Covid-19 | Residentes com escalas em França, Alemanha e Espanha obrigados a quarentena em Macau

[dropcap]O[/dropcap]s residentes e turistas que desejarem entrar em Macau a partir de amanhã e tiverem feito escala ou estado em França, Alemanha ou Espanha, nos 14 dias antes da entrada, vão ser obrigados a ficar de quarentena. A medida foi anunciada ontem, em comunicado, e envolve ainda igualmente o Japão.
Ontem, Leong Iek Hou, coordenadora do Núcleo de Prevenção e Doenças Infecciosas e Vigilância da Doença, confirmou que esta medida se aplica não só a quem esteve nos territórios em causa, mas também a quem aí tenha feito escala. “Não sabemos quanto tempo as pessoas estiveram no aeroporto. Podem ter estado 10 horas e em contacto com algum infectado”, sustentou a médica.
Quanto aos residentes, depois da entrada, a quarentena pode ser feita em casa, mediante algumas condições como a promessa de permanecerem durante os 14 dias no domicílio. Já os turistas têm que ficar na Pousada Marina Infante e assumir as despesas da estadia.
No entanto, desde ontem ao meio-dia e até amanhã, o Governo pode exigir às pessoas que entrem no território vindas desses países que se submetam a exames médicos. Este período antes da quarentena, foi explicado como uma oportunidade para que os residentes possam regressar, antes da medida entrar em vigor.
As políticas de segurança aplicadas ontem a que tenha estado em França, Alemanha, Espanha e Japão já estavam em vigor para quem tivesse estado nos 14 dias anteriores à entrada em Macau na Coreia do Sul, Itália e Irão.

Mais envolvidos

O Governo da RAEM não exclui que a mesma medida seja aplicada a outros países da União Europeia ou aos Estados Unidos, onde tem havido um rápido crescimento do número de casos. Sobre a aplicação dessas medidas, Lei Chin Ion explicou que antes das decisões serem tomadas é necessário informar o Comissariado do Ministério dos Negócios Estrangeiros, uma vez que se tratam de questões com impacto diplomático na política externa.
Em relação aos estudantes de Macau nos países envolvidos por estas medidas, o Governo afirmou estar a procurar soluções, através da Direcção de Serviços de Educação e Juventude (DSEJ), para confirmar os números e permitir às famílias que comprem máscaras para enviarem para a Europa. Nestes casos, mesmo que a família não esteja na posse do bilhete de identidade de residente, a compra pode ser feito com recurso a uma fotocópia.

9 Mar 2020

Covid-19 | Testes dos 57 residentes resgatados de Hubei com resultados negativos

No início esperava-se o regresso de 59 residentes, mas dois acabaram por ficar em terra. Um estudante apresentou uma temperatura considerada elevada e foi impedido de embarcar e outro residente desistiu por “motivos pessoais”

 

[dropcap]O[/dropcap]s resultados dos testes ao Covid-19 dos 57 residentes de Macau resgatados de Hubei foram negativos. Depois da operação de sábado, que o Governo considerou bem-sucedida, o anúncio foi efectuado ontem por Lei Chin Ion, director dos Serviços de Saúde, na conferência de imprensa diária sobre o novo coronavírus.

“Os resultados dos 57 residentes foram negativos. É uma boa notícia, mas não significa que possamos ficar descansados. Todos vão ter de fazer mais dois testes a cada 48 horas”, afirmou o director dos Serviços de Saúde.

Entre os 57 residentes com idades dos 3 meses aos 77 anos, 17 são menores e 14 têm mesmo idades inferiores a 14 anos.

À chegada a Macau, foram registados casos de tosse em duas pessoas, que já tinham sido diagnosticadas nos hospitais do Interior da China com gripe sazonal. Também um bebé foi diagnosticado com inflamação na pele devido às fraldas disponíveis em Wuhan, e uma outra criança regressou com um abscesso dentário.

No sábado, quando o voo da Air Macau partiu para Wuhan, pelas 9h30, esperava-se que fossem resgatados 59 residentes. No entanto, um estudante de 16 anos, residente de Macau e Hong Kong, apresentou sintomas de febre, com uma temperatura de 37,5 graus, quando o máximo autorizado eram 37,3 graus, e foi impedido de viajar. Também outro residente não conseguiu viajar para o aeroporto por motivos pessoais, o que fez com que apenas 57 pessoas fossem retiradas.

Quanto aos alunos que ficaram em Wuhan, Lei Chin Ion disse ontem ter sido informado pelas entidades do Governo de Hubei que a temperatura baixou, sem que haja sintomas do Covid-19. Foi adiantado que o aumento de temperatura se poderá ter ficado a dever ao nervosismo de todos os procedimentos ou ao facto de o aluno estar a usar muito roupa.

Bem-sucedido

No regresso a Macau, o voo sofreu um atraso de cerca de uma hora e aterrou no Aeroporto Internacional da RAEM às 18h24. O atraso foi explicado com as dificuldades com que alguns residentes se depararam para chegar ao Aeroporto Internacional Wuhan Tianhe, devido ao nevoeiro que levou ao corte de estradas e ao caso do aluno que acabou por não embarcar.

Após a operação de resgate, decorreu uma conferência de imprensa sobre os procedimentos, e André Cheong, secretário para a Administração e Justiça, considerou que tudo correu “conforme o planeado” com todos os procedimentos a “correrem bem”.

Ficou ainda em cima da mesa a possibilidade de haver mais voos para os restantes residentes, uma vez que este se dirigiu essencialmente a idosos, crianças, pessoas com doenças crónicas e aos que se encontravam mais perto de Wuhan. Um futuro voo poderá ser organizado para resgatar as pessoas que ficaram em áreas mais remotas de Hubei.

Quanto aos custos da operação, o secretário para a Administração e Justiça admitiu que devido à complexidade e serviços envolvidos ainda há necessidade de fazer os cálculos. Os números serão divulgados posteriormente.

9 Mar 2020

Covid-19 | Testes dos 57 residentes resgatados de Hubei com resultados negativos

No início esperava-se o regresso de 59 residentes, mas dois acabaram por ficar em terra. Um estudante apresentou uma temperatura considerada elevada e foi impedido de embarcar e outro residente desistiu por “motivos pessoais”

 
[dropcap]O[/dropcap]s resultados dos testes ao Covid-19 dos 57 residentes de Macau resgatados de Hubei foram negativos. Depois da operação de sábado, que o Governo considerou bem-sucedida, o anúncio foi efectuado ontem por Lei Chin Ion, director dos Serviços de Saúde, na conferência de imprensa diária sobre o novo coronavírus.
“Os resultados dos 57 residentes foram negativos. É uma boa notícia, mas não significa que possamos ficar descansados. Todos vão ter de fazer mais dois testes a cada 48 horas”, afirmou o director dos Serviços de Saúde.
Entre os 57 residentes com idades dos 3 meses aos 77 anos, 17 são menores e 14 têm mesmo idades inferiores a 14 anos.
À chegada a Macau, foram registados casos de tosse em duas pessoas, que já tinham sido diagnosticadas nos hospitais do Interior da China com gripe sazonal. Também um bebé foi diagnosticado com inflamação na pele devido às fraldas disponíveis em Wuhan, e uma outra criança regressou com um abscesso dentário.
No sábado, quando o voo da Air Macau partiu para Wuhan, pelas 9h30, esperava-se que fossem resgatados 59 residentes. No entanto, um estudante de 16 anos, residente de Macau e Hong Kong, apresentou sintomas de febre, com uma temperatura de 37,5 graus, quando o máximo autorizado eram 37,3 graus, e foi impedido de viajar. Também outro residente não conseguiu viajar para o aeroporto por motivos pessoais, o que fez com que apenas 57 pessoas fossem retiradas.
Quanto aos alunos que ficaram em Wuhan, Lei Chin Ion disse ontem ter sido informado pelas entidades do Governo de Hubei que a temperatura baixou, sem que haja sintomas do Covid-19. Foi adiantado que o aumento de temperatura se poderá ter ficado a dever ao nervosismo de todos os procedimentos ou ao facto de o aluno estar a usar muito roupa.

