Fundo de Indústrias Culturais aprovam 15 projectos no primeiro semestre

[dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]oda, música, dança, programas e jogos. São estas as áreas de investimento das pequenas e médias empresas (PME) que pediram apoio financeiro ao Fundo das Indústrias Culturais (FIC). Ontem foram divulgados os dados mais recentes que mostram que, no primeiro semestre deste ano, foram aprovados 15 projectos que representam um investimento de dinheiros públicos de 33 milhões de patacas pela via dos empréstimos sem juros.

De acordo com um comunicado, registou-se este ano “um aumento do número de candidaturas”. Além disso, “a percentagem dos projectos de empréstimo sem juros obteve um notável aumento, tendo atingido 25 milhões, enquanto que o valor de subsídio a fundo perdido foi de 8 milhões, o que conduziu ao investimento de 120 milhões nos projectos comerciais”.

O FIC assegurou que este programa tem tido bons resultados, uma vez que existem “projectos na área do design que vendem os seus produtos online e no exterior, e que foram distinguidos com prémios internacionais”. Houve uma empresa de fotografia que “obteve o reconhecimento internacional e que fornece equipamentos profissionais”, bem como empresas ligadas à área da comunicação que “fornecem serviços de produção de media aos clientes dos hotéis temáticos e parques temáticos” ou que desenvolvem projectos em Hong Kong e na Malásia.

Empregos criativos

Outro dos resultados práticos verificados pelo FIC é que os 34 projectos comerciais financiados com empréstimos sem juros criaram um total de 700 postos de trabalho que, na sua maioria, são da área de produção de multimédia.

No que diz respeito à fiscalização, foram recebidos no primeiro semestre deste ano 34 relatórios. Os “projectos beneficiários foram executados em conformidade com os planos previstos, com o valor total de investimento efectivo de 123 milhões, dos quais, 102 milhões são do fundo das próprias empresas (incluindo o valor de cerca de 30 milhões na modalidade de apoio de empréstimo sem juros, fornecido pelo FIC e a ser devolvido), ocupando 83 por cento do valor total de investimento”.

A maioria dos empréstimos foi devolvida de forma atempada, num valor de 5,4 milhões de patacas no primeiro semestre. “Para assegurar a utilização apropriada do erário público, o FIC fixou normas para a apreciação e aprovação de empréstimo e fiscalização de devolução de prestações das empresas”, lê-se no comunicado ontem divulgado.

O FIC criou ainda o “Programa Específico de Apoio Financeiro para a Criatividade Cultural nos Bairros Comunitários”, cujo prazo de candidaturas decorre até Setembro. Os últimos dados disponíveis mostram que “os candidatos são provenientes principalmente do sector da restauração, comércio e retalho relacionados com a produção alimentar”, além de que as lojas candidatas têm décadas de funcionamento.

 

FIC | Criado plano de apoio para criação de novas marcas

O Fundo das Indústrias Culturais (FIC) apresentou ontem um projecto para a implementação de novas marcas no mercado com o nome “Programa Específico de Apoio Financeiro para a Construção de Marcas”. De acordo com um comunicado, o programa “visa apoiar os sectores profissionais de moda/vestuário, design, exposições e espectáculos culturais, programas televisivos e filmagem, incentivando a cooperação entre sectores e a exploração do mercado”. O objectivo é a participação em feiras e outras exposições, em particular tendo em conta o projecto da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e as regiões inseridas na outra política do continente “Uma Faixa, Uma Rota”. As candidaturas arrancam hoje e podem ser feitas até ao dia 31 de Outubro deste ano. O valor máximo do apoio financeiro a conceder é de cinco milhões de patacas para cinco projectos que devem ser concluídos ou concretizados no prazo de dois anos.

1 Ago 2018

Lai Chi Vun | Governo toma posição e avança com classificação dos estaleiros

[dropcap style=’circle’] O [/dropcap] Instituto Cultural decidiu ir contra a opinião da maioria dos membros do Conselho do Património Cultural e vai mesmo avançar para a classificação e preservação dos estaleiros de Lai Chi Vun. O plano preliminar divide-se em cinco zonas, quatro de
preservação e uma de protecção, cuja área foi alargada face ao que já estava definido.

O lugar onde outrora se construíram juncos de madeira e que é um retrato vivo da indústria naval de Macau vai mesmo ser revitalizado e preservado. Depois de muita tinta corrida, mudanças de opinião, consultas públicas feitas, chega agora a evidência de que os estaleiros de Lai Chi Vun vão mesmo ser protegidos. O Instituto Cultural (IC) apresentou ontem um plano preliminar aos membros do Conselho do Património Cultural sobre o assunto.
A tomada de posição do IC vai contra as conclusões retiradas da última reunião deste Conselho, uma vez que mais de 80 por cento dos seus membros votaram contra a classificação dos estaleiros que materializam as recordações da industrial naval do território. Isto depois do Governo ter mostrado intenções de preservar o local e de se ter realizado uma consulta pública que também pediu o mesmo fim.
Até 15 de Dezembro, ou mesmo antes, o IC irá classificar quatro zonas dos estaleiros como “sítios”, termo que, de acordo com a lei de salvaguarda do património em vigor, é um lugar com “obras do homem ou obras conjugadas do homem e da natureza, notáveis pelo seu interesse cultural relevante, incluindo os locais de interesse arqueológico”.
A quinta zona será protegida, com uma área de protecção que agora é superior à proposta inicial e não pode ter edifícios com mais de 8,9 metros de altura, de acordo com uma circular interna que foi implementada pela Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) em 2009.
Além dessa zona de protecção, o IC definiu mais quatro zonas classificadas como “sítio” que prevêem a preservação de estruturas, incluindo o ambiente marítimo envolvente. De acordo com o plano prévio ontem mostrado aos jornalistas, nestas quatro áreas serão preservadas a estrutura da antiga fábrica de calafete (que compreende três lotes de terreno), a “reestruturação e revitalização de acordo com as características dos estaleiros” e a “manutenção das características dos espaços abertos”. Quanto ao espaço marítimo envolvente, também deve ser preservado, sendo que quaisquer infra-estruturas que venham a ser erguidas devem respeitar este factor.
“As águas circundantes foram mencionadas na nossa consulta pública e exigimos que têm de ser mantidas as suas características. No futuro, se as instalações não prejudicarem as águas, vamos deixar que continuem”, explicou a vice-presidente do IC, Leong Wai Man.
Mantém-se também as intenções do Governo de transformar os antigos estaleiros numa zona cultural e turística. Porém, a construção de hotéis não é, para já, uma possibilidade.
“A instalação de hotéis não é um ponto que vamos propor, e focamo-nos na criação de museus para mostrar o fabrico de barcos de madeira e salas de exposições, ligado às indústrias criativas. Será um local mais orientado para o lazer”, frisou a vice-presidente do IC.
“Teremos de ver como vai ser feito, no futuro, o plano de revitalização, mas esse será um passo dado mais à frente. Estamos neste momento a seguir apenas o procedimento de classificação”, adiantou Leong Wai Man.
Mok Ian Ian, presidente do IC, explicou ainda que muitos dos membros do conselho do património cultural concordaram com esta preservação feita por zonas. “Em relação à restauração dividida por várias zonas, muitos dos membros concordaram com estas opiniões. No futuro, a conservação e revitalização desta zona vai ter em conta toda a zona dos estaleiros.”

Demolições sem certezas
Em Março do ano passado as autoridades realizaram a demolição de dois estaleiros, um processo que foi travado posteriormente. Com este novo plano preliminar, o IC não revela ainda uma posição oficial quanto à possibilidade de serem demolidas mais estruturas.
“O que temos proposto até agora é como podemos manter a parte dos estaleiros e a revitalização de outros estaleiros. De acordo com as condições que propomos, a concepção vai incluir arquitectos e engenheiros e depois de uma avaliação talvez possamos saber melhor como vai ser feita a revitalização. Vamos pensar melhor se, no futuro, há necessidade de demolição. Este é um projecto futuro e preliminar e não temos ainda qualquer certeza, só temos aqui os padrões que devem ser cumpridos”, explicou a vice-presidente do IC.
Ainda assim, a responsável frisou que “o ideal é que seja feita uma revitalização”. “Não temos ainda definido quais os estaleiros que vão ser demolidos, porque as atribuições do IC são apenas para o procedimento de classificação”, frisou Leong Wai Man.

