatos da necessidade de fazer opções relativamente a quem tratar, e o descontrolo italiano foi parte da causa da rápida disseminação da infeção a outros países europeus.

“A Itália mostra-nos que este último caminho pode revelar-se demasiadamente perigoso, tanto em termos humanos como em termos socio-económicos”, frisa.

A carta aberta do Diretor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto ao Conselho Nacional de Saúde Pública é subscrita pelo Conselho Nacional das Escolas Médicas. Altamiro da Costa Pereira é doutorado em Epidemiologia e Saúde Pública, pela Universidade de Dundee, Reino Unido, fundador e coordenador de uma unidade de investigação financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), o Centro de Investigação de Tecnologias e Sistemas de Informação em Saúde (CINTESIS), ex-director do Departamento de Medicina da Comunidade, Informação e Decisão em Saúde da FMUP e actual director da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.

11 Mar 2020

Covid-19 | Director da Faculdade Medicina do Porto destaca sucesso de Macau em carta

[dropcap]A[/dropcap]ltamiro da Costa Pereira, director da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, especialista em Epidemiologia e Saúde Pública, alertou hoje para “a necessidade de se virem a tomar, com urgência, medidas mais restritivas que possam ainda vir a conter esta grave pandemia” em Portugal.
Numa carta aberta ao Conselho Nacional de Saúde Pública, que reúne esta quarta-feira em Lisboa, o responsável frisou o caso bem sucedido de Macau no combate ao novo coronavírus.
“Na China, uma vez reconhecida a magnitude do problema, rapidamente foram colocadas em prática medidas de quarentena cuja efetividade é hoje por demais notória. De facto, Wuhan começa a voltar à normalidade, Macau já não tem novos casos há mais de um mês , e em território chinês teme-se agora os casos importados! Já a Itália demorou mais tempo a tomar medidas mais restritivas, agindo maioritariamente de forma reactiva à medida que o número de novos casos disparava (e com os graus de liberdade inerentes às democracias)”, aponta.
Na mesma carta, Altamiro da Costa Pereira defende que “o ‘timing’ para adopção das inevitáveis medidas mais restritivas em Portugal poderá ter importantes consequências. Na verdade, é possível fazê-lo agora e prevenir ao máximo o número de novos casos de infeção, ou é possível manter a atitude que tem sido adoptada de apenas actuar quando surgem novos casos”.

SNS está “exaurido”

Segundo Altamiro da Costa Pereira, “por mais problemas sociais ou prejuízos económicos que venham a existir, no imediato – face às eventuais medidas de contenção que urge serem tomadas –, estes serão certamente bem menores do que aqueles que poderão advir dentro de duas a quatro semanas quando enfrentarmos o pico da epidemia, já com um SNS exaurido e uma população desamparada e desiludida”.
Neste seu contributo acerca da epidemia de Covid-19, em Portugal, Altamiro da Costa Pereira afirma que a sua “principal preocupação tem que ver com a limitada capacidade de resposta do SNS para enfrentar uma sobrecarga de procura”.
“Se as dificuldades do SNS já eram evidentes antes da epidemia por Covid-19 (algo que se verifica, por exemplo, na dificuldade de manter urgências abertas e funcionais de alguns serviços hospitalares) e se a Linha de Saúde SNS24 já não consegue dar resposta a todas as chamadas neste preciso momento, é de esperar o pior – ou seja, uma situação mais próxima do colapso – com o passar do tempo e subsequente aumento exponencial do número de casos de infeção Covid-19”, sustentou.

Actuar de forma rápida

Considerando que a voz do Conselho Nacional de Saúde Pública será muito importante para o aconselhamento das autoridades de saúde e do Governo português, Altamiro da Costa Pereira defende que “actuar rapidamente de forma preventiva e efectiva parece-me ser uma absoluta necessidade nesta fase de evolução da epidemia”.
“De facto, embora o enfrentamento de uma epidemia destas proporções e num mundo de tal forma globalizado seja algo inédito para todos nós, o facto de os primeiros casos de infeção Covid-19 em Portugal terem sido diagnosticados mais tardiamente que na maioria dos restantes países europeus abre-nos uma janela de oportunidade para implementarmos medidas efectivas de forma preventiva”, considera o director da Faculdade de Medicina do Porto.
Em seu entender, “é ilusório pensar que os próximos dias/semanas não trarão consigo muitos mais novos casos de infecção Covid-19. Nesse sentido, vale a pena olhar para os dois países com um maior número de casos confirmados de infecção e para o modo como foram capazes de responder à mesma”.
No final, sublinha o especialista, Itália acabou por ter de decretar quarentena, mas quando o fez já mais de 9000 pessoas tinham sido infectadas e mais de 400 tinham morrido . Acresce que nos hospitais italianos, já há relatos da necessidade de fazer opções relativamente a quem tratar, e o descontrolo italiano foi parte da causa da rápida disseminação da infeção a outros países europeus.
“A Itália mostra-nos que este último caminho pode revelar-se demasiadamente perigoso, tanto em termos humanos como em termos socio-económicos”, frisa.
A carta aberta do Diretor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto ao Conselho Nacional de Saúde Pública é subscrita pelo Conselho Nacional das Escolas Médicas. Altamiro da Costa Pereira é doutorado em Epidemiologia e Saúde Pública, pela Universidade de Dundee, Reino Unido, fundador e coordenador de uma unidade de investigação financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), o Centro de Investigação de Tecnologias e Sistemas de Informação em Saúde (CINTESIS), ex-director do Departamento de Medicina da Comunidade, Informação e Decisão em Saúde da FMUP e actual director da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.

11 Mar 2020

Covid-19 | Empresas de Wuhan autorizadas a retomar “gradualmente” a actividade

[dropcap]A[/dropcap]s empresas na cidade chinesa de Wuhan, epicentro do surto de Covid-19 e em quarentena desde Janeiro passado, podem retomar “gradualmente” a actividade, informaram hoje as autoridades locais. Para as empresas que produzem bens e serviços essenciais a retoma deve ser imediata, detalhou o Governo da província de Hubei, do qual Wuhan é a capital.

Nesta categoria estão incluídas empresas de equipamento médico e farmácias, serviços públicos como fornecimento de gás, electricidade ou aquecimento, supermercados de produtos frescos e a produção agrícola.

As empresas de outros sectores de actividade, mas com “grande importância na cadeia produtiva nacional e internacional”, poderão retomar o trabalho após obterem autorização. As outras empresas não poderão reiniciar actividade até 21 de Março.

Regras semelhantes serão aplicadas nas áreas de “alto risco” no resto da província: empresas ligadas à prevenção da epidemia, necessidades básicas e serviços públicos podem voltar ao trabalho. Em territórios classificados como de “risco moderado ou baixo”, mais empresas serão autorizadas a voltar ao trabalho.

O transporte de passageiros de avião, comboio, carro, barco e autocarro pode também “gradualmente ser retomado” em áreas de “risco moderado ou baixo”, que exclui Wuhan, detalhou o Governo de Hubei, sem adiantar uma data específica.

Situada no centro da China, a província de Hubei concentra a maioria dos casos e mortes devido ao Covid-19 registados a nível mundial, 67.773 e 3.046, respectivamente. As medidas de isolamento afectaram quase 60 milhões de pessoas distribuídas por 15 cidades da província.

As autoridades de saúde de Hubei anunciaram hoje apenas 13 novas infecções nas últimas 24 horas – todas em Wuhan.

11 Mar 2020

Covid-19 | Empresas de Wuhan autorizadas a retomar “gradualmente” a actividade

[dropcap]A[/dropcap]s empresas na cidade chinesa de Wuhan, epicentro do surto de Covid-19 e em quarentena desde Janeiro passado, podem retomar “gradualmente” a actividade, informaram hoje as autoridades locais. Para as empresas que produzem bens e serviços essenciais a retoma deve ser imediata, detalhou o Governo da província de Hubei, do qual Wuhan é a capital.
Nesta categoria estão incluídas empresas de equipamento médico e farmácias, serviços públicos como fornecimento de gás, electricidade ou aquecimento, supermercados de produtos frescos e a produção agrícola.
As empresas de outros sectores de actividade, mas com “grande importância na cadeia produtiva nacional e internacional”, poderão retomar o trabalho após obterem autorização. As outras empresas não poderão reiniciar actividade até 21 de Março.
Regras semelhantes serão aplicadas nas áreas de “alto risco” no resto da província: empresas ligadas à prevenção da epidemia, necessidades básicas e serviços públicos podem voltar ao trabalho. Em territórios classificados como de “risco moderado ou baixo”, mais empresas serão autorizadas a voltar ao trabalho.
O transporte de passageiros de avião, comboio, carro, barco e autocarro pode também “gradualmente ser retomado” em áreas de “risco moderado ou baixo”, que exclui Wuhan, detalhou o Governo de Hubei, sem adiantar uma data específica.
Situada no centro da China, a província de Hubei concentra a maioria dos casos e mortes devido ao Covid-19 registados a nível mundial, 67.773 e 3.046, respectivamente. As medidas de isolamento afectaram quase 60 milhões de pessoas distribuídas por 15 cidades da província.
As autoridades de saúde de Hubei anunciaram hoje apenas 13 novas infecções nas últimas 24 horas – todas em Wuhan.

