Hoje Macau SociedadeBombeiros | Mais saídas de ambulâncias no início do ano O Corpo de Bombeiros (CB) registou, no primeiro trimestre deste ano, uma subida no número de ocorrências que levaram à saída de ambulâncias. Entre Janeiro e Março registaram-se 11.774 casos, mais 1.358 face ao primeiro trimestre do ano passado, o que representa uma subida de 13,04 por cento. Segundo uma nota de imprensa do CB, as principais razões para a saída de ambulâncias prendem-se com casos de febre, tonturas, dores de cabeça, dores abdominais ou palpitações, representando 6.505 casos, 55,25 por cento do número total de saídas de ambulância.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeRAEM, 25 anos | Académicos debatem passado e presente de Macau Decorre hoje na Universidade de Lisboa uma conferência que recorda os 25 anos da transição da administração portuguesa de Macau para a China. Três académicos analisam o legado deixado pelos portugueses, o rumo da língua portuguesa no território e o futuro da comunidade macaense O Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP) da Universidade de Lisboa (UL) acolhe hoje uma conferência que celebra os 25 anos da transferência de administração portuguesa de Macau para a China e também os 45 anos do estabelecimento das relações diplomáticas entre Portugal e a China. Francisco José Leandro, académico da Universidade de Macau (UM), que será um dos oradores, defendeu ao HM que “o legado mais importante deixado por Portugal foi o facto de ter negociado uma solução diplomática aceitável, progressiva e capaz de se adaptar à evolução dos tempos”. Esse legado teve a capacidade de “aproximar Portugal e a China num processo de cooperação continuada e profícua para ambos os estados soberanos”. Para o académico, o processo de transição constituiu “um verdadeiro exemplo de diplomacia reconstrutiva de um legado histórico complexo, transformado num símbolo de futuro”. Cátia Miriam Costa será outra das oradoras convidadas e, desafiada a fazer um balanço da implementação da Lei Básica da RAEM, apontou que “deve existir um acompanhamento de eventuais novas interpretações dos direitos civis assegurados” no período da transição, à luz da Declaração Conjunta assinada em 1987. Sobre o que de mais importante os portugueses deixaram na RAEM de hoje, a académica, ligada ao ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, declarou que, do ponto de vista do território, o maior legado foi “encontro pacífico e prolongado de culturas que gerou um território atípico em qualquer parte do mundo”. Contudo, do lado da China, o mais importante é mesmo “a conexão de Macau às culturas lusófonas e a uma maior facilidade de conexão com os países de língua portuguesa, além da existência de um território chinês com características próprias que o diferencia de todos os outros e potencia o desenvolvimento de actividades diversas das existentes noutras partes do território chinês”. Finalmente, a académica entende que, para Portugal ficou o impacto positivo da “conexão permanente com a China que Macau providenciou”. Trata-se de um legado “com uma função mais dinâmica, se pensarmos no que foi a presença portuguesa no mundo”. Uma reflexão Carlos Piteira, presidente da Casa de Macau em Portugal e antropólogo, também será orador na conferência do ISCSP. O responsável pensa que a interpretação do panorama de interpretação da Lei Básica “assume diferentes perspectivas”, pois “à luz da integração de Macau na China continua a haver uma realidade local que mantém o princípio de ‘um país, dois sistemas’, ou, no mínimo, um espaço social e político diferenciado”. O macaense entende ainda que o legado que os portugueses deixaram no território depois de 1999 assenta “na dimensão patrimonial e nas potencialidades de elevar Macau como espaço singular da lusofonia”. Estudioso das questões da identidade macaense, Carlos Piteira está a desenvolver um estudo sobre esta matéria à luz dos novos tempos e tendo em conta o “conflito dos paradigmas identitários”, pois o mais provável é que haja, na comunidade macaense, “uma ramificação entre o passado e o futuro”, sendo este o “desafio colocado na [necessidade] de reinvenção do futuro”. E o português? Após 1999 continuou a ensinar-se a língua portuguesa em Macau, embora seja pouco falada no dia-a-dia. Nesse sentido, Carlos Piteira considera que o futuro do idioma depende da sua “componente económica”, sendo esta “reforçada pelos chineses que a queiram utilizar”. Cátia Miriam Costa destaca o trabalho feito por muitas entidades privadas, como o Instituto Português do Oriente ou a Fundação Rui Cunha, para que se fale mais a língua de Camões no território. “A língua portuguesa aumentou o seu número de falantes na RAEM, se bem que como língua estrangeira. A sua preservação e manutenção está de boa saúde, o que é tributário de iniciativas públicas e privadas com origem em Portugal, China e Macau”. Além dos oradores mencionados, a palestra de hoje inclui ainda a participação de Carmen Amado Mendes, presidente do Centro Científico e Cultural de Macau, e Heitor Romana, assessor do ex-Governador Rocha Vieira em Macau e actualmente professor catedrático no ISCSP. A moderação está a cargo do académico Nuno Canas Mendes, também ligado ao ISCSP. Incluem-se ainda na palestra os painéis “45 anos de Relações Diplomáticas Portugal-China” e “Futuro da Cooperação Portugal-China”.
