André Namora Ai Portugal VozesPais destroçados por burlas É possível que esteja a acontecer a nível mundial, mas em Portugal o fenómeno está a generalizar-se e a deixar mães e pais completamente destroçados devido às burlas de que são alvo de uma forma que engana especialmente os mais intimamente ligados aos filhos. Eu explico: acontece por quase todo o país que uma mãe ou um pai recebe uma mensagem no telemóvel deste género: “- Olá mãe, o meu telefone avariou e estou a falar-te aqui por outro de um amigo. Desculpa, estar a incomodar-te, mas tive aqui um problema e precisava da tua ajuda.” A mãe responde: “- Então, Ricardo o que te aconteceu? Ó querido mas do que é que precisas?” Os filhos normalmente estão longe. Se os pais vivem no Porto, o filho pode estar a estudar ou a trabalhar em Lisboa, em Londres, Paris, Dubai ou outra qualquer cidade do estrangeiro. E o diálogo, via mensagem por telemóvel continua: “- Não te preocupes, mãe. Eu depois explico-te. Só que agora tenho mesmo que resolver este problema e agradeço que me faças uma transferência de 950 euros para a conta que eu te vou dar. Obrigado, querida mãe.” A mãe, amedrontada responde: “- Mas querido Ricardo porque tem de ser para outra conta que não a tua habitual?” Resposta: “- Mãezinha, a minha outra conta foi bloqueada, depois explico-te tudo e amanhã mesmo devolvo-te os 950 euros. Peço-te o grande favor que envies pelo multibanco para a conta FT40 3356 0000 425400981 830 6.” A mãe, que adora o seu Ricardo, sem pensar em mais nada, apenas que o seu filho deve estar a passar por um problema grave e que terá de lhe resolver de imediato o problema, sai pela porta fora e dirige-se à primeira caixa ATM que encontra e transfere para a conta indicada os 950 euros. Pronto. A burla está consumada. Não se tratava de filho nenhum. A mãe saudosa não pensou duas vezes. Parar um pouco para pensar, olhar para o visor da linha whatsApp, ver o número de telefone que podia observar no cimo do visor. Responder que iria ligar-lhe para falar com o filho de viva voz e ainda cometeu um erro fatal em pronunciar logo o nome do filho, algo que nunca se deve fazer. Casos como este estão a acontecer todos os dias nas mais diversas localidades. As nossas fontes na Polícia Judiciária informaram-nos que é um caos o que está a acontecer. O pai ou a mãe que estão a receber mensagens no telemóvel, na sua grande maioria acredita de imediato que é o filho que está a escrever-lhe em aflição. O sentimentalismo e o amor dos pais são de tal forma que se dirigem em acto contínuo a uma caixa de multibanco para transferir as diferentes quantias solicitadas pelos burlões. É inacreditável o que está a acontecer. Uma senhora que conhecemos, viúva, que vive de uma reforma muito baixa, foi abordada por um falso filho, cujo verdadeiro filho reside em Inglaterra, e transferiu 350 euros ficando doze dias sem praticamente comer ou fazer frente a outras despesas. Desde já, aviso os amigos leitores que tomem uma especial e profunda atenção a casos como este. Se receberem uma mensagem do vosso “filho” que se encontra em Hong Kong, Austrália, Canadá ou Tailândia, não respondam nem mantenham diálogo. Liguem de imediato para o vosso filho e confirmarão que estavam a ser alvo de uma burla. Estes casos são graves porque o instinto paternal decide que o apoio tem de ser dado de imediato ao querido filho e os burlões estão precisamente a aproveitarem-se dessa particularidade para conseguirem o objectivo e ganhar muito dinheiro. Uma das nossas fontes policiais informou-nos que pelas suas estatísticas existem indivíduos que estão a obter cerca de 5000 euros por dia e que em Portugal a rede mafiosa está a obter cerca de 1 milhão de euros por mês. Quase inacreditável. Trata-se de um fenómeno horrível, de aproveitamento total do amor paterno e da inconsciência e desconhecimento tecnológico da maioria das pessoas atingida. Aqui fica um aviso sério, mas essencialmente a constatação de um fenómeno que está a deixar muitas famílias destroçadas assim que sentem que foram roubadas.
Hoje Macau SociedadePJ | Desempregada presa por burla Uma residente com 47 anos foi presa, por estar envolvida num esquema de burlas relacionada com a oferta de empregos. Segundo a Polícia Judiciária (PJ), a suspeita encontrou-se com uma mulher num casino de Macau, e prometeu arranja-lhe emprego para a filha, assim como uma autorização de residência, a troco de um pagamento de 130 mil dólares de Hong Kong. O trabalho prometido era na empresa de construção do marido da mulher. Com a promessa foi ainda informado que o todo o processo seria terminado dentro de 20 dias, o que nunca aconteceu. No entanto, como a residente ficou incontactável depois de receber o pagamento, a vítima apresentou queixa junto das autoridades. A mulher residente foi detida a 22 de Outubro, quando se preparava para deixar Macau e ir para o Interior.