Bem-sucedido

No regresso a Macau, o voo sofreu um atraso de cerca de uma hora e aterrou no Aeroporto Internacional da RAEM às 18h24. O atraso foi explicado com as dificuldades com que alguns residentes se depararam para chegar ao Aeroporto Internacional Wuhan Tianhe, devido ao nevoeiro que levou ao corte de estradas e ao caso do aluno que acabou por não embarcar.
Após a operação de resgate, decorreu uma conferência de imprensa sobre os procedimentos, e André Cheong, secretário para a Administração e Justiça, considerou que tudo correu “conforme o planeado” com todos os procedimentos a “correrem bem”.
Ficou ainda em cima da mesa a possibilidade de haver mais voos para os restantes residentes, uma vez que este se dirigiu essencialmente a idosos, crianças, pessoas com doenças crónicas e aos que se encontravam mais perto de Wuhan. Um futuro voo poderá ser organizado para resgatar as pessoas que ficaram em áreas mais remotas de Hubei.
Quanto aos custos da operação, o secretário para a Administração e Justiça admitiu que devido à complexidade e serviços envolvidos ainda há necessidade de fazer os cálculos. Os números serão divulgados posteriormente.

9 Mar 2020

Os casos de quarentena em Portugal

Quando o Covid-19 começou a afectar a China, muitos cidadãos chineses a residir em Portugal optaram por fazer quarentena voluntária, mesmo sem sintomas. Mas com 28 casos confirmados em Portugal, esse cenário já se estende aos portugueses. Governo desaconselha viagens ao Norte do país e algumas escolas foram encerradas

 

[dropcap]O[/dropcap] alerta soou no passado dia 2 de Março. O escritor chileno Luís Sepúlveda foi diagnosticado com o novo coronavírus Covid-19 depois de ter passado pelo festival literário Correntes D’Escritas, na Póvoa do Varzim, o que obrigou várias personalidades do meio literário a ficarem de quarentena em casa por precaução. Iniciava-se, assim, um cenário que, no início da epidemia, se cingia quase exclusivamente aos cidadãos oriundos da China e a viver em Portugal, que se fechavam em casa mesmo sem sintomas.

Com cada vez mais casos de infecção por Covid-19 em Portugal, há cada vez mais portugueses em alerta e a optarem pelo isolamento social. Francisco José Viegas, escritor e ex-secretário de Estado da Cultura, foi uma das pessoas que se cruzou com Luís Sepúlveda. Ao HM, por e-mail, Francisco José Viegas confessa que está a viver em regime de quarentena com toda a tranquilidade.

“Percebi que havia necessidade de o fazer quando a empresa onde trabalho (no grupo Porto Editora) me lembrou, com inteira sensatez, que eu tinha estado em contacto com o Luís Sepúlveda. Depois, eu próprio falei com o serviço Saúde24, que foi extremamente simpático naquela hora, e desdramatizador. E decidimos que, por precaução, devia ficar em casa.”

Para o escritor, estar em casa não é uma novidade. “Trabalho de casa, que é uma coisa que eu gosto de fazer e que não é uma experiência nova. Mais uns dias e espero regressar sem qualquer tipo de suspeita. Confesso que, pessoalmente, nunca fiquei realmente preocupado e evito falar do assunto. Acho que há um alarme enorme, justificado, mas ampliado até ao exagero – só que nunca se sabe, claro”, disse ainda.

Com um novo romance nas bancas, intitulado “A Luz de Pequim”, Francisco José Viegas diz encontrar aqui uma ligação a tudo o que está a acontecer. “Quando publiquei o romance em Novembro nunca imaginei que os meses a seguir iriam estar tão ligados a isto tudo. Na verdade, estive em Pequim a passar o Natal. A minha mulher, que está em Portugal desde o início de Janeiro, trabalha em Pequim, onde é professora. Estamos os dois em casa.”

Quem também andou pelo festival Correntes D’Escritas foi o escritor Rui Zink, que também tem estado a fazer quarentena voluntária. Ainda assim, o autor fala de algum “exagero” em toda a situação. “Não tive efeitos alguns, deixei de ir a restaurantes e evitei contactar quem tivesse familiares pequenos ou idosos. Creio que foi uma notícia falsa, precipitada, e acho que o hospital asturiano devia rever o seu diagnóstico”, disse, numa referência ao diagnóstico feito a Sepúlveda num hospital espanhol.

À conversa com Sepúlveda

Sara Figueiredo Costa é jornalista freelancer e conversou pessoalmente com Luís Sepúlveda no festival literário da Póvoa do Varzim, onde esteve entre os dias 18 e 21 de Fevereiro. “Estávamos ao ar livre, sim, mas suficientemente perto um do outro para me fazer soar o alarme uns dias mais tarde, quando soube que ele estava doente”, contou ao HM.

Quando ligou para a linha Saúde 24, ligada ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), Sara não foi aconselhada, de imediato, a fazer quarentena em casa. “Disseram-me para lavar bem as mãos, evitar aproximar-me de outras pessoas (mantendo um metro de distância) e monitorizar os sintomas, medindo a temperatura duas vezes por dia. Perguntei se não devia isolar-me em casa e disseram-me que naquele momento não tinham indicações para a quarentena. Apesar do que me foi dito, pareceu-me lógico que tinha de ficar em casa até cumprir os quinze dias sobre a última vez que estive com o Luís Sepúlveda, no dia 20.”

Para a jornalista, habituada a trabalhar a partir de casa em regime freelancer, esta não é uma situação completamente desconhecida. “Trabalhar a partir de casa não é novo para mim, já que sou jornalista freelancer, portanto a rotina não é muito diferente da dos dias em que estou em casa a ler e a escrever. A diferença é que tive de cancelar reuniões e algumas entrevistas, por motivos óbvios, mas o trabalho decorre sem grandes abalos. A parte de não poder sair tem o seu efeito psicológico, claro, mas ir à varanda apanhar ar e ver o céu ajuda a mitigar essa parte. Pior é não saber se vai haver sintomas e, pior ainda, não saber se posso ter contaminado alguma das pessoas com quem estive nos dias em que não sabia que podia ser transmissora de um vírus.”

Sara Figueiredo Costa acredita que “seria bom encontrar um equilíbrio entre a histeria desinformada – e tantas vezes xenófoba – dos programas televisivos e de alguma imprensa, que clamam que vem aí o ‘vírus da China’ e que vamos todos morrer, e o modo desinteressado com que tanta gente olha para isto, assumindo que não é assim tão grave – apesar do que temos visto e lido nas últimas semanas sobre o que se passa na China.”

