Hoje Macau SociedadeChina Southern Airlines | Pansy Ho indicada para directora Pansy Ho está indicada para o cargo de directora não-executiva da China Southern Airlines. A nomeação deve ser aprovada na próxima reunião dos accionistas, marcada para 3 de Agosto, sendo a empresa controlada pelo Estado chinês. A China Southern Airlines tem sede em Cantão e uma frota com mais de 500 aviões. A empresária é filha da relação de Stanley Ho com Lucina Laam e em conjunto com as irmãs Daisy e Maisy controlam grande parte do ex-império do magnata. No âmbito deste controlo, Pansy Ho, é directora executiva da MGM China, presidente da Shun Tak Holdings, e também directora da Air Macau, detida pela empresa Air China, também esta uma das principais companhias de aviação estatal chinesa. Pansy Ho tem 60 anos e é membro da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês.
João Luz Manchete SociedadeJogo | Receitas de Julho podem ser as melhores desde início de 2020 Analistas da JP Morgan estimam que Julho poderá ser o melhor mês em termos de receitas brutas do jogo desde Janeiro de 2020, com a possibilidade de ser ultrapassada a marca dos 16 mil milhões de patacas. Porém, os resultados desta semana podem ser afectados pela passagem do tufão Talim Os casinos de Macau podem vir a registar receitas brutas superiores a 16 mil milhões de patacas no final deste mês, de acordo com estimativas dos analistas da JP Morgan Securities (Asia Pacific), divulgadas na segunda-feira. “Com bases nos contactos que fizemos, as receitas brutas do jogo durante os primeiros 16 dias de Julho deverão rondar os 8,25 mil milhões de patacas, ou 515 milhões por dia”, um registo que demonstra a tendência de recuperação face às receitas diárias de 500 milhões de patacas diárias do segundo trimestre do ano, apontam os analistas DS Kim e Mufan Shi. Os analistas acrescentam ainda que os resultados em termos de receitas brutas desta semana se devem situar em cerca de 493 milhões de patacas por dia, face aos 530 milhões diários da semana anterior, uma descida “compreensível face à passagem do tufão Talim”. Na segunda-feira, Macau esteve ontem o dia inteiro em estado de prevenção imediata, estabelecido através de despacho assinado por Ho Iat Seng depois de ter sido içado, entre as 05h30 e as 20h, o sinal 8 devido à aproximação do tufão “Talim” do território, o primeiro deste ano. As condições meteorológicas levaram a cancelamentos de última hora de quase uma centena de voos, impactando a chegada de turistas e jogadores ao território. Factor que se irá reflectir nas receitas brutas apuradas nas mesas de jogo durante esta semana. “Ainda assim, prevemos que Julho registe as receitas brutas mais elevadas desde o início da pandemia, acima dos 16 mil milhões de patacas e dos 515 milhões de patacas diárias”, prevêem os analistas, citados pelo portal GGR Asia. Subida sustentada Os resultados estimados para este mês revelam ainda o regresso “confortável” a cerca de 90 por cento dos níveis pré-pandémicos das receitas brutas do mercado de massas, valor que reforça a confiança dos especialistas da JP Morgan de que a recuperação completa desse segmento será atingida no próximo mês de Outubro. Ainda assim, importa referir que a última vez em que a indústria do jogo registou receitas brutas mensais acima dos 16 mil milhões de patacas foi em Janeiro de 2020, quando os casinos do território apuraram quase 22,13 mil milhões de patacas. Tendo em conta a evolução mensal, recorde-se que em Junho as receitas brutas da indústria do jogo de Macau foram ligeiramente superiores a 15,2 mil milhões de patacas, o segundo melhor registo mensal deste ano, segundo dados da Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos. O montante arrecadado no mês passado caiu em relação a Maio, quando as receitas dos casinos ultrapassaram a fasquia dos 15,5 mil milhões de patacas, um mês em que a indústria foi impulsionada pelos cincos dias da chamada Semana Dourada do 1.º de Maio, um dos picos turísticos da China continental.
Hoje Macau SociedadeRestauração | Volume de negócios revela recuperação Em Maio, o volume de negócios do sector da restauração registou um aumento em termos anuais, de acordo com as conclusões do “inquérito de conjuntura à restauração e ao comércio a retalho referente a Maio de 2023”, realizado pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Os dados, recolhidos com base em entrevistas, apontam para que, de uma forma geral, o volume de negócios tenha registado um crescimento de 48,8 por cento face ao período homólogo. Os restaurantes com comida “ocidental” registaram um crescimento mais significativo, de 94,7 por cento, enquanto os restaurantes com comida chinesa subiram 68,4 por cento. Quanto ao comércio a retalho, observou-se um crescimento de 50,6 por cento em termos anuais entre os entrevistados. O volume de negócios dos relógios e joalharia (mais 80,6 por cento), o dos artigos de couro (mais 70,5 por cento), o das mercadorias de armazéns e quinquilharias (mais 62,9 por cento) e o do vestuário para adultos (mais 61,1 por cento) foram os que mais cresceram. Em relação às expectativas sobre o volume de negócios, 36 por cento dos proprietários da restauração mostraram-se pessimistas, ao apontarem acreditar que o volume de negócios em Junho vai cair em termos mensais. Entre os proprietários de restaurantes com comida chinesa e os proprietários de comida com sopas de fitas, a proporção de pessimismo era de 45 por cento e 32 por cento, respectivamente.
