Hoje Macau SociedadeIncêndio| Fogo causado por sobreaquecimento de aparelho [dropcap]D[/dropcap]eflagrou, no passado sábado, um incêndio no terraço do edifício Wang Heng na Rua Um do Bairro da Concórdia, na zona de Fai Chi Kei, que levou mais de vinte residentes a serem retirados das suas casas. De acordo com o canal chinês da Rádio Macau, o Corpo de Bombeiros (CB) acredita que a causa esteve no sobreaquecimento de um aparelho eléctrico que terá sido esquecido ligado à corrente, pelo proprietário.
Hoje Macau SociedadeATFPM | Aniversário celebrado com 1600 pessoas [dropcap]A[/dropcap] Associação de Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM) realizou um evento para comemorar o seu 31.º aniversário, assim como o 19.º ano da criação da RAEM, que contou com a presença de 1.600 pessoas. Entre os convidados que compareceram ao jantar na Torre de Macau esteve o Chefe do Executivo, Chui Sai On. Durante o discurso das celebrações, Rita Santos, presidente da Assembleia Geral, agradeceu ao líder do Governo de Macau pelo aumento da compensação pecuniária para 10 mil patacas e a actualização dos salários na função pública no valor de 3,5 por cento. Ainda de acordo com Rita Santos, a ATFPM conta actualmente com 16.532 sócios.
João Santos Filipe SociedadeBoBo | Corpo de urso vai ser transportado para museu em Coloane No sábado o Jardim da Flora foi palco de um encontro de pessoas que se manifestaram contra o embalsamento de BoBo. Foram recolhidas, pelo menos, 400 assinaturas para serem entregues ao Governo, uma acção que ainda não terminou [dropcap]D[/dropcap]epois de ser embalsamado, o corpo do urso BoBo vai ser colocado numa casa-museu em Coloane. O projecto está definido e segundo o presidente do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), José Tavares, o concurso público para o novo espaço deve ser lançado durante o primeiro trimestre do próximo ano. No entanto, a proposta não conta com o apoio de oito associações de protecção dos direitos do animais, mas mesmo assim, o Governo está determinado a levá-la avante. Além de BoBo, outros animais embalsamados vão estar expostos neste espaço, que o Executivo espera vir a ser um centro para a promoção do conhecimento e protecção dos animais. “O corpo do BoBo vai ser exposto num futuro museu que vamos edificar em Coloane. Temos o projecto mais ou menos feito. Estamos a tentar lançar o concurso no primeiro trimestre do próximo ano e vamos ver se fica concluído no último semestre”, disse José Tavares, citado pela TDM – Rádio Macau. As palavras do presidente do IACM foram proferidas na sexta-feira, antes da realização de uma reunião no Jardim da Flora, antiga morada de BoBo, para reunir assinaturas contra a intenção do Governo. Questionado sobre o assunto, José Tavares mostrou determinação em levar avante a intenção do Executivo de Chui Sai On. “Julgo que vamos manter a decisão. Foi tomada logo no início e vamos continuar com ela. Respeitamos a manifestação, é um direito civil, desde que respeite o quadro legal, e respeitamos a opinião das pessoas”, sublinhou José Tavares, em relação aos manifestantes. 400 assinaturas No sábado, a manifestação promovida por oito associações, incluindo a Associação de Protecção aos Animais Abandonados de Macau (AAPAM, em inglês), reuniu, pelo menos, 400 assinaturas. Quando a presidente da AAPAM, Yoko Choi, falou com o HM, as contas ainda não estavam fechadas. A recolha vai prosseguir ao longo desta semana, até serem entregues todas as assinaturas na Sede do Governo. A manifestação aconteceu entre as 16h e as 17h, no Jardim da Flora, junto da antiga habitação de BoBo. Porém, as pessoas puderam assinar o documento para ser entregue ao Governo entre as 14h e as 20h. No final, Yoko Choi fez um balanço positivo da iniciativa: “Correu muito bem porque as pessoas quiseram falar, por sua iniciativa, das memórias que têm do BoBo. Sentimos que houve participação espontânea e algumas intervenções comoveram mesmo os presentes”, afirmou Yoko Choi, ao HM. No entanto, a presidente da AAPAM mostrou-se pessimista na possibilidade do Governo reverter a decisão tomada. “Sabemos que o Governo não vai voltar atrás. Mas precisamos de sair e vir a público dizer que não concordamos com o que fazem e na forma como actuam sem ouvir as pessoas. Se não mostrarmos desta vez que não concordamos com o que fazem, no futuro vão continuar a agir desta forma, como se não tivessem de ouvir a população”, defendeu. A representante da AAPAM revelou ainda que não acredita que os verdadeiros amantes dos direitos dos animais visitem o futuro museu. Não só porque Coloane é considerado um lugar demasiado longe para os residentes da Península, mas também porque ver o BoBo embalsamado “só vai contribuir para que as pessoas fiquem mais zangadas”.
Hoje Macau SociedadePortuguesa IGHS adquire EC Medical Center de Macau [dropcap]A[/dropcap] empresa de saúde de Coimbra IGHS adquiriu a EC Medical Center de Macau, passando a deter a totalidade do capital da clínica detida pelo Chow Tai Fook, um dos maiores grupos económicos de vizinha região de Hong Kong. O anúncio foi feito pela empresa do grupo português Idealmed em comunicado enviado na sexta-feira à agência Lusa. De recordar que, em meados de Outubro, o presidente do conselho de administração, José Alexandre Cunha, adiantou ao HM, que a IGHS se preparava para assumir a gestão de uma clínica em Macau, cujo nome não foi revelado por estarem a ser ultimados os detalhes do acordo. Esta transação marca “o início de uma parceria que visa replicar o conceito a implementar em Macau nas principais cidades asiáticas, estando já identificadas a cidades de Singapura, Kuala Lumpur e Xangai”, refere a mesma nota. O processo de aquisição da EC Medical Center surgiu na sequência da assinatura, no início do ano, de um protocolo de colaboração com a Universidade de Macau. Um acordo que – segundo explicou o mesmo responsável ao HM – visa “desenvolver parcerias ou trabalhos que possam ser interessantes e estabelecer a ponte com instituições do mercado internacional”. Tal surge em linha com o que sucede em Portugal, onde há “uma relação muito estreita com o meio académico”, indicou então o presidente do conselho de administração da IGHS, manifestando vontade de alargar acordos de parceria nomeadamente à Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Macau. A IGHS, que assume a internacionalização do conceito de Unidades de Saúde iniciado com a Idealmed, grupo de saúde de Coimbra, conta actualmente com projectos no Médio Oriente, nomeadamente em Omã e no Qatar. Em Muscat, a empresa está a construir o maior hospital privado, com inauguração prevista para o final do próximo ano.