Hoje Macau SociedadeBurla | “Falsos polícias” causam perdas de 120 mil patacas Dois casos de burla em que os criminosos se fizeram passar por agentes da polícia do Interior causaram perdas de 120 mil patacas, de acordo com a informação do Corpo de Polícia de Segurança Pública, citada pelo Jornal Ou Mun. No primeiro caso, que aconteceu na sexta-feira da semana passada, um homem foi contactado por uma conta de WeChat que se identificava como “Serviços de Alfândega de Zhejiang”. Na troca de mensagens a vítima foi “informada” pelos burlões que estava a ser investigada por estar envolvida na venda de vários produtos proibidos no Interior, e foram-lhe pedidas 90 mil patacas, como caução associada aos custos da investigação. Com a promessa que o dinheiro seria devolvido, assim que fosse declarado inocente, o homem transferiu o dinheiro para uma conta em Hong Kong. Só mais tarde, quando viu um anúncio contra burlas da Polícia Judiciária, o indivíduo percebeu que tinha sido burlado e apresentou queixa. No segundo caso, que aconteceu no domingo, o método foi semelhante. Os burlões apresentaram-se como “polícia” de Xangai e disseram à vítima, uma jovem, que estava a ser investigada por enviar mensagens para o Interior a promover jogo. Segundo o CPSP, com medo da investigação, a mulher aceitou fazer uma chamada de vídeo com os burlões e filmou vários detalhes da sua conta bancária online. Com acesso aos números necessários e respectivos códigos de segurança, os burlões conseguiram transferir para as suas contas cerca de 34 mil patacas. A mulher apresentou queixa quando se apercebeu da transferência bancária.
Hoje Macau SociedadePJ | Arranja namorada virtual e perde 110 mil patacas Um residente com cerca de 70 anos foi burlado em cerca de 110 mil patacas, depois de ter sido convencido por uma “namorada virtual” a investir em produtos financeiros. Segundo o relato da Polícia Judiciária, citado pelo Jornal Ou Mun, no dia 29 de Junho o homem conheceu uma mulher online, que afirmou trabalhar no sector financeiro. O casal depressa se aproximou, e o homem passou a encarar a mulher como sua namorada, apesar de nunca a ter conhecido pessoalmente. A relação evoluiu, e a alegada burlona acabou por prometer casar com o homem se fizessem um investimento conjunto em produtos financeiros. Aposta que acabou por obter lucros. Seduzido, o homem enviou cerca de 3.100 dólares americanos para uma conta em Hong Kong, indicada pela mulher. Ao mesmo tempo, o sujeito podia seguir o alegado investimento através de uma aplicação online. No passado mês de Julho, com um lucro superior a 50 mil dólares, o homem decidiu levantar os seus ganhos. Contudo, o serviço a clientes da aplicação disse-lhe que tinha de fazer um pagamento de 10 mil dólares americanos para cobrir despesas administrativas, de forma a poder levantar os dividendos. Apesar de ter desconfiado, o homem contactou a namorada, que o encorajou a pagar o montante pedido, o que fez. Porém, o sujeito nunca conseguiu aceder ao dinheiro, e acabou bloqueado tanto pelo serviço ao cliente da aplicação, como pela namorada, o que fez com que apresentasse queixa às autoridades.
Nunu Wu SociedadeBurla | Residente perde 2,38 milhões de patacas Uma mulher de 35 anos, oriunda do Interior da China, foi detida por suspeitas do crime de burla, em que a vítima terá sido um residente de 20 anos, desfalcado em 2,38 milhões de patacas. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, o caso começou em 2021, quando ambos se conheceram num casino. A mulher terá seduzido o jovem com a proposta de venda de moeda digital no valor de seis milhões de dólares americanos, mas estaria com dificuldade em pagar os respectivos emolumentos e taxas relacionadas com o processo de transacção. Por isso, pediu um empréstimo à vítima, que começou por ceder 805 mil patacas. A alegada burlona afirmou depois que a sua conta de moedas digitais tinha sido hackeada, perdendo todo o dinheiro, pedindo mais 1,58 milhões de patacas como empréstimo para pagar as referidas taxas, alegando que, mais tarde, iria receber parte do património de um amigo. A mulher prometeu ainda reembolsar as seis milhões de patacas depois de receber a referida herança. O jovem acabou por denunciar o caso às autoridades após os reembolsos dos empréstimos serem adiados consecutivamente pela mulher.
Hoje Macau SociedadeBurla | Mulher enganada em compra de malas online A Polícia Judiciária (PJ) recebeu uma queixa de burla online, após uma mulher ter comprado algumas malas online, no valor de 41 mil dólares de Hong Kong, de acordo com a informação citada pelo Jornal Ou Mun. Segundo o relato, a mulher encontrou um portal online com malas de luxo do Japão, onde os preços eram metade dos praticados nos lugares de venda habituais. Atraída pelo preço, registou-se no portal e fez uma encomenda no valor de 41 mil dólares de Hong Kong. No entanto, após falar com os serviços de atendimento ao cliente, a mulher foi informada que o pagamento tinha de ser feito através da transferência bancária para uma conta, não podendo ser feito no próprio site. A mulher não viu problemas neste método e pediu ajuda ao marido para fazer a transferência. Porém, este desconfiou do método e contactou o apoio ao cliente sobre a prática pouco habitual. Do outro lado da linha, foi informado que se fizesse a transferência bancária não teria de pagar os impostos, pelo que o preço seria mais barato. Pressionado pela mulher o homem concordou com o pagamento, mas continuou a verificar o portal. Nessa altura, percebeu que havia algo de errado e tentou pedir um reembolso, porém do outro lado ninguém atendeu a chamada. Por isso, acabou por apresentar queixa junto da PJ que está a investigar o caso, sem que tenha havido qualquer detenção.
