Hoje Macau SociedadeJogo | Receitas desaceleram após recorde pós-pandemia As receitas do jogo em Macau caíram 17,7 por cento em Novembro, em comparação com Outubro, mês em que atingiram o valor mais alto desde o início da pandemia de covid-19, segundo dados divulgados na sexta-feira. De acordo com a Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ), os casinos arrecadaram 16 mil milhões de patacas no mês passado. Em Outubro, as receitas do jogo tinham atingido 19,5 mil milhões de patacas, fixando um recorde pós-pandemia de covid-19, graças à chamada Semana Dourada do 1.º de Outubro, quando se assinala o aniversário da implementação da República Popular da China, um dos picos turísticos da China. Ainda assim, as receitas da indústria do jogo foram em Novembro mais de cinco vezes superiores ao registado no mesmo mês do ano passado (menos de três mil milhões de patacas). Apesar da recuperação em termos anuais, o valor que os casinos de Macau arrecadaram em Novembro representa apenas 70,1 por cento do montante contabilizado em igual período de 2019 (22,9 mil milhões de patacas), antes do início da pandemia. Entre Janeiro e Novembro, as receitas do jogo em Macau mais que quadruplicaram em comparação com igual período de 2022, atingindo 164,5 mil milhões de patacas, valor que ultrapassou o previsto no orçamento de Macau para 2023, que era de 130 mil milhões de patacas. De acordo com a DICJ, a receita acumulada nos primeiros onze meses do ano representa 61 por cento do montante registado no mesmo período de 2019.
Hoje Macau Manchete SociedadeJogo | Recuperação da indústria longe de convencer investidores A confiança do início do ano, com o fim das restrições de controlo da pandemia, foi sol de pouca dura e as acções das concessionárias têm vindo a perder valor. Longe está 2014, quando a capitalização em bolsa de algumas das operadoras era mais do dobro da actual Apesar das receitas do jogo estarem a recuperar e a crescer gradualmente, os investidores estão longe da confiança no mercado de Macau demonstrada noutros tempos. Esta é uma das conclusões que se podem tirar com base no valor das acções das empresas ligadas às concessionárias de jogo que estão presentes na Bolsa de Hong Kong. Actualmente, a concessionária mais valiosa, segundo o preço por acção, é a Galaxy, cujos títulos eram transaccionados na sexta-feira por 41,350 dólares de Hong Kong (HKD) por acção. Este é um valor abaixo tendo em conta os 53,392 HKD que os títulos valiam no início do ano, o que significa uma quebra de 22,6 por cento. A queda é mais significativa se comparada com o dia 20 de Abril, quando a empresa atingiu o ponto máximo na bolsa ao longo deste ano, ao chegar à fasquia dos 58,074 HKD por acção. O montante não deixa de estar longe do melhor registo de sempre da empresa, que a 1 de Dezembro de 2014 era avaliada em 83,200 HKD por acção. A segunda concessionária mais valiosa é a Sands China, mas também a empresa com origem nos Estados Unidos está a perder valor desde o início do ano. Na sexta-feira, à hora do encerramento, o valor por acção era de 19,580 HKD. Em comparação com o início do ano, quando as acções eram transaccionadas a 26,900 HKD, houve uma quebra de mais de 5 HKD, o que significa 27,2 por cento. Face ao melhor registo do ano, 28 de Junho, quando as acções valiam 30,800 HKD por acção, houve a perda de quase um terço do valor. Também no caso da Sands China o pico foi atingido a 1 de Dezembro de 2014, quando as acções estavam avaliadas em 64,950 HKD. Por sua vez, as acções da MGM China registam actualmente um valor de 8,670 HKD por acção. Também neste caso tem havido uma desvalorização, uma vez que no início do ano os títulos eram transaccionados a 9,740 dólares de HKD. O ano não começou mal para a empesa, que chegou a valorizar para 10,880 HKD por acção, a 10 de Janeiro. Porém, desde então tem estado em queda. Em comparação com Dezembro de 2014, a empresa perdeu mais de 60 por cento do valor, uma vez que nessa altura cada acção valia 35,150 HKD. O top final Nenhuma das concessionárias de jogo a operar em Macau tem valorizado ao longo do ano. A registar uma tendência negativa está também a Melco Internacional Development, ligada a Lawrence Ho e aos casinos City of Dreams e Studio City. No início do ano, a concessionária do filho de Stanley Ho estava avaliada em 8.870 HKD por acção. Uns dias depois, a 10 de Janeiro, a valorização atingia os 11,000 HKD por acção, porém, a partir desse valor entrou numa espiral descendente. Face a esta tendência, na sexta-feira as transacções eram negociadas a 5,190 HKD, uma redução de 41,5 por cento. O pico da valorização bolsita, as acções da Melco atingiram em Dezembro de 2014 os 31,400 HKD. No que diz respeito à empresa Wynn Macau, a desvalorização é semelhante à registada pela Melco. No início do ano, as acções valiam 9,240 HKD e subiram para 9,980 a 10 de Janeiro. Contudo, este valor não voltou a ser repetido e na sexta-feira o valor era de 5,700 HKD, o que representou uma quebra de 38,3 por cento. Neste caso o recorde da valorização foi registado a 23 de Fevereiro de 2014, com uma valorização de 37,400 HKD por acção. Por último, a SJM Holdings está avaliada em 2,290 HKD por acção, uma diferença de mais de 2 HKD face a 10 de Janeiro quando atingiu 4,990 HKD, o que significa um tombo de 52 por cento. No início do ano, a SJM estava avaliada em 4,770 HKD, ainda assim longe dos 26,400 HKD, o máximo atingido, a 13 de Outubro de 2013. Tendência geral A desvalorização das acções não é caso isolado no mercado de Hong Kong, de acordo com o índice de referência o Hang Seng. No início do ano, o índice era avaliado em 20.145,29 pontos, contudo, na sexta-feira estava nos 16.830,30 pontos, uma desvalorização de 16,5 por cento por cento. O pico da valorização do Hang Seng foi atingido a 21 de Janeiro de 2018, quando atingiu os 32.254,90 pontos. Porém, desde essa altura tem vindo a desvalorizar e o pior momento desde a crise financeira foi atingido a 23 de Outubro de 2022, em plena altura da política de zero casos de covid-19 no Interior da China e nas regiões administrativas especiais, quando chegou aos 14.863,06 pontos.
