admin China / ÁsiaVírus | Número de mortos na China aumenta para 1.113 [dropcap]O[/dropcap] número de mortos na China continental devido ao novo coronavírus aumentou para 1.113, informou hoje a Comissão Nacional de Saúde chinesa. De acordo com as autoridades de saúde de Pequim o número total de mortos nas últimas 24 horas é de 97. O número total de casos confirmados é de 44.653, dos quais 2.015 foram confirmados nas últimas 24 horas em território continental chinês. As autoridades chinesas acrescentaram ainda que 451.462 pacientes foram acompanhados por terem tido contacto próximo com os infectados, dos quais 185.037 ainda estão sob observação. O balanço ultrapassa o da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, na sigla em inglês), que entre 2002 e 2003 causou a morte a 774 pessoas em todo o mundo, a maioria das quais na China, mas a taxa de mortalidade permanece inferior.
Hoje Macau SociedadeServiços de Saúde | Apelo à manutenção dos canais de drenagem [dropcap]N[/dropcap]o seguimento da confirmação de casos de infecção do novo tipo de coronavírus em Hong Kong em duas fracções autónomas do mesmo prédio situadas uma por cima da outra, os Serviços de Saúde (SS) de Macau aconselham os residentes a manter adequadamente os canais de drenagem das suas habitações. “Para reduzir o risco de transmissão de novos coronavírus através de fezes, os residentes devem manter adequadamente os canais de drenagem (incluindo canais de gás) e colocar, regularmente, água fresca nos canais de drenagem (canais em forma de U), bem como, prestar atenção à higiene ao usar as instalações sanitárias, ou seja, cobrir a tampa da sanita antes de descarregar o autoclismo, para limpar a sanita e lavar as mãos depois de usar a instalação sanitária”, pode ler-se num comunicado oficial do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus. Suspeitando que a transmissão entre habitações se possa dever às deficientes instalações de esgoto, os especialistas de Hong Kong já tomaram medidas preventivas retirando todos os moradores daquele prédio.
admin SociedadeServiços de Saúde | Apelo à manutenção dos canais de drenagem [dropcap]N[/dropcap]o seguimento da confirmação de casos de infecção do novo tipo de coronavírus em Hong Kong em duas fracções autónomas do mesmo prédio situadas uma por cima da outra, os Serviços de Saúde (SS) de Macau aconselham os residentes a manter adequadamente os canais de drenagem das suas habitações. “Para reduzir o risco de transmissão de novos coronavírus através de fezes, os residentes devem manter adequadamente os canais de drenagem (incluindo canais de gás) e colocar, regularmente, água fresca nos canais de drenagem (canais em forma de U), bem como, prestar atenção à higiene ao usar as instalações sanitárias, ou seja, cobrir a tampa da sanita antes de descarregar o autoclismo, para limpar a sanita e lavar as mãos depois de usar a instalação sanitária”, pode ler-se num comunicado oficial do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus. Suspeitando que a transmissão entre habitações se possa dever às deficientes instalações de esgoto, os especialistas de Hong Kong já tomaram medidas preventivas retirando todos os moradores daquele prédio.
João Santos Filipe PolíticaAu Kam San | Deputado defende legitimidade para elogiar Ho Iat Seng O deputado elogiou a medida do Chefe do Executivo de encerramento dos casinos, mas foi atacado pelo historial de críticas. Agora, veio a terreiro defender a legitimidade para tomar posições de acordo com os “interesses da população” [dropcap]A[/dropcap]pós Ho Iat Seng ter anunciado o encerramento do casinos como forma de combate à epidemia, o deputado Au Kam San elogiou a medida e desvalorizou as preocupações de alguns sectores patronais, por considerar que a segurança do território era mais importante e que havia capacidade para aguentar um período com receitas reduzidas. No entanto, as afirmações do fundador da Associação Novo Macau causaram surpresa e algumas críticas, devido ao historial de “ataques” à actuação do Executivo, o que levou Au a vir a público defender-se. “Qual a razão que fez com que os elogios ao Governo tenham sido tão raros? Será que o Governo da RAEM fez tudo de errado? Claro que não, é impossível dizer que o Executivo da RAEM é totalmente inútil”, começou por justificar Au. “O problema é que o tempo que temos na Assembleia Legislativa é limitado por isso é mais importante que estejamos focados nas críticas para ajudar a população do que nos elogios”, sustentou. Por outro lado, Au Kam San sublinhou ainda que devido aos recursos financeiros da RAEM tem havido um acumular de problemas que faz com que seja difícil elogiar a actuação do Executivo, principalmente ao longo dos 10 anos de Chui Sai On. “O grande cerne do problema do Governo está relacionado com o facto de haver recursos abundantes na RAEM que permitiriam responder às necessidades da população e tomar medidas que a beneficiasse. E devia ter sido essa a responsabilidade do Governo. Não foi e por isso também não faz muito sentido elogiar em demasia a acção do Executivo”, apontou. “Mas o facto de haver críticas, não impede que haja elogios. Pelo contrário, até faz com que esses elogios sejam mais honestos”, frisou. Chui não merece No comentário de ontem, o deputado democrata fez ainda um balanço da acção do ex-Chefe do Executivo, Chui Sai On, e admitiu que houve política que elogiou, como a promessa de construção de 28 mil habitações públicas na Zona A dos aterros. “Quando houve medidas que iam beneficiar a população mostrámos o nosso apoio. E não temos problemas em reafirmar o apoio a essas medidas, como aconteceu quando Chui Sai On prometeu construir as 28 mil habitações públicas nos aterros, em 2014”, recordou. “Mas infelizmente o mandato dele chegou ao fim e as 28 mil fracções habitacionais não foram construídas nem sabemos quando vão ser. Será que neste contexto devemos elogiar a conduta do Governo?”, questionou. Face às críticas de que foi alvo, Au Kam San prometeu ir pautar as suas posições de acordo com “os interesses da população”.
admin PolíticaAu Kam San | Deputado defende legitimidade para elogiar Ho Iat Seng O deputado elogiou a medida do Chefe do Executivo de encerramento dos casinos, mas foi atacado pelo historial de críticas. Agora, veio a terreiro defender a legitimidade para tomar posições de acordo com os “interesses da população” [dropcap]A[/dropcap]pós Ho Iat Seng ter anunciado o encerramento do casinos como forma de combate à epidemia, o deputado Au Kam San elogiou a medida e desvalorizou as preocupações de alguns sectores patronais, por considerar que a segurança do território era mais importante e que havia capacidade para aguentar um período com receitas reduzidas. No entanto, as afirmações do fundador da Associação Novo Macau causaram surpresa e algumas críticas, devido ao historial de “ataques” à actuação do Executivo, o que levou Au a vir a público defender-se. “Qual a razão que fez com que os elogios ao Governo tenham sido tão raros? Será que o Governo da RAEM fez tudo de errado? Claro que não, é impossível dizer que o Executivo da RAEM é totalmente inútil”, começou por justificar Au. “O problema é que o tempo que temos na Assembleia Legislativa é limitado por isso é mais importante que estejamos focados nas críticas para ajudar a população do que nos elogios”, sustentou. Por outro lado, Au Kam San sublinhou ainda que devido aos recursos financeiros da RAEM tem havido um acumular de problemas que faz com que seja difícil elogiar a actuação do Executivo, principalmente ao longo dos 10 anos de Chui Sai On. “O grande cerne do problema do Governo está relacionado com o facto de haver recursos abundantes na RAEM que permitiriam responder às necessidades da população e tomar medidas que a beneficiasse. E devia ter sido essa a responsabilidade do Governo. Não foi e por isso também não faz muito sentido elogiar em demasia a acção do Executivo”, apontou. “Mas o facto de haver críticas, não impede que haja elogios. Pelo contrário, até faz com que esses elogios sejam mais honestos”, frisou. Chui não merece No comentário de ontem, o deputado democrata fez ainda um balanço da acção do ex-Chefe do Executivo, Chui Sai On, e admitiu que houve política que elogiou, como a promessa de construção de 28 mil habitações públicas na Zona A dos aterros. “Quando houve medidas que iam beneficiar a população mostrámos o nosso apoio. E não temos problemas em reafirmar o apoio a essas medidas, como aconteceu quando Chui Sai On prometeu construir as 28 mil habitações públicas nos aterros, em 2014”, recordou. “Mas infelizmente o mandato dele chegou ao fim e as 28 mil fracções habitacionais não foram construídas nem sabemos quando vão ser. Será que neste contexto devemos elogiar a conduta do Governo?”, questionou. Face às críticas de que foi alvo, Au Kam San prometeu ir pautar as suas posições de acordo com “os interesses da população”.