Victor Ng SociedadePonte HKZM | 4000 veículos com dupla matrícula em trânsito entre Macau e Zhuhai Foram 4000 as autorizações emitidas por Guangdong e Macau para a circulação de veículos com dupla matrícula na Ponte HKZM. A medida faz parte da primeira fase de atribuição de autorizações a todos os veículos particulares de dupla matrícula e que permite o uso da ponte entre Zhuhai e o território [dropcap]O[/dropcap] primeiro grupo de 4000 veículos particulares com matrícula dupla de Macau e de Guangdong foi autorizado, no passado sábado, a circular entre o território e Zhuhai através da Ponte HKZM, com isenção de averbamentos. A quantidade de pessoas a optar por esta via ficou, porém, aquém das expectativas, refere o Jornal Ou Mun, sendo que “até às cinco da tarde do dia 1, circularam entre Zhuhai e Macau algumas dezenas de carros particulares”. No entanto, as autoridades esperam que o número de veículos aumente à medida que as pessoas mudem os seus hábitos, aponta a mesma fonte. A liberalização da circulação na Ponte HKZM foi uma medida anunciada pelo Departamento de Gestão de Trânsito dos Serviços de Segurança Pública da Província de Guangdong, a fim de facilitar o intercâmbio de pessoas entre as duas regiões. As autorizações vão ser concedidas de forma faseada, com isenção de averbamentos e dirigem-se aos veículos particulares, com dupla matrícula, e veículos de serviços públicos que pretendam atravessar a fronteira entre Macau e Zhuhai através dos postos fronteiriços da Ponte HKZM. Estes veículos circulam actualmente através de outros postos fronteiriços. A medida entrou em vigor no passado dia 1 de Dezembro, e abrange os transportes com o documento de autorização válido de 1 de Outubro a 31 de Dezembro de 2018 (incluindo os veículos que realizaram ou estão em processo de prolongação do documento de autorização) e todos os transportes de serviços públicos de Macau e de Guangdong. De acordo com a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego, embora estes veículos possam deslocar-se da fronteira de Macau para Zhuhai através dos postos fronteiriços da Ponte HKZM, não podem dirigir-se ao posto fronteiriço de Hong Kong sem possuir quota e licença de Hong Kong. O representante de Macau na Assembleia Popular Nacional, Lao Ngai Leong, referiu ao Jornal Ou Mun que concorda com a medida que permite uma maior circulação de carros entre Macau e Guangdong, até porque se trata de uma forma de reduzir a pressão existente no posto fronteiriço das Portas do Cerco. Por outro lado, apontou, é ainda um meio para melhor aproveitar a própria ponte e as infra-estruturas da ilha artificial. “Espero que, a curto prazo, todos os veículos com matrículas duplas possam deslocar-se entre Guangdong e Macau através do acesso na Ilha Artificial”, afirmou.
Hoje Macau SociedadeEducação Sexual | DSEJ afasta a criação de disciplina escolar [dropcap]O[/dropcap] director dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ), Lou Pak Sang, considera que não deve existir uma disciplina independente dedicada à educação sexual. De acordo com o Jornal Ou Mun, o responsável justificou a decisão por se tratar de uma matéria em que estão envolvidos conhecimentos de várias áreas. Lou Pak Sang acrescentou que a DSEJ elaborou quatro materiais auxiliares para a abordagem da educação sexual que estão a ser adoptados por 90 por cento das escolas.
Sofia Margarida Mota SociedadeSaúde | Centro de Apoio à Demência inaugurado dia 15 [dropcap]N[/dropcap]o dia 15 de Dezembro, o Centro de Avaliação Conjunta Pediátrica será transferido para o Centro de Saúde da Ilha Verde onde será inaugurado o Centro de Apoio à Demência, revela um comunicado dos Serviços de Saúde (SS). O Centro de Apoio à Demência vai “fornecer serviços como consulta e aconselhamento, educação em saúde, treino e tratamento não medicamentoso para pacientes com demência de grau leve a moderada e as suas famílias”. Segundo o responsável pela unidade de saúde, Lo Iek Long, “existem cerca de 300 casos novos confirmados de demência em Macau e, com o passar dos anos, a RAEM está a tornar-se numa sociedade envelhecida, e é expectável que o número de novos diagnósticos aumente significativamente nos próximos anos”. O responsável recordou ainda que desde a criação do Centro de Avaliação e Tratamento de Demência em 2016, o tempo de espera para diagnóstico reduziu de seis meses para menos de 1 mês e o número de pacientes diagnosticados com demência aumentou de 1000 para mais de 2000. Para o responsável do Centro de Avaliação Conjunta Pediátrica, Tai Wa Hou, “as instalações do Centro de Saúde da Ilha Verde quase duplicam a área das actuais, passando a contar com 14 salas clínicas e salas de tratamento”, revela o comunicado dos SS. Desde Junho de 2016, o centro recebeu cerca de 3000 casos. Em Macau, anualmente, nascem perto de 7.000 bebés, dos quais 6 a 8 por cento têm deficiências de desenvolvimento, estimando-se que 400 a 500 crianças precisem de ser avaliadas e tratadas todos os anos, apontam os SS.
