Hoje Macau SociedadeViaduto | IC descarta impacto no Farol da Guia O Instituto Cultural (IC) assegurou, em resposta ao jornal online All About Macau, que a construção do viaduto de ligação entre as zonas A e B dos novos aterros não terá impacto na visualização da paisagem do Farol da Guia. O IC aponta que apenas 0,34 por cento da área total do viaduto ser irá sobrepor à zona de protecção do Farol da Guia, pelo que não haverá impacto na salvaguarda do centro histórico classificado e protegido pela UNESCO. O IC admitiu, porém, que é ainda necessário entregar documentos sobre o projecto do viaduto à UNESCO. Na mesma resposta, as autoridades culturais voltam a referir que como o viaduto não é um projecto de edifício, não está sujeito aos limites legais de definição de altura para a construção de prédios. Às questões do All About Macau faltou responder se o IC já recebeu permissão para avançar com o viaduto que se localiza entre a Península de Macau e a Zona A dos Novos Aterros Urbanos. No lado de Macau vai ligar-se à rotunda em frente ao Centro de Ciência de Macau e à Avenida Dr. Sun Yat-Sen. No lado da Zona A, o viaduto vai ligar-se com a Ponte Macau. A obra vai ter um comprimento de 3,2 quilómetros.
Hoje Macau SociedadeMP | Prisão preventiva para suspeitos de furto Um juiz de Instrução Criminal aplicou a medida de prisão preventiva a quatro arguidos suspeitos da prática do crime de furto qualificado. Segundo informação divulgada pelo Ministério Público (MP), os quatro homens em prisão preventiva são oriundos do Interior da China. O caso foi reportado pela Polícia Judiciária há duas semanas, altura em que as autoridades revelaram que os indivíduos eram provenientes de Guangxi e que furtaram 80 mil patacas a um idoso. O MP apurou que os quatro arguidos entraram em Macau no início do mês e “começaram a procurar alvos de furto em casinos e ruas com intensa circulação de pessoas”. As autoridades indicam que os suspeitos foram indiciados pela prática do crime de furto qualificado, punível até cinco anos de prisão, e 10 anos de prisão caso seja provada circunstância agravante.
Andreia Sofia Silva SociedadeTáxis | Infracções sobem 123% face a 2023 Dados divulgados pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) revelam um grande aumento, acima dos 100 por cento, nos casos de irregularidades cometidas por taxistas. Se nos primeiros cinco meses do ano passado registaram-se 169 infracções, o número passou para 378 casos entre Janeiro e Maio deste ano, um aumento de 123,67 por cento. De frisar, que no ano passado o número global de casos de violações à lei foi de 588. Os casos mais notórios são o da recusa de transporte, que passou dos 61 casos nos primeiros cinco meses de 2023 para 130 casos este ano, em igual período. Relativamente a outras irregularidades, passou-se de 99 para 237 casos, mais 139,39 por cento. Quanto à cobrança abusiva de tarifas, o aumento foi ligeiro, de apenas 22,22 por cento, tendo-se passado de nove para 11 casos. O CPSP divulgou também outros números na área do trânsito, revelando-se um decréscimo ligeiro de 3,32 por cento nos estacionamentos ilegais, entre os cinco primeiros meses de 2023 e este ano, quando os casos de estacionamento ilegal foram de 268,154.
Hoje Macau Manchete SociedadeInflação | Maio desacelera para valor mais baixo em mais de um ano O Índice de Preços no Consumidor em Macau subiu 0,77 por cento em Maio, em termos anuais, o valor mais baixo desde Fevereiro de 2023, quando a região ainda recuperava da pandemia. Os custos com educação e saúde foram os que registaram maiores subidas de preços A Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) anunciou que durante o mês de Maio o Índice de Preços no Consumidor (IPC) cresceu 0,77 por cento face ao mesmo mês do ano passado, registando o valor mais baixo deste Fevereiro de 2023. Recorde-se que em Abril, o IPC tinha aumentado 0,92 por cento em termos anuais. Num comunicado divulgado na sexta-feira, a DSEC justificou a desaceleração com uma descida de 2,99 por cento no custo dos transportes e de 0,9 por cento nos preços da recreação e cultura. Além disso, os dados oficiais mostram uma queda de 15,6 por cento no preço da carne de porco, a mais popular entre os consumidores chineses. Ainda assim, Macau registou uma subida de 1,2 por cento nos preços dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas, sobretudo devido a um aumento de 2,4 por cento no custo das refeições adquiridas fora de casa. Os gastos com gás natural e electricidade subiram 4,9 e 1,5 por cento, respectivamente, e o preço da gasolina e gasóleo para automóveis, aumentou 6,1 por cento. Por outro lado, os gastos com os cuidados de saúde aumentaram 2,76 por cento, o custo das propinas do ensino superior cresceu 8,5 por cento e o preço dos apartamentos subiu 0,3 por cento. Isto depois de a Assembleia Legislativa ter aprovado, em 18 de Abril, o fim de vários impostos sobre a aquisição de habitações, para “aumentar a liquidez” no mercado imobiliário, defendeu na altura o secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong. Durante os últimos 12 meses terminados em Maio, o índice de preços da secção da educação foi o que registou o maior crescimento anual, chegando aos 6,19 por cento, seguido pelos preços da recreação e cultura (+ 5,93 por cento) e do vestuário e calçado com 4,48 por cento. Efeitos secundários Importa também referir que IPC da China continental, de longe o maior parceiro comercial de Macau, subiu 0,3 por cento em Maio. Foi o quarto mês consecutivo em que a China registou inflação em termos anuais, depois de, no final de 2023 e no início deste ano, ter registado uma tendência deflacionária, também durante quatro meses. A deflação reflecte debilidade no consumo doméstico e no investimento e é particularmente gravoso, já que uma queda no preço dos activos, por norma contraídos com recurso a crédito, gera um desequilíbrio entre o valor dos empréstimos e as garantias bancárias. Macau registou deflação durante 10 meses consecutivos, entre Setembro de 2020 e Junho de 2021, no pico da crise económica causada pela pandemia de covid-19. Com o fim das restrições impostas pelo combate à covid-19, a região registou uma diminuição de 29,6 por cento no preço dos bilhetes de avião e de 3,1 por cento no custo das excursões e hotéis no exterior.
