Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Rui Valente prepara regresso ao Circuito da Guia Depois de um ano em que não conseguiu cumprir os mínimos para correr na Taça de Carros de Turismo de Macau, Rui Valente regressou em grande ao garantir o apuramento para o mais importante evento desportivo do território [dropcap]H[/dropcap]á doze meses Rui Valente até tinha razões para celebrar, pois cumpria o feito notável de alcançar trinta anos de carreira no automobilismo. No entanto, desportivamente, a vida não lhe sorria. Devido a diversos problemas com o seu Mini, o mais antigo piloto português em actividade em Macau não conseguiu o apuramento para a Taça de Carros de Turismo de Macau e, na altura, nem tinha a certeza que iria regressar ao Circuito da Guia. Doze meses passaram e a conjuntura inverteu-se. Este ano o apuramento correu de feição e ficou resolvido logo no primeiro Festival de Corridas de Macau, realizado no Circuito Internacional de Guangdong, nos arredores da cidade continental chinesa de Zhaoqing. O segundo Festival de Corridas de Macau não foi tão profícuo em termos de resultados, mas as performances obtidas em pista foram entusiasmantes. “O carro nunca esteve tão forte como no fim-de-semana de Junho”, explicou Rui Valente ao HM. Graças a um “motor novo, com mais potência que o anterior”, o Mini Cooper S passou a andar “tanto como os carros da frente”, ao ponto de, na segunda corrida do segundo confronto, “estar em terceiro lugar”. Infelizmente, o destino quis outra coisa e “quando a seis voltas do fim o fusível da bomba de gasolina desligou-se automaticamente, devido ao excesso de aquecimento, e o carro parou”. O problema já tinha ocorrido na corrida anterior. A bomba foi nova para a segunda corrida, mas o problema manteve-se. Sem mais nenhuma corrida prevista para o Mini até Novembro, apenas umas corridas de resistência com o Honda DC5 para manter a forma, Rui Valente vai focar-se na preparação para a corrida mais importante do ano realizando vários testes. Já a pensar no GP Ainda faltam quatro meses para o Grande Prémio, mas não há tempo a perder, porque o Mini ainda vai receber algumas actualizações técnicas antes do ansiado evento final de temporada. Na prova, dentro da Corrida da Taça de Carros de Turismo de Macau, para os carros da categoria “1600cc turbo”, é consabido que os Mini Cooper S e os Ford Focus têm dificuldade em acompanhar em velocidade de ponta os Peugeot RCZ, principalmente aqueles preparados pela Suncity Racing Team, e os Chevrolet Cruze da Son Veng Racing Team. Por isso mesmo, não é por acaso que “vou melhorar a aerodinâmica do carro para ter mais velocidade na recta em Macau”, explica Rui Valente. “A ver se assim aproximamos mais dos Peugeot RCZ da Suncity Racing Team”, refere Rui Valente que tem os vencedores do MTCS como bitola. “O carro está espectacular”, afirma convicto o veterano piloto do território, mas na teoria “não tenho carro para ganhar aos RCZ, mas em corrida nunca se sabe…”. Com uma preparação de acordo com o orçamento muito superior ao da concorrência, os carros da equipa de Hong Kong são naturalmente os favoritos ao triunfo, todavia, ainda está na memória de todos, quando em 2017 o São Pedro alagou o Circuito da Guia e, contra as previsões, foi Jerónimo Badaraco quem saiu vitorioso.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Equipas japonesas ficam de fora do GP Macau F3 A adopção dos mais modernos monolugares do Campeonato FIA de Fórmula 3 por parte da Taça do Mundo FIA de Fórmula 3 do 66º Grande Prémio de Macau deixou os japoneses desconsolados. A prova revestia-se de capital importância para as equipas de Fórmula 3 do “país do sol nascente” e agora deixou forçosamente de o ser [dropcap]K[/dropcap]eisuke Kunimoto, o último piloto japonês a vencer a prova de Fórmula 3 do Circuito da Guia, em 2008, logo após a corrida durante a qual superou Edoardo Mortara no sprint final rumo à vitória, exprimia ao HM a sua felicidade pelo êxito obtido, pois “tem um especial significado de vencer aqui”, isto porque “esta corrida tem um impacto muito grande no Japão. É a única oportunidade de enfrentar os melhores pilotos e equipas da Europa em terreno neutro e numa pista espectacular.” Pelo número de jornalistas que se desloca à RAEM naquele fim-de-semana de Novembro, não é difícil perceber que o Grande Prémio de Macau é o evento de automobilismo do continente asiático que goza de maior protagonismo no Japão, excluindo os Grande Prémios de Fórmula 1. Hoje, é com imensa tristeza que as equipas de Fórmula 3 nipónicas se vêm privadas da tradicional romaria de fim de ano a Macau. “Acreditamos que a maior parte das nossas equipas partilham do mesmo sentimento que nós – estamos extremamente desapontados com o anúncio recente [de Macau],” diz Susumu Koumi, responsável da equipa TOM’S, cuja equipa venceu o Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 mais vezes que qualquer outro adversário. “O nosso chefe engenheiro, Jun Yamada, disse-me: ‘Que pena – um evento histórico e uma corrida tão importante para nós’.” Caso perdido A federação japonesa terá desde a primeira hora se oposto em Paris a este novo conceito da FIA para a F3, em que os carros têm um chassis e um motor de uma única marca, o que limita a área de intervenção das equipas e respectivos engenheiros, restringindo também a diversidade técnica e tecnológica. A disciplina nasceu nos anos 1950 com um espírito completamente antagónico ao caminho que a federação internacional decidiu agora traçar, que deixa de fora de uma assentada pequenos construtores de monolugares, empresas de engenharia, fornecedores de componentes técnicos e até construtores automóveis. Como o organizador do Campeonato FIA de Fórmula 3 tem o exclusivo dos direitos comerciais sobre os carros, ninguém os pode adquirir, aparte das dez equipas que têm a licença para competir no campeonato a tempo inteiro. Como este caminho traçado pela federação internacional está trancado com contratos plurianuais, não haverá forma de as equipas japonesas regressarem a curto trecho àquele que era a sua favorita arena de final de temporada.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Riscos de velocidades máximas da F3 dividem opiniões A confirmação do uso da última geração de monolugares na Taça do Mundo FIA de Fórmula 3 do 66º Grande Prémio de Macau, a que se seguiu o anúncio que a Federação Internacional do Automóvel (FIA) se prepara para mexer em alguns pontos estratégicos do Circuito da Guia a nível da segurança, atiçou novamente a conversa sobre as velocidades que estes pequenos carros de corrida irão atingir [dropcap]O[/dropcap]s novos carros têm um sistema DRS, a sigla inglesa para o sistema de redução de arrasto. Este sistema é visto na Fórmula 1 desde 2011 e existe com o propósito de facilitar ultrapassagens, através da redução do arrasto aerodinâmico durante um curto espaço de tempo e numa zona particular da pista. Pela primeira vez este ano, o regulamento do Grande Prémio de Macau de F3 abre a porta para o uso deste equipamento que tornará os carros ainda mais rápidos, em velocidade de ponta, apesar da FIA não ter ainda comunicado como e se este sistema será mesmo utilizado. O vencedor do ano passado, Dan Ticktum, sem beneficiar do cone de aspiração, foi cronometrado a 267km/h antes da travagem para a Curva do Lisboa. Os F3 actuais atingem velocidades de cerca de 280km/h nos circuitos convencionais, tendo superado a barreira dos 300km/h em Monza. O anterior monolugar pesava cerca de 580kg, menos cento e dez quilogramas que o actual, o que, para quem entender as leis da física, dá um momento linear superior em 33,7 por cento. O brutal acidente de Sophia Flörsch o ano passado continua bem presente em todos intervenientes. Frits van Amersfoort, o chefe da equipa por quem Flörsch conduziu em 2018, lembrou, em entrevista à revista inglesa Autosport, que “Barry Bland [ex-co-coordenador do Grande Prémio de Macau de F3] introduziu os carros de F3 em Macau em 1983. Na altura, era uma excelente ideia, mas não nos podemos esquecer que esses primeiros carros de F3 tinham restritores de ar de 24 milímetros e 190 cavalos de potência. Agora vão correr com mais de 300 cavalos. Será sensato fazê-lo?” Trevor Carlin, co-proprietário da equipa Carlin, a equipa por quem o português António Félix da Costa venceu o Grande Prémio, partilha o mesmo desassossego, como revelou à publicação britânica. “Estou ligeiramente preocupado com as velocidades, porque a velocidade máxima irá ser imensa”, afirmou o inglês, que acrescentou que “pelo que ouvi, eles (a FIA) fizeram simulações e dizem que está tudo bem. Mas claro, eles obviamente nunca estiveram ao pé do Mandarim ou do Lisboa.” Pilotos tranquilos Curiosamente, ao contrário da chefe de equipa, os pilotos estão mais tranquilos. Questionado sobre a perigosidade do Circuito da Guia numa sessão de perguntas e respostas com os fãs que antecedeu a ronda britânica do Campeonato FIA de Fórmula 3, no passado fim-de-semana, Jack Hughes, piloto que terminou em quarto lugar na pretérita edição da corrida, garantiu que “pessoalmente não acho que seja mais perigoso. Macau é perigoso, ponto final. É e sempre há-de ser. Eu não penso que a FIA vá tirar esse factor.” Para o piloto inglês, conhecedor como poucos das diferenças entre as duas gerações de carros, “as velocidades não serão assim tão mais elevadas com o novo chassis Dallara. Com o carro anterior já eram de 270km/h. Não será uma diferença enorme, apenas na primeira curva. Na montanha as velocidades atingidas não serão muito diferentes.” O jovem piloto de Macau Leong Hon Chio, que continua a trabalhar para fazer parte do lote restrito de 30 pilotos que correrão na edição deste ano da prova e que se estreou na categoria o ano transacto, em declarações ao HM, diz que “não acredita” que haja uma escalada dos riscos e reconhece que, em princípio, “estará tudo bem”. Para o piloto da RAEM, se os “Fórmula 1 correm no Mónaco, os novos F3 devem ser bons em Macau.”