Diana do Mar SociedadeReceitas dos casinos cresceram 8,5 por cento em Novembro [dropcap]O[/dropcap]s casinos fecharam o mês de Novembro com receitas de 24,995 milhões de patacas, mais 8,5 por cento que em igual período do ano passado, indicam dados publicados, no sábado, pela Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ). No acumulado de Janeiro a Novembro, os casinos encaixaram receitas de 276,378 milhões de patacas, mais 13,7 por cento do que nos primeiros onze meses de 2017. O crescimento de Novembro superou o de Outubro (2,6 por cento), mas as receitas ficaram bastante aquém daquele que foi mês que conquistou o melhor desempenho dos últimos quatro anos (27,328 milhões de patacas). Em termos acumulados, as receitas dos primeiros 11 meses ultrapassaram o arrecadado em todo o ano passado (265,743 milhões de patacas). O valor encaixado entre Janeiro e Novembro também supera amplamente as previsões orçamentais para o próximo ano. Segundo a proposta de lei de Orçamento para 2019, o Governo, que normalmente adopta uma postura conservadora, espera arrecadar 91 mil milhões de patacas em impostos directos sobre o jogo, o que significa que estima que os casinos fechem 2019 com receitas brutas na ordem dos 260.000 milhões de patacas.
Andreia Sofia Silva SociedadeSacos de plástico | DSPA diz que cobrança de taxas “não é o mais importante” A Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental defende que a cobrança de taxas pelo uso de sacos de plástico “não é o mais importante” e que importa continuar a aposta na sensibilização. Ainda assim, vão ser implementados programas para controlar o uso de embalagens e garrafas descartáveis [dropcap]A[/dropcap] sociedade civil tem vindo a exigir ao Governo a obrigatoriedade de cobrança de taxas pelo uso de sacos de plástico mas, apesar dessa matéria estar a ser legislada, a verdade é que a Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) considera mais importante a aposta na sensibilização. “A legislação é uma das formas [de combater o uso do plástico], mas o mais importante não é a cobrança de taxas mas sim a sensibilização”, apontou Ieong Kin Si, chefe do departamento de sensibilização, educação e cooperação ambiental da DSPA. Apesar disso, a cobrança de taxas deverá mesmo avançar, apesar da responsável não ter apontado um valor. “Estamos a proceder à respectiva legislação e depois serão pagas taxas nas lojas de retalho. Desta forma, queremos reduzir o uso dos sacos. Já antes colaborámos com padarias e supermercados”, apontou. Ieong Kin Si referiu que mais de 260 mil pessoas participaram numa actividade em prol da redução do uso dos sacos, que premeia boas práticas ambientais. “Esse número de participantes está a aumentar, há uma maior sensibilidade”, garantiu. A chefe de departamento não adiantou uma data para a conclusão do projecto de lei, que está a ser elaborado desde Março deste ano. No último relatório das Linhas de Acção Governativa (LAG) para 2019, o Chefe do Executivo prometeu medidas para reduzir e reciclar garrafas de plástico. Estas medidas foram anunciadas na sexta-feira pela DSPA, que promete instalar, numa primeira fase, 13 bebedouros de água em vários locais, sendo que três deles já funcionam nas instalações deste serviço público. Um desses bebedouros foi colocado no festival de gastronomia, que decorreu recentemente no lago Sai Van, e que levou à poupança de 4400 garrafas de água. Controlar o tapao Outra medida criada pela DSPA para a redução do plástico, e que deverá entrar em vigor já em Dezembro, tem como nome “A vida sem plástico é muito fácil”. A iniciativa visa estabelecer parcerias com associações, “operadoras de aplicações de encomenda de comida e lojas”. Sempre que o cliente optar por não consumir produtos de plástico nos locais aderentes, recebe um carimbo no talão de compra. Quando chegar aos dez carimbos, pode trocar os talões por um pacote de utensílios de mesa ecológicos. Mais de 110 estabelecimentos comerciais já aderiram a esta iniciativa, entre eles a cadeia Pizza Hut, Pacific Coffee, Koi Café e Associação de Restauração de Macau. Contudo, os restaurantes ainda não participam. “Esperamos que os restaurantes possam vir a colaborar nesta acção. Prevemos que até 2019 possamos colaborar com mais lojas e restaurantes para que usem estes materiais ecológicos”, adiantou Ieong Kin Si. Outra das medidas é a criação de “supermercados ecológicos”, que será lançada no próximo ano em parceria com a Associação dos Merceeiros e Quinquilheiros de Macau. “Estamos a ver como será lançado este projecto para a redução dos resíduos”, referiu a chefe de departamento da DSPA.
Hoje Macau SociedadeMais de três mil registos para doação de órgãos [dropcap]O[/dropcap]s Serviços de Saúde (SSM) revelaram que desde a criação de base de dados de doadores de órgãos que mais de três mil pessoas se registaram. Segundo Tai Wa Hou, membro da equipa de trabalho dedicada ao transplante de órgãos dos SSM, a situação superou a expectativa e já foram emitidos cerca de 1,5 mil cartões de doadores. De acordo com o canal chinês da Rádio Macau, o representante do mecanismo da base de dados referiu ainda que de entre os mais de três mil indivíduos registados para doação de órgãos, 80 por cento inscreveram-se online. A maioria são jovens e aproximadamente dois mil dos inscritos são do sexo feminino. Ainda assim, Tai Wa Hou adiantou que o Governo está a estudar introduzir alterações à lei com o objectivo de facilitar o registo para doação de órgãos. Por outro lado, Tai Wa Hou divulgou que actualmente em Macau há cerca de 700 cidadãos que recebem tratamento de diálise, de entre os quais cerca de 200 pessoas necessitam de transplante de rins. Segundo o mesmo responsável, o Governo está a organizar as cirurgias de acordo com a situação destes doentes.
