Sérgio Fonseca DesportoF1 | Regresso à China no mesmo fim-de-semana do GP Macau [dropcap]O[/dropcap] custo do cancelamento do Grande Prémio da China de Fórmula 1 para os cofres do campeonato rondará os 500 milhões de patacas. Por isso é que a Federação Internacional do Automóvel (FIA), juntamente com a Liberty Media, a empresa que gere os destinos da competição automóvel, decidiram aceitar o pedido de adiamento da prova, devido ao surto do coronavírus, que estava agendada para o fim-de-semana de 18 e 19 de Abril, depois de uma solicitação oficial do promotor do evento, o Juss Sports Group, em vez do seu cancelamento. Junto com as equipas, a Liberty Media procura agora uma data alternativa, num calendário apertado, para acomodar ainda este ano a prova de Xangai. Existe uma data proposta, é em Novembro e coincide precisamente com o Grande Prémio de Macau. Devido aos condicionamentos do calendário de provas mais longo da história da Fórmula 1, o único fim-de-semana livre é o de 21 e 22 de Novembro, entre o Grande Prémio do Brasil e o Grande Prémio do Abu Dhabi. A ideia inicial apresentada às equipas seria de um fim-de-semana de apenas dois dias. Por contrato, o circuito de Yas Marina, em Abu Dhabi, tem que receber a última corrida do ano, logo seria impossível realizar a prova chinesa numa data posterior. Mas a realização de três provas em locais tão longínquos do mundo não é por si só fácil ou sequer consensual. “É um verdadeiro desafio logístico olímpico, uma vez que todo o circo terá de viajar do Brasil para a China e, posteriormente, para Abu Dhabi, isto no espaço de três semanas”, explicou ao HM o jornalista Jorge Girão que faz a cobertura da Fórmula 1 para o jornal português especializado em automobilismo AutoSport. “Ainda assim, é exequível e a FOM está interessada em tornar o evento chinês num de apenas dois dias, ao invés dos três habituais, para facilitar ao máximo.” Um novo agendamento da prova requer o consentimento de todas as dez equipas, algo que raramente é possível. “Aqui surgem os problemas, uma vez que cada uma das equipas se move pelos seus próprios interesses e basta uma que não esteja interessada para que todo o plano impluda e quanto mais tempo demorar a uma votação, pior”, clarifica Jorge Girão. Este é um evento muito importante para os construtores, mas também o é para diversos patrocinadores envolvidos na disciplina rainha do desporto motorizado. Por outro lado, a China tem sido um dos países em que as audiências mais cresceram, isto numa altura em que o campeonato tem perdido audiências televisivas, muito por culpa da aposta no “pay-per-view”. “O final da temporada é sempre bastante atarefado, especialmente para o pessoal das equipas”, disse Chris Horner, o director desportivo da Red Bull, aos jornalistas na passada semana em Barcelona. Questionado se votaria a favor, o dirigente da poderosa estrutura apoiada pela Honda foi mais pragmático: “Tudo vai depender da situação no campeonato. Se tiveres numa boa posição no campeonato, claro que não vais querer mais uma corrida, mas se estás atrás, claro que vais votar a favor.” Outros, como Franz Tost, o director desportivo da AlphaTauri (ex-Toro Rosso), são ainda mais cépticos, “em primeiro lugar, eles têm que resolver (o problema), o que eu duvido que aconteça dentro do prazo que precisam, para que seja seguro lá ir, sem termos problemas”. Macau conta pouco O Grande Prémio da China de Fórmula 1 realiza-se desde 2004, mas esta é a primeira vez que há uma potencial coincidência de datas com o Grande Prémio de Macau, um evento que decorre sem interrupções desde 1954. Contudo, a acontecer, esta não seria a primeira vez que haveria um campeonato mundial de automobilismo na China no mesmo fim-de-semana do Grande Prémio. Em 2018, as 6 Horas de Xangai, do Campeonato do Mundo FIA de Endurance (WEC), coincidiu com o Grande Prémio, algo que não se repetiu devido às exigências dos construtores automóveis presentes oficialmente na Taça do Mundo FIA de GT do Grande Prémio. Contudo, desta vez a situação é diferente e o principal interessado vai certamente apenas olhar para o seu umbigo. “Antes de mais, a não realização de um Grande Prémio representa sempre uma penalização financeira e a China é dos países que mais paga para ter a sua corrida, logo, existe todo o interesse da parte da FOM para que a prova se realize e único constrangimento para o qual olharão será o calendário do Campeonato do Mundo de Fórmula 1”, acredita Jorge Girão. “Apesar da importância do Grande Prémio do Macau, uma das provas mais importantes da Ásia e de impacto mundial, este dificilmente será levado em consideração e, caso as equipas aprovem, o Grande Prémio da China será mesmo realizado no mesmo fim-de-semana do evento do Circuito da Guia.” O impacto maior, se esta decisão for para a frente, será na cobertura mediática do evento da RAEM, até porque os horários das transmissões televisivas poderão coincidir.
admin DesportoF1 | Regresso à China no mesmo fim-de-semana do GP Macau [dropcap]O[/dropcap] custo do cancelamento do Grande Prémio da China de Fórmula 1 para os cofres do campeonato rondará os 500 milhões de patacas. Por isso é que a Federação Internacional do Automóvel (FIA), juntamente com a Liberty Media, a empresa que gere os destinos da competição automóvel, decidiram aceitar o pedido de adiamento da prova, devido ao surto do coronavírus, que estava agendada para o fim-de-semana de 18 e 19 de Abril, depois de uma solicitação oficial do promotor do evento, o Juss Sports Group, em vez do seu cancelamento. Junto com as equipas, a Liberty Media procura agora uma data alternativa, num calendário apertado, para acomodar ainda este ano a prova de Xangai. Existe uma data proposta, é em Novembro e coincide precisamente com o Grande Prémio de Macau. Devido aos condicionamentos do calendário de provas mais longo da história da Fórmula 1, o único fim-de-semana livre é o de 21 e 22 de Novembro, entre o Grande Prémio do Brasil e o Grande Prémio do Abu Dhabi. A ideia inicial apresentada às equipas seria de um fim-de-semana de apenas dois dias. Por contrato, o circuito de Yas Marina, em Abu Dhabi, tem que receber a última corrida do ano, logo seria impossível realizar a prova chinesa numa data posterior. Mas a realização de três provas em locais tão longínquos do mundo não é por si só fácil ou sequer consensual. “É um verdadeiro desafio logístico olímpico, uma vez que todo o circo terá de viajar do Brasil para a China e, posteriormente, para Abu Dhabi, isto no espaço de três semanas”, explicou ao HM o jornalista Jorge Girão que faz a cobertura da Fórmula 1 para o jornal português especializado em automobilismo AutoSport. “Ainda assim, é exequível e a FOM está interessada em tornar o evento chinês num de apenas dois dias, ao invés dos três habituais, para facilitar ao máximo.” Um novo agendamento da prova requer o consentimento de todas as dez equipas, algo que raramente é possível. “Aqui surgem os problemas, uma vez que cada uma das equipas se move pelos seus próprios interesses e basta uma que não esteja interessada para que todo o plano impluda e quanto mais tempo demorar a uma votação, pior”, clarifica Jorge Girão. Este é um evento muito importante para os construtores, mas também o é para diversos patrocinadores envolvidos na disciplina rainha do desporto motorizado. Por outro lado, a China tem sido um dos países em que as audiências mais cresceram, isto numa altura em que o campeonato tem perdido audiências televisivas, muito por culpa da aposta no “pay-per-view”. “O final da temporada é sempre bastante atarefado, especialmente para o pessoal das equipas”, disse Chris Horner, o director desportivo da Red Bull, aos jornalistas na passada semana em Barcelona. Questionado se votaria a favor, o dirigente da poderosa estrutura apoiada pela Honda foi mais pragmático: “Tudo vai depender da situação no campeonato. Se tiveres numa boa posição no campeonato, claro que não vais querer mais uma corrida, mas se estás atrás, claro que vais votar a favor.” Outros, como Franz Tost, o director desportivo da AlphaTauri (ex-Toro Rosso), são ainda mais cépticos, “em primeiro lugar, eles têm que resolver (o problema), o que eu duvido que aconteça dentro do prazo que precisam, para que seja seguro lá ir, sem termos problemas”. Macau conta pouco O Grande Prémio da China de Fórmula 1 realiza-se desde 2004, mas esta é a primeira vez que há uma potencial coincidência de datas com o Grande Prémio de Macau, um evento que decorre sem interrupções desde 1954. Contudo, a acontecer, esta não seria a primeira vez que haveria um campeonato mundial de automobilismo na China no mesmo fim-de-semana do Grande Prémio. Em 2018, as 6 Horas de Xangai, do Campeonato do Mundo FIA de Endurance (WEC), coincidiu com o Grande Prémio, algo que não se repetiu devido às exigências dos construtores automóveis presentes oficialmente na Taça do Mundo FIA de GT do Grande Prémio. Contudo, desta vez a situação é diferente e o principal interessado vai certamente apenas olhar para o seu umbigo. “Antes de mais, a não realização de um Grande Prémio representa sempre uma penalização financeira e a China é dos países que mais paga para ter a sua corrida, logo, existe todo o interesse da parte da FOM para que a prova se realize e único constrangimento para o qual olharão será o calendário do Campeonato do Mundo de Fórmula 1”, acredita Jorge Girão. “Apesar da importância do Grande Prémio do Macau, uma das provas mais importantes da Ásia e de impacto mundial, este dificilmente será levado em consideração e, caso as equipas aprovem, o Grande Prémio da China será mesmo realizado no mesmo fim-de-semana do evento do Circuito da Guia.” O impacto maior, se esta decisão for para a frente, será na cobertura mediática do evento da RAEM, até porque os horários das transmissões televisivas poderão coincidir.