Hoje Macau SociedadeDSAT | Autocarros com 580 mil passageiros por dia Em Novembro, o volume diário de passageiros nos autocarros aproximou-se de 580 mil, de acordo com a informação do chefe do Departamento de Gestão de Tráfego da Direcção de Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), Chang Cheong Hin, prestada durante o programa Fórum Macau do canal em língua chinesa da Rádio Macau. Segundo o responsável, a média diária de passageiros representa 90 cento dos passageiros transportados antes pré-pandemia, ou seja, no ano de 2019. O aumento do número de passageiros transportados tem levado também a um crescimento de queixas de cidadãos, devido ao facto dos autocarros estarem frequentemente cheios, não havendo em muitos casos possibilidade de viajar sentado. Estas queixas foram inclusive reflectidas pela deputada Wong Kit Cheng, no debate mais recente sobre as Linhas de Acção Governativa. No entanto, Chang Cheong Hin justificou que as autoridades vão acompanhar a situação em tempo real e que têm meios de recolha de informação a partir dos sistemas instalados nos autocarros, como a máquina para validar tarifas ou sistemas de GPS. Por sua vez, Lei Veng Hong, subdirector da DSAT, destacou que na primeira metade do ano o tempo de espera por autocarros diminuiu em cerca de cinco minutos, uma redução de 20 por cento face a 2021, quando entraram em vigor os actuais contratos com as operadoras.
Hoje Macau Manchete SociedadeEstudo | Macau em risco extremo de inundações Com base nas consequências do Tufão Hato, um estudo de Shi Huabin, professor da Universidade de Macau, “tentou quantificar o risco de inundações causadas por marés de tempestade” O trabalho do docente da UM prevê que, caso as águas do mar subam um metro em Macau, como está previsto ocorrer este século, a maioria da região estará em risco de inundações catastróficas a exemplo do que aconteceu durante o tufão Hato, em 2017. Shi Huabin, professor da Universidade de Macau, irá em breve publicar os resultados da investigação “Mudanças nas marés de tempestade com a subida das águas do mar”, apoiada pelo Fundo para o Desenvolvimento das Ciências e da Tecnologia. O estudo “tentou quantificar o risco de inundações causadas por marés de tempestade baseados num caso específico, o Hato”, disse à Lusa o engenheiro, referindo-se ao tufão, cuja passagem por Macau causou 10 mortos e 240 feridos. A investigação estabeleceu cinco níveis de risco com base na potencial duração das inundações, algo que Shi descreveu como “muito importante”. “Se as inundações durarem um ou dois dias, o resultado é mais perigoso”, explicou o especialista. Num cenário em que as águas do mar subam um metro, Shi disse que o modelo prevê que a maioria da península de Macau se torne uma zona de risco máximo, assim como “enormes inundações no aeroporto e no Cotai”, onde se situam os grandes hotéis-casinos. Um cenário nada improvável, uma vez que a subida das águas do mar no Delta do Rio das Pérolas, que inclui Macau, Hong Kong e parte da província de Guangdong, “é muito maior do que a média mundial”, disse o investigador. Sempre a subir O nível das águas do mar em Macau vai subir até 118 centímetros até ao final do século, “mais 20 por cento do que a média mundial”, de acordo com uma previsão feita em 2020 por investigadores da Academia de Ciências da China e da Universidade Cidade de Hong Kong. No estudo, sublinhou-se que a subida do nível das águas do mar “ligada às mudanças climáticas constitui uma ameaça significativa para Macau, devido à sua baixa altitude, pequena dimensão e à construção contínua de aterros”. Faith Chan, professor da Universidade de Nottingham em Ningbo, na China, disse à Lusa que os aterros estão mais seguros, mas sublinhou que “o verdadeiro perigo é a combinação da subida das águas do mar, marés de tempestade e fenómenos extremos, como o Hato”. O investigador sublinhou que, como “a temperatura da água no oeste do Pacífico, onde as tempestades tropicais nascem, continua a subir”, no futuro “será impossível escapar a uma maior frequência de tufões”. O plano decenal de prevenção e redução de desastres em Macau até 2028 admitiu que “é possível que, no futuro, (…) haja uma tendência para aumentarem também os incidentes relacionados com estados meteorológicos extremos”. No documento, apresentado em 2019, previa-se a construção de uma comporta de retenção de marés e de muros com 1,5 metros de altura para prevenir inundações na zona do Porto Interior. No entanto, em Fevereiro de 2023 o secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, admitiu desistir do projecto. O Governo “até podia ter dinheiro para construir muros com dez metros de altura, mas não o iria fazer, porque tanto os turistas como os residentes querem usufruir da costa”, sublinhou Faith Chan. Shi Huabin acredita que o interesse neste projecto para o Porto Interior demonstra que “as pessoas já perceberam que o clima está a mudar” e “estão a prestar mais atenção a projectos que possam reduzir o nível de risco”. Mas o investigador defendeu que é irrealista esperar que “as autoridades construam um projecto de engenharia costeira ou oceânica que seja uma solução perfeita” para um fenómeno mundial. O especialista disse que, em Macau e em muitos outros locais do mundo, os habitantes têm de aprender “o que cada um pode fazer” para lidar com inundações regulares. “A sociedade ainda não está preparada para isto”, lamentou.
Hoje Macau SociedadeDSAMA | Susana Wong admite fraco turismo de iates A directora dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água (DSAMA), Susana Wong Soi Man, admitiu que o turismo de iates em Macau, envolvendo turistas chineses, ainda precisa de dar provas do seu sucesso, apesar dos esforços do Governo para promover esse tipo de produtos no Interior da China. A admissão foi feita na quarta-feira, durante o debate das Linhas de Acção Governativa para a tutela dos Transportes e Obras Públicas. A directora da DSAMA revelou que a aposta no turismo de iates esbarrou em problemas logísticos a resolver entre as autoridades da RAEM e de Guangdong, refere a Macau News Agency. Segundo os acordos actuais, todas as embarcações que tenham a China como destino têm de pagar um depósito de seguro à chegada. Ainda assim, a responsável indicou que o Governo deve continuar a encorajar a empresa que gere o porto para iates em Coloane a organizar mais actividades. Além disso, Susana Wong mencionou que a DSAMA, e a área do serviço público que lidera, não foi beneficiada pelos investimentos em elementos não-jogo das operadoras de casinos de Macau.