A jornalista destaca ainda uma reacção tardia das autoridades portuguesas. “Seria igualmente bom que as instituições portuguesas tivessem aproveitado a janela temporal das últimas semanas, quando já era óbvio que o vírus não ia ficar quietinho na Ásia, e tivessem feito um plano de prevenção e contenção em condições. Se calhar, fizeram – quero mesmo acreditar que sim – mas não está a chegar aos cidadãos, ou só estará a chegar a alguns, e isso não é nada apaziguador.”

Escolas em alerta

Pedro Silva, professor na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo (ESMAE) do Instituto Politécnico do Porto, foi um dos primeiros portugueses em território nacional a ser diagnosticado com o Covid-19, algo que aconteceu depois de uma viagem a Itália. Nas redes sociais, a esposa do docente escreveu que, até ao momento, a situação é estável.

“[O professor] encontra-se actualmente sob vigilância, de boa saúde e sem sintomas. A família está bem e todos os colegas que estiveram em contacto com ele estão em quarentena e serão testados caso comecem a demonstrar sintomas, o que ainda não aconteceu”, pode ler-se.

Pedro Silva deu uma aula na Escola Profissional de Artes da Beira Interior (EPABI), na cidade da Covilhã, mas, até ao momento, apenas os alunos que participaram na sua aula estão de quarentena, conforme contou ao HM Tatiana Figueiredo, aluna da instituição de ensino superior, que optou por não ficar em casa.

“Não vamos deixar de ter aulas. Tivemos uma masterclass com dois professores de fora, e um deles foi o professor que está agora infectado. Os alunos que estiveram com ele na sala de aula estão de quarentena, e a escola continua aberta. Não tenho sintomas e a maior parte dos alunos não tem sintomas, e não sei se o director da escola nos vai justificar as faltas”, confessou.

Há ainda outras instituições do ensino superior em alerta relativamente ao Covid-19, como é o caso da Escola Superior de Música de Lisboa, do Instituto Politécnico de Lisboa, onde o professor infectado chegou a dar aulas. Numa nota enviada aos alunos, a que o HM teve acesso, lê-se que é recomendável a quarentena a potenciais casos de infecção.

“Por precaução, recomendamos a todos os professores, funcionários que estudantes que viajaram nas últimas duas semanas entre países europeus e não-europeus afectados pelo Covid-19 que não venham à escola por nenhum motivo, seja aulas, ensaios ou outros, devendo permanecer em casa durante os próximos dias.”

Também a Universidade do Minho, em Braga, resolveu encerrar um campus universitário depois de ser detectado um caso de infecção. No que diz respeito ao ensino não superior, há nesta altura seis turmas, professores e funcionários de quarentena em duas escolas da Amadora, perto de Lisboa, depois de uma professora ter sido diagnosticada com o novo coronavírus. Em comunicado, o Agrupamento de Escolas Pioneiras da Aviação Portuguesa, ao qual pertence a Escola Básica 2/3 Roque Gameiro e Escola Secundária da Amadora, refere que uma professora esteve de férias em Milão, Itália, na semana passada, e regressou à escola para dar aulas no fim da semana passada.

Com 21 casos diagnosticados, Portugal anunciou no sábado mais medidas preventivas, como a suspensão de visitas a hospitais, lares de idosos e prisões na zona Norte do país, além de se recomendar o adiamento de eventos sociais.

9 Mar 2020

Covid-19 | Mais de 7.100 infectados na Coreia do Sul, 367 novos casos em 24 horas

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades de saúde sul-coreanas anunciaram hoje 367 novos casos de contágio pelo novo coronavírus, elevando para 7.134 o total de infectados no país, onde já morreram 50 pessoas com a doença Covid-19. Os números divulgados pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças Contagiosas da Coreia do Sul (KCDC) referem-se a todos os casos registados desde a meia-noite de sexta-feira até às 00:00 de sábado. Durante este período foram registadas seis novas mortes.
A cidade de Daegu, a cerca de 230 quilómetros a sudeste de Seul, e a província vizinha de Gyeongsang do Norte, centros do surto no país, registaram a grande maioria dos novos casos, 294 dos 367.
Esta região tem a esmagadora maioria de todas as infeções que ocorreram na Coreia do Sul, desde que o vírus foi detectado no país, em 20 de Janeiro. Cerca de 60% das infecções em todo o território sul-coreano estão ligadas à seita cristã Shincheonji, cuja sede é em Daegu, quarta maior cidade do país (cerca de 2,4 milhões de habitantes), onde foram realizadas várias missas no início de Fevereiro.
A Coreia do Sul é o segundo país com mais casos de Covid-19 no mundo depois da China, e tem sido o país que regista mais novos casos da doença todos os dias.

8 Mar 2020

Covid-19 | Mais de 7.100 infectados na Coreia do Sul, 367 novos casos em 24 horas

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades de saúde sul-coreanas anunciaram hoje 367 novos casos de contágio pelo novo coronavírus, elevando para 7.134 o total de infectados no país, onde já morreram 50 pessoas com a doença Covid-19. Os números divulgados pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças Contagiosas da Coreia do Sul (KCDC) referem-se a todos os casos registados desde a meia-noite de sexta-feira até às 00:00 de sábado. Durante este período foram registadas seis novas mortes.

A cidade de Daegu, a cerca de 230 quilómetros a sudeste de Seul, e a província vizinha de Gyeongsang do Norte, centros do surto no país, registaram a grande maioria dos novos casos, 294 dos 367.

Esta região tem a esmagadora maioria de todas as infeções que ocorreram na Coreia do Sul, desde que o vírus foi detectado no país, em 20 de Janeiro. Cerca de 60% das infecções em todo o território sul-coreano estão ligadas à seita cristã Shincheonji, cuja sede é em Daegu, quarta maior cidade do país (cerca de 2,4 milhões de habitantes), onde foram realizadas várias missas no início de Fevereiro.

A Coreia do Sul é o segundo país com mais casos de Covid-19 no mundo depois da China, e tem sido o país que regista mais novos casos da doença todos os dias.

8 Mar 2020

Covid-19 | Pelo menos quatro mortos no hotel que ruiu na China que albergava pessoas em quarentena

Pelo menos quatro pessoas morreram na sequência do desmoronamento de um hotel na China que albergava pessoas em quarentena por terem estado em contacto com pacientes infectados com o Covid-19, anunciaram hoje as autoridades. Das 71 pessoas presas nos escombros, 42 já foram retiradas. Entre os retirados, encontravam-se quatro mortos e cinco em estado grave, apontou o Ministério de Situações de Emergência da China, em comunicado.
O estabelecimento, localizado em Quanzhou, na província de Fujian, ruiu no sábado por volta das 19:30 por motivos ainda desconhecidos. A unidade hoteleira, Xinjia Hotel que tem 80 quartos, foi recentemente convertida numa instalação de quarentena para pessoas que entraram em contacto com pacientes infectados com o novo coronavírus. Segundo as autoridades locais de Quanzhou, mais de 700 operacionais de equipas de resgate foram posicionadas no local.
A China registou hoje mais 27 mortes devido do Covid-19, elevando o número total de mortes para 3.097, informou a Comissão Nacional de Saúde do país. No total, desde que o surto começou, até à meia-noite de sábado, foram confirmados 80.695 casos na China continental, que exclui Macau e Hong Kong, segundo a Comissão Nacional de Saúde do país. No momento, 57.065 pacientes responderam com sucesso ao tratamento e receberam alta.