Sérgio Fonseca DesportoSophia Floersch premiada nos Laureus World Sports Awards [dropcap]S[/dropcap]ophia Floersch recebeu o prémio “World Comeback of the Year” na cerimónia dos Laureus World Sports Awards, que decorreu em Berlim na semana passada, pelo seu regresso ao Grande Prémio de Macau depois do seu brutal acidente em 2018. A piloto germânica já tem um programa desportivo para 2020, mas ao HM disse ter dúvidas que regresse a Macau este ano. Floerch superou o tenista Andy Murray e o clube de futebol Liverpool “na corrida” a este prémio. “Este é um sonho tornado realidade”, disse quando recebeu a estatueta. “Em primeiro lugar, estou muito feliz em estar aqui e segurar isto (o troféu) com as minhas mãos é uma grande honra. Estar à vossa frente, que de facto são os meus ídolos, e olhar-vos é algo incrível.” A sucessora de Tiger Woods, Roger Federer e Michael Phelps recordou à plateia que “este acidente em Macau foi mau e em vídeo foi muito mau. Contudo, para mim, dentro do carro não pareceu tão mau. Eu lembro-me de tudo. Aconteceu tão depressa que mal me apercebi.” Depois do acidente no Circuito da Guia, Floersch voltou ao volante no Campeonato Europeu Formula Regional, onde foi sétima classificada, para terminar o ano com uma participação no Grande Prémio de Macau, onde abandonou devido a problemas no seu F3. “Foram tempos duros, mas, para mim, o objectivo principal era regressar a um carro de corrida, o que aconteceu 106 dias depois”, relembrou. Rumo a Le Mans Sophia Floersh vai abraçar um novo desafio na temporada de 2020 e que lhe poderá abrir as portas para a uma participação futura nas míticas 24 Horas de Le Mans, mas que a pode afastar de Macau. A piloto que em 2018 escapou sem mazelas a um assombroso acidente na Curva do Lisboa está a lutar para continuar na disciplina que a tornou célebre, mas a falta de apoios poderá ditar o fim da sua passagem pelos monologares e muito provavelmente do objectivo de regressar à RAEM este ano. Entretanto, a jovem de Munique foi escolhida para fazer parte da Richard Mille Racing Team, uma equipa recém-formada e totalmente financiada pelo relojoeiro suíço Richard Mille e que nos próximos dois anos colocará em pista um protótipo ORECA 07-Gibson LMP2 no campeonato de provas de “endurance” European Le Mans Series. Com a bênção da iniciativa “FIA Woman in Motorsport” e o apoio técnico da equipa francesa Signatech, que venceu o Grande Prémio de Macau de F3 em 2003 (Nicolas Lapierre), 2009 e 2010 (Edoardo Mortara), o protótipo da classe LMP2 da Richard Mille Racing Team será dividido por um trio de senhoras composto por Floersch, Katherine Legge – ex-colega de equipa do português Álvaro Parente – e Tatiana Calderón (21ª classificada no GP Macau F3 de 2014). Para a além das seis provas do European Le Mans Series, uma delas em Portugal, a Richard Mille Racing Team pediu ao Automobile Club de l’Ouest um convite para participar nas 24 Horas de Le Mans. F3 está mais difícil Apesar de ter já um contrato que até a pode ajudar a uma futura profissionalização, Floersh gostaria de cumprir, em concomitância com os seus afazeres nas provas de resistência, uma temporada no Campeonato FIA de Fórmula 3 e regressar no final do ano à RAEM. Porém, este cenário parece, por agora, improvável, pois as verbas pedidas para participar neste escalão de acesso à Fórmula 1 são quase proibitivas. “Ainda estou a trabalhar na F3”, disse ao HM. “Contudo, estamos como em Macau 2019, não parece positivo.” A equipa HWA RACELAB, por quem Floersh alinhou no ano transacto no Grande Prémio, já tem os seus pilotos para a nova temporada. A estrutura que tem ligações privilegiadas com a Mercedes-AMG renovou com o inglês Jack Hughes, um “veterano” da F3 em Macau, e contratou o australiano Jack Doohan, filho do ex-campeão do mundo de motociclismo Mike Doohan, e o brasileiro Enzo Fittipaldi, neto do ex-campeão do mundo de Fórmula 1 Emerson Fittipaldi. “Saí de Macau com muitas promessas. Parecia muito positivo para 2020. Mas depois a minha equipa assinou contratos com valores altamente dotados. Mais de um milhão de euros para F3 é demasiado”, explicou. “Se algum patrocinador estiver interessado… liguem-me! O campeonato FIA F3 sem uma rapariga é uma pena para o automobilismo”. Em tempos de indefinição, com a competitividade que lhe é característica, a piloto de 19 anos não tem muita vontade de regressar ao Circuito da Guia e à Taça do Mundo de F3 sem ter uma preparação à altura
Hoje Macau DesportoGrande Prémio da China de Fórmula 1 adiado [dropcap]A[/dropcap]pesar de só estar marcada para o mês de Abril, A FIA e a Fórmula 1 deram aval ao adiamento da prova devido à crise provocada pelo coronavírus de Wuhan O Grande Prémio de Fórmula 1 da China vai ser adiado devido ao surto generalizado do novo coronavírus no país asiático, foi ontem anunciado. A Federação Internacional do Automóvel (FIA), juntamente com a Fórmula 1, decidiram aceitar o pedido de adiamento da prova, que estava agendada para o dia 19 de Abril, depois de um uma solicitação oficial do promotor do evento, o Juss Sports Group. “A FIA e a Fórmula 1 continuam a trabalhar em conjunto com as equipas, o promotor e as autoridades da China para avaliar a situação e os seus desenvolvimentos. Todas as partes vão ter o tempo necessário para estudar a viabilidade de possíveis datas alternativas para a realização do Grande Prémio mais tarde no ano, caso a situação melhore”, refere a FIA em comunicado. A federação esclarece que vai continuar a acompanhar a situação no que diz respeito a outros eventos motorizados. “O Grande Prémio da China tem sido uma importante parte do calendário da Fórmula 1, com muitos adeptos apaixonados. A comunidade da Fórmula 1 espera voltar a correr na China o mais rápido e deseja a todos no país o melhor durante estes tempos difíceis”, conclui. Ainda a subir O número de mortos na China continental devido ao coronavírus aumentou para 1.113, informou ontem a Comissão Nacional de Saúde chinesa. De acordo com as autoridades de saúde de Pequim, o número total de mortos nas últimas 24 horas é de 97. O número total de casos confirmados é de 44.653, dos quais 2.015 foram confirmados nas últimas 24 horas em território continental chinês. As autoridades chinesas acrescentaram ainda que 451.462 pacientes foram acompanhados por terem tido contacto próximo com os infectados, dos quais 185.037 ainda estão sob observação. O balanço ultrapassa o da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, na sigla em inglês), que entre 2002 e 2003 causou a morte a 774 pessoas em todo o mundo, a maioria das quais na China, mas a taxa de mortalidade permanece inferior. A situação motivou a marcação de uma reunião de urgência de ministros da Saúde dos países da União Europeia para esta quinta-feira, em Bruxelas, enquanto a Organização Mundial de Saúde enviou uma equipa de especialistas para a China para acompanhar a evolução.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Provas canceladas por todo o país devido ao coronavírus Para evitar a propagação do coronavírus as autoridades chinesas estão a cancelar todos os grandes eventos desportivos no país. Uma das poucas competições desportivas da RAEM que se desenrola obrigatoriamente fora do território é o Campeonato de Carros de Turismo de Macau (MTCS, na sigla inglesa) e cujas suas duas provas de 2020 podem estar em risco [dropcap]A[/dropcap] Federação de Desporto Automóvel e Motociclos da República Popular da China (CAMF, na sigla inglesa) emitiu nas vésperas do Ano Novo Lunar um comunicado em que dava conta que todos os eventos desportivos estavam suspensos até ao mês de Abril. Contudo, este comunicado, publicado no site oficial da CAMG e nas suas redes sociais, foi removido, sem que a autoridade desportiva nacional chinesa justificasse porquê. No entanto, o Rali da Montanha de Gelo de Changbai Mountain Ice Rally, do Campeonato da China de Ralis (CRC), que se disputava de 12 a 14 de Fevereiro, foi cancelado. Quem também “caiu” foi a prova do Campeonato FIA de Fórmula E marcada para o dia 21 de Março em Sanya. A competição de carros eléctricos, que tem interesses muito fortes na China, viu-se forçada a cancelar o seu único evento no país, depois de anular a sua etapa em Hong Kong devido aos distúrbios causados pelos protestos pelos movimentos pró-democracia e contra controverso projeto de lei de extradição. Todo a situação está a ser seguida com especial atenção pela Federação Internacional do Automóvel (FIA) e pelos organizadores do Campeonato do Mundo FIA de Fórmula 1, cuja importante prova em território chinês, mais precisamente na cidade de Xangai, acontece de 17 a 19 de Abril. A logística da Fórmula 1 é gigantesca e planeada com muitos meses de avanço. O cancelamento do evento irá provocar seriamente várias dores de cabeça às equipas, num ano complicado em que estão vinte e dois Grande Prémios agendados. Sob a direção do presidente da Comissão Médica da FIA, o professor Gérard Saillant, a federação internacional disse em comunicado que está a monitorizar a “evolução da situação com as autoridades relevantes e os seus clubes membros”, estando a avaliar “o calendário das suas próximas corridas e, se necessário, tomará as medidas necessárias para ajudar a proteger a comunidade global do desporto motorizado e o público em geral.” Atenta ao desenrolar dos acontecimentos estará também a Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC), cujas duas provas do MTCS, que têm a particularidade de serem as corridas de qualificação dos pilotos locais para o Grande Prémio de Macau, e estarem agendadas para finais de Maio e início de Junho no Circuito Internacional de Zhuzhou, na província de Hunan. Apenas quatrocentos quilómetros separam a cidade de Wuhan, onde começou o surto, da cidade de Zhuzhou. As autoridades competentes irão certamente tomar uma decisão nas próximas semanas, até porque o transporte dos carros e material dos concorrentes é feito com bastante antecedência. Ondas de choque Tal como Macau, Wuhan organizava desde 2017 uma prova de automobilismo nas ruas em redor do enorme completo desportivo local. A cidade da província de Hubei