Hoje Macau SociedadeBNU | Lança pacote de crédito especial para empresas [dropcap]O[/dropcap] Banco Nacional Ultramarino (BNU) anunciou ontem o lançamento de um pacote de crédito especial anti-epidemia para empresas de Macau. As soluções de financiamento vão desde o “suporte operacional do negócio, (…) pagamento de salários ou (…) aquisição de produtos/equipamentos de higiene ou materiais hospitalares”, lê-se no comunicado do BNU. “Em conjunto com as medidas tomadas pelo Governo de Macau, o BNU (…) disponibiliza agora um pacote especial de crédito para apoiar a continuidade dos negócios das empresas locais durante este período difícil”, sublinha-se na mesma nota. Uma das soluções diz respeito ao financiamento a prazo para apoio ao pagamento de salários e rendas, até 1,2 milhões de patacas, que prevê seis meses de carência de capital. As outras duas linhas de crédito são destinadas à aquisição de produtos/equipamentos de higiene e hospitalares de uso próprio, bem como para compra de ‘stocks’/materiais para suporte à operacionalização do negócio, ambas até um milhão de patacas, com um prazo de pagamento estipulado até três anos. “Para além do objetivo de disponibilizar soluções financeiras quando necessárias, especialmente neste período difícil, este lançamento do pacote especial para PME, está em linha com a nossa estratégia de fortalecer o relacionamento com todos os segmentos de empresas de Macau e contribuir para a diversificação económica da região”, frisou a instituição bancária.
admin SociedadeBNU | Lança pacote de crédito especial para empresas [dropcap]O[/dropcap] Banco Nacional Ultramarino (BNU) anunciou ontem o lançamento de um pacote de crédito especial anti-epidemia para empresas de Macau. As soluções de financiamento vão desde o “suporte operacional do negócio, (…) pagamento de salários ou (…) aquisição de produtos/equipamentos de higiene ou materiais hospitalares”, lê-se no comunicado do BNU. “Em conjunto com as medidas tomadas pelo Governo de Macau, o BNU (…) disponibiliza agora um pacote especial de crédito para apoiar a continuidade dos negócios das empresas locais durante este período difícil”, sublinha-se na mesma nota. Uma das soluções diz respeito ao financiamento a prazo para apoio ao pagamento de salários e rendas, até 1,2 milhões de patacas, que prevê seis meses de carência de capital. As outras duas linhas de crédito são destinadas à aquisição de produtos/equipamentos de higiene e hospitalares de uso próprio, bem como para compra de ‘stocks’/materiais para suporte à operacionalização do negócio, ambas até um milhão de patacas, com um prazo de pagamento estipulado até três anos. “Para além do objetivo de disponibilizar soluções financeiras quando necessárias, especialmente neste período difícil, este lançamento do pacote especial para PME, está em linha com a nossa estratégia de fortalecer o relacionamento com todos os segmentos de empresas de Macau e contribuir para a diversificação económica da região”, frisou a instituição bancária.
Andreia Sofia Silva SociedadePME | Responsáveis dizem que financiamento do Governo não resolve problemas estruturais Quatro responsáveis por negócios na área da restauração confessam que o apoio financeiro anunciado pelo Governo para colmatar as dificuldades causadas pelo novo coronavírus ao sector empresarial não chega para resolver problemas estruturais e temem o fecho de muitas PME. A solução pode passar por mais políticas de controlo e apoio nas rendas, defende a deputada Agnes Lam [dropcap]O[/dropcap] surgimento de uma nova estirpe do coronavírus trouxe problemas ao sector empresarial de Macau, já de si frágil devido aos crónicos problemas relacionados com a falta de recursos humanos e as rendas elevadas. Sem clientes e com perdas muitas vezes superiores a 50 por cento, os proprietários de Pequenas e Médias Empresas (PME) assumem que as medidas de financiamento anunciadas pelo Governo não chegam para resolver problemas estruturais. Teme-se mesmo a falência inevitável de muitos negócios, caso as ruas de Macau se mantenham vazias nas próximas semanas. Cristiana Figueiredo, fundadora do espaço Cuppa Coffee, na Taipa, diz ter sofrido uma quebra nas receitas na ordem dos 50 por cento e, apesar de já ter beneficiado dos empréstimos concedidos pelo Governo em fases anteriores, defende que não são suficientes. “Oferecer empréstimos sem juros e não alterar este quadro de condições económicas vai resultar no inevitável fecho de muitas destas empresas e no consequente desperdício destes apoios financeiros, porque tudo o que aconteceu foi estas PMEs adquiriram mais dívida sem que as condições em que operam tenham mudado”, confessou ao HM. Cristiana Figueiredo destaca que “as dificuldades só têm aumentado”, uma vez que as PME “estão completamente à mercê dos proprietários dos espaços que arrendam, com aumentos de renda que não têm limites impostos por lei ou contratos de arrendamento que são obrigadas a cumprir até ao término, sob pena de, mesmo fechando, terem que pagar todas as rendas até ao final do contrato”. A empresária, que fala ainda de regras de licenciamento desfasadas da realidade e da escassez de recursos humanos, defende que o Governo deve reconhecer que as PME são importantes para a economia local, “apesar das receitas serem insignificantes quando comparadas com as receitas do jogo”. “Só quando o Governo da RAEM compreender este papel fundamental das PME é que se vai empenhar com seriedade no urgente apoio às que ainda restam. O primeiro passo talvez seja chamar ao diálogo os pequenos empresários para encontrar soluções em conjunto que evitem a extinção total de PMEs fundadas por residentes de Macau”, acrescentou a proprietária do Cuppa Coffee. Problemas acrescidos Um dos sócios da padaria e pastelaria The Factory Macau, que não quis ser identificado, defendeu ao HM que os empréstimos apenas adiam um problema que existe há muito. “Ajudam momentaneamente, mas só estamos a empurrar uma questão imediata para o futuro, além de que poder-se-á criar outro problema. As PME sofrem diariamente com as rendas elevadas, a aprovação de quotas para trabalhadores não residentes e com a falta de incentivos para que se consuma produtos feitos em Macau.” Nesse sentido, o empresário diz não saber ainda se a Factory se vai candidatar ao apoio financeiro. “O problema agarrado a este empréstimo é que, caso a empresa não consiga recuperar o negócio, ficamos com as perdas e com o pagamento do empréstimo por fazer, pelo que ainda não sabemos se nos vamos candidatar.” No caso da The Factory, as perdas devido ao coronavírus “são significativas e serão ainda maiores, visto que não há certezas que Macau esteja parado apenas 15 dias”. “Estas perdas poderão ditar despedimentos e com isso a redução de serviços prestados. Talvez alguns produtos terão de ser descontinuados e, no pior cenário, [talvez aconteça] o fecho da actividade”, adiantou João Pedro Magalhães. Dificuldades diferenciadas Raquel Fera, uma das fundadoras da Portuguese Bakery, diz já ter beneficiado do empréstimo, que considerou “um investimento”. Sobre a necessidade de novas medidas, nomeadamente um maior equilíbrio do sector imobiliário promovido pelo Governo, Raquel Fera assume ser algo “desafiante e complexo”. “Estes apoios são sempre uma boa iniciativa para as PME, mas não foram criados agora. No nosso caso ajudou, mas cada empresa terá as suas próprias dificuldades, e este apoio pode ou não ajudar a resolver problemas que existam”, frisou. A Portuguese Bakery, que entrega pão ao domicílio, viu-se impedida de o fazer, pois “na grande maioria dos prédios não deixam entrar o pessoal das entregas”. Mas, no meio das dificuldades, acabou por surgir uma oportunidade. “Tivemos uma quebra no fornecimento a restaurantes, mas estamos a conseguir equilibrar [o negócio] com o fornecimento a supermercados e venda directa nas nossas lojas”, rematou. Controlar as rendas Para Fernando Sousa Marques, que explora dois restaurantes na Taipa, o Varandas e o Toca, o empréstimo de 600 mil patacas concedido para o Governo só traria alguns benefícios para um dos espaços. “Para o Varandas, 600 mil é muito pouco, pois só com o cancelamento das festas na altura do Ano Novo Chinês perdi um milhão de patacas. Tenho 30 empregados e preciso de os manter. Vou fechar a partir do dia 15 até ao dia 30, depois veremos se a situação melhora”, contou ao HM. O empresário, há muito ligado ao sector da restauração, teme que muitas PME acabem mesmo por fechar portas. “Acredito que podem fechar, eu sou um deles também. Acredito que há muita gente que não consegue e desiste, simplesmente. Não digo que o Toca feche, pois consigo aguentar se o senhorio for flexível, e ele tem sido, mas o Varandas tem um custo muito maior. O proprietário tem capacidade para explorar, mas eu não tenho.” Fernando Sousa Marques acredita que uma das soluções poderia passar mesmo pelo apoio do Executivo ao nível das rendas. “O Governo pediu que os senhorios sejam flexíveis nas rendas, e acho que isso pode acontecer com aqueles que não tiverem encargos fixos nos bancos. Se não, é chato. O Governo também pode ser flexível com os senhorios e assumir o valor ou metade da renda de alguns espaços. Falo sobretudo das PME, porque as empresas grandes não precisam”, frisou. O empresário estabelece um prazo de seis meses para que a situação volte ao normal, ao nível de negócio e volume de clientes. Para a deputada Agnes Lam, a sobrevivência das PME depende do “tempo em que a situação durar”. “Se durar mais um mês, penso que as PME vão começar a fechar. O maior problema são as rendas, pois não é fácil convencer os proprietários a reduzir a renda para ajudar as PME”, disse ao HM. Agnes Lam diz conhecer casos de “lojas e restaurantes que estão a pagar rendas entre 50 a 100 mil patacas e que não têm clientes”. “Penso que as políticas do Governo devem focar-se na questão das rendas”, adianta. China | Negócios com perdas de um bilião de yuan O surto do coronavírus na China custou mais de um bilião de yuan aos sectores restauração, turismo e entretenimento, durante as férias do Ano Novo Lunar, estimou um conhecido economista chinês. O surto forçou à colocação em quarentena de cidades inteiras e ao encerramento de milhões de restaurantes, hotéis e estabelecimentos comerciais. As receitas dos restaurantes e retalhistas, que no ano passado se fixaram mais de um bilião de yuan durante os dias de férias, caíram este ano para metade, estimou num relatório Ren Zeping, economista-chefe e director da unidade de investigação Thinkgroup Evergrande. A maior cadeia de fondue da China, o Haidilao International Holding, ou as multinacionais MacDonalds e Starbucks, encerraram parte ou a totalidade dos seus estabelecimentos, durante o período do Ano Novo Lunar, que este ano aconteceu entre 24 de Janeiro e 30 de Fevereiro. No final de Junho, o Haidilao operava 550 restaurantes, em 116 cidades da China continental. O Jiumaojiu Group, outro operador de restaurantes listado na bolsa de Hong Kong, encerrou mais de 300 restaurantes. Associações de restauradores de Cantão apelaram já aos senhorios que abdicassem ou reduzissem o valor das rendas durante os próximos dois meses. O grupo chinês Wanda Group, proprietário de mais de 300 centros comerciais em todo o país, renunciou a quase 4 mil milhões de yuan em rendas mensais para apoiar os comerciantes. DSE | Chovem pedidos de ajuda financeira A Direcção dos Serviços de Economia (DSE) divulgou ontem um comunicado onde dá conta do bom funcionamento do processo de candidaturas ao Plano de Apoio a Pequenas e Médias Empresas (PME) no primeiro dia, tendo sido aceites 35 mil pedidos online. “A DSE já enviou mais pessoal para acelerar o tratamento de todos os pedidos relacionados com as PME. Desde meados do mês passado até ontem foram aprovadas 90 candidaturas ao Plano de Apoio a Pequenas e Médias Empresas e as verbas de apoio serão atribuídas às respectivas empresas logo após a conclusão dos procedimentos administrativos”, explica o comunicado.