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Pilotos lusófonos dão boa conta de si [dropcap]O[/dropcap] período festivo da “Semana Dourada” do 1º de Maio foi bastante agitado para os pilotos lusófonos de automobilismo de Macau, com André Couto, Filipe Souza e Rui Valente a competirem em diferentes palcos. Couto regressou ao Japão para a segunda prova da temporada de 2019 do campeonato nipónico Super GT para disputar os “500 km de Fuji”. Depois do início de época em Abril, numa corrida encurtada no circuito de Okayama, em que ficou no 16º lugar, Couto e todo o pelotão do campeonato viram-se novamente a braços com condições climatéricas desfavoráveis na pista localizada nos arredores do icónico Monte Fuji. A forte chuva obrigou mesmo a que a corrida realizada na tarde de sábado fosse momentaneamente interrompida. O Lamborghini Huracan GT3 do piloto português arrancou do 19º lugar da grelha de partida, entre os concorrentes da categoria GT300, e foi dos últimos carros da classe a realizar a primeira paragem nas boxes. Esta estratégia arrojada de manter Couto ao volante do carro italiano nº87 da equipa JLOC o maior tempo possível, resultou na medida que o Huracan GT3 vermelho rodou dentro dos lugares pontuáveis na classe nos turnos dos pilotos nipónicos Tsubasa Takahashi e Kiyoto Fujinami. Contudo, já nas voltas finais da corrida, este acabaria por cair para o 11º lugar, a primeira posição fora dos pontos. Couto voltará ao Japão para a terceira jornada da temporada no último fim-de-semana de Maio, mas já esta semana viaja até à Tailândia para participar na segunda prova do campeonato Blancpain GT World Challenge Asia no traçado de Buriram. Souza faz pódio em Zhuhai Filipe Clemente Souza aproveitou o regresso este fim-de-semana do campeonato TCR Asia Series ao Circuito Internacional de Zhuhai para conduzir novamente o Audi RS3 LMS TCR que tripulou no passado mês de Novembro no Circuito da Guia. Numa jornada que era também pontuável para o campeonato TCR China, Souza esteve em destaque ao conquistar o quarto lugar à geral na corrida disputada na tarde da pretérita sexta-feira, o que lhe valeu um lugar no pódio entre os participantes do campeonato chinês. Na corrida de sábado, o experiente piloto macaense foi um dos vários desafortunados traídos pelas condições escorregadias da pista, tendo abandonado numa das escapatórias do circuito permanente da cidade chinesa adjacente a Macau. Souza não foi o único piloto da RAEM em pista, tendo Alex Liu Lic Ka, em Cupra TCR, completado a segunda corrida no nono posto. E Valente faz o mesmo em Zhaoqing Ainda no Sul da China, nas redondezas da cidade de Zhaoqing, para ganhar ritmo de competição para a mini-temporada que aí vem do Campeonato de Macau de Carros de Turismo (MTCS), Rui Valente participou na corrida de resistência de uma hora no Circuito Internacional de Guangdong. Correndo a solo e com o seu inseparável Honda Integra DC5 (N2000), o veterano piloto português terminou na segunda posição da geral, a uma volta do carro vencedor, um mais potente e moderno Volkswagen Golf TCR, conduzido pelos pilotos chineses do território Ng Kin Veng e Ip Tak Meng.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Piloto brasileiro à conquista da Ásia [dropcap]O[/dropcap] Brasil goza de uma enorme tradição no desporto motorizado. Apelidos como Senna, Piquet ou Fittipaldi vão muito para além da esfera do próprio desporto. Não é estranho ver a bandeira brasileira nos autódromos por este mundo fora, mas curiosamente, essa presença neste ponto do globo é praticamente escassa e só não é nula porque um jovem, que um dia ficou conhecido na sua terra Natal por vender porta a porta cupões do seu patrocinador para ajudar a financiar a sua temporada desportiva, decidiu regressar aonde já foi feliz. Bruno Carneiro, de 19 anos, decidiu apostar no continente asiático para prosseguir a sua carreira no automobilismo. Residente em Utah, nos EUA, Bruno Carneiro até nem é um novato nestas paragens. Em 2016 tornou-se o primeiro e único piloto brasileiro a vencer um campeonato de automobilismo na China. A aventura asiática começou em 2015. “Os novos donos da pista Utah viram o meu sucesso, ao ter sido o campeão regional de monolugares em Utah, e convidaram-me para fazer a última etapa do Campeonato FIA da China de Fórmula 4 em Zhuhai. Depois de um pódio no meu primeiro fim-de-semana, viram que tinha potencial para vencer o campeonato e voltei para a temporada de 2016. Acabamos vencendo o campeonato”, explica o jovem natural de São Paulo. Depois de ter passado pelo Campeonato Japonês de Fórmula 3, onde terminou em 11º lugar em 2017, Bruno Carneiro fez apenas o primeiro evento de 2018 do mesmo campeonato, não tendo conseguido reunir os apoios necessários para continuar a competir no país do sol nascente. Contudo, as relações que soube fomentar no sudeste asiático abriram-lhe novamente as portas para o continente. “Graças às amizades e conexões que fui criando surgiu a oportunidade de trabalhar junto com a equipa Asia Racing Team (ART) no Campeonato de Asiático de Fórmula Renault e aqui estou novamente”, afirma o piloto que na prova de abertura de temporada, realizada no passado fim-de-semana no Circuito Internacional de Zhuhai, subiu ao pódio, após ter sido segundo classificado na primeira corrida. Nova oportunidade Sem grandes alternativas para prosseguir a sua carreira nos EUA ou de regressar ao Japão por agora, o jovem brasileiro encontrou na equipa fundada em Macau em 2003 uma nova oportunidade para relançar a sua carreira. “Acho que correr no asiático de Fórmula Renault pode trazer-me muitas e novas oportunidades, ainda para mais junto com uma equipa que nem a ART, que tem muito sucesso relacionado”, realça Carneiro que pode ser o terceiro piloto lusófono a ter motivos para celebrar com a equipa por onde passaram os ex-pilotos de F1 Kamui Kobayashi ou Rio Haryanto. O piloto português Rodolfo Ávila, agora ‘Team Manager’ da ART, foi vice-campeão asiático de Fórmula Renault em 2004 e o angolano, também ele residente em Macau, Luís Sá Silva, foi vice-campeão em 2009 defendendo as mesmas cores. Por outro lado, “com um carro tão bom que nem o Fórmula Renault 2.0/13 é fácil mostrar o nosso valor e isso pode abrir portas no futuro, além de fortes resultados serem bons para colocar no currículo”. Sonhar com Macau Como qualquer piloto da sua idade, Bruno Carneiro também sonha um dia correr no Grande Prémio de Macau de Fórmula 3. “Que sonho que é…”, reconhece. “Eu fui visitar a prova em 2016 e assistir à corrida de F3! É incrível e um sonho, sem dúvida.” O objectivo este ano é mesmo tentar vencer o ceptro do asiático de Fórmula Renault, o que lhe poderá servir de rampa de lançamento para voos mais altos, mas, por agora, “vamos ver o que o futuro traz e se realmente aparece a oportunidade de poder correr num lugar tão histórico e incrível como o Circuito da Guia.” E como diria o poeta, o “sonho comanda a vida”…