11 Mar 2020

Covid-19 | China envia equipa de especialistas a Itália para apoiar no combate ao surto

[dropcap]A[/dropcap] China vai enviar uma equipa de especialistas a Itália para apoiar no combate ao surto do Covid-19, à medida que o país europeu se converte no segundo com mais casos de infecção a nível mundial. “A China está a preparar-se para enviar uma equipa de médicos especialistas a Itália para trabalhar na prevenção e controlo da epidemia”, revelou hoje o porta-voz do ministro chinês dos Negócios Estrangeiros Geng Shuang.

O ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, disse também, em comunicado, que, “apesar de a China continuar a ter alta procura por equipamento médico (…), vai fornecer máscaras a Itália e redobrar os esforços para exportar material de alta necessidade”, face a um pedido das autoridades italianas.

Itália já registou 631 mortos e 10.149 casos de infecção pela doença. Até à meia-noite de quarta-feira, a China continental, que exclui Macau e Hong Kong, contabilizava, no total, 80.778 infectados e 3.158 mortos devido ao novo coronavírus.

No entanto, a maioria das mortes e casos de infeção no país foram registados na província de Hubei, epicentro da epidemia, onde várias cidades permanecem em quarentena, com entradas e saídas bloqueadas, enquanto a maioria das restantes províncias do país não registam novos casos há vários dias.

11 Mar 2020

Covid-19 | China envia equipa de especialistas a Itália para apoiar no combate ao surto

[dropcap]A[/dropcap] China vai enviar uma equipa de especialistas a Itália para apoiar no combate ao surto do Covid-19, à medida que o país europeu se converte no segundo com mais casos de infecção a nível mundial. “A China está a preparar-se para enviar uma equipa de médicos especialistas a Itália para trabalhar na prevenção e controlo da epidemia”, revelou hoje o porta-voz do ministro chinês dos Negócios Estrangeiros Geng Shuang.
O ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, disse também, em comunicado, que, “apesar de a China continuar a ter alta procura por equipamento médico (…), vai fornecer máscaras a Itália e redobrar os esforços para exportar material de alta necessidade”, face a um pedido das autoridades italianas.
Itália já registou 631 mortos e 10.149 casos de infecção pela doença. Até à meia-noite de quarta-feira, a China continental, que exclui Macau e Hong Kong, contabilizava, no total, 80.778 infectados e 3.158 mortos devido ao novo coronavírus.
No entanto, a maioria das mortes e casos de infeção no país foram registados na província de Hubei, epicentro da epidemia, onde várias cidades permanecem em quarentena, com entradas e saídas bloqueadas, enquanto a maioria das restantes províncias do país não registam novos casos há vários dias.

11 Mar 2020

Covid-19 | Ministra diz que Portugal vai entrar na fase de mitigação rapidamente

[dropcap]A[/dropcap] ministra da Saúde afirmou hoje ser inevitável que Portugal entre “dentro de horas ou dias” na fase de mitigação da doença Covid-19, quando se verifica a transmissão comunitária da infecção.

“É inevitável que entremos dentro de horas ou dias” na fase de mitigação, porque “a dinâmica da situação epidemiológica está a ser muito rápida”, afirmou Marta Temido na Comissão Parlamentar de Saúde, em resposta ao deputado do Bloco de Esquerda Moisés Ferreira.

A audição da ministra hoje no parlamento decorreu no dia em que o número de infecções em Portugal subiu para 59 casos face aos 41 registados na terça-feira, o maior aumento diário desde o início da epidemia.

“Tínhamos um conjunto significativo de contactos em vigilância pelas autoridades de saúde, que têm feito um papel notável como foi perceptível em casos acontecidos no Porto e em Coimbra, com o apelo das autoridades de saúde à mobilização social para a identificação de eventuais contactos em eventos que juntaram volumes significativos de pessoas e que tiveram entre eles um caso confirmado”, observou Marta Temido.

Segundo a ministra, a definição de caso de Covid-19 foi alterada na terça-feira pela DGS, explicando que, a partir de agora, passa a ter em conta não só a situação epidemiológica e clínica, mas também a situação de outros síndromes que possam ser, à partida, identificados como a nova doença. “Todos os países estão a fazer, no fundo, este processo à medida que avançamos no combate ao surto”, afirmou.

O deputado Moisés Ferreira advertiu para as dificuldades da Linha SNS 24 e da Linha de Apoio ao Médico. “Continua a haver alguns relatos de muitas horas de espera para atendimento da Linha de Apoio ao Médico e compreendemos que isto é um problema”, disse o deputado, acrescentando que esta situação atrasa a triagem e a sinalização das pessoas para fazerem o teste, o que pode fazer com que “existam pessoas que podem estar contagiadas e que não são devidamente triadas”.

Durante a audição regimental, a ministra foi questionada pela deputada do CDS-PP Rita Bessa se as escolas iam encerrar e se as férias da Páscoa vão ser antecipadas devido à epidemia, lembrando que esta decisão já foi tomada em alguns países.

Apesar de ter remetido a decisão para a reunião do Conselho Nacional de Saúde, que se realiza hoje à tarde, Marta Temido disse que “não são medidas simples” e que é preciso ponderar os efeitos que esta decisão pode significar.

A ministra disse ser um facto que, por exemplo, a Grécia já tomou esta decisão, tendo um cenário parecido com Portugal. “Temos conversado muito entre ministros em Portugal e com os nossos congéneres e o ministro da Educação está a acompanhar essa possibilidade e os impactos que podem ter de ser minimizados noutras áreas”, disse Marta Temido.

A ministra referiu que há “muitas crianças cuja refeição única é na escola e o deixar de ter este ritmo precisa de precaução”, mas que se pode colmatar a trabalhar com outras redes como as autarquias e IPSS para garantir que “ninguém fica desprovido de uma substância básica por estar em isolamento.”

Também é preciso garantir resposta aos idosos e mais vulneráveis, “daí os contactos com as misericórdias, no sentido de ver como se podem usar esses recursos para melhor responder com coisas simples como pão, leite, géneros essenciais”, apontou.

A epidemia de Covid-19 foi detectada em Dezembro, na China, e já provocou mais de 4.300 mortos em mais de cem países e territórios

O número de infectados ultrapassou as 120 mil pessoas, com casos registados em 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 59 casos confirmados

A região Norte continua a registar o maior número de casos confirmados (36), seguida da Grande Lisboa (17) e das regiões Centro e do Algarve (três cada)

O boletim divulgado hoje pela Direção-Geral da Saúde assinala também que há 83 casos a aguardar resultado laboratorial e 3.066 contactos em vigilância, um aumento face aos 667 divulgados na terça-feira.

No total, desde o início da epidemia, a DGS registou 471 casos suspeitos O Conselho Nacional de Saúde Pública (CNSP) reúne-se hoje para discutir medidas de contenção do surto de Covid-19, incluindo a possibilidade de antecipação das férias escolares da Páscoa.

As medidas já adoptadas em Portugal para conter a epidemia incluem, entre outras, a suspensão das ligações aéreas com a Itália, a suspensão ou condicionamento de visitas a hospitais, lares e prisões, e a realização de jogos de futebol sem público.