João Santos Filipe SociedadeSaúde | Primeiro trimestre sem infracções à lei do álcool No primeiro trimestre do ano não houve infracções à lei do álcool, que entrou em vigor na segunda metade do ano passado. O dado foi revelado ontem pelos Serviços de Saúde, entidade responsável pela fiscalização. “No que diz respeito ao controlo do consumo do álcool, não se registou nenhum caso no primeiro trimestre do corrente ano, mas foram emitidas 2.830 indicações de melhoria a 2.108 estabelecimentos”, foi revelado. Entre as indicações de melhoria 1.070 incidiram sobre a afixação de publicidade a bebidas alcoólicas com advertências, 431 sobre a delimitação de bebidas alcoólicas por zonas, 1.116 sobre os dísticos da proibição de venda ou de disponibilização de bebidas alcoólicas a menores e 213 sobre a apresentação de título alcoométrico. A situação foi diferente no que diz respeito ao tabaco. De acordo com os dados revelados ontem, foram registadas 1.115 infracções. Estas incluíram 1.066 casos de pessoas a fumar em locais proibidos, 37 de transporte de cigarros electrónicos na entrada ou saída da RAEM, oito casos de venda de produtos com os rótulos que não cumpriam as exigências legais, três casos de tabaco por meios acessíveis a menores, e um caso em que a embalagem tinha menos de 20 unidades. Os estabelecimentos com maior número de casos de infracção incluem a restauração com um total de 148 casos, o aeroporto com 128 casos e os casinos com 125 casos.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeAterro-lixeira | Joe Chan desapontado com o Governo de Ho Iat Seng O activista ambiental Joe Chan entregou em Fevereiro uma petição ao Governo contra a construção do aterro-lixeira ao largo das praias de Coloane, mas até à data não recebeu resposta. O presidente da Macau Green Students Union está “desapontado” com o rumo da governação de Ho Iat Seng e a sua posição inflexível face a críticas Joe Chan, activista ambiental e presidente da Macau Green Students Union, disse ao jornal online All About Macau estar “desapontado” com a forma como o Executivo de Ho Iat Seng está a gerir determinados dossiers e a governar. Em causa está o projecto de construção de um aterro a sul de Coloane destinado a resíduos de construção urbana, a que o Governo chama “ilha ecológica”, que levou a associação a apresentar uma petição contestatária. Até à data, o Governo ainda não deu uma resposta. “Quando entregávamos petições aos anteriores Governos éramos contactados pelos serviços públicos, mas o actual Chefe do Executivo tem uma atitude firme e ignora as nossas opiniões. É algo que nos surpreende. A sua atitude também demonstra que não dá atenção às nossas posições, nem disponibiliza informações [sobre os projectos], o que nos assusta”, frisou. Joe Chan teme que a postura assumida quanto à “ilha ecológica”, que na sua visão pode danificar o meio ambiente da zona, se possa verificar em políticas futuras do Executivo. “Esta forma de governar é horrível e estou muito desapontado”, disse. Muitas dúvidas A petição de Joe Chan foi entregue em Fevereiro e tinha 1600 assinaturas contra a construção do aterro-lixeira junto às praias em Coloane. O activista destacou ainda a posição de Raimundo do Rosário, secretário para os Transportes e Obras Públicas, que explicou que o projecto do aterro foi desenvolvido por especialistas. Neste contexto, Joe Chan recordou ainda que Mak Hei Man, vice-presidente da Sociedade de Conservação dos Golfinhos de Hong Kong, defendeu que a posição assumida pelo secretário não significa a suspensão ou cancelamento do projecto do aterro-lixeira. Joe Chan concorda com Mak Hei Man quanto à postura inflexível demonstrada pelo actual Executivo, apesar do descontentamento social face ao projecto. “Tínhamos [na petição] cerca de 2000 assinaturas da população e, no nosso website, também registámos mais de 2000 assinaturas.” O activista entende que há ainda muitas dúvidas em torno do projecto e que merecem ser esclarecidas publicamente, além de defender que todo o processo tem falta de transparência. Para Joe Chan, o Governo desenvolveu o projecto de forma selectiva, com uma consulta direccionada só para alguns especialistas, a fim de colher apoios ao invés de contestação. A apresentação da “ilha ecológica” pela Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) também não convenceu Joe Chan. “A apresentação de muitos dados não explica o contexto. Por exemplo, porque é que a ilha ecológica terá aquela forma e tamanho? Isso não é devidamente explicado.” Ho Iat Seng referiu que foi o Governo Central a decidir a localização do aterro, mas Joe Chan entende que é necessário que Pequim considere primeiro a avaliação do impacto ambiental elaborada por Macau antes de implementar o projecto. Neste sentido, Mak Hei Man disse que a ordem vinda de Pequim já constitui um problema, pois o projecto da ilha ecológica foi anunciado e só depois é que foi desenvolvido um relatório de impacto ambiental para aquela localização específica. Joe Chan queixou-se ainda do facto de o Executivo ter contratado a Universidade Sun Yat-sen para analisar a situação dos golfinhos brancos chineses nas águas de Macau, questionando por que não terá requisitado à mesma instituição um estudo sobre o aterro-lixeira nas águas ao largo de Coloane.
Hoje Macau Manchete SociedadeTurismo | Mais de um milhão de visitantes nos feriados Mais de um milhão de visitantes entraram em Macau durante os feriados da Páscoa e do Ching Ming, entre 29 de Março e ontem, informaram as autoridades. Com 1.051.826 de visitantes no total, Macau registou uma média diária de mais de 95.600 entradas em 11 dias. O número total de entradas e saídas de visitantes nos postos fronteiriços foi de 2.125.514, tendo o posto fronteiriço das Portas do Cerco, no norte do território, registado o maior número: 788.724, de acordo com um comunicado do Corpo de Polícia de Segurança Pública. No Interior, as viagens e os gastos durante o feriado do Ching Ming aumentaram mais de 10 por cento em relação aos níveis anteriores à pandemia da covid-19, disseram as autoridades chinesas. Mais de 119 milhões de viagens domésticas foram registadas durante o feriado de três dias, terminado no sábado, marcando um aumento de 11,5 por cento em comparação com o período homólogo de 2019, de acordo com o Ministério da Cultura e Turismo da China. A receita das viagens domésticas totalizou 53,95 mil milhões de yuan, um aumento de 12,7 por cento, em relação a 2019, o último ano antes da pandemia, disse o Ministério.