João Santos Filipe Manchete SociedadeEstudo | Essência da comida macaense está a ser “diluída” A comercialização ligada ao turismo, a redução da comunidade e as mudanças geracionais estão a fazer com que a autêntica cozinha macaense esteja a caminho da diluição. A tendência é indicada num estudo publicado na revista Journal of Tourism and Cultural Change A comida macaense tradicional está em processo de diluição devido a várias alterações pós-era colonial e até o turismo contribui para ameaçar “esta arte culinária”. As conclusões são de um artigo publicado na revista científica Journal of Tourism and Cultural Change, com o título “An anatomy of the dilution of a local cuisine in a post-colonial destination – evidence from Macao” (A anatomia da diluição da cozinha local num destino pós-colonial – o caso de Macau, em português), da autoria dos académicos Ren Lianping (Instituto de Formação Turística), Henrique Fátima Boyol Ngan (IFT), Fiona X. Yang (Universidade de Macau), Ka Kui Yan (Universidade Politécnica de Hong Kong) e Rob Law (Universidade de Macau). Segundo o artigo, algumas das principais características da cozinha macaense resultam de ser uma “fusão de culturas”, ter por base receitas caseiras e uma forma muito característica de ser apresentada e cozinhada, transmitida ao longo dos anos de geração em geração. Contudo, as características da gastronomia macaense são igualmente identificadas como vulnerabilidades, para os autores. Uma das dificuldades apontadas na preservação da comida macaense, tem por base o facto de estar muito ligada à comunidade macaense. “Esta gastronomia, que originalmente se baseia em receitas caseiras/familiares, está intimamente ligada à comunidade macaense. As pessoas que não são macaenses têm um conhecimento muito limitado da verdadeira essência desta gastronomia, o que faz com que seja muito difícil preservar e transmitir a cozinha macaense, ao contrário do que acontece com outras gastronomias populares”, é justificado. A redução da população macaense é igualmente identificada como factor que contribui para a ausência de uma verdadeira “força de renovação” e para o acelerar da diluição de “diversas tradições e receitas”. “As novas gerações, que não memorizaram a essência da comida macaense tradicional, também enveredam pelo campo das inovações. Esta situação faz com que a diluição desta gastronomia se acelere”, é explicado. Outro dos vectores da desvirtualização da gastronomia macaense é o turismo. Por um lado, é indicado que apesar de ser uma das grandes atracções do território, muitos dos turistas não têm conhecimento sobre a comida, o que faz com que lhes possam ser servidas refeições longe do que é a comida tradicional. Por outro lado, com os restaurantes orientados para gerar lucros, as receitas tendem a ser alteradas de acordo com as opiniões dos clientes servidos, o que no entender dos autores até produz “alterações indesejadas” ao nível das receitas e que conduzem a uma ameaça à autenticidade. “A comercialização da comida macaense é uma das principais razões que tem diluído a imagem e o sabor desta comida”, é vincado. Caminho para a protecção Apesar do cenário de preservação da comida autêntica apresentar vários desafios, os autores indicam formas de preservar a essência da comida macaense. Segundo uma das formas apresentadas, e que já começou a ser praticada, as associações locais e a restauração devem cooperar para documentar ao máximo a maneira de cozinhar e apresentar os pratos macaenses, para manter viva a memória desta gastronomia. O estudo indica também que, apesar da população macaense estar a diminuir, esta tem apresentado uma grande capacidade de regeneração fundamental para a preservação das suas características e gastronomia. Neste sentido, é deixada a esperança de que a comunidade possa desenvolver mais actividades com vista à preservação da sua comida, como estudos ou seminários. Além de poder constituir uma ameaça, o turismo também pode ser a salvação. Os autores sugerem que se siga o exemplo do povo Cajun, descendentes da primeira vaga de colonizadores na América do Norte e que no século XVIII foi expulso do Canadá. Porém, este povo conseguiu estabelecer-se no Louisiana, no sul dos EUA, e através do turismo conseguiu preservar não só a sua gastronomia, mas também a sua identidade. “O palco do turismo é uma arena para a expressão de diferenças étnicas, e para ajudar a perpetuar as fronteiras étnicas, que de outra forma desapareceriam devido à aculturação”, é apontado. Finalmente, é destacado que a nomeação de Macau pela UNESCO como uma cidade gastronómica é um forte sinal de confiança para a protecção da comida macaense e que pode ser utilizado para manter a sua essência. O artigo foi escrito com base em entrevistas com donos e cozinheiros de restaurantes com comida macaense. Além disso, os investigadores recorreram a vários documentos sobre as tradições e comida macaense.
Hoje Macau SociedadeGalaxy | Fase 4 pode abrir mais cedo do que o previsto Analistas do sector do jogo do HSBC consideram que a Fase 4 do complexo hoteleiro da Galaxy Entertainment no Cotai pode abrir ao público mais cedo do que previsto. “A Galaxy Entertainment pode vir a antecipar o inicial prazo de 2027 em um ou dois anos. O novo resort integrado terá uma capacidade de 1.600 quartos distribuídos por seis marcas hoteleiras que ainda não estão presentes em Macau”, perspectivaram os analistas Charlene Liu, Jessie Lu e Lauren Cai, citados ontem pelo portal GGR Asia. A finalização do projecto da Fase 4 da Galaxy tem sido apontada como o ponto de partida para outros empreendimentos e até para a distribuição de dividendos, apesar de a empresa ter liquidez suficiente para avançar com novos investimentos. “A concessionária está a rever as suas políticas de dividendos. Apesar de não ser previsível qualquer alteração significativa no pagamento de dividendos antes de concluída a Fase 4, estimamos que a Galaxy Entertainment consiga distribuir dividendos recorrentemente a curto prazo”, apontam os analistas do banco HSBC. A previsão é sustentada na expectativa de um volume de negócios positivo no último trimestre do ano, tendo em conta a performance actual. “A Galaxy registou resultados surpreendentemente fortes em Junho, performance que deverá continuar durante o Verão. Todos os quartos de hotel da Galaxy estão lotados em Agosto, apesar da entrada no mercado do hotel Raffles, que acrescentou 400 suites à oferta hoteleira no início deste mês”, é indicado pelos analistas.
Hoje Macau SociedadeÁgua | Cano partido interrompe abastecimento no centro da Península O rebentamento de um cano da rede de água canalizada interrompeu no domingo à noite o abastecimento de água na Rua de Sacadura Cabral, afectando os edifícios adjacentes. A Sociedade de Abastecimento de Águas de Macau enviou para o local uma equipa de reparação e disponibilizou três pontos temporários de distribuição de água, com tanques em camionetas de caixa aberta, indicou ontem o canal chinês da Rádio Macau. Com o sinal nº8 emitido, devido à proximidade do tufão Talim, o primeiro do ano, os moradores da rua, que fica no coração da península de Macau, foram obrigados a encher baldes e recipientes com água para cozinhar, despejar sanitas e outras necessidades. Muitos dos residentes são idosos e viram-se obrigados a carregar baldes de água para apartamentos em prédios sem elevador. Um dos moradores ouvidos pelo canal chinês da Rádio Macau afirmou ter tomado duche no domingo à noite com água transportada dos tanques de abastecimento provisório, situação que se repetiu ontem. A empresa declarou que os trabalhos de reparação dos canos serão afectados pela passagem do tufão Talim e pediu desculpas pelo inconveniente causado aos moradores.
