Saúde | Detectado caso importado de Legionella

Os Serviços de Saúde (SS) anunciaram o diagnóstico de um caso importado de infecção por Legionella, detectado num residente com 37 anos. A informação foi divulgada na quarta-feira, e é o segundo caso diagnosticado no território este ano. Antes de ser diagnosticado, o homem esteve em Zhongshan, em Guangzhou e Hong Kong. As autoridades suspeitam que a infecção tenha acontecido quando esteve fora de Macau.

“No dia 24 de Março, este homem manifestou sintomas, tais como, febre, tosse e recorreu ao tratamento médico no Hospital Kiang Wu no dia 26 de Março. Devido a insistência da doença, recorreu, de novo, ao Hospital Kiang Wu onde foi internado no dia 28 de Março”, foi indicado.

“A radiografia ao tórax relevou pneumonia no pulmão direito inferior e as análises efectuadas à urina revelaram anticorpos positivos de legionella pneumophila, permitindo o diagnóstico de Legionella. Actualmente, o paciente está submetido ao tratamento e encontra-se em estado estável”, foi acrescentado.

A doença dos legionários é uma infecção provocada pela legionella, uma bactéria que vive em ambientes aquáticos naturais, como a superfície de lagos, rios, riachos e águas termais, bem como, solo, mistura de terra para vasos e que pode proliferar rapidamente em água morna e em lugares mais húmidos.

A legionella pode ser também encontrada em sistemas aquáticos artificiais, nomeadamente, torres de arrefecimento do sistema de ar condicionado central, jacuzzis, fontes e aparelhos médicos de uso domiciliário, especialmente na presença de biofilme e sedimentos.

5 Abr 2024

No final do ano passado, mercados tinham 275 bancas desocupadas

No final de 2023, um total de 275 bancas dos nove mercados públicos estavam desocupadas, anunciou José Tavares, presidente do Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), em resposta a uma interpelação escrita do deputado Ngan Iek Hang.

“Até ao ano de 2023, ficaram desocupadas um total de 275 bancas em nove mercados públicos de Macau, das quais 40 por cento são bancas de legumes, sendo a sua maioria localizada no Mercado Municipal do Bairro Iao Hon”, respondeu José Tavares. “As restantes são bancas de peixe, carne, vestuário e artigos de uso, distribuídas em diferentes mercados”, foi acrescentado.

Os dados apresentados permitirem calcular que existe uma média de quase 31 bancas livres por cada mercado no território.
Sobre as obras recentes de melhoria de bancas de venda, a resposta de José Tavares indica que “abrangem cinco bancas do Mercado Municipal da Horta e Mitra e 10 bancas do Centro de Comidas do Patane”.

O deputado “inteligente”

Ngan Iek Hang, deputado ligado aos Moradores de Macau, referiu na interpelação escrita que assinou que o território entrou na “era digital”, em que é cada vez mais presente a ligação a tecnologias digitais. Nesse sentido, o legislador perguntou se foram tomadas medidas que permitam aos vendedores acesso a dados sobre o número de visitantes, principais horas de visitas, entre outras informações, registados por aquilo que designa como “meios inteligentes”.

O IAM garante que estes dados estão disponíveis. “Com vista a elevar a eficácia da gestão e a qualidade de serviço dos mercados públicos, o IAM instalou gradualmente, nos anos mais recentes, o sistema de detecção da circulação de pessoas nos mercados municipais com maior fluxo para registar o número de pessoas que entram nos mercados”, foi indicado. “O IAM irá continuar a introduzir técnicas inteligentes adequadas”, foi indicado pelo organismo liderado por José Tavares.

Com o objectivo de aumentar o comércio, as autoridades prometem também decorar os mercados de acordo com as diferentes festividades.

5 Abr 2024

Comércio | Mercado Vermelho pode abrir com bancas vazias

Com novas instalações e de cara lavada, a reabertura do Mercado Vermelho pode ficar marcada pelo número de bancas vazias, alerta O Cheng Wong, presidente da Associação de Auxílio Mútuo de Vendilhões de Macau

 

Após dois anos em obras, o Mercado Vermelho pode reabrir em finais de Maio ou em Junho. A informação foi avançada pelo jornal Ou Mun, depois do local das obras ter sido visitado por membros e conselheiros do Instituto para os Assuntos Municipais.

No entanto, é possível que a reabertura seja marcada pela quantidade de bancas vazias. Este cenário foi reconhecido à publicação em língua chinesa por O Cheng Wong, presidente da Associação de Auxílio Mútuo de Vendilhões de Macau e membro do Conselho Consultivo para os Assuntos Municipais. De acordo com o dirigente associativo, nos últimos meses muitos vendedores de peixe, vegetais e talhantes abandonaram o negócio, devido às condições cada vez mais difíceis para o comércio local.

O Cheng Wong explicou que na melhor altura para o comércio, o produto mais popular era a venda de peixe, com mais de 100 bancas. Contudo, com as alterações mais recentes o número sofreu uma quebra de, pelo menos, 20 por cento, com o número a não ir além das 80 bancas.

Face ao cenário, o responsável antecipou que quando o Mercado Vermelho voltar a operar os residentes vão defrontar-se com várias bancas vazias. Ao mesmo tempo, apelou às autoridades para que comecem os procedimentos normais para atribuir as bancas que estão vazias a potenciais interessados.

Tempo de mudanças

Com as obras a visarem o melhoramento dos acessos dentro do mercado, principalmente para pessoas com problemas de mobilidade, espera-se que os vendedores encontrem um espaço com alterações significativas.

Diante desta expectativa, O Cheng Wong considerou que é necessário que os comerciantes tenham tempo para se preparar e adaptar à nova realidade. Na próxima semana, os vendedores vão ser convidados para uma visita ao mercado.

Inaugurado em 1936, o Mercado Vermelho vinha evidenciando sinais de degradação. As actuais obras tiveram como objectivo “preservar o edifício” e substituir as 28 colunas de tijolo por 10 colunas de betão armado, devido à “degradação” causada pela humidade.

Também junto à Avenida de Horta e Costa, vai ser instalado um elevador e serão construídas duas plataformas para descarga de mercadorias. A nível das bancas, as obras contemplaram a instalação de separadores de vidro, para evitar que a água utilizada para manter o pescado vivo seja derramada nos corredores de circulação, assim como nas tomadas eléctricas.