Hoje Macau SociedadePart-time | PJ alerta para casos de burla A Polícia Judiciária (PJ) emitiu ontem um alerta de burlas que estão a ser cometidas através de falsos anúncios de recrutamento, nas redes sociais, para trabalhos a tempo parcial. Segundo um comunicado, as denúncias dão conta que, “quando as vítimas fizeram o contacto, alguém lhes respondeu que já não havia vaga de emprego anunciada, tendo-lhes então recomendado um outro emprego em part-time”. Para concorrerem a essa vagas, bastava fazerem “like” nas publicações e inscreverem-se no site, concluindo as tarefas exigidas, sendo que, após estas tarefas, poderiam receber um vencimento. “Todavia, para que recebesse a remuneração, deveria preencher imediatamente os seus dados pessoais, da conta bancária, bem como transmitir código de verificação do banco enviado por SMS”, descreve a PJ, sendo que as vítimas não receberam quaisquer fundos depois de terem realizado as tarefas pedidas, mas perceberam que “alguém desconhecido tinha levantado dinheiro da sua conta bancária”. Desta forma, a PJ “apela aos cidadãos para terem cuidado quando procurarem um emprego e para não revelarem os seus dados pessoais e nem o código de verificação do banco”.
Hoje Macau SociedadePJ | Falsos técnicos de infiltrações roubaram 100 mil A Polícia Judiciária (PJ) deteve três cidadãos do interior da China por suspeita de burla no valor de 100 mil patacas. Segundo o jornal Ou Mun, os homens fizeram-se passar por técnicos de tratamento de infiltrações em edifícios habitacionais, tendo burlado quatro residentes. O caso foi denunciado a 30 de Julho por uma das vítimas, sendo que esta pagou 50 mil patacas para ver a infiltração da sua casa tratada. Segundo informações da PJ, os suspeitos publicitaram o alegado serviço nas redes sociais, sendo que, nas casas das vítimas, usavam algumas ferramentas para se fazerem passar por técnicos. Aí alegavam que era apenas necessário injectar um produto para evitar a infiltração, no valor de 688 a 988 patacas. No entanto, alegavam posteriormente que o estado da infiltração era grave, pedindo então 50 mil patacas por todo o serviço, injectando uma maior quantidade de produto. Os suspeitos admitiram trabalhar em nome de um grupo criminoso oriundo da China que recebeu 70 por cento do montante retirado às vítimas, tendo os burlões ficado com o restante. O caso foi encaminhado para o Ministério Público, podendo os suspeitos incorrer nos crimes de associações criminosa e burla com valor elevado. A PJ acredita que pode haver mais vítimas, apelando à denúncia de casos.
Hoje Macau SociedadeTroca de dinheiro | Detidos por burla de 370 mil yuan Dois homens, com 29 e 25 anos de idade, foram detidos por terem burlado uma mulher em cerca de 370 mil yuan, de acordo com a informação divulgada ontem pela Polícia Judiciária. Segundo o jornal Ou Mun, que citou a PJ, no sábado um dos homens e a mulher combinaram uma troca de dinheiro ilegal, através de uma aplicação móvel, para um quarto de hotel no Cotai. Nesse dia, a mulher do Interior, encontrou os dois homens e estes apresentaram-lhe vários maços de notas. Em troca, a mulher tinha de fazer uma transferência online de yuan para uma conta indicada, o que fez. Contudo, a jogadora insistiu que os homens a acompanhassem a uma caixa do casino, para confirmar a veracidade das notas. Apesar de aguardarem pela oportunidade para fugirem, os homens do Interior acabaram por ser detidos no casino quando foi confirmado que as notas eram falsas.
João Santos Filipe SociedadeEmprego | Burladas em mais de 260 mil patacas Duas mulheres que estavam à procura de emprego a tempo parcial foram burladas em mais de 260 mil patacas, de acordo com a informação da Polícia Judiciária, citada pelo Jornal Ou Mun. O primeiro caso aconteceu no dia 16 e envolve uma residente de Macau, que respondeu a um anúncio onde se indicava que uma empresa de venda de produtos de beleza procurava pessoas para trabalharem na área do apoio aos clientes. Com a resposta à candidatura de emprego, a mulher foi informada de que os candidatos escolhidos iam receber uma comissão das vendas, pelo que tinham de pagar uma caução. No início, a mulher realizou um pagamento de 23.700 patacas, mas foi informada que devido a problemas técnicos tinham de pagar mais 45 mil patacas. Nessa altura a vítima percebeu que estava a ser burlada e exigiu que lhe devolvessem as 23.700 patacas. A partir desse momento nunca mais conseguiu contactar com a alegada empresa, pelo que apresentou queixa junto das autoridades. O segundo caso diz respeito a uma mulher do Interior, que também procurava um part-time online. Também neste caso foi pedido à vítima que pagasse cauções para a candidatura, o que ela foi fazendo de forma repetida, uma vez que lhe era dito que tinha ocorrido “um problema técnico”. No final, quando suspeitou de que estava a ser burlada, a mulher já tinha perdido mais de 236 mil patacas. Ambos os casos estão a ser investigados pela Polícia Judiciária, não havendo ainda informação sobre os criminosos.