João Santos Filipe Manchete SociedadeColoane | Estátua de Nossa Senhora e placas da Via-Sacra estão a ser restauradas O desaparecimento da estátua da Rotunda de Seac Pai Van, em Coloane, gerou grande contestação online e houve mesmo quem pedisse ao Governo para que fizesse Macau “regressar à normalidade”. Por sua vez, Lo Choi In apelou a uma resolução rápida da situação A Estátua de Nossa Senhora e as placas da Via-Sacra que estavam instaladas na Rotunda de Seac Pai Van, em Coloane, desapareceram com as várias obras que decorrem no local. A questão gerou grande polémica nas redes sociais, levando inclusive a deputada Lo Choi In a questionar o desaparecimento. No entanto, de acordo com o portal do Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), a retirada de um dos elementos mais característicos de Coloane deve-se à realização de trabalhos de recuperação. O portal do organismo liderado por José Tavares indica que no início do ano foi realizado um concurso público para a prestação do “serviço de recuperação das placas alusivas a via crucis e da estátua existentes na Rotunda de Seac Pai Van, Coloane”. Neste concurso público foram apresentadas, num primeiro momento, 11 propostas, das quais cinco foram excluídas, devido a desistências, falta de documentos, não cumprimento dos requisitos mínimos, entre outros motivos. Os trabalhos acabaram adjudicados, a 17 de Março, ao “Construtor Civil Lee Fat Kun” que se comprometeu a terminar o serviço dentro de 150 dias, por um montante de 645 mil patacas. Esta foi uma proposta com um preço muito mais baixo do que as restantes. A que mais se aproximou, a nível do valor, foi a proposta da empresa Jun Lei, que cobrava 1,17 milhões de patacas para realizar os trabalhos em 135 dias. Confusão online Apesar da informação constar no portal do IAM, a questão não deixou de levantar polémica, o que levou inclusive o tema a ser comentado por Lo Choi In, deputada ligada a Jiangmen, na página pessoal da rede social Facebook. “Cortarem árvores, removerem o património cultural ou reduzirem o número de lugares de estacionamento, todas estas acções são aceitáveis. Mas, a estátua da Nossa Senhora em Coloane está ligada a muitos sentimentos e memórias da população”, afirmou a deputada. “Apelo às autoridades que devolvam a estátua ao seu local original o mais depressa possível!”, acrescentou. A reacção da deputada é bastante moderada face a inúmeros comentários que surgiram num grupo de discussão sobre Macau na rede social facebook. Várias pessoas exigem ao Governo a devolução da estátua e acusam as autoridades de querer apagar a história e a memória colectiva do território. “Este Governo está a viver num mundo paralelo. Será que podem fazer Macau regressar à normalidade e devolver Macau às pessoas de Macau?”, questiona uma internauta. “Não basta estarem sempre a cavar a estrada, fazerem desaparecer monumentos históricos, cortarem as árvores antigas uma a uma, será que também vão desfazer Macau?”, acrescenta. Por outro lado, há quem tenha optado por partilhar as memórias ligadas à estátua. Uma internauta apontou que a estátua de Nossa Senhora foi instalada em Coloane, no ano de 1986, depois de terem ocorrido vários acidentes mortais naquela estrada. As reacções ao desaparecimento da estátua e placas da via-sacra voltam a colocar o IAM debaixo por falhas de comunicação. Na semana passada, o secretário para a Administração e Justiça pediu desculpa à população por várias árvores no Fai Chi Kei terem sido arrancadas, sem as devidas explicações.
João Luz Manchete SociedadeTufão | Aparato de protecção civil nas ruas para minimizar impacto do “Talim” Um dia inteiro com sinal 8 de tufão paralisou Macau, com equipas da Protecção Civil e IAM no terreno a limpar destroços provocados pelo “Talim”. O Porto Interior voltou a inundar, alguns pontos da cidade foram atingidos pelo caos no fluxo de trânsito e cerca de uma centena de voos foram cancelados. Às 20h, o “Talim” voltou ao sinal 3, antes de “aterrar” perto da cidade costeira de Zhanjiang Macau esteve ontem o dia inteiro em estado de prevenção imediata, estabelecido através de despacho assinado por Ho Iat Seng depois de ter sido içado, às 05h30, o sinal 8 devido à aproximação do tufão “Talim” do território, o primeiro deste ano. Como é habitual, as zonas baixas da cidade foram as mais fustigadas, em particular o Porto Interior, com a Rua do Doutor Lourenço Pereira Marques, paralela junto ao rio da Rua do Almirante Sérgio, a registar pela manhã a subida das águas até à altura do tornozelo. Por volta das 11h da manhã, o panorama era de lixo a flutuar na rua, apesar do nível da água estar a baixar, situação que obrigou as autoridades a interromperem a circulação rodoviária. Um comerciante ouvido pelo canal chinês da Rádio Macau confessou não ter instalado comportas para evitar inundação, o que levou a água a subir ao nível do joelho. Além das chuvadas intensas trazidas pelo “Talim”, a coincidência de marés astronómicas levou à entrada de água do mar na zona do Porto Interior. O Instituto dos Assuntos Municipais (IAM) destacou pessoal para monitorizar as operações de drenagem na box culvert na zona norte do Porto Interior, assim como na estação elevatória. Em vários pontos de Macau, o IAM destacou equipas de funcionários, ao abrigo do mecanismo de resposta a emergências, para limpar o lixo e detritos acumulados nas sarjetas para facilitar o escoamento da água e atenuar inundações. O trabalho de remoção de destroços de árvores e objectos vários também ocupou as equipas do IAM ao longo do dia. Resposta e pandemónio Pela manhã, Ho Iat Seng “deu instruções para que todos os membros da estrutura de protecção civil empenhem todos os esforços, em conjunto, para prevenir o impacto do tufão e inundações, garantir a segurança da vida e dos bens dos residentes de Macau”. Os primeiros efeitos do tufão inaugural de 2023 foi a suspensão da vida em Macau. As aulas dos vários níveis de ensino foram suspensas durante o dia inteiro, do ensino infantil, primário, secundário, até ao ensino especial. Os serviços de autocarros foram também suspensos, assim como as ligações marítimas a Hong Kong, depois de na madrugada ter sido cortado o trânsito rodoviário na Ponte do Delta. Uma das consequências mais visíveis do “Talim” foi o pandemónio no trânsito. Com as ligações entre a península e a Taipa reduzidas ao tabuleiro inferior da Ponte Sai Van, o engarrafamento originou longas filas de veículos nos dois sentidos. Também nas Portas do Cerco, sem os autocarros públicos a operar, as filas para conseguir apanhar um táxi chegaram a acumular esperas de três horas. No Aeroporto Internacional de Macau, ao final da tarde, 98 voos tinham sido cancelados e 36 ligações sofreram alterações de horário. Às 18h, quando já se sabia que seria içado o sinal 3 de tufão às 20h, as autoridades de Protecção Civil contavam um total de 11 pessoas que tiveram de recorrer aos centros de acolhimento de emergência. Ao final da tarde, o Centro de Operações de Protecção Civil registou 24 ocorrências. Seis casos de remoção de construção/candeeiro/árvore com risco de queda ou derrube, 16 incidentes de remoção de reboco, reclamo, janela, toldo ou outros objectos e um caso em que as autoridades foram chamadas a remover “andaime ou outras instalações em estaleiros de obras.