5 Abr 2024

PJ | Descoberta burla associada à rede de lojas “Mannings”

A Polícia Judiciária (PJ) anunciou na quarta-feira a existência de um esquema de burla associado à rede de lojas “Mannings”, que vende produtos de beleza, cosméticos e electrodomésticos.

Segundo uma nota de imprensa da PJ, os burlões enviam SMS que informam que o prazo de validade do bónus da conta de cliente da loja está a terminar, convidando os clientes a carregarem num link, onde, supostamente, podem trocar pontos por produtos a preços baixos. Aí, ao terem acesso a um falso website da “Mannings”, acabam por dar os dados do cartão de crédito.

A PJ descreve que “para mais facilmente enganar as vítimas, os burlões recorrem ao phishing para alterar o nome do remetente da SMS, para que se pense que tais mensagens são verdadeiras e enviadas pela ‘Mannings'”. Na terça-feira as autoridades policiais receberam dez queixas de pessoas burladas e que perderem até dezenas de milhares de patacas.

A “Mannings” já esclareceu o ocorrido, informando que “nunca envia mensagens de texto com links solicitando dados bancários”.

5 Abr 2024

Taiwan | Residentes e estudantes da RAEM estão em segurança

O terramoto que abalou Taiwan na quarta-feira, o maior dos últimos 25 anos, foi sentido por residentes de Macau, que estão a salvo. As duas dezenas que estudantes locais que frequentam universidades de Taiwan também estão em segurança. O sismo causou, pelo menos, 10 mortos e 1.070 feridos

 

Taiwan foi atingida esta quarta-feira pelo maior sismo dos últimos 25 anos. Registando 7,4 na escala de Ritcher, foram contabilizados, até ao fecho desta edição, 10 mortos e 1.070 feridos, mas muitas pessoas continuam desaparecidas nas zonas mais montanhosas da ilha. O sismo foi registado a cerca de 838 quilómetros a leste-nordeste de Macau, e os Serviços Meteorológicos e Geofísicos afirmaram ter recebido o relato de um residente que sentiu o abalo sísmico.

Vários residentes de Macau encontravam-se na ilha e sentiram de perto a tragédia, mas não há registo de mortos ou ferimentos. Tanto a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) como a Direcção dos Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) disseram, em comunicado, que contactaram os 20 estudantes de Macau que residem e estudam em Hualien, a zona de Taiwan onde mais se sentiu o sismo, mas que não foi recebido qualquer pedido de assistência. A DST promete “acompanhar de perto a situação e manter-se em contacto com os estudantes de Macau e organizações relacionadas para prestar assistência adequada”.

Relativamente a turistas locais, a DST indicou não ter recebido pedidos de ajuda e sugeriu aos residentes que estão na ilha para “estarem atentos aos últimos comunicados, prestarem atenção à sua segurança e permanecerem em local seguro”.

Relatos de residentes

Apesar do epicentro do sismo ter sido na região de Hualien, o terramoto foi sentido noutras zonas da ilha. Na rede social Facebook, o arquitecto Carlos Couto, residente de Macau, descreveu o abalo como “assustador, talvez o maior [sismo] que senti em toda a minha vida”.

“Não foi muito longo. Estava a caminho do aeroporto, o meu prédio parecia um bambu a vibrar e o viaduto à minha frente saltava. A caminho de Taoyuan houve uma réplica do sismo e sentiu-se dentro do carro. Sei por outros portugueses que há prédios com estragos menores”, descreveu.

O jornalista Paulo Barbosa descreveu à TDM o que sentiu na zona de Taichung. “Por volta das 08h fomos acordados por um enorme abalo. Estávamos no sexto andar do hotel e todo o edifício abanou. Escondemo-nos debaixo de uma mesa. Durou cerca de 30 segundos.”

O último balanço oficial indica que o sismo provocou nove mortos, sendo que, pelo menos, quatro pessoas morreram no Parque Nacional de Taroko, uma atracção turística de Hualien. Segundo as autoridades, 690 pessoas ainda estão isoladas. Mais de 600 encontram-se retidas no hotel Silks Place Taroko. A ilha foi abalada por mais de 300 réplicas desde o primeiro sismo e as autoridades alertaram a população para o perigo de deslizamentos de terra e queda de rochas.

5 Abr 2024

Saúde mental é tema do quarto festival “Letras & Companhia” de Macau

A saúde mental vai ser, entre 15 de Abril e 7 de Maio, o tema da quarta edição do festival Letras & Companhia, uma iniciativa do Instituto Português do Oriente (IPOR) para pais e filhos, foi ontem anunciado. Música, artes performativas, oficinas para pais e filhos, sessões de leitura e lançamento de livros são as actividades em destaque nos dois programas que o Festival volta a incorporar, um para o público e outro para as escolas, para “promover a importância da saúde mental, não só nas crianças e jovens, mas também nos adultos”, indicou o IPOR, em comunicado.

A autora e ilustradora portuguesa Marina Palácio vai apresentar dois livros da sua autoria e promover um conjunto de oficinas nas escolas e uma aberta ao público, assim como uma formação para professores.

A apresentação de “Uma Menina Chamada Nuvem”, de Mário Lúcio, integra o programa geral. Editado pelo IPOR em português e chinês, com ilustrações do próprio autor, este é o segundo volume da colecção Contos do País do Arco-Íris, iniciada em 2015. Com base na história daquele conto, a companhia de dança Raiz di Polon, também de Cabo Verde, apresenta um espectáculo em estreia em Macau e vai realizar, no programa dirigido a escolas e universidades, um conjunto de oficinas de dança e expressão cultural.

Além de uma visita à Escola Portuguesa de Macau, Mário Lúcio vai realizar também um concerto com as suas composições mais conhecidas, a retratar o percurso de vida do artista.
O programa inclui ainda a apresentação de dois livros de autores locais: a versão em português do livro de Christopher Chu e Maggie Hoi intitulado “Macau’s Historical Witnesses” e a edição de autor infantojuvenil Mikel Ko “I Wantto be Happy” de Mikel Ko.

Bibliotecas em ponto pequeno

A edição deste ano do festival conta ainda com a participação do Hong Kong Children’s Choir, que actuará em Macau no âmbito da comemoração do 55.º aniversário. Os cerca de 200 elementos do grupo coral com idades compreendidas entre os 11 e os 16 anos, vão cantar músicas em chinês, inglês e, pela primeira vez, algumas músicas em português, especialmente preparadas para este concerto.