Sérgio Fonseca DesportoAudi | André Couto com programa asiático [dropcap]E[/dropcap]nquanto aguarda pelo resultado dos testes que fará por estes dias em Okayama e que lhe podem abrir novamente as portas do campeonato nipónico Super GT, André Couto viu terça-feira o seu primeiro programa desportivo para a época 2019 confirmado. O piloto português da RAEM vai conduzir um Audi R8 LMS GT3 Evo na temporada completa do Blancpain GT World Challenge Asia. O anúncio foi feito esta semana pela Audi Sport customer racing Asia, através de um comunicado de imprensa, confirmando o apoio ao Audi inscrito pela equipa chinesa Tianshi Racing Team (TSRT). Nesta nova aventura, Couto irá fazer equipa com David Chen, de 23 anos, na classe Silver-Silver (Prata-Prata). O piloto chinês tem no seu currículo triunfos à classe na Taça Audi R8 LMS e no Asian Le Mans Series, sempre com a equipa TSRT. Para Martin Kuehl, o director da Audi Sport customer racing Asia, “Couto é um profissional com provas dadas e com muita experiência no Audi R8 LMS GT3”. O responsável alemão admite que “é bom ver uma inscrição tão capaz” no campeonato em que a marca de Ingolstadt contará com mais dois R8 LMS GT3 inscritos pela Absolute Racing. Esta não será a estreia de André Couto no Blancpain GT World Challenge Asia, campeonato que o ano passado se designava como Blancpain GT Series Asia. O piloto do território conduziu um dos Bentley Continental GT3 da Phoenix Racing Asia na ronda final de Ningbo do ano passado. Neste programa com a TSRT, Couto irá encontrar o engenheiro português radicado em Zhuhai, Rúben Silva, que o ano transacto o acompanhou no campeonato japonês Super Taikyu Series. Esta dupla tem se encontrado em diversas ocasiões desde que trabalharam juntos pela primeira vez em 2014, quando o piloto de Macau se sagrou vice-campeão da Taça Audi R8 LMS. A competição organizada pela SRO Motorsport Organisation, a entidade co-organizadora da Taça do Mundo FIA de GT do Grande Prémio de Macau, é composta por doze corridas em seis eventos, e arranca no primeiro fim-de-semana de Abril, em Sepang, passando depois pela Tailândia, Japão, Coreia do Sul e República Popular da China. O calendário do Blancpain GT World Challenge Asia só coincide com o do Super GT no fim-de-semana de 3 e 4 de Agosto, com a prova da Coreia do Sul a ser realizada no mesmo fim-de-semana das 500 milhas de Fuji.
João Santos Filipe DesportoGP Macau enviou carta de condolências à FIA pela morte de Charlie Whiting [dropcap]C[/dropcap]harlie Whiting, Director de Corrida do Campeonato do Mundo de Fórmula 1 e Delegado de Segurança da Federação Internacional Automóvel (FIA), morreu ontem devido a uma embolia pulmonar, na Austrália, onde se encontrava para mais um início de temporada da classe rainha do automobilismo. Whiting, de 66 anos, era uma figura muito ligada ao Grande Prémio de Macau, onde desempenhou várias funções, entre elas a de Director de Corrida. Era também uma presença constante nas inspecções ao circuito. A morte apanhou de surpresa o mundo do automobilismo e Macau não passou ao lado das notícias. Fonte da Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau informou o HM que o presidente, Pun Weng Kun, enviou ainda ontem uma carta de condolências à FIA. Em relação à edição deste ano do Grande Prémio de Macau, que se realiza em Novembro, vai ainda ser equacionada uma homenagem. Contudo, uma vez que “ainda faltam vários meses para o evento” não há nenhuma decisão tomada. Além destes actos, a Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau colocou o portal da prova a preto-e-branco e emitiu um comunicado a valorizar o papel de Charlie Whiting para a prova: “Ao longo dos anos os contributos para o Grande Prémio de Macau do Charlie foram imensos. A sua orientação e experiência ajudaram a que o Circuito da Guia e o Grande Prémio de Macau continuassem a cumprir e a exceder os mais elevados padrões desportivos e organizativos. Macau ficará eternamente grata ao Charlie pela sua dedicação, profissionalismo e amizade”, podia ler-se na mensagem. Condolências gerais Além da comissão do Grande Prémio, foram várias as figuras do automobilismo que deixaram mensagens de condolências à família de Charlie Whiting, como o presidente da FIA, Jean Todt, ou os campeões mundiais de Fórmula 1 Lewis Hamilton ou Sebastian Vettel. “Uma figura central e inimitável, que personificava a ética e o espírito da Fórmula 1”, considerou Jean Todt. Por sua vez, Hamilton recordou que Charlie era uma “figura icónica”. Já Vettel considerou que o britânico era a excelente ponte de ligação entre os técnicos e pilotos e que “tinha sempre a porta aberta para receber os pilotos”. Charlie Whiting começou a carreira na Fórmula 1 como mecânico, em 1977. Porém, em 1988 mudou-se para a FIA e assumiu as funções de Delegado Técnico da Fórmula 1, onde continuou a carreira.
Sérgio Fonseca DesportoTaça do Mundo de Fórmula 3 continua em Macau O Conselho Mundial da Federação Internacional do Automóvel (FIA), que teve lugar na pretérita semana em Genebra, confirmou que o 66º Grande Prémio de Macau, a realizar de 14 a 17 de Novembro, vai ser novamente o palco da Taça do Mundo FIA de Fórmula 3. [dropcap]A[/dropcap]comunicação da FIA foi curta e não detalhou em que moldes será disputada este ano a prova que habitualmente encerra o programa de corridas do evento automobilístico da RAEM. Contudo, visto que a FIA só autoriza o uso da designação “Fórmula 3” a campeonatos que cumpram com a última regulamentação do órgão máximo que rege o automobilismo mundial, é expectável que sejam os mais recentes monolugares da disciplina, apenas usados no novo Campeonato FIA de Fórmula 3, a darem corpo à grelha de partida da corrida. A utilização dos novos monolugares de Fórmula 3, construídos pela Dallara e com um motor único fornecido pela Mecachrome, poderá requerer alterações ao Circuito da Guia, principalmente a nível de segurança, alterações essas que poderão ter sido já discutidas superficialmente com a Comissão do Grande Prémio e com a Associação Geral Automóvel Macau-China. Nenhuma das duas entidades ainda se pronunciou oficialmente sobre o assunto. Com uma potência de 380 cv, os novos carros da Fórmula 3 fizeram o primeiro “shakedown” no dia 1 de Março no circuito de Magny-Cours, em França, e segundo apurou o HM, rodaram com o peso mínimo de 692 kg. Para atender aos requisitos actuais do Circuito da Guia (FIA Grau 3), estes monolugares, com a actual potência, teriam que correr com 760 kg, algo que poderá não ser viável, sendo que a subida do Grau do circuito a solução provável para ultrapassar este obstáculo. Com a confirmação da continuidade da Taça do Mundo de Fórmula 3 em Macau, a 66ª edição do Grande Prémio vai voltar a contar com três Taças do Mundo da FIA, pois tanto a Taça do Mundo de GT e uma das provas da Taça do Mundo de Carros de Turismo (WTCR) já tinham sido anteriormente confirmadas. Sophia em análise A FIA também aproveitou também o primeiro Conselho Mundial da 2019 para dar conta dos últimos desenvolvimentos do impressionante acidente de Sophia Floersch no Circuito da Guia. É possível ler no comunicado de imprensa enviado na passada quinta-feira que: “Um relatório na investigação sobre o acidente durante a Taça do Mundo FIA de F3 em Macau, a 18 de Novembro, foi apresentado ao Conselho. As Comissões relevantes vão agora avaliar as conclusões do relatório.” Entretanto, na passada semana, Sophia Floersch voltou ao volante de um Fórmula 3 igual ao que tripulou em Macau num teste particular. Sem sequelas do acidente, a jovem de 18 anos cumpriu mais de 200 voltas ao circuito italiano de Monza e foi a mais rápida em pista.