Hoje Macau SociedadeSA | Desmantelado grupo que transportava lagostas vivas Os Serviços de Alfândega (SA) de Macau desmantelaram um grupo de contrabando que transportava, de forma ilegal, lagostas vivas para o interior da China. Segundo o jornal Ou Mun, os contrabandistas operavam em três postos situados num edifício industrial no bairro Iao Hon, onde foram encontros 1.561 quilos de lagostas ainda vivas no valor de 1,2 milhões de patacas. Os agentes dos SA apanharam três pessoas nos armazéns durante a operação de desmantelamento, tendo explicado ainda que os postos de contrabando terão começado a funcionar ainda este mês. Esta operação dos SA arrancou depois de uma denúncia recebida. Os agentes explicaram que os responsáveis pelos armazéns encarregavam os contrabandistas de transportar para a China pequenas quantidades de lagosta de cada vez, a fim de tentarem escapar à vistoria das autoridades nas fronteiras. Em causa, pode estar a violação da lei do comércio externo, estando o caso agora sob investigação.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeTurismo | Estudo defende controlo de preços pelo Governo Um estudo que analisa comportamentos de consumo dos turistas, tendo como exemplo as Ruínas de São Paulo, defende que os preços praticados em Macau podem tornar-se pouco vantajosos para os turistas chineses, pelo que é fundamental o Governo “estabelecer preços razoáveis” para estimular o consumo Controlar os preços do turismo para que o consumo dos visitantes, sobretudo os oriundos da China, permaneça elevado deve fazer parte dos planos do Governo para os próximos tempos. A conclusão é do trabalho académico “Estudo Empírico sobre as Intenções de Consumo dos Turistas de Macau com base na regressão linear múltipla: O exemplo das Ruínas de São Paulo”, da autoria de Jiayang Cui, académico da Universidade Politécnica de Macau, com mestrado na área da ciência financeira. O artigo foi publicado recentemente na revista académica “SHS Web of Conferences”. O artigo aponta que “para os residentes do continente os preços elevados de Macau podem constituir uma desvantagem”, tendo em conta que a “economia turística [do território] está a desenvolver-se muito rapidamente e os preços estão a subir”. Assim, “se as condições forem as mesmas, quanto mais elevado for o preço de bens e serviços, menor será a procura por parte dos clientes”. O trabalho acrescenta ainda que “quanto mais os preços de bens e serviços das atracções forem superiores aos preços médios locais, no mesmo período, maior será o efeito em termos de desincentivos”, pelo que “o controlo dos preços pelo Governo é fundamental”. O autor tentou perceber o impacto de seis critérios no consumo de turistas tendo como base as Ruínas de São Paulo, nomeadamente a construção de infra-estruturas, serviços de transporte público, marketing, supervisão turística, nível de confiança e disposição dos visitantes para gastar dinheiro no local que visitam. Conclui-se, assim, que “quando os turistas visitam as Ruínas de S. Paulo, as infra-estruturas, transportes públicos, serviços de mercado e a confiança dos turistas na atracção têm um impacto positivo significativo nas decisões de compra, enquanto os serviços turísticos locais”, nomeadamente a supervisão governamental, “não têm um impacto significativo na decisão de compra”. Confiança é tudo O estudo de Jiayang Cui denota também que “a construção de infra-estruturas tem um impacto positivo na intenção de consumo”, sendo que o papel cabe, novamente, ao Executivo, que deve “tomar medidas adequadas” de fomento ao consumo, criando “instalações públicas e prestando serviços à sociedade através da afectação racional de recursos”. Também o grau de qualidade dos transportes públicos influencia a predisposição para gastar, pois “quanto mais conveniente for o transporte público para as Ruínas de S. Paulo, mais os turistas cultivarão o sentimento de consumo” neste local. A única variável que não tem influência nos gastos dos turismos é a supervisão turística, pois raramente são “influenciados nas decisões de despesas pelo controlo governamental da qualidade e dos preços [do turismo], ou pelo mecanismo de reclamações”. Mostra-se, assim, que “os serviços reguladores do turismo não têm grande influência” nos gastos dos turistas. Na sua grande maioria, estes visitam as Ruínas de São Paulo para “experimentar a gastronomia local e compreender o contexto histórico” deste monumento. Destaca-se ainda neste trabalho a importância da confiança gerada no turista construída, por exemplo, com a informação que recebe em diversas campanhas publicitárias divulgadas nas redes sociais. Nelas são apresentadas “as famosas atracções de São Paulo” e as “especialidades, como a carne seca e os pãezinhos com carne de porco”, algo que “não difere daquilo que os clientes vêem nas visitas ao local”.
Hoje Macau SociedadeCalor | Alerta para riscos de hipertermia Os Serviços de Saúde (SS) lançaram ontem um alerta à população para que previna os efeitos da hipertermia, a subida da temperatura do corporal, que pode desencadear problemas de saúde. A síncope por calor é um dos efeitos destacados pelas autoridades que pode surgir devido às temperaturas elevadas. Os SS explicam que devido às altas temperaturas, “os vasos sanguíneos da epiderme dilatam, reduzindo a circulação de sangue no cérebro e nas diferentes partes do corpo, originando assim tonturas, pele húmida e fria e enfraquecimento do pulso”. As autoridades indicam que a população também deve estar atenta às cãibras por calor, que ocorrem devido à grande transpiração, resultando no desequilíbrio de electrólitos no corpo, em particular, a perda de grande quantidade de sal (cloreto de sódio), levando a espasmos e convulsões musculares. A consequência mais grave é a intermação, que resulta da exposição prolongada ao calor intenso ao ponto de alterar a fisiológica do organismo, afectando o sistema nervoso central e na perda das funções de ajustamento da temperatura corporal. O doente pode perder a consciência e, se não for socorrido, “sofrer de lesão cerebral irreversível ou até morrer”. Como tal, os SS apelam à população para evitar actividades ao ar-livre durante períodos prolongados, ou aproveitar a manhã e anoitecer para essas actividades, assim como o uso de chapéu, guarda-chuva, vestir roupas soltas, de cores claras e transpiráveis. É também recomendada a ingestão de bebidas electrolíticas para repor a água perdida durante a transpiração e evitar chá, café e bebidas alcoólicas.