11 Mar 2020

Covid-19 | Ministra diz que Portugal vai entrar na fase de mitigação rapidamente

[dropcap]A[/dropcap] ministra da Saúde afirmou hoje ser inevitável que Portugal entre “dentro de horas ou dias” na fase de mitigação da doença Covid-19, quando se verifica a transmissão comunitária da infecção.
“É inevitável que entremos dentro de horas ou dias” na fase de mitigação, porque “a dinâmica da situação epidemiológica está a ser muito rápida”, afirmou Marta Temido na Comissão Parlamentar de Saúde, em resposta ao deputado do Bloco de Esquerda Moisés Ferreira.
A audição da ministra hoje no parlamento decorreu no dia em que o número de infecções em Portugal subiu para 59 casos face aos 41 registados na terça-feira, o maior aumento diário desde o início da epidemia.
“Tínhamos um conjunto significativo de contactos em vigilância pelas autoridades de saúde, que têm feito um papel notável como foi perceptível em casos acontecidos no Porto e em Coimbra, com o apelo das autoridades de saúde à mobilização social para a identificação de eventuais contactos em eventos que juntaram volumes significativos de pessoas e que tiveram entre eles um caso confirmado”, observou Marta Temido.
Segundo a ministra, a definição de caso de Covid-19 foi alterada na terça-feira pela DGS, explicando que, a partir de agora, passa a ter em conta não só a situação epidemiológica e clínica, mas também a situação de outros síndromes que possam ser, à partida, identificados como a nova doença. “Todos os países estão a fazer, no fundo, este processo à medida que avançamos no combate ao surto”, afirmou.
O deputado Moisés Ferreira advertiu para as dificuldades da Linha SNS 24 e da Linha de Apoio ao Médico. “Continua a haver alguns relatos de muitas horas de espera para atendimento da Linha de Apoio ao Médico e compreendemos que isto é um problema”, disse o deputado, acrescentando que esta situação atrasa a triagem e a sinalização das pessoas para fazerem o teste, o que pode fazer com que “existam pessoas que podem estar contagiadas e que não são devidamente triadas”.
Durante a audição regimental, a ministra foi questionada pela deputada do CDS-PP Rita Bessa se as escolas iam encerrar e se as férias da Páscoa vão ser antecipadas devido à epidemia, lembrando que esta decisão já foi tomada em alguns países.
Apesar de ter remetido a decisão para a reunião do Conselho Nacional de Saúde, que se realiza hoje à tarde, Marta Temido disse que “não são medidas simples” e que é preciso ponderar os efeitos que esta decisão pode significar.
A ministra disse ser um facto que, por exemplo, a Grécia já tomou esta decisão, tendo um cenário parecido com Portugal. “Temos conversado muito entre ministros em Portugal e com os nossos congéneres e o ministro da Educação está a acompanhar essa possibilidade e os impactos que podem ter de ser minimizados noutras áreas”, disse Marta Temido.
A ministra referiu que há “muitas crianças cuja refeição única é na escola e o deixar de ter este ritmo precisa de precaução”, mas que se pode colmatar a trabalhar com outras redes como as autarquias e IPSS para garantir que “ninguém fica desprovido de uma substância básica por estar em isolamento.”
Também é preciso garantir resposta aos idosos e mais vulneráveis, “daí os contactos com as misericórdias, no sentido de ver como se podem usar esses recursos para melhor responder com coisas simples como pão, leite, géneros essenciais”, apontou.
A epidemia de Covid-19 foi detectada em Dezembro, na China, e já provocou mais de 4.300 mortos em mais de cem países e territórios
O número de infectados ultrapassou as 120 mil pessoas, com casos registados em 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 59 casos confirmados
A região Norte continua a registar o maior número de casos confirmados (36), seguida da Grande Lisboa (17) e das regiões Centro e do Algarve (três cada)
O boletim divulgado hoje pela Direção-Geral da Saúde assinala também que há 83 casos a aguardar resultado laboratorial e 3.066 contactos em vigilância, um aumento face aos 667 divulgados na terça-feira.
No total, desde o início da epidemia, a DGS registou 471 casos suspeitos O Conselho Nacional de Saúde Pública (CNSP) reúne-se hoje para discutir medidas de contenção do surto de Covid-19, incluindo a possibilidade de antecipação das férias escolares da Páscoa.
As medidas já adoptadas em Portugal para conter a epidemia incluem, entre outras, a suspensão das ligações aéreas com a Itália, a suspensão ou condicionamento de visitas a hospitais, lares e prisões, e a realização de jogos de futebol sem público.

11 Mar 2020

Covid-19 | Pequim impõe quarentena a todas as pessoas que cheguem do exterior

[dropcap]T[/dropcap]odas as pessoas que chegarem a Pequim oriundas do exterior terão de cumprir um período de quarentena de 14 dias, informaram hoje as autoridades locais, à medida que o número de casos importados aumenta na capital chinesa.

Além das pessoas que chegam de países gravemente afetados pelo novo coronavírus, e já sujeitas a quarentena, a medida impõe que qualquer passageiro oriundo de um país estrangeiro será colocado “sob observação em casa ou num local previsto para esse fim”, afirmou em conferência de imprensa um funcionário do município de Pequim, Zhang Qiang.

A capital chinesa já estava a forçar passageiros chegados de alguns países gravemente afetados a medidas de quarentena, incluindo Coreia do Sul, Irão, Itália e Japão.

Mas à medida que o número de países afetados pelo surto de Covid-19 cresce, a cidade alargou a medida a todos os passageiros que chegam do exterior. A capital chinesa registou hoje seis novas infeções, cinco pessoas que regressaram de Itália e uma dos Estados Unidos.

A China registou hoje 24 novos casos de contágio pelo Covid-19, incluindo dez “importados”, num dia em que morreram 22 pessoas, informou a Comissão Nacional de Saúde do país asiático.

11 Mar 2020

Covid-19 | Pequim impõe quarentena a todas as pessoas que cheguem do exterior

[dropcap]T[/dropcap]odas as pessoas que chegarem a Pequim oriundas do exterior terão de cumprir um período de quarentena de 14 dias, informaram hoje as autoridades locais, à medida que o número de casos importados aumenta na capital chinesa.
Além das pessoas que chegam de países gravemente afetados pelo novo coronavírus, e já sujeitas a quarentena, a medida impõe que qualquer passageiro oriundo de um país estrangeiro será colocado “sob observação em casa ou num local previsto para esse fim”, afirmou em conferência de imprensa um funcionário do município de Pequim, Zhang Qiang.
A capital chinesa já estava a forçar passageiros chegados de alguns países gravemente afetados a medidas de quarentena, incluindo Coreia do Sul, Irão, Itália e Japão.
Mas à medida que o número de países afetados pelo surto de Covid-19 cresce, a cidade alargou a medida a todos os passageiros que chegam do exterior. A capital chinesa registou hoje seis novas infeções, cinco pessoas que regressaram de Itália e uma dos Estados Unidos.
A China registou hoje 24 novos casos de contágio pelo Covid-19, incluindo dez “importados”, num dia em que morreram 22 pessoas, informou a Comissão Nacional de Saúde do país asiático.

11 Mar 2020

Covid-19 | Dos 41 casos em Portugal um inspira cuidados, um melhorou e restantes estão estáveis

[dropcap]O[/dropcap]s 41 casos de Covid-19 em Portugal estão quase todos estáveis e apenas uma pessoa inspira cuidados, tendo havido uma “evolução positiva” num caso que inspirava cuidados na segunda-feira.

O balanço foi ontem feito pela ministra da Saúde, Marta Temido, e pela directora-geral da Saúde, Graça Freitas, numa conferência de imprensa para dar conta do evoluir da situação da epidemia do novo coronavírus, que provoca a doença Covid-19.

Marta Temido citou os mesmos números que tinham sido divulgados na manhã de ontem, disse que do total de doentes um inspira mais cuidados, e acrescentou que hoje vai reunir o Conselho Nacional de Saúde, que irá discutir questões como a antecipação das férias escolares da Páscoa ou o funcionamento dos grandes museus.

A ministra reafirmou a importância de as populações respeitarem as indicações das autoridades de Saúde, como manterem-se isolados em caso de necessidade, evitarem viajar para zonas de risco, lavarem as mãos e não visitar pessoas vulneráveis.

“É fundamental que nos preparemos para a fase seguinte do surto”, alertou Marta Temido, explicando que as autoridades de Saúde ao mesmo tempo que estão a tentar conter o vírus também estão a preparar-se para um maior fluxo a hospitais ou para colheitas de sangue através do INEM, incluindo ao domicílio.

Quer a ministra quer a diretora-geral explicaram que até agora todos os casos de infeção com o novo coronavírus têm ligação epidemiológica a algum sítio ou caso, e que quando isso deixar de acontecer e a doença se espalhar através de contágio local deverá passar-se da atual fase de contenção para uma fase de mitigação.

“Neste momento os portugueses têm cumprido genericamente as indicações das autoridades de saúde pública”, disse, apelando para que sejam cumpridas as orientações das autoridades.

Questionadas pelos jornalistas, as duas responsáveis disseram que dos 41 casos de infecção um deles está a ser tratado no domicílio, por circunstâncias específicas, algo que no futuro pode ser uma “tendência dominante”, disse Graça Freitas.

Graça Freitas disse também que os bombeiros de todos os distritos vão receber formação das autoridades de saúde locais.

E Marta Temido, também nas respostas aos jornalistas, afirmou que os hospitais procurarão, caso necessário, fazer uma gestão equilibrada dos meios (como ventiladores) e disse que alguns hospitais estão a comprar equipamentos, como ventiladores, e outros a verificar equipamentos que tenham em reserva.

A epidemia de Covid-19 (a doença provocada pelo novo coronavírus) foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.000 mortos. Cerca de 114 mil pessoas foram infectadas em mais de uma centena de países, e mais de 63 mil recuperaram. Portugal registou até ao momento 41 pessoas infectadas.