No encerramento do festival, organizado pela primeira vez em 2021, o IPOR vai entregar “minibibliotecas às escolas públicas e privadas de Macau onde se ensina língua portuguesa”.

O “Letras & Companhia” é organizado em parceria com o Consulado-Geral de Portugal em Macau e Hong Kong e com o apoio do Galaxy Entertainment Group Foundation, contando ainda com a colaboração da Fundação Oriente, do Camões–Instituto da Cooperação e da Língua, da Livraria Portuguesa e da Escola Portuguesa de Macau, entre outros. As actividades são de entrada livre, devendo a participação em alguns programas ser feita através de inscrição.

3 Abr 2024

MPay | Uso no Japão cresceu mais de 200% no primeiro trimestre

A utilização da plataforma digital de pagamentos MPay no Japão registou um aumento superior a 200 por cento no primeiro trimestre deste ano face ao último trimestre de 2023.

Os dados que constam num comunicado da Macau Pass, empresa responsável pela plataforma, esclarece que “este crescimento deve-se ao forte apoio do Governo chinês à economia digital e aos pagamentos transfronteiriços”.

O Japão foi um dos primeiros países onde o sistema MPay passou a ser usado, de uma lista de 50 países, além de ser “um dos destinos de viagem favoritos dos residentes de Macau”. A internacionalização do MPay deu-se progressivamente a partir de Agosto do ano passado.

3 Abr 2024

Covid-19 | Estudo indica que Governo ignorou preocupações da população

Durante a pandemia, a campanha do Executivo sobre vacinação no Facebook focou riscos da infecção, eficácia da inoculação e facilidade de acesso. Contudo, os utilizadores de Macau estavam mais preocupados com a segurança da vacina e os riscos da distribuição

 

A campanha do Governo de promoção da vacinação contra a covid-19 no Facebook esteve desalinhada das principais preocupações dos utilizadores locais da rede social. A conclusão sobre a falta de eficácia das mensagens das autoridades consta de um estudo elaborado por académicos das universidades de Zhaoqing e Macau, com o título “Colaboração entre o Governo e as Organizações Não Governamentais (ONG) na promoção da vacina contra a COVID-19 em Macau: Estudo de caso nas redes sociais”.

Através da análise a 24.089 publicações na rede social Facebook, publicadas entre Janeiro de 2020 e Agosto de 2022, os académicos Xian Xuechang, Rostam Neuwirth e Angela Chang tentaram perceber quais os principais assuntos ligados às vacinas comentados pelos utilizadores, e se havia uma correspondência com a campanha de divulgação promovida pelo Governo.

Segundo as conclusões, na maior parte do tempo a mensagem do Executivo esteve desalinhada das preocupações e receios da população. “As prioridades da agenda diferiram entre o Governo e os utilizadores regulares. O governo concentrou-se principalmente nos riscos da COVID-19 e na eficácia das vacinas, enquanto os utilizadores regulares estavam mais preocupados com a segurança e a distribuição das vacinas”, foi indicado. “O Governo de Macau desempenhou um papel ao promover a importância das vacinas, a confiança nos peritos e a acessibilidade económica das vacinas, mas o seu impacto ao contribuir para os temas mais comentados pelos utilizadores regulares na rede social permaneceu insignificante”, foi acrescentado.

Mudar de atitude

Face a esta conclusão, os investigadores consideraram que é “crucial” que o Governo ultrapasse o fosso entre a sua mensagem e as preocupações da população, para responder a futuras crises de segurança pública, de forma mais eficaz. “Os decisores políticos devem esforçar-se por alinhar as mensagens do Governo com as preocupações do público, abordando questões que são proeminentes no discurso público”, foi indicado.

“A possibilidade de ouvir as redes sociais é uma ferramenta valiosa para compreender as preocupações de saúde pública. Ao monitorizar o discurso público através da observação dos meios de comunicação social, os decisores políticos podem desenvolver mensagens direccionadas e estratégias de comunicação que respondam eficazmente às preocupações do público e forneçam informações precisas para dissipar ideias erradas”, foi frisado.

Nas conclusões do trabalho académico é também recomendado ao Executivo que reforce parecerias com organizações civis e que inclusive recorra a influencers e outras ferramentas de comunicação alternativas.

“A colaboração com meios de comunicação influentes, incluindo os meios de comunicação profissionais e também alternativos, oferece um meio poderoso para facilitar a política de vacinação e melhorar a saúde pública”, foi indicado. “Os governos podem utilizar o vasto alcance e o poder de persuasão dos meios de comunicação social para envolver activamente e informar o público sobre questões específicas que devem receber atenção prioritária”, foi acrescentado.

3 Abr 2024

Zona Norte | Comerciantes imploram por consumo local

Face ao aumento do consumo de residentes no Interior da China, devido ao programa que permite a circulação de viaturas de Macau em Guangdong, a Associação Industrial e Comercial da Zona Norte veio implorar ao residentes para consumirem no território. O apelo foi deixado por Lei Choi Hong, vice-presidente da associação, em declarações ao Jornal do Cidadão.

Lei Choi Hong pediu aos residentes para apoiarem as pequenas e médias empresas de Macau nesta fase que definiu como “muito difícil”, e apelou para que abdiquem de consumir no Interior, durante os fins-de-semana, e optem por permanecer no território, para ajudar o comércio local.

O pedido de Lei Choi Hong faz eco das declarações do secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, que confrontado com a grande perda de volume de negócio para o Interior, pediu, na Assembleia Legislativa, aos residentes para gastarem mais na RAEM.

A resposta do Governo à crise na zona tem sido praticamente inexistente, mas nas últimas semana foi lançado o “Grande Prémio de Consumo na Zona Norte”, um programa de sorteio de descontos. Os residentes que gastarem mais de 50 patacas numa das lojas seleccionadas habilitam-se a um sorteio imediato, em que podem receber vales de consumo de 10, 20, 50 ou 100 patacas. Por cada semana, realizam-se três sorteios.

Os vales de consumo só podem ser gastos em algumas lojas, mas a Associação Industrial e Comercial da Zona Norte, uma das co-organizadoras da iniciativa, espera que no futuro sejam aceites em mais lojas no programa que decorre até Agosto.