8 Mar 2020

Covid-19 | Pelo menos quatro mortos no hotel que ruiu na China que albergava pessoas em quarentena

Pelo menos quatro pessoas morreram na sequência do desmoronamento de um hotel na China que albergava pessoas em quarentena por terem estado em contacto com pacientes infectados com o Covid-19, anunciaram hoje as autoridades. Das 71 pessoas presas nos escombros, 42 já foram retiradas. Entre os retirados, encontravam-se quatro mortos e cinco em estado grave, apontou o Ministério de Situações de Emergência da China, em comunicado.

O estabelecimento, localizado em Quanzhou, na província de Fujian, ruiu no sábado por volta das 19:30 por motivos ainda desconhecidos. A unidade hoteleira, Xinjia Hotel que tem 80 quartos, foi recentemente convertida numa instalação de quarentena para pessoas que entraram em contacto com pacientes infectados com o novo coronavírus. Segundo as autoridades locais de Quanzhou, mais de 700 operacionais de equipas de resgate foram posicionadas no local.

A China registou hoje mais 27 mortes devido do Covid-19, elevando o número total de mortes para 3.097, informou a Comissão Nacional de Saúde do país. No total, desde que o surto começou, até à meia-noite de sábado, foram confirmados 80.695 casos na China continental, que exclui Macau e Hong Kong, segundo a Comissão Nacional de Saúde do país. No momento, 57.065 pacientes responderam com sucesso ao tratamento e receberam alta.

8 Mar 2020

Covid-19 | Partiu avião para retirar residentes de Macau em Hubei

[dropcap]O[/dropcap] avião fretado pelo Governo de Macau para retirar 58 residentes na cidade chinesa de Wuhan, centro do surto do novo coronavírus, partiu hoje pelas 09:30 horas.
O airbus A321 da companhia Air Macau, deverá “aterrar às 11:07, no aeroporto de Tianhe”, na capital da província de Hubei, afirmou a diretora dos Serviços de Turismo, Helena Senna Fernandes, na conferência de imprensa que se seguiu à partida do aparelho.
O voo tem uma duração de 90 minutos e a bordo seguem seis profissionais dos Serviços de Saúde, dois funcionários dos Serviços de Turismo, e sete tripulantes. A responsável disse que já chegaram ao aeroporto de Wuhan 27 dos 58 residentes que deverão ser retirados.
Na sexta-feira, as autoridades de Macau indicaram que 59 residentes poderiam regressar ao território, mas um deles indicou já às autoridades de Macau que não consegue apanhar o voo, acrescentou Helena Senna Fernandes.
“Sabemos já que alguns residentes só vão conseguir chegar ao aeroporto de Tianhe pelas 14:00, devido ao forte nevoeiro na zona, mas vamos esperar por todos (…) penso que teremos tempo suficiente para não atrasar o voo” de regresso a Macau, salientou. Antes de embarcarem, os residentes precisam de responder a um inquérito de avaliação e de passar por várias avaliações médicas.
Se alguns passageiros exibirem sintomas, ao chegarem a Macau, serão levados diretamente do aeroporto para o hospital para realizarem exames e ficarem em isolamento. Caso não apresentem sintomas serão levados para o centro clínico de saúde pública no alto de Coloane para observação e isolamento, durante um período de 14 dias, lembrou o diretor dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion, na mesma conferência de imprensa.
Já na segunda-feira, farão a primeira análise de ácido nucleico. Tripulantes, funcionários do Turismo e funcionários responsáveis pelo transporte de bagagem também ficaram sob quarentena de 14 dias. Os profissionais da área da Saúde ficará sujeito a vigilância médica, pelo mesmo período.
Há 32 dias sem novos casos de infeção, Macau registou dez doentes, tendo todos já recebido alta hospitalar. A epidemia de Covid-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou cerca de 3.600 mortos e infectou mais de 100 mil pessoas em 92 países e territórios, incluindo 13 em Portugal. Das pessoas infectadas, mais de 55 mil recuperaram.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para “muito elevado”.

7 Mar 2020

Covid-19 | Partiu avião para retirar residentes de Macau em Hubei

[dropcap]O[/dropcap] avião fretado pelo Governo de Macau para retirar 58 residentes na cidade chinesa de Wuhan, centro do surto do novo coronavírus, partiu hoje pelas 09:30 horas.

O airbus A321 da companhia Air Macau, deverá “aterrar às 11:07, no aeroporto de Tianhe”, na capital da província de Hubei, afirmou a diretora dos Serviços de Turismo, Helena Senna Fernandes, na conferência de imprensa que se seguiu à partida do aparelho.

O voo tem uma duração de 90 minutos e a bordo seguem seis profissionais dos Serviços de Saúde, dois funcionários dos Serviços de Turismo, e sete tripulantes. A responsável disse que já chegaram ao aeroporto de Wuhan 27 dos 58 residentes que deverão ser retirados.

Na sexta-feira, as autoridades de Macau indicaram que 59 residentes poderiam regressar ao território, mas um deles indicou já às autoridades de Macau que não consegue apanhar o voo, acrescentou Helena Senna Fernandes.

“Sabemos já que alguns residentes só vão conseguir chegar ao aeroporto de Tianhe pelas 14:00, devido ao forte nevoeiro na zona, mas vamos esperar por todos (…) penso que teremos tempo suficiente para não atrasar o voo” de regresso a Macau, salientou. Antes de embarcarem, os residentes precisam de responder a um inquérito de avaliação e de passar por várias avaliações médicas.

Se alguns passageiros exibirem sintomas, ao chegarem a Macau, serão levados diretamente do aeroporto para o hospital para realizarem exames e ficarem em isolamento. Caso não apresentem sintomas serão levados para o centro clínico de saúde pública no alto de Coloane para observação e isolamento, durante um período de 14 dias, lembrou o diretor dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion, na mesma conferência de imprensa.

Já na segunda-feira, farão a primeira análise de ácido nucleico. Tripulantes, funcionários do Turismo e funcionários responsáveis pelo transporte de bagagem também ficaram sob quarentena de 14 dias. Os profissionais da área da Saúde ficará sujeito a vigilância médica, pelo mesmo período.

Há 32 dias sem novos casos de infeção, Macau registou dez doentes, tendo todos já recebido alta hospitalar. A epidemia de Covid-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou cerca de 3.600 mortos e infectou mais de 100 mil pessoas em 92 países e territórios, incluindo 13 em Portugal. Das pessoas infectadas, mais de 55 mil recuperaram.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para “muito elevado”.