admin DesportoFórmula E | Sam Bird vence na pista, Mortara na secretaria Final electrizante em Hong Kong, com o piloto inglês da Virgin, Sam Bird, a ser penalizado em cinco segundos após um toque em Andre Lotterer, que comandou grande parte da corrida, deixando-o fora de prova com um furo no seu DS Teecheetah. A vitória acabaria por sorrir a Edoardo Mortara. António Félix da Costa não foi além do 10.º lugar O circuito temporário de Hong Kong ocupa os novos aterros em Central. [dropcap]H[/dropcap]ong Kong recebeu pela terceira vez o campeonato de automobilismo do futuro, com monolugares totalmente eléctricos, organizando a quinta prova da época 2018/2019. Dada a estratégia envolvida, há quem diga que a Fórmula E está mais próxima de uma consola de jogos do que de uma corrida de automóveis tradicional. Mas nesta época, em que foram introduzidos os carros da segunda geração, mais rápidos e com maior autonomia, a emoção e a imprevisibilidade têm durado até à última curva. Foi o que aconteceu este ano no território vizinho. Stoffel Vandoorne (ex-piloto McLaren F1) saiu da pole mas foi surpreendido pelos seus adversários, com Oliver Rowland (Nissan) a assumir o comando, com Bird logo atrás. Mas um acidente envolvendo Filipe Nasr (Dragon Racing) e os dois homens da Mahindra, Jerome d’Ambrosio e Pascal Wehrlein, a equipa com melhor performance até aqui, accionou uma bandeira vermelha e interrompeu a corrida durante 15 minutos. Sam Bird não conseguiu repetir o triunfo de 2018, sofrendo uma penalização de cinco segundos que o relegou para a sexta posição. No reinício, Bird ultrapassa Rowland, que cai para décimo, e Lotterer não perde tempo e repete a operação ao britânico, quando este alarga demasiado a trajectória, ocupando assim o topo da classificação. Num circuito exíguo, construído no porto marítimo junto ao centro financeiro da RAEHK, não há lugar para erros, e Sebastien Buemi, o outro piloto da Nissan e eterno candidato ao título, conseguiu percebê-lo a meio da prova ao destruir uma roda numa das chicanes do percurso, trazendo o safety car de volta para a pista. Vandoorne também parava, continuando a sua série de maus resultados. Até ao fim A prova realiza-se apenas durante um dia, com treinos e qualificação durante a manhã e a corrida durante a tarde. Com 11 minutos de prova por cumprir, a luta continuou nas garras de Bird e do alemão da Teecheetah, que comandava pela primeira vez na sua carreira uma corrida de Fórmula E. Mas nunca se desiste e cada milímetro da pista conta. Forçando a ultrapassagem, o piloto inglês recupera a primeira posição, deixando um rasto de fumo no carro de Lotterer, com um dos pneus traseiros furado, não conseguindo completar a última volta. Já fora de horas, a manobra seria penalizada pelos comissários de pista, elevando Eduardo Mortara (Venturi), o segundo a passar a linha de meta, ao topo do pódio, seguido de Di Grassi (Audi) e Frinjs (Virgin). Bird foi relegado para o sexto posto, o que equilibrou bastante as contas do campeonato. Quanto a António Félix da Costa, vencedor do Grande Prémio de Macau, pela primeira vez esta época não conseguiu dar nas vistas. Partindo de 20.º lugar, cedo se queixou de falta de velocidade e aderência no seu BMW iFE.18, não conseguindo recuperar para além da décima posição, apesar de ter efectuado um excelente arranque. O piloto português ocupa agora o quinto lugar no campeonato, com 47 pontos. A competição é comandada por Sam Bird (54), seguido por d’Ambrosio (53) e Di Grassi e Mortara (ambos com 52), o que deixa tudo em aberto quando ainda faltam oito corridas até ao final. A próxima prova realiza-se na estância turística de Sanya na ilha chinesa de Hainão, no dia 23 de Março. O QUE MUDOU NA ÉPOCA 2018/2019 • São introduzidos os veículos Gen2, agora com 250kW de potência, atingindo 280km/h; • Novas baterias desenvolvidas pela McLaren; • Corridas apenas com um carro por piloto, com a duração de 45min + 1 volta; • Attack Mode: Área designada da pista que activa mais 25kw durante oito minutos; • Introdução do “halo” nos cockpits como medida de segurança; • A BMW torna-se construtor oficial em parceria com a Andretti; • A HWA entra no campeonato preparando terreno para a Mercedes; • A Renault passa o testemunho à sua irmã Nissan; • Felipe Massa e Stoffel Vandoorne juntam-se aos pilotos que transitaram da F1 para esta disciplina. Resumo da Prova https://www.youtube.com/watch?v=oEVcCWnufCI • SITE OFICIAL
Sérgio Fonseca DesportoArquitecto luso acredita que há solução física para o circuito [dropcap]A[/dropcap] RAE vizinha volta a vestir-se de gala este fim-de-semana para receber a caravana do Campeonato FIA de Fórmula E, a competição de carros eléctricos apadrinhada pela Federação Internacional do Automóvel (FIA) e que caiu no goto dos construtores automóveis pela sua pegada ambiental. Durante décadas a fio vários entusiastas lutaram para que Hong Kong tivesse o seu evento motorizado, algo que Macau arrebatou em 1954. Foi com entusiasmo que a ex-colónia britânica recebeu a competição de carros eléctricos pela primeira vez em 2016. Contudo, quatro anos depois, o estro esmoreceu e o contrato vigente entre a Formula E Holdings e as entidades de Hong Kong ainda não foi renovado. A continuidade do evento está dependente dos resultados das negociações em curso e uma decisão final está pendente da viabilidade económica do evento. Pela primeira vez desde que entrou no calendário, Hong Kong não será a prova de abertura de uma temporada, tendo sido deslocada para o lugar de quinta corrida do calendário. Desenhada pela portuguesa RS Project, a pista urbana de 1,860 km de perímetro na frente do porto continua “estreita mas desafiadora”, como classifica o piloto brasileiro Lucas Di Grassi, campeão da disciplina em 2017. Para a edição deste ano, “em termos de desenho não houve qualquer alteração de layout”, explicou o arquitecto Rodrigo Nunes ao HM. “Somente o planeamento para a construção é que esteve mais apertado relativamente ao planeamento dos dois primeiros anos, mas neste momento o construtor local também já tem alguma experiência o que permite fazer uma construção mais assertiva.” A maior novidade do campeonato que conta com a presença de gigantes da indústria automóvel como a Audi, BMW, DS, Nissan, NIO, Jaguar ou Mahindra, é mesmo a utilização de um só carro durante a corrida de “45 minutos mais uma volta”. As novas baterias produzidas pela McLaren Applied Technologies introduzidas na temporada 2018/2019 conseguem durar a corrida completa, evitando-se assim a paragem embaraçosa nas boxes para trocar de carro. Há espaço O evento organizado pela Associação Automóvel de Hong Kong (HKAA) teve no seu primeiro ano um prejuízo de 50 milhões de dólares de Hong Kong e a segunda, que correu financeiramente melhor, também não ficou no verde. Não menos problemática para a continuidade do evento é a falta de espaço para aumentar o perímetro do circuito numa área já por si congestionada de edifícios. Os organizadores do campeonato requerem uma extensão de 2,2 km para os seus circuitos, com a chegada na próxima época de mais dois construtores automóveis: Mercedes e Porsche. A Estação de Hong Kong ocupa a parte oriental do traçado e não pode ser encerrada durante os dois dias do evento devido às ligações com o aeroporto. Uma solução poderá passar por prolongar o circuito até Wan Chai, pois a primeira parte, na Lung Wo Road, não pode seguir pela parte do túnel. A FIA recusou no passado um traçado proposto nessa zona devido às altas velocidades que os carros iriam atingir. A colocação de chicanes, para abrandar os carros, era uma possibilidade em cima da mesa. Sem revelar muito do projecto, o arquitecto Rodrigo Nunes está optimista, afirmando “que existem soluções viáveis que já foram apresentadas e o circuito idealmente deverá ter 2,4 km.” Pódio na mira de Félix da Costa Em termos desportivos, o belga Jérôme D’Ambrosio chega a Hong Kong na liderança do campeonato. Em segundo lugar está uma cara bem conhecida de Macau, António Félix da Costa. O português que venceu por duas vezes a prova de Fórmula 3 da RAEM triunfou na ronda de abertura do campeonato, na Arábia Saudita, e foi segundo classificado no México. A BMW Motorsport está bastante mais forte este ano e “Hong Kong sempre foi um bom circuito para para mim”, relembra o piloto de Cascais que foi 5º e 6º classificado, em 2016 e 2017, respectivamente. “A equipa está altamente motivada, como eu estou. Será a 50ª corrida da Fórmula E e tenho estado envolvido desde a primeira temporada. Isto é também algo que me orgulha”, afirmou o português. Félix da Costa não é o único piloto lusófono numa grelha de partida de vinte e dois carros cheia de estrelas. O Brasil conta com quatro pilotos, todos eles ex-pilotos de Fórmula 1 e nomes sonantes do automobilismo “canarinho”. Para além de di Grassi, vencedor do Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 em 2005, estarão também à partida Felipe Massa, com a Venturi, Filipe Nasr, com a Dragon, e Nelsinho Piquet Jr, com a Jaguar. Num evento condicionado a um só dia, a corrida principal está agendada para as 16h00.