preparava-se para organizar pela primeira vez em 2020 no primeiro de Maio a sua edição anual do “Circuito Citadino de Wuhan”, prova que já foi pontuável para a Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR), e que habitualmente decorre nos dois últimos meses do ano. Este ano o evento que tem o alto patrocínio da CAMG, iria reunir todas as principais competições de automóveis em circuito da China (CTCC, TCR China, China GT, F4 China, etc). A data exacta do evento estava por confirmar, mas dificilmente esta será uma preocupação nos próximos meses para as autoridades locais. Entretanto, o Circuito Internacional de Zhuhai, que é base operacional de grande parte das equipas do Sul da China, adiou a sua reabertura, de 30 de Janeiro para o dia 10 de Fevereiro. Eventos Desportivos Cancelados em Fevereiro 1 – Liga Chinesa de Basquetebol – Início da temporada adiado 3 a 9 – Grupo de Qualificação para os Jogos Olímpicos Futebol Feminino (Wuhan/Nanjing) – Transferido para Sydney 4 a 8 – Torneiro de Ténis “Fed Cup Asia/Oceania” Grupo 1 (Dongguan) – Transferido para o Cazaquistão 8 a 9 – Maratona de Hong Kong – Cancelado 12 a 13 – Campeonatos Asiáticos de Atletismo Indoor (Huangzhou) – Cancelado 12 a 14 – Rali Montanha de Gelo de Changbai (Liaoning) – Cancelado 15 – Supertaça de Futebol Guangzhou Evergrade vs Shanghai Shenhua (Suzhou) – Adiado 15 a 16 – Taça do Mundo de Esqui (Yanqing) – Cancelado 16 a 26 – Jogos Nacionais Chineses de Inverno (Hulunbuir) – Cancelado 22 – Superliga Chinesa de Futebol – Início da temporada adiado 23 a 1 Março – UCI Tour de Hainan – Cancelado
admin DesportoAutomobilismo | Provas canceladas por todo o país devido ao coronavírus Para evitar a propagação do coronavírus as autoridades chinesas estão a cancelar todos os grandes eventos desportivos no país. Uma das poucas competições desportivas da RAEM que se desenrola obrigatoriamente fora do território é o Campeonato de Carros de Turismo de Macau (MTCS, na sigla inglesa) e cujas suas duas provas de 2020 podem estar em risco [dropcap]A[/dropcap] Federação de Desporto Automóvel e Motociclos da República Popular da China (CAMF, na sigla inglesa) emitiu nas vésperas do Ano Novo Lunar um comunicado em que dava conta que todos os eventos desportivos estavam suspensos até ao mês de Abril. Contudo, este comunicado, publicado no site oficial da CAMG e nas suas redes sociais, foi removido, sem que a autoridade desportiva nacional chinesa justificasse porquê. No entanto, o Rali da Montanha de Gelo de Changbai Mountain Ice Rally, do Campeonato da China de Ralis (CRC), que se disputava de 12 a 14 de Fevereiro, foi cancelado. Quem também “caiu” foi a prova do Campeonato FIA de Fórmula E marcada para o dia 21 de Março em Sanya. A competição de carros eléctricos, que tem interesses muito fortes na China, viu-se forçada a cancelar o seu único evento no país, depois de anular a sua etapa em Hong Kong devido aos distúrbios causados pelos protestos pelos movimentos pró-democracia e contra controverso projeto de lei de extradição. Todo a situação está a ser seguida com especial atenção pela Federação Internacional do Automóvel (FIA) e pelos organizadores do Campeonato do Mundo FIA de Fórmula 1, cuja importante prova em território chinês, mais precisamente na cidade de Xangai, acontece de 17 a 19 de Abril. A logística da Fórmula 1 é gigantesca e planeada com muitos meses de avanço. O cancelamento do evento irá provocar seriamente várias dores de cabeça às equipas, num ano complicado em que estão vinte e dois Grande Prémios agendados. Sob a direção do presidente da Comissão Médica da FIA, o professor Gérard Saillant, a federação internacional disse em comunicado que está a monitorizar a “evolução da situação com as autoridades relevantes e os seus clubes membros”, estando a avaliar “o calendário das suas próximas corridas e, se necessário, tomará as medidas necessárias para ajudar a proteger a comunidade global do desporto motorizado e o público em geral.” Atenta ao desenrolar dos acontecimentos estará também a Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC), cujas duas provas do MTCS, que têm a particularidade de serem as corridas de qualificação dos pilotos locais para o Grande Prémio de Macau, e estarem agendadas para finais de Maio e início de Junho no Circuito Internacional de Zhuzhou, na província de Hunan. Apenas quatrocentos quilómetros separam a cidade de Wuhan, onde começou o surto, da cidade de Zhuzhou. As autoridades competentes irão certamente tomar uma decisão nas próximas semanas, até porque o transporte dos carros e material dos concorrentes é feito com bastante antecedência. Ondas de choque Tal como Macau, Wuhan organizava desde 2017 uma prova de automobilismo nas ruas em redor do enorme completo desportivo local. A cidade da província de Hubei preparava-se para organizar pela primeira vez em 2020 no primeiro de Maio a sua edição anual do “Circuito Citadino de Wuhan”, prova que já foi pontuável para a Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR), e que habitualmente decorre nos dois últimos meses do ano. Este ano o evento que tem o alto patrocínio da CAMG, iria reunir todas as principais competições de automóveis em circuito da China (CTCC, TCR China, China GT, F4 China, etc). A data exacta do evento estava por confirmar, mas dificilmente esta será uma preocupação nos próximos meses para as autoridades locais. Entretanto, o Circuito Internacional de Zhuhai, que é base operacional de grande parte das equipas do Sul da China, adiou a sua reabertura, de 30 de Janeiro para o dia 10 de Fevereiro. Eventos Desportivos Cancelados em Fevereiro 1 – Liga Chinesa de Basquetebol – Início da temporada adiado 3 a 9 – Grupo de Qualificação para os Jogos Olímpicos Futebol Feminino (Wuhan/Nanjing) – Transferido para Sydney 4 a 8 – Torneiro de Ténis “Fed Cup Asia/Oceania” Grupo 1 (Dongguan) – Transferido para o Cazaquistão 8 a 9 – Maratona de Hong Kong – Cancelado 12 a 13 – Campeonatos Asiáticos de Atletismo Indoor (Huangzhou) – Cancelado 12 a 14 – Rali Montanha de Gelo de Changbai (Liaoning) – Cancelado 15 – Supertaça de Futebol Guangzhou Evergrade vs Shanghai Shenhua (Suzhou) – Adiado 15 a 16 – Taça do Mundo de Esqui (Yanqing) – Cancelado 16 a 26 – Jogos Nacionais Chineses de Inverno (Hulunbuir) – Cancelado 22 – Superliga Chinesa de Futebol – Início da temporada adiado 23 a 1 Março – UCI Tour de Hainan – Cancelado
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Rodolfo Ávila faz balanço positivo da época Rodolfo Ávila encerrou a temporada de 2019 em alta, com um triunfo indiscutível na última corrida do CTCC, um resultado merecido numa época atribulada e, acimada tudo, importante para o futuro. O piloto português de Macau fez um balanço positivo da temporada passada ao HM e está confiante que poderá regressar este ano ao popular campeonato de automobilismo da República Popular da China [dropcap]N[/dropcap]o cair do pano do Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC, na sigla inglesa), no circuito citadino de Wuhan, na China Interior, Ávila esteve em destaque, não só por ter triunfado na segunda corrida, mas também porque foi vital na estratégia da equipa SVW333 Racing para que o seu piloto principal, o chinês Zhang Zhen Dong, conquistasse o título de pilotos. No penúltimo fim-de-semana de Dezembro, o VW Lamando nº9 qualificou-se no terceiro lugar e na primeira corrida estava destinado a terminar no segundo lugar, quando a equipa pediu a Ávila para este abrandar e deixar passar o seu companheiro de equipa para que este somasse o maior número de pontos possível. “Neste campeonato a equipa é o que conta mais, não há margem para individualismo, mesmo que por vezes custe a qualquer piloto ter que abdicar de um bom resultado em prol dos interesses da equipa”, explicou o piloto da RAEM ao HM que se estreou no CTCC em 2016 ao serviço da SVW333 Racing. Questionado sobre a temporada transacta, Ávila reconhece que “foi difícil, porque nem sempre tivemos o melhor carro e o balanço de performance também nem sempre nos foi favorável ao longo do ano”. Para além do triunfo em Wuhan, Ávila também venceu este ano em Xangai e os resultados só não foram melhores devido a toques maldosos de adversários. “Fui várias vezes atirado para fora e perdi muitos pontos por causa disso, mas mesmo assim, faço um balanço positivo, porque estou certo que se não fosse uma série de infortúnios poderia ter terminado ainda melhor classificado no campeonato. A equipa fez um bom trabalho, ganhamos fiabilidade e houve provas em que tínhamos carro para vencer.” Ávila, que no dia-a-dia assume as funções de Team Manager da equipa Asia Racing Team, terminou no terceiro lugar na classificação de pilotos, enquanto a SVW333 Racing ficou no segundo lugar na classificação de equipas, onde a equipa oficial da VW SAIC enfrentou as suas congéneres da Kia, BAIC, Ford e Toyota. 2020 bem encaminhado O piloto de 32 anos ainda não tem a temporada de 2020 definida a cem por cento, mas os bons resultados obtidos na temporada passada permitem-lhe estar confiante que poderá continuar a defender as cores da SVW333 Racing pelo terceiro ano consecutivo no CTCC. “A equipa ainda não confirmou os seus pilotos para este ano, mas mostrou vontade para que eu continuasse. Esse é um bom sinal”, clarificou. Depois de várias temporadas a competir em corridas de monolugares, GTs e na Taça Porsche Carrera Ásia, Ávila está satisfeito por fazer parte do restrito grupo de pilotos que compete no CTCC. “Gosto de competir neste campeonato. É o maior e mais importante campeonato da China de circuitos e um dos melhores campeonatos do mundo de carros de turismo”, afirma Ávila, acrescentando que “para além de ter cinco marcas representadas com equipas de fábrica, o nível dos pilotos é muito bom, reunindo os melhores pilotos chineses da actualidade e vários pilotos internacionais de renome como o Rob Huff, Colin Turkington, Alex Fontana ou Pepe Oriola.” 2020 deverá ser o último ano do CTCC com os actuais carros, que não são utilizados em mais nenhum outro campeonato no mundo, sendo ainda uma incógnita regulamentação técnica que virá a ser adoptada no futuro.