7 Mar 2020

Covid-19 | Portugal com 13 infecções confirmadas e 30 novos casos em avaliação

[dropcap]P[/dropcap]ortugal regista 13 infeções confirmadas de Covid-19 e 30 novos casos suspeitos ainda em avaliação, informou ontem a Direção-Geral da Saúde (DGS). Segundo o boletim sobre a situação epidemiológica em Portugal, divulgado pela DGS, o número total de casos suspeitos é de 181 desde o início do ano, entre os quais os 30 que se encontravam ontem ao final do dia a aguardar resultados dos exames laboratoriais.
O aumento do número de infecções, de nove na quinta-feira para 13 ontem, foi inicialmente anunciado pela ministra da Saúde, Marta Temido, após uma reunião da União Europeia, em Bruxelas. No boletim, a DGS explica que dos 13 casos de infectados com o novo coronavírus, que provoca a doença denominada Covid-19, oito são no Porto, um em Coimbra e quatro em Lisboa. Do total de casos, cinco são importados: um de Espanha e quatro de Itália. Nove são homens. Ainda de acordo com o boletim, houve ainda 354 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.
O número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus aumentou para 100.842, das quais 3.456 morreram, em 92 países e territórios, segundo um balanço divulgado pela agência noticiosa France Presse (AFP), com dados atualizados às 17:00 de hoje.
O novo coronavírus surgiu pela primeira vez no final do ano passado em Wuhan, na China, e pode causar infeções respiratórias como pneumonia. A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para “muito elevado”.

7 Mar 2020

Covid-19 | Portugal com 13 infecções confirmadas e 30 novos casos em avaliação

[dropcap]P[/dropcap]ortugal regista 13 infeções confirmadas de Covid-19 e 30 novos casos suspeitos ainda em avaliação, informou ontem a Direção-Geral da Saúde (DGS). Segundo o boletim sobre a situação epidemiológica em Portugal, divulgado pela DGS, o número total de casos suspeitos é de 181 desde o início do ano, entre os quais os 30 que se encontravam ontem ao final do dia a aguardar resultados dos exames laboratoriais.

O aumento do número de infecções, de nove na quinta-feira para 13 ontem, foi inicialmente anunciado pela ministra da Saúde, Marta Temido, após uma reunião da União Europeia, em Bruxelas. No boletim, a DGS explica que dos 13 casos de infectados com o novo coronavírus, que provoca a doença denominada Covid-19, oito são no Porto, um em Coimbra e quatro em Lisboa. Do total de casos, cinco são importados: um de Espanha e quatro de Itália. Nove são homens. Ainda de acordo com o boletim, houve ainda 354 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.

O número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus aumentou para 100.842, das quais 3.456 morreram, em 92 países e territórios, segundo um balanço divulgado pela agência noticiosa France Presse (AFP), com dados atualizados às 17:00 de hoje.

O novo coronavírus surgiu pela primeira vez no final do ano passado em Wuhan, na China, e pode causar infeções respiratórias como pneumonia. A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para “muito elevado”.

7 Mar 2020

Covid-19 | Epidemia já matou 3.385 pessoas e infectou mais de 98.000

[dropcap]O[/dropcap] número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus em todo o mundo aumentou para 98.123, das quais morreram 3.385, segundo um balanço feito pela agência noticiosa France Presse (AFP), com dados actualizados às 09:00 de hoje. Citando fontes oficiais, a AFP diz que, no total, foram registadas 613 novas contaminações e 39 mortes desde o último balanço, às 17:00 de quinta-feira.
A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau), onde a epidemia eclodiu no final de Dezembro, teve 80.552 casos, incluindo 3.042 mortes. Entre as 17:00 de quinta-feira e as 09:00 de hoje foram anunciadas 143 novas infeções e 30 novas mortes no país.
Depois da China, o país mais afectado pela epidemia, surgem a Coreia do Sul (6.284 casos, incluindo 196 novos, 42 mortes), Itália (3.858 casos, 148 mortes), Irão (3.513 casos, 107 mortes) e França (423 casos, incluindo 46 novos, sete óbitos).
Desde as 17:00 de quinta-feira, foram registadas mortes na China, Coreia do Sul, França e Espanha. As autoridades palestinianas e o Butão anunciaram o diagnóstico dos primeiros casos no seu território.
A Ásia registava às 09:00 de hoje um total de 88.344 casos (3.101 mortes), a Europa 5.701 casos (161 mortes), o Médio Oriente 3.757 (110 mortes), Estados Unidos e Canadá 194 casos (11 mortes), Oceania 64 (2 mortes), América Latina e Caribe 34 pessoas infectadas e África 29 casos do novo coronavírus.
Este balanço da AFP foi elaborado com dados recolhidos junto das autoridades nacionais competentes e informações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Portugal, de acordo com a Direção Geral da Saúde, tem nove casos confirmados de Covid-19, a doença provocada pelo coronavírus, e os casos suspeitos registados pelas autoridades aumentaram para 147.

6 Mar 2020

Covid-19 | Epidemia já matou 3.385 pessoas e infectou mais de 98.000

[dropcap]O[/dropcap] número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus em todo o mundo aumentou para 98.123, das quais morreram 3.385, segundo um balanço feito pela agência noticiosa France Presse (AFP), com dados actualizados às 09:00 de hoje. Citando fontes oficiais, a AFP diz que, no total, foram registadas 613 novas contaminações e 39 mortes desde o último balanço, às 17:00 de quinta-feira.

A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau), onde a epidemia eclodiu no final de Dezembro, teve 80.552 casos, incluindo 3.042 mortes. Entre as 17:00 de quinta-feira e as 09:00 de hoje foram anunciadas 143 novas infeções e 30 novas mortes no país.

Depois da China, o país mais afectado pela epidemia, surgem a Coreia do Sul (6.284 casos, incluindo 196 novos, 42 mortes), Itália (3.858 casos, 148 mortes), Irão (3.513 casos, 107 mortes) e França (423 casos, incluindo 46 novos, sete óbitos).

Desde as 17:00 de quinta-feira, foram registadas mortes na China, Coreia do Sul, França e Espanha. As autoridades palestinianas e o Butão anunciaram o diagnóstico dos primeiros casos no seu território.

A Ásia registava às 09:00 de hoje um total de 88.344 casos (3.101 mortes), a Europa 5.701 casos (161 mortes), o Médio Oriente 3.757 (110 mortes), Estados Unidos e Canadá 194 casos (11 mortes), Oceania 64 (2 mortes), América Latina e Caribe 34 pessoas infectadas e África 29 casos do novo coronavírus.

Este balanço da AFP foi elaborado com dados recolhidos junto das autoridades nacionais competentes e informações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Portugal, de acordo com a Direção Geral da Saúde, tem nove casos confirmados de Covid-19, a doença provocada pelo coronavírus, e os casos suspeitos registados pelas autoridades aumentaram para 147.