admin SociedadePME | Responsáveis dizem que financiamento do Governo não resolve problemas estruturais Quatro responsáveis por negócios na área da restauração confessam que o apoio financeiro anunciado pelo Governo para colmatar as dificuldades causadas pelo novo coronavírus ao sector empresarial não chega para resolver problemas estruturais e temem o fecho de muitas PME. A solução pode passar por mais políticas de controlo e apoio nas rendas, defende a deputada Agnes Lam [dropcap]O[/dropcap] surgimento de uma nova estirpe do coronavírus trouxe problemas ao sector empresarial de Macau, já de si frágil devido aos crónicos problemas relacionados com a falta de recursos humanos e as rendas elevadas. Sem clientes e com perdas muitas vezes superiores a 50 por cento, os proprietários de Pequenas e Médias Empresas (PME) assumem que as medidas de financiamento anunciadas pelo Governo não chegam para resolver problemas estruturais. Teme-se mesmo a falência inevitável de muitos negócios, caso as ruas de Macau se mantenham vazias nas próximas semanas. Cristiana Figueiredo, fundadora do espaço Cuppa Coffee, na Taipa, diz ter sofrido uma quebra nas receitas na ordem dos 50 por cento e, apesar de já ter beneficiado dos empréstimos concedidos pelo Governo em fases anteriores, defende que não são suficientes. “Oferecer empréstimos sem juros e não alterar este quadro de condições económicas vai resultar no inevitável fecho de muitas destas empresas e no consequente desperdício destes apoios financeiros, porque tudo o que aconteceu foi estas PMEs adquiriram mais dívida sem que as condições em que operam tenham mudado”, confessou ao HM. Cristiana Figueiredo destaca que “as dificuldades só têm aumentado”, uma vez que as PME “estão completamente à mercê dos proprietários dos espaços que arrendam, com aumentos de renda que não têm limites impostos por lei ou contratos de arrendamento que são obrigadas a cumprir até ao término, sob pena de, mesmo fechando, terem que pagar todas as rendas até ao final do contrato”. A empresária, que fala ainda de regras de licenciamento desfasadas da realidade e da escassez de recursos humanos, defende que o Governo deve reconhecer que as PME são importantes para a economia local, “apesar das receitas serem insignificantes quando comparadas com as receitas do jogo”. “Só quando o Governo da RAEM compreender este papel fundamental das PME é que se vai empenhar com seriedade no urgente apoio às que ainda restam. O primeiro passo talvez seja chamar ao diálogo os pequenos empresários para encontrar soluções em conjunto que evitem a extinção total de PMEs fundadas por residentes de Macau”, acrescentou a proprietária do Cuppa Coffee. Problemas acrescidos Um dos sócios da padaria e pastelaria The Factory Macau, que não quis ser identificado, defendeu ao HM que os empréstimos apenas adiam um problema que existe há muito. “Ajudam momentaneamente, mas só estamos a empurrar uma questão imediata para o futuro, além de que poder-se-á criar outro problema. As PME sofrem diariamente com as rendas elevadas, a aprovação de quotas para trabalhadores não residentes e com a falta de incentivos para que se consuma produtos feitos em Macau.” Nesse sentido, o empresário diz não saber ainda se a Factory se vai candidatar ao apoio financeiro. “O problema agarrado a este empréstimo é que, caso a empresa não consiga recuperar o negócio, ficamos com as perdas e com o pagamento do empréstimo por fazer, pelo que ainda não sabemos se nos vamos candidatar.” No caso da The Factory, as perdas devido ao coronavírus “são significativas e serão ainda maiores, visto que não há certezas que Macau esteja parado apenas 15 dias”. “Estas perdas poderão ditar despedimentos e com isso a redução de serviços prestados. Talvez alguns produtos terão de ser descontinuados e, no pior cenário, [talvez aconteça] o fecho da actividade”, adiantou João Pedro Magalhães. Dificuldades diferenciadas Raquel Fera, uma das fundadoras da Portuguese Bakery, diz já ter beneficiado do empréstimo, que considerou “um investimento”. Sobre a necessidade de novas medidas, nomeadamente um maior equilíbrio do sector imobiliário promovido pelo Governo, Raquel Fera assume ser algo “desafiante e complexo”. “Estes apoios são sempre uma boa iniciativa para as PME, mas não foram criados agora. No nosso caso ajudou, mas cada empresa terá as suas próprias dificuldades, e este apoio pode ou não ajudar a resolver problemas que existam”, frisou. A Portuguese Bakery, que entrega pão ao domicílio, viu-se impedida de o fazer, pois “na grande maioria dos prédios não deixam entrar o pessoal das entregas”. Mas, no meio das dificuldades, acabou por surgir uma oportunidade. “Tivemos uma quebra no fornecimento a restaurantes, mas estamos a conseguir equilibrar [o negócio] com o fornecimento a supermercados e venda directa nas nossas lojas”, rematou. Controlar as rendas Para Fernando Sousa Marques, que explora dois restaurantes na Taipa, o Varandas e o Toca, o empréstimo de 600 mil patacas concedido para o Governo só traria alguns benefícios para um dos espaços. “Para o Varandas, 600 mil é muito pouco, pois só com o cancelamento das festas na altura do Ano Novo Chinês perdi um milhão de patacas. Tenho 30 empregados e preciso de os manter. Vou fechar a partir do dia 15 até ao dia 30, depois veremos se a situação melhora”, contou ao HM. O empresário, há muito ligado ao sector da restauração, teme que muitas PME acabem mesmo por fechar portas. “Acredito que podem fechar, eu sou um deles também. Acredito que há muita gente que não consegue e desiste, simplesmente. Não digo que o Toca feche, pois consigo aguentar se o senhorio for flexível, e ele tem sido, mas o Varandas tem um custo muito maior. O proprietário tem capacidade para explorar, mas eu não tenho.” Fernando Sousa Marques acredita que uma das soluções poderia passar mesmo pelo apoio do Executivo ao nível das rendas. “O Governo pediu que os senhorios sejam flexíveis nas rendas, e acho que isso pode acontecer com aqueles que não tiverem encargos fixos nos bancos. Se não, é chato. O Governo também pode ser flexível com os senhorios e assumir o valor ou metade da renda de alguns espaços. Falo sobretudo das PME, porque as empresas grandes não precisam”, frisou. O empresário estabelece um prazo de seis meses para que a situação volte ao normal, ao nível de negócio e volume de clientes. Para a deputada Agnes Lam, a sobrevivência das PME depende do “tempo em que a situação durar”. “Se durar mais um mês, penso que as PME vão começar a fechar. O maior problema são as rendas, pois não é fácil convencer os proprietários a reduzir a renda para ajudar as PME”, disse ao HM. Agnes Lam diz conhecer casos de “lojas e restaurantes que estão a pagar rendas entre 50 a 100 mil patacas e que não têm clientes”. “Penso que as políticas do Governo devem focar-se na questão das rendas”, adianta. China | Negócios com perdas de um bilião de yuan O surto do coronavírus na China custou mais de um bilião de yuan aos sectores restauração, turismo e entretenimento, durante as férias do Ano Novo Lunar, estimou um conhecido economista chinês. O surto forçou à colocação em quarentena de cidades inteiras e ao encerramento de milhões de restaurantes, hotéis e estabelecimentos comerciais. As receitas dos restaurantes e retalhistas, que no ano passado se fixaram mais de um bilião de yuan durante os dias de férias, caíram este ano para metade, estimou num relatório Ren Zeping, economista-chefe e director da unidade de investigação Thinkgroup Evergrande. A maior cadeia de fondue da China, o Haidilao International Holding, ou as multinacionais MacDonalds e Starbucks, encerraram parte ou a totalidade dos seus estabelecimentos, durante o período do Ano Novo Lunar, que este ano aconteceu entre 24 de Janeiro e 30 de Fevereiro. No final de Junho, o Haidilao operava 550 restaurantes, em 116 cidades da China continental. O Jiumaojiu Group, outro operador de restaurantes listado na bolsa de Hong Kong, encerrou mais de 300 restaurantes. Associações de restauradores de Cantão apelaram já aos senhorios que abdicassem ou reduzissem o valor das rendas durante os próximos dois meses. O grupo chinês Wanda Group, proprietário de mais de 300 centros comerciais em todo o país, renunciou a quase 4 mil milhões de yuan em rendas mensais para apoiar os comerciantes. DSE | Chovem pedidos de ajuda financeira A Direcção dos Serviços de Economia (DSE) divulgou ontem um comunicado onde dá conta do bom funcionamento do processo de candidaturas ao Plano de Apoio a Pequenas e Médias Empresas (PME) no primeiro dia, tendo sido aceites 35 mil pedidos online. “A DSE já enviou mais pessoal para acelerar o tratamento de todos os pedidos relacionados com as PME. Desde meados do mês passado até ontem foram aprovadas 90 candidaturas ao Plano de Apoio a Pequenas e Médias Empresas e as verbas de apoio serão atribuídas às respectivas empresas logo após a conclusão dos procedimentos administrativos”, explica o comunicado.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul designa Macau de “zona contaminada” e abre possibilidade a quarentena de viajantes [dropcap]A[/dropcap] Coreia do Sul anunciou hoje que vai incluir Macau e Hong Kong nas “zonas contaminadas” pelo novo coronavírus, pelo que quem viajar a partir das regiões administrativas especiais da China poderá ser sujeito a quarentena. A designação, que entra em vigor à meia-noite de quarta-feira em Seul, obriga os viajantes a preencherem um questionário sobre o seu estado de saúde e a medições de temperatura, anunciou o vice-ministro da saúde da Coreia do Sul, Kim Gang-lip. Quem apresentar sintomas, incluindo febre, será submetido a análise clínica, e, em caso de suspeita, imediatamente isolado e mantido sob vigilância. A epidemia provocada pelo coronavírus detetado em Wuhan causou já 1.018 mortos, dos quais 1.016 na China continental, onde se contabilizam mais de 42 mil infectados, segundo o balanço hoje divulgado. O novo vírus, que provocou um morto em Hong Kong e outro nas Filipinas, afeta o território de Macau e mais de duas dezenas de países, onde os casos de contágio superam os 350. Das 10 pessoas infectadas em Macau com o coronavírus desde o início da epidemia permanecem nove internadas, mas devem receber alta nos próximos dias, disseram as autoridades de saúde no domingo.