Sérgio Fonseca DesportoAndré Couto vai testar um Lamborghini no Japão [dropcap]V[/dropcap]ice-campeão do Super GT em 2004, na categoria principal (GT500), e campeão da categoria GT300 em 2015, André Couto nunca escondeu que gostaria de regressar à maior competição de automobilismo do Japão. Uma nova oportunidade surgiu e o piloto português residente em Macau vai participar nos dias oficiais de testes com um Lamborghini Huracan GT3 Evo, da equipa JLOC (Japanese Lamborghini Owners Club), no circuito de Okayama nos dias 16 e 17 de Março. De acordo com a lista de participantes revelada pela organização do campeonato a que o HM teve acesso, Couto será um dos três pilotos designados para conduzir o Huracan GT3 nº87 da categoria GT300. A equipa fundada em 1994 pelo clube de proprietários de viaturas da marca italiana, que terminou no 11º lugar à classe em 2018, ainda não anunciou oficialmente os seus pilotos para a temporada de 2019, tendo chamando também para este teste oficial os pilotos japoneses Tsubasa Takahashi e Kiyoto Fujinami. Nas corridas do Super GT as formações de pilotos são constituídas por dois elementos apenas, porém, nas duas corridas mais longas do campeonato, ambas a disputar no circuito de Fuji, existe a possibilidade regulamentar para as equipas utilizarem um terceiro piloto. Couto participou em quinze temporadas do Super GT. A sua última aparição no campeonato foi em 2017, antes do grave acidente na prova do Campeonato da China de GT, no Circuito Internacional de Zhuhai, que o atirou para uma cama de hospital e o obrigou a uma longa paragem para recuperação. Regresso ao passado Esta não será a primeira vez que Couto conduzirá um Lamborghini Huracan GT3. O piloto de 42 anos levou um exemplar em todo idêntico ao 12º lugar da corrida encurtada da Taça do Mundo FIA de GT do Grande Prémio de Macau de 2016. Não foi um fim-de-semana de grandes memórias para os Lamborghini, que nunca tiveram andamento para os favoritos, nem para Couto. O piloto da casa, após a corrida, depois de ter feito várias alterações nas afinações no carro ao longo dos quatro dias de prova, lamentou “não ter tido tempo para ganhar confiança com este tipo de afinação do carro”, até porque, na corrida decisiva, “o carro estava realmente melhor”. Na temporada passada, Couto conduziu um Audi R8 LMS, que tem um motor igual ao Lamborghini, ao quinto posto do campeonato nipónico de resistência Super Taikyu Series, para além de ter realizado participações esporádicas no Campeonato Chinês de Carros de Turismo (CTCC) e no campeonato TCR China. O calendário de 2019 do campeonato Super GT é composto por oito eventos, todos eles no Japão, com excepção de uma ronda a realizar no Circuito Internacional de Chang, em Buriram, na Tailândia. O arranque está agendado para o fim-de-semana de 13 e 14 de Abril.
Hoje Macau DesportoCarros de Turismo | Tiago Monteiro disposto a “lutar pelo campeonato” [dropcap]O[/dropcap]piloto português Tiago Monteiro disse ontem que estará “mais forte do que nunca”, no regresso à Taça do Mundo de Carros de Turismo (WTCR), após um acidente sofrido em 2017, manifestando-se preparado para “lutar pelo campeonato”. Já recuperado de um forte traumatismo craniano sofrido em Barcelona, em 6 de Setembro de 2017, o piloto portuense volta à competição a tempo inteiro em 2019, depois de uma aparição esporádica na época passada, no Japão (11.º lugar). A equipa KCMG, do antigo piloto chinês Paul Ip, será a ‘casa’ do piloto português em 2019, que continua aos comandos de um Honda Civic Type R. “Não tenho dúvida nenhuma que regresso à competição mais forte e determinado do que nunca. Estou muito feliz por estar de volta. A Honda e a KCMG são uma equipa experiente e rápida, o que me leva a acreditar que estaremos entre os primeiros lugares desde cedo. Vou lutar pelo campeonato, que fui obrigado a deixar para trás em 2017”, afirmou Tiago Monteiro, através da sua assessoria de comunicação. Correr de fora O piloto do Porto lembrou o ‘calvário’ que atravessou no ano passado, forçado a ficar afastado da competição devido aos problemas de visão decorrentes do acidente sofrido em Barcelona, durante um dia de testes. “Foi muito duro acompanhar ‘in loco’ todas as provas de 2018 e não poder competir, mas aprendi muito com essa situação e triplicou a minha motivação. Conseguir correr no Japão foi muito especial. Foi nessa altura que percebi que o meu regresso estava para muito breve. E aqui estou eu, mais focado do que nunca”, garantiu. Tiago Monteiro terá como companheiro de equipa o húngaro Attila Tassi, de 19 anos, que o piloto português qualificou de “um jovem piloto cheio de garra e muito rápido”. A época 2019 do WTCR arranca em Marrocos, em 6 e 7 de Abril e será composta por dez jornadas, incluindo a de Vila Real em 6 e 7 de Julho. Antes do arranque da temporada, os pilotos têm dois dias de testes em Barcelona, em 28 e 29 de Março.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Filipe Souza com projectos aliciantes para este ano [dropcap]O[/dropcap]s anos passam mas Filipe Souza não tem qualquer intenção de desacelerar em 2019. Bem pelo contrário, o experiente piloto de carros de turismo de Macau vai apostar em várias frentes esta época, num ano em que espera colocar ao dispor dos mais novos a experiência acumulada ao longo de temporadas a fio nos desportos motorizados. Consciente que cada vez são mais as dificuldades que os jovens pilotos encontram ao entrar neste desporto tão restrito, o piloto de 42 anos, que deu os primeiros passos no automobilismo local como comissário de pista no Grande Prémio, vai dar a mão a um grupo de pilotos com menor experiência. “Neste momento estou a colaborar com três pilotos e estou interessado em ajudar mais pilotos de Macau que queiram iniciar-se nas corridas”, desvendou Filipe Souza ao HM. O piloto da RAEM não esconde que estes “têm que demonstrar coragem, que acima de tudo estão empenhados em ganhar e que levam a sério o automobilismo”. O experimentado piloto macaense não pretende “ganhar dinheiro” com esta iniciativa, mas sim concretizar “o sonho de levar mais pilotos de Macau a corridas internacionais.” O vencedor do Troféu Asiático do WTCC em 2014 está já a trabalhar com Ryan Wong e Kevin Lam, dois pilotos de Macau que estão a dar os primeiros passos neste desporto. Duas hipóteses Sobre a temporada de 2019, Souza tem várias propostas em mão, incluindo um aliciante desafio para correr no Campeonato da China de GT, mas a única certeza que tem é que deverá disputar os dois “Festivais de Corrida de Macau” no Circuito de Zhuhai. Contudo, desta vez Souza irá ceder o volante do seu habitual Chevrolet Cruze 1.6T e deverá competir com um Audi RS 3 LMS TCR na categoria “AAMC Challenge 1950cc ou Superior” (anteriormente designada como Roadsport Challenge), pois “o dono do carro deposita muita confiança em mim”, podendo assim somar importantes quilómetros num carro que poderá conduzir em Novembro na prova da Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR) no Circuito da Guia. Por outro lado, o pluri-vencedor da categoria “AAMC Challenge 1.6 Turbo” não esconde que “também gostaria de experimentar o GT4. Já testei o BMW M4 GT4, mas acho que a caixa-de-velocidades fica aquém daquela do Audi e do Mercedes AMG, dois carros que gostaria de testar.” A categoria GT4 fará parte do recém-nascido Campeonato de Hong Kong de GT, uma competição a organizar pela empresa responsável por levar a Taça Lotus ao Grande Prémio de Macau e que deverá ter uma designação diferente para englobar os interesses da Grande Baía. Projecto “TCR Spa 500” A maior novidade no calendário desportivo de Souza poderá estar no continente europeu. O piloto macaense está empenhado em participar na primeira corrida de resistência reservada apenas a viaturas TCR que terá lugar de 4 a 6 de Outubro no circuito belga de Spa-Francorchamps. Esta prova co-organizada pela WSC, a empresa que tem os direitos do TCR, será composta por 500 voltas ao lendário circuito de sete quilómetros. “A ideia é levar uma equipa de quatro pilotos só de Macau. Neste momento só falta confirmar um elemento”, aclarou Souza que irá recorrer aos serviços de uma equipa europeia para assistência da viatura a designar. O projecto deverá ser confirmado no início do próximo mês.