Nunu Wu Manchete SociedadeJulgamento | Gestores de sala VIP negaram acusações de burla Dezoito clientes burlados em cerca de 27 milhões de dólares de Hong Kong (HKD), um homem numa fuga milionária, e dois gestores sentados no banco dos arguidos. Esta é a configuração do julgamento do caso das salas VIP Dongbo, que teve mais uma sessão na quarta-feira. A Dongbo operou duas salas VIP, na City of Dreams e Galaxy, entre 2019 e Setembro de 2021 através de uma licença de promoção de jogo alugada. Durante esse período, o Ministério Público argumenta que os dirigentes da empresa procuraram atrair avultados depósitos entre mais de duas centenas de clientes, angariando um valor total de 287 milhões de HKD. Os problemas surgiram com as queixas de jogadores impossibilitados de recuperar o dinheiro depositado, situação que culminou na denúncia de 18 vítimas que terão perdido 27 milhões de HKD. O principal arguido e fundador da Dongbo, um cidadão chinês de apelido Shi, terá fugido de Macau com o dinheiro em falta, deixando no banco dos arguidos dois gestores de apelidos Chan e Lam que eram vice-presidente executivo e director de operações, respectivamente. Na quarta-feira, Chan e Lam, negaram as acusações de burla no Tribunal de Primeira Instância. A maioria das testemunhas ouvidas não corrobou a tese de que as salas VIP não usavam os depósitos como investimentos que renderiam juros e que as quantias depositadas seriam apenas para jogar. Apesar disso, as testemunhas referiram que as salas da Dongbo ofereciam um bónus de 1,1 a 1,25 por cento quando o dinheiro era trocado por fichas, desconto considerado atraente. O outro lado Porém, uma ex-funcionária da Dongbo, de apelido Lei, apresentou em tribunal uma versão diferente, afirmando ter depositado 5 milhões de HKD porque o director de operações lhe terá garantido que poderia receber um juro mensal de 50 mil HKD. A testemunha afirmou ter confiado no director de operações da Dongbo, porque ambos teriam trabalhado no Grupo Suncity, de onde saíram depois de assinarem rescisões amigáveis que terminaram os contratos com a empresa de Alvin Chau. Parte das testemunhas perdeu dinheiro porque depois de efectuar o depósito a sala VIP foi encerrada. Uma testemunha afirmou em tribunal que falou com o fundador da Dongbo, que terá revelado estar em Shenzhen, e que este lhe garantiu o reembolso da quantia depositada. A devolução dos fundos nunca terá acontecido. Outra das testemunhas ouvidas em tribunal, foi o detentor da licença de promoção de jogo usada pela Dongbo nas suas operações. A testemunha, que alega ter perdido 200 mil HKD, indicou ter alugado a licença por 50 mil HKD por mês e que na altura da celebração do contrato ficou estabelecido que a Dongbo não teria entre as suas operações a possibilidade de receber depósitos.
João Luz Manchete SociedadeMP | Burlões que desfalcaram 30 residentes em liberdade Dois suspeitos de terem orquestrado uma burla que vitimizou 30 residentes, em quase 50 milhões de patacas, vão aguardar julgamento em liberdade. O Ministério Público confirmou ontem que os arguidos tiveram de prestar caução e vão ficar sujeitos a apresentação periódica e proibição de ausência da RAEM. Se forem condenados, arriscam uma pena de 10 anos de prisão O Ministério Público confirmou ontem que foram aplicadas a dois arguidos suspeitos de burla “as medidas de coacção de prestação de caução, apresentação periódica e proibição de ausência da RAEM”, o que implica que fiquem em liberdade até serem julgados. O caso em questão foi revelado no final do mês passado e culminou com a detenção nos dias 17 e 18 de Maio de um homem e uma mulher, suspeitos de terem montado um esquema fraudulento de investimento entre 2017 e Março de 2021. Os arguidos são suspeitos de envolvimento numa rede fraudulenta que terá desfalcado mais de 30 pessoas num total de quase 49 milhões de dólares de Hong Kong, através de uma loja que funcionava no NAPE como sede de uma empresa de captação de investimentos. O esquema passava pela criação de várias empresas offshore com nomes semelhantes a empresas conhecidas de Hong Kong, com o intuito de convencer as vítimas a comprar as acções com aliciantes margens de lucro. O MP revelou que as medidas de coacção aplicadas pelo Juiz de Instrução Criminal tiveram em conta a “natureza dos crimes, o modus operandi e o grau de gravidade da culpa”. Uma década à sombra O MP declarou que, feita a investigação preliminar, os dois arguidos foram indiciados pela prática do crime de burla e do crime de burla de valor consideravelmente elevado, podendo ser punidos com pena de prisão até 10 anos. As autoridades concluíram que os arguidos operaram “em conluio com outros fugitivos”, motivo pelo qual “o MP irá continuar as respectivas diligências de investigação”. O MP indicou ainda que “nos últimos anos, têm ocorrido frequentemente casos em que se utilizam lucros elevados e outros incentivos para a prática de burla”, apelando “aos cidadãos para manterem a precaução”. As autoridades sublinham que quem suspeita de ter sido burlado “deve denunciar o facto à polícia ou ao Ministério Público com a maior brevidade possível”.