admin China / ÁsiaSeul designa Macau de "zona contaminada" e abre possibilidade a quarentena de viajantes [dropcap]A[/dropcap] Coreia do Sul anunciou hoje que vai incluir Macau e Hong Kong nas “zonas contaminadas” pelo novo coronavírus, pelo que quem viajar a partir das regiões administrativas especiais da China poderá ser sujeito a quarentena. A designação, que entra em vigor à meia-noite de quarta-feira em Seul, obriga os viajantes a preencherem um questionário sobre o seu estado de saúde e a medições de temperatura, anunciou o vice-ministro da saúde da Coreia do Sul, Kim Gang-lip. Quem apresentar sintomas, incluindo febre, será submetido a análise clínica, e, em caso de suspeita, imediatamente isolado e mantido sob vigilância. A epidemia provocada pelo coronavírus detetado em Wuhan causou já 1.018 mortos, dos quais 1.016 na China continental, onde se contabilizam mais de 42 mil infectados, segundo o balanço hoje divulgado. O novo vírus, que provocou um morto em Hong Kong e outro nas Filipinas, afeta o território de Macau e mais de duas dezenas de países, onde os casos de contágio superam os 350. Das 10 pessoas infectadas em Macau com o coronavírus desde o início da epidemia permanecem nove internadas, mas devem receber alta nos próximos dias, disseram as autoridades de saúde no domingo.
Hoje Macau China / ÁsiaVírus | Número de mortos aumenta para 1.016 [dropcap]O[/dropcap] número de mortos devido ao novo coronavírus (2019-nCoV) aumentou hoje para 1.016, ultrapassando pela primeira vez nas últimas 24 horas uma centena de vítimas mortais, informou a Comissão Nacional de Saúde chinesa. De acordo com as autoridades de saúde de Pequim, citadas pela agência Associated Press, o número total de mortos nas últimas 24 horas é de 108. O número total de casos confirmados é de 42.638, dos quais 2.478 foram confirmados nas últimas 24 horas em território continental chinês. Além das 1.016 mortes confirmadas em território continental chinês, há também uma vítima mortal na região chinesa de Hong Kong e outra nas Filipinas. O novo coronavírus foi detectado em dezembro, em Wuhan, capital da província de Hubei (centro). O balanço ultrapassa o da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, na sigla em inglês), que entre 2002 e 2003 causou a morte a 774 pessoas em todo o mundo, a maioria das quais na China, mas a taxa de mortalidade permanece inferior. Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há mais de 350 casos de contágio confirmados em 25 países. Na Europa, o número chegou na segunda-feira a 43, com quatro novas infeções detetadas no Reino Unido. A situação motivou a marcação de uma reunião de urgência de ministros da Saúde dos países da União Europeia para quinta-feira, em Bruxelas, enquanto a Organização Mundial de Saúde enviou uma equipa de especialistas para a China para acompanhar a evolução. Vários países já começaram o repatriamento dos seus cidadãos de Wuhan, uma cidade com 11 milhões de habitantes, epicentro da epidemia, que foi colocada sob quarentena, à semelhança de outras cidades da província de Hubei, afetando mais de 56 milhões de pessoas. As saídas e entradas estão interditadas pelas autoridades durante um período indefinido, e diversas companhias suspenderam as ligações aéreas com a China.
admin China / ÁsiaVírus | Número de mortos aumenta para 1.016 [dropcap]O[/dropcap] número de mortos devido ao novo coronavírus (2019-nCoV) aumentou hoje para 1.016, ultrapassando pela primeira vez nas últimas 24 horas uma centena de vítimas mortais, informou a Comissão Nacional de Saúde chinesa. De acordo com as autoridades de saúde de Pequim, citadas pela agência Associated Press, o número total de mortos nas últimas 24 horas é de 108. O número total de casos confirmados é de 42.638, dos quais 2.478 foram confirmados nas últimas 24 horas em território continental chinês. Além das 1.016 mortes confirmadas em território continental chinês, há também uma vítima mortal na região chinesa de Hong Kong e outra nas Filipinas. O novo coronavírus foi detectado em dezembro, em Wuhan, capital da província de Hubei (centro). O balanço ultrapassa o da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, na sigla em inglês), que entre 2002 e 2003 causou a morte a 774 pessoas em todo o mundo, a maioria das quais na China, mas a taxa de mortalidade permanece inferior. Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há mais de 350 casos de contágio confirmados em 25 países. Na Europa, o número chegou na segunda-feira a 43, com quatro novas infeções detetadas no Reino Unido. A situação motivou a marcação de uma reunião de urgência de ministros da Saúde dos países da União Europeia para quinta-feira, em Bruxelas, enquanto a Organização Mundial de Saúde enviou uma equipa de especialistas para a China para acompanhar a evolução. Vários países já começaram o repatriamento dos seus cidadãos de Wuhan, uma cidade com 11 milhões de habitantes, epicentro da epidemia, que foi colocada sob quarentena, à semelhança de outras cidades da província de Hubei, afetando mais de 56 milhões de pessoas. As saídas e entradas estão interditadas pelas autoridades durante um período indefinido, e diversas companhias suspenderam as ligações aéreas com a China.