3 Abr 2024

IFT | Primeira presidente felicita passagem a universidade

Virgínia Trigo, primeira presidente do Instituto de Formação Turística, diz que a passagem da instituição a universidade é “uma decisão esperada e que se justifica”, potenciando “o reconhecimento que tem dentro e fora de Macau”

 

“Uma decisão esperada e que se justifica”. É desta forma que Virgínia Trigo, primeira presidente do Instituto de Formação Turística (IFT) entre 1995 e 2001, classifica a passagem da instituição de ensino superior a universidade, medida consagrada esta segunda-feira com a entrada em vigor do Regime Jurídico da Universidade de Turismo de Macau (UTM).

“O IFT é uma instituição importante no ambiente do ensino superior em Macau. Possui uma cultura organizacional muito forte centrada no valor da qualidade, de que nunca abdicou, e sempre construiu a sua identidade em torno do ensino da hospitalidade e turismo, que são as principais indústrias de Macau. É por isso uma instituição que está especialmente ao serviço do território desenvolvendo conhecimento, preparando alunos para carreiras profissionais e para a aprendizagem ao longo da vida”, afirmou ao HM.

Na visão da académica, actualmente ligada ao Instituto Superior das Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), o IFT “tem grande reconhecimento dentro e fora de Macau e o estatuto de universidade vai contribuir para potenciar ainda mais esse reconhecimento”.

Esta segunda-feira, e segundo um comunicado de imprensa emitido pela instituição, a UTM anunciou a criação de novos cursos a pensar na nova fase: uma licenciatura em Ciências de Negócios Internacionais e Comunicação, bem como um curso revisto de Licenciatura em Marketing e Gestão de Marca. Estão ainda planeados dois programas de mestrado em Ciências de Gestão de Convenções, Exposições e Eventos Internacionais, bem como um programa de doutoramento em Gestão de Empresas.

Relativamente às instalações, a UTM prevê terminar as obras de construção do edifício Jubileu de Prata e o novo Edifício Residencial no Campus da Taipa. Esses projectos “visam criar um novo edifício académico e um local para formação prática em hotelaria”.

Presente e futuro

Ao longo da sua história, o IFT tem apostado na cooperação com instituições de ensino de outros países, nomeadamente Portugal. Exemplo disso foi a parceria, assinada em Julho de 2019, com a Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, para a criação da Academia Internacional de Turismo no Estoril. O projecto teve um orçamento de 24 milhões de euros.

Para os próximos tempos, a recém-criada UTM pretende apostar na entrada na Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin, por ser um local “que está a desenvolver-se rapidamente, trazendo também novas oportunidades para o desenvolvimento do ensino superior” na RAEM.

Desta forma, a UTM “planeia criar [em Hengqin] um ambiente mais amplo de investigação, ensino e actividades para docentes e estudantes”, envidando “todos os esforços para formar quadros qualificados para a Grande Baía e até para o país”.

3 Abr 2024

Macau Legend retorna a “terreno positivo” com receitas de 2023

A Macau Legend Development anunciou lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA, em inglês) de 185,9 milhões de dólares de Hong Kong (HKD) em 2023. O resultado apresentado à bolsa de valores de Hong Kong representa uma melhoria de cerca de 404,7 milhões de HKD face ao registo de 2022, quando o grupo registou perdas EBITDA de 218,8 milhões de HKD.

A Macau Legend opera actualmente o Macau Fisherman’s Wharf, o casino Legend Palace sob a licença da SJM. A empresa cessou as operações no Babylon 21 Casino e Landmark Casino em 2022, e vendeu o seu resort de casino Savan Legend no Laos no ano seguinte.
De acordo com a declaração enviada à bolsa de valores de Hong Kong, o grupo obteve receitas no valor de 901,6 milhões de HKD, o que representa um aumento de 26,7 por cento em relação aos 711,6 milhões de HKD registados em 2022.

As receitas geradas pelas operações de jogo diminuíram ligeiramente em cerca de 5 por cento em 2023, em comparação com o ano anterior. A cessação dos serviços no Babylon 21 Casino e no Landmark Casino resultou numa queda de 356,2 milhões de HKD nas receitas totais do jogo. Entretanto, a melhoria das mesas do mercado de massas no Legend Palace Casino e a operação global de jogo no Savan Legend Casino resultaram numa recuperação de 331,3 milhões de HKD nas receitas totais do casino.

Vida além do jogo

No que respeita ao segmento não-jogo, a Macau Legend registou um aumento anual de 112 por cento de receitas totais, atingindo 408,5 milhões de HKD.
A empresa atribuiu o crescimento principalmente ao aumento das receitas geradas pelos quartos de hotel, impulsionado pela crescente afluência de turistas depois do fim das restrições de viagem relacionadas com a covid-19.

Em relação ao futuro, a Macau Legend disse que iria intensificar os esforços para rentabilizar os espaços de gere na costa da península de Macau e oferecer “experiências exclusivas em restaurantes e eventos desportivos”.

O grupo garante também que vai apostar em desenvolver o conceito de “local de casamento de sonho” e potenciar as suas propriedades para acolher eventos de grande escala, como o desfile anual de carros alegóricos do Ano Novo Lunar, o festival gastronómico e concertos.

2 Abr 2024

Taxa de desemprego continua em 2,2%

Entre Dezembro e Fevereiro, a taxa de desemprego foi de 2,2 por cento, de acordo com os dados mais recentes da Direcção de Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Em relação a residentes, a taxa de desemprego foi de 2,8 por cento, proporções que continuam inalteradas face ao período entre Novembro e Janeiro. No intervalo temporal analisado, a taxa de subemprego foi de 1,3 por cento, descendo 0,2 pontos percentuais, face ao período entre Novembro e Janeiro. O subemprego inclui as pessoas que pretendiam trabalhar mais dias ou horas do que actualmente fazem.

Entre Dezembro e Fevereiro, o número de desempregados foi de cerca 8.200, total que representou uma redução de 200 face ao período anterior. De acordo com a DSEC, a maior parte das pessoas nesta situação tinha trabalhado anteriormente “no ramo de actividade económica do comércio a retalho, no ramo da construção e no ramo das lotarias, outros jogos de aposta e actividade de promoção de jogos”. O número de desempregados à procura do primeiro emprego representou 6,4 por cento do total, menos 2,8 pontos percentuais, face ao período precedente.