Marreiros queria mais
Outro ponto que também mereceu a concordância dos membros do conselho foi o alargamento da zona de protecção. O arquitecto Carlos Marreiros, que pertence a este conselho, disse ao HM que, por ele, esta zona seria mais alargada.
“Penso que a área de protecção poderia ser ainda maior, poderíamos ser um pouco mais ambiciosos, embora o passo que foi dado já seja positivo e é um bom exemplo de respeito pela opinião pública.”
Para o arquitecto, que foi um dos quatro membros do conselho que defenderam a classificação dos estaleiros, esta decisão do IC “é a mais correcta”, tendo em conta tudo o que se fez até aqui.
“Além de terem sido contactados vários especialistas, fez-se uma consulta pública e esta revelou que 80 por cento votou pela classificação dos estaleiros e zona envolvente. Só me resta aplaudir esta tomada de posição do IC, porque claramente a classificação do sítio é importante para um novo desenvolvimento com reabilitação, integração paisagística e a musealização parcial.”
Carlos Marreiros lembrou que os estaleiros contam inclusivamente a história da ligação que Macau sempre teve, por mar, às restantes regiões do sul da China e até do sudeste asiático.
Pode, assim, ser feita a “introdução de elementos que aglutinem memórias colectivas, quer do sítio quer das actividades de construção naval que existiam naquela zona e as ligações ao sul da China e alguns países do sudeste asiático”, além de se “revisitar a memória desta cultura dos juncos, que foram importantes na história da orla marítima de Macau”.
O arquitecto acredita que a preservação dos estaleiros dá a Coloane o espaço museológico que as ilhas necessitam. “Será um atractivo para as ilhas e é também importante para que a população de Macau compreenda as suas raízes e para uma maior fixação identitária da população das ilhas. Há o museu das ilhas, mas a Taipa e Coloane precisam de mais estudos e museus, equipamentos culturais desta natureza”, rematou.

IC e a Rainha D. Leonor

Na reunião do Conselho do Património Cultural de ontem foi também discutido o assunto do edifício Rainha D. Leonor. Apesar de já ter sido emitida uma planta de condições urbanísticas para o projecto avançar, e de não ser certa, para já, a demolição do edifício de arquitectura modernista, o IC ainda está a analisar um relatório entregue pela Docomomo. Leong Wai Man acrescentou que ainda não há detalhes que possam ser revelados sobre esse processo.

Conselho do Património Cultural | Assuntos “privados” e portas fechadas

As primeiras reuniões do sempre foram abertas à imprensa, algo que deixou de acontecer nos últimos encontros. Confrontada ontem com esta questão, Leong Wai Man referiu que estão em causa “assuntos privados” que não podem ser discutidos publicamente.
“Nas reuniões temos de tratar de assuntos mais privados, pelo que não podemos deixar que a reunião seja aberta aos jornalistas. Depois fazemos sempre uma conferência de imprensa. Nestas reuniões, os assuntos privados talvez incluam proprietários a título individual e não podemos deixar que estas informações sejam divulgadas publicamente.”
Leong Wai Man nada disse, contudo, quanto à possibilidade de existirem conflitos de interesse, uma vez que alguns membros do Conselho que se mostraram contra a classificação poderiam ter interesses em construir na zona de Lai Chi Vun. “Até agora ainda não recebemos qualquer declaração de interesses. De cada vez que iniciamos reunião o nosso secretário fala da agenda desse dia e os membros têm o tempo suficiente para fazer a declaração de interesses”, adiantou a vice-presidente do IC.
Carlos Marreiros lembrou que apenas algumas reuniões foram abertas aos jornalistas e frisou que, até ao momento, não notou qualquer conflito de interesses. “Não tenho conhecimento de qualquer intromissão de interesses privados em questões do património, em particular no caso de Lai Chi Vun. Essa resposta só pode ser dada pelo Governo, mas que eu saiba nem todos os plenários foram públicos”, disse ao HM.

1 Ago 2018

Trocas fiscais | Convenção da OCDE em vigor a 1 de Setembro

[dropcap style=’circle’] A [/dropcap] Convenção Multilateral sobre Assistência Mútua Administrativa em Matéria Fiscal vai ser aplicada em Macau a partir de 1 de Setembro, anunciou ontem o gabinete do secretário para a Economia e Finanças, dando conta de que o Governo Popular Central anunciou uma declaração governamental relativa à aplicação daquele instrumento jurídico da OCDE que visa facilitar a troca de informações em matéria fiscal e a cobrança de impostos a nível internacional. A convenção abarca uma série de modalidades de cooperação, tais como a troca de informações a pedido, espontânea ou automática.

Em comunicado, o gabinete de Lionel Leong, destaca que a extensão da aplicação a Macau “permite não só estabelecer uma boa base legal para a RAEM dar cumprimento à promessa internacional em matéria da troca de informações fiscais, mas também demonstrar, plenamente, à comunidade internacional a atitude da RAEM em participar de forma activa na cooperação fiscal e os resultados dos trabalhos realizados”.

Na mesma nota, refere-se também que o Governo celebrou ainda o Acordo sobre Autoridades Multilaterais Competentes para a Troca Automática de Informações Fiscais Relativas às Contas Financeiras e que “completou o procedimento de apreciação efectuado pelas organizações internacionais sobre a capacidade da RAEM na implementação dos padrões em relação à transparência tributária e da erosão da base tributária e transferência de lucros, entre outros”. Neste âmbito, diz o mesmo comunicado, a China autorizou a RAEM a negociar e a assinar acordos em matéria fiscal com os países de língua portuguesa e territórios vizinhos.

31 Jul 2018

Saúde | Novo centro de saúde da Ilha Verde abre hoje portas

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] novo centro de saúde da Ilha Verde abre hoje portas ao público a partir das 14h30. De acordo com um comunicado dos Serviços de Saúde de Macau (SSM), este é o terceiro espaço do género criado na zona norte.

O centro de saúde abrange a população residente das zonas da Ilha Verde, Toi San, Areia Preta e Iao Hon. O mesmo comunicado aponta que, até Dezembro do ano passado, estavam registados 290 mil utentes no centro de saúde de Fai Chi Kei e no centro de saúde da Areia Preta. Após a redistribuição de áreas, serão atendidos uma média de 90 mil a 100 mil utentes em cada um dos três centros de saúde da Zona Norte. “Esta reorganização possibilitara que os utentes desta área passem a ter cuidados de saúde primários mais convenientes e melhores”, apontam os SSM.

O novo espaço dispõe de serviços de cuidados de saúde primários, tais como saúde para adultos (Consulta Externa de Geriatria e exames físicos), saúde infantil, saúde pré-natal, saúde para mulheres, serviços de medicina tradicional chinesa, saúde oral, cuidados de enfermagem (incluindo troca de curativos, injecções, medição da pressão arterial, teste de glicemia, entre outros). Além disso, serão instalados um Centro de Avaliação Conjunta Pediátrica, um Centro de Reabilitação Pediátrica, um Centro de Avaliação e Tratamento da Demência e uma enfermaria de reabilitação comunitária.

31 Jul 2018

Melco Crown | Associação do jogo em protesto pelos direitos dos trabalhadores

[dropcap style≠’circle’]C[/dropcap]loee Chao, presidente da Associação Novo Macau para os Direitos dos Trabalhadores do Jogo, anunciou ontem que vai realizar uma manifestação esta quarta-feira em protesto por mais regalias e melhores condições de trabalho dos funcionários da operadora de jogo Melco Crown.

A activista, que também trabalha como croupier, referiu que Lawrence Ho, presidente da concessionária, disse, num evento realizado no passado dia 24 de Julho, para os funcionários da Melco Crown ultrapassarem as dificuldades ao lado da empresa, não tendo sido anunciada qualquer atribuição de bónus salarial no Verão.

Na visão de Cloee Chao, a Melco teve lucros líquidos na ordem das 3,8 mil milhões de patacas o ano passado, além de ter registado receitas de 12 milhões de dólares no segundo trimestre deste ano. Neste sentido, a dirigente associativa considera inaceitável que a empresa ainda não tenha atribuído o bónus salarial quando as restantes cinco operadoras já anunciaram esse pagamento.

Além disso, os funcionários queixam-se de reduções nas regalias e condições de trabalho, motivos que os levaram a pedir a realização de uma manifestação para esta quarta-feira. O protesto começa no Cotai, perto do City of Dreams, às 16h, estando prevista a entrega de uma petição aos responsáveis pela operadora de jogo. Cloee Chao espera a participação de cerca de 600 pessoas, tendo em conta o número de encomendas que já foi feito para os materiais do protesto.

31 Jul 2018

Canídromo | IACM recebeu carta de compromisso da Yat Yuen

Chega hoje ao fim o prazo de sete dias para a reclamação dos mais de 500 galgos que continuam nas instalações anteriormente ocupadas pelo Canídromo. O Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais recebeu a carta de compromisso da Yat Yuen e diz que ainda está a analisar os planos submetidos

 

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]pesar da Sociedade Protectora dos Animais de Macau – ANIMA e a Companhia de Corridas de Galgos Yat Yuen terem chegado a acordo quanto à forma de prestar cuidados aos mais de 500 galgos que permanecem por adoptar, a verdade é que, em termos legais, o processo ainda não está concluído.