João Santos Filipe SociedadeRenovação Urbana | Garantido estatuto para construir em Hengqin A empresa financiada com capitais públicos vai ser a responsável pelo projecto de construção de 3.600 fracções no Novo Bairro de Macau, na Ilha da Montanha. O projecto ainda não foi apresentado à população [dropcap]A[/dropcap] empresa de capitais públicos Macau Renovação Urbana vai ser mesmo a responsável pela construção do “Novo Bairro de Macau”, um empreendimento da Ilha da Montanha, fora da jurisdição da RAEM. A confirmação foi avançada ontem pelo Governo em comunicado, devido à necessidade de se alterar os estatutos da empresa. No próprio comunicado, emitido pelo Conselho Executivo, é reconhecido que esta ambição vai além do intuito para que a empresa foi criada, o que levou a uma alteração das competências. “Com vista a promover a cooperação entre Zhuhai e Macau, o Governo Municipal de Zhuhai disponibilizará terreno na Ilha de Henqin para desenvolver o projecto ‘Novo Bairro de Macau’ e o Governo da RAEM propõe que a Macau Renovação Urbana, S.A. se responsabilize pela respectiva construção”, é explicado. “Tendo em conta que a implementação do referido projecto excede o âmbito do objecto social da Macau Renovação Urbana, S.A., o Governo da RAEM elaborou o projecto de regulamento administrativo intitulado […] para proceder à alteração do seu objecto social”, é acrescentado. Com esta alteração, o objectivo da empresa passa a permitir “desenvolver projectos fora da RAEM”, o que antes estava excluído. Os projectos fora de Macau têm de ter como objectivo “melhorar a qualidade e o ambiente habitacional dos residentes” e necessitam de ser aprovados em Assembleia Geral da empresa. A alteração surge depois das críticas do deputado Sulu Sou, que tinha alertado para o facto de a empresa estar estatutariamente limitada a exercer a actividade na RAEM. “É fantástico. A empresa é financiada a 100 por cento pelo Governo de Macau e a sua área de actividade só pode ser o desenvolvimento urbano local. Até agora, a renovação dos bairros antigos não registou qualquer melhoria, mas a empresa já está a envolver-se em negócios em Hengqin”, criticou, nos finais de Dezembro, o democrata. Dentro da legalidade Segundo o artigo 104.º da Lei Básica (LB), as receitas financeiras “não são entregues” ao Governo Central. No entanto, tal não impede que seja feitos investimentos no Interior, é o que defende o jurista António Katchi: “Embora isto seja certamente discutível, creio que esta norma [artigo 104.º] não impede a RAEM de realizar despesas no Interior da China, seja directamente, por conta do seu erário público, seja indirectamente, por intermédio de outras entidades, de direito público ou privado, dela dependentes ou por ela financiadas (fundações públicas, sociedades comerciais de capitais públicos, etc.)”, considerou. “O importante, do ponto de vista daquela disposição da LB, é que a RAEM não se prive nem seja privada do poder de dispor das suas receitas, ou seja, ela tem de manter a sua autonomia para, ano a ano, decidir sobre a aplicação das suas receitas. Penso que a mera localização geográfica dessa aplicação não é determinante”, sustentou. Já no ponto de vista político, e uma vez que este investimento até vai ter como destinatário os residentes de Macau, António Katchi considera que a RAEM devia integrar Hengqin. “Considero que o Governo de Macau deveria solicitar insistentemente junto do Governo Central a integração plena da ilha da Montanha na RAEM, mesmo que isso pressupusesse uma ligeira alteração da Lei Básica”, defendeu. Prioridades locais Já o deputado José Pereira Coutinho, ligado à Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau, aponta que a prioridade da Macau Renovação Urbana deveria passar pela RAEM: “Eu acho que a prioridade deve ser em Macau, porque são os bairros estão cada vez mais sujos e velhos. Se a empresa tiver como objectivo principal a actividade em Macau, posso aceitar que haja algum investimento na Ilha da Montanha. Mas só quando houver uma melhoria nas ruas de Macau”, afirmou Coutinho, ao HM. “Se começam a focar-se em outras zonas ainda antes de melhorar as ruas de Macau acho que é um aspecto negativo”, completou. O Novo Bairro de Macau vai ficar na Ilha da Montanha num terrenos com 180.000 metros quadrados, que deverá receber cerca de 3.800 fracções habitacionais. Os pormenores do projecto não são conhecidos, uma vez que ainda não foram apresentados à população, mas a compra e a venda de casas só deverá poder ser feita entre residentes. No terreno em questão, vigora o primeiro sistema, com as respectivas liberdades e restrições, pelo que alguns residentes podem ser discriminados no acesso físico às fracções.
admin SociedadeRenovação Urbana | Garantido estatuto para construir em Hengqin A empresa financiada com capitais públicos vai ser a responsável pelo projecto de construção de 3.600 fracções no Novo Bairro de Macau, na Ilha da Montanha. O projecto ainda não foi apresentado à população [dropcap]A[/dropcap] empresa de capitais públicos Macau Renovação Urbana vai ser mesmo a responsável pela construção do “Novo Bairro de Macau”, um empreendimento da Ilha da Montanha, fora da jurisdição da RAEM. A confirmação foi avançada ontem pelo Governo em comunicado, devido à necessidade de se alterar os estatutos da empresa. No próprio comunicado, emitido pelo Conselho Executivo, é reconhecido que esta ambição vai além do intuito para que a empresa foi criada, o que levou a uma alteração das competências. “Com vista a promover a cooperação entre Zhuhai e Macau, o Governo Municipal de Zhuhai disponibilizará terreno na Ilha de Henqin para desenvolver o projecto ‘Novo Bairro de Macau’ e o Governo da RAEM propõe que a Macau Renovação Urbana, S.A. se responsabilize pela respectiva construção”, é explicado. “Tendo em conta que a implementação do referido projecto excede o âmbito do objecto social da Macau Renovação Urbana, S.A., o Governo da RAEM elaborou o projecto de regulamento administrativo intitulado […] para proceder à alteração do seu objecto social”, é acrescentado. Com esta alteração, o objectivo da empresa passa a permitir “desenvolver projectos fora da RAEM”, o que antes estava excluído. Os projectos fora de Macau têm de ter como objectivo “melhorar a qualidade e o ambiente habitacional dos residentes” e necessitam de ser aprovados em Assembleia Geral da empresa. A alteração surge depois das críticas do deputado Sulu Sou, que tinha alertado para o facto de a empresa estar estatutariamente limitada a exercer a actividade na RAEM. “É fantástico. A empresa é financiada a 100 por cento pelo Governo de Macau e a sua área de actividade só pode ser o desenvolvimento urbano local. Até agora, a renovação dos bairros antigos não registou qualquer melhoria, mas a empresa já está a envolver-se em negócios em Hengqin”, criticou, nos finais de Dezembro, o democrata. Dentro da legalidade Segundo o artigo 104.º da Lei Básica (LB), as receitas financeiras “não são entregues” ao Governo Central. No entanto, tal não impede que seja feitos investimentos no Interior, é o que defende o jurista António Katchi: “Embora isto seja certamente discutível, creio que esta norma [artigo 104.º] não impede a RAEM de realizar despesas no Interior da China, seja directamente, por conta do seu erário público, seja indirectamente, por intermédio de outras entidades, de direito público ou privado, dela dependentes ou por ela financiadas (fundações públicas, sociedades comerciais de capitais públicos, etc.)”, considerou. “O importante, do ponto de vista daquela disposição da LB, é que a RAEM não se prive nem seja privada do poder de dispor das suas receitas, ou seja, ela tem de manter a sua autonomia para, ano a ano, decidir sobre a aplicação das suas receitas. Penso que a mera localização geográfica dessa aplicação não é determinante”, sustentou. Já no ponto de vista político, e uma vez que este investimento até vai ter como destinatário os residentes de Macau, António Katchi considera que a RAEM devia integrar Hengqin. “Considero que o Governo de Macau deveria solicitar insistentemente junto do Governo Central a integração plena da ilha da Montanha na RAEM, mesmo que isso pressupusesse uma ligeira alteração da Lei Básica”, defendeu. Prioridades locais Já o deputado José Pereira Coutinho, ligado à Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau, aponta que a prioridade da Macau Renovação Urbana deveria passar pela RAEM: “Eu acho que a prioridade deve ser em Macau, porque são os bairros estão cada vez mais sujos e velhos. Se a empresa tiver como objectivo principal a actividade em Macau, posso aceitar que haja algum investimento na Ilha da Montanha. Mas só quando houver uma melhoria nas ruas de Macau”, afirmou Coutinho, ao HM. “Se começam a focar-se em outras zonas ainda antes de melhorar as ruas de Macau acho que é um aspecto negativo”, completou. O Novo Bairro de Macau vai ficar na Ilha da Montanha num terrenos com 180.000 metros quadrados, que deverá receber cerca de 3.800 fracções habitacionais. Os pormenores do projecto não são conhecidos, uma vez que ainda não foram apresentados à população, mas a compra e a venda de casas só deverá poder ser feita entre residentes. No terreno em questão, vigora o primeiro sistema, com as respectivas liberdades e restrições, pelo que alguns residentes podem ser discriminados no acesso físico às fracções.
Pedro Arede SociedadeComércio | Alexandre Ma quer cooperação entre patrões e empregados O Presidente da Associação Comercial de Macau afirma estar a fazer de tudo para colaborar com o Governo na implementação de medidas de revitalização derivadas do surto do novo tipo de coronavírus. Sobre relações laborais, Alexandre Ma diz ser necessária união entre as partes [dropcap]A[/dropcap] Associação Comercial de Macau não vai poupar esforços na cooperação com o Governo para aplicar medidas de prevenção contra o novo tipo de coronavírus e na aplicação de planos de dinamização económica. Quem o diz é o seu presidente, Alexandre Ma que, em plena “tempestade” social e económica derivada do encerramento de praticamente toda a actividade comercial na região, apela ainda, citado pelo jornal Macau Daily, ao entendimento de empregadores e funcionários para trabalhar em prol de objectivos comuns. Perante a situação de crescimento negativo de Macau, derivado do surto epidémico e a preocupação levantada por vários grupos da sociedade relativamente ao facto de muitos funcionários poderem vir a ser despedidos ou dispensados nesta fase, Alexandre Ma respondeu que a Associação Comercial de Macau “sempre enfatizou que empregadores e funcionários têm o mesmo destino comum e não interesses opostos”. Citado pelo Macau Daily, Ma apelou assim para que os empregadores façam tudo o que estiver ao seu alcance para promover um desenvolvimento equilibrado entre as partes, assente na evolução mútua. “No caso de haver um problema, empregadores e funcionários devem adoptar formas de comunicar eficazes e racionais, de forma a encontrar a melhor solução ou abordagem”, referiu Alexandre Ma. “Perante um caso epidémico severo, todos os sectores da sociedade devem unir-se, lutar de forma empenhada e trabalhar em conjunto para restaurar a normalidade social o quanto antes”, acrescentou. Recorde-se que na passada semana, depois de ter decretado o encerramento dos casinos de Macau durante quinze dias, o Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, determinou também o encerramento dos serviços públicos básicos e a diminuição da frequência de transportes públicos, tendo sido aconselhado que a população ficasse em casa. Estabelecimentos comerciais, de entretenimento ou mesmo jardins públicos foram também fechados como medida de prevenção. Ajudar com o possível De forma a responder activamente às necessidades impostas pela crise epidémica, a Associação Comercial de Macau apontou alguns pontos de trabalho mútuo do foro económico que têm recebido respostas positivas por parte do Governo, como medidas de revitalização económica e de apoio às pequenas e médias empresas (PME). Estas prendem-se sobretudo com o alívio de impostos do sector empresarial, tais como impostos sobre rendimentos, imóveis, impostos turísticos e imposto sobre a renda. Recorde-se também que, após já ter sido anunciada a antecipação da implementação do Plano de Comparticipação Pecuniária no Desenvolvimento Económico para o ano de 2020, o Governo decidiu também isentar, a partir de Fevereiro e durante três meses, os arrendatários de espaços públicos, do pagamento de rendas respeitantes ao aluguer de propriedades destinadas a fins comerciais, como “shopping centres, quiosques para venda de produtos, etc”.