João Santos Filipe SociedadeAté Setembro casinos gastaram 21,7 mil milhões em descontos Nos primeiros nove meses do ano, as concessionárias de jogo gastaram cerca de 21,7 mil milhões de patacas em acções de promoção e descontos para jogadores. Os dados foram revelados pelo banco de investimento CLSA, ao portal GGRAsia. O montante reinvestido em promoções ao longo do corrente ano para aliciar os clientes representa um valor entre 17 e 18 por cento do total das receitas brutas do jogo, que até Setembro eram de 128,9 mil milhões de patacas. O montante está abaixo do que era investido em promoções junto dos jogadores antes da pandemia, entre os anos de 2017 e 2019, período para o qual o analista da CLSA Jeffrey Kiang indicou que se investia uma média de 22 por cento das receitas de jogo em ofertas para os jogadores. Esta redução do investimento em promoções também está relacionada com a transição na indústria do jogo, menos focada no segmento dos grandes apostadores, e mais orientada para o mercado de massas. “Considerando que Macau mudou estruturalmente para um jogo mais focado nos jogadores de massas, consideramos que o aumento dos descontos e reinvestimentos em 2023 ao longo do ano reflecte que a competição entre as concessionárias – no mercado de massa premium – não tem sido fácil”, afirmou Kiang, ao GGRAsia. O analista destacou igualmente que os sinais de concorrência intensa parece ser reflectidos, apesar do número de visitantes em Macau “continuar em crescimento”. Margem desgastadas Face a esta tendência, o banco de investimento acredita que há “menos margem de manobra” para as concessionárias conseguirem aumentar as margens de lucro. Na sequência destes dados, o CLSA reduziu as previsões ao nível do EBITDA [lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização] ajustado para o mercado do jogo de Macau. “Reduzimos nossa projecção [do EBITDA ajustado] em 2023 e 2024 em 2 por cento e 5 por cento, respectivamente”, reconheceu Kiang. Porém, a CLSA mantém a previsão de que as receitas brutas do jogo em Macau devem rondar os 180,1 mil milhões de patacas até ao final do ano e subir para cerca de 240,5 mil milhões de patacas, no próximo ano.
João Luz Manchete SociedadeTurismo | Agnes Lam sugere a criação de pacotes familiares Agnes Lam considera que o Governo deve ter em conta as tendências do turismo e adaptar a oferta. Uma das lacunas que destaca é a falta de produtos turísticos dedicados à família. A ex-deputada justifica a posição citando estatísticas nacionais que revelam que a larga maioria dos turistas são jovens interessados em tempo de qualidade com os filhos A ex-deputada e académica Agnes Lam partilhou ontem no Facebook uma publicação a sugerir uma “receita” para a indústria do turismo, que basicamente passa pela adaptação à actualidade. Uma das sugestões é a atenção dos operadores e Governo ao crescimento do turismo ligado à família, com produtos que promovem interacções familiares e acesso a conteúdos didácticos para crianças. A ex-deputada cita um estudo que analisa as tendências de consumo de turismo, em particular face à popularidade recente do turismo de cidade. O estudo realizado pela empresa chinesa Kurundata indica que a maioria dos turistas chineses que faz turismo citadino, 59,6 por cento, são mulheres. Além disso, mais de 40 por cento são pessoas casadas e com filhos. Outro dado estatístico, destacado por Agnes Lam no estudo “Percepções sobre a psicologia de consumo e tendências de consumo dos jovens que escolhem City Walk”, é que 59 por cento destes turistas têm licenciatura e rendimentos mensais médios de 10.860 renmenbis. A ex-deputada sublinha que actualmente, mais de 70 por cento dos turistas que visitam Macau são do Interior da China e que a proporção de visitantes que chegam com visto individual continua a aumentar, face à proporção de excursionistas. Ler os tempos Face a estes dados, Agnes Lam afirma que as tendências de consumo no Interior da China apontam para o aumento das viagens individuais para passeios citadinos, sem trajectos planeados ou guias turísticos. Nesse aspecto, o consumo familiar é um dos pontos que não deve ser esquecido pelas autoridades e operadores turísticos. Agnes Lam cita o estudo e recomenda ao Governo que tenha em atenção que estes turistas gastam dinheiro durante as escapadelas citadinas em livros de divulgação científica, materiais escolares, conteúdos pedagógicos, culturais e criativos, brinquedos e lembranças de exposições. A ex-deputada refere que Macau deveria aproveitar os recursos museológicos ricos e recomendou que o Centro de Ciência, o Museu Marítimo e o Museu de Macau como possíveis polos de atracção turística.