Hoje Macau SociedadeDST promove o destino turístico Macau ao mercado sul-coreano Termina hoje a promoção de rua “Sentir Macau Sem Limites”, que começou na passada sexta-feira. Durante quatro dias, a iniciativa mostrou ao público de Seul, na Coreia do Sul, “os ricos elementos de “turismo + de Macau”, indicou na sexta-feira a Direcção dos Serviços de Turismo (DST). A aposta do Governo da RAEM tem como objectivo atrair visitantes internacionais para as férias de Verão. A DST recorda que em 2019, Macau recebeu mais de 740 mil visitantes da Coreia do Sul, volume de turistas que destacou o país como o primeiro mercado internacional de visitantes. A cerimónia de abertura da promoção de rua teve lugar no complexo comercial Times Square, em Seul, e contou com a presença da directora da DST, Helena de Senna Fernandes, o presidente da Associação de Agentes de Viagem da Coreia, Henry Oh, assim como representantes dos sectores da aviação e turismo da Coreia do Sul. Além de membros do Governo, viajaram de Macau “representantes da indústria turística e das seis grandes empresas integradas de turismo e lazer”, indicou na sexta-feira a DST. Na cerimónia de abertura, Helena de Senna Fernandes, referiu que o número de voos entre Macau e a Coreia do Sul tem aumentado nos últimos meses e que o objectivo da acção de promoção seria mostrar as últimas novidades do menu de novos elementos turísticos de Macau. Prémios e influências Como não poderia deixar de ser no actual paradigma de marketing, a DST procurou atrair a colaboração e influência digital de uma grande plataforma sul-coreana. Portanto, “além da promoção contínua nas redes sociais, a representação da DST na Coreia do Sul convidou vários influenciadores digitais sul-coreanos para apoiarem a promoção. Uma das iniciativas foi realizada em parceria com a plataforma de viagem no Instagram Yeomi.travel, que tem mais de 1,2 milhões de seguidores, através de um sorteio, intitulado “Teleport to Macao”. Quem apareceu na abertura na Times Square, munido de passaporte, habilitou-se a ser um dos quatro felizardos que ganharam bilhetes de avião e pacotes de estadia gratuitos, com partida imediata. Além disso, o Governo promoveu encontros entre operadores turísticos de ambos os territórios, e lançou uma campanha publicitária para atrair turistas sul-coreanos.
João Luz Manchete SociedadeAviação | Aeroporto de Macau com mais 23% de voos em Julho Durante este mês, o Aeroporto de Macau pode vir a registar quase 4.500 voos, entre chegadas e partidas. O volume de movimentos pode representar uma subida em 23,1 por cento em termos mensais, e quase 66 por cento do nível verificado antes da pandemia O presente mês de Julho poderá significar um aumento considerável de movimentos de aeronaves no Aeroporto Internacional de Macau. A Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau (CAM), empresa que gera a infra-estrutura, prevê que ao longo deste mês Macau registe um movimento de cerca de 4.480 movimentos de aeronaves, entre chegadas e partidas, o que representa um aumento de 23,1 por cento face aos 3.638 movimentos registados no passado mês de Junho. Segundo a notícia avançada pelo portal GGR Asia, a estimativa para este mês poderá atingir 65,8 por cento do nível verificado em Julho de 2019, antes da pandemia colocar um travão ao transporte aéreo, mês em que se registaram 6.809 movimentos. Aliás, em Agosto de 2019, o Aeroporto Internacional de Macau bateu o recorde mensal de voos, com um total de 7.016 partidas e chegadas, desde o início das suas operações em 1995. Cerca de dois terços dos voos estimados para este mês dizem respeito a ligações a cidades do Interior da China e Taiwan, acrescenta a mesma fonte citando a CAM. Ásia Maior Além das ligações ao Interior da China e a Taiwan, o aeroporto de Macau tem também voos directos para Banguecoque e Chiang Mai, na Tailândia; Da Nang, Hanói e Cam Ranh no Vietname, Phnom Penh no Camboja; Manila, Cebu e Clark nas Filipinas; Seul e Busan, na Coreia do Sul; Tóquio e Osaka, no Japão, assim como Koror em Palau, Kota Kinabalu e Kuala Lumpur na Malásia e Singapura. A lista de destinos a partir de Macau pode vir a aumentar nas próximas semanas. “A Tiger Air Taiwan voltou a operar voos entre Macau, Taipé, Taichung e Kaohsiung no início de Julho. No final deste mês, a Air Macau irá reactivar a ligação a Guiyang (província de Guizhou), enquanto a Jeju Air voltará a voar entre Macau e Seul e Air Busan entre Macau e Busan”, indicou a CAM. A empresa que gere o aeroporto adiantou num comunicado no final da semana passada que serão anunciadas outras novidades para o mercado sul-coreano nos próximos meses, isto depois de ter participado em várias reuniões com companhias aéreas de baixo custo em eventos organizados em Seul pela Direcção dos Serviços de Turismo da RAEM. Para já, sabe-se que a Jeju Air deverá disponibilizar dois voos semanais entre Jeju e Macau a partir de Agosto, enquanto a rota para Seul deverá ter um voo semanal em Setembro. As ligações a Jeju poderão contar com a operação de mais uma companhia low-cost, a Aero K Airlines, no final do ano. As ligações à capital sul-coreana serão reforçadas pela Jin Air, que tem uma ligação diária entre Macau e Seul, que deverá passar a duas por dia no último trimestre deste ano. Por outro lado, a CAM indica que a Nok Air e a Lion Air estão a planear lançar novas aéreas entre Macau e a Tailândia no final de Julho e início de Agosto.