João Santos Filipe Manchete SociedadeSuicídio | SS não revelam se vão abrir inquérito a morte no Kiang Wu Uma mulher cometeu suicídio quando estava internada no Hospital Kiang Wu. Porém, os serviços liderados por Alvis Lo recusam anunciar se o caso vai ser alvo de um inquérito no âmbito dos poderes de fiscalização do organismo Apesar de uma mulher se ter suicidado quando estava internada no Hospital Kiang Wu, os Serviços de Saúde (SS) recusam revelar se o caso vai ser alvo de um inquérito. A posição dos serviços liderados por Alvis Lo foi tomada ontem, depois do HM ter inquirido os SS sobre a possibilidade. Segundo os estatutos do SS, o órgão tem competências para “proceder à supervisão e apoiar as entidades que exercem actividades na área da saúde”. No âmbito destes poderes, o SS têm a obrigação de fiscalizar o que acontece no Hospital Kiang Wu, e actuar, caso se considere que o suicídio de segunda-feira resultou de negligência na forma como são os tratados os pacientes. No entanto, na resposta enviado ao HM, os SS não dizem se haverá um inquérito interno. Limitaram-se a desejar publicamente as condolências aos familiares da mulher de “meia idade”. “De acordo com a informação divulgada pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública, o caso de suicídio ocorreu no Hospital Kiang Wu. Os Serviços de Saúde não têm nada a acrescentar à informação divulgada e, manifestam profundo pesar pelo falecido e expressando profundas condolências à sua família”, foi respondido. Sobre os casos de suicídio no território, que têm vindo a aumentar nos últimos anos, os SS apontam atribuir muita importância ao fenómeno. “O Governo da RAEM tem dado grande importância à saúde mental dos residentes, e não só aumenta, de forma contínua, a acessibilidade dos serviços, e alarga a rede de apoio social […], mas também mobiliza toda a sociedade, através das famílias, escolas e da comunidade, para prestar atenção conjunta e encaminhar, por iniciativa própria, as informações, de modo a que os serviços competentes possam intervir rapidamente e eliminar os riscos potenciais”, foi vincado. Na resposta os SS deixaram ainda um apelo às pessoas que em caso de angústia devem ligar para a linha da Cáritas para pedir ajuda. “Os Serviços de Saúde apelam a todos aqueles que estejam emocionalmente angustiados e desesperados para ligar para a Linha Aberta “Esperança de vida da Caritas” através do n.º 28525222 de forma a obter serviços de aconselhamento emocional”, foi acrescentado. Contornos por apurar Segundo a informação do Corpo de Polícia de Segurança Pública e da Polícia Judiciária, o corpo da mulher de “meia idade” foi encontrado na madrugada de segunda-feira, na casa-de-banho de um quarto do Hospital Kiang Wu, quando o pessoal enfermeiro fazia a ronda matinal pelas instalações. As autoridades policiais foram alertadas para a situação por volta das 04h39, e na segunda-feira as causas da morte ainda eram desconhecidas. O Hospital Kiang Wu é uma instituição histórica de Macau e tem um passado e presente ligados à elite local, principalmente à família Chui, do anterior Chefe do Executivo. Controlado pela Associação de Beneficência dos Hospital Kiang Wu, a instituição tem como actual presidente o empresário Liu Chak Wan, que tomou posse em 2023. Na cerimónia de tomada de posse estiveram presentes membros do Governo Central, de Macau e até o presidente da Assembleia Legislativa.
Hoje Macau SociedadeCriado programa de empreendedores para a Rua das Estalagens Foi anunciado na segunda-feira um programa de captação de empreendedores no âmbito do projecto de revitalização da Rua das Estalagens, desenvolvido pelo Instituto Cultural (IC) em parceria com a Sands China e a Associação Comercial de Macau. Os empresários candidatos devem submeter um plano de negócio com um capital social não inferior a 300 mil patacas, sendo que as melhores ideias serão depois escolhidas por um júri. A Sands China dará um apoio de 50 por cento, até um máximo de um milhão de patacas, aos projectos vencedores. A ideia do programa é, segundo um comunicado da operadora de jogo, “incentivar os empresários a criar empresas que revitalizem a economia de bairro”, bem como “melhorar a oferta em termos de turismo cultural na cidade e trazer vitalidade aos bairros antigos”. A iniciativa nasce de um programa criado pela Sands China em 2017 destinado ao apoio e formação às pequenas e médias empresas, o “F.I.T.”, tendo sido criado posteriormente o Centro de Incubação da Sands Resorts que dá apoio a “empresas locais inovadoras com potencial de desenvolvimento”. A presidente do IC, Deland Leong Wai Man, referiu na segunda-feira que o programa “incentiva as empresas locais a darem largas à sua criatividade e a criarem projectos culturais e turísticos inovadores, estimulando assim a economia local”. Sessões de apoio As candidaturas de empreendedores devem ser feitas até ao dia 31 de Maio, sendo que será organizada uma sessão de informação sobre empreendedorismo e negócios no dia 17 de Abril, onde o programa para a Rua das Estalagens será apresentado detalhadamente aos potenciais interessados. Será organizado também o “Dia Aberto na Rua das Estalagens” nos dias 20 e 21 deste mês para que os interessados possam conhecer a rua e as lojas disponíveis para arrendar. No dia 6 de Maio a Sands China promove ainda dois cursos gratuitos sobre “A Composição de um Plano de Negócios” e “Ferramentas de Apresentação [de um plano de negócios]”.
João Santos Filipe Manchete SociedadeJogo | Banco de investimento revê em alta estimativa de receitas Segundo o banco de investimento CLSA, até ao final do ano as receitas dos casinos devem atingir perto de 243,8 mil milhões de patacas, o que representa um aumento de 3,5 por cento em relação às estimativas anteriores O banco de investimento CLSA fez uma revisão em alta do valor das receitas de jogo esperadas para este ano. A informação consta do mais recente relatório do banco de investimento sobre Macau, que é citado pelo portal Inside Asian Gaming. A CLSA espera agora que até ao final do ano as receitas do jogo atinjam o valor de 30,3 mil milhões de dólares americanos, o que se aproxima de 243,8 mil milhões de patacas. A revisão em alta foi justificada pela “tendência de aumento do número de visitantes” nos meses considerados como parte da época baixa. A nova estimativa significa um aumento de 3,5 por cento face às previsões anteriores, que apontavam para um crescimento de cerca de 29,2 mil milhões de dólares americanos (234,9 mil milhões patacas) para este ano. O valor revisto em alta indica que a principal indústria do território vai ter um crescimento de 34 por cento em comparação com as receitas do ano passado, que chegaram às 183,1 mil milhões patacas. Além disso, a CLSA acredita que em 2025 as receitas da indústria do jogo continuem a subir, neste caso mais 5 por cento, chegando aos 31,9 mil milhões de dólares norte americanos (256,7 mil milhões de patacas). O recorde anual de receitas anuais foi estabelecido em 2013, numa altura em que a indústria do jogo VIP prosperava devido ao sector dos promotores de jogo, ao atingir-se o valor de 360,8 mil milhões de patacas. Menores ganhos Apesar de se esperarem ganhos maiores, o relatório indica que os resultados do sector, medidos pelos lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA, na sigla em inglês), devem cair entre um e três por cento. Segundo a CLSA, a redução deve-se ao ambiente “cada vez mais competitivo do mercado” do jogo, que leva as concessionárias a reduzirem as margens de lucro, mas também devido à realização da segunda fase da renovação do casino Londoner Macau. No relatório, assinado pelos analistas Jeffrey Kiang e Leo Pan, é ainda indicado que a “normalização do turismo” em Macau está em curso, com a procura pelo segmento de jogo de massas a crescer, apesar de um ambiente adverso a este tipo de entretenimento. “Continuamos a atribuir esta resiliência do mercado ao posicionamento de Macau, como um mercado de nicho, que visa menos de dois por cento da população da China”, escreveram os analistas. No que diz respeito à análise das concessionárias, a CLSA prevê que a Venetian Macau, responsável pelos casinos Sands China, The Venetian, The Londoner ou The Parisian, perca quota do mercado ao longo do ano, devido às obras de renovação do Londoner. Contudo, a CLSA também indica que em 2025 a concessionária vai colher os frutos do investimento que está actualmente a ser feito.