João Luz Manchete SociedadeDemografia | Mais 22.500 TNR até ao final de Outubro Até Outubro, mais de 22.500 pessoas juntaram-se ao número total de trabalhadores não-residentes em Macau. Ainda assim, são quase menos 21 mil face a Outubro de 2019. Os não-residentes de nacionalidade chinesa, a larguíssima maioria, quase recuperaram para níveis pré-pandémicos, enquanto a comunidade filipina não-residente caiu 16 por cento O número de trabalhadores sem estatuto de residente em Macau subiu em Outubro, pelo nono mês consecutivo, aumentando em mais de 22.500 desde que atingiu, em Janeiro, o nível mensal mais baixo desde 2014. Segundo dados do Corpo de Polícia de Segurança Pública, no final de Outubro, a RAEM tinha 174.382 trabalhadores não-residentes (TNR), mais 2.638 do que no final de Setembro e o valor mais elevado desde Fevereiro de 2021. As estatísticas, divulgadas ontem pela Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais, revelam que Macau ganhou 22.504 não-residentes desde Janeiro, mês em que a mão-de-obra vinda do exterior caiu para menos de 152 mil, o número mais baixo desde Abril de 2014. O registo de Outubro deste ano, face ao mesmo mês de 2019, antes da pandemia lançar o mercado de trabalho no caos, revela que o número de TNR caiu mais de 10 por cento, de 195.209 trabalhadores para 174.382. Analisando a variação entre a origem deste segmento da população, nos primeiros 10 meses do ano, registaram-se em Macau mais 14.662 TNR oriundos do Interior da China, totalizando mais de 120 mil. Aliás, a população não-residente chinesa em Outubro deste ano está quase ao nível do mesmo mês de 2019, com uma quebra de apenas 1,3 por cento. A segunda nacionalidade que mais TNR fornece à população activa de Macau, a filipina, caiu 15,94 por cento entre Outubro deste ano e o mesmo mês de 2019, apesar de ter passado de 24.259 pessoas em Janeiro de 2023 para 28.084 em Outubro. Curiosamente, a comunidade indonésia cresceu entre Outubro deste ano e 2019, totalizando nas estatísticas mais recentes 5.952 pessoas. Leque de empregos Importa recordar que Macau tinha perdido quase 45.000 não-residentes (11,3 por cento da população activa) desde o pico máximo de 196.538, atingido em Dezembro de 2019, no início da pandemia. O sector da hotelaria e da restauração foi o que mais contratou desde Janeiro, ganhando mais de 10.833 TNR, seguido da construção civil (mais 4.014) e dos empregados domésticos (mais 2.274). A hotelaria e a restauração tinham sido precisamente os sectores mais atingidos pela perda de mão-de-obra durante a pandemia, despedindo mais de 17.600 funcionários não-residentes desde Dezembro de 2019. O secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, reconheceu a 3 de Fevereiro que os hotéis locais têm sentido falta de pessoal e garantiu que iria negociar com as empresas ligadas ao turismo para “resolver o problema com que o sector se está a deparar”. Com Lusa
Hoje Macau SociedadeAMCM | Investimentos dos residentes valorizaram Nos primeiros seis meses do ano, os investimentos feitos por residentes de Macau valorizaram 6,4 por cento, de acordo com Resultados do Inquérito à Carteira de Investimentos, divulgados ontem pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM). A estatística tem em conta os investimentos dos residentes de Macau. Em comparação com o período homólogo a valorização foi de 7,8 por cento. No final de Junho, e em comparação com o final do ano passado, os investimentos em títulos representativos de capital correspondiam a 334,0 mil milhões de patacas, um acréscimo de 4 por cento, as obrigações a longo prazo totalizavam 658,6 mil milhões, um aumento de 10,4 por cento e as obrigações a curto prazo eram de 80,4 mil milhões de patacas, uma diminuição de 10,9 por cento. Em termos da distribuição geográfica, a região asiática deteve ainda a maior fatia da carteira de investimentos externos dos residentes de Macau, com 47,2 por cento do total, sendo a restante aplicada principalmente na América do Norte (18,9 por cento), na Europa (15,3 por cento), no Atlântico Norte e Caraíbas (15,2 por cento) e na Oceânia (1,5 por cento).
Hoje Macau SociedadeLusofonia | Exportações para Macau sobem 43,5% até Outubro As exportações de mercadorias dos países de língua portuguesa para Macau subiram 43,5 por cento entre Janeiro e Outubro, em comparação com o mesmo período de 2022, segundo dados oficiais divulgados ontem. Os países lusófonos exportaram mercadorias no valor de 1,2 mil milhões de patacas, de acordo com a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Já o valor exportado por Macau para os países de língua portuguesa nos primeiros dez meses do ano foi de 662 mil patacas, registando um decréscimo de 57,7 por cento. O montante total do comércio externo de mercadorias entre Janeiro e Outubro de 2023 em Macau correspondeu a 128,24 mil milhões de patacas e cresceu 1,6 por cento, face aos 126,22 mil milhões de patacas registados em idêntico período de 2022. A DSEC adiantou ainda que o défice da balança comercial em Outubro foi de 10,4 mil milhões de patacas.
João Santos Filipe Manchete SociedadeSands | Miriam Adelson vende acções para comprar equipa da NBA A viúva de Sheldon Adelson vai vender 2 mil milhões de dólares americanos em acções do grupo Las Vegas Sands Corp, para comprar os Dallas Mavericks, por 3,5 mil milhões de dólares, ao empresário Mark Cuban Miriam Adelson, a maior accionista do grupo Las Vegas Sands Corp, vai vender 2 mil milhões de dólares americanos em acções da empresa, para adquirir a equipa de basquetebol Dallas Mavericks. A informação sobre a principal accionista do grupo que controla a concessionária Sands China foi revelada ontem. A confirmação chegou depois, através de um comunicado da Las Vegas Sands Corp à bolsa norte-americana, em que foi indicado que o dinheiro arrecadado com a venda das acções pela empresária “vai ser utilizado para comprar uma participação maioritária numa equipa desportiva profissional”. Desde a morte de Sheldon Adelson, em 2021, com quem Miriam era casada, que a empresária e os familiares herdaram cerca de 57 por cento das acções da maior empresa de casinos do mundo, com operações em Macau e Singapura. Ontem, no fecho da sessão da Bolsa Norte Americana, o grupo Las Vegas Sands estava avaliado em 20 mil milhões de dólares. Com a operação anunciada, cerca de 4,6 por cento das acções da empresária ficam disponíveis no mercado. Após a conclusão da venda, a participação de Miriam Adelson e dos familiares ficará reduzida a 51,3 por cento. Este valor também tem em conta uma outra operação, de diluição de 0,5 por cento do valor das acções. Com o comunicado emitido ontem, foi também anunciado que o próprio grupo Las Vegas Sands vai comprar cerca de 250 milhões de dólares das acções vendidas por Miriam Adelson. Após as notícias, as acções do grupo na bolsa americana registaram uma quebra de quatro por cento. Negócio de conhecidos Miriam Adelson vai comprar ao empresário Mark Cuban a participação nos Dallas Mavericks, uma das equipas mais conhecidas da National Basketball Association (NBA). Segundo a AP, o negócio vai levar algumas semanas a ser finalizado, mas o investimento da família Adelson será na ordem dos 3,5 mil milhões de dólares. Apesar da aquisição de uma participação maioritária, Mark Cuban deve continuar a ser o responsável pela gestão da equipa de basquetebol. Anteriormente o empresário mais conhecido fora dos EUA pela participação no programa televisivo “Shark Tank” havia declarado a intenção de fazer uma parceria com a Las Vegas Sands e construir um novo pavilhão para os Mavs, que incluiria um casino. A intenção esbarrou no facto de o Estado do Texas não ter legalizado o jogo. Para a Miriam Adelson, a aquisição significa a entrada no mundo do desporto, um sector ao qual a família Adelson não tem ligações conhecidas.