11 Mar 2020

Covid-19 | Dos 41 casos em Portugal um inspira cuidados, um melhorou e restantes estão estáveis

[dropcap]O[/dropcap]s 41 casos de Covid-19 em Portugal estão quase todos estáveis e apenas uma pessoa inspira cuidados, tendo havido uma “evolução positiva” num caso que inspirava cuidados na segunda-feira.
O balanço foi ontem feito pela ministra da Saúde, Marta Temido, e pela directora-geral da Saúde, Graça Freitas, numa conferência de imprensa para dar conta do evoluir da situação da epidemia do novo coronavírus, que provoca a doença Covid-19.
Marta Temido citou os mesmos números que tinham sido divulgados na manhã de ontem, disse que do total de doentes um inspira mais cuidados, e acrescentou que hoje vai reunir o Conselho Nacional de Saúde, que irá discutir questões como a antecipação das férias escolares da Páscoa ou o funcionamento dos grandes museus.
A ministra reafirmou a importância de as populações respeitarem as indicações das autoridades de Saúde, como manterem-se isolados em caso de necessidade, evitarem viajar para zonas de risco, lavarem as mãos e não visitar pessoas vulneráveis.
“É fundamental que nos preparemos para a fase seguinte do surto”, alertou Marta Temido, explicando que as autoridades de Saúde ao mesmo tempo que estão a tentar conter o vírus também estão a preparar-se para um maior fluxo a hospitais ou para colheitas de sangue através do INEM, incluindo ao domicílio.
Quer a ministra quer a diretora-geral explicaram que até agora todos os casos de infeção com o novo coronavírus têm ligação epidemiológica a algum sítio ou caso, e que quando isso deixar de acontecer e a doença se espalhar através de contágio local deverá passar-se da atual fase de contenção para uma fase de mitigação.
“Neste momento os portugueses têm cumprido genericamente as indicações das autoridades de saúde pública”, disse, apelando para que sejam cumpridas as orientações das autoridades.
Questionadas pelos jornalistas, as duas responsáveis disseram que dos 41 casos de infecção um deles está a ser tratado no domicílio, por circunstâncias específicas, algo que no futuro pode ser uma “tendência dominante”, disse Graça Freitas.
Graça Freitas disse também que os bombeiros de todos os distritos vão receber formação das autoridades de saúde locais.
E Marta Temido, também nas respostas aos jornalistas, afirmou que os hospitais procurarão, caso necessário, fazer uma gestão equilibrada dos meios (como ventiladores) e disse que alguns hospitais estão a comprar equipamentos, como ventiladores, e outros a verificar equipamentos que tenham em reserva.
A epidemia de Covid-19 (a doença provocada pelo novo coronavírus) foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.000 mortos. Cerca de 114 mil pessoas foram infectadas em mais de uma centena de países, e mais de 63 mil recuperaram. Portugal registou até ao momento 41 pessoas infectadas.

11 Mar 2020

Covid-19 | Epidemia já matou 4.251 pessoas no mundo e infectou mais de 117 mil

[dropcap]O[/dropcap] número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus em todo o mundo aumentou para 117.339, das quais morreram 4.251, segundo um balanço feito pela agência noticiosa France Presse (AFP), com dados actualizados às 17:00 de hoje.

Citando fontes oficiais, a AFP diz que, desde que o surto de Covid-19 (a doença provocada pelo novo coronavírus) eclodiu em Dezembro de 2019 na China, foram registadas 4.084 novas contaminações e 287 novas mortes em 107 países e territórios desde o balanço efectuado às 17:00 de segunda-feira.

A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau) teve 80.754 casos, incluindo 3.136 mortes. Entre as 17:00 de segunda-feira e as 17:00 de hoje foram anunciadas 19 novas infecções e 17 novas mortes no país. Em outras partes do mundo, foram registados 36.585 casos (4.065 novos casos) até às 17:00 de hoje, incluindo 1.115 mortes (270 novas).

Os países mais afectados depois da China são a Itália, com 10.149 casos (977 novos) e 631 mortes; o Irão, com 8.042 casos (881 novos) e 291 mortes; a Coreia do Sul, com 7.513 casos (131 novos) e 54 mortes e a Espanha, com 1.622 casos (623 novos) e 35 óbitos.

Desde as 17:00 de segunda-feira, a China, Itália, o Irão, a Coreia do Sul, Espanha, os Estados Unidos, França, Reino Unido, Países Baixos, Suíça, Marrocos, Líbano e Canadá registaram novas mortes.

O Burkina Faso, o Panamá, a República Democrática do Congo, a Mongólia e Chipre do Norte (república turca auto-proclamada e não reconhecida pela comunidade internacional) anunciaram hoje os primeiros casos.

A Ásia registou até às 17:00 de hoje 90.134 casos (3.208 mortes), a Europa 17.670 casos (711 mortes), o Médio Oriente 8.541 casos (299 mortes), Estados Unidos e Canadá 679 casos (27 mortes), Oceânia 112 casos (três mortes), América Latina e Caraíbas 103 casos (uma morte) e África 100 casos (duas mortes).

Este balanço da AFP foi elaborado com dados recolhidos junto das autoridades nacionais competentes e informações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Mais de 117 mil pessoas foram infectadas em mais de uma centena de países e mais de 63 mil recuperaram. Portugal regista 41 casos confirmados de infecção, segundo a DGS.

A DGS comunicou também que em Portugal se atingiu um total de 375 casos suspeitos desde o início da epidemia, 83 dos quais ainda a aguardar resultados laboratoriais.

Face ao aumento de casos, o Governo ordenou a suspensão temporária de visitas em hospitais, lares e estabelecimentos prisionais na região Norte, até agora a mais afetada.

Foram também encerrados alguns estabelecimentos de ensino, sobretudo no Norte do País, assim como ginásios, bibliotecas, piscinas e cinemas.

Os residentes nos concelhos de Felgueiras e Lousada, no distrito do Porto, foram aconselhados a evitar deslocações desnecessárias.

11 Mar 2020

Covid-19 | Epidemia já matou 4.251 pessoas no mundo e infectou mais de 117 mil

[dropcap]O[/dropcap] número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus em todo o mundo aumentou para 117.339, das quais morreram 4.251, segundo um balanço feito pela agência noticiosa France Presse (AFP), com dados actualizados às 17:00 de hoje.
Citando fontes oficiais, a AFP diz que, desde que o surto de Covid-19 (a doença provocada pelo novo coronavírus) eclodiu em Dezembro de 2019 na China, foram registadas 4.084 novas contaminações e 287 novas mortes em 107 países e territórios desde o balanço efectuado às 17:00 de segunda-feira.
A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau) teve 80.754 casos, incluindo 3.136 mortes. Entre as 17:00 de segunda-feira e as 17:00 de hoje foram anunciadas 19 novas infecções e 17 novas mortes no país. Em outras partes do mundo, foram registados 36.585 casos (4.065 novos casos) até às 17:00 de hoje, incluindo 1.115 mortes (270 novas).
Os países mais afectados depois da China são a Itália, com 10.149 casos (977 novos) e 631 mortes; o Irão, com 8.042 casos (881 novos) e 291 mortes; a Coreia do Sul, com 7.513 casos (131 novos) e 54 mortes e a Espanha, com 1.622 casos (623 novos) e 35 óbitos.
Desde as 17:00 de segunda-feira, a China, Itália, o Irão, a Coreia do Sul, Espanha, os Estados Unidos, França, Reino Unido, Países Baixos, Suíça, Marrocos, Líbano e Canadá registaram novas mortes.
O Burkina Faso, o Panamá, a República Democrática do Congo, a Mongólia e Chipre do Norte (república turca auto-proclamada e não reconhecida pela comunidade internacional) anunciaram hoje os primeiros casos.
A Ásia registou até às 17:00 de hoje 90.134 casos (3.208 mortes), a Europa 17.670 casos (711 mortes), o Médio Oriente 8.541 casos (299 mortes), Estados Unidos e Canadá 679 casos (27 mortes), Oceânia 112 casos (três mortes), América Latina e Caraíbas 103 casos (uma morte) e África 100 casos (duas mortes).
Este balanço da AFP foi elaborado com dados recolhidos junto das autoridades nacionais competentes e informações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Mais de 117 mil pessoas foram infectadas em mais de uma centena de países e mais de 63 mil recuperaram. Portugal regista 41 casos confirmados de infecção, segundo a DGS.
A DGS comunicou também que em Portugal se atingiu um total de 375 casos suspeitos desde o início da epidemia, 83 dos quais ainda a aguardar resultados laboratoriais.
Face ao aumento de casos, o Governo ordenou a suspensão temporária de visitas em hospitais, lares e estabelecimentos prisionais na região Norte, até agora a mais afetada.
Foram também encerrados alguns estabelecimentos de ensino, sobretudo no Norte do País, assim como ginásios, bibliotecas, piscinas e cinemas.
Os residentes nos concelhos de Felgueiras e Lousada, no distrito do Porto, foram aconselhados a evitar deslocações desnecessárias.