Hoje Macau SociedadePJ | Lançado miniprograma antiburla no WeChat A Polícia Judiciária (PJ) anunciou ontem o lançamento oficial do “Miniprograma antiburla” no WeChat. O programa tem quatro funções: fazer pesquisas no âmbito da burla, dar pistas sobre as burlas, saber mais sobre burlas, identificar casos de burla. O público pode aceder ao programa por meio da conta oficial da PJ no WeChat (PJ_Macao) e os utilizadores não têm necessidade de instalar outra aplicação, nem de inserir o seu número de telefone e dados pessoais. A iniciativa tem como objectivo aumentar a “sensibilização do público contra burla com recurso às telecomunicações e a burla cibernética e reduzir a possibilidade de os cidadãos serem enganados”. O lançamento do miniprograma foi anunciado ontem à tarde pelo Director da PJ, Sit Chong Meng, ontem em conferência de imprensa. O responsável indicou que “a prevenção é, desde sempre, a chave do combate à burla”. O software permite ao público “inserir informações, tais como o número da chamada recebida, emails, bancos e contas duvidosas, obter resultados da avaliação de riscos de burla após comparação e análise feitas pelo sistema”, é indicado pela PJ.
Hoje Macau SociedadeHabitação | Índice global de preços com ligeira redução Entre Dezembro e Fevereiro, o índice global de preços da habitação foi de 229,4, menos 0,9 por cento, em comparação com o período entre Novembro de Janeiro, de acordo com os dados revelados ontem pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). O índice de preços de habitações da Península de Macau (229,2) e o índice da Taipa e Coloane (230,2) caíram 0,9 por cento e 0,7 por cento. O índice de preços de habitações construídas (247,6) baixou 1 por cento, em relação ao período anterior, enquanto o índice da Península de Macau (238,3) e o índice da Taipa e Coloane (284,8) diminuíram 0,9 por cento e 1,1 por cento. Por seu turno, o índice de preços de habitações construídas pertencentes ao escalão dos 11 aos 20 anos de construção e o índice do escalão superior a 20 anos baixaram 2,7 por cento e 1,3 por cento, respectivamente. O índice do escalão dos 6 aos 10 anos cresceu 0,8 por cento.
Hoje Macau Sociedade“Centro de Comidas” do Mercado do Patane reabre com 11 bancas Foi ontem inaugurado o novo espaço para comer no Mercado do Patane, e o Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), responsável pela gestão, promete um “ambiente confortável” com “uma exploração honesta”. A cerimónia de inauguração do espaço com mais de 200 lugares, contou com a participação do presidente do IAM, José Tavares, e as 11 bancas vão disponibilizar comida e petiscos locais, do Interior, “sudeste asiático, gastronomia japonesa, coreana e ocidental”, bebidas e sobremesas. “O Instituto espera aproveitar o Centro de Comidas do Patane para criar um ambiente confortável, com serviços de qualidade, preços acessíveis ao público e uma exploração honesta, criando uma nova imagem do centro de comidas do mercado”, foi divulgado, em comunicado de imprensa. O horário de funcionamento do novo centro de comidas estende-se das 07h às 22h. Segundo o IAM, entre as 11 bancas de comida do Centro de Comidas do Patane, com excepção de uma que já tinha sido arrendada, as restantes 10 foram atribuídas através de concurso público. Este é um método diferente do usado no passado, em que a atribuição das bancas desocupadas era feita através de registo e sorteio. Critérios da escolha O concurso público avaliou critérios como a “estratégia de operação, experiência e habilitação do concorrente, o horário diário de exploração da banca, a diversidade da tipologia de mercadorias e a conveniência dos instrumentos de pagamento”. Apesar da inauguração ter decorrido ontem, o centro tinha começado a funcionar, de forma experimental, a 28 de Março. “O Centro de Comidas do Patane entrou em funcionamento experimental no dia 28 de Março, e tudo correu dentro da normalidade”, indicaram as autoridades sobre esse período. Antes deste período, haviam sido realizadas várias sessões de esclarecimento com os responsáveis pelas bancas de venda de comida. Na inauguração estiveram ainda presentes os vice-presidentes do IAM, Lo Chi Kin e O Lam, o presidente do Conselho Consultivo para os Assuntos Municipais, António José Dias Azedo, o vice-presidente do Conselho Consultivo, Chong Coc Veng.