Hoje Macau SociedadeIFT | Programas de pós-graduações serão leccionados em chinês A partir do próximo ano lectivo, 2024/2025, o Instituto de Formação Turística de Macau (IFT) irá acrescentar a língua chinesa nos programas de pós-graduações. Segundo indicou ontem o instituto, as alterações vão entrar em vigor após a publicação no Boletim Oficial. Assim sendo, todos os cursos de mestrado vão oferecer aos alunos as opções de chinês ou inglês como línguas para receber formação, “com o objectivo de oferecer um leque mais alargado de opções para quem procura enriquecer as suas capacidades académicas e habilitações profissionais.” O IFT vincou ainda o “compromisso em estimular perspectivas internacionais nos estudantes, capacitando-os para singrarem em ambientes multiculturais através de habilitações linguísticas de forma a contribuírem para o desenvolvimento sustentável da indústria do turismo de Macau, a estratégia de diversificação económica 1+4 e a construção de Macau enquanto Centro Mundial de Turismo”. O período de inscrição para os programas de mestrados do IFT está em vigor até 31 de Maio de 2024.
João Luz Manchete SociedadeMetro Ligeiro | Barra pode ser hub para turismo comunitário Com a abertura da estação da Barra do Metro Ligeiro a uma semana de distância, um membro do Conselho dos Serviço Comunitários sugere que a Barra sirva de plataforma para os turistas visitarem as partes menos conhecidas da cidade. Dirigente dos Kaifong pede correspondência de tarifas entre Metro Ligeiro e autocarros No próximo dia 8 de Dezembro, o Metro Ligeiro irá chegar à península, com a abertura da estação da Barra. O membro do Conselho Consultivo de Serviços Comunitários da Zona Central, Chan Ngoi Chon, considera que a ligação de Macau à Taipa através do Metro Ligeiro não só acrescenta uma alternativa para a rede de transportes públicos do território, como acrescenta um novo elemento à indústria do turismo. Nesse sentido, o também dirigente da Associação de Nova Juventude Chinesa de Macau acredita que a Barra pode ser um hub de turismo para vários pontos da cidade, através dos autocarros do Centro Modal de Transportes da Barra. A ideia é desviar o fluxo de turistas das zonas mais populares para os bairros comunitários. Em declarações ao jornal Ou Mun, Chan Ngoi Chon sugeriu, por exemplo, que sejam afixadas publicidades nas estações do Metro Ligeiro a promover os bairros comunitários, e apontou que o comércio local deveria concentrar-se em oferecer produtos característicos dos bairros, dirigidos às novas gerações de forma a revitalizar as economias comunitárias. Porém, o conselheiro questiona se a abertura da estação do Metro Ligeiro na Barra não irá potenciar o caos do trânsito da zona, já afectado pelas obras da Estação Elevatória de Águas Pluviais e Drenagem no Sul do Porto Interior. Como tal, o responsável apelou às autoridades para terem em consideração o impacto na vida dos residentes da zona sul do Porto Interior e para planearem com cuidado a gestão do tráfego da zona. Pedido de equivalência Por sua vez, o chefe do gabinete da União Geral das Associações dos Moradores de Macau (Kaifong) na zona sul, Chang Ka Wa, voltou a dar eco a um pedido antigo: a equivalência entre as tarifas do Metro Ligeiro e os autocarros, ou seja, que quem sai de um transporte possa entrar no outro com o mesmo bilhete, como acontece nos autocarros. Além disso, pediu ao Governo para ponderar a introdução de descontos na transferência de transportes e acrescentar a possibilidade de pagamento electrónico através de aplicações móveis. O dirigente dos Kaifong acrescentou ainda que a localização da primeira estação do Metro Ligeiro em Macau é excelente, por estar perto de pontos turísticos como o Templo de A-Má, o Lago Sai Van, a Torre de Macau e até a zona da Almeida Ribeiro. A proximidade do terminal da Barra que liga por ferry o sul da península a Coloane é outro trunfo que, na óptica de Chang Ka Wa, pode ser aproveitado para divergir os turistas dos pontos mais populares.
Hoje Macau SociedadeHotelaria | Funcionários aumentaram quase 22% O número de trabalhadores a tempo inteiro do ramo da hotelaria cresceu 21,7 por cento no terceiro trimestre deste ano, em termos anuais, totalizando 53.802 profissionais. Segundo dados revelados ontem pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), o sector “restaurantes e similares” o crescimento da mão-de-obra no período em análise foi de 1,1 por cento (para 22.914 profissionais), enquanto nos “serviços para idosos” foi de 5,3 por cento, em relação ao terceiro trimestre de 2022. No sentido inverso, os dos ramos das “indústrias transformadoras” (7.535 trabalhadores) e das “creches” (1.487 trabalhadores) diminuíram 6,5 e 1,5 por cento, respectivamente. Em relação aos salários, a DSEC apontou que em Setembro a remuneração média (excluindo as remunerações irregulares) dos trabalhadores a tempo inteiro de alguns ramos de actividade económica “ascendeu em termos anuais, devido à subida do número de horas de trabalho dos trabalhadores e à diminuição do número de trabalhadores que tinham remuneração relativamente baixa”. As remunerações médias nos ramos dos “hotéis” (19.640 patacas) e dos “restaurantes e similares” (10.240 patacas) cresceram ambas 5,6 por cento, relativamente ao terceiro trimestre de 2022. As remunerações médias nos ramos das “indústrias transformadoras” (12.980 patacas) e dos “serviços de idosos” (16.820 patacas) também cresceram 9,8 e 4,7 por cento, respectivamente. Todavia, as remunerações médias nos ramos da “produção e distribuição de electricidade, gás e água” (31.560 patacas) e das “creches” (16.390 patacas) baixaram ligeiramente 0,5 e 0,1 por cento, respectivamente, em termos anuais.