11 Mar 2020

Covid-19 | Número de novos casos volta a subir na China

[dropcap]A[/dropcap] China registou hoje 24 novos casos de contágio pelo Covid-19, incluindo dez “importados”, ao mesmo tempo que morreram 22 pessoas, informou a Comissão Nacional de Saúde do país asiático. Até à meia-noite de quarta-feira, a China continental, que exclui Macau e Hong Kong, contabilizava, no total, 80.778 infectados e 3.158 mortos devido ao novo coronavírus.

Todas as mortes e 13 dos novos casos de infeção foram registados na província de Hubei, epicentro da epidemia, onde várias cidades permanecem em quarentena, com entradas e saídas bloqueadas. No total, Hubei soma 3.046 mortes e 67.773 casos confirmados até à data.

Nas últimas 24 horas, foram detetados 10 casos “importados” de fora do país, oito a mais do que no dia anterior, incluindo em Pequim e Xangai e nas províncias de Shandong e Gansu.

A Comissão Nacional de Saúde também informou hoje que, no mesmo período de 24 horas, 1.578 pessoas receberam alta após superarem a doença.

Segundo os dados oficiais, 61.475 pacientes receberam alta desde o início da epidemia e mais de 675.886 pessoas que tiveram contacto próximo com infectados pelo Covid-19 foram acompanhadas, entre as quais 14.607 permanecem sob observação.

Uma das prioridades das autoridades chinesas é agora “protegerem-se contra a importação” de infeções de outros países.

A epidemia de Covid-19 foi detectada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.200 mortos entre cerca de 117 mil pessoas infectadas numa centena de países e territórios.

11 Mar 2020

Covid-19 | Número de novos casos volta a subir na China

[dropcap]A[/dropcap] China registou hoje 24 novos casos de contágio pelo Covid-19, incluindo dez “importados”, ao mesmo tempo que morreram 22 pessoas, informou a Comissão Nacional de Saúde do país asiático. Até à meia-noite de quarta-feira, a China continental, que exclui Macau e Hong Kong, contabilizava, no total, 80.778 infectados e 3.158 mortos devido ao novo coronavírus.
Todas as mortes e 13 dos novos casos de infeção foram registados na província de Hubei, epicentro da epidemia, onde várias cidades permanecem em quarentena, com entradas e saídas bloqueadas. No total, Hubei soma 3.046 mortes e 67.773 casos confirmados até à data.
Nas últimas 24 horas, foram detetados 10 casos “importados” de fora do país, oito a mais do que no dia anterior, incluindo em Pequim e Xangai e nas províncias de Shandong e Gansu.
A Comissão Nacional de Saúde também informou hoje que, no mesmo período de 24 horas, 1.578 pessoas receberam alta após superarem a doença.
Segundo os dados oficiais, 61.475 pacientes receberam alta desde o início da epidemia e mais de 675.886 pessoas que tiveram contacto próximo com infectados pelo Covid-19 foram acompanhadas, entre as quais 14.607 permanecem sob observação.
Uma das prioridades das autoridades chinesas é agora “protegerem-se contra a importação” de infeções de outros países.
A epidemia de Covid-19 foi detectada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.200 mortos entre cerca de 117 mil pessoas infectadas numa centena de países e territórios.

11 Mar 2020

Portugal | Embaixada pede castigo para autores de fogo em loja chinesa

Um grupo de oito jovens terá incendiado um monte de caixas de papelão deixadas à frente de uma “loja de chineses” em Alvalade. A representação de Pequim em Lisboa pede ao Executivo português que tome medidas para combater a discriminação e crimes “contra grupos específicos”

 

[dropcap]A[/dropcap] Embaixada da China em Portugal quer que os responsáveis por um incêndio numa loja chinesa em Alvalade sejam punidos. A mensagem foi deixada num comunicado emitido ontem, em chinês, em que é revelado que o incêndio terá ocorrido na madrugada de 7 de Março.

A notícia sobre este incidente tinha sido avançada há três dias na conta da plataforma Wechat do jornal “Puhuabao”, publicação em língua chinesa com sede em Lisboa, e o crime terá sido cometido por um grupo com cerca de oito jovens. As motivações que levaram ao incêndio não foram avançadas.

No entanto, a Embaixada da China reagiu ontem ao incidente a que atribuiu “muita importância. “O Embaixador da China em Portugal considera que este incidente tem muita importância e entrou logo em contacto com o respectivo posto da Polícia de Segurança Pública de Lisboa”, pode ler-se no comunicado.

“[Às autoridades de Lisboa] foi pedido que a este caso seja atribuído um elevado grau de importância e que a investigação seja feita rapidamente, de forma a punir os criminosos e assegurar os direitos e interesses legítimos dos cidadãos chineses em Portugal”, é acrescentado.

A representação do Governo de Pequim apelou também ao Governo de Lisboa que adopte medidas no sentido de “combater qualquer forma de discriminação e ilegalidades praticadas contra grupos específicos”.

Na mesma mensagem, é ainda pedido aos cidadãos chineses que seja vítimas de crimes que relatem imediatamente os casos à polícia local.

Caixotes a arder

A notícia do incêndio tinha sido avançada pelo jornal “Puhuabao”, mas apenas através da conta Wechat. No portal da publicação não houve qualquer referência ao caso.

No entanto, segundo o relato da publicação o proprietário de uma loja de Alvalade tinha deixado várias caixas de papel à frente da entrada, para que durante a noite fossem levadas pelos serviços de recolha de lixo.

No entanto, um grupo com cerca de oito jovens que passou naquela zona e acabou por incendiar os caixotes. O fogo a causou danos à montra da loja, que foram definidos pela publicação como de “pequena dimensão”, mas foi o suficiente para gerar o alerta nos residentes. Terão sido as pessoas que habitam naquela zona que acabaram por chamar os bombeiros ao local.

Ainda de acordo com o relato da publicação, o grupo de jovens responsáveis pelo incêndio permaneceram no local enquanto os bombeiros apagavam as chamas e o crime terá sido igualmente captado pelas imagens de videovigilância.

Jani Zhao queixa-se de xenofobia

A actriz Jani Zhao, namorada do realizador Ivo Ferreira, relatou que foi vítima de xenofobia na linha de Cascais, quando almoçava numa esplanada ao ar livre. Em causa terá estado um piada sobre o coronavírus contada por um pai de família, que embaraçou todos os presentes. “Quando estava a arrumar as coisas para me ir embora, aproximou-se uma família (os pais e uma rapariga já crescida agarrada à sua prancha de surf). Enquanto esperavam que saísse, o pai achou por bem mandar uma piada (pareceu-me que não foi com a intenção de a ouvir) relacionada com o coronavírus. Fiquei petrificada”, relatou a actriz nas redes sociais.

11 Mar 2020

Portugal | Embaixada pede castigo para autores de fogo em loja chinesa

Um grupo de oito jovens terá incendiado um monte de caixas de papelão deixadas à frente de uma “loja de chineses” em Alvalade. A representação de Pequim em Lisboa pede ao Executivo português que tome medidas para combater a discriminação e crimes “contra grupos específicos”

 
[dropcap]A[/dropcap] Embaixada da China em Portugal quer que os responsáveis por um incêndio numa loja chinesa em Alvalade sejam punidos. A mensagem foi deixada num comunicado emitido ontem, em chinês, em que é revelado que o incêndio terá ocorrido na madrugada de 7 de Março.
A notícia sobre este incidente tinha sido avançada há três dias na conta da plataforma Wechat do jornal “Puhuabao”, publicação em língua chinesa com sede em Lisboa, e o crime terá sido cometido por um grupo com cerca de oito jovens. As motivações que levaram ao incêndio não foram avançadas.
No entanto, a Embaixada da China reagiu ontem ao incidente a que atribuiu “muita importância. “O Embaixador da China em Portugal considera que este incidente tem muita importância e entrou logo em contacto com o respectivo posto da Polícia de Segurança Pública de Lisboa”, pode ler-se no comunicado.
“[Às autoridades de Lisboa] foi pedido que a este caso seja atribuído um elevado grau de importância e que a investigação seja feita rapidamente, de forma a punir os criminosos e assegurar os direitos e interesses legítimos dos cidadãos chineses em Portugal”, é acrescentado.
A representação do Governo de Pequim apelou também ao Governo de Lisboa que adopte medidas no sentido de “combater qualquer forma de discriminação e ilegalidades praticadas contra grupos específicos”.
Na mesma mensagem, é ainda pedido aos cidadãos chineses que seja vítimas de crimes que relatem imediatamente os casos à polícia local.