João Santos Filipe Manchete SociedadeZona A | Preços das habitações económicas até 2,37 milhões Em comparação com outras habitações económicas, o Instituto de Habitação admite que o preço pode ser mais elevado devido à localização dos prédios junto ao mar Entre 1,18 milhões e 2,37 milhões de patacas. São estes os preços que os candidatos escolhidos no concurso de 2019 de venda de habitação económica vão ter de pagar. O custo dos diferentes apartamentos foi revelado ontem, através de um despacho publicado no Boletim Oficial e de uma nota de imprensa do Instituto de Habitação. Numa altura em que se prevê que as casas fiquem concluídas até ao final do ano, o IH explicou que o preço foi definido tendo em consideração a “capacidade aquisitiva” dos compradores, “a localização dos edifícios”, “o ano de construção, a orientação e a localização das fracções na estrutura global do edifício, a área e tipologia das fracções”. Na informação foi igualmente indicado que a localização das casas foi um dos aspectos considerados, em comparação com outros concursos públicos de venda de habitação económica. “A Zona A, localizada a Leste da Península de Macau, está localizada ao redor do mar, e o seu ambiente habitacional é melhor do que o dos projectos de habitação económica anteriores”, foi justificado. A habitação económica é um tipo de habitação pública em que são vendidos apartamentos a residentes cujos rendimentos não são suficientes para comprarem uma habitação no mercado privado. Lista de compras No que diz respeito ao Lote B4, os preços dos apartamentos T1 variam entre 1,19 milhões e 1,35 milhões de patacas, dependendo do rendimento dos compradores. O custo dos apartamentos T2, varia entre 1,55 milhões e 1,68 milhões de patacas. Em relação aos apartamentos T3 no Lote B4 os compradores vão ter de pagar entre 1,93 milhões e 2,30 milhões de patacas. No Lote B9, os preços dos apartamentos T1 varia entre 1,18 milhões e 1,44 milhões de patacas, nos T2 entre 1,56 milhões e 1,81 milhões de patacas. Finalmente, nos T3, o custo vai dos 2,03 milhões de patacas aos 2,27 milhões de patacas. O último lote disponível é o B10, onde os preços de um T1 variam entre 1,22 milhões e 1,46 milhões de patacas. No caso dos T2, o custo vai ficar entre 1,59 milhões de patacas e 1,82 milhões, e nos T3 entre 2,06 milhões e 2,37 milhões de patacas. As regras do concurso de venda de habitação económica de 2019 permitem que as casas sejam vendidas no mercado privado, depois de passados 16 anos da compra. Contudo, como as vendas feitas pelo Governo incluem um desconto, no futuro, quando venderem os apartamentos, os proprietários têm de entregar um montante extra ao Governo, que varia entre 64,4 por cento a 64,5 por cento do valor da avaliação fiscal da fracção.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Expo Internacional no Venetian entre 26 e 28 de Abril Decorre entre os dias 26 e 28 de Abril a 12ª edição da Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau. O evento terá lugar no Venetian e tem como tema “Encontro na MITE: Descoberta, Intercâmbio, Interacção!”. Segundo um comunicado da Direcção dos Serviços de Turismo, a edição deste ano da feira terá uma área maior de exposição, com 30 mil metros quadrados, contando com o “Pavilhão da Gastronomia” e uma “Zona de Exposições 1+4”, numa referência ao plano de diversificação económica do Governo. Tanto o “Pavilhão da Gastronomia” como os espaços “A Adega” e “Rua de Macau” terão à venda produtos a 25 patacas para celebrar os 25 anos da RAEM, estando ainda previstos passeios de um dia pelo Interior da China. Para esta Expo o Governo convidou “mais de uma centena de representantes de associações de agências de viagens estrangeiras para visitar Macau, reunirem com os operadores turísticos locais e explorarem oportunidades de negócio”, uma estreia após a pandemia. A entrada em todos os eventos e na feira é gratuita.
João Santos Filipe Manchete SociedadeHospital Kiang Wu | Paciente suicida-se durante internamento O corpo da mulher de “meia idade” foi encontrado durante a madrugada de ontem na casa-de-banho de um quarto do Hospital Kiang Wu. Até ao fecho da edição do HM, os Serviços de Saúde não esclareceram se o caso vai resultar num inquérito Uma residente que estava hospitalizada numa instituição local cometeu suicídio durante a madrugada e o caso está a ser investigado pela Polícia Judiciária (PJ). A ocorrência foi divulgada ontem pela polícia, e o Kiang Wu é a instituição médica onde os factos ocorreram. Segundo o relato apresentado, o corpo da mulher foi encontrado na madrugada de ontem, na casa-de-banho de um quarto do Kiang Wu, quando o pessoal enfermeiro fazia a ronda matinal pelas diferentes instalações. As autoridades policiais foram alertadas para a situação por volta das 04h39. As autoridades deslocaram-se ao local e confirmaram o óbito, que aconteceu na casa-de-banho de um dos quartos, onde o corpo foi encontrado, de acordo com a versão do pessoal da enfermaria. Quando os funcionários do hospital se depararam com o corpo, chamaram um médico que tentou realizar manobras de reanimação, embora sem sucesso. “Depois de examinado o corpo, não foram encontradas lesões ou fracturas que levantem suspeitas. Não foi encontrado qualquer bilhete de suicídio no local”, comunicou a PJ. “A vítima era do sexo feminino, de meia-idade e residente em Macau. O caso está temporariamente registado como de descoberta de cadáver e a causa da morte ainda não foi determinada após exame forense”, foi acrescentado. A indicação de “meia-idade” implica pessoas com idade entre os 30 e 60 anos, de acordo com os critérios da secretaria para a Segurança. A identidade do hospital foi divulgada pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública, a primeira força da autoridade a chegar ao local, e pela Polícia Judiciária. À espera de explicações Após a ocorrência, o HM contactou os Serviços de Saúde (SS) para perceber as condições do incidente e perceber se ia ser instaurado um processo para averiguar o sucedido. O HM tentou igualmente perceber que medidas iam ser adoptadas para evitar este tipo de situações no futuro, mas até ao fecho da edição não foi recebida resposta. Nos últimos anos, o número de suicídios em Macau tem vindo a aumentar. No ano passado, suicidaram-se 88 pessoas em Macau, total que representou um aumento anual de 10 por cento em relação a 2022, que já tinha sido um ano dos mais mortais dos últimos 10 anos. Quando comparado com 2021, 2023 registou um aumento de suicídios de 46 por cento, e um aumento de 31 por cento face ao total de suicídios registados em 2019. O Governo tem destacado como principais causas do suicídio doenças mentais, doenças crónicas ou fisiológicas e problemas financeiros Todos aqueles que estejam emocionalmente angustiados ou considerem que se encontram numa situação de desespero devem ligar para a Linha Aberta “Esperança de vida da Caritas” através do telefone n.º 28525222 de forma a obter serviços de aconselhamento emocional.