Hoje chega ao fim o prazo de sete dias de que a empresa dispõe para reclamar os animais depois do seu abandono no Canídromo. Numa resposta enviada pelo Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) ao HM, é referido que há ainda detalhes que precisam de ser acertados.

“O IACM ainda está avaliar uma proposta que foi submetida pela Yat Yuen, não existindo, até ao momento, uma decisão final”, pode ler-se. Ontem, à margem do debate na Assembleia Legislativa, José Tavares, presidente do IACM, explicou aos jornalistas que a Yat Yuen enviou ontem uma carta de compromisso sobre o futuro dos animais. A entidade pública vai ainda ponderar o alargamento do prazo de reclamação dos galgos por dois meses.

O responsável disse que a viabilidade do plano da Yat Yuen ainda está a ser avaliada de acordo com a lei da protecção dos animais, tendo acrescentado que a equipa da empresa tem uma compreensão diferente das leis. José Tavares frisou que essa mesma equipa deve dialogar também com a Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), tendo em conta o terreno no Pac On onde os animais deverão ser realojados.

O presidente do IACM considerou também “lamentável” o facto da empresa ter apresentado os seus planos no último dia do prazo concedido pelo Governo, tendo dito que são necessários todos os esforços para que se encontre uma solução em conjunto. Para Tavares, é melhor resolver o caso agora ao invés de se recorrer aos tribunais.

IACM não sabia

Para que o acordo entre a ANIMA e a Yat Yuen surta efeitos práticos, é preciso que a finalidade do terreno do Pac On seja alterada junto da DSSOPT, uma vez que o terreno foi concessionado para fins industriais. Até ontem a DSSOPT ainda não tinha recebido qualquer pedido para esta alteração.

José Tavares adiantou que o IACM desconhecia esta questão e frisou que, caso o novo centro internacional dos galgos não possa ser construído no Pac On, a Yat Yuen não poderá ganhar os 60 dias, além dos sete que a lei prevê, para reclamar os animais.

Caso este prolongamento do prazo seja aprovado e, ainda assim, os cães não tenham uma nova casa, a Yat Yuen terá de apresentar um novo plano ao IACM. Se não o fizer a empresa terá de pagar multas por abandono dos galgos, algo que está previsto na lei da protecção dos animais.

31 Jul 2018

Autocarros | Contratos das operadoras renovados por 15 meses

O Governo vai renovar por 15 meses os contratos com as companhias de autocarros. A partir de amanhã, Macau fica a contar apenas com duas em vez de três operadoras, a Transmac e a TCM, após a fusão desta com a Nova Era

 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s contratos com as operadoras de autocarros vão ser renovados por 15 meses. O anúncio foi feito ontem pela Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) que justifica a renovação de curto prazo com o facto de precisar mais tempo para análise. “Tendo em conta a necessidade de uma maior e aprofundada discussão dos pormenores dos novos contratos com as companhias de autocarros públicos, os contratos relativos ao Serviço Público de Transportes Colectivos Rodoviários de Passageiros, celebrados entre o Governo da RAEM e as três companhias de autocarros”, que terminam hoje, “serão renovados a curto prazo, por 15 meses, tempo que permite ao Governo uma maior e mais detalhada discussão”, indicou a DSAT em comunicado.

A nota da DSAT foi divulgada após a publicação de uma ordem executiva que delega poderes no secretário para os Transportes e Obras Públicas para representar a RAEM, na qualidade de outorgante, na revisão das escrituras públicas dos contratos relativos ao Serviço Público de Transportes Colectivos Rodoviários de Passageiros. A revisão das escrituras públicas dos referidos contratos será publicada em breve no Boletim Oficial, referiu o organismo.

Dois em três

Devido à fusão, aprovada pelo Governo, entre a Sociedade de Transportes Colectivos de Macau (TCM) e a Macau Nova Era de Autocarros Públicos, a renovação, com entrada em vigor amanhã, envolve apenas a Transmac – Transportes Urbanos de Macau e a TCM.

Com a fusão, a TCM e a Nova Era, que têm como sócia maioritária o grupo estatal Nam Kwong, preparam-se para concentrar mais de 60 por cento das carreiras. A directora-geral da TCM, Leong Mei Leng, indicou recentemente que, após a fusão, o nome e a cor da TCM vão ser utilizados, progressivamente, nos autocarros da Nova Era. Leong Mei Leong garantiu ainda que a fusão não vai ter consequências para os trabalhadores nem nas rotas dos autocarros.

31 Jul 2018

Turismo | Primeiro semestre com mais de 6,8 milhões em hotéis

[dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]ais de 6,8 milhões de pessoas alojaram-se nos hotéis e pensões de Macau no primeiro semestre do ano, um acréscimo de 7,8 por cento comparativamente ao período homólogo de 2017, indicam dados oficiais ontem divulgados.

Segundo a Direção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), ao todo pernoitaram 6.869.000 hóspedes, numa média de 1,5 noites, o que representa uma ligeira subida (0,1 por cento) em comparação com os primeiros seis meses de 2017.

A taxa de ocupação média atingiu 88,6 por cento, mais quatro pontos percentuais do que no mesmo período do ano passado. No final de Junho estavam registados no território de Macau 116 hotéis e pensões, representando, em conjunto, 39 mil quartos, mais 7,8 por cento que no período homologo de 2017. A oferta nos hotéis de cinco estrelas foi de 25 mil, mais 10,8 por cento, em termos anuais. Os hotéis de cinco estrelas representam 62,2 por cento do total de quartos disponíveis no território, uma ligeira subida de 0,13 pontos percentuais, face ao mês anterior.

De acordo com a DSEC, só no mês de Junho alojaram-se nos hotéis e pensões da região 1.158.000 hóspedes, uma subida de 6 por cento em termos anuais. O número de hóspedes provenientes da China continental (764.000) registou um aumento de 11 por cento, em termos anuais, enquanto os de Taiwan (44.000) subiram 4,5 pontos percentuais, no mês de Junho.

Em queda está o número de hóspedes de Hong Kong, que diminuiu 8,2 por cento, para 138 mil. Também o número de turistas sul-coreanos registou uma descida de 8,3 pontos, para os 39.000.

Ao todo visitaram o território 16,814 milhões de pessoas entre Janeiro e Junho de 2018.

O território recebeu, entre Janeiro e Dezembro de 2017, mais de 29,5 milhões de visitantes e as unidades hoteleiras de Macau receberam mais de 13,155 milhões de hóspedes.

31 Jul 2018

Morreu o arquitecto português Vicente Bravo

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] arquitecto português Vicente Bravo, de 71 anos, morreu, no sábado, em Lisboa, um profissional que “deixa muita obra” em Macau, onde viveu cerca de 30 anos, disse à Lusa o amigo e arquiteto Rui Leão.

Vicente Bravo, que residia em Portugal há alguns anos, “deixou muita obra, principalmente nos anos 80 [do século passado], sobretudo habitação privada e social em Macau”, disse o também presidente da organização Docomomo-Documentação e Conservação do Movimento Moderno.

“Entregava-se muito ao trabalho e era uma pessoa reservada. Veio para Macau trabalhar com Manuel Vicente”, acrescentou, referindo-se a outro conhecido arquitecto, falecido em 2013, que trabalhou muitos anos no território.

Um dos projectos mais conhecidos de Vicente Bravo é o pavilhão temporário das cerimónias oficiais da transferência da administração portuguesa de Macau para a China, a 20 de dezembro de 1990.

Em 2005, o arquitecto foi também escolhido para realizar o projecto da nova Escola Portuguesa de Macau, que nunca chegou a ser concretizado.

30 Jul 2018

TSI valida reversão de dois terrenos por aproveitar

O Tribunal de Segunda Instância (TSI) deu razão ao Chefe do Executivo em mais dois casos de reversão de terrenos por falta de aproveitamento

 

[dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] primeiro caso diz respeito a um terreno localizado na ilha da Taipa, enquanto o outro versa sobre uma parcela situada no ZAPE (Zona de Aterros do Porto Exterior). A decisão do Chefe do Executivo, que declarou a caducidade da concessão de ambos, foi seguida por recursos contenciosos, julgados agora improcedentes pelo Tribunal de Segunda Instância.

O primeiro caso tem que ver com um terreno localizado entre o Pac On e a subestação eléctrica da CEM, concedido em Junho de 1987, por um período de 25 anos, a Raimundo Ho. O lote designado de PO2, correspondente às parcelas B, C, D1, D2 e E, foi objecto, em Abril de 2016, de um despacho de declaração de caducidade da concessão, proferido pelo Chefe do Executivo, devido ao termo do prazo (em Junho de 2012) sem que tivesse havido aproveitamento das parcelas ou que a concessão se tivesse tornado definitiva.