Hoje Macau DesportoFórmula E | Félix da Costa desiste pela segunda corrida consecutiva [dropcap]O[/dropcap] português António Félix da Costa (BMW) desistiu sábado pela segunda vez consecutiva no campeonato de Fórmula E, após sofrer um toque de um adversário na corrida disputada em Santiago do Chile, vencida pelo britânico Sam Bird (Virgin). O piloto de Cascais partiu apenas da 17.ª posição, depois de ter saído para a pista no primeiro grupo na sessão de qualificação, reservado para os primeiros classificados do campeonato, o que se revelou fatal para as aspirações do piloto luso, pois a pista estava demasiado suja. Na corrida, Félix da Costa conseguiu ganhar uma posição logo no arranque, subindo ao 16.º posto, mas meia dúzia de voltas mais tarde acabaria por ser vítima de um toque do alemão Andre Lotterer (DS), que fez o português embater, também, no francês Jean-Eric Vergne (DS). Félix da Costa foi obrigado a ir às boxes, regressando à pista na 21.ª posição e já com uma volta de atraso face ao líder. Ainda conseguiu estabelecer a volta mais rápida, mas sem possibilidade de lutar pelos pontos, acabou por abandonar e, assim, poupar o carro. “Esta regra da qualificação está a revelar-se demasiado penalizadora e injusta e hoje (sábado) arruinou por completo a corrida dos cinco pilotos que tomaram parte do grupo um”, explicou o piloto português. Em declarações divulgadas pela sua assessoria de imprensa, o piloto da BMW admitiu ter-se sentido “bem nas voltas iniciais e a recuperar posições”. “Mas depois o toque [de Andre Lotterer] deu cabo totalmente da minha corrida. Resta-nos enquanto equipa manter a mesma forma concentrada de trabalhar, com os olhos postos na corrida do México, pois sabemos que temos as armas para lutar”, concluiu António Félix da Costa. Após três corridas, o piloto português soma uma vitória e duas desistências, encontrando-se no terceiro lugar do campeonato de carros eléctricos, com 28 pontos, a 16 do líder, o belga Jérôme D’Ambrosio (Mahindra), oitavo colocado em Santiago do Chile, e a 15 de Bird. A próxima prova decorre em 16 de Fevereiro, na cidade do México.
Sérgio Fonseca DesportoHong Kong | Prova de automobilismo em risco [dropcap]D[/dropcap]urante anos foi o sonho de muitos em Hong Kong, mas quatro anos depois, está a um passo do colapso. No próximo mês de Março e pela terceira vez, a ex-colónia inglesa organiza a sua prova de automobilismo, o “Hong Kong E-Prix”, um evento apenas para carros eléctricos e pontuável para o Campeonato do Mundo FIA de Fórmula E. Contudo, o contrato existente entre a Formula E Holdings e as entidades da RAE vizinha ainda não foi renovado e a continuidade do evento está em causa A renovação do contrato está dependente dos resultados das negociações em curso e uma decisão final está pendente da viabilidade económica do evento em torno do circuito citadino gizado pelo arquitecto português Rodrigo Nunes. Fonte conhecedora das negociações em curso disse ao HM que “provavelmente haverá uma decisão no próximo mês, mas tudo depende das alternativas que serão apresentadas para travar os prejuízos”, sendo que uma das possibilidades “será encontrar um forte patrocinador para equilibrar as contas”. A competição de carros eléctricos sob a égide da Federação Internacional do Automóvel (FIA) tem um novo promotor para as provas chinesas e este poderá ter uma última palavra. Em declarações ao portal e-racing365, Alejandro Agag, fundador e director executivo do campeonato, afirmou que “o nosso promotor local na China, que é a Enova e que é propiedade da Yungfeng Capital, decide onde as corridas têm lugar dentro de certos parâmetros na China. Nós vamos ter esta época uma corrida em Sanya e estamos a pensar noutra corrida no Interior da China.” O empresário espanhol que edificou o campeonato e um dia pensou em organizar uma corrida de Fórmula E em Macau referiu também que os parceiros chineses têm interesse em manter a prova no actual traçado de 1.86 quilómetros, que tem o local de partida na Lung Wo Road, em Admiralty. “Eles [Enova] gostam de Hong Kong e nós também gostamos de Hong Kong, mas é muito caro estar lá. Portanto, há outras opções. Mas também há hipóteses de ficar em Hong Kong,” acrescentou Agag, que admitiu que “estamos no meio de negociações, portanto é difícil saber.” Com um orçamento aproximado superior a 150 milhões de Hong Kong dólares, o evento organizado pela Associação Automóvel de Hong Kong (HKAA) teve no seu primeiro ano um prejuízo de 50 milhões de dólares de Hong Kong. As duas primeiras edições foram realizadas no mês de Outubro, mas a proximidade com o Grande Prémio de Macau, que se realiza anualmente em Novembro, e alterações no calendário da competição onde corre o jovem luso António Félix da Costa passaram a prova da temporada 2018/2019 para o mês de Março. Problema de espaço Não menos problemática é a falta de espaço para aumentar o perímetro do circuito numa área já por si congestionada de edifícios e numa altura em que o campeonato requer uma extensão maior para os seus circuitos, com a chegada de mais construtores automóveis e equipas. Lawrence Yu Kam-kei, o presidente da Associação Automóvel de Hong Kong (HKAA), disse na passada semana ao South China Morning Post que “precisamos de estender o circuito para 2.2 quilómetros na próxima temporada, quando mais duas equipas vão participar no E-Prix. O circuito existente ficará demasiado cheio se aumentar o número de equipas.” O responsável da HKAA disse também que se vai sentar com o Governo local para procurar alternativas, pois a Estação de Hong Kong ocupa a parte oriental do traçado e não pode ser encerrada durante os dois dias do evento devido às ligações com o aeroporto. Uma solução poderá passar por prolongar o circuito até Wan Chai, pois a primeira parte, na Lung Wo Road, não pode seguir pela parte do túnel, tendo anteriormente a FIA recusado um traçado proposto nessa zona devido às altas velocidades que os carros poderiam atingir. A colocação de chicanes, para abrandar os carros, é uma solução a apresentar à FIA. Menos bilhetes Depois de uma primeira edição aquém das expectativas, a segunda edição da prova teve uma receita maior, com oitenta e sete por cento dos lugares disponíveis a serem ocupados. Porém, o número de bilhetes disponíveis para edição deste ano do “Hong Kong E-Prix” será reduzido em cinquenta por cento. Na pretérita edição, realizada em 2017, seis mil bilhetes foram colocados à venda, mas este ano o circuito vai perder a bancada da Lung Wo Road, que dará lugar à area de paddock do troféu monomarca Jaguar I-PACE eTROPHY que será a única prova de suporte da Fórmula E em Hong Kong. Apesar deste corte substancial na bilheteira, os organizadores do evento esperam compensar, enchendo todas as outras bancadas e aumentando as actividades paralelas, convidando o público a comprar ingressos na E-Village e na nova zona de entretenimento ‘Formula E World’, que irá servir de expositor da história das corridas do campeonato, do desenvolvimento da tecnologia e que passará uma mensagem de sustentabilidade.
João Santos Filipe DesportoAutomobilismo | Vencedores da Taça de Macau de Turismo atacam 24 horas do Dubai Equipa Teamwork, grande dominadora da prova de carros de turismo para pilotos locais do Grande Prémio de Macau, vai iniciar temporada de 2019 com prova de resistência [dropcap]O[/dropcap]s vencedores da Taça de Carros de Turismo do Grande Prémio de Macau, Sunny Wong e Paul Poon, estão entre os quatro pilotos escolhidos pela equipa Teamwork Motorsport para atacar as 24 horas do Dubai. A prova está agendada para o fim-de-semana de 11 de Janeiro, no Autódromo do Dubai, na configuração com uma distância de 5,39 quilómetros. A participação na prova do Médio Oriente marca o início da próxima época para a equipa Teamwork, que normalmente acaba a temporada com a participação no Grande Prémio de Macau, também devido ao patrocínio da empresa local, Suncity. Além de Wong e Poon, Alex Fung, quinto classificado à geral na Taça de Carros de Turismo do Grande Prémio, e Alex Hui completam o grupo de quatro pilotos que vai conduzir o Audi RS3 LMS. “Ao longo dos mais de 20 anos que tenho de experiência no automobilismo posso dizer que tenho poucos quilómetros em provas de resistência. Por isso, sinto-me muito entusiasmado com a hipótese de competir pela primeira vez numa prova de 24 horas”, disse Paul Poon, que tem no currículo sete triunfos na Taça de Carros de Turismo do Grande Prémio de Macau, entre a classe para carros até 1600CC. “O resultado não vai ser o mais importante, o principal vai ser mesmo disfrutar da experiência e da viagem”, acrescentou. Mais experiente nestas andanças é Sunny Wong. O piloto de Hong Kong estreou-se na competição em 2011. “Vamos correr as 24 horas do Dubai depois de uma pausa de dois meses. Acho que é uma boa forma de começarmos 2019 e de nos prepararmos para os nossos programas de corridas”, afirmou Wong. O piloto recordou depois as dificuldades da estreia na prova: “A primeira vez que corri esta prova foi em 2011, com uma equipa da Holanda. Na atura, ainda não era um evento muito popular entre as equipas asiáticas. Mas isso mudou. Agora vou regressar com a Teamwork e também quero ver as alterações que a prova sofreu”, acrescentou. Participação esporádica Por sua vez, Ken Lui, director técnico da equipa, encara o evento como uma participação esporádica e de aprendizagem. “Vai ser uma participação única nesta parte do globo. E é também um marco porque é a primeira vez que temos viajamos para tão longe para competir”, começou por dizer. “Também é uma oportunidade de rever vários amigos e ex-colegas de trabalho, porque são muitas as equipas asiáticas que vão estar presentes”, sublinhou. Na lista de inscritos consta também o nome do piloto de Macau Kévin Tse, que vai participar com a equipa Porsche Centre Hong Kong, ao volante de um carro do construtor alemão, o 911 GT3 R.