Hoje Macau SociedadeBurla | Detidos por suspeita de desfalque de 50 milhões A vontade de lucrar na bolsa de valores de Hong Kong levou cerca de três dezenas de residentes de Macau a serem burlados em 48,883 milhões de dólares de Hong Kong. O caso culminou a com detenção nos dias 17 e 18 de Maio de um homem e uma mulher, suspeitos de terem montado um esquema fraudulento de investimento entre 2017 e Março de 2021. Segundo o jornal Ou Mun, os suspeitos criaram várias empresas offshore com nomes semelhantes a empresas conhecidas de Hong Kong, convencendo as vítimas a comprar as acções com aliciantes margens de lucro. As vítimas terão idades entre os 27 e 68 anos, com as perdas a variarem entre 40 mil dólares de Hong Kong e 29 milhões de dólares de Hong Kong. A Polícia Judiciária (PJ) começou a receber denúncias em Janeiro do ano passado e a investigação levou as autoridades a uma loja no NAPE, onde a alegada empresa de investimento teria escritório. A polícia de Hong Kong está a procurar o paradeiro de possíveis cúmplices.
João Luz Manchete Sociedade“Agente” de troca de dinheiro detido por agressão e roubo A Polícia Judiciária revelou ontem um caso criminal caricato, que levou à detenção de um homem que prometeu “trabalho” a residentes do Interior dispostos a trocar ilegalmente dinheiro nos casinos. O caso acabou ao soco e com o “angariador” detido pelas autoridades Alguns casos relatados pela Polícia Judiciária (PJ) de Macau poderiam servir de inspiração para um filme, ou mesmo sketches de comédia. Um dos casos relevados ontem é exemplo da fronteira esbarrada entre a realidade de Macau e o mundo da ficção. Tudo começou com um anúncio em vídeo publicado numa rede social chinesa onde se publicitavam vagas de “trabalho” no aliciante sector da troca ilegal de dinheiro em casinos do território. Atraídos pelas promessas de ganhos diários entre os 2.000 e os 3.000 renminbis, três amigos oriundos do Interior da China contactaram o homem que partilhou a informação e passado pouco tempo rumaram a Macau para começar uma vida nova. Segundo as autoridades, na passada quarta-feira, os três homens encontraram-se com o “angariador” num quarto de hotel do ZAPE, que lhes pediu comissões para meterem mãos à obra e trocar dinheiro clandestinamente a jogadores. Face à proposta, os homens pagaram, entre 8.000 e 10.000 renminbis cada um. Tratada esta “formalidade”, no mesmo dia, o “agente” levou o trio de novos recrutas para um casino no ZAPE para trocar dinheiro. As autoridades não explicaram o que motivou a detecção dos suspeitos, mas a equipa de segurança do casino acabou por descobri-los e expulsá-los da área de jogo. A vida é dura Passados três dias, no sábado, os novos recrutas, insatisfeitos com os ganhos a trocar ilegalmente dinheiro, tentaram voltar atrás e pedir ao “angariador” as dezenas de milhar de renminbis que haviam pago, como versão criminal de uma caução ou depósito. Foi com esse intuito que se dirigiram de novo, por volta das 18h de sábado, ao quarto de hotel onde o suspeito estava alojado. Depois de uma acesa troca de palavras, e sem vislumbrar a devolução do dinheiro, um dos “lesados” ameaçou ligar para a polícia, apesar de a sua insatisfação laboral corresponder a um crime. Face à ameaça, o “angariador” desferiu um soco no rosto do homem, e roubou-lhe o telemóvel. A agressão e o roubo foram a gota que fez transbordar o copo na paciência dos três homens que já se sentiam burlados. As autoridades não revelaram quem apresentou a queixa, mas o facto é que passadas duas horas o suspeito de roubo foi detido ainda na mesma zona do ZAPE. Tinha o telemóvel subtraído em sua posse. O “angariador”, de 37 anos, é cidadão chinês e suspeito da prática do crime de roubo, que pode ser punido com pena entre 1 e 8 anos de prisão. Se a justiça considerar que o suspeito infligiu ofensa grave à integridade física, a moldura penal pode ficar entre 3 a 15 anos de prisão. O caso foi encaminhado para o Ministério Público.
Hoje Macau SociedadeBurla | Perde 42 mil patacas em chamada telefónica Um aluno universitário foi vítima de uma burla telefónica e perdeu 42 mil patacas, de acordo com a informação divulgada ontem pela Polícia Judiciária (PJ). Segundo o relato, citado pela Rádio Macau, o estudante de 20 anos recebeu uma chamada de um alegado funcionário de uma empresa de correio rápido. Durante a conversa, foi informado que a encomenda que tinha enviado para o Interior continha artigos proibidos, pelo que violava a lei. Poucos depois da primeira conversa, a chamada foi transferida para alguém que se fez passar pela polícia da cidade Fuzhou, na província de Fujian. Do outro lado da linha, o estudante ouviu um alegado agente pedir-lhe que se deslocasse ao Interior, para prestar depoimento. Dado que o aluno precisava de assistir às aulas, e não se podia deslocar ao Interior, o “agente” explicou que era preciso pagar uma caução de 19 mil patacas, para se poderem utilizar meios electrónicos de depoimento. Sem dinheiro, o aluno foi convencido pelo burlão a empenhar as joias de jade e de ouro da mãe e utilizou o dinheiro para fazer a transferência bancária para o falso polícia. Só depois de contar o sucedido à mãe é que percebeu que tinha sido burlado e apresentou queixa.