admin SociedadeComércio | Alexandre Ma quer cooperação entre patrões e empregados O Presidente da Associação Comercial de Macau afirma estar a fazer de tudo para colaborar com o Governo na implementação de medidas de revitalização derivadas do surto do novo tipo de coronavírus. Sobre relações laborais, Alexandre Ma diz ser necessária união entre as partes [dropcap]A[/dropcap] Associação Comercial de Macau não vai poupar esforços na cooperação com o Governo para aplicar medidas de prevenção contra o novo tipo de coronavírus e na aplicação de planos de dinamização económica. Quem o diz é o seu presidente, Alexandre Ma que, em plena “tempestade” social e económica derivada do encerramento de praticamente toda a actividade comercial na região, apela ainda, citado pelo jornal Macau Daily, ao entendimento de empregadores e funcionários para trabalhar em prol de objectivos comuns. Perante a situação de crescimento negativo de Macau, derivado do surto epidémico e a preocupação levantada por vários grupos da sociedade relativamente ao facto de muitos funcionários poderem vir a ser despedidos ou dispensados nesta fase, Alexandre Ma respondeu que a Associação Comercial de Macau “sempre enfatizou que empregadores e funcionários têm o mesmo destino comum e não interesses opostos”. Citado pelo Macau Daily, Ma apelou assim para que os empregadores façam tudo o que estiver ao seu alcance para promover um desenvolvimento equilibrado entre as partes, assente na evolução mútua. “No caso de haver um problema, empregadores e funcionários devem adoptar formas de comunicar eficazes e racionais, de forma a encontrar a melhor solução ou abordagem”, referiu Alexandre Ma. “Perante um caso epidémico severo, todos os sectores da sociedade devem unir-se, lutar de forma empenhada e trabalhar em conjunto para restaurar a normalidade social o quanto antes”, acrescentou. Recorde-se que na passada semana, depois de ter decretado o encerramento dos casinos de Macau durante quinze dias, o Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, determinou também o encerramento dos serviços públicos básicos e a diminuição da frequência de transportes públicos, tendo sido aconselhado que a população ficasse em casa. Estabelecimentos comerciais, de entretenimento ou mesmo jardins públicos foram também fechados como medida de prevenção. Ajudar com o possível De forma a responder activamente às necessidades impostas pela crise epidémica, a Associação Comercial de Macau apontou alguns pontos de trabalho mútuo do foro económico que têm recebido respostas positivas por parte do Governo, como medidas de revitalização económica e de apoio às pequenas e médias empresas (PME). Estas prendem-se sobretudo com o alívio de impostos do sector empresarial, tais como impostos sobre rendimentos, imóveis, impostos turísticos e imposto sobre a renda. Recorde-se também que, após já ter sido anunciada a antecipação da implementação do Plano de Comparticipação Pecuniária no Desenvolvimento Económico para o ano de 2020, o Governo decidiu também isentar, a partir de Fevereiro e durante três meses, os arrendatários de espaços públicos, do pagamento de rendas respeitantes ao aluguer de propriedades destinadas a fins comerciais, como “shopping centres, quiosques para venda de produtos, etc”.
Andreia Sofia Silva China / ÁsiaCoronavírus | Os mitos e crenças por detrás do consumo de animais selvagens na China Um artigo científico publicado pela revista The Lancet explica as origens do consumo de animais selvagens na China e os seus perigos. O estudo, assinado por Jie Li e Jun Li, entre outros autores, defende o fim deste consumo que levaria ao fim do comércio ilegal de animais exóticos. Os autores defendem também que transmissões online de consumo de comida, muito em voga, ajudaram a espalhar o vírus [dropcap]A[/dropcap] revista científica The Lancet publicou na última sexta-feira um artigo que explica as razões por detrás do consumo de carne e outros derivados de animais selvagens na China, defendendo uma mudança de paradigma nessa prática que vem dos tempos antigos. Recorde-se que o surto do novo coronavírus teve origem no mercado de Wuhan, com as primeiras análises a apontarem para a origem em serpentes ou morcegos à venda no mercado. No entanto, um último estudo divulgado, e levado a cabo por investigadores da Universidade de Agricultura do Sul da China, dá conta que a nova estirpe do coronavírus pode ter tido origem no pangolim, um pequeno mamífero em risco de extinção e um dos animais mais contrabandeados do mundo. Terá sido o pangolim o “possível hospedeiro intermediário” que facilitou a transmissão do vírus, apontou a universidade em comunicado, sem avançar mais detalhes. Um animal que abriga um vírus sem adoecer, mas que pode infectar outras espécies, é designado de “reservatório”. O artigo publicado pela The Lancet, intitulado “Game consumption and the 2019 novel coronavirus”, assinado por Jie Li, da Universidade de Guangzhou e Jun Li, da Universidade de Ningxia, juntamente com mais cinco autores chineses, explica as razões que estão por detrás de uma prática muito comum na sociedade chinesa desde há vários séculos. “Mesmo depois da confirmação oficial da ligação próxima entre os casos severos de pneumonia e o comércio de animais no mercado, este manteve-se aberto até 21 de Janeiro. A prática do consumo de carne e produtos oriundos de animais selvagens na China data de períodos pré-históricos. Nos tempos modernos, apesar deste tipo de comércio não ser essencial à alimentação, a tradição de comer este tipo de animais persiste”, lê-se no artigo. Os autores denotam que este tipo de prática é mais comum no sudeste do país, “onde as cidades de Guangdong e Wuhan se situam” e onde “este tipo de pratos são considerados iguarias nos menus do dia-a-dia”. O artigo explica que o consumo de animais selvagens pode ter origens filosóficas e muito ligadas às tradições da medicina tradicional chinesa. “Contudo, mesmo que não sejam capazes de compreender a essência desta filosofia, muitos chineses alargam o âmbito da homóloga e simplesmente pensam que consiste nos suplementos que consomem”, alertam os autores. Comer cérebro e rins Com base em crenças antigas, muitas famílias chinesas acreditam que comer órgãos de animais selvagens pode curar ou prevenir doenças. “Por exemplo, acredita-se que os rins e o pénis dos veados ou tigres têm um efeito afrodisíaco, e que o cérebro de peixes ou macacos faz as pessoas mais felizes e positivas. Outra falsa crença é que produtos e carne de animais selvagens têm efeitos terapêuticos.” Os autores denotam que “se acredita que a carne de pangolim chinês ajuda a aliviar o reumatismo, e que o seu sangue ajuda a promover a circulação sanguínea e a remover a obstrução dos meridianos (um conceito da medicina tradicional chinesa), além de que se acredita também que a sua bílis ajuda a eliminar o que se chamar o fogo do fígado e a melhorar a visão.” Neste sentido, os autores do artigo defendem que o comércio de animais vivos deve ser suspenso no país. “A chave para controlar doenças como a SARS, a MERS, Ebola e o novo coronavírus de 2019 é interromper este consumo, com a legislação a ser parte da solução. A última solução passa por mudar a mentalidade das pessoas sobre o que é delicioso, uma tendência, prestígio ou saudável para comer.” “Em resposta ao coronavírus de 2019, o Governo chinês baniu todas as formas de comércio de animais selvagens, e há esforços espontâneos na internet para explicar os riscos que envolvem o consumo de animais selvagens, juntamente com recomendações contra a compra, venda e consumo de animais selvagens”, acrescentam. Os autores dizem ainda acreditar que “através de uma mudança na ultrapassada e inapropriada tradição de consumir animais selvagens e os seus produtos podemos conservar o habitat natural dos animais selvagens, e que humanos e outras criaturas podem co-existir em harmonia”. Vídeos online O artigo da The Lancet aponta ainda outro factor que pode ter ajudado à propagação do vírus, e que tem a ver com uma das últimas tendências na Internet, sobretudo em países asiáticos. “Comportamentos vistos na Internet podem ter levado a espalhar o novo coronavírus. Em plataformas online de transmissão de vídeos em directo, como o Kuaishou e Douyin, protagonizam-se as chamadas emissões de comida [mukbangs], que envolve comer comida em frente ao seu público. Às vezes, a comida que eles consomem é estranha e perigosa.” Como exemplos, os autores apontam uma transmissão em 2016, onde “uma destas plataformas mostrou alguém a comer sopa feita de morcego”. “Comer outros animais selvagens, tais como o caracol africano, sapo, bambu com carne de rato e polvo é também transmitido. Às vezes os animais são consumidos crus ou mesmo vivos, especialmente os polvos, mesmo com a possibilidade de estarem infectados com vários vírus”, denotam os autores do artigo. Joe Chan, ambientalista de Macau, acredita que, com o surto do coronavírus a gerar mortes na China quase diariamente, vai haver uma mudança nos comportamentos alimentares. “Acredito, sem dúvida, que a população chinesa aprendeu uma lição preciosa desta vez. A forma como eles consomem animais selvagens está directamente relacionada com a eficiência da conservação das espécies em vias de extinção”, disse ao HM. Além da origem do novo coronavírus poder estar no pangolim, a maioria dos analistas aponta o morcego como fonte primária, uma vez que, de acordo com um estudo recente, os genomas do novo coronavírus são 96 por cento iguais aos que circulam no organismo daquele animal. Já os vírus detectados nos pangolins são 99 por cento idênticos aos encontrados em pacientes humanos, de acordo com uma análise a mais de 1000 amostras de animais selvagens. A hipótese inicial de o intermediário ter sido a cobra foi, entretanto, afastada. Durante a epidemia da pneumonia atípica, também causada por um coronavírus, e que entre 2002 e 2003 paralisou a China, o intermediário foi a civeta, um pequeno mamífero cuja carne é apreciada na China. Como parte das medidas para conter a recente epidemia, a China anunciou, no final de Janeiro, o encerramento temporário de mercados de animais selvagens, proibindo por tempo indeterminado a criação, transporte ou venda de todas as espécies de animais selvagens. O pangolim é o mamífero mais contrabandeado do mundo, com cerca de um milhão de espécimes capturadas nos últimos 10 anos, nas florestas da Ásia e África. A caça ilegal é estimulada pelo aumento da procura pela sua carne e partes do corpo.