Hoje Macau Manchete SociedadeIPOR é “instrumento fortíssimo” para divulgar português, diz presidente do Instituto Camões [dropcap]A[/dropcap] China está disposta a investir “fortemente, com recursos humanos e financeiros” no ensino do português e será um “bom parceiro nessa área”, disse hoje em entrevista à Lusa o presidente do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua portuguesa. “É evidente que a China, como uma grande potência, tem interesses no Brasil e em África e, por isso, quer expandir o seu conhecimento da língua portuguesa e nós, conhecendo isso, tentamos com a nossa oferta ir ao encontro dessa procura”, afirmou o embaixador Luís Faro Ramos, que este mês completou um ano como presidente do Camões. Com o Instituto Português do Oriente (IPOR), controlado pelo Camões e Fundação Oriente, em Macau, Faro Ramos considera que Portugal tem “um instrumento fortíssimo” de divulgação da língua portuguesa na região. “E não estamos a falar só na China, mas em toda a região da Ásia Pacífico”, ressalvou. Segundo o embaixador, neste momento há mais de 30 universidades chinesas que querem ensinar o português. “O interesse pelo português na China explodiu. O IPOR ajuda muito com o seu corpo de cerca de 20 professores e tem parcerias com instituições de Macau e da China. E seguramente os números do ensino da língua vão crescer muito”, afirma. A visita de Xi Faro Ramos falava à Lusa em vésperas da visita do Presidente chinês a Portugal, que se realiza entre os dias 4 e 5 de Dezembro. “Há uma constatação, que penso que vai ser reforçada, quando o Presidente da China vier a Portugal, da importância para a China da aprendizagem da língua portuguesa”, adiantou o presidente do Camões, que referiu que não está prevista a assinatura de acordos neste domínio. Para Faro Ramos, 2019 vai ser mesmo “o ano da China” em vários aspectos: depois de este ano terminar com a visita do Presidente chinês a Lisboa comemoram-se no próximo ano os 20 anos da passagem da administração de Macau de Portugal para a China. Mas não é só pela China que os números do ensino do português pelo mundo vão crescer. “O Zimbabué foi um dos países que manifestou interesse em que o português passe a fazer parte dos currículos de ensino nas suas escolas públicas”, revelou o presidente do Camões. Em 2018, o português foi integrado no ensino escolar na Venezuela e em breve vai integrar os currículos escolares da Argélia. E está a caminho também das escolas da África do Sul, disse, referindo ainda a Costa do Marfim como outro país onde o português passará a ser ensinado nas escolas. Isto acontece, assegura, sem um esforço financeiro adicional para o Estado português. “O que é fantástico, porque é um assumir por parte das autoridades que recebem o português da importância da nossa língua. Hoje, o português é uma língua global com valências na área da ciência, da economia e da cultura”, afirmou.
Hoje Macau SociedadeReceios da comunidade portuguesa deram lugar a nova geração de quadros liberais Quase 20 anos após a transição de Macau para a China, o receio sentido pela comunidade portuguesa deu lugar a uma nova geração de quadros liberais, disseram à Lusa Amélia António e Jorge Neto Valente [dropcap]A[/dropcap] presidente da Casa de Portugal em Macau, Amélia António, afirmou à Lusa que “a comunidade portuguesa retraiu-se imenso durante esse período pós 1999, as pessoas sentiam-se inquietas, não sabiam como é que as coisas iam evoluir e refugiavam-se muito no seu círculo de amigos”. “Muita gente ligada à administração foi saindo”, explicou o presidente da Associação dos Advogados de Macau, Jorge Neto Valente, a única associação pública profissional do território. A 13 de Abril de 1987, Cavaco Silva assinou em Pequim, enquanto primeiro-ministro de Portugal, a declaração conjunta luso-chinesa sobre a transferência da administração do território de Macau para a China até 20 de Dezembro de 1999, o início de um futuro incerto para muitos portugueses, que na sua maioria trabalhava na administração. Amélia António, que vive em Macau desde 1982 e que foi a primeira mulher a exercer advocacia no território, considerou que a Casa de Portugal, criada em 2001 e presidida pela advogada desde 2005, foi fundamental para a libertação cultural e para que a comunidade portuguesa conseguisse abraçar o novo papel que lhe estava destinado. “Não havia entidade nenhuma que promovesse e tivesse ligação com a presença e com a cultura portuguesa”, disse a presidente da associação, que aposta no desenvolvimento pessoal e na formação técnica dos seus associados através de cursos de artes plásticas, multimédia, cerâmica, fotografia, entre outros, mas também através do desporto, como as aulas de futebol, e das comemorações das datas mais importantes de Portugal. As profissões que acolhem mais portugueses continuam a ser a advocacia, engenharia, medicina e arquitectura, afirmaram os dois líderes associativos, mas mais recentemente, a partir do início da crise económica em Portugal em 2011, “têm vindo muitos portugueses para fora da administração, nomeadamente em empresas comerciais, de várias actividades, apontou Neto Valente. “O aumento dos portugueses nota-se mais quando em Portugal há mais dificuldade na economia”, afirmou o presidente da Associação dos Advogados, que vive em Macau há cerca de 48 anos. Na mesma linha de raciocínio, Amélia António indicou: “as pessoas que agora vêm é gente muito mais nova com formação em muitas áreas diferentes” e que recentemente têm trabalhado cada vez mais nas concessionárias do jogo. Língua de direito De acordo com dados disponibilizados à Lusa pelos serviços consulares do Consulado Geral de Portugal em Macau e Hong Kong, estão inscritos no Consulado mais de 160 mil cidadãos titulares de passaporte português e cerca de 5 mil cidadãos nascidos em Portugal. Os passaportes portugueses – com direitos de cidadania plena – foram concedidos a qualquer pessoa nascida antes de 20 de Novembro de 1981, e a nacionalidade portuguesa foi garantida aos filhos dessas pessoas, daí a existência de mais de 160 mil cidadãos titulares de passaporte português. Da passagem da administração portuguesa ficou, entre outros, os edifícios coloniais, a calçada portuguesa, os azulejos, mas também património imaterial como a língua portuguesa, que continua a ser oficial nos serviços públicos e o direito, que é de matriz portuguesa. “Há um grande interesse pela língua portuguesa, para a prática do direito, que é de matriz portuguesa e que é um direito que tem acesso a fontes doutrinárias portuguesas, há muitas obras jurídicas em português, sobre o direito português, mas que é transponível para Macau”, explicou o presidente da Associação dos Advogados. “Ainda hoje se recorre muito à jurisprudência dos tribunais portugueses”, indicou. Este ano, o Governo de Macau limitou a investigação e os julgamentos em casos que envolvam a segurança do Estado apenas a magistrados do Ministério Público e juízes com cidadania chinesa, o que na opinião de Neto Valente “é um erro tremendo e é contra a Lei Básica”. Ao abrigo da Lei Básica, sob o enquadramento “um país, dois sistemas”, que permite ao território manter as suas características próprias até 2049. “Durante 50 anos [de 1999 a 2049] a Lei Básica garante que um sistema anterior, sistema capitalista, não será alterado e que não vão ser aplicados em Macau as políticas socialistas (…) mas não diz lá que continua a ser igual a antes de Dezembro de 1999, porque o objectivo da China é absorver e integrar Macau”, considera Neto Valente. Apesar disso, o responsável pela Associação dos Advogados afirmou que o estabelecimento de Macau, por parte de Pequim, em 2003, como plataforma para a cooperação económica e comercial com os países de língua portuguesa “é importante porque é uma forma de criar mais ligações ao mundo falante de português”, o que, na sua opinião é “um aspecto de valorização da língua portuguesa”. “Mas para ser falante de português não é preciso ser português e os chineses estão a investir muito na aprendizagem do português por chineses”, disse.