admin DesportoAutomobilismo | Rodolfo Ávila faz balanço positivo da época Rodolfo Ávila encerrou a temporada de 2019 em alta, com um triunfo indiscutível na última corrida do CTCC, um resultado merecido numa época atribulada e, acimada tudo, importante para o futuro. O piloto português de Macau fez um balanço positivo da temporada passada ao HM e está confiante que poderá regressar este ano ao popular campeonato de automobilismo da República Popular da China [dropcap]N[/dropcap]o cair do pano do Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC, na sigla inglesa), no circuito citadino de Wuhan, na China Interior, Ávila esteve em destaque, não só por ter triunfado na segunda corrida, mas também porque foi vital na estratégia da equipa SVW333 Racing para que o seu piloto principal, o chinês Zhang Zhen Dong, conquistasse o título de pilotos. No penúltimo fim-de-semana de Dezembro, o VW Lamando nº9 qualificou-se no terceiro lugar e na primeira corrida estava destinado a terminar no segundo lugar, quando a equipa pediu a Ávila para este abrandar e deixar passar o seu companheiro de equipa para que este somasse o maior número de pontos possível. “Neste campeonato a equipa é o que conta mais, não há margem para individualismo, mesmo que por vezes custe a qualquer piloto ter que abdicar de um bom resultado em prol dos interesses da equipa”, explicou o piloto da RAEM ao HM que se estreou no CTCC em 2016 ao serviço da SVW333 Racing. Questionado sobre a temporada transacta, Ávila reconhece que “foi difícil, porque nem sempre tivemos o melhor carro e o balanço de performance também nem sempre nos foi favorável ao longo do ano”. Para além do triunfo em Wuhan, Ávila também venceu este ano em Xangai e os resultados só não foram melhores devido a toques maldosos de adversários. “Fui várias vezes atirado para fora e perdi muitos pontos por causa disso, mas mesmo assim, faço um balanço positivo, porque estou certo que se não fosse uma série de infortúnios poderia ter terminado ainda melhor classificado no campeonato. A equipa fez um bom trabalho, ganhamos fiabilidade e houve provas em que tínhamos carro para vencer.” Ávila, que no dia-a-dia assume as funções de Team Manager da equipa Asia Racing Team, terminou no terceiro lugar na classificação de pilotos, enquanto a SVW333 Racing ficou no segundo lugar na classificação de equipas, onde a equipa oficial da VW SAIC enfrentou as suas congéneres da Kia, BAIC, Ford e Toyota. 2020 bem encaminhado O piloto de 32 anos ainda não tem a temporada de 2020 definida a cem por cento, mas os bons resultados obtidos na temporada passada permitem-lhe estar confiante que poderá continuar a defender as cores da SVW333 Racing pelo terceiro ano consecutivo no CTCC. “A equipa ainda não confirmou os seus pilotos para este ano, mas mostrou vontade para que eu continuasse. Esse é um bom sinal”, clarificou. Depois de várias temporadas a competir em corridas de monolugares, GTs e na Taça Porsche Carrera Ásia, Ávila está satisfeito por fazer parte do restrito grupo de pilotos que compete no CTCC. “Gosto de competir neste campeonato. É o maior e mais importante campeonato da China de circuitos e um dos melhores campeonatos do mundo de carros de turismo”, afirma Ávila, acrescentando que “para além de ter cinco marcas representadas com equipas de fábrica, o nível dos pilotos é muito bom, reunindo os melhores pilotos chineses da actualidade e vários pilotos internacionais de renome como o Rob Huff, Colin Turkington, Alex Fontana ou Pepe Oriola.” 2020 deverá ser o último ano do CTCC com os actuais carros, que não são utilizados em mais nenhum outro campeonato no mundo, sendo ainda uma incógnita regulamentação técnica que virá a ser adoptada no futuro.
Sérgio Fonseca DesportoSabino Osório Lei, piloto que saltou dos videojogos para as corridas reais [dropcap]N[/dropcap]um período em que o automobilismo de Macau precisa urgentemente de se renovar, a presença de “sangue novo” nas grelhas de partida é sempre bem-vinda. A presença do estreante Sabino Osório Lei em 2019 foi mais uma refrescante adição às provas locais, um piloto que praticamente saiu directo dos simuladores para as corridas a sério. O piloto macaense debutou no automobilismo apenas na temporada transacta, tendo como experiência anterior nos desportos motorizados algumas participações em eventos de karting na China Continental e um curto teste num Fórmula 4. Contudo, Sabino conta com um vasto currículo nas provas de simuladores, incluindo um segundo lugar nas qualificações da “Esports WTCR OSCARO Asia/Oceania” e a vitória num China Sim Challenge. Depois de ter conseguido o apuramento nas duas provas do Campeonato de Carros de Turismo de Macau (MTCS), em Zhaoqing, com resultados prometedores, a estreia “a doer” de Sabino no Circuito da Guia também não desapontou. “Foi fantástico para mim, porque foi a primeira vez no Grande Prémio de Macau e finalmente pude sentir a diferença entre a competição real e o ‘sim racing’…”, explicou ao HM o piloto que tripulou um Volkswagen Golf GTI TCR da equipa local SLM Racing Team. Sobre a passagem do mundo virtual para o mundo real, Sabino destaca que “a concentração é totalmente diferente”, o que obriga a outro tipo de abordagem. “Tens que manter a tua mente limpa e concentrares-te em tudo o que se passa em pista. O que quero dizer é que não difícil conduzir, mas a parte da ‘concentração total’ requer algum tempo”. Em termos desportivos, Sabino qualificou-se na décima segunda posição da grelha de partida da Taça de Carros de Turismo de Macau, posição em que terminou a corrida, classificando-se no nono lugar entre os concorrentes da classe “1950cc e Superior”. Este resultado esteve em concordância com os seus objectivos para o evento mais importante da temporada, pois “a minha missão era terminar nos dez primeiros, portanto fiquei satisfeito com o resultado obtido”. Olhar para fora Tal como a maioria dos pilotos do território, Sabino ainda não tem a próxima temporada definida, no entanto, está praticamente certo que deverá voltar ao MTCS e ao Grande Prémio de Macau em Novembro. Tentar algo além-fronteiras também não está descartado. “Ainda estou a planear, mas se possível, talvez farei algumas corridas do TCSA, GT Asia, ou TCR Asia”, afirmou. O piloto que continua activo nas provas de simuladores não esconde um desejo para o futuro: “Eu espero que o AAMC adicione mais corridas ao Grande Prémio, porque gostava de me juntar a uma daquelas corridas de troféus monomarca ou algo parecido em que a competição é mais renhida. Como sabem, a Taça de Carros de Turismo de Macau não é realmente divertida porque existem grandes diferenças entre os carros 1950cc e 1600cc Turbo. Tenho esperanças de ver uma competição com carros com andamentos mais próximos.”
Sérgio Fonseca DesportoWTCR em Macau pelo terceiro ano consecutivo [dropcap]D[/dropcap]a reunião do Conselho Mundial da Federação Internacional do Automóvel (FIA), realizada na passada quarta-feira em Paris, saiu o calendário para a temporada de 2020 da Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR), competição onde o Circuito da Guia irá continuar a ser parte integrante pelo terceiro ano consecutivo. A principal competição de carros de Turismo sob a alçada da FIA voltará a ter dez eventos no próximo ano, incluindo provas em Portugal (Vila Real) e na China Interior (Ningbo). No calendário do próximo ano entraram Espanha (Aragão) e Coreia do Sul (Inje) para o lugar da Holanda (Zandvoort) e do Japão (Suzuka). Macau será novamente, a exemplo deste ano, a penúltima prova do ano, ficando o Circuito Internacional de Sepang, na Malásia, com a “honra” de encerrar a temporada. Entretanto, a FIA e o Eurosport Events prolongaram o contrato por mais três anos que dá à empresa de promoção de eventos do canal pan-europeu de televisão os direitos de ficar à frente da organização da WTCR. Ao mesmo tempo, será introduzido em 2020 um troféu para iniciados que visa a motivar a participação de mais jovens pilotos no campeonato. De acordo com a informação que chegou de Paris, a 67ª edição do Grande Prémio de Macau será realizada de 19 a 22 de Novembro de 2020. No mês passado, as três corridas da WTCR no Circuito da Guia foram ganhas pelos carros da marca chinesa Lynk & Co, com os triunfos a serem divididos por Yvan Muller (dois) e Andy Priaulx (um). Nenhuma palavra saiu deste Conselho Mundial sobre as Taças do Mundo de Fórmula 3 e de GT, sendo provável que estas sejam novamente atribuídas à RAEM. O próximo Conselho Mundial está marcado para o dia 6 de Março em Genebra.
Sérgio Fonseca DesportoCelebrações dos 20 anos da RAEM travam circuito citadino em Shenzhen A cidade de Shenzhen preparava-se para organizar pela primeira vez uma prova de automobilismo e motociclismo de velocidade no mês de Dezembro, mas o evento, à imagem do Grande Prémio de Macau, foi cancelado devido às comemorações dos vinte anos da RAEM. [dropcap]O[/dropcap] “Grande Prémio da Cidade Internacional da Baía de Shenzhen”, assim se traduz em português o nome do evento, estava agendado para os dias 20, 21 e 22 de Dezembro, e tinha o aval do governo local. O traçado, localizado no distrito de Nanshan, era constituído por seis curvas e seis rectas. O menu de provas inclua seis corridas: duas para motos, uma para concorrentes locais e outra internacional, uma para carros de GT, uma para Fórmula Renault e duas para diferentes classes de carros de Turismo. Várias equipas do sul da China foram convidadas a participar no evento do circuito citadino de Nanshan Shenzhen, apesar de nenhuma corrida contar para qualquer campeonato nacional ou regional. Mesmo sendo os custos de transporte das viaturas e equipamento apresentados relativamente mais elevados para os valores habituais, a prova, que está a ser trabalhada nos bastidores desde o passado mês de Agosto, estava a gerar algum interesse junto da comunidade automobilística, principalmente devido à proximidade a Hong Kong a que se alia o factor novidade. Contudo, visto que a cidade de Shenzhen faz parte da Grande Baía e a vizinha RAEM estará em festa nesse fim-de-semana, os organizadores anunciaram, em comunicado no início de Novembro, o adiamento da prova. Na comunicação escrita do comité organizador do evento, onde se destaca o “forte apoio da indústria automóvel e difusão”, é permitido ler ainda “que uma nova data será confirmada num futuro próximo e comunicada a todas as partes o mais cedo possível”. Esta não foi a primeira alteração da data deste evento desportivo da primeira zona económica especial criada pela República Popular da China, visto que o “Grande Prémio da Cidade Internacional da Baía de Shenzhen” chegou a estar previsto para o mês de Novembro, num outro ponto da cidade, para no mês de Setembro, devido a obras em curso na localização inicial, ser reagendado para o mês de Dezembro. A ideia não está morta Apesar da “falsa partida”, os organizadores do “Grande Prémio da Cidade Internacional da Baía de Shenzhen”, esperam levar avante o evento no próximo ano. Estes terão mesmo encetado contactos para convidar os concorrentes do Campeonato do Mundo FIM de Sidecar, uma competição que está sob a égide da Federação Internacional de Motociclismo (FIM) e que recentemente visitou Portugal, para uma corrida de exibição. Por outro lado, existe a vontade que a corrida de motociclismo faça parte do campeonato asiático de estrada – FIM Asia Road Racing Championship, na designação inglesa -, uma competição com mais de vinte anos de história, mas para que tal aconteça os exigentes padrões internacionais de segurança terão que ser respeitados na integra. Para além das corridas, o programa de festividades inclui exibições de drift, acrobacias de motos e concentrações automóveis de clubes.
