Covid-19 | Testes dos 57 residentes resgatados de Hubei com resultados negativos

No início esperava-se o regresso de 59 residentes, mas dois acabaram por ficar em terra. Um estudante apresentou uma temperatura considerada elevada e foi impedido de embarcar e outro residente desistiu por “motivos pessoais”

 

[dropcap]O[/dropcap]s resultados dos testes ao Covid-19 dos 57 residentes de Macau resgatados de Hubei foram negativos. Depois da operação de sábado, que o Governo considerou bem-sucedida, o anúncio foi efectuado ontem por Lei Chin Ion, director dos Serviços de Saúde, na conferência de imprensa diária sobre o novo coronavírus.

“Os resultados dos 57 residentes foram negativos. É uma boa notícia, mas não significa que possamos ficar descansados. Todos vão ter de fazer mais dois testes a cada 48 horas”, afirmou o director dos Serviços de Saúde.

Entre os 57 residentes com idades dos 3 meses aos 77 anos, 17 são menores e 14 têm mesmo idades inferiores a 14 anos.

À chegada a Macau, foram registados casos de tosse em duas pessoas, que já tinham sido diagnosticadas nos hospitais do Interior da China com gripe sazonal. Também um bebé foi diagnosticado com inflamação na pele devido às fraldas disponíveis em Wuhan, e uma outra criança regressou com um abscesso dentário.

No sábado, quando o voo da Air Macau partiu para Wuhan, pelas 9h30, esperava-se que fossem resgatados 59 residentes. No entanto, um estudante de 16 anos, residente de Macau e Hong Kong, apresentou sintomas de febre, com uma temperatura de 37,5 graus, quando o máximo autorizado eram 37,3 graus, e foi impedido de viajar. Também outro residente não conseguiu viajar para o aeroporto por motivos pessoais, o que fez com que apenas 57 pessoas fossem retiradas.

Quanto aos alunos que ficaram em Wuhan, Lei Chin Ion disse ontem ter sido informado pelas entidades do Governo de Hubei que a temperatura baixou, sem que haja sintomas do Covid-19. Foi adiantado que o aumento de temperatura se poderá ter ficado a dever ao nervosismo de todos os procedimentos ou ao facto de o aluno estar a usar muito roupa.

Bem-sucedido

No regresso a Macau, o voo sofreu um atraso de cerca de uma hora e aterrou no Aeroporto Internacional da RAEM às 18h24. O atraso foi explicado com as dificuldades com que alguns residentes se depararam para chegar ao Aeroporto Internacional Wuhan Tianhe, devido ao nevoeiro que levou ao corte de estradas e ao caso do aluno que acabou por não embarcar.

Após a operação de resgate, decorreu uma conferência de imprensa sobre os procedimentos, e André Cheong, secretário para a Administração e Justiça, considerou que tudo correu “conforme o planeado” com todos os procedimentos a “correrem bem”.

Ficou ainda em cima da mesa a possibilidade de haver mais voos para os restantes residentes, uma vez que este se dirigiu essencialmente a idosos, crianças, pessoas com doenças crónicas e aos que se encontravam mais perto de Wuhan. Um futuro voo poderá ser organizado para resgatar as pessoas que ficaram em áreas mais remotas de Hubei.

Quanto aos custos da operação, o secretário para a Administração e Justiça admitiu que devido à complexidade e serviços envolvidos ainda há necessidade de fazer os cálculos. Os números serão divulgados posteriormente.

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