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeHengqin | Carl Ching diz que viagens pagas potenciam corrupção Depois de entregar uma carta ao Chefe do Executivo sobre a possibilidade de a corrupção eleitoral aumentar com as viagens financiadas a Hengqin, Carl Ching, ex-candidato às eleições legislativas, voltou ontem a referir o assunto numa ida à ATFPM em que pediu ajuda a Coutinho e Che Sai Wang para abordarem o assunto no hemiciclo A política de concessão de subsídios para a realização de viagens turísticas a Hengqin, intitulada “Plano de Apoio Financeiro Amor por Macau e Hengqin” e financiada pela Fundação Macau (FM), pode potenciar casos de corrupção. Quem o diz é Carl Ching, ex-candidato às eleições legislativas que ontem se deslocou à Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM) para pedir que os deputados José Pereira Coutinho e Che Sai Wang abordem o assunto na Assembleia Legislativa (AL), uma vez que, desde Maio, não houve reacção por parte do Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, à carta apresentada. O ex-candidato defende na carta que o apoio financeiro dado pela FM às associações pode servir para pagar subornos no âmbito das próximas eleições para a Assembleia Legislativa. Além disso, Carl Ching acredita que os critérios de atribuição de subsídios favorecem as grandes associações, pois é obrigatório que estas tenham sido constituídas antes de 31 de Dezembro de 2020, devendo ter uma sede fixa a funcionar como escritório e, pelo menos, um trabalhador. A entidade deve também pedir apoio para o mínimo de cinco grupos de visita. Até à data, a FM já apoiou 46 associações para organizarem excursões a Hengqin, com mais de 134 mil participantes. O plano de apoio decorre até 31 de Dezembro deste ano, sendo que as eleições para a AL decorrem nove meses depois, portanto, em 2025. Carl Ching acredita que se a FM atribuir o dinheiro de forma discricionária, sem avaliar bem os projectos das associações, estas podem usar o dinheiro para atrair votos, nomeadamente com a realização de viagens baratas e atribuição de cupões de consumo a eleitores. Carl Ching destacou ainda que o número de eleitores recenseados tem diminuído nos últimos anos, o que mostra que as associações tradicionais, nomeadamente ligadas a comunidades oriundas da China, como Jiangmen ou Fujian, vão continuar a dominar as eleições por sufrágio directo. “Quando os assentos [no hemiciclo] estiverem monopolizados por estes grupos, quem é que vai votar?”, questionou. Coutinho, o justiceiro É certo que a ATFPM também se candidatou para receber apoio financeiro para as visitas a Hengqin, mas, para Carl Ching, esta entidade nem é das piores em comparação com outras associações chinesas tradicionais, por fazer poucas excursões deste género. “Estes grupos realizam 100 a 200 excursões, mas a associação do deputado realiza menos de dez. Estas 100 ou 200 excursões têm, cada, entre quatro a oito mil participantes”, justificou. Carl Ching afirmou ainda que a sua voz cívica e política é “insignificante”, sem poder para ser ouvida por deputados ou governantes. “Não vão ouvir a minha voz, por isso desejo que os dois deputados da ATFPM [mais Che Sai Wang] possam interpelar o Governo sobre o assunto e dêem o alerta na AL, para que as viagens a Hengqin não se transformem num meio de corrupção eleitoral.”
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadePolytex condenada a pagar indemnização maior a comprador do Pearl Horizon O Tribunal de Segunda Instância (TSI) condenou a Sociedade de Importação e Exportação Polytex, anteriormente responsável pela construção do complexo habitacional Pearl Horizon, na Areia Preta, a pagar uma indemnização maior a um promitente-comprador de um apartamento, considerando que o valor anteriormente decidido é “demasiado baixo”. O valor decretado pelo TSI é de total de 5.690.000,00 dólares de Hong Kong. O acórdão, ontem divulgado, dá conta que tanto a Polytex como a pessoa a quem vai ser paga a indemnização já recorreram da decisão para o Tribunal de Última Instância (TUI), por não concordarem com os valores decretados. O caso remonta a 2011, quando a Polytex celebrou com uma mulher casada um contrato-promessa de compra e venda de uma casa no Pearl Horizon pelo valor de 5.668.000,00 dólares de Hong Kong. A empresa, explica o acórdão, “fez um desconto de 20 por cento através do rebate de bens”, pelo que o valor pago pela mulher foi de apenas 4.534.400,00. Em 2015, a mulher e o marido celebraram com outra pessoa um contrato de cessão da posição contratual pelo preço de 7.670.000,00 dólares de Hong Kong, que passou a ser promitente-comprador da casa. A Polytex consentiu este negócio, sendo que as casas estavam ainda em construção. Essa terceira pessoa pediu um empréstimo e pagou a totalidade do valor ao casal, além dos juros, no valor superior a 242 mil dólares de Hong Kong, entre os anos de 2015 e 2018. Problemas da concessão Como o Governo declarou nula a concessão do terreno onde seria construído o Pearl Horizon, pelo não aproveitamento no prazo definido por lei, a Polytex nunca conseguiu acabar a construção. Em 2018, pagou ao banco 3.466.997,00 dólares de Hong Kong, precisamente a parte do empréstimo que faltava pagar pelo novo promitente-comprador. Foi então que, em 2021, este, junto do Tribunal Judicial de Base (TJB), que fosse declarada a resolução do contrato-promessa de compra e venda da casa, exigindo à Polytex o pagamento de 8.105.072,16 dólares de Hong Kong. Este valor equivalia “ao dobro da quantia recebida, a título de sinal, após deduzidas as quantias pagas pela Polytex ao banco”. Caso fosse entendido que não havia sinal, a pessoa exigia à Polytex o pagamento de 5.838.040,00 patacas “a título de preço”, mais os juros dos empréstimos e de mora já pagos por si. Caso o incumprimento do contrato não fosse imputável à Polytex, pedia-se que a empresa pagasse 5.838.040,00 patacas, um valor equivalente ao preço recebido após a dedução das quantias pagas pela Polytex ao banco, mais os juros de mora. O TJB condenou a Polytex a pagar a esta terceira pessoa 4.000.000,00 patacas, bem como os juros legais contados desde a data da sentença até ao integral pagamento. Ambos recorreram. O TSI entendeu agora que o valor justo da indemnização seria “o valor efectivamente pago” pela terceira pessoa mais os juros de oito anos “calculados com base numa taxa de juro anual média de 3,5 por cento”, ou seja, no montante total de 5.690.000,00 dólares de Hong Kong, com juros de mora calculados.