Hoje Macau Manchete SociedadeJosé Cesário diz que proximidade com Macau é prioridade “É com muita honra que me dirijo aos portugueses residentes em Macau, todos eles, independentemente de terem nascido aí no território de Macau, em Portugal ou em qualquer outro ponto do mundo. Iniciei recentemente funções como secretário de Estados das Comunidades Portuguesas.” Foi desta forma que José Cesário endereçou os portugueses de Macau, desde que assumiu recentemente, pela quarta vez, a pasta de secretário de Estado das Comunidades do novo Governo recém-eleito liderado por Luís Montenegro. Em declarações ao Canal Macau da TDM, o político que exerce funções de deputado desde 1983 pelo Partido Social Democrata, indicou que irá “dialogar com as autoridades locais, de Macau, com as autoridades portuguesas em Macau”, sublinhando a necessidade de dar atenção à qualidade dos serviços consulares e ao funcionamento da Escola Portuguesa. O novo secretário de Estado afirmou que irá trabalhar com os conselheiros das comunidades, a quem destacou atribuir “uma importância fundamental na relação entre Portugal e os portugueses que estão fora”, sem comentar a queixa que a Comissão Nacional de Eleições apresentou ao Ministério Público contra Rita Santos e a Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau. Na mensagem difundida pelo canal público de televisão de Macau, José Cesário destacou ainda os dirigentes associativos como “parceiros fundamentais”, e prometeu “grande atenção, disponibilidade, trabalho e dedicação”. Sentir Portugal Falando de Macau, José Cesário afirmou ser um local especial onde se sente a portugalidade e o amor a Portugal, sublinhando que o estabelecimento de uma relação de proximidade será uma prioridade governativa. A entrada no Executivo de Montenegro marca a quarta vez que assume a parta da secretaria de Estado das Comunidades. A estreia aconteceu em 2022, no elenco do Governo liderado por Durão Barroso e a última foi em 2015, quando Pedro Passos Coelho era primeiro-ministro. Desta vez, foi eleito pela coligação Aliança Democrática (AD), que teve a lista mais votada no círculo da emigração Fora da Europa. No que diz respeito aos resultados na China, a AD foi a lista mais votada com 2.306 votos, o que representa 37,45 por cento do eleitorado, seguida pelos socialistas, com 745 votos (12,10 por cento). O Chega ficou em terceiro lugar com 330 votos (5,36 por cento).
Hoje Macau SociedadePonte Nobre de Carvalho | Encerramento prolongado até Maio As medidas provisórias de encerramento e proibição da circulação de peões nos dois lados da Ponte Governador Nobre de Carvalho foram prolongadas até 10 de Maio, de acordo com um comunicado da Direcção de Serviços de Obras Públicas (DSOP). “As obras de reparação da estrutura inferior da Ponte Governador Nobre de Carvalho tiveram início em Outubro do ano passado e, até ao momento, foram reparados 40 locais”, começou por explicar a DSOP, em comunicado. “Recentemente, o Laboratório de Engenharia Civil de Macau efectuou de novo uma inspecção visual em relação à estrutura inferior da respectiva ponte, tendo verificadas 25 novas partes que necessitam de tratamento […] ”, foi acrescentado. A DSOP garante ainda que face ao prolongamento da proibição, que serão afixados avisos no local, para que as pessoas saibam que podem ser multadas num valor próximo de 600 patacas, caso ignorem a proibição. “Durante a execução da obra, o empreiteiro irá instalar, conforme as exigências, as placas de alerta sobre a execução da obra na zona de execução, bem como proceder-se-á aos trabalhos de vedação provisória e a instalação de placas de sinalização de trânsito nas duas extremidades dos passeios da ponte”, foi indicado.
Hoje Macau SociedadeInflação | Macau e HK cada vez mais caros, diz economista Henry Lei, economista e docente na Universidade de Macau (UM), considera que tanto Macau como Hong Kong estão a ficar cada vez mais caros para os residentes. “Macau está a ficar cada vez mais caro, especialmente quando comparamos o custo de vida com Zhuhai e outras cidades na China. O nível de preços, até certo ponto, é muito próximo de Hong Kong”, disse, alertando para a crescente subida de preços nos últimos dez anos. “Se sairmos para um almoço simples num café ou restaurante local, já pagamos cerca de 80 por cento do preço de Hong Kong. Ou seja, Macau vai ficando cada vez mais caro, especialmente na última década”, afirmou à TDM – Rádio Macau. O especialista disse ainda concordar com as recentes declarações de Allan Zeman, presidente do grupo Lan Kwai Fong, que, ao canal RTHK de Hong Kong, disse que a indexação do dólar de Hong Kong ao americano é uma das grandes causas para o aumento dos preços. “O dólar de Hong Kong não está a reflectir as condições económicas locais, mas sim as dos Estados Unidos, tornando Hong Kong uma cidade demasiado cara”, disse Zeman. Henry Lei entende que a indexação, que também acontece com a pataca de Macau, “afecta a competitividade e capacidade de atracção”.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeSão Januário | Curto-circuito originou incêndio na madrugada de sábado Na madrugada de sábado, um incêndio no Centro Hospitalar Conde de São Januário obrigou à evacuação de uma enfermaria, sem que se tivessem registado consequências graves. A direcção do hospital exigiu um relatório sobre o sucedido à empresa que gere o sistema de reserva de energia Deflagrou na madrugada de sábado, por volta das 05h, um incêndio numa das enfermarias do Centro Hospitalar Conde de São Januário (CHCSJ). O incidente não resultou em mortos ou feridos, mas obrigou à retirada de 26 pessoas, incluindo 24 pacientes que se encontravam internados e dois familiares, que foram transferidos para outra ala do hospital, segundo informação divulgada no sábado pelos Serviços de Saúde. Um curto-circuito terá estado na origem do incidente, o que obrigou à actuação dos bombeiros que, rapidamente, conseguiram resolver a situação. Depois da limpeza do local, os pacientes e familiares voltaram à enfermaria, tendo o funcionamento do hospital regressado à normalidade. De frisar que esta ala de internamento é da especialidade de medicina interna. Pedido relatório As primeiras declarações sobre o ocorrido decorreram no sábado pouco tempo depois de ter sido reposta a normalidade do serviço. Ao canal chinês da Rádio Macau, Kuok Cheong U, director do hospital, disse que foi pedido um relatório detalhado à empresa responsável pela gestão do sistema de reserva de energia para obter respostas detalhadas sobre o ocorrido. Ainda assim, o responsável apontou que a causa para o curto-circuito poderá estar num dos componentes do referido sistema. O também sub-director dos Serviços de Saúde destacou ainda a rapidez com que foi extinto o incêndio, resultado da “eficácia” dos simulacros que regularmente são organizados no hospital para garantir a segurança de todos. Aos jornalistas o director do hospital falou ainda da afluência de pessoas ao serviço de urgência por causa da gripe ou covid-19, afirmando que não houve um aumento significativo.
Hoje Macau SociedadeJockey Clube | IAM recusa ficar com cavalos de cerimónia O Instituto para os Assuntos Municipais anunciou que não pode ficar com os três cavalos cerimoniais do Jockey Clube de Macau, e recusou que o cenário do abate em Macau dos animais esteja em cima da mesa. A posição foi tomada através de um comunicado, depois de um grupo online ter começado a recolher assinaturas para salvar os animais, por receio de abate. “De acordo com a resposta dada pelo Jockey Clube de Macau ao Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), os referidos cavalos são cavalos cerimoniais da propriedade do Jockey Clube de Macau, encontrando-se em curso a sua transferência para o exterior para continuarem a receber cuidados”, foi comunicado, depois do caso ter gerado controvérsia. O IAM apontou também estar a acompanhar a situação dos cavalos, indicando que os três animais estão numa cavalariça própria para animais reformados. “O IAM mantém-se atento à situação dos animais no recinto do Jockey Clube e enviou, há dias, médicos veterinários ao local para fiscalizar o estado de todos os cavalos, sendo o seu estado geral satisfatório. Actualmente, os três cavalos cerimoniais encontram-se na cavalariça dos cavalos aposentados”, indicou o IAM.