Hoje Macau DesportoResistência | António Félix da Costa vence terceira prova do Mundial [dropcap]O[/dropcap] piloto português António Félix da Costa (Oreca) venceu ontem a categoria LMP2 da terceira prova do Campeonato do Mundo de Resistência de automobilismo, disputada em Xangai, na China, na qual Filipe Albuquerque foi terceiro. Félix da Costa, que fez equipa com o britânico Anthony Davidson e com o mexicano Roberto Gonzalez, partiu da quinta posição da grelha, mas terminou as quatro horas de corrida com 121 voltas completadas e 17,090 segundos de avanço sobre o segundo classificado da classe, o Oreca da Jackie Chan DC Racing, tripulado pelo francês Gabriel Aubry, pelo chinês Ho-Pin Tung e pelo britânico Will Stevens. Para o piloto de Cascais foi “um grande dia”, pois esta é a primeira vitória no Mundial de Resistência: “Não foi uma corrida nada fácil, devido à gestão de pneus que tivemos de fazer, principalmente com o elevado nível de degradação deste circuito. Esta vitória foi obtida pelo excelente trabalho de equipa que todos fizemos, sem qualquer erro em pista e com ‘pit stops’ [paragens nas boxes] muito eficientes e sempre nos momentos certos, toda a equipa JOTA esteve muito bem e merecemos esta vitória.” “[Foi um] grande trabalho dos meus colegas de equipa. Juntos, hoje, mostrámos que fomos os mais fortes e só temos de estar orgulhosos deste dia. Para mim, principalmente, pois foi a minha primeira vitória aqui no Mundial de Resistência. Um grande dia”, resumiu Félix da Costa, sexto classificado da geral. De trás para a frente Em terceiro lugar ficou Filipe Albuquerque, no Oreca da United Autosports, depois de ter partido de idêntica posição da grelha. Albuquerque, que fez equipa com os britânicos Phil Hanson e Paul di Resta, terminou a 21,727 segundos de Félix da Costa, depois de ter caído para a última posição devido a um pedaço de plástico que se alojou na entrada de ar do motor. “Foi sempre a ganhar posições, com um excelente andamento. Fizemos tudo o que podíamos para chegar mais além, mas o tempo perdido e os andamentos semelhantes não permitiram ir mais longe. É sempre um pouco frustrante, porque ainda não tivemos uma corrida limpa, há sempre alguma coisa que nos acontece e nos obriga a ceder posições”, lamentou o piloto de Coimbra, oitavo da geral. O Rebellion pilotado pelos brasileiros Gustavo Menezes e Bruno Senna e pelo francês Norman Nato bateu os Toyota oficiais pela primeira vez em pista (a outra derrota da Toyota foi na secretaria) e venceu a prova chinesa. Com estes resultados, Félix da Costa está em sexto lugar da LMP2, com 35 pontos, mais cinco do que Filipe Albuquerque, que é sétimo. Os comandantes são os holandeses Giedo Van der Garde e Frits Van Eerd, com 51. A próxima prova disputa-se em 14 de Dezembro, com as 8 Horas do Bahrain.
Hoje Macau DesportoResistência | António Félix da Costa vence terceira prova do Mundial [dropcap]O[/dropcap] piloto português António Félix da Costa (Oreca) venceu ontem a categoria LMP2 da terceira prova do Campeonato do Mundo de Resistência de automobilismo, disputada em Xangai, na China, na qual Filipe Albuquerque foi terceiro. Félix da Costa, que fez equipa com o britânico Anthony Davidson e com o mexicano Roberto Gonzalez, partiu da quinta posição da grelha, mas terminou as quatro horas de corrida com 121 voltas completadas e 17,090 segundos de avanço sobre o segundo classificado da classe, o Oreca da Jackie Chan DC Racing, tripulado pelo francês Gabriel Aubry, pelo chinês Ho-Pin Tung e pelo britânico Will Stevens. Para o piloto de Cascais foi “um grande dia”, pois esta é a primeira vitória no Mundial de Resistência: “Não foi uma corrida nada fácil, devido à gestão de pneus que tivemos de fazer, principalmente com o elevado nível de degradação deste circuito. Esta vitória foi obtida pelo excelente trabalho de equipa que todos fizemos, sem qualquer erro em pista e com ‘pit stops’ [paragens nas boxes] muito eficientes e sempre nos momentos certos, toda a equipa JOTA esteve muito bem e merecemos esta vitória.” “[Foi um] grande trabalho dos meus colegas de equipa. Juntos, hoje, mostrámos que fomos os mais fortes e só temos de estar orgulhosos deste dia. Para mim, principalmente, pois foi a minha primeira vitória aqui no Mundial de Resistência. Um grande dia”, resumiu Félix da Costa, sexto classificado da geral. De trás para a frente Em terceiro lugar ficou Filipe Albuquerque, no Oreca da United Autosports, depois de ter partido de idêntica posição da grelha. Albuquerque, que fez equipa com os britânicos Phil Hanson e Paul di Resta, terminou a 21,727 segundos de Félix da Costa, depois de ter caído para a última posição devido a um pedaço de plástico que se alojou na entrada de ar do motor. “Foi sempre a ganhar posições, com um excelente andamento. Fizemos tudo o que podíamos para chegar mais além, mas o tempo perdido e os andamentos semelhantes não permitiram ir mais longe. É sempre um pouco frustrante, porque ainda não tivemos uma corrida limpa, há sempre alguma coisa que nos acontece e nos obriga a ceder posições”, lamentou o piloto de Coimbra, oitavo da geral. O Rebellion pilotado pelos brasileiros Gustavo Menezes e Bruno Senna e pelo francês Norman Nato bateu os Toyota oficiais pela primeira vez em pista (a outra derrota da Toyota foi na secretaria) e venceu a prova chinesa. Com estes resultados, Félix da Costa está em sexto lugar da LMP2, com 35 pontos, mais cinco do que Filipe Albuquerque, que é sétimo. Os comandantes são os holandeses Giedo Van der Garde e Frits Van Eerd, com 51. A próxima prova disputa-se em 14 de Dezembro, com as 8 Horas do Bahrain.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Participação de Macau na “TCR Spa 500” aquém das expectativas [dropcap]A[/dropcap] passagem da equipa “Macau PS Racing” pela primeira edição da “TCR Spa 500” – uma prova de resistência de 500 voltas ao circuito belga de Spa-Francorchamps – não terminou como o quinteto de pilotos do território certamente desejaria. Filipe Souza, Ryan Wong, Kelvin Wong, Ng Kin Veng e Kam San Lam foram obrigados a abandonar devido a um acidente quando tinham cumprido apenas 85 voltas ao mítico traçado plantado na Floresta das Ardenas. O Audi RS3 LMS DSG com as cores da RAEM até teve um princípio de corrida muito bom, com Souza a realizar o primeiro turno de condução, conseguindo “subir várias posições”. Numa corrida que contou com dezassete concorrentes, um número que ficou aquém das expectativas do organizador, o Audi nº853 já rodava na décima primeira posição ao início da noite fria, em que a chuva já se fazia sentir, quando se deu o pior. Na zona de Blanchimont, a segunda curva à esquerda rapidíssima do circuito belga de Fórmula 1, Kelvin Wong perdeu o controlo do carro germânico e bateu nas barreiras de protecção do circuito. O veterano piloto de Macau não se magoou, mas o carro, alugado a uma equipa local, ficou demasiado danificado para continuar apesar dos esforços dos mecânicos para o recuperarem. Apesar da natural desilusão com o final prematuro, Souza admitiu ao HM que “gostou muito da experiência”, numa pista que é das mais exigentes do mundo, realçando que “aprendemos muito durante estes dias”, não fechando a porta a um possível regresso. Também presente na prova belga esteve Kevin Tse, também ele um piloto que defende as cores de Macau, que fazendo equipa com três pilotos de Hong Kong, teve a mesma sorte do quinteto da “Macau PS Racing”. O Audi RS3 LMS DSG de Tse abandonou a três horas do fim devido a um acidente protagonizado por um companheiro de equipa, curiosamente também na zona de Blanchimont. A prova foi ganha pelo Cupra TCR onde estavam Tom Coronel e Pepe Oriola.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Participação de Macau na “TCR Spa 500” aquém das expectativas [dropcap]A[/dropcap] passagem da equipa “Macau PS Racing” pela primeira edição da “TCR Spa 500” – uma prova de resistência de 500 voltas ao circuito belga de Spa-Francorchamps – não terminou como o quinteto de pilotos do território certamente desejaria. Filipe Souza, Ryan Wong, Kelvin Wong, Ng Kin Veng e Kam San Lam foram obrigados a abandonar devido a um acidente quando tinham cumprido apenas 85 voltas ao mítico traçado plantado na Floresta das Ardenas. O Audi RS3 LMS DSG com as cores da RAEM até teve um princípio de corrida muito bom, com Souza a realizar o primeiro turno de condução, conseguindo “subir várias posições”. Numa corrida que contou com dezassete concorrentes, um número que ficou aquém das expectativas do organizador, o Audi nº853 já rodava na décima primeira posição ao início da noite fria, em que a chuva já se fazia sentir, quando se deu o pior. Na zona de Blanchimont, a segunda curva à esquerda rapidíssima do circuito belga de Fórmula 1, Kelvin Wong perdeu o controlo do carro germânico e bateu nas barreiras de protecção do circuito. O veterano piloto de Macau não se magoou, mas o carro, alugado a uma equipa local, ficou demasiado danificado para continuar apesar dos esforços dos mecânicos para o recuperarem. Apesar da natural desilusão com o final prematuro, Souza admitiu ao HM que “gostou muito da experiência”, numa pista que é das mais exigentes do mundo, realçando que “aprendemos muito durante estes dias”, não fechando a porta a um possível regresso. Também presente na prova belga esteve Kevin Tse, também ele um piloto que defende as cores de Macau, que fazendo equipa com três pilotos de Hong Kong, teve a mesma sorte do quinteto da “Macau PS Racing”. O Audi RS3 LMS DSG de Tse abandonou a três horas do fim devido a um acidente protagonizado por um companheiro de equipa, curiosamente também na zona de Blanchimont. A prova foi ganha pelo Cupra TCR onde estavam Tom Coronel e Pepe Oriola.