Hoje Macau SociedadeHotelaria | Ocupação média de quase 83% em Outubro No passado mês de Outubro, a taxa de ocupação média dos quartos de hóspedes fixou-se em 82,8 por cento, segundo informações reveladas ontem pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos, valor que representa uma subida anual de 41,1 por cento. Os hotéis de cinco estrelas tiveram a melhor performance, com taxas de ocupação médias de 85,6 por cento, enquanto os hotéis de duas estrelas registaram taxas de ocupação de 83,1 por cento durante o passado mês de Outubro. No total, os hotéis de Macau receberam em Outubro 1.247.000 hóspedes, volume que representou uma subida de 151,8 por cento em termos anuais, sendo que deste total 1.091.000 vieram do Interior da China e de Hong Kong. Contraindo as tendências de subida, a DSEC revela que o número de hóspedes locais caiu 34 por cento em termos anuais para cerca de 46 mil. Já o tempo de permanência médio, manteve-se em relação a Outubro de 2022, situando-se em 1,6 noites. Importa ainda referir que no passado mês de Outubro, existiam em Macau 46 mil quartos de hotel, o que também se traduziu num aumento homólogo de 24,8 por cento. Nos primeiros 10 meses do ano, os hotéis de Macau receberam mais de 11 milhões de hóspedes e registaram uma taxa de ocupação média de quase 81 por cento.
Hoje Macau SociedadeRua da Felicidade | IC desvaloriza aumento de rendas O Instituto Cultural (IC) considera que o aumento das rendas na Rua da Felicidade é uma consequência do funcionamento do mercado e que é preferível haver rendas caras, a não ter turismo na zona. As declarações foram prestadas ontem, segundo a Rádio Macau, por Deland Leong Wai Man, após a 7.ª reunião plenária do Conselho Consultivo para o Desenvolvimento Cultural. “Prevemos que no futuro possa haver um ajustamento do valor da renda. Se através do projecto de revitalização conseguirmos trazer mais movimento para a zona, mais fluxo económico, então o ajustamento da renda é um ajustamento económico, que resulta do funcionamento das regras de mercado livre”, afirmou Leong, quando confrontada com um potencial aumento do valor cobrado pelas lojas. “Preferem rendas baixas, mas sem que se explore actividades comerciais ali, ou rendas caras, com mais visitantes, negócios e mais lojas naquela zona?”, perguntou de forma retórica. “É uma opção e o funcionamento do mercado livre”, completou. Leong Wia Man destacou ainda o número de turistas atraídos pelo Grande Prémio, principalmente a zonas consideradas menos visitadas, no que afirmou “dias normais”, sem que haja eventos. “Durante o Grande Prémio de Macau, nos dois dias, houve uma média diária de visitantes à Fortaleza do Monte de 14 mil a 15 mil pessoas”, informou a presidente do IC. “Comparando com os outros dias normais, normalmente a média máxima diária de visitantes é 3 mil e tal pessoas” partilhou. O efeito prolongou-se à Rua da Felicidade, em que durante o Grande Prémio foi frequentada por 59 mi pessoas. A lição retirada através destes números, indicou Leong, passa pela necessidade de instalar mais “elementos especiais” nestas zonas, para atrair visitantes.
João Luz Manchete SociedadeIAS | Mais vagas para crianças com necessidades especiais O número de vagas nos quatro centros de apoio e tratamento para crianças com necessidades especiais vão aumentar de 360 para 450. O Instituto de Acção Social indica que as necessidades de terapia da fala para crianças têm aumentado nos últimos anos, colocando pressão nos recursos humanos O chefe do Departamento de Solidariedade Social do Instituto de Acção Social (IAS), Choi Sio Un, revelou ontem que os serviços de apoio e tratamento a crianças com necessidades especiais vão ser alargados. Actualmente, existem quatro centros em Macau que oferecem este tipo de serviços e, segundo avançou o responsável ontem à margem da conferência da Federação Asiática sobre Deficiência Mental, as vagas totais vão aumentar de 360 para 450, de forma a corresponder ao aumento da procura destes serviços. O aumento das vagas deve-se à relocalização do Centro de Formação Inicial – “Kai Chi” da zona da Guia para a Ilha Verde, para instalações com maior capacidade. Este centro, subordinado à Associação de Apoio aos Deficientes Mentais de Macau, presta apoio a crianças até 3 anos com necessidades especiais. Entre os serviços mais solicitados pela população, o responsável do IAS destaca a terapia da fala cujo aumento de procura colocou pressão nos recursos humanos. Nesse sentido, Choi Sio Un indicou que o mercado poderá contar no futuro com novos terapeutas licenciados na Universidade Politécnica de Macau, que serão suficientes para colmatar a procura de profissionais da área. Saber cuidar O responsável do Departamento de Solidariedade Social traçou ainda um panorama geral do estado dos serviços prestados a crianças até aos 6 anos com dificuldades especiais, mostrando-se satisfeito com a qualidade e a cobertura, alargada ao apoio profissional no domicílio. Em relação ao subsídio para cuidadores, Choi Sio Un realçou que foi muito importante que o apoio passasse a ser permanente, eliminando o stress das famílias que necessitavam de renovar anualmente a candidatura ao subsídio e deixa de haver prazo limite para apresentar candidatura. De momento, mais de 180 pessoas recebem o subsídio para cuidadores, número que o IAS espera manter-se estável, uma vez que os requisitos para a atribuição do apoio vão permanecer os mesmos.
Hoje Macau SociedadeHengqin | Mercado promove produtos do mundo lusófono O i-LAW PARK em Hengqin vai acolher entre 1 e 3 de Dezembro um mercado que irá levar à Ilha da Montanha produtos lusófonos, indicou ontem o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM). Intitulado “Vamos Desfrutar – Mercado com Destaque para os Produtos do Mundo Lusófono e Macau”, o evento tem como objectivo aprofundar o intercâmbio e promoção, impulsionando a integração entre Macau e Hengqin a nível de comércio, cultura e turismo e construir uma plataforma para a exposição e venda de produtos dos Países de Língua Portuguesa (PLP). O mercado irá contar com a participação de 25 pequenas e médias empresas (PME) de Macau e Hengqin e serão organizadas actuações de música e dança, oficinas de artes, assim como aquilo a que o IPIM designa como “jogos relacionados com a plataforma sino-lusófona”. Em relação aos produtos, os expositores trarão uma variedade de produtos do mundo lusófono, incluindo enlatados, vinhos, café, especiarias, pastelaria, petiscos, artigos de aromaterapia, acessórios e artigos culturais e criativos. Na secção de comes e bebes, os visitantes vão ter à disposição grelhados, pastéis de nata, bifanas, waffles de ovo e outros petiscos. No panorama cultural, durante os três dias do evento serão apresentadas actuações de música e dança, incluindo actuações de bandas do Brasil e Portugal, danças folclóricas de Portugal, assim como espectáculos de percussão e samba.