Hoje Macau SociedadeBurla | Preso por enganar amigo em 1 milhão de HKD Um residente foi detido por burlar um amigo que conhece há mais de 20 anos em cerca de um milhão de dólares de Hong Kong com o pretexto desse montante servir para um investimento que nunca chegou a ser feito. Segundo o jornal Ou Mun, o caso remonta a Março de 2022, quando o suspeito, de 37 anos, convenceu o amigo a hipotecar a casa e retirar um milhão de dólares de Hong Kong para investimento, a fim de aplicar o dinheiro futuramente nas obras de remodelação da mesma, com a promessa de vir a obter juros mensais no valor de 20 mil dólares de Hong Kong. Porém, até Julho do ano passado a vítima teve de começar a pagar os juros relativos à hipoteca da casa e percebeu que não tinha recebido quaisquer juros do valor investido, tendo denunciado o caso à Polícia Judiciária (PJ). Esta terça-feira a PJ deteve o suspeito em casa, na zona norte da península, tendo este confessado que perdeu o dinheiro no jogo. No processo de investigação as autoridades descobriram ainda fotos de falsas transferências bancárias feitas para a vítima, como se tivessem sido pagos os juros mensais prometidos. O caso já foi encaminhado para o Ministério Público, existindo a suspeita da prática dos crimes de burla de valor consideravelmente elevado e falsificação informática.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeCasa de Macau | Edifício em Lisboa alvo de reparações Há muito que a sede da Casa de Macau em Lisboa necessita de obras de reparação, as quais deverão arrancar este ano. Na calha estão novas actividades para dinamizar a associação que, no ano passado, voltou a sofrer perdas financeiras no valor de 16 mil euros A Casa de Macau em Lisboa vai, finalmente, ter obras de reparação. A garantia foi dada ao HM pelo seu presidente, Carlos Piteira. “Iniciámos, após aprovação da Fundação Casa de Macau (FCM), a recuperação do anexo multiusos onde se realizam a maior parte dos nossos eventos, estando prevista para este ano a pintura do edifício principal.” A FCM é a entidade tutelar da Casa, que, no ano passado, voltou a ter perdas financeiras na ordem dos 16 mil euros, após os cálculos que comprovam pagamentos de cerca de 74 mil euros e receitas de 58 mil euros. Carlos Piteira explicou ao HM que há cerca de dez anos que as perdas da Casa têm sido suportadas pelo fundo de maneio da entidade, o qual corre o risco de chegar ao fim, levando a um cenário de falência técnica. “A aposta tem-se concentrado em iniciativas que permitam um aumento de receitas a fim de atingir um saldo positivo no final do ano, [algo] em contra-ciclo dos últimos anos, em que temos tido permanentes saldos negativos.” Porém, Carlos Piteira denota que, neste primeiro trimestre, verifica-se “o aumento significativo do número de sócios, com tendência a deslocar a idade média para um intervalo mais jovem”, ou ainda a realização de eventos com possibilidades de retorno financeiro e “acções solidárias com donativos pontuais”. Minchi e companhia Nos últimos meses a Casa tem-se pautado por apresentar uma série de eventos novos, como “Há Minchi na Casa de Macau”, cuja primeira edição teve 105 pessoas e contou com a presença do músico Beto, da banda local Turtle Giant. Realiza-se ainda “Tardes de Chá com Conversa e Livros” e ainda a criação de um podcast “Macau, Memórias e Vivências”, com a participação de macaenses que tenham histórias para contar sobre a terra que os viu nascer. No início do próximo mês arrancam as “Tardes da Mahjong na Casa de Macau”, para manter vivo o célebre jogo chinês, sem esquecer as sessões do “Chá Gordo”. Para acertar as contas, Carlos Piteira pondera ainda “um reposicionamento dos sócios beneméritos”, a fim de obter mais apoios e donativos financeiros.
Hoje Macau SociedadeStudio City | Cinemas abrem a 26 de Junho Os cinemas do Studio City, empreendimento no Cotai da Melco Resorts, abrem ao público já na próxima semana, dia 26, sendo a primeira sala com o sistema “Dolby”, que combina o som “Dolby AtmosÒ” com a imagem “Dolby VisionÒ”, com capacidade para 770 pessoas. A sala de cinema inclui também cinco suites VIP e espaços para projecções especiais. Citado por um comunicado da operadora, Kevin Benning, vice-presidente sénior e director-geral do Studio City, declarou que a operadora pretende “continuar a contribuir para as iniciativas de diversificação económica e apoiar o Governo na promoção de Macau como o Centro Mundial de Turismo e Lazer”, tudo “através da oferta de experiências de entretenimento e hospitalidade inovadoras e de classe mundial”.
Hoje Macau SociedadeRestauração | Abril com quebra anual de quase 12% No passado mês de Abril, o volume de negócios da restauração desceu 11,8 por cento, face ao mesmo mês do ano passado, indicou ontem a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) justificando a quebra com o facto de este ano os feriados da Páscoa terem calhado em Março e em 2023 terem sido em Abril. A DSEC destaca que os restaurantes ocidentais foram os que mais sofreram, com quebras de 22,8 por cento, enquanto os restaurantes de noodles e canjas aumentaram os negócios em 0,3 por cento. Em termos mensais, o panorama não foi muito mais animador, com os restaurantes a facturarem menos 7,5 por cento face a Março. Neste capítulo, os restaurantes chineses tiverem um volume de negócios 13,9 por cento inferior em termos mensais, enquanto os restaurantes japoneses e coreanos facturaram mais 2,1 por cento em termos mensais. A situação no comércio a retalho foi ainda pior no período em análise, com o volume de negócios a cair 32,3 por cento, em termos anuais, com as lojas de venda de relógios e joalharia a registarem a maior quebra, com os negócios a caírem 44,6 por cento, face a Abril de 2023. Numa comparação mensal, o volume de negócios dos retalhistas desceu 12,4 por cento face ao registo de Março, mais uma vez com as lojas de relógios e joalharia com a maior queda (21,7 por cento). Por outro lado, em Abril venderam-se mais 13,2 por cento automóveis do que no mês anterior.