Hoje Macau SociedadeSuspeitos de burla aguardam julgamento em prisão preventiva Quatro suspeitos de burla, que alegadamente se fizeram passar por agentes policiais, vão aguardar julgamento em prisão preventiva. A informação foi divulgada na sexta-feira pelo Ministério Público (MP), através de um comunicado. De acordo com as informações apresentadas, os quatro são “suspeitos de prestar apoio a um grupo criminoso transfronteiriço, instalando equipamentos de comunicação em rede em Macau” que permitiram aos criminosos passarem-se por “por funcionários de serviços públicos, polícia, Ministério Público, tribunais e fornecedores de telecomunicações”. A mesma fonte aponta que um dos detidos é suspeito de ser um dos membros do grupo principal criminoso que terá burlado 45 pessoas num valor aproximado de 24 milhões de patacas. Os quatro indivíduos estão indiciados pela prática dos crimes de “utilização de dispositivo informático para simular estação de serviços de telecomunicações móveis”, punido com uma pena que pode chegar aos cinco anos de prisão, “crime de burla informática” (pena de prisão que pode chegar a 10 anos), “branqueamento de capitais” (até oito anos de prisão) e ainda de “burla e de burla de valor consideravelmente elevado” (até 10 anos de prisão). O suspeito de fazer parte de uma associação criminosa enfrenta ainda a acusação de crime de associação criminosa, que acarreta uma pena que pode chegar a 10 anos de prisão. Vender a bexiga Além dos quatro detidos por burlas telefónicas, foram igualmente detidas outras duas pessoas que as autoridades suspeitam estarem envolvidas em burlas com a venda de bexiga de peixe (ictiocolas) ao que o Ministério Público admite serem “lojas de comércio paralelo” e “indivíduos que exercem actividades de comércio paralelo”. Além de ser comestível, a bexiga de peixe pode ter vários usos, inclusive na cerveja, para lhe dar uma cor mais clara. Segundo o MP, os dois indivíduos apresentaram as ictiocolas como sendo um produto de luxo aos interessados, quando na realidade eram um produto sem grande valor. Estes dois arguidos ficam a aguardar julgamento em liberdade. Os dois sujeitos estão indiciados pelos crimes de burla. De acordo com o MP, entre Janeiro de 2022 e Abril de 2023, foram autuados 2015 inquéritos e deduzidas 508 acusações pela prática do crime de burla.
João Luz SociedadePJ | Alerta em português para burla com três dias de atraso “A Semana Dourada está a aproximar-se, cuidado com o esquema de pacote de comida e acomodação.” O alerta da Polícia Judiciária (PJ) para um tipo de burla em que é simulada a venda de produtos turísticos durante os feriados de Maio foi emitida ontem em português, o último dia da Semana Dourada, depois de ter sido divulgado em chinês e inglês no dia 29 de Abril, em antecipação do período. A PJ indicou que o esquema envolve a criação de várias “páginas falsas nas redes sociais de uma determinada agência de viagens” que publicava anúncios fraudulentos de oferta de comida e quartos de hotel a preço de desconto. O objectivo dos burlões seria aceder aos dados de cartões de crédito das vítimas ludibriadas pelos falsos descontos. Além deste esquema, as autoridades lançaram outro alerta para sensibilizar a população para burlas com vendas online. Nos últimos dias, foram emitidas de forma aleatória mensagens para cidadãos alegando que estava prestes a expirar a validade de pontos de bónus, induzindo as vítimas a entrarem no link onde para aceder à conta da loja online teriam de carregar os seus dados pessoais e pagar uma quantia adicional aceder aos pontos.
Hoje Macau SociedadeCrime | Mulheres burladas em 19 mil yuan Duas mulheres foram burladas em cerca de 19 mil yuan, quando tentaram comprar dois bilhetes para concertos em Hong Kong. Os casos foram anunciados ontem pela Polícia Judiciária e aconteceram nos dias 24 e 25 de Abril. A primeira vítima acedeu a uma aplicação online no dia 24 de Abril e aceitou pagar 15,6 mil de renminbis por dois bilhetes. No entanto, depois de fazer o pagamento a aplicação apresentou sempre a mensagem de “erro de operação”, levando a vítima a suspeitar de que teria sido enganada. No segundo caso, outra mulher pensava que estava a comprar dois bilhetes a outra pessoa, que mais tarde os enviaria para Macau. Porém, depois de fazer o pagamento de 2,9 mil yuan percebeu-se que o envio nunca foi feito, nem que havia intenção de fazê-lo. Os dois casos estão sob investigação.