João Santos Filipe Manchete SociedadeIAM | Bloqueio a importações de alimentos do Japão na forja Uma posição comum, depois do Interior e de Hong Kong, também Macau se prepara para suspender as importações de produtos de várias regiões do país do sol nascente. Em causa, está a possível descarga de águas de Fukushima no oceano A descarga para o oceano das águas residuais nucleares da Central de Fukushima, no Japão, vai levar o Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) a suspender as importações de alimentos de diversas áreas do Japão. O cenário foi confirmado por José Tavares, presidente do IAM, em declarações enviada à Rádio Macau. De acordo com o responsável, caso se confirme a descarga, o IAM vai “alargar imediatamente a área de suspensão de pedidos de importação de produtos alimentares para dez distritos”. Actualmente, está em vigor um bloqueio das importações de alimentos de Fukushima. No entanto, com a descarga a efectuar-se, o bloqueio às importações vai abranger mais nove distritos, nomeadamente Chiba, Tochigi, Ibaraki, Gunma, Miyagi, Niigata, Nagano, Saitama e Tóquio. O responsável do IAM explicou ainda que não está “está descartada a imposição da exigência de certificado de teste de radiação dos produtos alimentares frescos e vivos importados dos outros distritos”. Em relação ao impacto no mercado de alimentos locais, Tavares desvalorizou esse aspecto e indicou que as principais importações de “produtos marinhos” do Japão são provenientes das regiões de Hokkaido, Kagoshima, Fukuoka, Nagasaki e Ehime. À Rádio Macau, o responsável explicou também que o IACM actualmente realiza análises regulares aos produtos vindos do Japão e que até agora “não se detectou nenhuma anomalia”. Tema polémico A polémica em torno dos resíduos nucleares surgiu depois de o Governo do Japão ter anunciado a intenção de, no próximo mês fazer, uma descarga para o mar das águas residuais da Central de Fukushima, onde aconteceu um dos maiores incidentes nucleares da História em 2011. Apesar de a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), organização criada no seio das Organização das Nações Unidas (ONU), considerar que a descarga é segura, o plano tem encontrado oposição em vários países. Além da China, que em conjunto com as regiões de Hong Kong e Macau se prepara para fazer um bloqueio para os produtos do Japão, também a oposição da Coreia do Sul, ao contrário do Governo, tem sido muito vocal nesta matéria. Vários grupos de cientistas alertaram também para os perigos da descarga, como foi o caso de Robert H. Richmond, director do Laboratório Marinho Kewalo da Universidade do Havai em Manoa, nos Estados Unidos.
João Santos Filipe SociedadeTakeaway | Cinco estabelecimentos multados desde Novembro de 2021 Desde 15 de Novembro de 2021, até ao final de Junho, tinham sido multados cinco estabelecimentos de takeaway devido a infracções à lei do Registo de Estabelecimentos de takeaway. A informação foi divulgada ontem através de um comunicado do Instituto para os Assuntos Municipais. De acordo com a informação divulgada, quatro estabelecimentos foram autuados pelo IAM por terem sidos abertos ao público sem possuir certidão, e um estabelecimento foi autuado por não ter exibido para o público as informações de registo. Até 30 de Junho, um total de 3776 estabelecimentos encontravam-se registados junto das autoridades. Com o comunicado de ontem, o IAM apelou aos estabelecimentos para se registarem, antes de iniciarem a operação. “O IAM volta a alertar o sector para a obrigação de todos os estabelecimentos de takeaway apresentarem o pedido de registo ao IAM antes do início de actividade, podendo as lojas abrir ao público apenas depois de possuírem a certidão de registo”, pode ler-se no comunicado. “Os estabelecimentos são obrigados a exibir publicamente as informações de registo e a certidão de registo deve ser obrigatoriamente afixada em local visível da loja física. No caso de exploração ou divulgação através da Internet ou aplicação móvel, é necessário exibir o número de registo do estabelecimento nos referidos meios”, foi esclarecido.
Nunu Wu Manchete SociedadeJulgamento | Gestores de sala VIP negaram acusações de burla Dezoito clientes burlados em cerca de 27 milhões de dólares de Hong Kong (HKD), um homem numa fuga milionária, e dois gestores sentados no banco dos arguidos. Esta é a configuração do julgamento do caso das salas VIP Dongbo, que teve mais uma sessão na quarta-feira. A Dongbo operou duas salas VIP, na City of Dreams e Galaxy, entre 2019 e Setembro de 2021 através de uma licença de promoção de jogo alugada. Durante esse período, o Ministério Público argumenta que os dirigentes da empresa procuraram atrair avultados depósitos entre mais de duas centenas de clientes, angariando um valor total de 287 milhões de HKD. Os problemas surgiram com as queixas de jogadores impossibilitados de recuperar o dinheiro depositado, situação que culminou na denúncia de 18 vítimas que terão perdido 27 milhões de HKD. O principal arguido e fundador da Dongbo, um cidadão chinês de apelido Shi, terá fugido de Macau com o dinheiro em falta, deixando no banco dos arguidos dois gestores de apelidos Chan e Lam que eram vice-presidente executivo e director de operações, respectivamente. Na quarta-feira, Chan e Lam, negaram as acusações de burla no Tribunal de Primeira Instância. A maioria das testemunhas ouvidas não corrobou a tese de que as salas VIP não usavam os depósitos como investimentos que renderiam juros e que as quantias depositadas seriam apenas para jogar. Apesar disso, as testemunhas referiram que as salas da Dongbo ofereciam um bónus de 1,1 a 1,25 por cento quando o dinheiro era trocado por fichas, desconto considerado atraente. O outro lado Porém, uma ex-funcionária da Dongbo, de apelido Lei, apresentou em tribunal uma versão diferente, afirmando ter depositado 5 milhões de HKD porque o director de operações lhe terá garantido que poderia receber um juro mensal de 50 mil HKD. A testemunha afirmou ter confiado no director de operações da Dongbo, porque ambos teriam trabalhado no Grupo Suncity, de onde saíram depois de assinarem rescisões amigáveis que terminaram os contratos com a empresa de Alvin Chau. Parte das testemunhas perdeu dinheiro porque depois de efectuar o depósito a sala VIP foi encerrada. Uma testemunha afirmou em tribunal que falou com o fundador da Dongbo, que terá revelado estar em Shenzhen, e que este lhe garantiu o reembolso da quantia depositada. A devolução dos fundos nunca terá acontecido. Outra das testemunhas ouvidas em tribunal, foi o detentor da licença de promoção de jogo usada pela Dongbo nas suas operações. A testemunha, que alega ter perdido 200 mil HKD, indicou ter alugado a licença por 50 mil HKD por mês e que na altura da celebração do contrato ficou estabelecido que a Dongbo não teria entre as suas operações a possibilidade de receber depósitos.
João Santos Filipe SociedadeTurismo | Índice de preços com subida de quase 20% O Índice de Preços Turísticos (IPT) foi de 137,24 no segundo trimestre de 2023, o que significa um crescimento de 19,47 por cento, face ao trimestre homólogo de 2022. De acordo com os dados revelados ontem pelos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) a subida deveu-se ao facto de os preços dos quartos de hotel e dos doces de pastelarias terem ficado mais caros. Em comparação com o preço do trimestre homólogo de 2022, os preços do alojamento aumentaram 150,74 por cento, enquanto os preços das actividades de divertimento e culturais cresceram 17,06 por cento. Por sua vez, o preço do vestuário e calçado aumentou em termos anuais 7,07 por cento. No segundo trimestre de 2023, o IPT desceu ligeiramente 0,70 por cento, quando comparado com o primeiro trimestre do ano. O índice de preços da secção alojamento diminuiu 10,56 por cento, em termos trimestrais, em virtude da queda de preços dos quartos de hotel. Por seu turno, o índice de preços da secção vestuário e calçado cresceu 8,92 por cento, em termos trimestrais, graças ao lançamento do vestuário de Verão. O IPT reflecte a variação de preços dos bens e serviços adquiridos pelos visitantes em Macau.