Hoje Macau Manchete SociedadeRefugiados | Camaronês aguarda há 13 anos por definição do estatuto Há 13 anos que Kennang Ferdinand espera para que as autoridades de Macau se decidam quanto ao seu pedido de estatuto de refugiado apresentado em 2011. À agência Lusa, o responsável conta a saga destes anos desde que fugiu da perseguição política então vivida nos Camarões Kennang Augustin Ferdinand espera há 13 anos por uma resposta das autoridades de Macau ao pedido de asilo que entregou em 2011, após escapar à perseguição política do regime dos Camarões, contou à Lusa. Este passa os dias na biblioteca, sozinho, ao fundo da sala dos computadores, onde lê as notícias que chegam de casa. No dia em que fala à Lusa, traz vestida uma camisola de futebol dos Camarões, verde, um leão dourado ao peito. “Já nem isso anda bem no país”, diz sobre a prestação da seleção, que ainda na semana passada empatou com Angola. O envolvimento, a partir dos anos 1990, no movimento estudantil Parlamento na Universidade Yaoundé, ligado à oposição camaronesa, levou este activista dos direitos humanos, hoje na casa dos 50, a fugir para Macau, cidade da qual nunca tinha ouvido falar. Chegou em 2011 pelas mãos de um amigo bispo, que conhecia o padre jesuíta Luis Ruiz Suárez, fundador da Cáritas Macau. A organização contactou então o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), em Hong Kong, que, por sua vez, apresentou o caso à Comissão para os Refugiados de Macau. Mas foram necessários 12 anos até Kennang ser recebido pela comissão. Aconteceu em 2023: “Perguntaram-me a razão de não poder voltar para os Camarões, e eu expliquei que posso ser morto por razões políticas, que fui acusado, entre outros crimes, de rebelião e insurreição”. Vontade de ficar Da reunião, diz, nasceu esperança. “Sinto que depois de [quase] 14 anos, eles começaram a processar o pedido”, continua. E refere que lhe foi perguntado se teria interesse em ir para outro país. Kennang falou na Alemanha, onde se encontram os irmãos, embora tenha manifestado vontade de permanecer no território e “oferecer o que sabe à comunidade”: “Já estou aqui há tanto tempo, conheço as tradições, hábitos, estudei português”, diz o camaronês, que fala também um pouco de cantonês. A Lusa fez vários pedidos de entrevista à presidente da Comissão para os Refugiados, delegada do procurador do Ministério Público Leong Weng Si, mas sem sucesso. Uma solicitação semelhante à ACNUR, em Hong Kong, ficou sem resposta. O advogado José Abecasis acompanhou, em 2010, um caso com contornos semelhantes. Tratava-se de um cidadão indiano que pediu protecção a Macau, mas que acabou “derrotado pelo cansaço” e optou por abandonar o território. “Esteve preso num limbo, por não lhe ser concedido nem negado o estatuto de refugiado. Este hiato precário, que por natureza e por lei deveria ser temporário, acabou por transformar-se num modo de vida, dependendo de um apoio de subsistência do Governo para suprir as necessidades mais elementares”, diz o advogado português. Enquanto esperam por uma resposta, os requerentes de asilo em Macau estão impedidos de trabalhar ou de sair do território, sendo obrigados a visitas mensais aos serviços de Migração. O Instituto de Acção Social disse que, neste momento, dois candidatos ao estatuto de refugiado em Macau – um deles é Kennang – recebem um subsídio mensal do Governo de 4.350 patacas. A estes são garantidos ainda alojamento e cuidados de saúde. Questionado sobre se a espera de 13 anos para o reconhecimento do estatuto de refugiado é legal, Abecasis responde que “no sentido procedimental não deverá ser”. Explica que o prazo máximo de instrução previsto por lei “é de um ano”, a contar da primeira entrevista ao requerente, que deve ocorrer “no espaço de cinco dias depois da apresentação do pedido”. Após o período de instrução, “deve ser apresentada, no espaço de 10 dias, uma proposta de decisão ao chefe do Executivo”. Neste sentido, considera o advogado, “a espera de mais de uma década por uma decisão consubstanciaria uma manifesta desconsideração pelos prazos estabelecidos pela lei local da Assembleia Legislativa que tem por finalidade assegurar o cumprimento” em Macau “das normas da Convenção relativa ao Estatuto dos Refugiados, assinada em Genebra em 1951, e do protocolo relativo ao Estatuto dos Refugiados, adoptado em 31 de Janeiro de 1967”. A apoiar Kennang Augustin Ferdinand, o secretário-geral da Cáritas Macau, Paul Pun, espera “que a avaliação do caso seja feita em breve”. A reunião com a comissão, em 2023, afirma Pun, “é um sinal positivo”. “Isto comparado com o passado é uma melhoria”, sublinha.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeEspectáculos | Sector satisfeito com novo espaço provisório Foi anunciado, na segunda-feira, que será criado um espaço provisório para espectáculos no Cotai, nomeadamente num terreno perto do Grand Lisboa Palace. Che Fok Sang, director-executivo de uma empresa na área do entretenimento, mostra-se satisfeito com a decisão do Executivo. Primeiros espectáculos podem acontecer em 2025 O sector do entretenimento aplaude o anúncio, esta segunda-feira, de um novo local para a realização de grandes espectáculos num terreno junto ao Grand Lisboa Palace, no Cotai, bem longe das zonas residenciais que podem sofrer com o barulho dos concertos e outras actividades que aglomerem multidões. Ouvido pelo jornal Exmoo, Che Fok Sang, director-executivo da empresa Chessman Entertainment Production, afirmou que alguns empresários desta área já estão a pensar na organização de eventos neste novo espaço. O responsável salientou que quem está a desenvolver projectos já pondera avançar para o aluguer do espaço assim que o Governo anunciar a abertura desse processo e a disponibilidade do terreno. Tal como o Governo, também Che Fok Sang justifica a necessidade de um espaço com grande capacidade de acolhimento de pessoas, descartando o exemplo de um espaço que apenas possa acolher dez mil pessoas, algo que vai limitar as receitas do espectáculo. Che Fok Sang lembrou que, sendo os promotores de espectáculos responsáveis pelas receitas e lucros obtidos com cada iniciativa, é importante ter espaços com a maior capacidade possível em termos de público. “O sector espera mesmo que se concretizem mais espectáculos no novo espaço, para que a ideia de Macau como cidade internacional de espectáculos seja mesmo reconhecida”, adiantou. Capacidade de 50 mil Che Fok Sang lembrou que no caso dos espectáculos com artistas famosos a nível internacional e regional nem é necessário fazer muita publicidade, porque só o nome é suficiente para atrair público. Coma realização mais espectáculos deste género, como concertos, pode-se atrair mais turistas. O empresário lembrou que Macau vai receber muitos espectáculos na segunda metade deste ano, sendo que todos os espaços disponíveis já estão marcados. Che Fok Sang prevê que o sector dos espectáculos deverá ter um bom desempenho no próximo ano, pelo que o anúncio do Governo “vai trazer mudanças à indústria”. Na segunda-feira, o IC anunciou que o novo espaço para espectáculos deverá ter uma área de 94 mil metros quadrados e uma capacidade de até 50 mil pessoas. Segundo um comunicado oficial, o Governo espera que este local, situado no cruzamento da Avenida do Aeroporto com a Rua de Ténis crie “boas condições para a realização dos espectáculos de grande dimensão ao ar livre, de forma a atrair os espectáculos de nível internacional para Macau”. O IC destaca na mesma nota que “os sectores sociais manifestam a necessidade de espaços para a realização de espectáculos de grande envergadura ao ar livre”, tendo sido feita uma “consideração abrangente” sobre o espaço a definir. “Vários serviços públicos estão a proceder aos trabalhos preparatórios relativos à elaboração do projecto e ao concurso público para a realização de obras” no local, que deverá abrir ao público só no próximo ano. Recorde-se que a necessidade de ter um espaço de grandes dimensões para concertos e actividades começou a debater-se depois da polémica gerada em torno do concerto da banda “Seventeen”, que inundou de gente o Estádio da Taipa e causou ruído em excesso aos moradores da zona. Ontem, a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong U, falou sobre este novo projecto, declarando que um dos critérios para definir o espaço no Cotai foi o distanciamento em relação a zonas residenciais e o facto de ter uma área suficiente para acolher muita gente. Elsie Ao Ieong U disse que foi criado um grupo interdepartamental para a realização de grandes espectáculos, estando já a ser analisado o processo de candidaturas para este espaço, bem como critérios de segurança, segundo noticiou o canal chinês da Rádio Macau.