Entre Dezembro e Fevereiro, a população activa de Macau era de cerca de 379 mil pessoas e a taxa de actividade de 67,7 por cento. O número de empregados subiu em cerca de 100 pessoas, para 370,8 mil, em comparação com o período anterior.

2 Abr 2024

Jockey Club | Tradição com mais de 40 anos chegou ao fim no sábado

No último dia de corridas, residentes e turistas deslocaram-se à Taipa para assistir a mais um dia que vai ficar na história. Entre lamentos e críticas à empresa, o encerramento promete dar que falar e poderá acabar nos tribunais

 

O Macau Jockey Club recebeu no sábado as últimas corridas de cavalos, pondo fim a uma tradição com mais de 40 anos. No último dia, foram vários os residentes e turistas que se deslocaram à Taipa para se despedirem de uma actividade que raramente se mostrou lucrativa para a Companhia de Corridas de Cavalos de Macau.

Helena Chong, residente, decidiu visitar o hipódromo pela primeira e última vez no sábado. E em declarações à agência de notícias AFP lamentou o encerramento da pista da Taipa: “É uma pena ver o fim deste jogo e entretenimento”, afirmou Chong. Também Mai Wan-zun, turista do Interior, considerou negativo o encerramento, dado que as corridas de cavalos não são comuns no outro lado da fronteira. “Podíamos ver corridas de cavalos aqui em Macau, mas não no Interior da China”, afirmou Mai Wan-zun, que destacou ainda gostar do ambiente do Jockey Club da Taipa.

À TDM, um residente não identificado, mostrou-se igualmente triste com o fim do Jockey Club, que admitiu frequentar com regularidade. “É uma pena. Já vinha aqui desde que se realizavam corridas de cavalos a trote [nos anos 80]”, começou por afirmar. O residente reconheceu deslocar-se actualmente menos vezes ao Jockey Club do que no passado, mas indicou que tal se deveu à falta de oferta da empresa. “Nos últimos anos, não vinha ao Macau Jockey Club com tanta frequência porque houve uma redução na oferta”, vincou.

Quando foi anunciado o encerramento, a empresa tinha 570 trabalhadores, entre os quais 254 trabalhadores residentes e 316 não-residentes. Muitos vão perder os postos de trabalho, mas a Companhia de Corridas de Cavalos de Macau prometeu ao Governo cumprir as leis laborais.

Encerramento polémico

Com o encerramento do Macau Jockey Club, devem agora surgir vários problemas relacionados com o futuro dos cavalos e o pagamento de indemnizações pela Companhia de Corridas de Cavalos de Macau. Os proprietários queixam-se que foram apanhados de surpresa pela decisão da empresa e do Governo, que até ao anúncio do encerramento negaram sempre os vários rumores que circularam sobre o desfecho verificado. A decisão do Executivo poupou à empresa ligada à deputada Ângela Leong um investimento de 1,25 mil milhões de patacas.

Todavia, desde essa altura, os donos dos animais começaram a pedir indemnizações, por considerarem que fizeram investimentos recentes com novos cavalos, a pedido da empresa, que nunca vão conseguir rentabilizar. A empresa considera as perdas “riscos do negócio”.

Também as indemnizações a pagar pela Companhia de Corridas de Cavalos de Macau não são vistas como suficientes. A empresa anunciou que vai subsidiar com um montante de 200 mil patacas o envio dos cavalos para o estrangeiro, com excepção do envio para a Austrália e Nova Zelândia. No caso do envio para o Interior, o pagamento será de 30 mil patacas.

Por sua vez, os donos dos animais pretendem uma compensação em moldes diferentes aos anunciados, dado que muitos desistiram de enviar os cavalos para fora do território. Em cima da mesa está igualmente a possibilidade de o caso acabar na barra dos tribunais.

2 Abr 2024

Violência doméstica | Registados 40 casos em 2023

No ano passado foram registados 40 casos suspeitos de violência doméstica, de acordo com os dados do Sistema Central de Registo de Casos de Violência Doméstica. Os números foram divulgados na semana passado pelo Instituto de Acção Social (IAS), e estão em linha com a tendência de 2022.

Entre os 40 caso de violência de doméstica, 33 foram perpetuados por suspeitos do sexo feminino e sete por suspeitos do sexo masculino. No que diz respeito às vítimas, 26 das ocorrências tiveram como alvo da violência o cônjuge, e entre estes 24 eram do sexo feminino e dois do masculino. A segunda situação mais comum a nível dos casos de violência doméstica foram as agressões a crianças, com 11 ocorrências. A maioria das vítimas era do sexo feminino, com oito casos, e três do sexo masculino.

Ao longo do ano passado foram ainda registados três casos de violência contra membros da família, com duas vítimas do sexo masculino e uma do sexo feminino. Em relação aos tipos de actos de violência doméstica, os dados do IAS indicam que 23 casos foram actos de violência física, oito casos de ofensa psíquica, cinco casos de abuso sexual e quatro casos relacionados com violências e/ou ofensas múltiplas.

Em relação a 2022, houve mais um caso de violência doméstica, dado que nesse ano as ocorrências registadas pelo IAS totalizaram 39. O número de ocorrências está longe dos valores de 2021, quando foram registados 81 casos.

2 Abr 2024

Guias ilegais | Aliança do Povo pede supervisão

Xu Zhiwei, vice-presidente da associação Aliança do Povo de Instituição de Macau, defende que é necessária a aplicação de medidas mais eficientes e uma maior supervisão contra os guias turísticos ilegais. A ideia surge na sequência de várias queixas recebidas pela associação da existência de muitas pessoas em Macau que prestam este serviço, mas que não estão devidamente credenciados pelas autoridades locais.

Segundo declarações de Xu Zhiwei ao jornal Exmoo News, estes guias acompanham grupos de turistas de baixo segmento que visitam Macau apenas por um dia, começando as excursões no posto fronteiriço das Portas do Cerco. O responsável alerta que é difícil denunciar estes casos pois os percursos turísticos variam bastante, podendo passar pelos casinos, autocarros ou autocarros dos casinos, sendo que os visitantes permanecem muito pouco tempo em cada local.

O dirigente diz que cabe ao Governo reforçar a cooperação com o sector do turismo a fim de combater esta ilegalidade, além de ser necessário estabelecer uma plataforma de denúncias.