João Santos Filipe SociedadePortas do Cerco | Terminal de autocarros reabre a 15 de Dezembro Mais de um ano depois, 13 carreiras vão voltar a circular e a parar no terminal das Portas do Cerco. Além disso, nos fins-de-semana e feriados os autocarros das excursões vão ficar proibidos de circular nas intermediações do terminal [dropcap]O[/dropcap] terminal de autocarros das Portas do Cerco vai reabrir a 15 de Dezembro, com 13 carreiras. A revelação foi feita, ontem, pelo Director dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), Lam Hin San. “A partir do dia 15 de Dezembro, são 24 carreiras as que vão utilizar as imediações do terminal como paragem. Depois, as carreiras que vão parar no terminal das Portas do Cerco serão 13”, disse Lam Hin San, no final de uma reunião do Conselho Consultivo de Trânsito. “Por enquanto, vão ser 13 carreiras a utilizar o terminal, que tem uma média de 170 mil passageiros por dia”, acrescentou. Segundo as informações disponibilizadas, os autocarros número 1 (Barra – Av. Tamagnini Barbosa), 3 (Porto Exterior – Istmo F. Amaral), 10 (Barra – Av. Tamagnini Barbosa), 25 (Av. Tamagnini Barbosa – Vila de Coloane), 25B (Rua dos Currais – Rotunda Flor de Lótus), AP1 (Portas do Cerco – Aeroporto de Macau) e MT4 (Parque Sun Yat Sen – Terminal da Taipa) vão ter as Portas do Cerco como paragem inicial. Já as carreiras 17 (Jardim Camões – Centro Cultural), 27 (Ilha Verde – Areia Preta), 30 (Rua Lei Pou Chon – Taipa), 34 (R. Marginal do Canal das Hortas – Jardins do Oceano) e 51A (The Praia – Av. Vale das Borboletas). Finalmente, a carreira 3X (Praça Ferreira Amaral – Istmo Ferreira do Amaral) vai utilizar o terminal como última paragem. Além da reabertura do trânsito no terminal das Portas do Cerco, a partir de 8 de Dezembro, nos fins-de-semana e feriados, os autocarros de turismo para as excursões ficam igualmente proibidos de circular perto do terminal, entre as 16h e as 20h. “É uma medida para aliviar a pressão do trânsito”, explicou Lam Hin San. “Passo a passo queremos fazer com que as excursões utilizem antes a fronteira da Ponte Hong Kong – Zhuhai – Macau”, clarificou. Maior frequência Por outro lado, o director da DSAT admitiu que vai pedir à empresa responsável pelos autocarros que fazem a travessia da nova ponte que aumentem a frequência. Após a abertura da ponte houve queixas sobre o número insuficiente de autocarros, o que fez inclusive com que vários turistas do Interior da China se vissem forçados a ficar por Macau, no último fim-de-semana, quando pretendiam deslocar-se para Hong Kong. Ainda sobre a ponte, Lam Hin San explicou a existência de veículos de Hong Kong que circulam em Macau sem matrícula do território. “De acordo com a legislação em vigor, há uma matrícula electrónica. Os carros de Hong Kong apenas precisam de ter a matrícula da RAEHK e os carros de Macau também não precisam de meter a matrícula de Hong Kong”, clarificou. Contudo, o director da DSAT garantiu também que estas pessoas têm de cumprir as leis e que vão ser sancionadas como qualquer condutor em Macau. Inspecções privadas O Governo está a preparar a abertura do sector da inspecção de veículos a empresas privadas. O cenário foi avançado, ontem, por Lam Hin San, que explicou que actualmente o Executivo faz a inspecção de 100 mil veículos por ano. Com a abertura do sector, existe a expectativa de reduzir a carga do trabalho do Governo, ao mesmo tempo que se acelera o processo para os proprietários de veículos. Lam frisou ainda que é comum que em outros países e regiões sejam os privados a fazer a inspecção. Parquímetros electrónicos Os parquímetros do estacionamento vão passar a ter de incluir obrigatoriamente meio de pagamento electrónico. Segundo Lam Hin San, o regulamento para os parques de estacionamento vai ser alterado. Uma das mudanças em perspetiva é tornar obrigatória a possibilidade de usar meios de pagamento alternativos às moedas. Além disso, o Governo quer utilizar os terrenos recuperados, enquanto ainda aguardam pelos projectos de aproveitamento, para o estacionamento de viaturas, de forma temporária. Flor de Lótus mais cara As empresas TCM e Estrada para Veículos Ki-Kuan pediram e o Governo acedeu. A partir do próximo sábado o bilhete de autocarro para atravessar a Ponte da Flor de Lótus, no Cotai, vai aumentar para seis patacas, quando actualmente o custo é cinco. Este é o primeiro aumento desde 2016, explicado com os custos crescentes. “A DSAT procedeu à análise do pedido e verificou, relativamente ao Índice de Preços no Consumidor Geral e ao preço do gasóleo leve para veículos, aumentos de 3,3 por cento e de 6,3 por cento, respectivamente, quando comparado com o mesmo período do ano passado”, foi dito.