Hoje Macau Manchete SociedadePISA | Alunos de Macau e Hong Kong menos criativos O relatório do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA), da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), intitulado “Resultados do PISA 2022 (Volume III): Mentes Criativas, Escolas Criativas”, conclui que sistemas com um desempenho bem acima da média da OCDE em Matemática, Leitura e Ciências, como os da “República Checa, Hong Kong (China), Macau (China) e Taipé Chinês”, ficaram próximos ou abaixo da média em pensamento criativo, descreve a Lusa. O relatório avaliou as capacidades de pensamento criativo de estudantes em 64 países e economias em todo o mundo, tratando-se da primeira vez que a questão é analisada nesta avaliação da OCDE. Destaque para o facto de os estudantes de Singapura terem ficado em primeiro lugar, com “pontuações significativamente mais altas do que todos os outros países/economias participantes”, tendo atingido a média de 41 pontos num total de 60. De um modo geral, os sistemas onde o desempenho em pensamento criativo é melhor estão entre aqueles que também tiveram um desempenho acima da média da OCDE nos conhecimentos a Matemática, Leitura e Ciência. No caso de Singapura, os estudantes tiveram sucesso em vários tipos de tarefas, sobretudo na resolução de problemas sociais, e na Coreia pontuaram mais que os restantes na resolução de problemas científicos e “em tarefas que exigiam que (…) avaliassem e melhorassem ideias”.
Hoje Macau Manchete SociedadeCEM | EDP conclui venda de participação por 100 milhões de euros Ficou ontem concluída a venda pela EDP de parte da empresa que detinha cerca de 21 por cento da Companhia de Eletricidade de Macau-CEM à China Three Gorges. A transacção rende à eléctrica portuguesa perto de 100 milhões de euros. A maior acionista da CEM continua a ser a também estatal Nam Kwong Development, com 42 por cento Depois do anúncio feito à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) no final de Dezembro, foi ontem revelado que a EDP concluiu a venda à China Three Gorges de uma participação de 50 por cento que detinha na Energia Ásia Consultoria, empresa que detém 21,2 por cento da Companhia de Electricidade de Macau-CEM, por cerca de 100 milhões de euros. Num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a eléctrica adianta que “a Energia Ásia era uma subsidiária detida a 50 por cento pela EDP e 50 por cento pela ACE Asia Co. Ltd”, cujo único activo é a participação de 21,2 por cento na CEM, concessionária exclusiva nas actividades de transmissão, distribuição e comercialização de electricidade em Macau desde 1985. “Esta transacção está totalmente alinhada com o Plano de Negócio 2023-2026 da EDP, permitindo a realocação do seu capital nas suas actividades principais”, salienta a mesma informação. A restante estrutura da CEM é composta pela Nam Kwong Development (H.K.) Limited com 42 por cento da eléctrica, a Polytech Industrial Limited com 21 por cento, a Asiainvest – Investimentos e Participações S.A.R.L. com 10 por cento, a China Power International Holding Ltd com 6 por cento e o Governo da RAEM com 8 por cento. Recorde-se que em 2014 a EDP tinha vendido à ACE Asia, participada pela CWEI Hong Kong, da CTG, a venda de 50 por cento da sua subsidiária EDP Ásia, Investimento e Consultoria, com um ganho de capital de 110 milhões para a eléctrica portuguesa. Mudar de agulhas De acordo com a informação disponível no site da EDP, a estatal chinesa China Three Gorges detinha a 31 de Dezembro do ano passado uma participação de 21,01 por cento na EDP e passa agora a ser accionista da CEM. A alienação da participação na CEM pela EDP coloca um ponto final na presença de grandes empresas portuguesas em posições de relevo empresarial em Macau, em especial nos sectores energético e das telecomunicações. Há 11 anos, a Portugal Telecom vendeu à Citic a participação de 28 por cento que detinha da Companhia de Telecomunicações de Macau (CTM), um negócio que rendeu à empresa portuguesa mais de 300 milhões de euros. Só no sector financeiro encontramos a presença de grandes empresas portuguesas, nomeadamente o Banco Nacional Ultramarino, que pertence ao universo da Caixa Geral de Depósitos, o BCP e a seguradora Fidelidade.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeTUI | Ex-contabilista de organização criminosa recupera relógio Um antigo contabilista de uma organização criminosa que se dedicava à prostituição apenas conseguiu recuperar um relógio que tinha sido apreendido no contexto do processo de condenação e desmantelamento desta organização, perdendo elevadas quantias de dinheiro. Segundo o acórdão do Tribunal de Última Instância (TUI), o homem desempenhou, entre os anos de 2012 e 2019, um “papel relevante de gerente de contabilidade” na referida associação criminosa, desmantelada em 2019. O Tribunal Judicial de Base (TJB) condenou, em 2022, o homem pela prática dos crimes, em co-autoria material e de forma consumada, de participação em associação criminosa e de trinta crimes de exploração de prostituição. Assim sendo, foi definida uma pena de cinco anos e seis meses de prisão por cúmulo jurídico. O homem viu ainda serem-lhe apreendidos dinheiro e objectos, onde constava o relógio e ainda um telemóvel, porque as autoridades consideraram estarem ligados aos crimes cometidos pela organização. Foi apreendido, em dinheiro vivo, 24 mil patacas, 36 mil dólares dólares de Hong Kong e ainda mais 2.451 milhões de dólares de Hong Kong. Sem provas Após a decisão do TJB, o réu recorreu, mas o Tribunal de Segunda Instância (TSI) reduziu-lhe a pena em apenas três meses, mantendo o dinheiro e objectos apreendidos. O homem alegou sempre que o dinheiro apreendido pertencia aos seus bens pessoais, sendo oriundo de investimentos e “bens restantes do encerramento do negócio do pai”, e que nada tinha a ver com a actividade criminosa pela qual foi condenado. Porém, o TUI entendeu não existirem provas disso. “Não havia elemento algum que demonstrasse a existência de outro provento legal do recorrente”, lê-se no acórdão. Relativamente ao relógio, o TUI entendeu “não haver, no caso, prova que demonstrasse que o relógio apreendido era instrumento ou produto dos crimes”, pelo que pôde ser devolvido ao seu proprietário.