João Santos Filipe Manchete SociedadeNova Biblioteca | Agnes Lam questiona falta de estacionamento A ex-deputada Agnes Lam questionou a decisão do Governo de abdicar de parque de estacionamento subterrâneo na futura Biblioteca Central. A posição foi tomada através de um artigo da académica publicado no jornal Ou Mun. Entre 2007 e 2020, os planos apontavam para que a futura Biblioteca Central fosse construída no Edifício do Antigo Tribunal, na Avenida da Praia Grande, e até foi realizado um concurso público para a concepção do projecto naquele local. Contudo, em 2020, com a nomeação de Ho Iat Seng como Chefe do Executivo, foi anunciado que a futura Biblioteca Central seria mudada para a praça do Tap Seac, onde se encontra o antigo Hotel Estoril. Agora, Agnes Lam veio recordar que um dos argumentos utilizados para deslocalizar o projecto foram os potenciais problemas do trânsito e de falta de estacionamento na Avenida da Praia Grande. Face a este argumento, a ex-deputada questiona o facto de agora se abdicar voluntariamente da construção de um parque de estacionamento subterrâneo na nova biblioteca. “Se olharmos para o passado, a principal razão para mudar o local da biblioteca não foram as dificuldades na reconstrução no Antigo Tribunal, na verdade foi o problema do trânsito”, escreveu Lam. “Com esta decisão [de não construir o parque de estacionamento] há um desencontro entre as expectativas da população e a nova biblioteca”, acrescentou. Por outro lado, a académica alertou para a possibilidade da futura Biblioteca Central criar problemas para o trânsito daquela zona. “A capacidade de estacionamento na Praça de Tap Seac está praticamente esgotada e corre-se o risco de não haver mais locais de estacionamento disponíveis. Temo que a nova biblioteca vá criar graves problemas de trânsito no futuro”, alertou. Mais explicações Neste cenário, Agnes Lam admite que que se avance para a construção da biblioteca mesmo sem estacionamento, mas considera que é necessário explicar muito bem à população a opção. Ao mesmo tempo, a ex-legisladora apela ao Governo para que “oiça a população” sobre este assunto, antes de tomar uma decisão definitiva. Por outro lado, a académica afirmou é necessário preparar o futuro daquela zona de Macau, em matéria de trânsito, principalmente porque ao pé do edifício Holland Garden existe grande falta de estacionamento, o que tende a esgotar os lugares existentes ao pé do Tap Seac.
João Luz SociedadeDSAL | Três feiras vão oferecer 444 empregos A Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) irá organizar três feiras de emprego nos dias 20 e 21 de Julho, onde serão oferecidas 444 ofertas de emprego. As inscrições para as três sessões, organizadas em parceria com a Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), estão abertas a partir de hoje, às 09h, e encerram na próxima quarta-feira ao meio-dia. Na manhã do dia 20 de Julho, a sessão de emparelhamento será dedicada ao sector hoteleiro, com a oferta de 116 vagas de emprego para postos como “supervisor de balcão de atendimento, supervisor dos serviços de quarto, supervisor de vigilância de andares, empregado administrativo, recepcionista, agente dos serviços de atendimento aos clientes, empregado dos serviços de quarto, bagageiro e empregado dos serviços de limpeza”. Esta sessão realiza-se no Centro para o Desenvolvimento de Carreiras da FAOM, na Istmo de Ferreira do Amaral 101-105. Na manhã de 21 de Julho, serão oferecidas mais 177 vagas de trabalho para o sector hoteleiro. As ofertas são para “empregado de assuntos de recursos humanos e administrativo, empregado de assuntos financeiro, técnico de redes, coordenador da secção de limpeza e arrumação de quartos, agente dos serviços no lobby do hotel, agente dos serviços de VIP, funcionário de Linen Room e secção de uniforme, agente dos serviços de restauração e cozinheiro. No mesmo dia à tarde, a feira de emprego oferece 151 vagas para o sector dos serviços integrados de entretenimento. Os interessados podem concorrer aos postos de “agente de aquisição, agente de armazém, operador de caixa, agente dos serviços de loja, embaixador de serviços de cinema, projeccionista, agente de serviços de restauração, cozinheiro e detalhista automóvel. Estas duas sessões serão realizadas no salão de banquete do Hotel Macau Roosevelt, na Taipa.
João Santos Filipe Manchete SociedadeFunção Pública | Recuperação leva a pedidos de aumentos salariais A Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Origem Chinesa espera que os funcionários públicos tenham um aumento dos salários de 3,3 por cento no próximo ano. O apelo foi feito por Cheong Koc Iun, presidente da associação, através de um artigo publicado no jornal Ou Mun, em que é sublinhada a necessidade haver uma “recompensa verdadeira” face ao trabalho dos últimos anos. Segundo Cheong Koc Iun, os salários dos funcionários públicos estão congelados há três anos e durante este período a associação compreendeu a necessidade de implementar políticas de austeridade, devido ao ambiente económico relacionado com a covid-19. Todavia, com os sinais da recuperação económica, o responsável considera que está na altura de reconhecer os esforços dos funcionários públicos. “A pressão da vida quotidiana aumentou bastante, mas a equipa de funcionários públicos não deixou de ser dedicada no cumprimento dos seus deveres, mostrando coragem e espírito de combate face à pandemia”, justificou o dirigente associativo. “Durante este período da pandemia os funcionários mereceram muitos elogios e distinções. Por isso, as associações têm sempre a esperança que o Governo reconheça os esforços e recompense os trabalhadores. Todos os reconhecimentos feitos até agora não passaram de elogios verbais, pelo que não se pode falar de uma recompensa verdadeira”, sublinhou. Estimativas de crescimento Além de mencionar o esforço do passado, a Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Origem Chinesa justifica o pedido de aumentos de 3,3 por cento com o novo ambiente económico, e o fim do período mais complicado da crise económica. Para justificar as palavras, o presidente da associação indica que as estimativas da Universidade de Macau apontam para um crescimento anual da economia que pode chegar a 47 por cento, além de haver uma recuperação do número de visitantes. “A situação da economia e do emprego está a melhorar de forma gradual. As receitas brutas do jogo durante os primeiros seis meses ultrapassaram os 80 mil milhões de patacas”, apontou Cheong. “As receitas anuais do jogo devem ultrapassar os 170 mil milhões de patacas, o que reflecte que a economia está a recuperar e a crescer de formal satisfatória. As receitas fiscais do governo para este ano vão melhorar a olhos vistos”, destacou. Por outro lado, o dirigente associativo defende ainda que se siga o exemplo de Hong Kong, onde apesar da grave crise não deixou de haver aumentos, que variaram entre 2,87 por cento e 4,65 por cento. “Apesar das situações de Hong Kong e Macau serem diferentes, temos de compreender que as pessoas de Macau também estão a ser afectadas pela inflação e o aumento das taxas de juros, que tornam o custo de vida mais caro”, frisou.