Segundo um comunicado, divulgado na sexta-feira pelo gabinete do presidente do Tribunal de Última Instância, o TSI indicou que a caducidade da concessão do terreno, por termo do prazo, é de “uma caducidade preclusiva”, que “depende somente de um facto objectivo simples que é o decurso do prazo, independentemente de haver ou não culpa do concessionário”.

Embora reconheça que só existe uma única concessão do lote PO2, que compreende seis parcelas, incluindo a A, que foi aproveitada, o TSI contesta o argumento do concessionário de que não é possível declarar a caducidade parcial das mesmas, atendendo a que nunca foram objecto de desanexação ou concessão autónoma. “Sendo parcelas de terreno devidamente individualizadas e com finalidade e utilidade próprias, não se vê qualquer obstáculo legal”, refere o TSI. Observa ainda o tribunal que impor a declaração de caducidade de toda a concessão – incluindo a parcela A que foi efectivamente aproveitada para moradias unifamiliares – seria “ainda pior” para o recorrente.

Já o segundo caso prende-se com um terreno localizado no ZAPE, concedido à Companhia de Investimento Imobiliário On Tai, em Setembro de 1991, também alvo de um despacho de caducidade da concessão por falta de aproveitamento dentro do prazo (30 anos).

Culpa exclusiva

O TSI reconhece que, aquando da concessão, em 1991, o terreno encontrava-se ocupado por objectos e instalações pertencentes à Administração, o que impossibilitou o imediato aproveitamento do terreno, mas observa que foi exactamente por essa razão que foram autorizadas duas prorrogações do prazo. Primeiro, até 2 de Setembro de 1996 e, depois, até 21 de Maio de 1997, pelo que o tribunal sustenta que a empresa não pode justificar o não aproveitamento com este fundamento.

Relativamente ao argumento da crise financeira, ocorrida nos anos 1990, o TSI nota que trata-se de um “risco próprio da sua actividade comercial” que tinha que assumir, já que aceitou a celebração do contrato”.

No que toca às vicissitudes ocorridas depois de 21 de Maio de 1997, o tribunal diz que “não têm relevância para apurar se a concessionária tinha culpa porque o prazo de aproveitamento já tinha terminado”, pelo que o TSI entende que “o incumprimento do prazo de aproveitamento fixado no contrato se deveu à culpa exclusiva da concessionária”.

30 Jul 2018

Associação de Táxis quer detalhes sobre atribuição de alvarás a empresas

[dropcap style≠‘circle’]T[/dropcap]ony Kuok, presidente da Associação de Mútuo Auxílio de Condutores de Táxi, defendeu, em declarações ao Jornal do Cidadão, que existem contradições nas informações que têm vindo a ser divulgadas sobre a atribuição de alvarás a empresas, defendendo que os conteúdos da nova proposta de lei devem ser mais específicos. Nesse sentido, Tony Kuok espera que o Executivo comunique mais com o sector para que os taxistas saibam mais detalhes sobre a atribuição de licenças.

O dirigente associativo defende que, no âmbito do concurso para a atribuição de licenças, o Governo deve atribuir apenas metade a sociedades comerciais, a título experimental, com o objectivo de saber se esta medida é viável.

Quanto à exigência das empresas deverem ter um capital social superior a cinco milhões de patacas, Tony Kuok entende que o preço não é elevado mas pode levar alguns taxistas, que detém licenças a título individual, a enfrentarem dificuldades.

No que diz respeito aos táxis certificados, ideia avançada pela associação, o presidente referiu que há cada vez mais taxistas que querem integrar o programa, tendo sido contabilizados cerca de cem táxis. Já a nova aplicação de telemóvel para chamar os táxis deverá entrar em funcionamento em breve.

30 Jul 2018

Operadoras do Jogo de Macau piscam o olho a concessões no Japão

Operadoras de jogo em Macau pretendem garantir uma licença no Japão, depois do parlamento nipónico ter aprovado a lei que permite a abertura de três casinos a partir de meados de 2020

 

[dropcap style≠‘circle’]“A[/dropcap]creditamos que a Las Vegas Sands, MGM (…) e a Melco Resorts estão entre os operadores de casinos com maior probabilidade de obter uma licença no Japão”, disse Margaret Huang, especialista no jogo na Ásia, à agência Lusa.

Para a analista da Bloomberg, o grupo Las Vegas Sands provou o seu modelo de negócio em Las Vegas, Macau e Singapura, sendo que este último teve grande influência na decisão do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, em fazer um esforço para que a lei fosse aprovada.

“A Las Vegas Sands está muito interessada em investir nas cidades de Tóquio, Yokohama e Osaka, se lhe for dada essa oportunidade”, disse à Lusa, o grupo, poucos dias depois da lei que permite a abertura de três casinos ter sido aprovada, no dia 20 de Julho.

Em resposta a agência Lusa, a Galaxy Entertainment demonstrou interesse em conseguir uma das três vagas existentes. “Estamos ansiosos para continuar o diálogo com o Governo”, respondeu o grupo, através do seu gabinete no Japão.

“Vamos trabalhar em estreita colaboração com o Governo, empresas e fornecedores locais japoneses e com os nossos parceiros internacionais para criar um destino de entretenimento de classe mundial” acrescentou o grupo, que acredita que esta lei vai ajudar “o objectivo do Governo japonês em atrair 60 milhões de visitantes até 2030”.

No dia 20 Julho, dia em que a lei foi aprovada pelo parlamento nipónico, o presidente executivo da MGM reagiu demonstrando a sua satisfação e confiança em conseguir uma licença para a construção de um ‘resort’ integrado. A aprovação da lei “permite-nos avançar com uma colaboração com os parceiros comerciais japoneses para definir uma visão para um ‘resort’ integrado, de classe mundial (…) a MGM orgulha-se de ter fornecido pesquisa académica e análise económica e de ter feito várias sessões de estudo com especialistas de todo o mundo”, disse Jim Murren, declarando ainda ter, há quatro anos, uma equipa de desenvolvimento a tempo integral no Japão.

 

Melco na linha da frente

Margaret Huang considera que a Melco Resorts parte na linha da frente nesta luta acérrima pelo mercado japonês, “por ser a única marca focada na Ásia e dado ao compromisso que tem demonstrado no país [Japão]”.

Pelo menos desde há um ano que a Melco Resorts tem manifestado interesse em investir no Japão e o seu presidente executivo, Lawrence Ho, filho do magnata Stanley Ho, não se tem coagido de o afirmar publicamente. “O Japão continua a ser a prioridade central”, disse Lawrence Ho durante a apresentação dos resultados do grupo, na terça-feira.

“Só para meter as coisas em escala: Nós quase que conseguimos meter 73 ‘Macaus’ dentro da cidade de Tóquio”, afirmou o director executivo da Melco International, referindo-se às potencialidades turísticas, pouco aproveitadas no Japão, durante o discurso inaugural na edição deste ano da feira Global Gaming Expo Asia (G2E Asia), em Maio. De acordo com o director executivo da Melco International, o número de turistas chineses no Japão vai quase duplicar até 2025. “Mesmo a tempo de nós conseguirmos abrir o nosso primeiro resort integrado, no Japão”, destacou na mesma ocasião.

 

Sem impacto em Macau

Apesar do grande potencial turístico que o Japão tem a analista da Bloomberg não prevê, pelo menos a curto prazo, repercussões negativas na indústria turística e do jogo em Macau. “Não esperamos que nenhum casino no Japão abra até 2025, por isso não há repercussões de curto prazo para os operadores em Macau. Mesmo quando estes casinos abrirem vão ter de competir com o mercado de Macau plenamente desenvolvido e maduro”, explicou Margaret Huang.

De acordo com a analista, os ‘resorts’ integrados nipónicos vão ser mais destinados ao jogo de massas. Ainda assim, considerou, “qualquer um dos operadores de jogos de Macau, se conseguir uma oportunidade no Japão e assim diversificar mais as suas receitas” vão procurar agarrá-la.

30 Jul 2018

Acordo entre ANIMA e Yat Yuen cria centro pioneiro para realojamento de cães

[dropcap style≠‘circle’]N[/dropcap]ão apresentou nenhum plano viável para os animais dentro dos prazos estabelecidos e deixou 533 galgos no Canídromo, ao cuidado do Governo. No entanto, a Companhia de Corridas de Galgos Yat Yuen vai agora construir um centro de realojamento de galgos e criar uma associação para o efeito. A gestão vai ficar a cargo da ANIMA, pelo menos nos próximos dois anos, de modo a garantir a conclusão dos processos de adopção. O IACM mostrou-se favorável ao projecto

“Não há centro nenhum no mundo igual a este” afirmou o presidente da Sociedade Protectora dos Animais de Macau – ANIMA, Albano Martins, após a apresentação, na passada sexta-feira, do acordo com a Companhia de Corridas de Galgos Macau (Yat Yuen), de que Angela Leong é directora-executiva.