6 Mar 2020

Covid-19 | Último infectado teve hoje alta

[dropcap]O[/dropcap] último paciente internado com Covid-19 em Macau recebeu hoje alta hospitalar, anunciou o director dos Serviços de Saúde. “Nem pacientes internados, nem mortos devido ao novo coronavírus”, declarou Lei Chin Ion, na conferência de imprensa diária do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus.
Macau está há 31 dias sem novos registos da doença Covid-19, tendo registado apenas dez casos. Após 34 dias de internamento, a paciente, de 64 anos, encontra-se agora em isolamento na convalescença no centro clínico de saúde pública do alto de Coloane, acrescentou o médico do Centro Hospitalar Conde de São Januário, Lo Ick Long.
A residente foi hospitalizada em 1 de Fevereiro, tendo sido confirmada como o oitavo caso da doença em Macau, indicou o mesmo responsável. Lo acrescentou que, nas últimas 24 horas, o laboratório de saúde pública efetuou 132 análises, todas negativas.
A coordenadora do Centro de Prevenção e Controlo da Doença indicou que 65 pessoas provenientes de áreas de alta incidência epidémica entraram em Macau até às 09:00 de hoje. Destas 65, todas sob observação médica, 44 estão em casa e 21 na Pousada Marina Infante, estabelecimento hoteleiro na ilha da Taipa onde está instalado, desde 30 de Janeiro, um centro de isolamento, disse a médica Leong Ick Hou.
Também deste grupo sob observação médica, 58 são residentes de Macau, três são turistas/trabalhadores da Coreia do Sul, três são turistas da China e um é turista de Hong Kong, acrescentou.
O Corpo de Polícia de Segurança Pública indicou que foram registados na quinta-feira 66 mil entradas e saídas das fronteiras de Macau, o que representa um aumento de 7,5% em relação ao dia anterior.
“Verificámos também um aumento nas entradas e saídas dos residentes”, com cerca de 24 mil pessoas a entrar (mais 6,4% do que na quarta-feira) e cerca de 24 mil a sair (mais 8,8%), disse Lei Tak Fai, reiterando o apelo das autoridades à população para evitar sair do território.
A epidemia de Covid-19, detectado em Dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou 3.385 mortos e infectou mais de 98 mil pessoas em 87 países e territórios, incluindo nove em Portugal. Das pessoas infectadas, mais de 55 mil recuperaram.
Além de 3.042 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América e Filipinas, San Marino, Iraque, Suíça, Espanha, Reino Unido e Países Baixos.

6 Mar 2020

Covid-19 | Último infectado teve hoje alta

[dropcap]O[/dropcap] último paciente internado com Covid-19 em Macau recebeu hoje alta hospitalar, anunciou o director dos Serviços de Saúde. “Nem pacientes internados, nem mortos devido ao novo coronavírus”, declarou Lei Chin Ion, na conferência de imprensa diária do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus.

Macau está há 31 dias sem novos registos da doença Covid-19, tendo registado apenas dez casos. Após 34 dias de internamento, a paciente, de 64 anos, encontra-se agora em isolamento na convalescença no centro clínico de saúde pública do alto de Coloane, acrescentou o médico do Centro Hospitalar Conde de São Januário, Lo Ick Long.

A residente foi hospitalizada em 1 de Fevereiro, tendo sido confirmada como o oitavo caso da doença em Macau, indicou o mesmo responsável. Lo acrescentou que, nas últimas 24 horas, o laboratório de saúde pública efetuou 132 análises, todas negativas.

A coordenadora do Centro de Prevenção e Controlo da Doença indicou que 65 pessoas provenientes de áreas de alta incidência epidémica entraram em Macau até às 09:00 de hoje. Destas 65, todas sob observação médica, 44 estão em casa e 21 na Pousada Marina Infante, estabelecimento hoteleiro na ilha da Taipa onde está instalado, desde 30 de Janeiro, um centro de isolamento, disse a médica Leong Ick Hou.

Também deste grupo sob observação médica, 58 são residentes de Macau, três são turistas/trabalhadores da Coreia do Sul, três são turistas da China e um é turista de Hong Kong, acrescentou.

O Corpo de Polícia de Segurança Pública indicou que foram registados na quinta-feira 66 mil entradas e saídas das fronteiras de Macau, o que representa um aumento de 7,5% em relação ao dia anterior.

“Verificámos também um aumento nas entradas e saídas dos residentes”, com cerca de 24 mil pessoas a entrar (mais 6,4% do que na quarta-feira) e cerca de 24 mil a sair (mais 8,8%), disse Lei Tak Fai, reiterando o apelo das autoridades à população para evitar sair do território.

A epidemia de Covid-19, detectado em Dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou 3.385 mortos e infectou mais de 98 mil pessoas em 87 países e territórios, incluindo nove em Portugal. Das pessoas infectadas, mais de 55 mil recuperaram.

Além de 3.042 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América e Filipinas, San Marino, Iraque, Suíça, Espanha, Reino Unido e Países Baixos.

6 Mar 2020

Estado de emergência

[dropcap]N[/dropcap]unca tinha vivido tal situação mas calhou agora, ver decretado “estado de emergência” na região em que vivo, a ilha de Hokkaido no norte do Japão, quase do tamanho de Portugal mas com metade da população, dispersa por um território de majestosas montanhas e muito frio, pelo menos por enquanto, que as alterações climáticas já vão trazendo algum sinal de mudança. Nem esse relativo isolamento geográfico e climático, nem a dispersão populacional da zona evitaram, no entanto, que esta se tornasse a região japonesa com mais casos de infecção pelo coronavírus: 79, nesta quarta feira em que escrevo, 19 dos quais na cidade de Sapporo, onde vivo e onde se concentra a maior parte da população de Hokkaido (1,8 milhões dos 5,5 milhões de residentes na ilha).

Hokkaido é uma região relativamente distante do centro económico e cultural do Japão, tardiamente ocupada por população japonesa no final do século XIX e por isso sem os tradicionais elementos do património arquitectónico que vão representam as diversas fases históricas de evolução do país. Talvez pelas magníficas paisagens naturais que resulta dessas particularidades geográficas e climáticas, a região é destino de referência para o turismo chinês, cujo extraordinário crescimento observado nos últimos dez anos teve sobre Hokkaido impacto significativo . Enquanto cidade capital da região, onde se localiza o aeroporto, Sapporo é o ponto central destes fluxos turísticos: ainda que se dirijam a diferentes pontos da ilha, todos os turistas passam por aqui.

Esta especial atractividade turística no mercado chinês particular trouxe também uma particular vulnerabilidade e a região havia de se tornar relativamente depressa na primeira do país quanto ao número de casos de infecções pelo coronavírus, ultrapassando mesmo a capital, Tokyo, com muitíssimo mais gente e muitíssimo maior densidade populacional, uma combinação aparentemente mais favorável à propagação de vírus. Não foi assim – ou foi apenas numa primeira fase – e é em Hokkaido que está hoje o maior foco de preocupação das autoridades de saúde japonesas, que entretanto decretaram o encerramento por um mês de todas as escolas do país, duplicando o habitual período de férias primaveril – e promovendo, já agora, um imprevisto estímulo económico a salas de karaoke e outros estabelecimentos de entretenimento para adolescentes. Nota-se uma certa urgência em resolver o problema, não só pelas óbvias questões de saúde pública, mas também por outras (e também óbvias) implicações económicas que possam decorrer, por exemplo, da necessidade de cancelar os Jogos Olímpicos do verão que se aproxima (e que se realizará, eventualmente, a seguir ao original campeonato europeu de futebol que este ano se vai disputar em vários países europeus, todos eles actualmente a enfrentar o mesmo problema).