Hoje Macau SociedadeMacau Jockey Club | Estacionamento abre em Dezembro Até ao final do ano, o Governo planeia abrir ao público o Parque de Estacionamento da Estrada Governador Albano de Oliveira, de acordo com um comunicado publicado ontem pela Direcção dos Serviço para os Assuntos de Tráfego (DSAT). O estacionamento ao ar-livre fica perto do Macau Jockey Club, na Taipa, na faixa separadora central terrestre da Estrada Governador Albano de Oliveira, entre a Avenida de Kwong Tung e a Rua de Chaves, e vai ter 41 lugares para automóveis ligeiros e 17 para pesados. Os bilhetes para os veículos ligeiros vão custar oito patacas durante o dia e quatro à noite. No caso dos veículos pesados, o estacionamento durante o dia custa 10 patacas por hora e à noite desce para cinco patacas por hora. Também ontem, foi publicado no Boletim Oficial o novo regulamento administrativo que define as regras para o Parque de Estacionamento Público do Posto Fronteiriço Qingmao. Segundo os novos preços do parque, que entram em vigor a partir de 7 de Dezembro, por cada hora as tarifas serão de 10 patacas para automóveis ligeiros e quatro patacas para motociclos e ciclomotores. Quando se tratar do estacionamento nocturno, o preço desce para oito patacas e três patacas.
João Luz Manchete SociedadeNovo Bairro | Primeiro dia de inscrições leva residentes a Hengqin No primeiro dia de inscrições para comprar um apartamento no Novo Bairro de Macau formaram-se filas de interessados no escritório em Hengqin onde os imóveis são vendidos. Além de pessoas que demonstraram apoio às políticas do Governo, houve quem louvasse a abundância de espaço no bairro. Até às 15h foram recebidas mais de 500 candidaturas Arrancaram ontem as inscrições para quem quer comprar um dos cerca de 4.000 apartamentos à venda no Novo Bairro de Macau, na Ilha da Montanha. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, antes do início do horário de expediente do escritório em Hengqin, 09h, já se formavam filas de interessados. O senhor Chan foi o primeiro a ser atendido no escritório, declarando à emissora pública ter marcado o lugar desde as 21h de segunda-feira. “Porque vim para a fila tão cedo? Porque queria mostrar o meu apoio às políticas do Governo de Macau e também porque temi que a procura fosse de tal ordem que poderia esgotar o tipo de apartamento que quero”, afirmou. Outro residente, de apelido Lam, que se juntou à fila às 07h30, trouxe consigo uma cadeira desdobrável para esperar confortavelmente a abertura do escritório. A razão pela qual chegou cedo a Hengqin foi semelhante ao fundador da fila de interessados. “Quero escolher aquele que penso ser o apartamento ideal para mim, um T2 no piso mais elevado, acho que o preço é razoável”, afirmou ao canal chinês da Rádio Macau. No entanto, a vontade do residente não foi concretizada. “Na primeira fase, queremos vender 800 fracções que ficam nos andares mais baixos, mas se a procura exceder as nossas expectativas, podemos colocar à venda entre 900 e 1000 fracções”, afirmou ontem Peter Lam, que preside ao Conselho de Administração da Macau Renovação Urbana, responsável pelo projecto. Sem revelar quantos apartamentos foram vendidos, Peter Lam limitou-se a dizer que o número de “vendas foi ideal”. Porém, em comunicado, a empresa afirmou que entre as 09h e as 15h de ontem foram recebidas mais de 500 candidaturas à compra de apartamentos. Este procedimento é inicial, para ver se o comprador cumpre os requisitos obrigatórios para poder comprar casa no Novo Bairro de Macau. Só após esse passo, preenchido mais um formulário e entregue 100 mil yuans de depósito inicial, é possível escolher a fracção desejada. Em todo lado Para já, os 800 apartamentos colocados à venda do Novo Bairro de Macau podem ser comprados através de cinco agências imobiliárias, mas os residentes podem comprar directamente o imóvel através da Macau Renovação Urbana. Porém, esta alternativa impõe mais tempo de espera. Ontem de manhã, o escritório do Novo Bairro de Macau na RAEM também recebeu residentes interessados, alguns que foram ao engano a pensar que poderiam submeter o depósito para compra, apesar do escritório apenas aceitar candidaturas e ajudar nos procedimentos iniciais. Um residente, de apelido Ho, revelou estar interessado no Novo Bairro de Macau devido à baixa densidade populacional em comparação com Macau. “Há cerca de dois anos que arrendo uma casa em Hengqin, porque gosto do ambiente espaçoso”, afirmou. O preço dos apartamentos com duas assoalhadas, e área de 88 metros quadrados, custa entre 2,41 milhões e 2,63 milhões de yuan. Já os apartamentos com três quartos e cerca de 118 metros quadrados de área têm preços entre 3,53 milhões e 3,71 milhões de yuans.
Hoje Macau SociedadeFraude | Três detidos por troca de dinheiro falso A Polícia Judiciária revelou a existência de três crimes de troca de moeda ilegal, com recurso a notas falsas, com valores de 500 e 1.000 patacas. Os casos foram revelados ontem, em conferência de imprensa, onde a PJ anunciou ter efectuado três detenções. Os detidos têm idades compreendidas entre os 31 e 40 anos e confessaram a prática dos actos. Também indicaram que foram contactados no Interior, onde lhes prometeram que se fizessem as trocas de dinheiro, de acordo com instruções que seriam fornecidas mais tarde, receberiam um pagamento de 6 mil yuan. No entanto, os detidos, todos do Interior, negaram saber que as notas trocadas eram falsas. Nas declarações prestadas à imprensa, e citadas pelo Jornal Ou Mun, a PJ admite que esta forma de operar pode estar relacionada com uma associação criminosa e que é necessário fazer um acompanhamento do caso. O alerta para os crimes surgiu no sábado, quando foram recebidas queixas de quatro vítimas que tinham sido enganadas. As trocas foram combinadas por Wechat, com os pagamentos de 93.500 yuan, 186.800 yuan e 141.000 yuan, a serem feitos através da aplicação móvel. Porém, no encontro que aconteceu num casino local, apenas receberam notas falsas. Segundo a PJ, todos os detidos faziam parte de um mesmo grupo de Wechat, o que levou as autoridades a colocar a hipótese de se tratar de um grupo criminoso com mais membros.