João Luz SociedadeCCCC Highway ganha concurso para conceber túnel entre Macau e Taipa [dropcap]A[/dropcap] CCCC Highway Consultants Co ganhou a adjudicação para conceber o projecto preliminar e sondagem geotécnica do Túnel Subaquático junto à Ponte Governador Nobre de Carvalho. O estudo de viabilidade da obra foi adjudicado à mesma empresa. A gigante estatal CCCC Highway Consultants teve a seu cargo infra-estruturas de grande relevo, ao abrigo da política “Uma Faixa, Uma Rota” A concepção preliminar, sondagem geotécnica e estudo temático do túnel subaquático junto à Ponte Governador Nobre de Carvalho vai custar 99.270 milhões de patacas. A adjudicação foi atribuída à sucursal de Macau da CCCC Highway Consultants, que terá 800 dias para concluir os trabalhos. A gigante estatal tem tido a seu cargo inúmeros projectos em Macau, incluindo o estudo de viabilidade para a construção de dois túneis junto à referida ponte, adjudicado em Junho de 2016. Este trabalho vai custar, até 2020, mais de 7.2 milhões de patacas aos cofres do Executivo. Em Maio deste ano, a mesma empresa ganhou a adjudicação para a elaboração do projecto da rede viária na periferia dos pontos de partida e de chegada da quarta ponte Macau – Taipa, no valor de quase 55 milhões de patacas. Milhões em festa No rescaldo da recente visita de Xi Jinping às Filipinas, no meio do anúncio de vários projectos conjuntos que aumentam a influência de Pequim no disputado Mar do Sul da China, foram firmados acordos que envolvem a CCCC Highway Consultants. A gigante estatal ficou dois estudos de viabilidade para infra-estruturas de dimensão considerável. Um dos trabalhos é autoestrada de Davao, com 26 quilómetros de extensão, e que terá o valor de quase 30 milhões de patacas. O outro estudo vai aferir a viabilidade do projecto de construção das pontes entre as ilhas Panay-Guimaras-Negros, num prazo de 14 meses. Em Janeiro último, um consórcio de que CCCC Highway Consultants faz parte ganhou a adjudicação de uma obra milionária na Croácia, uma ponte que irá custar 346 milhões de dólares americanos aos cofres públicos do país banhado pelo Adriático. A construtora estatal chinesa tem sido uma das empresas beneficiadas pelos projectos estabelecidos ao abrigo da política “Uma Faixa, Uma Rota”, com obras feitas em locais tão distintos como Panamá, Tadjiquistão, Angola, Malásia. A empresa teve como accionistas Li Ka Shing, que já foi considerado o homem mais rico de Hong Kong, e Joseph Lau, empresário de Hong Kong condenado por corrupção em Macau.
Hoje Macau SociedadeFuncionário de oficina de automóveis detido por burla de 400 mil patacas [dropcap]A[/dropcap] Polícia Judiciária (PJ) deteve um trabalhador de uma oficina de reparação de automóveis por suspeita de burla de seis proprietários de veículos danificados durante a passagem do tufão Hato, no valor de 400 mil patacas. De acordo com o canal chinês da Rádio Macau, a PJ recebeu, de Dezembro de 2017 a Março deste ano, seis denúncias de proprietários que pagaram cada um entre 20 mil e 60 mil patacas depois de deixarem os carros danificados numa oficina situada na Areia Preta. Segundo a mesma fonte, os veículos nunca reparados. Após investigação, a PJ apurou que os carros se encontravam estacionados num auto-silo na Praça de Ponte e Horta ainda danificados. O suspeito, de 43 anos, foi detido na passada terça-feira depois de entrar em Macau pela fronteira das Portas do Cerco.
Hoje Macau SociedadeResidente de Hong Kong condenado por tráfico de droga [dropcap]U[/dropcap]m jovem de Hong Kong foi condenado a sete anos de pena de prisão pelo crime de tráfico de estupefacientes. De acordo com o Jornal Ou Mun, o jovem com 27 anos, em colaboração com outros dois homens, transportava cocaína para Macau recebendo 2000 dólares de Hong Kong pelo serviço. O detido foi apanhado no posto fronteiriço do Terminal Marítimo de Passageiros do Porto Exterior por agentes dos Serviços de Alfândega na posse de uma grande quantidade de cocaína.
Andreia Sofia Silva SociedadeCabo Verde | Sustentabilidade do banco de David Chow continua por provar [dropcap]O[/dropcap] empresário David Chow não conseguiu ainda a autorização para estabelecer o Banco Sino-Atlântico em Cabo Verde por ter apresentado um pedido com dados incompletos, o que não permite às autoridades cabo-verdianas comprovarem a sustentabilidade do futuro banco. A notícia foi avançada ontem pelo Jornal Económico, que cita um comunicado do Banco de Cabo Verde. O pedido da Macau Legend Development não continha “todos os elementos legalmente exigidos supratranscritos, razão pela qual, até hoje, não foi permitida a devida análise e correspondente decisão por parte do Banco de Cabo Verde”, pode ler-se no comunicado. A empresa fez o pedido inicial em Fevereiro do ano passado, mas este continha várias lacunas “de ordem formal e material”, tendo David Chow sido informado, em Março, da necessidade de apresentação de mais dados. Cinco meses depois o empresário terá enviado mais documentos, mas não enviou todos os que eram pedidos pelo Banco de Cabo Verde para finalizar o processo. “Foram apontadas as insuficiências de ordem estratégica, económica, operacional e prudencial que não permitem aferir a sustentabilidade do projecto do Banco Sino-Atlântico”, acrescentou o mesmo comunicado. O banco central reagiu a uma notícia do jornal cabo-verdiano A Nação, que escreveu que “o Banco de Cabo Verde se apresenta neste momento como um obstáculo intransponível para o banco Sino-Atlântico”. Apesar das autoridades de Cabo Verde terem assinado um memorando de entendimento com a Macau Legend Development relativamente a projectos de investimento de vária ordem, que, além do banco, incluem a construção de um resort no Ilhéu de Santa Maria, há ainda várias arestas por limar. “Tendo em conta que tal estabilidade depende, também, da influência que os principais acionistas possam exercer na atividade das instituições financeiras, o rigor na avaliação e na monitorização dos acionistas qualificados promotores de projetos no sistema financeiro nacional consubstancia-se numa regra prudencial fundamental”, explica o banco central. Na edição do passado dia 23, o jornal A Nação escreveu ainda na primeira página que os investimentos de David Chow estão “em risco de serem desviados para Moçambique”, dada a existência de “novos obstáculos nos projectos de David Chow”. O HM tentou esclarecer estas informações junto do empresário, mas não foi possível estabelecer contacto.