João Santos Filipe Manchete SociedadeCrime | Enganada por burlão que se passou por polícia do Interior Apesar de “só” ter perdido 174 mil dólares de Hong Kong, a vítima tentou vender um imóvel em Macau para “financiar” a investigação do alegado da polícia do Interior. A mulher chegou a equacionar vender uma casa para entregar dinheiro aos burlões Uma mulher com 60 anos foi burlada em 174 mil dólares de Hong Kong, depois de ter sido enganada por, pelo menos, duas pessoas, que se fizeram passar por um funcionário de uma empresa especializada no envio de correio e um agente da polícia do Interior. Segundo a Polícia Judiciária, citada pelo Ou Mun, o caso aconteceu a 26 de Março. Num primeiro momento, a mulher recebeu uma chamada de um alegado trabalhador de uma empresa especializada no envio de correio do Interior da China para Macau. A conversa serviu para que o burlão informasse a vítima que estava a ser acusada de ter enviado uma encomenda de correio para o Interior que continha o passaporte de outra pessoa e uma grande quantia de dinheiro. O suspeito acrescentou ainda que o dinheiro tinha sido enviado para o Interior ao abrigo de um esquema de lavagem de capitais. Como a mulher negou qualquer envolvimento com a “encomenda”, a chamada telefónica foi transferida para outra pessoa, que se apresentou com agente de uma polícia chinesa. O agente “já foste” Face à perspectiva de ter problemas legais com as autoridades do Interior, a mulher concordou imediatamente em realizar uma videochamada com o alegado agente. A conversa serviu para responder a várias perguntas e fornecer os dados da sua conta bancária. De acordo com o relato, o “agente” explicou à vítima que estava a ser investigada por ter enviado 2 milhões de renminbis para o Interior para serem lavados, com o passaporte de outra pessoa. No entanto, como o agente reconhecia que a vítima negava qualquer envolvimento, concordou em “aprofundar a investigação” para ilibar a mulher. Contudo, com a desculpa da complexa burocracia do sistema de investigação no Interior, o “agente” pediu à vítima para adiantar 174 mil dólares de Hong Kong, que seriam utilizados para financiar a investigação. Após a conclusão da investigação, o agente prometeu que o dinheiro seria devolvido na íntegra. Num segundo momento, a vítima admitiu que era proprietária de um imóvel em Macau avaliado em 6 milhões de dólares de Hong Kong. Face a esta informação, o “agente” pediu-lhe que vendesse o imóvel, para pagar as investigações. No entanto, como o imóvel era ainda propriedade de outra pessoa, que recusou a venda, a mulher não conseguiu o dinheiro. Foi também nessa altura que a vítima desconfiou de que teria sido burlada e decidiu apresentar queixa.
Hoje Macau SociedadePJ | Burlão faz-se passar agente e “prende” família nos quartos Uma mãe e filha foram burladas em cerca 12 mil patacas, depois de terem recebido uma chamada de um burlão que se fez passar por agente da Polícia Judiciária (PJ). O caso foi relatado ontem pelas autoridades e citado no portal do jornal Ou Mun. Segundo o relato, a mãe, residente local, recebeu uma chamada sempre em mandarim de alguém que se fez passar por agente da PJ. O suposto agente informou também a mulher de que estava a ser “investigada” no Interior, porque o seu número de telefone aparecia associado a actividades de jogo ilegal e envio de mensagens para burlas. O suposto agente pediu assim à mulher que instalasse uma aplicação no telemóvel, para auxiliar nas investigações. No entanto, a mulher não conseguiu proceder à instalação do software, e pediu auxílio à filha. Com o programa instalado, o alegado agente pediu depois às duas mulheres para irem para quartos separados da casa, o que elas fizeram. Durante esse período, as duas foram informadas que estavam impedidas de manter contacto com os exterio, ao mesmo tempo que lhes foram pedidas informações sobre os respectivos cartões de crédito, que foram fornecidas. Nessa altura, e depois de lhe ser pedido um depósito de 26 mil patacas, a mãe sentiu-se enganada, e pediu à filha que também desligasse o telefone. Quando as duas verificaram as respectivas contas bancárias, aperceberam-se que cerca de 12 mil patacas tinham sido transferidas.