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Hong Kong deixa cair prova de Fórmula E [dropcap]A[/dropcap] situação estava a ser monitorizada há mais de dois meses, mas depois de consultadas todas as partes envolvidas, os organizadores do “Hong Kong ePrix”, a única prova de automobilismo da região vizinha, decidiram cancelar o evento programado para o dia 3 de Março do próximo ano. A decisão foi confirmada na passada sexta-feira pelo Conselho Mundial da FIA, apesar do órgão máximo do desporto motorizado não justificar as razões da saída de Hong Kong do calendário do Campeonato FIA de Fórmula E de 2019/2020. Contudo, ao South China Morning Post, um dos pilares da organização da prova justificou esta decisão pelo receio da incapacidade de colocar o evento de pé devido aos contínuos protestos pró-democracia que têm abalado Hong Kong. “Montar o circuito ia custar muito dinheiro. Se alguma coisa acontecesse no dia do evento por causa da agitação social, se não pudesse começar, seria uma enorme perda”, disse Lawrence Yu, o presidente da Associação Automóvel de Hong Kong (HKAA) e principal mentor deste projecto desde o seu início. Esta seria a quarta edição do evento e a organização já tinha ultrapassado grandes obstáculos, como o financiamento de um evento que deu prejuízos nas três edições realizadas e o alargamento do circuito desenhado pelo arquitecto português Rodrigo Nunes. Yu afirmou também ao diário da ex-colónia britânica que organização da Fórmula E e o governo local esperam que a prova, que curiosamente é a preferida do piloto luso António Félix da Costa, regresse em 2021, dado o contributo positivo do evento para o campeonato de carros eléctricos. Rugby Sevens mantém-se firme O cancelamento da etapa da Fórmula E vem no seguimento da anulação de outros grandes eventos desportivos em Hong Kong. A última etapa do PGA Tour Series-China deveria ser disputada entre os dias 17 e 20 de Outubro na antiga colónia britânica, em vez disso será disputado de 10 a 13 de Outubro em Macau. O torneio do circuito feminino de ténis em Hong Kong, programado para este mês também foi adiado indefinidamente, enquanto que os jogos da liga de futebol deste fim-de-semana foram suspensos. Por enquanto, o mais famoso evento desportivo do território, o Hong Kong Rugby Sevens, mantém-se firme e os organizadores deixaram já claro que não têm planos para que este não se realize no fim-de-semana de 4 e 5 de Abril do próximo ano.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Hong Kong deixa cair prova de Fórmula E [dropcap]A[/dropcap] situação estava a ser monitorizada há mais de dois meses, mas depois de consultadas todas as partes envolvidas, os organizadores do “Hong Kong ePrix”, a única prova de automobilismo da região vizinha, decidiram cancelar o evento programado para o dia 3 de Março do próximo ano. A decisão foi confirmada na passada sexta-feira pelo Conselho Mundial da FIA, apesar do órgão máximo do desporto motorizado não justificar as razões da saída de Hong Kong do calendário do Campeonato FIA de Fórmula E de 2019/2020. Contudo, ao South China Morning Post, um dos pilares da organização da prova justificou esta decisão pelo receio da incapacidade de colocar o evento de pé devido aos contínuos protestos pró-democracia que têm abalado Hong Kong. “Montar o circuito ia custar muito dinheiro. Se alguma coisa acontecesse no dia do evento por causa da agitação social, se não pudesse começar, seria uma enorme perda”, disse Lawrence Yu, o presidente da Associação Automóvel de Hong Kong (HKAA) e principal mentor deste projecto desde o seu início. Esta seria a quarta edição do evento e a organização já tinha ultrapassado grandes obstáculos, como o financiamento de um evento que deu prejuízos nas três edições realizadas e o alargamento do circuito desenhado pelo arquitecto português Rodrigo Nunes. Yu afirmou também ao diário da ex-colónia britânica que organização da Fórmula E e o governo local esperam que a prova, que curiosamente é a preferida do piloto luso António Félix da Costa, regresse em 2021, dado o contributo positivo do evento para o campeonato de carros eléctricos. Rugby Sevens mantém-se firme O cancelamento da etapa da Fórmula E vem no seguimento da anulação de outros grandes eventos desportivos em Hong Kong. A última etapa do PGA Tour Series-China deveria ser disputada entre os dias 17 e 20 de Outubro na antiga colónia britânica, em vez disso será disputado de 10 a 13 de Outubro em Macau. O torneio do circuito feminino de ténis em Hong Kong, programado para este mês também foi adiado indefinidamente, enquanto que os jogos da liga de futebol deste fim-de-semana foram suspensos. Por enquanto, o mais famoso evento desportivo do território, o Hong Kong Rugby Sevens, mantém-se firme e os organizadores deixaram já claro que não têm planos para que este não se realize no fim-de-semana de 4 e 5 de Abril do próximo ano.
Sérgio Fonseca DesportoEndurance | Veteranos de Macau conquistam pódio na China [dropcap]A[/dropcap] equipa “246 Macau Spirit Racing” subiu ao pódio nas “6 Horas de Endurance do Circuito Internacional Guangdong” no passado dia 2 de Outubro. Porquê “246 Macau Spirit Racing”? Duzentos e quarenta e seis é o número bonito que representa o somatório de idades de quatro bem conhecidos pilotos do território que conduziram o Honda Integra Type-R nº20 nesta corrida de resistência do outro lado das Portas do Cerco: Rui Valente (58), Ricardo Lopes (58), Belmiro de Aguiar (64) e José Mariano da Rosa (66). Deste quarteto com provas dadas e que dispensa apresentações, apenas Rui Valente continua intensamente activo no automobilismo local. Contudo, Ricardo Lopes, Belmiro de Aguiar e José Mariano Rosa ainda não perderam o “bichinho” pelo automobilismo e não recusaram o desafio do seu companheiro e ex-adversário nas pistas. Lopes, vencedor do Troféu ACP de 1996 e que nos últimos dois anos tem acompanhado as corridas de Valente em Macau e China, já estava parado há seis anos. Aguiar, que competiu com sucesso em motas e carros em várias categorias desde os anos 1970s, já não competia há cinco anos. Mariano da Rosa, que é dos pilotos de Macau com mais participações no Grande Prémio desde dos anos 1980s, também estava afastado das pistas há mais de meia dúzia de anos. Porém, ao longo das 200 voltas, nenhum deles acusou os anos que estiveram fora do cockpit. Num pelotão diversificado com vinte e oito viaturas, o Honda Integra Type-R da “246 Macau Spirit Racing” qualificou-se no quarto lugar da geral. Na primeira hora da corrida, o carro do quadra de veteranos rodou tranquilamente dentro dos três primeiros, mas depois vieram os primeiros dissabores, típicos de uma corrida de resistência. “Ficámos sem a segunda velocidade depois da segunda hora”, explicou Rui Valente ao HM. “E a seguir fomos penalizados por excesso de velocidade no pit-lane. Caímos para o 18º lugar no final da terceira hora. Quando peguei no carro outra vez, já na última hora, estávamos em 12º lugar e consegui recuperar até ao 9º lugar, vencendo a nossa classe.” Para repetir Apesar do espírito competitivo não ter esmorecido nestes quatro pilotos que fazem parte da história dos pilotos locais Grande Prémio de Macau, esta participação focou-se acima de tudo no convívio e o recordar outros tempos “Fico muito contente por ser possível fazer estas aventuras. Isto só é possível na China, porque há muitas provas de endurance deste tipo. É inimaginável a alegria e os rostos de felicidade após a corrida, mesmo cansados após seis horas de corrida”, realça Rui Valente que faz um balanço muito positivo da participação na prova organizada pelo circuito dos arredores da cidade chinesa de Zhaoqing. “Acho que foi bom ter posto todos a andar outra vez, foi o recuperar de inúmeras recordações do passado”, afirma Rui Valente que já pensa na próxima. “Tenho em mente trazer para o ano outros tantos pilotos portugueses locais que também não correm há muitos anos, alguns deles há 10 e 15 anos…”
Sérgio Fonseca DesportoEndurance | Veteranos de Macau conquistam pódio na China [dropcap]A[/dropcap] equipa “246 Macau Spirit Racing” subiu ao pódio nas “6 Horas de Endurance do Circuito Internacional Guangdong” no passado dia 2 de Outubro. Porquê “246 Macau Spirit Racing”? Duzentos e quarenta e seis é o número bonito que representa o somatório de idades de quatro bem conhecidos pilotos do território que conduziram o Honda Integra Type-R nº20 nesta corrida de resistência do outro lado das Portas do Cerco: Rui Valente (58), Ricardo Lopes (58), Belmiro de Aguiar (64) e José Mariano da Rosa (66). Deste quarteto com provas dadas e que dispensa apresentações, apenas Rui Valente continua intensamente activo no automobilismo local. Contudo, Ricardo Lopes, Belmiro de Aguiar e José Mariano Rosa ainda não perderam o “bichinho” pelo automobilismo e não recusaram o desafio do seu companheiro e ex-adversário nas pistas. Lopes, vencedor do Troféu ACP de 1996 e que nos últimos dois anos tem acompanhado as corridas de Valente em Macau e China, já estava parado há seis anos. Aguiar, que competiu com sucesso em motas e carros em várias categorias desde os anos 1970s, já não competia há cinco anos. Mariano da Rosa, que é dos pilotos de Macau com mais participações no Grande Prémio desde dos anos 1980s, também estava afastado das pistas há mais de meia dúzia de anos. Porém, ao longo das 200 voltas, nenhum deles acusou os anos que estiveram fora do cockpit. Num pelotão diversificado com vinte e oito viaturas, o Honda Integra Type-R da “246 Macau Spirit Racing” qualificou-se no quarto lugar da geral. Na primeira hora da corrida, o carro do quadra de veteranos rodou tranquilamente dentro dos três primeiros, mas depois vieram os primeiros dissabores, típicos de uma corrida de resistência. “Ficámos sem a segunda velocidade depois da segunda hora”, explicou Rui Valente ao HM. “E a seguir fomos penalizados por excesso de velocidade no pit-lane. Caímos para o 18º lugar no final da terceira hora. Quando peguei no carro outra vez, já na última hora, estávamos em 12º lugar e consegui recuperar até ao 9º lugar, vencendo a nossa classe.” Para repetir Apesar do espírito competitivo não ter esmorecido nestes quatro pilotos que fazem parte da história dos pilotos locais Grande Prémio de Macau, esta participação focou-se acima de tudo no convívio e o recordar outros tempos “Fico muito contente por ser possível fazer estas aventuras. Isto só é possível na China, porque há muitas provas de endurance deste tipo. É inimaginável a alegria e os rostos de felicidade após a corrida, mesmo cansados após seis horas de corrida”, realça Rui Valente que faz um balanço muito positivo da participação na prova organizada pelo circuito dos arredores da cidade chinesa de Zhaoqing. “Acho que foi bom ter posto todos a andar outra vez, foi o recuperar de inúmeras recordações do passado”, afirma Rui Valente que já pensa na próxima. “Tenho em mente trazer para o ano outros tantos pilotos portugueses locais que também não correm há muitos anos, alguns deles há 10 e 15 anos…”