Caixotes a arder

A notícia do incêndio tinha sido avançada pelo jornal “Puhuabao”, mas apenas através da conta Wechat. No portal da publicação não houve qualquer referência ao caso.
No entanto, segundo o relato da publicação o proprietário de uma loja de Alvalade tinha deixado várias caixas de papel à frente da entrada, para que durante a noite fossem levadas pelos serviços de recolha de lixo.
No entanto, um grupo com cerca de oito jovens que passou naquela zona e acabou por incendiar os caixotes. O fogo a causou danos à montra da loja, que foram definidos pela publicação como de “pequena dimensão”, mas foi o suficiente para gerar o alerta nos residentes. Terão sido as pessoas que habitam naquela zona que acabaram por chamar os bombeiros ao local.
Ainda de acordo com o relato da publicação, o grupo de jovens responsáveis pelo incêndio permaneceram no local enquanto os bombeiros apagavam as chamas e o crime terá sido igualmente captado pelas imagens de videovigilância.

Jani Zhao queixa-se de xenofobia

A actriz Jani Zhao, namorada do realizador Ivo Ferreira, relatou que foi vítima de xenofobia na linha de Cascais, quando almoçava numa esplanada ao ar livre. Em causa terá estado um piada sobre o coronavírus contada por um pai de família, que embaraçou todos os presentes. “Quando estava a arrumar as coisas para me ir embora, aproximou-se uma família (os pais e uma rapariga já crescida agarrada à sua prancha de surf). Enquanto esperavam que saísse, o pai achou por bem mandar uma piada (pareceu-me que não foi com a intenção de a ouvir) relacionada com o coronavírus. Fiquei petrificada”, relatou a actriz nas redes sociais.

11 Mar 2020

Epidemia | Aulas recomeçam até 20 de Abril

As aulas do ensino não superior começam, o mais tardar, até 20 de Abril. Mais cedo, poderão regressar os finalistas do ensino secundário. Caso a situação permaneça estável, o Governo irá anunciar a data exacta do regresso no final de Março

 

[dropcap]O[/dropcap] Governo prevê que as aulas do ensino não superior possam recomeçar até ao dia 20 de Abril em Macau, anunciou ontem Kong Chi Meng, subdirector dos Serviços de Educação e Juventude. Contudo, a data exacta do reinício das aulas, que inclui o ensino infantil mas não os infantários, só será anunciada no final de Março.

“Prevê-se a retomada das aulas, o mais tardar, até 20 de Abril. Se a situação epidémica continuar estável vamos anunciar o dia do reinício das aulas no final de Março e não descartamos a hipótese de haver um reajustamento”, explicou Kong Chi Meng.

O calendário para o início das aulas foi também detalhado ontem pela secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Leong U, que justificou o regresso com a situação estável de Macau e garantiu que até ao final de Abril o estado das zonas vizinhas de Zhuhai e Zhongshan, que não apresentam novos casos há 20 e 21 dias respectivamente, vai continuar a ser monitorizada de perto pelas autoridades de saúde e que o recomeço será feito de forma faseada.

“Vamos ponderar e ver se podemos reiniciar as aulas faseadamente. A DSEJ vai analisar e vai comunicando, por isso estamos a ver se existe essa possibilidade [de abrir os infantários]. Estamos a dar mais prioridade ao ensino complementar pois são alunos que têm exames nacionais, depois vamos pensar nos alunos do 7º ao 9º ano e depois é que vamos ponderar os infantários”, afirmou Ao Leong U à saída de uma reunião da comissão de acompanhamento para os assuntos da administração pública.

Precisamente para os alunos do ensino secundário complementar, a secretária avançou que o regresso às aulas poderá acontecer já no final do mês.

“Este ano também temos finalistas e eles querem ser acompanhados para poderem candidatar-se à universidade e pretendemos que, por volta de 30 de Março, esses finalistas possam ir para a escola para se prepararem para os exames nacionais. No entanto, estas não são aulas obrigatórias”, explicou Ao Leong U.

Já o subdirector dos Serviços de Educação e Juventude reiterou que as primeiras semanas de regresso às aulas vão servir para recuperar matéria já leccionada.

“Depois do regresso das aulas não serão ensinados novos conteúdos mas será feita uma revisão das matérias anteriores. Quanto aos exames chegámos a um consenso com as escolas e podemos ajustar os regulamentos em relação à transição e repetição do ano”, explicou Kong Chi Meng.

Ao Leong U explicou ainda que no regresso às aulas terão de ser cumpridas regras como, manter a distância de um metro entre assentos, utilizar máscara, a medição de temperatura corporal e a apresentação da declaração de saúde.

Quanto ao ensino superior, a secretária explicou que ainda não existe previsão de reinício, por se tratar de uma situação mais complexa, pelo facto de existirem “estudantes de Hubei e 18 mil estudantes no exterior”.

Pedidos de rigor

Os deputados da comissão de acompanhamento que estiveram ontem reunidos com a secretária Ao Leong U concordam com o calendário para o reinício das aulas proposto pelo Governo. Contudo, de acordo com Si Ka Lon, que preside a comissão, os deputados querem que o Governo aplique medidas mais rigorosas para os alunos mais novos, não descartando um regresso tardio.

“A comissão concorda com o reinício das aulas proposto pelo Governo. No entanto alguns deputados estão preocupados com os alunos da escolaridade mais baixa e com medidas de prevenção a implementar mais rigorosas. O regresso do ensino secundário complementar pode ser antecipado, mas quanto ao ensino primário pode-se esperar mais tempo”, explicou Si Ka Lon.

Outra das preocupações reveladas pelos deputados prende-se com o fornecimento de máscaras para crianças. Contudo, o Governo admitiu à comissão ter máscaras suficientes para distribuir tanto aos alunos, como às escolas, como admitiu mais tarde a própria secretária Ao Leong U.

“Os estudantes têm de levar as suas próprias máscaras mas, por exemplo, se a brincar, as sujarem (…) as escolas têm reservas para lhes dar. Quanto ao número de máscaras, achamos que temos em número suficiente para as próximas duas ou três rondas”, revelou Ao Leong U.

11 Mar 2020

Epidemia | Aulas recomeçam até 20 de Abril

As aulas do ensino não superior começam, o mais tardar, até 20 de Abril. Mais cedo, poderão regressar os finalistas do ensino secundário. Caso a situação permaneça estável, o Governo irá anunciar a data exacta do regresso no final de Março

 
[dropcap]O[/dropcap] Governo prevê que as aulas do ensino não superior possam recomeçar até ao dia 20 de Abril em Macau, anunciou ontem Kong Chi Meng, subdirector dos Serviços de Educação e Juventude. Contudo, a data exacta do reinício das aulas, que inclui o ensino infantil mas não os infantários, só será anunciada no final de Março.
“Prevê-se a retomada das aulas, o mais tardar, até 20 de Abril. Se a situação epidémica continuar estável vamos anunciar o dia do reinício das aulas no final de Março e não descartamos a hipótese de haver um reajustamento”, explicou Kong Chi Meng.
O calendário para o início das aulas foi também detalhado ontem pela secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Leong U, que justificou o regresso com a situação estável de Macau e garantiu que até ao final de Abril o estado das zonas vizinhas de Zhuhai e Zhongshan, que não apresentam novos casos há 20 e 21 dias respectivamente, vai continuar a ser monitorizada de perto pelas autoridades de saúde e que o recomeço será feito de forma faseada.
“Vamos ponderar e ver se podemos reiniciar as aulas faseadamente. A DSEJ vai analisar e vai comunicando, por isso estamos a ver se existe essa possibilidade [de abrir os infantários]. Estamos a dar mais prioridade ao ensino complementar pois são alunos que têm exames nacionais, depois vamos pensar nos alunos do 7º ao 9º ano e depois é que vamos ponderar os infantários”, afirmou Ao Leong U à saída de uma reunião da comissão de acompanhamento para os assuntos da administração pública.
Precisamente para os alunos do ensino secundário complementar, a secretária avançou que o regresso às aulas poderá acontecer já no final do mês.
“Este ano também temos finalistas e eles querem ser acompanhados para poderem candidatar-se à universidade e pretendemos que, por volta de 30 de Março, esses finalistas possam ir para a escola para se prepararem para os exames nacionais. No entanto, estas não são aulas obrigatórias”, explicou Ao Leong U.
Já o subdirector dos Serviços de Educação e Juventude reiterou que as primeiras semanas de regresso às aulas vão servir para recuperar matéria já leccionada.
“Depois do regresso das aulas não serão ensinados novos conteúdos mas será feita uma revisão das matérias anteriores. Quanto aos exames chegámos a um consenso com as escolas e podemos ajustar os regulamentos em relação à transição e repetição do ano”, explicou Kong Chi Meng.
Ao Leong U explicou ainda que no regresso às aulas terão de ser cumpridas regras como, manter a distância de um metro entre assentos, utilizar máscara, a medição de temperatura corporal e a apresentação da declaração de saúde.
Quanto ao ensino superior, a secretária explicou que ainda não existe previsão de reinício, por se tratar de uma situação mais complexa, pelo facto de existirem “estudantes de Hubei e 18 mil estudantes no exterior”.