João Santos Filipe DesportoCharles Leong finaliza Campeonato Asiático de F3 no 4.º lugar [dropcap]C[/dropcap]harles Leong terminou a primeira participação no Campeonato Asiático de Fórmula 3 num quarto lugar, a 82 pontos do vencedor. O piloto de Macau foi o melhor piloto asiático do campeonato, atrás dos britânicos Raoul Hyman e Jake Hughes, primeiro e segundo classificados, e do norte-americano Jaden Conwright. Ao longo do ano, o piloto da Dragon Hitech GP somou seis pódios, com um segundo lugar e cinco terceiros lugares, tendo alcançado a melhor posição na primeira ronda do campeonato, disputada no Circuito Internacional de Sepang. Contudo, ao HM, o piloto admite que esperava mais da época de estreia. “Não é o lugar em que esperava terminar o campeonato. Sinto que tive muito azar nas últimas corridas. De uma certa forma, senti que toda a minha má sorte se acumulou para me afectar, principalmente na última ronda do campeonato”, disse Charles Leong, piloto local. “A nível de resultados foi um ano que não correspondeu às minhas expectativas, queria ter ficado melhor classificado, mas não foi possível”, acrescentou. Charles Leong tinha chegado à última ronda do campeonato com hipótese de lutar pelo terceiro lugar. Contudo, problemas com o carro em duas das três corridas impediram-no de se aproximar de americano Jaden Conwright, não indo além de um 13.º e de um 15.º lugares. Na última corrida do fim-de-semana, acabou por chegar ao nono lugar, depois de ter arrancado do fim da grelha. Já o americano selou a questão do lugar mais baixo do pódio com um terceiro lugar na última corrida e ainda com os oito pontos do sexto lugar, logo na primeira corrida do fim-de-semana de provas na Malásia. Futuro em aberto Em aberto continua ainda o futuro do piloto, que vai estar entre 6 e 9 do próximo mês a participar Taça Internacional de Macau KZ, em Coloane. Este é um facto que também se fica a dever às alterações no Campeonato Europeu de Fórmula 3, que vai integrar o campeonato GP3, mudando o nome para Campeonato Internacional de Fórmula 3. Por este motivo há ainda uma grande incerteza entre as diferentes equipas que competem nas duas categorias: “Neste momento ainda há muita indefinição sobre o futuro da modalidade, devido às alterações na Fórmula 3, com o novo campeonato. Nem as equipas sabem muito bem o que se vai passar. Por isso estamos todos na expectativa e ainda não sei o que vai acontecer no próximo ano”, reconheceu. “Mas espero poder ir competir para a Europa”, frisou.
João Santos Filipe DesportoCTCC | Ávila termina em quinto, Couto foi 11.º e 13.º [dropcap]R[/dropcap]udolfo Ávila (VW Lamando) terminou a participação no Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC) num 5.º lugar à geral, após ter alcançado um 10.º e um 5.º lugar nas duas provas do fim-de-semana, no Circuito Internacional de Xangai. Ao nível do construtores, o mais valorizado, a SAIC VW ficou no segundo lugar. “A prioridade da equipa para o fim-de-semana era tentar conquistar o título de construtores e fico desapontado por não o termos conseguido. A nível pessoal, este fim-de-semana foi muito complicado porque nunca tive um carro à altura”, disse Rodolfo Ávila, piloto local, em comunicado. Ao nível de pilotos, Ye Hong Li (KIA) foi o grande vencedor, também com a marca coreana a conquistar o títulos de construtores. André Couto também esteve presente no fim-de-semana em Xangai, ao volante de um KIA, mas não foi além do 11.º e 13.º lugares.
João Santos Filipe Desporto Grande Prémio de MacauSuncity dominou Corrida da Taça de Macau de Carros de Turismo [dropcap]S[/dropcap]unny Wong (Subaruz Impreza) e Paul Poon (Peugeot RCZ) dominaram as classes para carros com mais de 1950cc e 1600T da Corrida da Taça de Macau de Carros de Turismo. Contudo, a prova ficou marcada pelo acidente de Lei Kit Meng (Nissa GTR) que deixou a pista cheia de óleo e que fez com que a corrida fosse suspensa durante mais de 20 minutos. No final, os pilotos acabaram por fazer pouco mais do que duas voltas em ritmo de corrida e nas restantes cinco, o safety car liderou o pelotão. O mote para a prova foi dado ainda antes do início, quando Wong Wan Long atirou o Mitsubishi EVO 10 contra as barreiras, na Curva do Lisboa, quando ainda conduzia para a grelha de partida. Com menos um carro em pista, Sunny Wong arrancou mais rápido do que o japonês Mitsuhiro Kinoshita (Nissan GTR) e segurou a primeira posição. Wong foi ajudado pelo facto do Subaru ser muito mais rápido nas rectas. Na categoria 1600T, Paul Poon superiorizou-se à concorrência e ainda segurou o terceiro lugar à geral. O grande protagonista da prova, pelas piores razões, foi Lei Kit Meng, promotor de jogo e piloto local, que bateu na primeira curva do circuito na segunda volta. Com o carro visivelmente danificado, Lei optou por permanecer em pista, deixando óleo em várias zonas do circuito. Nem as bandeiras pretas, que indicam a desclassificação por conduta pouco desportivo, fizeram com que parasse. Devido ao óleo, a pista teve de ser limpa e a sessão esteve suspensa durante mais de 15 minutos, após duas voltas em que o Safety Car já estava na pista. Assim, e apesar de estarem previstas 12 voltas ao circuito da Guia, apenas foram feitas três em ritmo de corrida. Na única volta corrida, após a suspensão da prova, Sunny Wong não teve problemas em defender-se de Kinoshita e segurou a vitória, com Poon atrás do japonês a fechar o pódio. Na classe para carros com um cilindrada superior a 1950cc, Wong e Kinoshita foram primeiro e segundo, com o lugar mais baixo do pódio a ser ocupado por Samson Fung (Audi TTRS). Na classe 1600T, Paul Poon foi primeiro, seguido por Alexander Fung (Peugeot RCZ), que foi 5.º à geral, e pelo piloto de Macau, Chan Weng Tong (Chevrolet Cruz), que foi 14.º à geral. Sol e críticas No final, Wong estava visivelmente satisfeito e disse esperar que no futuro haja mais dias solarengos, num trocadilho com o seu nome Sunny. “Espero que nos próximos anos volte a haver mais dias solarengos como este”, disse o vencedor, face ao contraste do céu nublado. Já Paul Poon valorizou o trabalho da equipa e mencionou o facto de estar a celebrar o 20.º título da carreira: “É um resultado especial para mim. É a minha sétima vitória na classe 1600T, num ano em que comemoro 20 anos de carreira e é muito especial”, afirmou Poon, ao HM. O piloto admitiu também alguma frustração com o facto de se terem realizado apenas três voltas em ritmo de corrida. Badaraco deixa criticas Horas depois do fim da prova, Jerónimo Badaraco mostrou a sua frustração com a organização e com o facto de se terem realizado apenas três das 12 voltas em ritmo lançado: “Ainda me pergunto, será que participei numa corrida na manhã de hoje [sábado]? Aquilo foi uma corrida? Estou muito desiludido com o controlo da corrida e os responsáveis”, escreveu na rede social Facebook. “Sinto-me mal pelo patrocinador principal do evento. Acho que a organização deve estar a sonhar…”. Badaraco terminou a prova em 23.º, depois de ter arrancado do fim do pelotão.