Sérgio Fonseca DesportoPiloto de Macau envereda pelas corridas de monolugares [dropcap]A[/dropcap] presença de pilotos de Macau no automobilismo local ou internacional praticamente resume-se às categorias de velocidade de carros de Turismo e GT. Contudo, há sempre excepções à regra, e Nicholas Lai Chi Hou é disso o melhor exemplo. O piloto da RAEM enveredou pelo caminho diferente, em vez das corridas de Turismo, seguiu o caminho dos monolugares. Depois de uma passagem pelo Campeonato da China de Fórmula 4, no próximo fim-de-semana, no Circuito Internacional de Sepang, na Malásia, Nicholas Lai estrear-se-á no Campeonato Asiático de Fórmula Renault com a equipa Asia Racing Team (ART), também ela com as suas fundações no território. O prazer de condução único proporcionado por um monolugar cativou o piloto de 32 anos à primeira, que admite que é essa a razão para ter optado por este caminho tão diferente do habitual. “O primeiro treino de condução desportiva que me foi dado, em 2014 na escola de condução da ART no Circuito Internacional de Zhuhai, foi um num Fórmula e aí fiquei apaixonado”, explicou Lai ao HM. Apesar de já ter experimentado carros de Turismo, tripular e competir com monolugares continua a ser o que o motiva a competir. “Realmente encontro diversão a correr com fórmulas. Não encontras a mesma sensação em nenhum outro carro de corrida. Andar nos limites, por entre lutas roda com roda, nas corridas de monolugares é o que me entusiasma.” Próximo passo A participação na prova do Campeonato Asiático de Fórmula Renault este fim-de-semana no Circuito Internacional de Sepang é mais um passo na direcção da concretização de um sonho, aquele amplamente partilhado por todos os pilotos do território. “Estou entusiasmado por começar a minha campanha asiática com a ART na pista de Fórmula 1 de Sepang. É uma das mais icónicas equipas do desporto motorizado asiático e espero aprender muito com eles”, admite Lai que assim segue as pisadas de outros pilotos com a licença desportiva de Macau que por lá deram com sucesso os seus primeiros passos no automobilismo, como Rodolfo Ávila, Luís Sá Silva ou Charles Leong Hon Chio. “Depois de ser levado a sério nas corridas de monolugares fez de mim o que sou e o que quero ser. Tendo participado no campeonato de Fórmula 4, penso que tenho o que é que preciso para subir os degraus na carreira do automobilismo nos monolugares”, conclui Lai que este fim-de-semana fará equipa com o brasileiro Bruno Carneiro, que ainda assim não esconde “Espero correr um dia de Fórmula 3 no Grande Prémio de Macau…”
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | André Couto, Rodolfo Ávila e Tiago Monteiro correram em Ningbo [dropcap]O[/dropcap] saldo final da presença portuguesa pelo Ningbo Speedpark International foi algumas mazelas e resultados que poderiam ser bem melhores, mas por diversas razões não o foram. André Couto, chamado à última da hora para ajudar a Dongfeng Honda Team na prova do TCR China Series, apenas cumpriu metade do objectivo que lhe tinha sido incumbido. Rodolfo Ávila teve duas corridas estragadas no Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC), mas foi para casa ocupando a mesma posição no campeonato do que quando chegou à cidade que um dia os portugueses chamaram de Liampó. O piloto da RAEM voltou novamente a participar nas provas do TCR China e até poderia ter dado o primeiro pódio à geral da MG no campeonato, se a equipa não tivesse decidido o contrário. Por fim, Tiago Monteiro teve uma jornada chinesa da Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR) para esquecer, não somando qualquer ponto e deixando o seu Honda em muito mau estado. TCR China: soube a pouco Couto arrancou do quarto lugar da grelha de partida e por ali andou nas 13 voltas da corrida, servindo de tampão ao Audi líder do campeonato de Huang Chu Han, enquanto Daniel Lloyd e Martin Xie, nos outros dois Honda Civic Type-R da Dongfeng Honda Team, terminavam em 2º e 3º respectivamente, mas muito longe do vencedor Luca Engstler (Hyundai). Como o recém-campeão do TCR Asia não está na luta pelo campeonato, o segundo lugar de Lloyd foi uma boa operação para a equipa da província chinesa de Guangdong, até porque Couto acabou por roubar pontos ao líder do campeonato. Porém, o bom astral na Dongfeng Honda Team, que na prática é a equipa do território MacPro Racing Team, evaporou-se na segunda corrida no domingo. Couto assumiu rapidamente a liderança da corrida, mas à segunda volta, o piloto luso perdeu momentaneamente o controlo do Honda Civic Type-R e atrás de si, a discutir o segundo posto com Luca Engstler, vinha Daniel Lloyd que não conseguiu evitar a colisão com o seu companheiro de equipa. Os estragos foram demasiados para continuar para desespero dos homens da MacPro Racing Team. Huang Chu Han foi segundo e ainda saiu mais líder do campeonato quando falta apenas realizar uma prova. No novo MG 6 TCR, Ávila foi o décimo classificado na primeira corrida, isto depois de ter cortado a linha de meta com o carro a arrastar-se em três rodas, após a suspensão ter cedido na última volta ao passar por cima de um corrector. No domingo, o novo recruta da MG Power Racing levou o carro de matriz britânica ao quarto lugar. O piloto português rodou a maior parte da corrida no quarto lugar, à frente do seu companheiro de equipa, mas acabou por deixar Zhang Zhen Dong passar a três voltas para o fim, respeitando as ordens da equipa, quando se confirmou que ambos seriam promovidos uma posição, um deles ao pódio, com a penalização de um adversário. Depois dos problemas de motor na quinta-feira e de caixa-de-velocidades ontem, Rodolfo Ávila levou o novo MG 6 TCR da MG Power Racing ao final da corrida no 10º lugar, a prioridade da equipa para o fim-de-semana. Isto, apesar do piloto português residente em Macau ter cortado a linha de meta muito devagar depois da suspensão do carro de matriz inglesa ter cedido na última volta. CTCC: do mal, o menos As duas corridas de Ávila no CTCC não foram muito diferentes as anteriores. O piloto da SVW333 Racing luta por posições no topo do pelotão e acaba invariavelmente abalroado, sem que haja qualquer punição para os seus adversários. Na primeira corrida, Ávila levou um toque logo nos primeiros metros da prova, o que o obrigou a recuperar do 16º lugar até ao 8º posto final. No segundo confronto, partindo do 3º lugar conquistado na qualificação, Ávila foi novamente empurrado para fora por um oponente e terminou no 13º lugar com a suspensão danificada no VW Lamando. “É muito difícil quando se corre com mais 100kg que os Ford e mais 90kg que os KIA”, explicou Ávila, que representa a SAIC Volkswagen, em comunicado. “Fui sempre o mais rápido da minha equipa ao longo do fim-de-semana, mas no confronto com os adversários das outras equipas foi muito complicado. Ao fim de quatro voltas ficámos sem pneus e somos alvos fáceis. Houve novamente pilotos que se excederam e voltei a ser prejudicado nas duas corridas devido a toques.” Apesar das duas corridas não terem corrido de feição, Ávila manteve o quinto posto na classificação de pilotos, no entanto, a SVW333 Racing perdeu a liderança dos construtores para a rival Kia. WTCR: Monteiro quer esquecer Como cabeça de cartaz na pista da província de Zhejiang esteve a Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR). Os líderes do campeonato Yvan Muller (Lynk & Co), com duas vitórias, e Norbert Michelisz (Hyundai), com uma, dividiram os triunfos naquela que terá sido as provas mais caóticas da temporada, com vários acidentes e colisões a deixarem mais de metade do pelotão muito mal tratado. Apesar de ter chegado a Ningbo motivado pelo triunfo nas ruas de Vila Real há dois meses, Tiago Monteiro teve um fim-de-semana para esquecer. O piloto português do Honda Civic Type-R da equipa KCMG, de Hong Kong, foi 21º na primeira corrida e desistiu, fruto de acidentes, nas outras duas. “As corridas são cada vez mais disputadas, ninguém cede um milímetro. Na segunda corrida, bati violentamente no muro a cerca de 130 km/h, mas fisicamente estou bem. A equipa terá agora muito trabalho pela frente até à próxima prova, pois vão ter de trocar o chassis e é um processo demorado. Será uma corrida contra o tempo”, disse o piloto portuense depois de ter sido enviado contra um muro pelo marroquino Mehdi Bennani na terceira corrida. Antes da visita a Macau, em Novembro, a caravana do WTCR tem uma corrida em Suzuka, no Japão, no fim-de-semana de 26 e 27 de Outubro.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | André Couto, Rodolfo Ávila e Tiago Monteiro correram em Ningbo [dropcap]O[/dropcap] saldo final da presença portuguesa pelo Ningbo Speedpark International foi algumas mazelas e resultados que poderiam ser bem melhores, mas por diversas razões não o foram. André Couto, chamado à última da hora para ajudar a Dongfeng Honda Team na prova do TCR China Series, apenas cumpriu metade do objectivo que lhe tinha sido incumbido. Rodolfo Ávila teve duas corridas estragadas no Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC), mas foi para casa ocupando a mesma posição no campeonato do que quando chegou à cidade que um dia os portugueses chamaram de Liampó. O piloto da RAEM voltou novamente a participar nas provas do TCR China e até poderia ter dado o primeiro pódio à geral da MG no campeonato, se a equipa não tivesse decidido o contrário. Por fim, Tiago Monteiro teve uma jornada chinesa da Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR) para esquecer, não somando qualquer ponto e deixando o seu Honda em muito mau estado. TCR China: soube a pouco Couto arrancou do quarto lugar da grelha de partida e por ali andou nas 13 voltas da corrida, servindo de tampão ao Audi líder do campeonato de Huang Chu Han, enquanto Daniel Lloyd e Martin Xie, nos outros dois Honda Civic Type-R da Dongfeng Honda Team, terminavam em 2º e 3º respectivamente, mas muito longe do vencedor Luca Engstler (Hyundai). Como o recém-campeão do TCR Asia não está na luta pelo campeonato, o segundo lugar de Lloyd foi uma boa operação para a equipa da província chinesa de Guangdong, até porque Couto acabou por roubar pontos ao líder do campeonato. Porém, o bom astral na Dongfeng Honda Team, que na prática é a equipa do território MacPro Racing Team, evaporou-se na segunda corrida no domingo. Couto assumiu rapidamente a liderança da corrida, mas à segunda volta, o piloto luso perdeu momentaneamente o controlo do Honda Civic Type-R