Pedidos de rigor

Os deputados da comissão de acompanhamento que estiveram ontem reunidos com a secretária Ao Leong U concordam com o calendário para o reinício das aulas proposto pelo Governo. Contudo, de acordo com Si Ka Lon, que preside a comissão, os deputados querem que o Governo aplique medidas mais rigorosas para os alunos mais novos, não descartando um regresso tardio.
“A comissão concorda com o reinício das aulas proposto pelo Governo. No entanto alguns deputados estão preocupados com os alunos da escolaridade mais baixa e com medidas de prevenção a implementar mais rigorosas. O regresso do ensino secundário complementar pode ser antecipado, mas quanto ao ensino primário pode-se esperar mais tempo”, explicou Si Ka Lon.
Outra das preocupações reveladas pelos deputados prende-se com o fornecimento de máscaras para crianças. Contudo, o Governo admitiu à comissão ter máscaras suficientes para distribuir tanto aos alunos, como às escolas, como admitiu mais tarde a própria secretária Ao Leong U.
“Os estudantes têm de levar as suas próprias máscaras mas, por exemplo, se a brincar, as sujarem (…) as escolas têm reservas para lhes dar. Quanto ao número de máscaras, achamos que temos em número suficiente para as próximas duas ou três rondas”, revelou Ao Leong U.

11 Mar 2020

Fronteira | Cidadão chinês mentiu sobre estadia na Coreia do Sul

Um homem com passaporte chinês prestou falsas declarações à chegada ao território, não tendo declarado a sua recente passagem pela Coreia do Sul, país considerado de alto risco no que à epidemia do Covid-19 diz respeito. O caso já foi entregue ao Ministério Público para mais investigação

 

[dropcap]U[/dropcap]m cidadão chinês prestou falsas declarações à chegada a Macau e corre o risco de ver ser-lhe aplicada uma pena de prisão de seis meses ou aplicação de uma multa de 120 dias. O caso, o primeiro a registar-se no território desde que a epidemia do Covid-19 teve início, está agora a ser investigado pelo Ministério Público (MP).

“No dia 9 de Março uma pessoa do Interior da China visitou a Coreia do Sul e nesse dia entrou em Macau através de Zhuhai. Essa pessoa já foi obrigada a fazer quarentena, e a prestação de falsas declarações constitui um crime”, disse Leong Iek Hou, coordenadora do Núcleo de Prevenção e Doenças Infecciosas e Vigilância da Doença dos Serviços de Saúde de Macau (SSM).

A responsável explicou que o turista em causa tinha previsto ficar em Macau até esta sexta-feira, 13, mas tem agora de ficar de quarentena “no hotel indicado”, com todas as despesas suportadas por si.

Além deste homem, há mais duas pessoas que chegaram ontem a Macau vindas da Coreia do Sul. No total, são 74 as pessoas no território que estiveram em zonas de alto risco de infecção do Covid-19, sendo que apenas 25 cumprem o regime de quarentena na Pousada Marina Infante.

Leong Iek Hou garantiu que há uma rede de comunicação a funcionar que permite descobrir viajantes que prestem falsas declarações médicas. “Desde 2003 que Macau e as regiões vizinhas, através da Organização Mundial de Saúde, têm um mecanismo de comunicação e controlo. Não podemos saber se as pessoas que entram em Macau prestam declarações falsas, mas temos este mecanismo conjunto de controlo, pois podemos saber de onde veio a pessoa, qual o voo que apanhou e a partir daí prevenir as situações.”

TNR a regressar

Leong Iek Hou adiantou ontem, na conferência de imprensa diária sobre as medidas de combate ao Covid-19, que há 200 trabalhadores não residentes (TNR) que regressaram entretanto a Macau, existindo ainda 1171 TNR no local de isolamento em Zhuhai, destinado a controlar possíveis contágios.

“Apelámos várias vezes às Pequenas e Médias Empresas (PME) para prepararem alojamentos para os seus TNR de modo a evitar o seu cruzamento nas fronteiras. Vamos ajustar as medidas de acordo com a evolução da situação epidémica”, frisou.

A responsável declarou que o Governo continua a ser “exigente” com as medidas de combate ao surto pelo facto da propagação do Covid-19 no Ocidente estar longe de terminar.

“O número de casos no Interior da China está a abrandar, e estamos muito exigentes com as medidas [de combate] porque se registam cada vez mais casos no estrangeiro. Temos de garantir um equilíbrio entre todos os aspectos”, concluiu.

DST | Conselhos de viagem

Tendo em conta a implementação de medidas de quarentena por parte de vários países a viajantes oriundos de Macau, Inês Chan, responsável da Direcção dos Serviços de Turismo, aconselhou ontem a quem queira viajar que se informe previamente junto dos canais oficiais. “Aviso a todos que as medidas e restrições adoptadas por outros países podem sofrer alterações. Se pretenderem viajar é sugerido que prestem atenção às informações e que se informem junto de consulados ou embaixadas de regiões vizinhas”, apontou.

Hubei | Ainda 121 residentes na região

Depois da primeira retirada de um grupo de 60 residentes de Macau que se encontravam na província de Hubei, permanecem ainda na região 121 residentes, mas ontem não foi avançada qualquer data para um possível segundo voo fretado. Em Macau permanecem 257 pessoas em quarentena na Pousada Marina Infante, das quais 232 são trabalhadores não residentes, 18 residentes e sete são turistas.

11 Mar 2020

Fronteira | Cidadão chinês mentiu sobre estadia na Coreia do Sul

Um homem com passaporte chinês prestou falsas declarações à chegada ao território, não tendo declarado a sua recente passagem pela Coreia do Sul, país considerado de alto risco no que à epidemia do Covid-19 diz respeito. O caso já foi entregue ao Ministério Público para mais investigação

 
[dropcap]U[/dropcap]m cidadão chinês prestou falsas declarações à chegada a Macau e corre o risco de ver ser-lhe aplicada uma pena de prisão de seis meses ou aplicação de uma multa de 120 dias. O caso, o primeiro a registar-se no território desde que a epidemia do Covid-19 teve início, está agora a ser investigado pelo Ministério Público (MP).
“No dia 9 de Março uma pessoa do Interior da China visitou a Coreia do Sul e nesse dia entrou em Macau através de Zhuhai. Essa pessoa já foi obrigada a fazer quarentena, e a prestação de falsas declarações constitui um crime”, disse Leong Iek Hou, coordenadora do Núcleo de Prevenção e Doenças Infecciosas e Vigilância da Doença dos Serviços de Saúde de Macau (SSM).
A responsável explicou que o turista em causa tinha previsto ficar em Macau até esta sexta-feira, 13, mas tem agora de ficar de quarentena “no hotel indicado”, com todas as despesas suportadas por si.
Além deste homem, há mais duas pessoas que chegaram ontem a Macau vindas da Coreia do Sul. No total, são 74 as pessoas no território que estiveram em zonas de alto risco de infecção do Covid-19, sendo que apenas 25 cumprem o regime de quarentena na Pousada Marina Infante.
Leong Iek Hou garantiu que há uma rede de comunicação a funcionar que permite descobrir viajantes que prestem falsas declarações médicas. “Desde 2003 que Macau e as regiões vizinhas, através da Organização Mundial de Saúde, têm um mecanismo de comunicação e controlo. Não podemos saber se as pessoas que entram em Macau prestam declarações falsas, mas temos este mecanismo conjunto de controlo, pois podemos saber de onde veio a pessoa, qual o voo que apanhou e a partir daí prevenir as situações.”

TNR a regressar

Leong Iek Hou adiantou ontem, na conferência de imprensa diária sobre as medidas de combate ao Covid-19, que há 200 trabalhadores não residentes (TNR) que regressaram entretanto a Macau, existindo ainda 1171 TNR no local de isolamento em Zhuhai, destinado a controlar possíveis contágios.
“Apelámos várias vezes às Pequenas e Médias Empresas (PME) para prepararem alojamentos para os seus TNR de modo a evitar o seu cruzamento nas fronteiras. Vamos ajustar as medidas de acordo com a evolução da situação epidémica”, frisou.
A responsável declarou que o Governo continua a ser “exigente” com as medidas de combate ao surto pelo facto da propagação do Covid-19 no Ocidente estar longe de terminar.
“O número de casos no Interior da China está a abrandar, e estamos muito exigentes com as medidas [de combate] porque se registam cada vez mais casos no estrangeiro. Temos de garantir um equilíbrio entre todos os aspectos”, concluiu.