Hoje Macau SociedadeCrime | Homem provoca incêndio ao tentar cobrar dívida Um homem foi detido por suspeitas do crime de fogo posto quando tentava cobrar uma dívida. O caso aconteceu na madrugada de sábado, num edifício situado na Avenida da Tranquilidade. Segundo o relato do jornal Ou Mun, um homem com cerca de 40 anos deslocou-se a casa de um conhecido para cobrar uma dívida. Contudo, enganou-se no andar, e apesar de ter batido várias vezes à porta, ninguém a abriu. Dentro da casa, os ocupantes, desconhecendo o indivíduo, não só não abriram a porta, como o ignoraram na tentativa de deixarem de ser incomodados. No entanto, frustrado com o facto de estar a ser ignorado, o homem acendeu um cigarro e atirou-o para uma sapateira, que se incendiou quase de imediato. De seguida, fez um vídeo do incêndio, que enviou para o conhecido que lhe devia dinheiro, a relatar a situação e a exigir que a dívida fosse paga. Todavia, as chamas ganharam uma dimensão inesperada, e nem o incendiário, nem o vizinho, conseguiram apagar o fogo. O Corpo de Bombeiros acabou assim por ser chamado ao local, para apagar as chamas. Contudo, durante a operação, o pirómano sentiu-se mal, devido à inalação de fumos, e foi levado para o hospital. Mais tarde, acabou por ser detido pela prática de fogo posto. Por sua vez, o dono da casa queixou-se de danos patrimoniais de cerca de 170 mil patacas.
João Santos Filipe Manchete SociedadeServiços de Saúde | Oferta de produtos de luxo considerada aceitável Durante a pandemia, uma concessionária distribuiu produtos de luxo entre os funcionários dos Serviços de Saúde, num encontro “secreto”. Apesar das queixas, os SS concluíram não ter havido infracções ou violações das normas Os Serviços de Saúde (SS) consideraram que cerca de 37 funcionários dos Serviços de Saúde que aceitaram produtos de luxo, incluindo da marca Hermès, não cometeram qualquer irregularidade. O desfecho do processo disciplinar, que decorreu em Junho passado, foi revelado ontem pelo jornal All About Macau. O Comissariado Contra a Corrupção recusa comentar o caso. O incidente aconteceu durante o período da pandemia, quando vários funcionários que se encontravam de serviço receberam produtos de luxo, oferecidos por uma concessionária de jogo. A distribuição dos presentes teve lugar durante o período de serviço, mas fora do local de trabalho numa entrega em que só participaram alguns funcionários. A identidade da concessionária não foi revelada, assim como a identidade dos trabalhadores em causa, pelo que não é possível saber se implica os principais dirigentes dos Serviços de Saúde. No entanto, as ofertas, devido ao elevado valor em causa, como se atesta por existirem entre os presentes produtos da marca de luxo Hermès, causaram mal-estar dentro dos SS e houve quem tivesse apresentado queixa da ocorrência ao CCAC. Como consequência da queixa, o organismo liderado por Chan Tsz King realizou algumas palestras, junto dos trabalhadores dos SS, sobre as condutas a adoptarem no trabalho e as medidas contra a corrupção que devem ser tidas em conta. O próprio CCAC tem orientações que prevê a possibilidade de serem distribuídas ofertas aos funcionários públicos. Contudo, a exigência de que as ofertas recebidas durante o horário de trabalho sejam imediatamente relatadas aos superiores, neste caso não terá sido cumprida. No entanto, o jornal indica que o incidente nunca foi investigado e que o funcionário responsável pela distribuição dos presentes até foi promovido recentemente, assumindo funções de “supervisão”. Sem comentários Ao jornal All About, os SS confirmaram que existiram processos disciplinares que foram fechados sem quaisquer consequências. “Os Serviços de Saúde receberam a queixa encaminhada pelo Comissariado Contra a Corrupção em Abril de 2022. Na sequência, foi lançada uma investigação e começaram os procedimentos disciplinares contra 37 funcionários públicos, de acordo com a lei”, foi confirmado pelos SS. Contudo, as ofertas foram consideradas normais, pelo menos no que diz respeito aos SS, pelo que não houve punições. “A investigação foi terminada e concluiu-se que não houve qualquer violação no âmbito da queixa apresentada. Os resultados foram comunicados ao CCAC”, foi acrescentado na resposta dos SS, ao jornal All About Macau. Na mesma resposta, o organismo liderado por Alvis Lo destacou que “atribui grande importância e que os SS reforçam continuamente a sensibilização para a integridade e para o respeito das leis” por parte dos seus funcionários. Por sua vez, o CCAC recusou fazer qualquer comentário ao desfecho das investigações, quando questionado pela publicação em língua chinesa.
Hoje Macau SociedadeDSAT | Chumbadas 19 propostas de licenças de táxis A Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) revelou que foram recusadas 19 propostas entre as 40 entregues, no âmbito do “concurso público para a atribuição de licenças gerais para o transporte de passageiros em automóveis ligeiros de aluguer (táxis)”. O procedimento de abertura das propostas começou 24 de Novembro e prolongou-se até ontem, com a Comissão de Abertura a validar 21 das 40 propostas apresentadas. As propostas aprovadas das diferentes sociedades concorrentes apresentam valores que variam entre 2,5 milhões patacas e 3,8 milhões de patacas. Segundo os requisitos do concurso, os adjudicatários devem ser sociedades registadas em Macau, tendo como objecto social único a exploração da actividade de transporte de passageiros em táxis. O concurso actual foi lançado, depois de nos últimos meses terem surgido várias queixas contra a redução do número de licenças de táxis e as crescentes dificuldades em conseguir ter acesso a este meio de transporte. Este cenário foi reconhecido pela DSAT, no comunicado sobre o concurso. “Em resposta à caducidade sucessiva de alguns alvarás de táxis com prazo limite e à procura da sociedade do serviço de táxis, o Governo da RAEM abriu o presente concurso”, foi reconhecido. Através do concurso vão ser atribuídas 10 licenças gerais para a exploração da actividade do transporte de passageiros em táxis. Cada empresa vencedora do concurso vai poder pedir a emissão para 50 alvarás, o que poderá contribuir para a circulação de mais 500 táxis. Porém, se as sociedades não quiserem tantos alvarás, o número será mais baixo. Os alvarás são válidos pelo prazo de oito anos, a partir da emissão.