e atrás de si, a discutir o segundo posto com Luca Engstler, vinha Daniel Lloyd que não conseguiu evitar a colisão com o seu companheiro de equipa. Os estragos foram demasiados para continuar para desespero dos homens da MacPro Racing Team. Huang Chu Han foi segundo e ainda saiu mais líder do campeonato quando falta apenas realizar uma prova. No novo MG 6 TCR, Ávila foi o décimo classificado na primeira corrida, isto depois de ter cortado a linha de meta com o carro a arrastar-se em três rodas, após a suspensão ter cedido na última volta ao passar por cima de um corrector. No domingo, o novo recruta da MG Power Racing levou o carro de matriz britânica ao quarto lugar. O piloto português rodou a maior parte da corrida no quarto lugar, à frente do seu companheiro de equipa, mas acabou por deixar Zhang Zhen Dong passar a três voltas para o fim, respeitando as ordens da equipa, quando se confirmou que ambos seriam promovidos uma posição, um deles ao pódio, com a penalização de um adversário. Depois dos problemas de motor na quinta-feira e de caixa-de-velocidades ontem, Rodolfo Ávila levou o novo MG 6 TCR da MG Power Racing ao final da corrida no 10º lugar, a prioridade da equipa para o fim-de-semana. Isto, apesar do piloto português residente em Macau ter cortado a linha de meta muito devagar depois da suspensão do carro de matriz inglesa ter cedido na última volta. CTCC: do mal, o menos As duas corridas de Ávila no CTCC não foram muito diferentes as anteriores. O piloto da SVW333 Racing luta por posições no topo do pelotão e acaba invariavelmente abalroado, sem que haja qualquer punição para os seus adversários. Na primeira corrida, Ávila levou um toque logo nos primeiros metros da prova, o que o obrigou a recuperar do 16º lugar até ao 8º posto final. No segundo confronto, partindo do 3º lugar conquistado na qualificação, Ávila foi novamente empurrado para fora por um oponente e terminou no 13º lugar com a suspensão danificada no VW Lamando. “É muito difícil quando se corre com mais 100kg que os Ford e mais 90kg que os KIA”, explicou Ávila, que representa a SAIC Volkswagen, em comunicado. “Fui sempre o mais rápido da minha equipa ao longo do fim-de-semana, mas no confronto com os adversários das outras equipas foi muito complicado. Ao fim de quatro voltas ficámos sem pneus e somos alvos fáceis. Houve novamente pilotos que se excederam e voltei a ser prejudicado nas duas corridas devido a toques.” Apesar das duas corridas não terem corrido de feição, Ávila manteve o quinto posto na classificação de pilotos, no entanto, a SVW333 Racing perdeu a liderança dos construtores para a rival Kia. WTCR: Monteiro quer esquecer Como cabeça de cartaz na pista da província de Zhejiang esteve a Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR). Os líderes do campeonato Yvan Muller (Lynk & Co), com duas vitórias, e Norbert Michelisz (Hyundai), com uma, dividiram os triunfos naquela que terá sido as provas mais caóticas da temporada, com vários acidentes e colisões a deixarem mais de metade do pelotão muito mal tratado. Apesar de ter chegado a Ningbo motivado pelo triunfo nas ruas de Vila Real há dois meses, Tiago Monteiro teve um fim-de-semana para esquecer. O piloto português do Honda Civic Type-R da equipa KCMG, de Hong Kong, foi 21º na primeira corrida e desistiu, fruto de acidentes, nas outras duas. “As corridas são cada vez mais disputadas, ninguém cede um milímetro. Na segunda corrida, bati violentamente no muro a cerca de 130 km/h, mas fisicamente estou bem. A equipa terá agora muito trabalho pela frente até à próxima prova, pois vão ter de trocar o chassis e é um processo demorado. Será uma corrida contra o tempo”, disse o piloto portuense depois de ter sido enviado contra um muro pelo marroquino Mehdi Bennani na terceira corrida. Antes da visita a Macau, em Novembro, a caravana do WTCR tem uma corrida em Suzuka, no Japão, no fim-de-semana de 26 e 27 de Outubro.
Sérgio Fonseca DesportoHong Kong | Instabilidade não inquieta actores internacionais do Grande Prémio [dropcap]O[/dropcap] clima de desassossego social por que está a passar Hong Kong não preocupa os actores internacionais do Grande Prémio de Macau. Entre nós os preparativos para o evento do mês de Novembro decorrem dentro da normalidade e, entre os agentes estrangeiros, ninguém acredita que a agitação na região vizinha vá ter um reflexo negativo no bom desenrolar do maior acontecimento desportivo de carácter anual da RAEM. “Não há qualquer tipo de inquietude nesta altura”, esclareceu François Ribeiro, o CEO da Eurosport Events, a empresa que tem os direitos de promoção da Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR), à revista semanal francesa Auto Hebdo. Este ano a prova do Circuito da Guia não é a última da temporada do WTCR, que terminará na Malásia em Dezembro. Antes de Macau a caravana do mundial de carros de turismo compete em Suzuka, no Japão, no último fim-de-semana de Outubro. Os carros e o material deverão ser encaminhados por via marítima para a RAEM e por agora não existe qualquer plano de contingência. Com o período de inscrições a terminar a 31 de Agosto, do lado dos participantes da Taça do Mundo FIA de GT, também não há qualquer tipo de desassossego quanto à regular organização do evento do território. Ainda na pretérita semana as equipas receberam informações quanto ao regulamento desportivo da prova e outras instruções, como por exemplo reservarem os pneus Pirelli para o fim-de-semana. “É um grande evento que gostámos muito”, afirmou recentemente Stéphane Ratel, o CEO da SRO Motorsport Organization, a empresa que co-coordena a Taça do Mundo FIA de GT com a Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC). O empresário francês está optimista para o evento deste ano, mesmo admitindo que “este não é dos (eventos) mais fáceis e tivemos alguns anos turbulentos. O ano passado correu bem. Os anos turbulentos resultaram em apenas 15 carros em 2018. O ano passado foi mais calmo e estamos a ter mais interesse para este ano. Esperamos 16 ou 17 carros e talvez chegar 20 ou 21 carros em Novembro.” Segundo pode apurar o HM junto de vários outros protagonistas, de igual serena forma também prosseguem paulatinamente os preparativos da Taça do Mundo FIA de Fórmula 3, que este ano terá uma grelha de partida com 30 monolugares da última geração, mais dois que o ano passado. Os monolugares deverão chegar a Macau por via aérea este ano. Por seu lado, os concorrentes do Grande Prémio de Motos de Macau aguardam ansiosamente pelos convites para participarem na “Clássica do Extremo Oriente”. A 66ª edição do Grande Prémio de Macau disputa-se de 14 a 17 de Novembro.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Ávila satisfeito com a ligação à MG [dropcap]R[/dropcap]odolfo Ávila teve o privilégio de estrear em competição o novo MG6 XPower TCR na prova conjunta dos campeonatos TCR China Series/TCR Asia Series que se disputou no Circuito Internacional de Zhejiang o mês passado. O piloto do território gostou do desafio e acredita no potencial do carro inglês fabricado na República Popular da China mas a pensar num mercado global. O convite que surgiu por parte da equipa MG XPower para que Ávila fizesse parte deste projecto chegou em Junho e foi inesperado. “Não fazia parte dos meus planos para este ano, mas fiquei muito satisfeito com esta oportunidade”, disse ao HM o piloto português, que realça que “aceitou de imediato” mesmo sabendo das limitações em termos desportivos, pois “estamos a falar de um carro totalmente novo, com poucos quilómetros de testes e o primeiro projecto desta natureza realizado na China.” No regresso oficial da prestigiada marca britânica ao automobilismo, Ávila conseguiu entrar no lote dos doze pilotos mais rápidos na qualificação e passar Q2, terminando as duas corridas no sétimo e sexto lugar entre os concorrentes do TCR China. “O nosso objectivo para esta prova que era terminar as duas corridas com os dois carros foi conseguido. A equipa tem a noção que ainda há muito trabalho pela frente para tornar o carro competitivo, mas este foi um bom primeiro passo”, explicou o piloto da RAEM. Os dois MG6 XPower TCR estão agora em Xangai a serem preparados para as próximas corridas e Ávila deverá regressar ao volante nos dias 14 e 15 de Setembro em Ningbo. Macau ainda não O MG6 XPower TCR foi apresentado no Salão Automóvel de Xangai no início do ano, tendo sido construído e desenvolvido pelos técnicos da marca na China continental. Porém, o carro ainda não possui uma homologação final TCR e para ser autorizado a correr teve que carregar 60 kg de lastro suplementar. Para um dia ser aceite na grelha de partida na Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR) e no formato actual da Corrida da Guia do Grande Prémio de Macau, o MG6 XPower TCR precisa mesmo de ser homologado. “Não sei quais são os planos futuros da marca, se avançam com a homologação ou não”, clarifica Ávila que reconhece que “isso é uma decisão que não me compete”, sendo a sua posição na equipa “ajudar ao desenvolvimento do carro.” Fundada em Inglaterra em 1924, a MG passou para mãos chinesas em 2006, mas conservou a sua áurea e a ligação com os desportos motorizados – quase todos os modelos que a marca produziu foram utilizados em alguma forma de competição motorizada. O entusiasmo em redor do lançamento deste novo carro de competição não foi excepção e ultrapassou fronteiras, como revela Ávila: “Minutos depois das primeiras notícias apareceram online sobre a primeira corrida do MG6 fui contactado por jornalistas de Inglaterra a quererem saber mais do projecto. Isto mostra o encanto que ainda tem esta marca.” Prioridade CTCC Apesar desta presença nas provas de TCR, Ávila reconhece que a prioridade até ao fim da temporada ainda é o Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC). Ocupando o quinto lugar na classificação de pilotos, o piloto lusófono da 333SVW Racing, que até já venceu uma corrida esta época, é bastante claro: “O objectivo número um, traçado no início do ano, é vencer o campeonato de construtores e neste momento estamos na frente. Tive alguns azares em algumas provas, mas temos estado fortes este ano. Falta ainda cumprir a segunda metade do campeonato, mas estamos no caminho certo”. Com quatro eventos ainda por realizar este ano, o CTCC ainda irá visitar os circuitos chineses de Ningbo, Zhuhou, Xangai e o circuito citadino de Wuhan.