Na calha está a criação de uma associação responsável por um projecto pioneiro: o Centro Internacional de Realojamento de Galgos, que vai ficar na zona do Pac On, num “prédio que nunca foi utilizado”. “Está novinho em folha, e é uma maravilha. Acho que faria quatro ou cinco ANIMAS lá dentro, é um monstro”, apontou Albano Martins.

A gestão ficará a cargo da associação, pelo menos nos próximos dois anos, de modo a garantir o processo de adopção dos 533 animais que vão para já ficar ali alojados. Depois, diz Albano Martins, será altura para dar lugar aos jovens.

Angela Leong admitiu a responsabilidade da Yat Yuen pelos galgos, uma semana depois de referir que os cães deveriam ser responsabilidade e propriedade do Governo. “Nós somos responsáveis pelos cuidados dos galgos até ao fim da vida deles”, disse a directora executiva da empresa, pelo que “todas as despesas serão da nossa responsabilidade”, prometeu a também deputada. Estas despesas vão incluir também os custos com as esterilizações e cuidados de saúde dos animais.

 

Instalações de luxo

O novo centro vai custar mensalmente entre 13 e 15 milhões de patacas, sem incluir despesas com o arrendamento e gestão. O novo centro dos galgos é um edifício privado e vai ter uma renda mensal “que custa uma nota preta”, cerca de 800 mil dólares de Hong Kong por mês, adiantou Albano Martins.

O centro compreende duas áreas, uma coberta e outra ao ar livre. Vai ainda ter uma zona que permite o convívio com os visitantes. Foram pensados os sistemas de ventilação “e vai ter ar condicionado” avançou.

Nada é deixado ao acaso. As boxes são individuais, com um tamanho que está de acordo com as normas internacionais e que permitem que os cães não estejam sempre sozinhos, uma vez que um dos lados serão amovíveis, “para permitir o convívio entre um máximo de três cães”. “São animais que se dão bem entre eles e isto é muito bom”, disse Albano Martins com satisfação. As boxes individuais foram desenhadas pela filha de Angela Leong, Sabrina Ho, e “são muito bonitas e muito animal friendly”, acrescentou.

 

Fumo branco

Os desentendimentos entre as duas entidades, Yat Yuen e ANIMA, são públicos e antigos. No entanto, estando em causa o futuro de tantos animais, e dada a abertura a um compromisso de ambas as partes, “o futuro apresenta-se muito positivo e esta é uma oportunidade de Macau mostrar que é uma cidade exemplar neste sentido a nível mundial”, apontou o responsável pela ANIMA.

“Ao longo destes anos, estivemos de costas voltadas, mas o passado é passado e agora vamos para o futuro”, acrescentou Albano Martins.

“O passado já passou, agora temos de pensar no futuro destes 533 galgos”, acrescentou Angela Leong, sublinhando a importância de demonstrar “amor pelos animais”.

As demoras na apresentação de um plano para os cães são “simples de explicar”: “precisávamos de mais tempo para podermos ter um bom plano e foi isso que fizemos e estamos a fazer agora”, disse Leong.

 

Vida nova

De acordo com Albano Martins, o Centro Internacional de Realojamento de Galgos pode entrar em funcionamento partir do próximo dia 1 de Agosto, sendo que os serviços vão, para já, ser assegurados pelos funcionários da Yat Yuen no espaço do Canídromo, enquanto não forem concluídas as obras de adaptação das instalações na Taipa, o que poderá levar um máximo de dois meses.

Também aqui a supervisão fica a cargo da ANIMA, que tem liberdade de reclamar junto da Yat Yuen caso não concorde com a forma de tratamento dos animais. “Pediram-nos [a Yat Yuen] se era possível a ANIMA, que vai ficar responsável pela gestão do pessoal, considerar a absorção daquele pessoal, e nós dissemos que sim. E o que foi combinado é que o pessoal vai começar a trabalhar e nós vamos verificar quem é bom, ou quem não é bom”, refere Albano Martins. A partir daí a decisão final caberá ao grupo, mas “a ANIMA tem carta branca para encontrar os melhores trabalhadores”, acrescentou ainda.

Entretanto, o funcionamento e manutenção do Canídromo, bem como o tratamento dos animais, têm sido assegurados por trabalhadores do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) e pelas centenas de voluntários que aderiram ao plano de emergência, oriundos de dez associações de protecção animal.

 

Adopções em curso

A ANIMA vai também coordenar os processos de adopção de forma voluntária e gratuita. Para que os interessados que não residam em Macau possam suportar as despesas de quarentena, o novo centro pode acolher os cães durante um período, sendo que o custo será de 1500 patacas mensais por cada adoptante.

A necessidade de pagamento das estadias está relacionada com a necessidade de obrigar os interessados a terem responsabilidades desde o primeiro momento. “Esta é uma forma de responsabilizar aqueles que querem adoptar um cão”, apontou Albano Martins.

Também a cargo dos adoptantes ficam as viagens internacionais, sendo que a ANIMA está a negociar com várias companhias aéreas de modo a garantir um preço mais acessível, sendo que já existem duas companhias disponíveis para transportar os animais gratuitamente.

O IACM já se mostrou favorável ao novo plano e apela ao cumprimento rigoroso das regras do Governo. No capítulo da adopção internacional os pedidos têm chegado da Austrália, França, Taiwan, Hong Kong e Reino Unido.

Em 2016 o Governo deu dois anos à empresa que ocupava o terreno do Canídromo para mudar de localização e melhorar as condições dos cães usados nas corridas ou encerrar a pista, cujas receitas se encontram em queda há vários anos.

A 12 de Julho, o IACM já tinha exigido à Yat Yuen a entrega imediata de um plano concreto para realojamento dos galgos, depois de a Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos ter recusado prolongar o contrato de exploração do Canídromo, que há 50 anos operava em Macau.

30 Jul 2018

População une-se em solidariedade no tratamento dos galgos

A passagem do Hato já tinha mostrado algo que a crise dos galgos voltou a realçar. Quando é necessário, a população de Macau une-se e actua. A prova viva é a onda de solidariedade que juntou centenas de voluntários aos funcionários do IACM no tratamento dos galgos que no passado recente correram na pista do Canídromo

[dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] dia começa às nove da manhã. Funcionários do Instituto para os Assunto Cívicos e Municipais (IACM) e voluntários entram nas instalações que há pouco tempo eram o palco das corridas de galgos, para tratar dos 533 animais que ainda ali se encontram.
Uns dirigem-se às vassouras, baldes e mangueiras. Os voluntários, que recebem o cartão de identificação, reúnem-se para serem divididos em grupos. À espera estão mais de 500 galgos. Entre as missões por cumprir conta-se a limpeza das jaulas, passear os cães, dar-lhes refeições mas, acima de tudo distribuir carinhos. “Hoje foi o meu primeiro dia e fui seguindo os passos dos outros”, começou por contar Rita Machado, na semana passada, ao HM.
Cumpridas as formalidades matinais e uma vez inserida num dos grupos, Rita Machado e os colegas de boa vontade foram para o canil nº8.
Existem, neste momento, oito canis naquele espaço, cada um com capacidade para 80 animais.
É aqui que começa verdadeiramente o trabalho. Para que seja dado espaço ao pessoal da limpeza de cada compartimento individual, com cerca de um metro quadrado e onde têm vivido os campeões das pistas de corridas, os voluntários pegam nos animais e levam-nos a passear à volta dos canis. “Vamos recebendo os animais em cada canil e damos uma volta, seja com um, dois ou três ao mesmo tempo”. Enquanto isso os restantes animais aguardam pela sua vez, tentando escapar ao calor. Uns mais encostados à parede de trás da sua jaula onde ainda há alguma sombra, outros, de língua de fora a tentar poupar o corpo a qualquer movimento que nem a temperatura, nem a falta de ventilação ajudam.
Depois de passeados, é hora de beber e de comer e, acima de tudo, de dar afecto. “Creio que hoje passeei dez cães. Depois muda-se a água em cada uma das boxes e a seguir alimentam-se”, explica Rita Machado. “E ainda sobra tempo, no final, para conviver e a dar mimos aos animais”, acrescenta.