João Luz Manchete SociedadeGastronomia | Sabores de cidades da UNESCO na Doca dos Pescadores O programa Demonstração de Cidades de Gastronomia vai encher de cheiros e paladares a Doca dos Pescadores até ao próximo domingo, com chefs convidados dos cinco cantos do mundo. À beira rio serão cozinhadas iguarias de países como Irão, Grécia, Peru, Brasil, Bolívia, Malásia e Líbano Quem ainda não teve oportunidade de ir à Docas dos Pescadores saborear pratos e petiscos das representações das várias cidades que participam nas Demonstrações de Cidades de Gastronomia tem até a domingo para o fazer. O evento, que começou na sexta-feira, conta com a participação de chefs convidados em representação de 26 cidades criativas da UNESCO em gastronomia da Ásia, Europa, África, Oceânia, América do Sul e América do Norte. Hoje serão feitas demonstrações de Launceston (Austrália), Tsuruoka (Japão), Bohicon (Benim), Paraty e Belém (Brasil), Zahlé (Líbano) e Östersund (Suécia). As apresentações decorrem todos os dias entre as 15h30 e as 22h. As demonstrações marcadas para amanhã vão estar a cargo de chefs de restaurantes das seis operadoras de jogo. Nos restantes dias serão apresentadas iguarias das Filipinas, Grécia, Estados Unidos, Peru, Bolívia, Equador, México, Itália, Irão, Tailândia, Malásia e Equador. “Durante as demonstrações, os chefs dos vários países e regiões partilham técnicas e conhecimentos culinários, seguidas de degustação gratuita, para que os visitantes e residentes possam experienciar de perto a cultura gastronómica e sabores característicos de cada Cidade Criativa de Gastronomia”, indicou ontem a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) em comunicado. Juntos à mesa A Doca dos Pescadores acolhe ainda 100 bancas de gastronomia asiática na Avenida da Gastronomia Internacional. O local dispõe de cerca de 700 lugares para refeições, zona de jogos e um bar na zona da marina. Nos primeiros dias, passaram pelas Docas dos Pescadores aromas de Macau e das cidades chinesas de Chengdu, Yangzhou, Huai’na, Chaozhou e Shunde. Além das demonstrações estão montadas bancas de 12 cidades asiáticas “para despertar o paladar com degustação gratuita”, revelou a DST. Aí serão servidos pratos como o frango dourado com molho de alho, cubos de bife com sabor especial (Chengdu), folhado de taro em formato de cisne, enguia Teriyaki com vegetais sazonais (Shunde), peixe frito Cuizhu, arroz frito (Yangzhou), robalo em formato de esquilo agridoce, abalone com tofu Pingqiao (Huai’an), intestino de porco recheado tradicional com enguia e barriga de porco, Primavera em harmonia (Chaozhou). Para representar os paladares locais foram selecionados chefs da Associação de Cozinha de Macau, da Confraria da Gastronomia Macaense e das seis empresas de turismo e lazer integrado. Na ementa vão estar “duo de camarão macaense, garoupa em molho agridoce, galinha portuguesa, capela, sandes de leitão assado, pastel de caranguejo com caril, bacalhau à brás, caldeirada de peixe e ameijoas, empadas de camarão, pastéis de nata da Avó Rosa, porco balichão, galinha africana e arroz de marisco português”.
Andreia Sofia Silva SociedadeAvenida do Nordeste | Adjudicada construção de corredor aéreo O consórcio formado pela companhia de fomento predial Sam Yau e companhia de decoração San Kei Ip será o responsável pela construção do corredor aéreo na Avenida do Nordeste. Segundo a informação ontem divulgada pela Direcção dos Serviços de Obras Públicas (DSOP), a obra foi adjudicada pelo valor superior a 248 milhões de patacas tendo como prazo 702 dias de trabalho, divididos por várias fases. Assim, espera-se que a primeira fase da obra possa estar concluída ao fim de 216 dias de trabalho, a segunda “meta obrigatória” deverá ser realizada em 513 dias de trabalho e a terceira fase em 594 dias. Por sua vez, estima-se que a quarta fase da obra possa estar concluída em 351 dias, enquanto a quinta e última fase deverá ficar feita em 567 dias. Recorde-se que, para este concurso público, foram apresentadas 12 propostas, tendo sido excluída uma, com valores que oscilavam entre 229 e 258 milhões de patacas. As obras deverão arrancar no segundo trimestre deste ano, abrangendo a construção de uma travessia pedonal na Avenida do Nordeste com cerca de 600 metros de comprimento. A ideia é fazer a ligação ao corredor comum do bairro social da Venceslau de Morais. Depois, na segunda zona, será construído um corredor pedonal no parque urbano da Areia Preta com a cobertura de protecção contra chuva com cerca de 700 metros de comprimento. Já a terceira zona terá uma passagem superior para peões interligada no cruzamento entre a Avenida Primeiro de Maio e a Avenida Leste do Hipódromo.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeTerrenos | Exigido plano detalhado para utilização Nelson Kot, presidente da Associação de Estudos Sintético Social de Macau, defende que as autoridades devem elaborar um plano detalhado para a utilização dos terrenos recuperados pela Administração e pede que sejam traçadas utilizações provisórias até ser decretada a finalidade definitiva dos espaços em causa. A deputada Ella Lei concorda O presidente da Associação de Estudos Sintético de Macau, Nelson Kot, e ex-candidato às eleições legislativas, defende que o Governo deve criar um plano detalhado sobre o aproveitamento dos terrenos que já passaram para a hasta pública. Segundo o Jornal do Cidadão, Nelson Kot considera que a definição de um plano desta natureza deve ser uma prioridade para o Executivo, alertando para a necessidade de tempo para a sua execução. O calendário, apontou, deve ser elaborado consoante a finalidade e utilização pensadas para os diversos terrenos anteriormente concessionados. Nelson Kot destacou que só através da concretização deste plano será possível esclarecer, junto da população, a utilização que os terrenos vão ter, a fim de se garantir um uso eficiente dos solos. Uma vez que este Governo está prestes a chegar ao fim, pois aproximam-se as eleições para o cargo de Chefe do Executivo, Nelson Kot prevê que os actuais secretários e chefes de departamento não tenham tempo para elaborar o plano proposto. O calendário sugerido teria de definir, segundo a visão de Nelson Kot, estatísticas sobre as instalações sociais necessárias, nomeadamente na zona norte, onde existe uma maior densidade populacional. Caso haja terrenos livres, devem