Este impacto na vida quotidiana que estamos a viver, diga-se também, teria certamente sido muitíssimo maior se não fossem as drásticas medidas de contenção do governo chinês e a disciplina da respetiva população: mais de mil milhões de pessoas a viver nas grandes cidades da China estiveram durante algum período encerrados em casa, com cidades desertas e economias paralisadas. Muito largos milhares (ou mesmo milhões, que essas contas ainda estão por fazer com precisão) de viagens foram canceladas, com bilhetes pagos e reservas feitas. Um bom número dessas viagens tinha Hokkaido como destino e isso nota-se em Sapporo: o centro da cidade, com as suas lojas e infinitos restaurantes, quase completamente vazios, primeiro de turistas e depois também de residentes locais. Há já apoios financeiros públicos às empresas que demonstrem ter pelo menos 10% do seu volume de negócios dependente do mercado chinês, o que certamente inclui todos os estabelecimentos comerciais, hoteleiros e de restauração do centro da cidade.

A propagação da doença a que vamos assistindo – 3 ou 4 novos casos por dia na última semana – é por isso pequena em relação ao que aconteceria se não houvesse estas drásticas medidas preventivas. O estado de emergência a que os residentes de Hokkaido estão sujeitos é sobretudo um apelo a uma certa disciplina colectiva – generalizadamente aceite, como é habitual por aqui – acompanhado de medidas de excepcionais de cuidados de saúde e apoios financeiros às economias e ao emprego locais. Não há sirenes a apitar ou militares nas ruas da cidade: há regras e informação sobre como lidar com o assunto. E televisões, naturalmente, todo o dia a bombardear pânico e terror, mas a isso sou relativamente imune, que já há muitos anos reduzi o televisor a um aparelho onde se exibem ocasionais filmes ou jogos de futebol.

Por enquanto declarada por 3 semanas, é difícil prever quanto durará, na realidade, a dita situação de emergência. No meu caso familiar, até já tínhamos declarado com antecedência um certo estado de emergência doméstico, que incluiu reduzir as saídas ao máximo, sobretudo a sítios com grande concentração de pessoas ou cancelar viagens profissionais que já estavam marcadas. Temos, é verdade, uma particularidade que nos torna eventualmente mais vulneráveis e certamente mais sensíveis ao problema. Mas estes processos de contaminação são certamente um dos casos em que os nossos comportamentos individuais têm evidentes implicações sobre a vida dos outros e das comunidades: o isolamento é um antídoto inevitável para preservar a vida social.

6 Mar 2020

Ai Portugal, Portugal

[dropcap]R[/dropcap]egressei de Lisboa no final de Fevereiro, depois de um mês de piadas hilariantes sobre coronavírus e trocadilhos originalíssimos com cervejas mexicanas. Nessa altura, o Covid- 19 era inspiração para comédia caseira de qualidade duvidosa e alvo de relativização digna de QI de dois dígitos. Uma coisa distante, menos grave que a gripe ou uma unha encravada, algo que pode ser curado com um café e um bagaço, coisa de chineses e da histeria colectiva dos medrosos.

O coronavírus começou por ser o fartote da época nas redes sociais e fermento do merecido escárnio em relação à sangria desatada do ciclo de 24 horas de notícias, da telenovelização da informação. Apesar de haver quem apelasse ao equilíbrio, à prevenção racional, Portugal parece ter passado da relativização ao pânico num passo único. É sempre assim. Com meia dúzia de pessoas infectadas à altura que esta coluna é escrita, a corrida desenfreada à compra de máscaras esgotou o stock nas farmácias. Entretanto, a corrida à bagaceira curativa parece que nunca aconteceu.

Apesar das críticas à capacidade de resposta do SNS, a solução não passa apenas pelo Governo. Além do mais, o SNS teve de ser cortado face à necessidade maior de encher a pancinha de um sistema bancário com ética do Cartel de Sinaloa. A verdade é que sem uma sociedade civil informada e adulta, não existem políticas, ou redes de apoio social, que resistam. Que se saiba, o chicoespertismo não tem efeitos terapêuticos.

6 Mar 2020

Xi Jinping pede retoma das actividades económicas no país

[dropcap]O[/dropcap] Presidente chinês, Xi Jinping, apelou ontem a que os trabalhadores do país retomem aos seus empregos, após quase seis semanas de estagnação, devido ao surto do Covid-19, visando recuperar a produção e o consumo doméstico.

Segundo o Diário do Povo, jornal oficial do Partido Comunista Chinês, Xi fez o apelo durante uma reunião com o Comité Permanente do Politburo, a cúpula do poder na China.

“É preciso tomar medidas para aumentar a disponibilidade e incentivar o consumo de bens e serviços “, afirmou. “O país registou desenvolvimentos positivos na contenção do surto e a vida e o trabalho têm que ser retomados rapidamente”, acrescentou.

No entanto, nas principais cidades do país, incluindo em Pequim, Xangai, Cantão ou Shenzhen, o cenário de paralisia mantém-se.

Uma investigação da revista económica Caixin revelou que as empresas e administrações locais recorreram a diferentes formas de contornar as quotas impostas pelo Governo central para recuperar a actividade económica, incluindo manipular o aumento do consumo de electricidade.

Funcionários de empresas e dos governos locais citadas pela Caixin detalharam como vários indicadores, incluindo o consumo de energia, estão a ser distorcidos, ao deixar as máquinas, lâmpadas e aparelhos de ar condicionado ligados, mesmo que não haja funcionários na fábrica.

Problemas logísticos na obtenção de matérias-primas ou na movimentação de mercadorias derivadas de medidas de prevenção contra o vírus, como bloqueio de estradas, são alguns dos impedimentos encontrados pelas empresas locais e que também afetam as empresas europeias que operam no país.

Segundo os resultados de um inquérito realizado pela Câmara do Comércio da União Europeia na China, quase metade das empresas inquiridas prevê uma queda de dois dígitos nas receitas e um quarto estima uma queda superior a 20 por cento, no primeiro semestre de 2020.

Joerg Wuttke, presidente da Câmara de Comércio, apontou que a “rede de regras conflitantes” aplicadas no combate contra o vírus produziu “centenas de feudos”, à medida que funcionários e comités locais adotam medidas por si, “tornando quase impossível a movimentação de mercadorias ou pessoas no país”.

Em todo o país foram implementadas restrições à movimentação de centenas de milhões de pessoas e encerramento forçado de estabelecimentos.

Em Pequim e Xangai, viajantes oriundos de outras zonas da China têm de ficar em casa duas semanas após voltarem das suas terras natais, o que impede o regresso imediato ao trabalho de milhões de trabalhadores migrantes, que em Janeiro passado foram a casa celebrar o Ano Novo Lunar e só agora começam a voltar às prósperas cidades do litoral.

6 Mar 2020

Japão | Visitantes de Macau sujeitos a quarentena

[dropcap]Q[/dropcap]uem chegar ao Japão vindo de Macau, Hong Kong, Interior da China e Coreia do Sul terá de cumprir quarentena de duas semanas num hospital, ou outras instalações a designar, antes de ter permissão para entrar no país, alertou ontem o primeiro-ministro Shinzo Abe.
A medida entra em vigor na próxima segunda-feira. “Estamos a fortalecer as medidas de quarentena de pessoas vindas da China e Coreia do Sul para impedir a propagação do vírus e apaziguar as preocupações das pessoas”, declarou Shinzo Abe, citado pelo Nikkei Asian Review.
O primeiro-ministro nipónico acrescentou que o Japão “atravessa um período crucial”, e que “é muito importante não hesitar e tomar medidas com determinação nas fronteiras. “Vamos implementar acções agressivas”.