João Luz Manchete SociedadeCrime | Idoso português burla mulher em 1,8 milhões Uma residente foi burlada ao longo de dois anos, seduzida pela promessa de riquezas feita por um cidadão português de 74 anos. Depois de dar sinais de levar uma vida de opulência, o homem propôs um negócio de venda de relógios de luxo, que acabaria por desfalcar a vítima em 1,78 milhões de dólares de Hong Kong Uma vida fácil de abundância e luxos quotidianos. Foi esta a expectativa que um cidadão português transmitiu a uma residente no dia em que se conheceram, em Novembro de 2018, num restaurante de yum cha na zona central da península de Macau. A aparência do indivíduo, ostentando marcas luxuosas e relógios caros, passou a ser a imagem transmitida à vítima em encontros posteriores. O português, de 74 anos de idade, vangloriava-se da vida de luxo e riqueza que levava na Tailândia, imagem que seria determinante para o golpe que já estava em acção e que culminou com a sua detenção na passada quinta-feira, depois de aterrar no Aeroporto Internacional de Macau. Segundo informações veiculadas pela Polícia Judiciária, o suspeito terá alegadamente convencido a vítima a participar num esquema de venda de relógios de luxo. Sob o pretexto de pagar portes de envio, despesas alfandegárias e de transporte, a vítima começou a fazer transferências de dinheiro para uma conta bancária num banco tailandês. Mais tarde, o suspeito alegou estar retido em Guangzhou devido às restrições resultantes do combate à pandemia na cidade, motivo pelo qual precisava de dinheiro para cobrir as despesas do dia-a-dia, até conseguir regressar à Tailândia. Milhões invisíveis Convencida de que estaria a ajudar um homem abastado, entre Novembro de 2019 e Junho de 2021, a residente, com idade na casa dos 50 anos, fez 55 transferências bancárias para a conta do suspeito, num total de 1,78 milhões de dólares de Hong Kong. Além da promessa de enviar artigos de relojoaria de luxo, nas comunicações via WeChat o suspeito convenceu a vítima de que teria ganho um prémio avultado numa lotaria e recebido dividendos de investimentos, razões que levaram a residente a confiar que seria ressarcida das despesas feitas. A meio de Junho de 2021, sem reembolso das despesas pagas e sem os relógios prometidos, a residente finalmente apercebeu-se de que teria sido vítima de uma burla e apresentou queixa às autoridades. Depois de ser detido, na passada quinta-feira, a PJ indicou que o suspeito admitiu os crimes praticados e que terá gasto o dinheiro transferido pela residente com despesas do quotidiano na Tailândia. O suspeito, um reformado de apelido Lei, detentor de passaporte português, terá nascido em Macau, fala fluentemente cantonês, mas não tem título de residente da RAEM. O caso foi enviado para o Ministério Público e o indivíduo é suspeito da prática do crime de burla, que devido ao prejuízo patrimonial de valor consideravelmente elevado pode resultar na pena de prisão de dois a 10 anos.
João Luz SociedadePJ | Alerta para novo tipo de fraude telefónica A Polícia Judiciária (PJ) lançou ontem mais um alerta depois de ter recebido “várias denúncias sobre chamadas telefónicas de origem desconhecida”. Segundo as autoridades, a táctica dos burlões passaria por afirmar que um familiar da vítima “teve um conflito com alguém (por causa de problema passional, de agressão ou de acidente de viação)”, para depois pedir dinheiro “para resolver o tal assunto”. Apesar da armadilha montada pelos burlões, a PJ afirma que as potenciais vítimas que apresentaram queixa “conseguiram contactar os respectivos familiares e esclarecer a situação, descobrindo que tinham sido vítimas de uma tentativa de fraude”. Assim sendo, a polícia alerta a população para que recuse proceder a transferências bancárias ou entrega de remessas de dinheiro e desligar a chamada telefónica quando do outro lado alguém afirmar que um “familiar está envolvido em qualquer conflito, a ser sequestrado, agredido ou detido”. Além de recomendar a não revelação de dados pessoais, a PJ apela a quem receber estas chamadas para contactar as autoridades.
João Luz SociedadeEuropa | MNE alerta estudantes para sequestros falsos O Comissariado do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) da China na RAEM emitiu ontem um alerta a apelar a residentes de Macau que estudem no estrangeiro, em particular na Europa, para terem cuidado com esquemas de “falsos sequestros”. Este tipo de crime costuma envolver o contacto telefónico de alguém que se faz passar agentes das autoridades do Interior da China ou da Interpol que acabavam por convencer as vítimas a filmar um vídeo onde fingem pedir um resgate por terem sido sequestrados. Apesar de estarem em segurança, os jovens acedem ao pedido e os burlões usam o vídeo para extorquir dinheiro a familiares e amigos das vítimas. Uma situação semelhante aconteceu a um jovem de Macau “há alguns dias”, segundo relato o comissariado. “Os criminosos abusam das características dos estudantes estrangeiros que acabaram de chegar e que não estão profundamente envolvidos no mundo, fingindo serem agentes da autoridade (…) para ameaçar, intimidar, extorquir” os jovens. Por esta razão, o comissariado destaca que os alunos devem proteger bem os dados importantes, tal como o passaporte, número de telemóvel, conta bancária e a palavra-passe e ter cuidado com chamadas de pessoas que alegam estar envolvidas em investigações policiais. Se forem contactados, o MNE sugere a denúncia à polícia, às entidades consulares e, em caso de necessidade, pedir ajuda ao Centro de Antifraude de Internet de Telecomunicações da China.
Hoje Macau SociedadePJ | Mulher burlada em 65 mil patacas Uma mulher de 30 anos queixou-se à Polícia Judiciária (PJ) de ter sido burlada online em 65 mil patacas. De acordo com a versão citada pelo jornal Ou Mun, a trabalhadora, apresentada como estrangeira, conheceu online em Dezembro do ano passado alguém que se apresentou como empresário. Depois de algumas semanas de conversa, a mulher começou a considerar que estava numa relação amorosa. Foi nessa condição, que o indivíduo lhe pediu ajuda, afirmando que estava na Turquia a fazer um negócio e que as suas contas tinham sido congeladas. Para contornar a situação, a mulher tinha de fazer várias transferências bancárias, que foi fazendo, até chegar ao valor de 65 mil patacas. Como após os vários pagamentos, o dinheiro nunca mais ficou disponível, e o homem continuou a pedir mais transferências, até que a mulher desconfiou que tinha sido burlada e apresentou queixa às autoridades.