ser pensados para a construção de pavilhões, centros de saúde ou bibliotecas, para que os residentes destas zonas possam desfrutar de serviços públicos com base na densidade populacional existente. Nelson Kot não esqueceu as recentes palavras do secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, que defendeu que os terrenos recuperados ficarão de reserva. Para o dirigente associativo, os terrenos não devem ficar vazios por muito tempo, devendo servir para o desenvolvimento do território. Caso o Executivo mantenha terrenos vazios de reserva, sem os aproveitar, estes vão perder valor, defendeu. Nelson Kot acredita que estes espaços poderiam ter utilizações provisórias até se traçar uma finalidade definitiva, seja habitação, comércio ou área social e recreativa. Fala com Ella Por seu turno, a deputada Ella Lei também concordou que os terrenos possam ser usados para outra finalidade temporária antes de se definir o destino definitivo. A deputada ligada à Federação das Associações dos Operários de Macau falou, ao mesmo jornal, dos exemplos dos sectores da construção, transportes e ambiental, que apresentam constantes queixas sobre a falta de espaço para a colocação de materiais de construção e maquinaria pesada. Assim, o Governo poderia elaborar um regime de gestão de terrenos temporária, com arrendamento dos espaços livres a empresas que deles necessitassem. Para a deputada, esta proposta poderia fazer com que estes sectores económicos pudessem ter espaço suficiente para desenvolver as suas actividades, além de que o Executivo iria obter receitas extra. Acima de tudo, disse Ella Lei, os terrenos poderiam continuar a ser aproveitados de forma eficiente até ficar definida a finalidade definitiva de utilização.
Hoje Macau SociedadeEmprego | Lançado plano para área da hotelaria A Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) associou-se à operadora de jogo MGM para criar o “Plano de desenvolvimento do potencial de quadros qualificados na hotelaria da MGM”, cujo prazo de candidaturas arranca hoje. A ideia é que os candidatos possam ser contratados primeiro, obtendo depois uma formação especializada na área da hotelaria. Existe um total de 18 vagas, distribuídas em três vagas para a área das tecnologias digitais e informática e 15 para a área de gestão. Aos candidatos admitidos, a MGM promete providenciar “uma série de formações profissionais e em contexto de trabalho”, destaca-se num comunicado da DSAL. Todos os que obtiverem bom aproveitamento “terão a oportunidade de progressão e ajustamento salarial, impulsionando-se, desta forma, o desenvolvimento da carreira profissional e a mobilidade ascendente dos residentes de Macau que estão interessados em ingressar no sector dos serviços em turismo e lazer integrados”, lê-se ainda. As candidaturas terminam a 24 de Junho. As entrevistas decorrem nos dias 3 e 4 de Julho.
Hoje Macau SociedadeMais de 70 países e regiões participam em fórum sobre infra-estruturas Representantes de mais de 70 países e regiões, abrangidos pela iniciativa ‘Uma Faixa, Uma Rota’, vão participar, entre a próxima quarta-feira e sexta-feira, no 15.º Fórum Internacional sobre o Investimento e Construção de Infra-estruturas. Mais de 50 actividades, como discursos, fóruns, conferências, exposições, seminários temáticos, roadshows, bolsas de contactos e divulgação de índices, vão realizar-se ao longo dos três dias do Fórum Internacional sobre o Investimento e Construção de Infraestruturas (IIICF, sigla em inglês). “Várias conferências irão incorporar elementos sino-lusófonos e de Macau, focados em tópicos como a cooperação em infraestruturas entre a China e os Países de Língua Portuguesa, o papel da Plataforma Sino-Lusófona em projectos de construção e tecnologias e o rumo do desenvolvimento do sector de construção de Macau”, indicou o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM), em comunicado. “As actividades visam fomentar o intercâmbio e a cooperação entre os sectores de infra-estruturas de diferentes regiões e aprofundar a cooperação sino-lusófona em infra-estruturas, produzindo resultados mais sólidos na construção da Plataforma Sino-Lusófona”, destacou. Primeiro passo No primeiro dia do IIICF, este ano subordinado ao tema “Inovação Ecológica, Conectividade Digital”, vai realizar-se o 10.º Fórum de Cooperação em Infra-estruturas entre a China e os Países de Língua Portuguesa e a Sessão de Intercâmbio Comercial sobre a Cooperação em Infra-estruturas entre a província de Shandong, no leste da China, Macau e os Países de Língua Portuguesa. A organização disse que, nesta actividade, a troca de opiniões estará focada na transformação ecológica e inovadora de infraestruturas. “Com a participação da província de Shandong, uma província fortemente competitiva na contratação de projectos e em equipamentos, o fórum terá o contributo de vários convidados para analisar formas de reforçar a cooperação em áreas como tecnologias verdes, economia digital, finanças verdes e energia limpa, com vista a assegurar um desenvolvimento verde e de baixo carbono de infra-estruturas no Interior da China, nos países de Língua Portuguesa e em Macau, assim como partilhar oportunidades de cooperação trazidas por novos projectos de infra-estruturas”, referiu o IPIM.
Hoje Macau SociedadeANIMA | Efectuado pedido público de ajuda financeira A Sociedade Protectora dos Animais de Macau (ANIMA) fez um pedido público de apoio financeiro à sociedade na rede social Facebook. Na publicação, é também pedida a doação de diversos materiais que possam servir no apoio dado a cães e gatos recolhidos da rua. Na publicação lê-se que a ANIMA tem, actualmente, dívidas superiores a um milhão de patacas, tendo ainda pagamentos em atraso a clínicas veterinárias ou fornecedores de alimentos. A ANIMA descreveu que os apoios podem ser concedidos através de donativos ou participação no programa de apadrinhamento mensal ou anual de animais, em que cada pessoa gasta cerca de 100 patacas por cada animal. O apoio também pode chegar à associação através da colocação de uma caixa de recolha de donativos em espaços comerciais. Na mesma publicação, lê-se ainda que a ANIMA continua a tentar resolver o défice financeiro em que se encontra desde a pandemia, quando os apoios financeiros dos casinos baixaram de forma significativa. É ainda referido que nos últimos seis meses a ANIMA salvou cerca de 60 animais.