Nunu Wu SociedadePornografia | Detido por chantagear menor com vídeo Um residente foi detido no domingo por suspeitas de ter ameaçado uma menor de idade com a divulgação de vídeos de pornografia caseira se a jovem terminasse a relação. O caso foi divulgado foi ontem e, segundo as autoridades policiais, a detenção aconteceu nas imediações do Posto Fronteiriço de Hengqin, quando os dois se encontraram causalmente. A menor queixou-se às autoridades no local e o suspeito, de 32 anos, acabou por ser detido. No telemóvel do suspeito terão sido encontrados os vídeos. De acordo com o jornal Ou Mun, o indivíduo e a vítima começaram uma relação amorosa em 2020. Porém, a jovem descobriu que o suspeito teria outra namorada e tentou romper a relação. O suspeito ameaçou divulgar os vídeos e agredir familiares da jovem. Segundo as autoridades, a menor passou a ignorar os contactos do indivíduo há cerca de um ano, até se terem encontrado no passado domingo. O caso foi encaminhado para o Ministério Público com o homem suspeito dos crimes de ameaça, coacção, acto sexual com menores e pornografia de menor.
João Luz SociedadeCrime | Idoso de 84 anos agrediu mulher que ficou inconsciente Uma discussão verbal entre um homem de 84 anos e uma mulher de 66 anos escalou para violência física, com o idoso a desferir um soco que deixou a vítima inconsciente. A mulher foi assistida no hospital e o suspeito detido. A criminalidade violenta aumentou 44 por cento no início do ano No final da tarde de terça-feira, uma discussão verbal, que terá tido origem num desentendimento a propósito de dinheiro, escalou para uma agressão que deixou uma mulher de 66 anos inconsciente. O alegado agressor, um idoso de 84 anos, foi interceptado pelas autoridades policiais no local, a Rua de Malaca, perto do Hotel Golden Dragon, sem que até ao fecho da edição tivessem sido divulgadas informações adicionais que esclarecessem a situação do suspeito. O caso aconteceu às 18h30 e equipas do Corpo de Bombeiros e do Corpo de Polícia de Segurança Pública ocorreram de pronto ao local. Segundo o jornal Ou Mun, a equipa de emergência médica encontrou a vítima inconsciente no chão, com uma contusão no lado esquerdo do rosto, e conduziu-a de imediato às urgências do Centro Hospitalar Conde de São Januário. Segundo o relato de uma testemunha ouvida pelo jornal Ou Mun, a vítima e o suspeito encontraram-se na rua, desencadeando-se de seguida uma acesa discussão, que acabou com o idoso a perder a cabeça e a desferir um soco na mulher. O caso continua a ser investigado pelas autoridades policiais. Histórias de violência Há cerca de duas semanas, Macau foi abalada por um caso de extrema violência, depois de um homem ter tentado assassinar a ex-mulher desferindo golpes de martelo na cabeça da vítima, enquanto que na passada segunda-feira, um jovem esfaqueou uma aluna do Colégio Mateus Ricci. Nas últimas estatísticas da criminalidade divulgadas pelo Governo, verificou-se que no primeiro trimestre deste ano o número de crimes aumentou 17,2 por cento. Além dos tradicionais delitos criminais associados à indústria do jogo, a criminalidade violenta registou uma subida considerável, 44,2 por cento, nos primeiros três meses de 2023, face ao período homólogo do ano transacto.
João Santos Filipe SociedadeEnsino | Elsie Ao Ieong reuniu com CCISP A secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong U, apelou a um reforço da cooperação entre o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) de Portugal e as instituições de ensino superior locais. O apelo foi feito durante um encontro, na terça-feira, com Maria José Fernandes, presidente do CCISP. Segundo o relato do gabinete da secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong U salientou que a “Universidade Politécnica de Macau (UPM) e as outras instituições de ensino superior locais têm mantido um bom intercâmbio e cooperação com o CCISP “o que tem “contribuído positivamente para a formação de quadros qualificados bilingues em chinês e português”. Neste sentido, Elsie deixou a esperança que “a cooperação entre ambas as partes continue a ser reforçada, a fim de elevar o nível de internacionalização das instituições de ensino superior de Macau e de reforçar a sua cooperação académica com as instituições de ensino superior de todo o mundo”. Por sua vez, Maria José Fernandes terá destacado “a importância desta visita do CCISP a Macau” detalhando que o CCISP abrange 15 institutos superiores politécnicos com cerca de 150 mil estudantes. Por outro lado, a responsável deixou o desejo que “as duas partes possam, com base na boa cooperação já existente, reforçar ainda mais o intercâmbio de professores e estudantes, nomeadamente, reforçar a orientação conjunta de estudantes de doutoramento e o intercâmbio de estudantes de doutoramento”.
Nunu Wu Manchete SociedadeAutocarros| Governo recusa aumentar idade limite de condutores Nick Lei pretendia prolongar as carreiras dos condutores de veículos pesados, mas o Governo recusou essa possibilidade. Os motoristas de veículos de turismo deixam de estar habilitados para exercer a profissão aos 65 anos O Governo afastou a possibilidade de aumentar a idade limite para os condutores de autocarros de turismo. A posição foi tomada na resposta a uma interpelação do deputado Nick Lei, ligado à comunidade de Fujian. Na interpelação, o legislador pedia, de forma a prolongar as carreiras profissionais de condutores de autocarros, um aumento da idade limite para desempenho das funções, que actualmente é de 65 anos. Contudo, a Direcção de Serviços de Turismo (DST), recusou a possibilidade. “É necessário considerar de forma geral em termos de condições físicas e mentais de condutores profissionais, os interesses sociais gerais e a segurança de utentes da via pública,” justificou Maria Helena de Senna Fernandes, sobre a posição tomada. Segundo a interpelação de Nick Lei, após três anos da pandemia, em que muitos condutores ficaram impedidos de exercer a profissão, o regresso à normalidade pouco mudou, porque vários profissionais ultrapassaram a idade limite. Esta é também uma realidade que afecta a mão-de-obra disponível. Quanto ao número de novos profissionais no sector, Helena de Senna Fernandes citou os números da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), e apontou que desde 2005 e até Maio foram formados cerca de 2.500 motoristas de veículos pesados. A responsável indicou ainda que para incentivar os locais a enveredarem pela profissão de motorista de veículos pesados os residentes podem fazer formação e serem reembolsados do custo do curso, depois de assinarem o contrato com uma empresa de autocarros. “Desde que o Governo lançou este mecanismo, em 2011, um total de 1.393 pessoas participou na formação e 1.096 pessoas conseguiram passar obter a licença”, afirmou a directora da DST. “Um total de 760 destas pessoas trabalham como condutores profissionais e 632 deles conduziam veículos pesados de passageiros como autocarros, autocarros turísticos e autocarros escolares, 128 deles conduziam em outras categorias como camião e táxi,” foi acrescentado. Acções de formação A Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) lançou também três sessões de recrutamento de condutores de autocarros turísticos no primeiro semestre do ano, com 50 vagas e às quais responderam 26 candidatos. Entre estes, foram recrutados 11 motoristas. Outro dos assuntos abordados na interpelação, foi o estacionamento de autocarros turísticos. Nick Lei sugeriu a criação de zonas para estes autocarros nos bairros comunitários e a criação de estacionamento provisório nos terrenos recuperados pelo Governo. Sobre as sugestões, Helena de Senna Fernandes citou uma resposta da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego a indicar que qualquer decisão só será tomada depois de serem consideradas as condições ambientais, a taxa de utilização das instalações actuais e os utentes da via pública, porque as terras e recursos públicos em Macau são limitados.