João Santos Filipe Manchete SociedadeAmbiente | Informação sobre cetáceo morto causa polémica Quando se discute o impacto ambiental do aterro-lixeira à frente das praias de Macau, o Governo mantêm-se em silêncio sobre descoberta de um cadáver de um boto-do-índico em Cheoc Van, após a informação ter sido divulgada por um grupo ecológico no Facebook No dia 31 de Março, um cadáver de um boto-do-índico foi encontrado na Praia de Cheoc Van. Contudo, a descoberta só foi tornada pública cinco dias depois por uma página de Facebook, o que está a gerar suspeitas de sonegação da informação por parte do Governo, devido ao projecto de construção do aterro-lixeira, que ameaça o habitat dos golfinhos brancos, partilhado com os botos-do-índico. O boto-do-índico é um cetáceo de cabeça arredondada e sem barbatana dorsal, “parente” afastado dos golfinhos. Os procedimentos foram questionados pela página de Facebook “Chief of Macau Ecology”, que surge apresentada como o trabalho de dois ecologistas locais, não identificados. De acordo com o relato, um dos dois responsáveis da página esteve em Cheoc Van no dia 31 de Março, pelas 09h30, quando o cadáver do boto-do-índico foi descoberto e removido uma hora depois por funcionários do Governo. O responsável conseguiu tirar fotografias do corpo do animal que é considerado uma espécie ameaçada. Apesar de terem a informação disponível, os ecologistas esperaram que o Governo comunicasse o acontecido, como sucede em outras ocasiões. Porém, desta vez, a informação nunca foi tornada pública, mesmo depois de a página ter partilhado o caso, a 4 de Abril, quase cinco dias depois da ocorrência. O procedimento mereceu críticas ao Governo: “A razão que nos levou a não publicar informação mais cedo, deveu-se ao facto de querermos dar a oportunidade ao Instituto para os Assuntos Municipais, porque tínhamos esperança que teriam a iniciativa de informar a população sobre o sucedido”, foi explicado. “Mas, sem que possamos dizer que é verdadeiramente uma surpresa, como podem ver, não existe nem uma palavra sobre o assunto. Tudo isto nos leva a acreditar que se não fosse a nossa página a ter um registo deste incidente, a população seria mantida no escuro e ninguém saberia da morte do boto-do-índico”, foi acrescentado. Tudo escondido A página levantou ainda dúvidas sobre o facto de este ano não haver qualquer tipo de notícias do Governo sobre a descoberta de carcaças de golfinhos brancos ou de botos-do-índico nas costas de Macau. Segundo a página, embora o facto possa corresponder a boas notícias, é pouco credível que corresponda à realidade, dadas as várias obras no território, que ameaçam os habitats destes animais, como a construção da Ponte Macau, ou circulação de várias embarcações pesadas no local. A página “Chief of Macau Ecology” lamenta também que em Macau não haja um registo público sobre os corpos de golfinhos brancos e botos-do-índico descobertos na zona costeira do território, ao contrário da prática de Hong Kong. Além disso, os ecologistas ligaram os procedimentos do Governo ao receios de que a divulgação deste tipo de informação aumente ainda mais a oposição contra o aterro-lixeira, que o Governo chamou de “Ilha Ecológica”. Segundo a Chief of Macau Ecology, é difícil evitar a ligação entre a sonegação da informação sobre o corpo do boto-do-índico e o comportamento assumido face aos resultados de um estudo da Universidade de Sun Yat-seng. Em 2016, esta instituição fez um estudo em que indica que o local onde vai ser construído o aterro-lixeira devia ser protegido e que a construção ameaça o habitat dos golfinhos brancos. O estudo foi mantido confidencial, até os seus resultados terem sido publicados na comunicação social.
Hoje Macau SociedadeDSAT | Mais de 12 mil não pagaram imposto de circulação Mais de 12 mil proprietários de veículos deixaram o imposto de circulação por pagar até à data limite, de acordo com um comunicado em língua chinesa da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT). O prazo para fazer o pagamento do imposto terminou a 2 de Abril, e a DSAT enviou um lembrete para os proprietários dos veículos que não efectuaram os pagamentos necessários. No nota de imprensa divulgada na sexta-feira, foi recordado aos proprietários que o Governo está a recorrer ao sistema de reconhecimento automático de veículos nos auto-silos públicos para identificar as viaturas a circular sem o pagamento de impostos e proceder às respectivas apreensões. “A DSAT apela aos proprietários dos veículos que não pagaram os respectivos impostos que não utilizem as viaturas ou estacionem nas ruas ou nos parques públicos. Aqueles que violarem estas normas vão ter os veículos apreendidos e vão ser multados”, foi alertado. Como resultado deste mecanismo, foram inspeccionados mais de 63 mil veículos, com pelo 88 a serem removidos dos parques de estacionamento. Além disso, as autoridades também estão a fazer campanhas nas ruas da cidade. A DSAT apelou igualmente aos proprietários que pretendam desfazer-se de viaturas que sigam os procedimentos legais recomendados, em vez de optarem pelo abandono.
Hoje Macau SociedadeAMCM | Depósitos dos residentes sobem 1 por cento No passado mês de Fevereiro, os depósitos de residentes cresceram 1 por cento, em comparação com Janeiro, e chegaram a 724,1 mil milhões de patacas, de acordo com a informação divulgada pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM). Por sua vez os depósitos de não-residentes decresceram 0,5 por cento, para 322,1 mil milhões de patacas, ao mesmo tempo que os depósitos do sector público na actividade bancária decresceram para 188,1 mil milhões de patacas, uma redução de 0,9 por cento em termos mensais. Como resultado, o total dos depósitos da actividade bancária registou um crescimento de 0,3 por cento quando comparado com o mês anterior, atingindo 1.234,4 mil milhões de patacas. A maior parte dos depósitos dizia respeito a dólares de Hong Kong, com uma proporção de 43,9 por cento. A segunda moeda mais popular para os depósitos são os dólares americanos, com uma proporção de 25,5 por cento, seguida pela pataca com 20,4 por cento. Apenas 8,2 por cento dos depósitos foram realizados em yuan.