admin China / ÁsiaCoronavírus | Os mitos e crenças por detrás do consumo de animais selvagens na China Um artigo científico publicado pela revista The Lancet explica as origens do consumo de animais selvagens na China e os seus perigos. O estudo, assinado por Jie Li e Jun Li, entre outros autores, defende o fim deste consumo que levaria ao fim do comércio ilegal de animais exóticos. Os autores defendem também que transmissões online de consumo de comida, muito em voga, ajudaram a espalhar o vírus [dropcap]A[/dropcap] revista científica The Lancet publicou na última sexta-feira um artigo que explica as razões por detrás do consumo de carne e outros derivados de animais selvagens na China, defendendo uma mudança de paradigma nessa prática que vem dos tempos antigos. Recorde-se que o surto do novo coronavírus teve origem no mercado de Wuhan, com as primeiras análises a apontarem para a origem em serpentes ou morcegos à venda no mercado. No entanto, um último estudo divulgado, e levado a cabo por investigadores da Universidade de Agricultura do Sul da China, dá conta que a nova estirpe do coronavírus pode ter tido origem no pangolim, um pequeno mamífero em risco de extinção e um dos animais mais contrabandeados do mundo. Terá sido o pangolim o “possível hospedeiro intermediário” que facilitou a transmissão do vírus, apontou a universidade em comunicado, sem avançar mais detalhes. Um animal que abriga um vírus sem adoecer, mas que pode infectar outras espécies, é designado de “reservatório”. O artigo publicado pela The Lancet, intitulado “Game consumption and the 2019 novel coronavirus”, assinado por Jie Li, da Universidade de Guangzhou e Jun Li, da Universidade de Ningxia, juntamente com mais cinco autores chineses, explica as razões que estão por detrás de uma prática muito comum na sociedade chinesa desde há vários séculos. “Mesmo depois da confirmação oficial da ligação próxima entre os casos severos de pneumonia e o comércio de animais no mercado, este manteve-se aberto até 21 de Janeiro. A prática do consumo de carne e produtos oriundos de animais selvagens na China data de períodos pré-históricos. Nos tempos modernos, apesar deste tipo de comércio não ser essencial à alimentação, a tradição de comer este tipo de animais persiste”, lê-se no artigo. Os autores denotam que este tipo de prática é mais comum no sudeste do país, “onde as cidades de Guangdong e Wuhan se situam” e onde “este tipo de pratos são considerados iguarias nos menus do dia-a-dia”. O artigo explica que o consumo de animais selvagens pode ter origens filosóficas e muito ligadas às tradições da medicina tradicional chinesa. “Contudo, mesmo que não sejam capazes de compreender a essência desta filosofia, muitos chineses alargam o âmbito da homóloga e simplesmente pensam que consiste nos suplementos que consomem”, alertam os autores. Comer cérebro e rins Com base em crenças antigas, muitas famílias chinesas acreditam que comer órgãos de animais selvagens pode curar ou prevenir doenças. “Por exemplo, acredita-se que os rins e o pénis dos veados ou tigres têm um efeito afrodisíaco, e que o cérebro de peixes ou macacos faz as pessoas mais felizes e positivas. Outra falsa crença é que produtos e carne de animais selvagens têm efeitos terapêuticos.” Os autores denotam que “se acredita que a carne de pangolim chinês ajuda a aliviar o reumatismo, e que o seu sangue ajuda a promover a circulação sanguínea e a remover a obstrução dos meridianos (um conceito da medicina tradicional chinesa), além de que se acredita também que a sua bílis ajuda a eliminar o que se chamar o fogo do fígado e a melhorar a visão.” Neste sentido, os autores do artigo defendem que o comércio de animais vivos deve ser suspenso no país. “A chave para controlar doenças como a SARS, a MERS, Ebola e o novo coronavírus de 2019 é interromper este consumo, com a legislação a ser parte da solução. A última solução passa por mudar a mentalidade das pessoas sobre o que é delicioso, uma tendência, prestígio ou saudável para comer.” “Em resposta ao coronavírus de 2019, o Governo chinês baniu todas as formas de comércio de animais selvagens, e há esforços espontâneos na internet para explicar os riscos que envolvem o consumo de animais selvagens, juntamente com recomendações contra a compra, venda e consumo de animais selvagens”, acrescentam. Os autores dizem ainda acreditar que “através de uma mudança na ultrapassada e inapropriada tradição de consumir animais selvagens e os seus produtos podemos conservar o habitat natural dos animais selvagens, e que humanos e outras criaturas podem co-existir em harmonia”. Vídeos online O artigo da The Lancet aponta ainda outro factor que pode ter ajudado à propagação do vírus, e que tem a ver com uma das últimas tendências na Internet, sobretudo em países asiáticos. “Comportamentos vistos na Internet podem ter levado a espalhar o novo coronavírus. Em plataformas online de transmissão de vídeos em directo, como o Kuaishou e Douyin, protagonizam-se as chamadas emissões de comida [mukbangs], que envolve comer comida em frente ao seu público. Às vezes, a comida que eles consomem é estranha e perigosa.” Como exemplos, os autores apontam uma transmissão em 2016, onde “uma destas plataformas mostrou alguém a comer sopa feita de morcego”. “Comer outros animais selvagens, tais como o caracol africano, sapo, bambu com carne de rato e polvo é também transmitido. Às vezes os animais são consumidos crus ou mesmo vivos, especialmente os polvos, mesmo com a possibilidade de estarem infectados com vários vírus”, denotam os autores do artigo. Joe Chan, ambientalista de Macau, acredita que, com o surto do coronavírus a gerar mortes na China quase diariamente, vai haver uma mudança nos comportamentos alimentares. “Acredito, sem dúvida, que a população chinesa aprendeu uma lição preciosa desta vez. A forma como eles consomem animais selvagens está directamente relacionada com a eficiência da conservação das espécies em vias de extinção”, disse ao HM. Além da origem do novo coronavírus poder estar no pangolim, a maioria dos analistas aponta o morcego como fonte primária, uma vez que, de acordo com um estudo recente, os genomas do novo coronavírus são 96 por cento iguais aos que circulam no organismo daquele animal. Já os vírus detectados nos pangolins são 99 por cento idênticos aos encontrados em pacientes humanos, de acordo com uma análise a mais de 1000 amostras de animais selvagens. A hipótese inicial de o intermediário ter sido a cobra foi, entretanto, afastada. Durante a epidemia da pneumonia atípica, também causada por um coronavírus, e que entre 2002 e 2003 paralisou a China, o intermediário foi a civeta, um pequeno mamífero cuja carne é apreciada na China. Como parte das medidas para conter a recente epidemia, a China anunciou, no final de Janeiro, o encerramento temporário de mercados de animais selvagens, proibindo por tempo indeterminado a criação, transporte ou venda de todas as espécies de animais selvagens. O pangolim é o mamífero mais contrabandeado do mundo, com cerca de um milhão de espécimes capturadas nos últimos 10 anos, nas florestas da Ásia e África. A caça ilegal é estimulada pelo aumento da procura pela sua carne e partes do corpo.