João Santos Filipe SociedadePolícia | Dirigentes tomaram posse Chan Io e Kong Wai Chon tomaram ontem posse como subdirector e do chefe de departamento da Direcção dos Serviços das Forças de Segurança de Macau (DSFSM). A cerimónia foi realizada ontem tendo o evento sido presidido pela directora dos Serviços, superintendente-geral alfandegária Kok Fong Mei, que assistiu à prestação do compromisso de honra e à assinatura do termo de posse, por parte dos novos subdirector e chefe de departamento. O subdirector Chan Io começou a prestar serviço na DSFSM em 1996, sendo licenciado em Ciências Policiais e tendo concluindo o 6.º Curso de Comando e Direcção, ambos pela Escola Superior das Forças de Segurança de Macau (ESFSM), e a Licenciatura em Direito em Língua Chinesa da Universidade de Macau. Entre 2001 e 2018, desempenhou funções de chefia em diversas subunidades do CPSP, como chefe, substituto, do Departamento de Informações, chefe, substituto, do Departamento Policial das Ilhas, e chefe do Departamento Policial de Macau. Desde Janeiro de 2019, assumiu as funções do chefe do Departamento de Apoio Técnico da DSFSM, e, a partir de Abril de 2023, passou a exercer o cargo de subdirector, substituto, destes Serviços. Por sua vez, Kong Wai Chon, é licenciado em Ciências Policiais pela ESFSM, e ingressou no CPSP em 1997, prestou funções de chefia em vários departamentos do CPSP, nomeadamente chefe, substituto, do Departamento Policial das Ilhas, comandante do Departamento Policial de Macau, e chefe do Departamento de Trânsito. Desde Maio que passou a exercer o cargo de chefe, substituto, do Departamento de Apoio Técnico da DSFSM.
João Santos Filipe Manchete SociedadeLai Chi Vun | Proposta de parque temático com actividades aquáticas O académico Chi Fong Tang, da Universidade Politécnica de Macau (UPM), acredita que os Estaleiros de Lai Chi Vun podem ser transformados num parque temático com actividades aquáticas. A ideia surge no artigo com o título “Um Estudo sobre a Regeneração dos Recurso Turísticos Culturais nos Bairros Históricos de Uma Perspectiva da Economia da Experiência”, publicado recentemente na revista Destaques em Ciência, Engenharia e Tecnologia. A “Economia da Experiência” é um conceito desenvolvido na década de 1970 por Alvin Toffler, e ao contrário da indústria de serviços, em vez de focar a satisfação de necessidades físicas, satisfaz necessidades psicológicas, através da vivência de emoções e sensações pelos consumidores. É a partir desta perspectiva que Chi Fong Tang apresenta um modelo para o desenvolvimento da área de Lai Chi Vun, em Coloane, que prevê a criação de um parque temático, onde podem ser praticadas actividades aquáticas “com características locais” com temas como: os barcos, as pessoas, a água e a vila. Em relação ao parque temático, é sugerida a criação de um espectáculo permanente na água, com projecção de jactos, luzes, som, a fazer lembrar o ambiente dos estaleiros. Além disso, é proposta a disponibilização de bicicletas de madeira na zona para alugar e a criação de um mercado de comida flutuante. Recordar a Lorcha A nível da criação de um “parque cultural” dentro dos estaleiros, Chi Fong Tang indica a possibilidade de se realizarem workshops para as pessoas vivenciarem a experiência de construir um barco, além de um espaço museu, a explicar as principais técnicas de construção, assim como a contar a história das pessoas que habitavam na vila. Este parque cultural teria como tema a “Lorcha Macau”, com Chi a recordar que foi construída durante “o período mais glorioso da indústria naval de Macau” e que seria possível viver essas experiências, com que recurso às novas tecnologias, como a realidade virtual e realidade aumentada. Além do parque cultural e temático com espectáculos na água, o académico sugere ainda um maior aproveitamento da vila de Lai Chi Vun, por considerar que há “muitos estaleiros desocupados e terrenos vazios”, com a construção de uma “vila cultural”. Nesta vila, seria construído um hotel, a imitar as casas de madeira e pedra, como as casas dos velhos tempos, que também poderia ser utilizado para formar os quadros locais na área da hotelaria. As outras sugestões para esta área passam por espaços de exposições permanentes e temporárias.
João Luz SociedadeIPIM | Feira de Produtos de Guangdong e Macau no fim do mês O Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM) anunciou ontem que a Feira de Produtos de Marca da Província de Guangdong e Macau deste ano irá realizar-se entre os 27 e 30 de Julho, nos pavilhões de exposição do Galaxy International Convention Center. O IPIM refere que este ano o certame volta a centrar-se no “tema amplamente popular do ano passado — “alimentos preparados” e reunirá, em resposta às quatro principais indústrias de Macau, mais de 400 empresas de Macau, da província de Guangdong e dos países e regiões abrangidos pela iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”. O objectivo será expor e vender fisicamente os produtos e “proporcionar um excelente destino de lazer e de entretenimento para residentes e turistas”, ao mesmo tempo que se promove o intercâmbio económico e comercial entre Guangdong e Macau. O IPIM estima que as empresas de alimentos preparados que vão participar na feira tenham um volume comercial anual combinado de 100 milhões de renminbis. Porém, nem só de alimentação irá viver a próxima edição da Feira de Produtos de Marca da Província de Guangdong e Macau, com a participação de empresas de sectores tão distintos “como electrodomésticos inteligentes, produtos de necessidade diária, vestuário, produtos culturais e criativos, produtos fabricados em Macau, marcas de Macau e produtos dos Países de Língua Portuguesa”.