João Santos Filipe Manchete SociedadeDSMG | Macau deve ser afectado por quatro a sete tufões este ano Segundo as estimativas dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos espera-se que “alguns” tufões cheguem ao nível de “tufão severo”, o segundo mais elevado da escala. Quanto às chuva, estimam-se níveis normais, mas podem ocorrer fenómenos extremos Deverão passar por Macau entre quatro a sete tufões ao longo deste ano, de acordo com a previsão da Direcção dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (DSMG), divulgada na sexta-feira. As estimativas apontam para que a época de tufões comece na segunda quinzena de Junho. “Com base nas previsões da Direcção dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos, a época de tufões do corrente ano terá início na segunda quinzena de Junho ou depois desta, sendo ambas mais tardias do que o estado médio do clima”, foi revelado em comunicado. “Macau poderá ser afectado por cerca de 4 a 7 tempestades tropicais, sendo um número normal, e alguma delas podem atingir o nível de tufão severo ou superior”, foi acrescentado. O nível de “tufão severo” é o segundo mais elevado da escala, sendo que acima deste apenas existe a classificação de “super tufão”. Face ao aquecimento global, a DSMG espera que a temperatura ao longo do Verão seja “relativamente alta”, o que foi considerado “normal”, assim com os níveis de precipitação, que devem ficar dentro da expectativa da época. “Ao mesmo tempo, sob a grande tendência do aquecimento global, prevê-se que a temperatura média da época das chuvas (Abril a Setembro) deste ano seja de normal a relativamente alta. A precipitação acumulada será normal, ainda assim podem ocorrer processo de precipitação extremamente forte”, foi indicado. Impacto do aquecimento Apesar das previsões se enquadrarem nos padrões considerados normais, a nível das chuvas e temperaturas, os DSMG não deixam de reconhecer que o aquecimento global se está a fazer sentir. A afirmação é sustentada com base no número de vezes, nos anos mais recentes, em que foi içado o sinal número 10 em Macau, o mais elevado da escala de alerta para tempestades tropicais. “Nos últimos anos, o impacto das alterações climáticas em Macau tornou-se mais significativo. Se fizermos uma retrospectiva, em 2023, o número de tempestades tropicais formadas no Pacífico Noroeste foi apenas de 17, sendo um número relativamente menor que os valores médios (média climática é de 25,1), no entanto, houve 5 tempestades tropicais que afectaram Macau, sendo um número normal”, foi explicado. “No entanto, foi necessário emitir o sinal n.º 8 ou o sinal n.º superior, por 3 vezes, sendo este número muito superior ao valor médio climático de 1,4 vezes. O super tufão Saola foi a quarta tempestade tropical a obrigar à emissão do sinal 10 nos últimos sete anos”, foi argumentado. Face ao cenário traçado, as autoridades pedem à população que se prepare o mais depressa possível: “Tendo em conta que Macau vai entrar em breve na época de chuvas e tufões, a Direcção dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos apela à população que tome medidas de prevenção contra tempestades tropicais e inundações o mais rápido possível.”
João Santos Filipe Manchete SociedadeTurismo | Gastos aquém das expectativas deixam comerciantes em apuros Muitos turistas, poucas compras. É este o cenário traçado por Lei Cheok Kuan, presidente da Federação da Indústria e Comércio de Macau, que avisa que muitos negócios só não fecham portas na zona norte da cidade, porque não têm dinheiro para pagar os empréstimos contraídos Durante o período da Páscoa, o território atraiu mais de 400 mil turistas. Porém, para os comerciantes a situação pouco mudou, e as vendas estão cada vez mais fracas, em comparação com o passado. O cenário sobre as dificuldades do comércio local foi traçado por Lei Cheok Kuan, presidente da Federação da Indústria e Comércio de Macau Centro e Sul Distritos, em declarações ao Jornal Exmoo. Segundo o dirigente associativo, o período da Páscoa foi positivo, porque “houve muito movimento de pessoas”, mas lamentou a situação actual porque “em termos de dinheiro não foi uma fase próspera”. Lei Cheok Kuan elogiou ainda o trabalho das autoridades, que considerou estarem a fazer os “melhores esforços” para atraírem mais visitantes para Macau. Contudo, quando fez um balanço do período de Páscoa, não deixou de lamentar que o dinheiro não esteja a chegar aos comerciantes. Na perspectiva do dirigente associativo, as dificuldades prendem-se com o facto de os turistas que entram no território terem menor poder de compra e estarem menos dispostos a consumir, face ao que acontece no passado. Lei descreveu também que actualmente entre 10 turistas, apenas um ou dois gastam ao ponto de deixarem a cidade carregados com sacos. No passado, indicou o dirigente, o número de turistas carregados com sacos chegava aos sete ou oito. Apesar deste cenário, o presidente da Federação da Indústria e Comércio de Macau Centro e Sul Distritos mostrou compreensão face aos novos hábitos de consumo, e reconheceu que para os turistas a situação económica é cada vez mais difícil, e que é lógico que poupem mais. “Como as pessoas estão pessimistas e não sabem o dia de amanhã, é natural que poupem mais”, vincou. A duas velocidades Fora das áreas turísticas a situação é ainda mais dramática. Segundo Lei Cheok Kuan, se por um lado, nas zonas turísticas o consumo é cada vez mais reduzido, por outro, nos bairros residências, o comércio local “passa dias sem ver qualquer cliente”. Lei Cheok Kuan confessou ainda que desde o Ano Novo Lunar vários negócios desistiram e fecharam portas. E mais só não fecham, indicou o responsável, porque nesse caso têm de pagar os empréstimos bancários de uma só vez, e não têm dinheiro. A situação gerou mesmo a criação de um grupo no Facebook que acompanha os negócios mais recentes a fecharem as portas. A juntar às perdas do comércio local, Lei Cheok Kuan indica que a situação no mercado imobiliário é insustentável. De acordo com o presidente da associação, os senhorios mostram-se irredutíveis com as rendas, e mesmo com crise querem aumentar os valores cobrados. Por outro lado, o dirigente apelou ao Governo para disponibilizar formação para as Pequenas e Médias Empresas sobre o consumo electrónico e novas estratégias, dado que o ambiente comercial está a sofrer uma revolução e nem todos têm capacidade para se adaptar.