Hoje Macau SociedadeGuangdong trava excursões de apenas um dia ao fim de semana para Hong Kong e a Macau [dropcap]A[/dropcap]s autoridades da província chinesa de Guangdong pediram às agências de viagens daquela região para porem fim às excursões de um dia, durante o fim de semana, para Hong Kong e a Macau, foi hoje noticiado. De acordo com o jornal South China Morning Post (SCMP), a decisão da Secretaria de Turismo da província pretende reduzir a presença de turistas e o tráfego oriundo da mega ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau. De 17 de outubro a 1 de Novembro, foram emitidos por Guangdong mais de 1,78 milhões de vistos para Hong Kong e Macau, na maioria pedidos por aposentados, um aumento de 26,6% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com departamento de segurança da província. O Departamento de Cultura e Turismo da Província de Guangdong, citado pelo SCMP, disse ter tomado medidas para “reduzir ainda mais a pressão sobre os portos e áreas adjacentes”. A medida procura encorajar a organização de “viagens de qualidade que durem dois dias ou mais”, argumentaram as autoridades da província, que apelaram às autoridades de turismo municipais para monitorizarem de perto as agências de viagens. Desde que a travessia foi aberta ao tráfego, no dia 24 de Outubro, um grande número de visitantes ‘invadiu’ o bairro normalmente calmo de Tung Chung, na ilha de Lantau, Hong Kong, lotando os autocarros e esvaziando as prateleiras das lojas. Os meios de comunicação social de Hong Kong têm denunciado a existência de operadores turísticos ilegais da China continental. A maior travessia marítima do mundo que liga Macau, Hong Kong e a cidade chinesa de Zhuhai, inaugurada pelo Presidente chinês, é considerada uma infraestrutura fundamental para o projeto da Grande Baía que visa criar uma metrópole mundial a partir das regiões administrativas especiais e nove localidades da província de Guangdong (Cantão, Shenzhen, Zhuhai, Foshan, Huizhou, Dongguan, Zhongshan, Jiangmen e Zhaoqing), com cerca de 68 milhões de habitantes.
Hoje Macau SociedadeMacau regista crescimento de 23,9% nas importações de países lusófonos [dropcap]M[/dropcap]acau importou até Outubro mercadorias dos países lusófonos no valor de 646 milhões de patacas, um crescimento de 23,9% em comparação a igual período de 2017, informaram hoje as autoridades. Já as exportações de Macau para os países de língua portuguesa cresceram significativamente nos primeiros dez meses do ano, mas o défice da balança comercial com os países lusófonos continua a aumentar. Segundo a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), Macau exportou para os países lusófonos mercadorias no valor de 24 milhões de patacas, um aumento de 3.499%, face a igual período do ano passado, mas muito inferior aos 646 milhões de patacas em produtos importados. No total, as exportações do território subiram 8% até ao final de outubro, para 10,13 mil milhões de patacas, mas o défice da balança comercial continua a aumentar fruto do crescimento das importações em 23,1%, para 64,19 mil milhões de patacas. As exportações para a China continental atingiram, no período em análise, 1,71 mil milhões de patacas, uma quebra de 4,2% face a idêntico período do ano passado. Por outro lado, o valor das exportações para as nove províncias do Delta do Rio das Pérolas, vizinhas de Macau, no sul do país, cresceu 5,3% para 1,66 mil milhões de patacas. As exportações para Hong Kong e União Europeia registaram uma subida de 15,5% e 2,2%, respectivamente. Já as vendas para os Estados Unidos caíram 31,3%. O valor total do comércio externo de mercadorias em Macau, entre Janeiro e Outubro, correspondeu a 84,44 mil milhões de patacas, mais 19,6% face ao período idêntico de 2017.
Hoje Macau SociedadeAutoridade Monetária de Macau e Banco de Portugal assinam acordo de cooperação [dropcap]A[/dropcap] Autoridade Monetária de Macau (AMCM) e o Banco de Portugal assinaram um acordo de cooperação para facilitar o intercâmbio de quadros e informações na área financeira, anunciou hoje a AMCM. O acordo foi assinado pelo presidente do conselho de administração da AMCM, Chan Sau San, e pelo governador do Banco de Portugal, Carlos da Silva Costa, pode ler-se no comunicado divulgado pela AMCM. O acordo, para além de facilitar o intercâmbio de quadros e informações na área financeira, inclui também a realização de conferências ou reuniões e formação profissional. Ambas as partes assumiram ainda o compromisso de encetarem encontros periódicos de alto nível. “O âmbito de cooperação abrange as diversas atribuições do Banco de Portugal e da AMCM, na qualidade do banco central de Portugal e de autoridade de supervisão nas áreas monetária e financeira de Macau, respectivamente”, apontou o AMCM.
Hoje Macau SociedadePSP detém 33 pessoas nas zonas do Cotai e NAPE [dropcap]A[/dropcap] Polícia de Segurança Pública (PSP) deteve um total de 33 pessoas nas zonas do Cotai e NAPE esta semana, entre domingo e segunda-feira, em acções de combate ao crime. Segundo um comunicado oficial da PSP, houve dois indivíduos detidos por alegadamente estarem envolvidos em actividades ilegais de troca de dinheiro, 12 pessoas pela prática de prostituição e 19 que terão participado em actividades ilegais ligadas ao jogo. As autoridades afirmaram ainda que os casos vão continuar a ser investigados.