DST | Conselhos de viagem

Tendo em conta a implementação de medidas de quarentena por parte de vários países a viajantes oriundos de Macau, Inês Chan, responsável da Direcção dos Serviços de Turismo, aconselhou ontem a quem queira viajar que se informe previamente junto dos canais oficiais. “Aviso a todos que as medidas e restrições adoptadas por outros países podem sofrer alterações. Se pretenderem viajar é sugerido que prestem atenção às informações e que se informem junto de consulados ou embaixadas de regiões vizinhas”, apontou.

Hubei | Ainda 121 residentes na região

Depois da primeira retirada de um grupo de 60 residentes de Macau que se encontravam na província de Hubei, permanecem ainda na região 121 residentes, mas ontem não foi avançada qualquer data para um possível segundo voo fretado. Em Macau permanecem 257 pessoas em quarentena na Pousada Marina Infante, das quais 232 são trabalhadores não residentes, 18 residentes e sete são turistas.

11 Mar 2020

Covid-19 | Itália em quarentena torna-se epicentro da luta contra a epidemia

A Itália está fechada em quarentena, uma medida extrema depois de na passada segunda-feira terem sido acrescentados quase 100 mortos à lista de óbitos na sequência da infecção pelo novo coronavírus. As deslocações estão condicionadas, a vida de 60 milhões de pessoas ficam em suspenso, enquanto os hospitais do norte do país começam a acusar falta de capacidade para responder à epidemia

 

[dropcap]“T[/dropcap]enho pensado muito nos velhos discursos de Churchill, esta é a nossa hora mais negra, mas vamos ultrapassar isto.” A frase proferida por Giuseppe Conte, primeiro-ministro italiano, em entrevista ao jornal La Repubblica, retrata os momentos de aflição que se vivem em Itália devido ao surto do novo coronavírus.

À hora do fecho desta edição, Itália contabilizava 9.172 infectados, com 724 pacientes recuperados. O número total de mortes situava-se em 463, depois da subida vertiginosa na segunda-feira, que acrescentou 97 óbitos à negra contabilidade de Itália, que é agora o segundo país mais afectado, depois da China. A grande maioria dos casos de contágio e de mortos concentra-se na região da Lombardia, onde se registaram 333 mortes, seguida da região de Emília-Romagna, com 70 óbitos e 1.386 casos positivos. No Veneto foram contabilizados até ontem 20 óbitos e 744 contágios.

Para responder à crise, o Governo de Conte alargou as medidas de urgência e fechou o país em quarentena. Como parte da resposta para conter a propagação do surto, foram restringidas as viagens e a circulação de mais de 60 milhões de cidadãos e banidos grandes aglomerados de pessoas em locais públicos.

O decreto, que entrou em vigor ontem e que estará em efeito até, pelo menos 3 de Abril, prevê a proibição de todos os eventos públicos, encerramento de cinemas, teatros, ginásios, discotecas e bares, funerais, casamentos e todos os eventos desportivos, incluindo jogos da Série A.

De acordo com as imposições das autoridades, apenas quem tiver razões válidas, familiares ou de trabalho, que não possa adiar será autorizado a viajar.

As medidas são extensíveis ao tráfego aéreo, com as partidas a necessitarem igualmente de autorização, assim como quem chega a território italiano. Passaram a fazer-se medições de temperatura nas estações ferroviárias e foi proibida a atracagem de navios de cruzeiro em vários portos italianos.

Adicionalmente, e como já tinha sido anteriormente anunciado, todas as escolas e universidades permanecerão fechadas até 3 de Abril.

No limite

O jornal italiano La Repubblica escreve que o primeiro-ministro chegou à sala de imprensa sozinho naquele que foi, sem dúvida, o anúncio mais dramático de sua experiência no Governo: “Adoptámos uma nova medida baseada numa suposição: não há tempo”, referiu.

“Os números dizem-nos que estamos a ter um crescimento grande das infecções, das pessoas hospitalizadas (…) e, infelizmente, também das pessoas falecidas. Por isso, os nossos hábitos, devem ser mudados” e “devem ser mudados agora”, pelo que decidi “adoptar imediatamente medidas ainda mais rigorosas, mais fortes “.

Face à anormal circunstância que exige imensos recursos, o sistema de saúde italiano começa a ceder. Na Lombardia, a região mais afectada pelo surto, os hospitais começam a ficar sem camas disponíveis e o espaço nas unidades de cuidados intensivos é escasso para a procura que aumenta de dia para dia.

“Estou muito preocupado. A pressão sobre os hospitais da Lombardia nos dias que correm é enorme. Estou muito, muito preocupado com o impacto que o vírus vai ter no nosso sistema de saúde”, confessou Massimo Galli, director da ala de doenças infecciosas do Hospital de Sacco em Milão, citado pela BBC.

A escassez de recursos está a obrigar à transferência de pacientes para unidades hospitalares de outras regiões.

Sem isolamento

Outra circunstância especial, e para a qual o sistema de saúde italiano está a ter dificuldades para dar resposta, é a exigência técnica dos espaços onde são internados os pacientes infectados com o novo coronavírus. Em condições ideais, estes doentes ficariam em salas de pressão negativa, para garantir o isolamento que permita conter contaminantes do ar. Estas medidas são essenciais para proteger o pessoal médico e os técnicos hospitalares que trabalham para a recuperação dos pacientes.

“Só uma pequena porção de pacientes afectados pelo Covid-19 na Lombardia estão instalados em salas de pressão negativa. A maioria não está e isso é um problema perigoso porque pode levar à transmissão a outros doentes, ao pessoal médico, ou ao hospital inteiro”, revelou Massimo Galli.

As autoridades da região da Lombardia estão a tentar libertar camas o mais depressa possível. De acordo com as novas directrizes, se um doente infectado com Covid-19 não tiver febre durante três dias seguidos, e aparentar melhorias, esse doente sai dos cuidados intensivos e é transferido para as alas de reabilitação pulmonar dedicadas a infectados pelo novo coronavírus.

“As camas dos cuidados intensivos e, em geral, nos hospitais têm de ser vagas o mais rapidamente possível para dar espaço a novos pacientes”, referiu o ministro da saúde da região da Lombardia, Angelo Garra, citado pelo Corriere della Sera.

Até agora, dezenas de médicos contraíram o novo coronavírus. Para acorrer à emergência, o Governo italiano alocou 600 milhões de euros para recrutar 20 mil médicos e enfermeiros.

No coração da Europa

O presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, anunciou ontem que vai trabalhar desde a sua residência em Bruxelas nos próximos 14 dias, cumprindo o protocolo de saúde em vigor na assembleia, como medida de precaução após ter estado no fim-de-semana em Itália.

“As novas orientações introduzidas pelo Governo italiano estendem a área protegida a todo o território nacional. Tal acarreta consequências importantes para o comportamento dos deputados italianos ao Parlamento Europeu. Por essa razão, após ter estado em Itália no último fim-de-semana, decidi como precaução seguir as medidas indicadas e exercer as minhas funções de presidente desde a minha casa em Bruxelas, em cumprimento dos 14 dias [de quarentena] indicados pelo protocolo de saúde”, anunciou.

Apontando que o surto de Covid-19 “obriga todos a serem responsáveis e cuidadosos”, Sassoli admite que este é “um momento delicado” para todos, mas sublinhou que “o Parlamento vai continuar a trabalhar para exercer os seus deveres”, pois “nenhum vírus pode bloquear a democracia”.

A Comissão Europeia apelou aos Estados-membros para prosseguirem os esforços no sentido de “conter de forma agressiva” o surto do novo coronavírus, sublinhando que “os próximos dias e semanas serão críticos”.

“O Covid-19 tornou-se uma emergência de saúde pública grave crescente que está a afectar os nossos cidadãos, as nossas sociedades e as nossas economias. Desde segunda-feira, temos casos confirmados em todos os Estados-membros, ainda que com muitas variações, mas sabemos que o panorama está a mudar exponencialmente e a cada hora. Desnecessário será dizer que os dias e semanas pela frente são críticos”, afirmou a comissária da Saúde.

Sem calcio

O Governo italiano decidiu suspender de forma temporária o campeonato italiano de futebol, devido ao avanço significativo do surto Covid-19. “Não existem razões para que prossigam os jogos e os eventos desportivos, e penso, nomeadamente, no campeonato de futebol. Lamento, mas todos os adeptos devem acatar a decisão”, disse o primeiro-ministro italiano, numa conferência de imprensa na sede do Governo, em Roma.

Giuseppe Conte não mencionou os jogos da Liga dos Campeões ou da Liga Europa previstos para as próximas semanas naquele país, nem outras modalidades. A decisão governamental, com efeitos imediatos, vai afectar o campeonato italiano durante várias semanas, no qual a líder isolada Juventus, de Cristiano Ronaldo, luta pelo título, juntamente com a Lazio, segunda classificada, com 62 pontos, menos um que a ‘vecchia signoria’, e Inter de Milão, que é terceiro, com 54.

11 Mar 2020