2 Abr 2024

Jogo | Receitas com subida anual de 53,1 por cento em Março

Dados oficiais da Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos mostram que as receitas do jogo continuam numa tendência de subida: em Março cresceram, em termos anuais, mais 53,1 por cento. Entretanto, durante os três dias do período da Páscoa, entraram em Macau diariamente mais de 100 mil turistas

 

As receitas do jogo subiram 53,1 por cento em Março, em comparação com igual mês do ano passado, foi ontem anunciado. Os casinos arrecadaram 19,5 mil milhões de patacas em Março contra 12,7 mil milhões de patacas no mesmo mês de 2023, de acordo com dados da Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ).

Em termos de receita bruta acumulada, os primeiros três meses deste ano registaram um aumento de 65,5 por cento em relação ao ano anterior, com um total de 53,3 mil milhões de patacas, contra as 34,6 mil milhões de patacas registadas entre Janeiro e Março de 2023. Macau fechou o ano passado com receitas totais de 183,1 mil milhões de patacas, quatro vezes mais do que em 2022, depois de em Janeiro ter levantado todas as restrições à entrada de turistas, que vigoraram durante quase três anos, devido à pandemia de covid-19.

Ovos da Páscoa

Entretanto, terminado o período das mini-férias da Páscoa, o sector do turismo no território registou também números animadores. Dados divulgados pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) mostram que o número de turistas entrados em Macau neste domingo ultrapassou pelo terceiro dia consecutivo os 100 mil. Até às 24 horas de domingo entraram pelos postos fronteiriços do território 103.043 visitantes, segundo dados divulgados pelo CPSP. Por sua vez, no mesmo período, o número de saídas foi de 113.482.

Nos primeiros três dias dos feriados da Páscoa entraram no território 330.447 visitantes, uma média diária de 110.149 turistas. Trata-se de números acima dos 100 mil visitantes por dia previstos pela directora dos Serviços de Turismo, Helena de Senna Fernandes.

2 Abr 2024

Nova câmara de comércio quer ajudar empresas a entrar na China

Uma nova câmara de comércio e indústria com sede em Macau quer ajudar as empresas dos países de língua portuguesa a ultrapassar os obstáculos no acesso ao mercado da China, disse o presidente à Lusa. A Câmara de Comércio e Indústria dos Países de Língua Portuguesa na Grande Baía de Guangdong, Hong Kong e Macau (China) é a primeira associação que pretende reunir empresas de todos os mercados lusófonos, afirmou Rodrigo Brum.

As exportações dos países de língua portuguesa para a China atingiram 147,5 mil milhões de dólares em 2023, num novo recorde histórico. O Brasil é o maior parceiro lusófono (82,2 por cento) chinês, seguido por Angola (10,4 por cento). Quanto aos outros países, incluindo Portugal, são “muito pequeninos e, portanto”, podem e deveriam “já estar a beneficiar de uma actuação e de uma posição conjuntas” na relação com a China, defendeu Brum.

O objectivo da câmara, disse o dirigente português, é ajudar os empresários a ultrapassar “a falta de escala” para entrar na segunda maior economia do mundo e “o pouco conhecimento ou até indefinição às vezes sobre os regulamentos e a legislação chinesa”. Brum sublinhou também a barreira linguística, as diferenças na “forma como se fazem negócios” e “as dificuldades conhecidas de exportação de produtos alimentares” para o mercado chinês.

Carne barrada

A carne de vaca portuguesa ainda não consegue entrar no Interior, apesar de, em 2019, Lisboa ter assinado um acordo para simplificar os procedimentos de exportação de produtos alimentares para a China, incluindo a carne de ovino e de bovino. Brum disse acreditar que “a posição coordenada das empresas dos nove países [de língua portuguesa] determina uma posição activa nas estruturas que já estão criadas e que há que aproveitar”.

A China estabeleceu a RAEM como plataforma para o reforço da cooperação económica e comercial com os países de língua portuguesa em 2003. Nesse mesmo ano, a China criou também o Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, mais conhecido como Fórum de Macau, do qual Brum foi secretário-geral adjunto.

“A ambição máxima da câmara é ganhar a massa crítica para ser ouvida junto das autoridades que determinam as regras do jogo” e explicar as sugestões e dificuldades sentidas pelos empresários lusófonos, disse o dirigente.

2 Abr 2024

CESL-Ásia apresenta na MIECF soluções ligadas à inteligência artificial

Em mais uma edição do Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental de Macau 2024 (MIECF, na sigla inglesa), que começa hoje no Venetian e que termina no sábado, a CESL-Ásia prepara-se para apresentar as soluções com recurso à inteligência artificial que tem aplicado na gestão de infra-estruturas públicas e privadas, graças a acordos assinados com outras empresas.

Ao HM, António Trindade, CEO da empresa local, que recentemente celebrou 35 anos de existência, explicou que, tanto na Focus como na MPS, subsidiárias do grupo, têm sido pensadas “soluções para desenvolver o nível dos serviços que prestamos”, sendo que, com recurso à inteligência artificial, “há a oportunidade de alterar completamente aquilo que fazemos, no sentido de aumentar a eficiência e o nosso desempenho, bem como o das infra-estruturas que operamos”.

Este será o mote da presença da empresa em mais uma edição da MIECF, evento que se dedica a falar da protecção do meio ambiente, ecologia e soluções mais sustentáveis tanto para Macau como a nível mundial.

Trindade declarou também que a CESL-Ásia tem “procurado entidades que produzem esse tipo de tecnologia”, sendo que as parcerias já assinadas visam “estabelecer soluções para lidar com a maior complexidade das máquinas e da relação com o uso que se pode ter delas, e também nas áreas do ambiente e do clima, ou gestão e utilização de dados”.

“Vamos mostrar o que temos vindo a fazer e como nos propomos a fazê-lo, e como podemos agregar a nossa experiência na gestão e operacionalização de infra-estruturas críticas [em Macau], tanto públicas como privadas”, disse.

Um novo mercado

António Trindade apontou que, no contexto da MIECF, existe uma grande curiosidade sobre o que os seus clientes, incluindo as grandes operadoras, “[apresentam], num novo ambiente de mercado, com novos contratos, em que há exigências muito maiores em termos de performance e eficiência de operações”.