João Santos Filipe SociedadeCEM lança expansão da Central Térmica de Coloane Raimundo do Rosário esteve presente na cerimónia e deixou em aberto a hipótese de subida do preço da electricidade em 2019. “Logo veremos”, respondeu quando questionado sobre o assunto [dropcap]O[/dropcap] reforço da aposta na energia verde e na produção local de electricidade. É desta forma que os responsáveis da Companhia de Electricidade de Macau (CEM) definiram o novo projecto de expansão da Central Térmica de Coloane, cuja cerimónia de lançamento se realizou ontem. O custo da obra está estimado entre 2,7 mil milhões patacas e 3 mil milhões patacas e os trabalhos deverão estar finalizados em 2022. “Depois da nova unidade de geração a gás natural estar em funcionamento, a capacidade de produção de energia local aumentará significativamente. Contribuirá para 30 por cento do consumo total de energia, enquanto a proporção pode ser aumentada para 50 por cento em caso de emergência, podendo fazer face a situação de condições meteorológicas extremas de forma mais eficaz no futuro”, disse o presidente do Conselho de Administração da CEM, Fu Jianguo, no discurso da cerimónia. “Juntamente com a terceira interligação [ao Interior da China para a importação de energia] de 220kV com a China Southern Grid, a estabilidade geral do fornecimento de energia pode ser significativamente melhorada”, acrescentou. Mais tarde, em declarações aos jornalistas, o vice-presidente do Conselho de Administração, João Marques da Cruz, aprofundou os aspectos ecológicos. “Uma parte da actual capacidade de energia produzida utiliza tecnologias que não são as mais modernas e que têm níveis de poluição razoavelmente acentuados. Por isso, o que vamos fazer é substituir essa capacidade mais poluente, por um ciclo combinado, usando gás natural, que tem uma redução em alguns poluentes de 90 por cento, mas que na média tem uma redução de 50 por cento”, explicou. “A ideia é antiga e corresponde a uma necessidade. Estamos perto do Cotai, com todos aqueles hotéis fantásticos e não é correcto num lugar turístico ter uma fonte poluidora”, frisou. Preços podem aumentar Também Raimundo do Rosário, secretário para os Transportes e Obras Públicas, esteve presente na cerimónia. No final, garantiu que a extensão não vai resultar em preços mais altos, mas que poderá haver outros motivos para que isso aconteça. “Ainda não sabemos se vai haver aumentos [devido a extensão da central térmica]. Mas penso que a electricidade não vai ficar mais cara, o que não quer dizer que a energia não possa aumentar. Há muitos anos que não é aumentada”, apontou. Questionado sobre se ia haver uma aumento em 2019, deixou a dúvida no ar: “logo veremos”, respondeu. No entanto, o Governo não está a contar com um aumento motivado pelo preço das matérias primas ou aumentos no Interior da China, causados pela guerra comercial com os EUA. “Neste momento, não vejo nuvens negras no horizonte. Mas estas coisas, como sabem, evoluem. Não é um assunto concluído. Mas neste momento não prevejo um aumento”, afirmou Raimundo do Rosário. A cerimónia de início da extensão da nova fase da central térmica foi realizada no mesmo dia em que também se celebrou o início das operações da obra original, há 40 anos. Confiança em renovação da concessão A actual concessão da CEM termina em 2025. No entanto, a empresa está confiante que o contrato possa ser renovado por mais 15 anos. “A partir de 2025 podem acontecer duas coisas, uma é que a CEM continuar a ter a concessão, uma coisa que desejamos e que tudo faremos para que aconteça”, afirmou o vice-presidente do Conselho de Administração, João Marques da Cruz. “Se a concessão acabar, todos os activos vão ser transferidos para o novo concessionário. Mas estamos muito confiantes que a CEM vai continuar a servir Macau nos 15 anos seguintes após 2025”, acrescentou. Cão não preocupa “As pessoas podem estar descansadas. O que aconteceu foi um acidente e os acidentes, infelizmente, ocorrem. Penso que a CEM já está a tratar do assunto, já fez inclusive um comunicado e vai continuar a investigar o caso”, disse o secretário para os Transportes e Obras Públicas, sobre o cão chamado Beethoven que morreu, depois de ter entrado em contacto com um poste de um candeeiro público. “Lamento o sucedido”, frisou. Do lado da CEM, João Marques da Cruz também abordou o assunto: “O nível de incidentes na nossa rede é baixíssimo, comparado com os indicadores internacionais e compara muito bem com Hong Kong. Os acidentes podem acontecer. É lamentável, mas não devemos concluir que a nossa rede não é segura”, disse o responsável da CEM.
Hoje Macau Sociedade‘Croupier’ condenada a um ano e meio de prisão por furto de fichas [dropcap]U[/dropcap]ma ‘croupier’, de 44 anos, foi condenada recentemente a uma pena de prisão efectiva de um ano e seis meses por peculato, após ter furtado fichas de jogo no valor de 450 mil dólares de Hong Kong, bem como a compensar o casino onde trabalhava. Segundo noticiou ontem o jornal Ou Mun, em 2014, a ‘croupier’, terá subtraído fichas de jogo avaliadas em 100 mil dólares e, posteriormente, desviado outras no valor de 350 mil dólares de Hong Kong. O crime foi descoberto por um funcionário através do sistema de videovigilância.
Andreia Sofia Silva SociedadeGoverno recupera terreno em Hac-Sá ocupado de forma ilegal [dropcap]O[/dropcap] Governo recuperou um terreno localizado na povoação de Hac-Sá, em Coloane, e que faz parte de um conjunto de terrenos cuja recuperação foi reivindicada pelos deputados Ella Lei e Leong Sun Iok, ligados à Federação das Associações dos Operários de Macau. De acordo com um comunicado da Direcção de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), foram instaurados vários processos na recuperação do terreno, uma vez que “vários espaços verdes tinham sido destruídos”. O espaço estava ilegalmente ocupado, sendo que no início do ano “estavam a ser realizadas no terreno obras de nivelamento sem a devida licença de obra, tendo-se verificado que a área do terreno ilegalmente ocupado tinha sido aumentada”. Apesar da DSSOPT ter decretado uma suspensão das obras, a verdade é que “os infractores não só menosprezaram essas ordens como aceleraram o ritmo de execução das obras, tendo aterrado uma parte do terreno onde antes se encontrava um tanque”. Multas aplicadas Depois dos ocupantes ilegais terem continuado as obras, a DSSOPT resolveu fazer uma visita ao local, tendo descoberto que o terreno “estava dividido em diversas zonas, as quais dispunham de entradas e saídas, que serviam sobretudo para depósito de materiais, máquinas e materiais diversos”. “Além disso, constatou-se também que no terreno foram construídas barracas metálicas e uma edificação clandestina e que uma das zonas estava a ser utilizada para depósito e outra para a exploração de uma churrasqueira”, aponta ainda o comunicado. Os ocupantes do terreno ficam sujeitos ao pagamento de uma multa que corresponde não apenas à área ocupada mas também relativa às obras de demolição. Concluído o processo, “o terreno será entregue aos serviços competentes para efeitos de gestão”.