Uma questão de prioridades

Para ajudar na causa a também arquitecta teve que fazer uma mudança de agenda e de rotina. Se antes começava às nove da manhã no atelier, agora começa ao meio dia e termina mais tarde, pela noite dentro. Não há problema, garante, até porque “se vivemos em comunidade temos que nos preocupar com o próximo e por isso faz todo o sentido partilhar o nosso tempo e reajustar as nossas agendas para responder ao apelo das associações e do Governo”.
Para Rita Machado, ser voluntária neste projecto foi a forma que encontrou para manifestar o seu “apoio e solidariedade”.
Já Yoko não precisou de ajustar agendas. Reformada, de naturalidade japonesa, optou por encher o seu tempo, enquanto necessário, com a dedicação total a esta causa. Passa agora os dias no Canídromo por ser uma questão “que diz respeito a todos”.
A rotina é idêntica à de Rita Machado, mas repete-se ao longo do dia, no período da manhã e da tarde. Além das actividades que marcam o dia destas pessoas, Yoko destaca também a oportunidade de estar não só com os animais, mas com os colegas. “O ambiente é muito bom, estamos todos pela mesma razão e contentes por poder contribuir, enquanto for necessário, para o bem-estar destes animais.”

Domingo fora do sofá

Apenas com os fins-de semana livres, não é por passar os dias rodeada de animais que a veterinária Paula Reais deixa de prestar a sua colaboração voluntária àqueles que ainda estão no Canídromo. O convite veio de Fátima Galvão, responsável pela associação de protecção dos animais Masdaw e Paula Reais não conseguiu recusar. Por isso, “alterei um pouco a monotonia dos meus rotineiros domingos. Desta vez, experimentei um pouco de exercício fugindo da expectável preguiça domingueira, mas em nada comparado com o exercício que estes verdadeiros corredores fizeram durante anos”.
Afinal estas acções podem, apesar de pontuais e simples, ajudar na vida destes animais, considera.
No domingo, dia 22 lá estava na porta do Canídromo, às três da tarde, à chuva. “Perdi a conta ao número de animais que nessa tarde passeei”, refere sem esconder contentamento.
Apesar de estar inserida numa acção de emergência para garantir os cuidados de tantos animais, a veterinária ressalva a boa organização e dinâmica. “Devo ressaltar que nesta dança de galgos e pessoas, me pareceu que estava tudo relativamente organizado, quer pelo pessoal de limpeza que se ocupava de limpar a urina e as fezes, quer pelos trabalhadores que preparavam os animais para o passeio e os disponham nas respectivas jaulas logo”.
Paula Reais ficou no canil número 1 onde alimentou os animais e teve contacto directo com as “condições em que vivem”. De uma forma muito espontânea surgiram os gestos de carinho, “que em todo o momento foram mútuos, porque são animais muito dóceis”, aponta.
Para a veterinária este é uma acto civil e cabe a todos dar contributo. “Sinto que é um singelo contributo enquanto cidadã deste território que se vê abraços com esta questão. Na minha opinião, não será exclusivamente política, mas antes uma obrigação conjunta das autoridades responsáveis assim como da sociedade civil”.

Afectos protegidos

A calma e necessidade de afecto destes cães contrasta com os esforços excessivos das corridas e das más condições em que têm habitado, que resultaram em feridas e problemas de pele visíveis em muitos deles.
Agora, em processo de cura das feridas denunciadas pelo corpo de muitos, e depois de lançados vários apelos no início da semana passada, foram em média 65 por dia, aqueles que se disponibilizaram a ir tratar dos galgos do Canídromo. A estes juntam-se os voluntários que responderam a pedidos da ANIMA e de outras associações de protecção animal do território. “São números impressionantes e comoventes”, aponta Fátima Galvão, responsável pela Masdaw.
Mais uma vez, ajudar não separa, e as nacionalidades e residências podem deixar de fazer sentido tratando-se de uma causa maior. “Há voluntários que vêm de Hong Kong especificamente para ajudar no Canídromo. Há malaios, húngaros, tailandeses, filipinos e mesmo japoneses. Todas as comunidades em uníssono emprestando força e acima muita ternura à causa de proteger os galgos e assegurar o seu bem-estar. Deveria ser sempre assim”, remata.
No passado dia 21, o IACM activou um plano de emergência para cuidar dos 533 galgos que ficaram no Canídromo, depois da Companhia de Corridas de Galgos – Yat Yuen não ter apresentado um plano viável para os animais que estavam na sua posse. A Yat Yuen, entretanto, reclamou os cães e apresentou, com a Sociedade Protectora dos Animais¬- – ANIMA – um plano que envolve a criação de um centro internacional de ajuda a estes animais. Tudo indica que a partir de 1 de Agosto, a ANIMA assume a responsabilidade de gestão deste centro. Quanto aos funcionários, para já serão os antigos trabalhadores do Canídromo, supervisionados pelos responsáveis da ANIMA. A Yat Yuen pediu mais 60 dias ao Governo, para que os galgos fiquem naquelas instalações. O tempo necessário para concluir a adaptação do edifício do Pac On, de modo a que possa receber este mais de meio milhar de cães.

30 Jul 2018

Mais mergulhadores e novos equipamentos de salvamento

[dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap]s Serviços de Alfândega, Corpo de Bombeiros e Corpo de Polícia de Segurança Pública apostaram na compra de novos equipamentos de intervenção rápida e de salvamento, bem como na formação de pessoal para elevar a capacidade de prevenção e redução de catástrofes. Além da compra de equipamentos de mais de 70 tipos, foram formados mais cinco mergulhadores, que passam a ser 21.

Aos jornalistas, durante uma apresentação realizada ontem, o comandante-geral dos Serviços de Polícia Unitários (SPU) e comandante de acção conjunta da estrutura de protecção civil, Ma Io Kun, indicou que os serviços no âmbito da tutela de segurança irão continuar a completar e adquirir os equipamentos e material a serem utilizados em trabalhos de salvamento e de reconstrução, por forma a elevar a capacidade de prevenção e redução das catástrofes.

Segundo um comunicado, o mesmo responsável afirmou que na sequência do tufão Hato, que atingiu Macau há sensivelmente um ano, os Serviços de Alfândega, o Corpo de Bombeiros e o Corpo de Segurança Pública tiveram de adquirir maior variedade de equipamentos de intervenção rápida. O montante do orçamento total para a aquisição de todos os equipamentos novos cifra-se em mais de 70 milhões de patacas, de acordo com a mesma nota.

Entre os equipamentos figuram ‘drones’ marítimos e robôs submarinos destinados ao salvamento em parques de estacionamento, e botes rápidos de patrulhamento com aparelho de visão nocturna.

No que diz respeito ao pessoal de salvamento, Ma Io Kun referiu que cada serviço tem organizado, periodicamente, cursos de formação, dando o exemplo do salvamento em altitude para o Corpo de Bombeiros, que serão realizados continuamente, para aumentar o número de pessoal com esta formação. No âmbito dos Serviços de Alfândega, foram formados mais cinco mergulhadores, passando de 16 para 21.

27 Jul 2018

Sands China | Lucros líquidos subiram 30 por cento no segundo trimestre

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] operadora de jogo Sands China registou, no segundo trimestre do ano, lucros líquidos de 427 milhões de dólares norte-americanos, valor que traduz um aumento de 30 por cento face ao período homólogo do ano passado, anunciou ontem a empresa em comunicado.

As receitas líquidas atingiram 2,11 mil milhões de dólares norte-americanos, reflectindo uma subida de 18 por cento em termos anuais e uma descida de 2 por cento em termos mensais. As receitas do segmento VIP deram um ‘pulo’ de 30 por cento – superando a média do crescimento do mercado de grandes apostadores em Macau, na ordem de 14 por cento, segundo Grant Govertsen, analista da Union Gaming. Já no segmento de massas, o desempenho da Sands China esteve em linha com o mercado, tendo subido 20 por cento. As ‘slots machines’, o único segmento que ficou aquém dos restantes, registou um aumento de 6 por cento, segundo uma nota enviada pelo mesmo analista.

Os resultados da Sands China contribuíram para o bom desempenho da empresa-mãe, a Las Vegas Sands, cujos lucros líquidos subiram 5,8 por cento em termos anuais homólogos para 676 milhões de dólares norte-americanos.

Além Cantão

Na habitual teleconferência com analistas, os responsáveis da Las Vegas Sands destacaram que o forte crescimento do segmento de massas “premium” (29 por cento) ficou a dever-se, em grande parte, a uma maior penetração no mercado da China, para lá da província de Guangdong. “Este forte crescimento vem – achamos – de um segmento extra Guangdong e é um bom augúrio para o nosso futuro”, afirmou o presidente da Las Vegas Sands, Robert G. Goldstein.