Hoje Macau China / ÁsiaVírus | Sobe para cerca de 130 número de infectados em cruzeiro no Japão [dropcap]O[/dropcap] número de infectados pelo coronavírus chinês sob quarentena no porto de Yokohoma, Japão, subiu para cerca de 130, depois dos testes feitos a mais 60 pessoas terem dado positivo, informaram hoje os media nipónicos. O navio chegou há uma semana ao porto de Yokohama, a sudoeste de Tóquio, transportando 3.700 passageiros e tripulantes. As pessoas infectadas já foram levadas para centros médicos de Tóquio e de outras localidades próximas, onde estão a receber tratamento. As autoridades sanitárias continuam a realizar exames médicos aos passageiros e tripulantes do “Diamond Princess”, que transportava 3.700 pessoas. O navio está sob quarentena desde passada segunda-feira e por um período de duas semanas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu na sexta-feira ao Japão que tomasse todas as medidas necessárias para acompanhar os passageiros da Diamond Princess confinados a bordo, incluindo medidas de apoio psicológico. As autoridades chinesas elevaram hoje para 908 mortos e mais 40 mil infectados o balanço do surto de pneumonia na China continental causado pelo novo coronovírus (2019-nCoV) detetado em dezembro, em Wuhan, capital da província de Hubei (centro). No domingo, segundo dados divulgados pela Comissão Nacional de Saúde da China, foram registadas no território continental chinês 97 mortes e detetados 3.000 novos casos de infeção. O número total de mortes ascende a 910, contabilizando as duas registadas fora da China continental, uma nas Filipinas e outra em Hong Kong. O balanço ultrapassa o da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, na sigla em inglês), que entre 2002 e 2003 causou a morte a 774 pessoas em todo o mundo, a maioria das quais na China, mas a taxa de mortalidade permanece inferior. Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há mais de 350 casos de contágio confirmados em 25 países. Na Europa, o número chegou no domingo a 39, com duas novas infecções detectadas em Espanha no Reino Unido. Uma missão internacional de especialistas da Organização Mundial de Saúde (OMS) partiu no domingo para a China. A OMS, que declarou em 30 de janeiro uma situação de emergência de saúde pública internacional, indicou no sábado que os casos de contágio revelados diariamente na China estão a estabilizar, mas sublinhou que era cedo para concluir que a epidemia atingiu o seu pico.
admin China / ÁsiaVírus | Sobe para cerca de 130 número de infectados em cruzeiro no Japão [dropcap]O[/dropcap] número de infectados pelo coronavírus chinês sob quarentena no porto de Yokohoma, Japão, subiu para cerca de 130, depois dos testes feitos a mais 60 pessoas terem dado positivo, informaram hoje os media nipónicos. O navio chegou há uma semana ao porto de Yokohama, a sudoeste de Tóquio, transportando 3.700 passageiros e tripulantes. As pessoas infectadas já foram levadas para centros médicos de Tóquio e de outras localidades próximas, onde estão a receber tratamento. As autoridades sanitárias continuam a realizar exames médicos aos passageiros e tripulantes do “Diamond Princess”, que transportava 3.700 pessoas. O navio está sob quarentena desde passada segunda-feira e por um período de duas semanas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu na sexta-feira ao Japão que tomasse todas as medidas necessárias para acompanhar os passageiros da Diamond Princess confinados a bordo, incluindo medidas de apoio psicológico. As autoridades chinesas elevaram hoje para 908 mortos e mais 40 mil infectados o balanço do surto de pneumonia na China continental causado pelo novo coronovírus (2019-nCoV) detetado em dezembro, em Wuhan, capital da província de Hubei (centro). No domingo, segundo dados divulgados pela Comissão Nacional de Saúde da China, foram registadas no território continental chinês 97 mortes e detetados 3.000 novos casos de infeção. O número total de mortes ascende a 910, contabilizando as duas registadas fora da China continental, uma nas Filipinas e outra em Hong Kong. O balanço ultrapassa o da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, na sigla em inglês), que entre 2002 e 2003 causou a morte a 774 pessoas em todo o mundo, a maioria das quais na China, mas a taxa de mortalidade permanece inferior. Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há mais de 350 casos de contágio confirmados em 25 países. Na Europa, o número chegou no domingo a 39, com duas novas infecções detectadas em Espanha no Reino Unido. Uma missão internacional de especialistas da Organização Mundial de Saúde (OMS) partiu no domingo para a China. A OMS, que declarou em 30 de janeiro uma situação de emergência de saúde pública internacional, indicou no sábado que os casos de contágio revelados diariamente na China estão a estabilizar, mas sublinhou que era cedo para concluir que a epidemia atingiu o seu pico.
Hoje Macau China / ÁsiaVírus | Número de mortos na China sobe para 908, mais 97 que domingo [dropcap]O[/dropcap] número de mortos na China continental devido ao novo coronavírus aumentou hoje para 908, mais 97 do que no domingo, informaram as autoridades. Segundo os números divulgados pela Comissão Nacional de Saúde da China, são agora 40.171 as pessoas infectadas no país. Um aumento de 97 mortes indica um recrudescimento de casos do novo vírus, 2019-nCoV, depois de ter havido uma quebra no dia anterior. A mesma fonte precisou que até à meia noite local contavam-se 6.484 casos graves e que 3.281 tiveram alta, depois de se curarem da doença, que começou no final de 2019 na cidade de Wuhan, na província central de Hubei. Até agora a Comissão, disse, fez o seguimento médico a 399.487 pessoas que tiveram contacto próximo com os infectados, dos quais 187.518 continuam em observação. Na última contagem, anunciada na manhã de domingo, o número de mortes na China continental era de 811, a que se somavam mais duas mortes fora da China continental, um nas Filipinas e outro em Hong Kong. Esse balanço já ultrapassa o da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, na sigla em inglês), que entre 2002 e 2003 causou a morte a 774 pessoas em todo o mundo, a maioria das quais na China, mas a taxa de mortalidade permanece inferior. Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há outros casos de infeção confirmados em mais de 20 países. A França fechou duas escolas depois de cinco visitantes britânicos terem contraído o vírus numa estância de esqui e também foram detetados novos casos em países como Espanha, Reino Unido, Japão, Malásia, Coreia do Sul ou Vietname. Ao todo já foram registados mais de 360 casos fora da China continental.
admin China / ÁsiaVírus | Número de mortos na China sobe para 908, mais 97 que domingo [dropcap]O[/dropcap] número de mortos na China continental devido ao novo coronavírus aumentou hoje para 908, mais 97 do que no domingo, informaram as autoridades. Segundo os números divulgados pela Comissão Nacional de Saúde da China, são agora 40.171 as pessoas infectadas no país. Um aumento de 97 mortes indica um recrudescimento de casos do novo vírus, 2019-nCoV, depois de ter havido uma quebra no dia anterior. A mesma fonte precisou que até à meia noite local contavam-se 6.484 casos graves e que 3.281 tiveram alta, depois de se curarem da doença, que começou no final de 2019 na cidade de Wuhan, na província central de Hubei. Até agora a Comissão, disse, fez o seguimento médico a 399.487 pessoas que tiveram contacto próximo com os infectados, dos quais 187.518 continuam em observação. Na última contagem, anunciada na manhã de domingo, o número de mortes na China continental era de 811, a que se somavam mais duas mortes fora da China continental, um nas Filipinas e outro em Hong Kong. Esse balanço já ultrapassa o da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, na sigla em inglês), que entre 2002 e 2003 causou a morte a 774 pessoas em todo o mundo, a maioria das quais na China, mas a taxa de mortalidade permanece inferior. Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há outros casos de infeção confirmados em mais de 20 países. A França fechou duas escolas depois de cinco visitantes britânicos terem contraído o vírus numa estância de esqui e também foram detetados novos casos em países como Espanha, Reino Unido, Japão, Malásia, Coreia do Sul ou Vietname. Ao todo já foram registados mais de 360 casos fora da China continental.
João Santos Filipe SociedadeVírus | Apresentada queixa sobre funcionamento do OTT [dropcap]O[/dropcap] Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus recebeu uma queixa, no sábado, de um residente devido ao facto do restaurante e bar Old Taipa Tavern (OTT) estar em funcionamento. Segundo as medidas especiais adoptadas pelo Chefe do Executivo, espaços como cinemas, teatros, salas de máquinas de jogos, cibercafés, karaokes, “bares, night-clubs, discotecas, salas de dança e cabaret”, entre outros, foram obrigados a encerrar as portas. No entanto, o OTT tem estado a funcionar, como aconteceu na noite de sexta-feira e de sábado, o que terá motivado a queixa por parte de um residente. Ao HM, a Direcção de Serviços de Turismo (DST) garantiu que o OTT está a respeitar as ordens do Chefe do Executivo, uma vez que o espaço se encontra registado como restaurante, o que faz com que não esteja abrangido pela determinação. “O espaço Old Taipa Tavern tem uma licença de restaurante, por isso está autorizado a continuar a operar”, foi esclarecido. “Todavia, a DST apela a todos os restaurantes que cumpram a sua responsabilidade social e que tentem evitar concentrações de pessoas. É feito ainda o apelo para que o público que queira fazer queixas contacte a Linha 24 Horas do Turismo (2833 3000) e a Linha 24 Horas do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus (28700800)”, foi acrescentado. No entanto, a DST esclareceu ainda que a queixa foi reencaminhada para o Corpo de Polícia de Segurança Pública devido ao “ruído”. “Cumprimos tudo” Ao HM, Dan Riley, um dos proprietários do espaço garantiu que o OTT segue as recomendações do Governo no combate à epidemia: “Estamos a seguir todas as recomendações do Chefe do Executivo, que pediu para restringir as horas do funcionamento e também todos os nossos empregados estão a utilizar máscaras”, defendeu. “Acho que o facto dos nossos trabalhadores estarem no restaurante nem devia ser motivo de queixa, desde que estejam a utilizar máscara o que eles fazem. Estamos a seguir todas as recomendações”, frisou. Segundo o responsável, com o novo horário de funcionamento o espaço tem fechado à 01h00, quando normalmente fechava às 02h00. Ainda ao contrário de queixas ouvidas pelo HM, junto de residentes na zona, Riley negou que haja uma grande concentração de pessoas sem máscara junto ao OTT. “A verdade é que não há muita gente a frequentar o espaço. Ontem, no total talvez tenham estado 40 pessoas aqui? E muitas até deviam estar lá fora a fumar… Não temos tido muita gente aqui e acho que a queixa se deve mais a sermos um espaço bem estabelecido”, considerou.