6 Mar 2020

Japão | Visitantes de Macau sujeitos a quarentena

[dropcap]Q[/dropcap]uem chegar ao Japão vindo de Macau, Hong Kong, Interior da China e Coreia do Sul terá de cumprir quarentena de duas semanas num hospital, ou outras instalações a designar, antes de ter permissão para entrar no país, alertou ontem o primeiro-ministro Shinzo Abe.

A medida entra em vigor na próxima segunda-feira. “Estamos a fortalecer as medidas de quarentena de pessoas vindas da China e Coreia do Sul para impedir a propagação do vírus e apaziguar as preocupações das pessoas”, declarou Shinzo Abe, citado pelo Nikkei Asian Review.

O primeiro-ministro nipónico acrescentou que o Japão “atravessa um período crucial”, e que “é muito importante não hesitar e tomar medidas com determinação nas fronteiras. “Vamos implementar acções agressivas”.

6 Mar 2020

Wong Kit Cheng questiona prazos de edifício de Doenças Transmissíveis 

[dropcap]O[/dropcap] Governo vai ter de se deslocar à Assembleia Legislativa (AL) para dar explicações sobre a construção do novo Edifício de Doenças Transmissíveis, um projecto iniciado pelo anterior Executivo, quando Alexis Tam ainda era secretário para os Assuntos Sociais e Cultura.

A deputada Wong Kit Cheng interpelou o Governo sobre o assunto, tendo em conta a epidemia do Covid-19. “Segundo os Serviços de Saúde de Macau (SSM), o projecto do Edifício de Doenças Transmissíveis já está definido e as obras já foram iniciadas. Na realidade, ainda não foi aberto o concurso público para as obras da superestrutura. Qual a calendarização para a construção do edifício? Segundo as previsões, quando é que o mesmo vai entrar em funcionamento?”, questiona.

A deputada alerta ainda para o facto de não existirem datas concretas para a inauguração e entrada em funcionamento do novo hospital. “A data da conclusão do Complexo de Cuidados de Saúde nas Ilhas foi adiada várias vezes. Até ao momento, só se prevê a conclusão das obras da estrutura principal em Agosto de 2022, e que não se sabe quanto é que o Complexo vai funcionar.”

Nesse sentido, Wong Kit Cheng deseja saber qual é o planeamento geral em termos de infra-estruturas de saúde por parte dos SSM. “Atendendo à incerteza das doenças contagiosas e ao aumento constante da população habitual e de turistas, o Governo vai esclarecer a sociedade sobre o planeamento geral das instalações de doenças contagiosas? Na sequência desta epidemia, como é que o Governo vai continuar a aperfeiçoar os trabalhos de prevenção de doenças contagiosas?”

Falta de instalações

Com o aparecimento de dez casos em Macau de infecção por Covid-19, o Governo teve de recorrer à Pousada Marina Infante, no Cotai, para colocar turistas de risco. Para Wong Kit Cheng, esta é a prova de que não existem camas suficientes para dar resposta a este tipo de casos.

“Nesta epidemia o Governo aproveitou um hotel emprestado para a observação preliminar e isolamento e, na tarde de 4 de Fevereiro, foram lá acolhidas, ao mesmo tempo, 70 pessoas, o que demonstra que é premente construir o Edifício de Doenças Transmissíveis e aperfeiçoar as instalações. Há que ter uma visão prospectiva neste âmbito.”

Wong Kit Cheng acrescenta ainda que “olhando para as instalações de prevenção de doenças contagiosas, existem agora pouco mais de 100 camas (segundo as informações divulgadas, 44 no Hospital Conde de São Januário e 60 no Centro Clínico de Saúde Pública de Coloane), portanto essas instalações não são suficientes”, rematou.

6 Mar 2020

Regaste de residentes em Hubei esteve sempre nos planos, diz André Cheong

O secretário André Cheong afirma que o plano de ir a Wuhan resgatar os residentes de Macau ali retidos nunca saiu da agenda do Executivo. No entanto, sublinha que a operação dependia de vários factores, como a segurança

 

[dropcap]U[/dropcap]ma questão unânime e que esteve sempre nos planos do Governo. Foi desta forma que André Cheong, secretário para a Administração e Justiça, referiu os esforços para trazer os cidadãos de Macau que estão retidos na província de Hubei, o epicentro da epidemia do Covid-19.

O secretário negou que tivesse havido divisões no seio do Executivo sobre este aspecto: “Não foi difícil chegar a um consenso. Eles são residentes de Macau e o Governo tem a responsabilidade de quando eles estão numa situação difícil e querem regressar à RAEM fazer todos os esforços possíveis. Estamos a fazer isso”, afirmou André Cheong.

O membro do Governo recusou ainda a ideia de que tenha havido hesitações na medida, mas frisou que não era possível avançar sem tratar das questões de segurança dos envolvidos. “Desde o início que está nos nossos planos ir buscar estes residentes. Mas para executar esse plano não basta mandarmos um avião para lá. Sabemos qual é a situação de Hubei e especialmente de Wuhan. Por isso não é fácil executar o plano. Há muitos aspectos que precisam de ser bem preparados”, explicou.

Os cerca de 60 residentes de Macau em Wuhan vão chegar à RAEM no sábado. O resgate aconteceu depois de Hong Kong ter feito o mesmo. Porém, André Cheong recusa que o Governo local tenha ficado à espera da acção do Executivo de Hong Kong para actuar: “Não ficámos à espera de Hong Kong. Fizemos as coisas de acordo com as necessidades de Macau e as nossas possibilidades em Hubei”, indicou.

Sem sobressaltos

A semana que agora chega ao fim marcou o regresso à normalidade dos Serviços Públicos da RAEM, após duas semanas de “quarentena”, em que apenas funcionaram os serviços mais básicos.

Para André Cheong, o regresso à normalidade correu sem sobressaltos. “Durante as duas semanas estivemos a oferecer serviços básicos. No entanto, nesse tempo os serviços conseguiram despachar muitos pedidos de urgência”, informou. “A partir desta segunda-feira, a informação que temos é que tudo decorreu dentro da normalidade. Não houve um dia em que tenha havido uma grande concentração de pessoas nem grandes filas”, considerou.

Os funcionários públicos que vivem em Zhuhai regressaram também ao trabalho. O número de trabalhadores nestas condições é desconhecido, mas o secretário sublinhou que estão instruídos para não passarem várias vezes a fronteira e até evitarem-no, se possível.

6 Mar 2020

Covid-19 | População preocupada com mudança do local de exames médicos

[dropcap]O[/dropcap] Executivo decidiu mudar a zona de exames para pessoas que entram em Macau do Campo de Operários para o Fórum Macau. No entanto, esta mudança gerou queixas por parte da população, como reconheceu Leong Iek Hou, coordenadora do Núcleo de Prevenção e Doença Infecciosas e Vigilância da Doença, que pediu à população para não se preocupar.

“A população mostrou alguma preocupação com a possibilidade de propagação do vírus na zona. Mas esta medida é um reforço de outras que já foram adoptadas, como a medição de temperatura e a declaração de saúde”, explicou. O transporte é feito através de carrinha e vai haver no Fórum Macau uma zona para fumadores, exterior, que ficará afastada das passagens para peões na zona.

6 Mar 2020