“Continuaremos a investir significativamente capital no nosso portfólio em todos os segmentos dos nossos negócios. Estou confiante de que estes investimentos irão impulsionar um crescimento adicional no turismo de lazer e negócios tanto para o nosso portfólio, como para Macau em geral”, sublinhou o patrão da Las Vegas Sands, o norte-americano Sheldon Adelson.

O magnata de jogo manifestou-se particularmente entusiasmado com os trabalhos de design do The Londoner, actual Sands Cotai Central, afirmando que o complexo terá “enorme potencial” como terceira paragem obrigatória, servindo como complemento ao Venetian e ao Parisian.

Sheldon Adelson apontou, porém, que o compromisso de continuar a investir em Macau por parte da Las Vegas Sands não se circunscreve ao The Londoner. “Muitos outros projectos envolvendo significativo capital estão a ganhar forma enquanto conversamos”, sublinhou, fazendo referência nomeadamente à reconversão de suites, à renovação das áreas de jogo VIP e a novos espaços de restauração nas propriedades que detém em Macau.

27 Jul 2018

Galgos | Yat Yuen apresenta plano de transferência de cães para o Pac On

A Yat Yuen apresentou um pedido de reclamação dos 533 galgos que deixou no Canídromo, mas desta vez acompanhado de um plano concreto para os animais. A empresa propõe a instalação dos cães num edifício no Pac On e a colaboração com as associações de protecção animal nos processos de adopção. Entretanto, ANIMA e Yat Yuen chegaram a um acordo de cooperação que vai ser apresentado hoje

 

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] Companhia de Corridas de Galgos de Macau apresentou ontem um pedido de reclamação dos 533 cães que se encontram no espaço do Canídromo juntamente com uma proposta concreta de deslocação dos animais para o Pac On, revelou ontem o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM).

De acordo com o comunicado do IACM, os galgos serão realojados num edifício desocupado de um terreno privado. A Yat Yuen, que apresenta pela primeira vez um plano concreto para o futuro dos mais de 500 cães, assegura ainda que “irá cooperar com as associações de protecção dos animais nos cuidados aos galgos e na coordenação dos trabalhos posteriores de adoptação”, aponta o IACM.

De modo a ter tempo para realizar obras no edifício que irá receber os galgos do Canídromo e para “o tornar um local apropriado para alojamento” dos animais, a Yat Yuen solicitou ao IACM a prorrogação do prazo de reclamação dos cães por mais 60 dias e comprometeu-se a ir buscar todos os animais até à conclusão das obras no novo alojamento do Pac On. A viabilidade da proposta será avaliada pelo IACM, de acordo com comunicado emitido pela entidade municipal.

Além disso, a Yat Yuen assume a totalidade das despesas resultantes dos cuidados temporários dos cães. “Todas as despesas resultantes de cuidados temporários estão a cargo da Yat Yuen”, aponta o referido comunicado.

A iniciativa tem o parecer positivo do Governo apesar de estar ainda em avaliação. “O IACM vê com agrado que a Yat Yuen está disposta a assumir a devida responsabilidade de dona, nos termos da “Lei de Protecção dos Animais”, refere.

Recorde-se que, de acordo com a Lei de Protecção dos Animais, em caso de não reclamação dos galgos, a Yat Yuen seria acusada de abandono de 533 cães e incorreria no pagamento de uma multa superior a 50 milhões de patacas.

Acordo feliz

Entretanto, esta tarde vai decorrer uma conferência de imprensa em que a Sociedade Protectora dos Animais, ANIMA, e a Yat Yuen vão fornecer detalhes que integram o acordo a que chegaram as duas entidades. ANIMA e Yat Yuen, entidades que têm andado de costas voltadas, firmaram uma cooperação para garantir o futuro dos animais.

Dada a disponibilidade já mostrada por parte do presidente da ANIMA para avançar com a coordenação do processo de adopção dos animais de forma voluntária, este acordo poderá compreender o mesmo compromisso agora negociado com a Yat Yuen. No entanto, contactado pelo HM, o presidente da ANIMA, Albano Martins não avança com qualquer confirmação e adianta apenas que “será tudo explicado na conferência de imprensa e que é um bom acordo para os animais”.

O IACM activou um plano de emergência desde o passado dia 21 com a duração de 10 dias. Entre funcionários da entidade pública e voluntários angariados através das diversas associações de protecção de animais, conseguiu-se juntar as 40 pessoas necessárias para manter diariamente o espaço e cuidar dos animais.

27 Jul 2018

Saúde | Eventual corrida a vacinas sem impacto no ‘stock’ para residentes

[dropcap style=’circle’] O [/dropcap] s Serviços de Saúde garantiram ontem que uma eventual procura elevada por vacinas na sequência do escândalo na China não vai afectar os residentes de Macau, dado que o ‘stock’ é “mais do que suficiente para as necessidades”. Em comunicado, o organismo recorda que as vacinas encomendadas pelo Governo são destinadas, de uma forma geral, à vacinação dos residentes.

Segundo os Serviços de Saúde, não só são “raros” os casos de aquisição de vacinas por não residentes, como os mais comuns dizem respeito a vacinas adquiridas para crianças não residentes que possuem autorização de permanência em Macau e vacinas de necessidade urgente, tal como a contra o tétano após lesões. “Apesar de existirem não residentes que solicitam as vacinas pagando-as, os pedidos não são atendidos”, o que significa que não podem vacinar-se nos Serviços de Saúde e nos postos de vacinação que celebraram protocolos com o organismo governamental, lê-se na mesma nota.

De acordo com os dados estatísticos, 100 por cento das crianças registadas nos Serviços de Saúde ou nos postos de vacinação do Hospital Kiang Wu estão vacinadas, pelo que mesmo que houvesse uma corrida à vacinação infantil por parte de residentes do Interior da China em Macau “não teria qualquer impacto no fornecimento de vacinas para a população da RAEM”.

Os Serviços de Saúde referiram ainda que para garantir a quantidade de vacinas necessárias procedem a uma estimativa para o ano seguinte tendo em conta os dados demográficos, como o número de nascimentos, fazendo encomendas com antecedência. Até ao momento, os Serviços de Saúde já adquiriram as vacinas necessárias até 2020, indica o mesmo comunicado.

Em paralelo, caso o fornecimento das vacinas não sejam prestado atempadamente, o fornecedor terá de indemnizar o organismo podendo a situação ter impacto em futuras adjudicações.

Na semana passada, uma investigação da Administração de Alimentos e Medicamentos da China (CFDA) acusou a empresa Changchun Changsheng de falsificar registos de produção de aproximadamente 113 mil vacinas contra raiva, além de distribuir mais de 250 mil doses defeituosas contra difteria, tétano e tosse convulsa.

26 Jul 2018

Instituto Cultural | Terreno com interesse arqueológico espera classificação há 8 anos

Um terreno onde foi encontrado um troço de muralha, que se acredita ter sido erguida durante a Dinastia Ming, está selado desde 2010. O HM esteve no local que aparenta estar abandonado, com vegetação a crescer para a via pública, apesar do IC dizer que tem tratado da muralha de forma contínua

 

[dropcap style≠’circle’]H[/dropcap]á mais de oito anos que o Governo está a trabalhar para classificar o terreno n.º 35 da Rua Dom Belchior Carneiro – nas traseiras das Ruínas de São Paulo – onde foi encontrado um troço de um muralha, que se acredita que tenha sido construída durante a Dinastia Ming (1368-1644), e ainda achados arqueológicos datados da Dinasta Qing (1644-1912). Contudo, o terreno, que está isolado com chapas metálicas, aparenta estar ao abandono, com a existência de lixo no local e vegetação a crescer para a via pública.

O HM esteve ontem no local, e através das brechas existentes nas chapas metálicas conseguiu verificar que o terreno está coberto com vegetação, ao ponto de cobrir o que aparenta ser a muralha antiga. Também é possível ver algum lixo dentro do terreno, como um chapéu de chuva e outros objectivos de metal.

Apesar da situação verificada, o Governo, através do Instituto Cultural (IC), garante que as muralhas estão a ser “continuamente analisadas, investigadas e tratadas ordenadamente nos termos da Lei de Salvaguarda do Património Cultural”.

O HM quis igualmente saber se existem planos por parte do IC para abrir o local ao público e expor a muralha, mas a pergunta não teve resposta.

Mesmo assim, o IC, garantiu que a muralha está identificada e que já faz parte da lista de imóveis que poderão futuramente ser classificadas: “As descobertas arqueológicas da antiga muralha, sita no terreno do N.º 35 da Rua de D. Belchior Carneiro, foram já incluídas na lista do levantamento de bens imóveis do Instituto Cultural”, respondeu o Executivo.