“Vê-se que a economia está a mudar muito com a abertura das fronteiras, com novas maneiras de operar, o que tem as suas consequências e o devido impacto ambiental [em termos de produção de resíduos e meio ambiente]. Vamos demorar dois ou três anos até ter alguma perspectiva sobre o que é normal e não é, e para onde caminhamos. Seria importante a MIECF manter a sua [presença] em termos de sustentabilidade”, rematou.

A MIECF 2024 tem mais 20 por cento de stands face ao ano passado, com mais de 560. Empresas e o grande público estão dispersos por cinco zonas, nomeadamente o “Pavilhão da Região do Pan-Delta do Rio das Pérolas”, “Zona de Exposição das Indústrias de Protecção Ambiental da Grande Baía”, “Zona de Projectos Verdes e com Baixo Teor de Carbono”, “Zona de Exposição das Indústrias Verdes e Inteligentes” e “Zona de Exposição de Mobilidade Verde”. O tema do evento é “Alcançar a Dupla Meta de Carbono através da Transformação Ecológica”.

28 Mar 2024

Hotelaria | Novo recorde de hóspedes em Fevereiro

Os hotéis acolheram mais de 1,22 milhões de hóspedes em Fevereiro, estabelecendo um novo recorde pelo segundo mês consecutivo, foi ontem anunciado. De acordo com dados oficiais da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), o número de hóspedes nos 46 mil quartos em 141 hotéis e pensões subiu 39,6 por cento em comparação com o mesmo mês do ano passado e 14,2 por cento face a 2019.

Foi também o número mais elevado de sempre em Fevereiro. O anterior recorde, 1,08 milhões de hóspedes, tinha sido fixado no início de 2019, antes da pandemia, numa altura em que Macau tinha apenas 39 mil quartos em 117 estabelecimentos hoteleiros. Os hotéis e pensões já tinham fixado um novo recorde ao receberem mais de 1,32 milhões de hóspedes em Janeiro, o número mais elevado de sempre para o primeiro mês do ano.

Apesar do aumento do número de quartos e de hotéis e pensões, a ocupação média atingiu 85,6 por cento, mais 9,5 pontos percentuais do que em Fevereiro de 2023, mas ainda longe da taxa de 91,9 por cento registada em 2019.

O preço médio dos quartos de hotel também aumentou em Fevereiro, mais 28,4 por cento em comparação com o mesmo mês de 2023, de acordo com dados da Associação de Hotéis de Macau, que reúne 43 hotéis locais.

Um relatório, divulgado pela Direcção dos Serviços de Turismo, revelou que o preço médio se fixou em 1.545 patacas no mês passado, mais dois por cento do que em Fevereiro de 2019. Em 2023, os hotéis e pensões acolheram 13,6 milhões de hóspedes, mais 165,4 por cento do no ano anterior, e com uma ocupação média de 81,5 por cento, mais do dobro do registado em 2022, revelou a DSEC.

28 Mar 2024

Construção civil | Pequenas empresas continuam em luta

Harry Lai, CEO da Lai Si Construction Engineering, aponta que o sector da construção civil ainda não recuperou plenamente da crise gerada pela pandemia e que as empresas mais pequenas sofrem com falta de projectos na área das obras públicas e não conseguem competir com as de maior dimensão

 

A pandemia foi ultrapassada, mas para as pequenas empresas do sector da construção civil do território a crise persiste: no acesso aos projectos públicos não conseguem competir com as grandes empresas ou com as que estão sediadas no interior da China, sofrendo com falta de projectos.

A denúncia é feita pelo empresário Harry Lai, CEO da Lai Si Construction Engineering, que, ao jornal Ou Mun, declara que a recuperação económica registada no pós-pandemia não beneficiou muito as empresas locais, que têm pouca experiência em projectos e deixam os seus trabalhadores numa situação de subemprego.

Harry Lai explicou que os projectos do ano passado foram, sobretudo, virados para obras públicas e acabaram por ficar nas mãos de empresas de maior dimensão ou da China continental. Além disso, em plena pandemia, o sector continuou a trabalhar em projectos antigos, mas, no regresso à normalidade, não se registaram novas encomendas ou projectos, apesar da grande recuperação económica registada no território. Desta forma, o empresário denota que a área da construção civil tem registado um desempenho mais fraco face a outros sectores de actividade económica.

Relativamente ao sector privado, Harry Lai lembrou que, no ano passado, muitas concessionárias de jogo e empresas privadas estavam ainda na fase de planeamento de projectos, pelo que estes têm avançado muito lentamente. Uma vez que existem muitas burocracias associadas a um projecto privado, nomeadamente o licenciamento, concepção e investimento, o empresário apontou que a conclusão destes projectos é ainda mais demorada.

Poucos recursos humanos

Questionado sobre as principais dificuldades que o sector enfrenta actualmente, Harry Lai disse que o licenciamento das obras e a falta de recursos humanos são os problemas que se destacam. O processo complexo e moroso de licenciamento de uma obra faz com que o investidor fique indeciso na hora de avançar para um novo projecto. Desta forma, o CEO da Lai Si Construction Engineering espera que o Governo flexibilize os procedimentos, simplificando-os, para que o sistema seja mais eficaz.

O empresário sugeriu também que as autoridades cooperem mais com o sector, a fim de introduzir no sistema de ensino, desde cedo, noções de construção, a fim de motivar os estudantes a enveredarem pela área da engenharia civil. Este sugeriu ainda a organização de mais cursos de formação para quem deseje mudar de carreira, além de considerar fundamental a criação de um regime de credenciação das competências técnicas para o sector de construção civil.

A seu ver, o sector tem falta de “sangue novo”, sobretudo para os trabalhos mais duros e difíceis, o que faz com que a grande maioria dos trabalhadores já esteja perto da reforma. Tal faz com que a área da construção civil dependa bastante de trabalhadores não residentes, frisou.

28 Mar 2024

Associações acreditam em recuperação plena do turismo

Chegado o fim-de-semana da Páscoa esperam-se números bem-sucedidos do turismo. Helena de Senna Fernandes, directora da Direcção dos Serviços de Turismo, prevê a vinda de 65 mil visitantes por dia. Ao HM, Luís Herédia, presidente da Associação de Hotéis de Macau, fala de uma “perspectiva positiva” para os números do turismo nos próximos dias, adiantando que o sector deverá continuar em recuperação pós-pandemia até 2025.