Sérgio Fonseca Desporto Grande Prémio de MacauTaça GT Macau | Muitas razões para participação reduzida [dropcap]A[/dropcap]penas quinze concorrentes se inscreveram na Taça GT Macau este ano, o número mais baixo de sempre desde a introdução desta corrida no programa do evento em 2008 e o mínimo no regulamento para a corrida se realizar. A presença de cinco marcas representadas oficialmente – Audi, BMW, Mercedes AMG, Nissan e Porsche – não dilui um sentimento ténue de decepção generalizado em redor de uma das quatro corridas principais do fim-de-semana e uma das três Taças do Mundo da FIA a serem atribuídas entre nós. Marcas como a Aston Martin, Bentley, Ferrari, McLaren, Lexus ou Honda têm carros para esta prova mas optaram por não visitar o Circuito da Guia. Se por exemplo a Ferrari não tem equipa oficial nas provas de GT3, já os construtores britânicos estão a lançar novos carros e estes ainda não estão “no ponto” para enfrentar esta prova no mês de Novembro. Uma outra razão para o número tão parco de inscritos é a ausência total de pilotos amadores, que foram colocados à parte desde 2017 por vontade da FIA, e que em tempos constituíam o esqueleto da grelha de partida. O crescente aumento dos custos dos carros da categoria GT3 e os custos particulares desta corrida também afastaram pilotos com currículo e capacidade para alinhar na prova. O HM teve conhecimento de dois conhecidos pilotos de Macau que pretenderam participar na prova, mas optaram por não o fazer por não reunirem as condições necessárias. As equipas não gostam de falar abertamente em orçamentos, sendo que estes variam consoante as condições oferecidas, mas uma participação nesta corrida pode atingir o dobro de uma participação na corrida de Fórmula 3. Se esta prova era possível de realizar por 300 mil patacas há meia dúzia de anos, hoje em dia requer orçamentos acima do milhão de patacas. Num modelo de negócio ainda muito baseado no aluguer de viaturas por parte das equipas aos pilotos que não contam com o apoio dos grandes construtores, outro dos motivos que acabou por afastar a participação de privados este ano foi a dificuldade em encontrar seguradoras motivadas em cobrir os riscos de uma prova que o ano passado ficou marcada por um acidente que deixou de fora mais de dez concorrentes. Felizmente para a prova, as marcas podem dar-se ao luxo de enfrentar o Circuito da Guia sem segurar os seus carros. Como diz Chris Reinke, o director da Audi Sport, “isto magoa no budget, mas acontece só uma vez. Ou estás preparado para o desafio, ou ficas em casa”.
Hoje Macau DesportoFernando Alonso nas 500 milhas de Indianápplos à procura da “tripla coroa” [dropcap]O[/dropcap] piloto espanhol de Fórmula 1 Fernando Alonso vai disputar a próxima edição das 500 milhas de Indianápolis, nos Estados Unidos, integrado na sua actual equipa, a McLaren. Alonso, que este ano terminará a sua carreira na Fórmula 1, vai assim competir na 103.ª edição da prova norte-americana, agendada para 26 de Maio. Em 2017, o espanhol, bicampeão mundial da categoria rainha do automobilismo de pista, liderou as 500 milhas de Indianápolis durante 27 voltas, mas foi forçado a abandonar a 21 voltas do final, devido a um problema no motor. O objectivo de Alonso é conquistar a ‘tripla coroa’, atribuída aos vencedores do Grande Prémio do Mónaco, das 500 milhas de Indianápolis e das 24 Horas de Le Mans. “Deixei claro que o meu objetivo é a ‘tripla coroa’. Tive uma experiência incrível em Indianápolis em 2017 e percebi que queria muito regressar àquela competição”, disse Alonso, em comunicado. O piloto espanhol já venceu duas vezes o Grande Prémio do Mónaco, em 2006 e 2007, e este ano triunfou nas 24 Horas de Le Mans.
Hoje Macau DesportoVettel punido com reprimenda e multa mantém segundo lugar na grelha para GP Brasil [dropcap]O[/dropcap] alemão Sebastian Vettel, da Ferrari, foi sancionado com uma reprimenda e uma multa, depois da qualificação para o Grande Prémio do Brasil de Fórmula 1, mas segurou o segundo lugar da grelha de partida. O piloto da Ferrari foi visado pelos comissários depois de ter danificado a balança que pesa os monolugares em vários momentos ao longo do fim de semana, por não respeitar os procedimentos da pesagem. Vettel não concordou com a chamada entre a segunda e a terceira fase da qualificação, pois temia que a chuva começasse a cair e não tivesse tempo de trocar de pneus. “Não é a melhor altura para chamar pilotos [para a pesagem]”, comentou o alemão. Os comissários abriram uma investigação ao incidente, que terminou com uma reprimenda e uma multa, permitindo ao germânico manter o segundo lugar da grelha de partida conquistado em pista. Vettel partirá ao lado do britânico Lewis Hamilton, que foi o mais rápido por apenas 0,093 segundos relativamente ao corredor da Ferrari, conquistando a centésima ‘pole position’ da Mercedes no Mundial de Fórmula 1. O Grande Prémio do Brasil, que este domingo se disputa no circuito de Interlagos, em São Paulo, é a 20.ª e penúltima corrida da temporada. Lewis Hamilton, já campeão desde a prova anterior, no México, garantiu hoje a décima ‘pole’ da temporada.
Hoje Macau DesportoFórmula 1 | Grande Prémio do Vietname, em Hanói, em 2020 [dropcap]O[/dropcap] Vietname vai acolher uma prova do campeonato do mundo de Fórmula 1 a partir de 2020, confirmaram ontem os responsáveis da competição, à margem do Grande Prémio do Brasil, em São Paulo. O circuito será citadino, com 5,565 quilómetros de extensão, na capital daquele país asiático, em Hanói. Trata-se do primeiro anúncio de um novo Grande Prémio feito pelos novos donos da competição, a Liberty Media. “Desde que nos envolvemos neste desporto em 2017 que temos vindo a falar em desenvolver novos destinos e o Grande Prémio do Vietname é a concretização dessa ambição”, sublinhou o norte-americano Chase Carey, presidente executivo da Fórmula 1. O director-executivo do Vingroup, Nguyen Viet Quang, explicou que o objectivo desta parceria é “melhorar a vida da população do Vietname”, através da criação de “mais postos de trabalho” e da “melhoria das infraestruturas da cidade”. Nguyen Viet Quang prometeu ainda apresentar durante o evento, dentro de dois anos, “o primeiro construtor automóvel vietnamita, o VinFast”. O responsável autárquico de Hanói, Nguyen Duc Chung, disse acreditar que esta prova vai ser “uma demonstração das capacidades do país”, com “uma das economias que mais crescem em todo o mundo”, além de permitir “atrair mais turismo”. O circuito será montado num subúrbio de Hanói e congrega o que de melhor têm alguns dos circuitos tradicionais do campeonato. As curvas 1 e 2, um pouco mais apertadas, fazem lembrar Nurburgring, na Alemanha, enquanto a zona da curva 17 é semelhante à subida de Sainte Devote, no Mónaco. A secção entre as curvas 16 a 19 será similar à dos ‘esses’ de Suzuka, no Japão. De acordo com o director de corridas da Fórmula 1, o britânico Charlie Whiting, que já visitou o local, “a maior parte do traçado será em ruas já existentes, mas há uma secção que ainda não está construída”. “Será num espaço aberto, onde as boxes serão instaladas”, explicou.
Hoje Macau DesportoHonda sagra-se campeã de construtores de Moto GP [dropcap]A[/dropcap] vitória do espanhol Marc Márquez no GP da Malásia de MotoGP deu hoje o título à Honda no Mundial de construtores. É o sétimo título do construtor da asa dourada nas últimas oito temporadas (terceiro consecutivo), num total de 24 coroas já conquistadas na classe rainha. A Honda é o mais bem-sucedido construtor no campeonato do mundo, com 68 alcançados em todas as categorias. São 24 em MotoGP/500 cc, seis nas extintas 350cc, 19 em 250cc, 17 em Moto3/125cc e dois nas 50cc. “Os números que a Honda alcançou não têm precedentes no motociclismo. Desde abril de 1961, quando Thomas Edward Phillis conquistou o primeiro título de sempre em Montjuic, a nossa história tem sido preenchida por vitórias, que são já mais de 750 em todas as categorias”, disse o presidente do construtor nipónico, o japonês Yoshishige Nomura.