“Estamos ainda numa aprendizagem, mas estamos melhor. O recrutamento [de empregados para o sector do turismo e hotelaria] correu bem, com grande apoio das autoridades. É um processo que já acontecia antes, mas é sempre trabalhoso e exigente.”

“Temos o mercado muito forte da China, sobretudo de Cantão, que exige uma série de aptidões, sobretudo linguísticas, mas temos de estar munidos para a aposta do mercado internacional que Macau está a fazer. Este ano vai ser importante e a recuperação total do sector irá até 2025”, apontou.

Luís Herédia fala ainda de “novos desafios” tendo em conta a emergência “em força de outros mercados”, como Dubai, Singapura ou outras regiões asiáticas.

Diversão precisa-se

Para o académico Glenn Mccartney, especialista em turismo da Universidade de Macau, importa olhar se os números de turistas se traduzem num maior número de noites em Macau e, consequentemente, em mais gastos, para que haja “um impacto económico mais amplo em toda a cidade e não apenas nos pontos turísticos mais populares”.

O responsável diz ainda ser necessário uma maior aposta no entretenimento nocturno. “Discuti recentemente a necessidade de desenvolvimento de uma economia nocturna em Macau, sendo que grande parte da qual depende do entretenimento. Por isso, o desenvolvimento do entretenimento de Macau deve considerar a possibilidade de o fazer evoluir para uma estratégia de vida nocturna”, rematou.

28 Mar 2024

DSAL | Feiras de emprego com 337 vagas em Abril

Abriram hoje as inscrições para três sessões de feiras de emprego, que se vão realizar na segunda semana de Abril, com 337 vagas disponíveis para trabalhos em supermercados e hotéis. A Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) indicou que o período de inscrições termina ao meio-dia do dia 4 de Abril.

No dia 8 de Abril, o Centro para o Desenvolvimento de Carreiras da FAOM, no Istmo de Ferreira do Amaral, nº 101-105ª, acolhe uma feira de emprego dedicada ao comércio a retalho. Na parte da manhã, serão disponibilizados 124 empregos para cargos em supermercado, como operador de caixa, arrumador de prateleiras, empacotador, preparador de carnes e de produtos aquáticos e empregado de transporte e arrumação de mercadorias.

Na parte da tarde, será a vez do sector da venda de alimentos, com 190 vagas para estagiário de gerente, supervisor de operações de comércio da loja e agente dos serviços de produtos alimentares e empregado de loja.

No dia seguinte, no Hotel Okura, haverá 23 vagas para o sector da hotelaria, para cargos como chefe de higiene ambiental, supervisor de efeitos especiais, técnico superior de efeitos especiais, empregado de tratamento de uniformes, agente de balcão de atendimento e operador do centro de atendimento ao cliente.

27 Mar 2024

Jogo | Receitas brutas de quase 15 mil milhões em Março

Durante os primeiros 24 dias de Março, a indústria do jogo de Macau apurou 14,9 mil milhões de patacas em receitas brutas, segundo as contas dos analistas da JP Morgan Securities. A performance ficou a 1 ou 2 por cento dos dois primeiros meses do ano, com a sazonalidade a quase não se fazer sentir

 

As primeiras três semanas de Março superaram as expectativas em termos de receitas dos casinos. Segundo as estimativas da JP Morgan Securities, durante os primeiros 24 dias deste mês, a indústria facturou diariamente cerca de 621 milhões de patacas, o que representa um total de 14,9 mil milhões de patacas no somatório das três semanas.

O relatório dos analistas da JP Morgan, citado pelo portal GGRAsia, destaca o efeito residual que a sazonalidade teve nas receitas brutas diárias dos casinos. “Apenas 1 a 2 por cento abaixo” das receitas brutas diárias de cerca de 630 milhões de patacas registadas nos primeiros dois meses deste ano, “um pouco melhor do que a tendência histórica de 4 por cento” de diferença entre Março e o período de Janeiro e Fevereiro, referiram os analistas DS Kim, Mufan Shi e Selina Li.

O relatório da JP Morgan Securities salienta também a forte performance da última semana, com o registo diário de 628 milhões de patacas, “que sugere uma procura estável e sólida, que não mostra sinais de abrandamento”.

Aquelas máquinas

Os analistas realçam também a boa performance das máquinas de slot que “estão a ter resultados a níveis de cerca de 110 por cento dos registos antes da pandemia”, em linha com a tendência verificada nos primeiros dois meses de 2024. “Em comparação com os níveis de recuperação de 104 por cento do quarto trimestre de 2023, estes resultados sugerem que a procura no sector de massas cresceu entre 3 e 4 por cento em termos trimestrais nos primeiros três meses de 2024, superando a histórica sazonalidade de +2 por cento numa comparação trimestral”, aponta a JP Morgan.

Por outro lado, no sector de jogo VIP é indicado que a procura real permanece a cerca de 20 por cento dos níveis registados antes da pandemia.

No cômputo geral, os analistas da JP Morgan estimam que Março termine com receitas brutas de cerca de 19 mil milhões de patacas, o que se vai traduzir num aumento de receitas de perto de 5 por cento face ao trimestre anterior, e mais de 60 por cento face ao mesmo trimestre do ano passado, marcando “mais um recorde pós-pandémico”.

27 Mar 2024

Hospital das Ilhas | Arranque gradual com exames de diagnóstico

Começou a funcionar, ainda gradualmente e de forma experimental, o Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas – Centro Médico de Macau, conhecido como o Hospital das Ilhas, e operado pelo Peking Union Medical College Hospital de Pequim.

Segundo um comunicado dos Serviços de Saúde de Macau (SSM), desde segunda-feira que podem ser feitas nesta unidade de saúde ecografias a doentes de consultas externas de várias especialidades médicas, transferidos pelos SSM.

No primeiro dia de funcionamento foram atendidos apenas dois doentes, residentes “que usufruem de cuidados de saúde gratuitos”. Desde o início deste mês que o hospital tem recebido doentes transferidos pelos SSM para realização de ecografias e raio-x, estando planeada a realização destes exames de diagnóstico no período da tarde todas as segundas, quartas e sextas-feiras.

“O hospital vai, depois, aumentar o número de serviços de acordo com a situação do pessoal e dos equipamentos, prevendo-se prestar gradualmente, em Maio, os serviços de consulta externa de especialidade para os pacientes transferidos pelos SSM”, aponta o mesmo comunicado.

27 Mar 2024