Problemas conexos

Além de ainda não ter sido classificado, o terreno onde se encontra a muralha, há outra questão relacionada com o lote de terra. A muralha foi descoberta em 2010, numa altura em que a Companhia de Desenvolvimento Predial Shabill estava a escavar no local para construir um edifício de sete andares para habitação e comércio. As obras tinham sido autorizadas pela DSSOPT, que inclusive emitiu a licença de construção.

Porém, desde 2010 que a construção ficou embargada. Uma situação que impede a empresa de desenvolver um terreno que lhe tinha sido atribuído. “Há oito anos que o processo se arrasta e há óbvios prejuízos para toda a gente. E os prejuízos maiores são para a RAEM, que está há oito anos com o terreno sem ser aproveitado como sítio arqueológico, estando a população e o turismo impedidos de o usufruir”, contou ao HM, fonte próxima da Shabill, que vincou que a empresa está empenhada em resolver o assunto pelo diálogo, evitando os tribunais.

Segundo a mesma fonte, a empresa compreende que não é possível construir no local, mas deseja ver a situação resolvida com uma alternativa. “Desde 2010 e até ao presente que a empresa proprietária está impedida de fazer o que quer que seja. O Governo não dá seguimento a nenhuma das propostas que a empresa apresentou para resolver o problema, nomeadamente trocar aquele terreno por outro, noutro local da cidade que identificou e já indicou”, foi explicado.

O terreno alternativo apresentado pela Shabill fica situado junto às bombas de gasolina, perto do Cemitério da Nossa Senhora da Piedade.

26 Jul 2018

Canídromo | 80 utentes por dia desde alargamento do horário da pista de atletismo

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] vice-director do Instituto do Desporto (ID), Lau Cho Un, afirmou ontem que desde o alargamento do horário da pista de atletismo do Canídromo para uso público verificou-se um aumento de utilizadores, tendo-se registado, desde o passado sábado, cerca de 80 por dia.

A pista de atletismo, que integra o Complexo Desportivo Lin Fong, encontra-se agora aberta ao público diariamente entre as 6h e as 23h (antes era até às 18h devido às corridas de galgos). Relativamente ao campo de futebol, Lau Cho Un indicou que a relva precisa de tempo para recuperar e exige manutenção, mas que o ID pondera disponibilizar mais um dia por semana, a somar aos actuais dois (quarta e sexta-feira). O campo é sobretudo utilizado pela Associação de Futebol, para campeonatos escolares e por diferentes clubes desportivos, indicou o mesmo responsável.

Lau Cho Un referiu ainda a necessidade de introduzir mais modalidades naquele espaço, dando conta de que, no futuro, a intenção passa por acrescentar mais zonas para diferentes usos. O vice-director do ID falava aos jornalistas à margem de um almoço oferecido pelo secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, aos membros do Conselho de Juventude e do Conselho do Desporto que antecedeu uma visita a actividades de férias, que arrancaram no início do mês.

Segundo dados facultados no encontro, foram disponibilizadas este ano 57.234 vagas para 484 actividades culturais, recreativas e desportivas para crianças e jovens, com uma taxa de inscrição na ordem dos 93 por cento.

26 Jul 2018

Educação | Governo analisa exemplos para Lei do Ensino Especial

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) está a olhar para o exemplo das regiões vizinhas para elaborar a Lei do Ensino Especial, que vai abarcar pessoas que exigem cuidados especiais e alunos sobredotados.

Neste momento, segundo uma resposta à interpelação escrita do deputado Ho Ion Sang, por parte da subdirectora da direcção, Leong Vai Kei, os trabalhos de consulta pública já foram concluídos, em 2015. A resposta também revela que desde Junho deste ano foi contratada uma entidade de consultoria para elaborar critérios de avaliação e procedimentos de transferência dos alunos sobredotados.

A DSEJ adianta também que na actual fase está a ter como referência as experiências de outras regiões no âmbito de ensino para os alunos sobredotados em cooperação com consultora, sendo que vai ter igualmente em conta a situação local.

Na próxima fase da elaboração da lei, a DSEJ diz que vai definir o modelo de desenvolvimento deste ensino, a estrutura de apoio e instruções às escolas para que sejam orientadas por forma a explorar e ensinar os alunos com elevado talento.

No que toca à formação de professores de ensino para estudantes sobredotados, a DSEJ refere que vai continuar a realizar formações, sendo divulgado que até Junho de 2018 um total de 328 trabalhadores de ensino concluíram a formação com duração de 30 horas.

26 Jul 2018

Jogo | Lawrence Ho admite corrida contra o tempo na 2ª fase do Studio City

O principal accionista da concessionária Melco elogiou a simpatia do Governo de Chui Sai On, que prolongou a data de desenvolvimento da segunda fase do casino Studio City de 2018 para 2021. Lawrence Ho admitiu que a empresa tem de arrancar com as obras brevemente

 

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] concessionária Melco está numa corrida contra o tempo para construir a segunda fase do casino Studio City dentro do prazo de três anos. O cenário foi ontem traçado pelo director do grupo Lawrence Ho que voltou a destacar a simpática do Executivo, que prolongou o prazo de desenvolvimento do terreno até 2021.

“Em relação à segunda fase do Studio City, o Governo de Macau foi muito simpático por nos ter garantido um prolongamento do prazo de construção. Contudo, o prazo limite termina em Julho de 2021, exactamente de hoje a três dias”, começou por dizer o filho de Stanley Ho.

“Estamos numa corrida contra o tempo para começar o projecto e não nos podemos esquecer que se trata de uma obra com uma área de desenvolvimento que se aproxima de 2,5 milhões pés quadrados. Fazer as obras e obter todas as licenças necessárias dos diferentes departamentos não vai ser uma tarefa fácil”, apontou.

A companhia responsável também pelos casinos Altira e City of Dreams tem como objectivo começar as obras do projecto durante a segunda metade do corrente ano. “Vamos começar brevemente, tem de ser desta forma para podermos cumprir o nosso calendário e terminar os trabalhos a tempo”, reconheceu.

Porém, os plano para esta segunda fase ainda não são conhecidos e só devem ser anunciados posteriormente.

Inicialmente, o Governo tinha definido este mês como prazo para terminar as obras de construção da segunda fase do casino, mas acabou por adiar a data limite para Julho de 2021.

Recorde-se que o Studio City fez parte dos terrenos no Cotai que não foram desenvolvidos a tempo do prazo de concessão, mas que o Governo optou por não recuperar, por considerar-se o principal responsável pelos atrasos.

Obras por todo o lado

Além das obras no Studio City, a Melco Resorts and Entertainment está igualmente a trabalhar na renovação de várias áreas do casino City of Dreams.

Neste momento, a área VIP deste casino está em obras que deverão estar concluídas nos próximos nove meses. Também a torre no hotel Nuwa vai sofrer alterações significativas no interior, durante o período de um ano. Segundo Lawrence Ho, os trabalhos vão arrancar no final do Ano Novo Chinês de 2019 e deverão ficar concluídos, se tudo correr dentro do previsto, até ao Ano Novo Chinês de 2020.

A renovação do City of Dreams não se fica por aqui e também na segunda metade do próximo ano, o hotel Countdown vai ter obras. Os trabalhos de renovação profunda no interior vão começar na segunda metade de 2019 e devem ficar concluídas após 18 meses.

26 Jul 2018

Património | Edifício construído por empresa de Mak Soi Kun gera polémica

Um edifício construído pela empresa do deputado Mak Soi Kun está a ser alvo de críticas nas redes sociais. O projecto de arquitectura manteve duas fachadas e criou uma nova estrutura no meio sem qualquer relação estética com a zona circundante. Vários arquitectos criticam o projecto pelo facto de não ter nenhuma ligação com o centro histórico

 

[dropcap style≠’circle’]“U[/dropcap]m ovni”. “Horroroso”. “Um mau bolo de noiva”. Estas são algumas das expressões usadas por arquitectos contactados pelo HM sobre o edifício que está a ser construído entre a Travessa da Sé e Rua de São Domingos, no centro histórico de Macau. Nas redes sociais, as críticas multiplicaram-se. “Não vejo deputados a insurgirem-se contra esta coisa que nasceu ao lado de um edifício classificado”, escreveu um residente.

De um lado manteve-se a fachada tradicional com janelas castanhas e uma parede pintada de cor amarela, enquanto que do outro restou apenas a fachada de um edifício de arte nova, da década de 30. No interior dos edifícios tudo foi destruído. No meio destas duas estruturas, foi edificado um prédio com espelhos. Ao lado dessa obra fica a Casa de Lou Kau, um espaço de património classificado e mantido pelo Instituto Cultural (IC).

A obra, da responsabilidade da empresa Soi Kun, do deputado Mak Soi Kun, tem sido alvo de críticas nas redes sociais e até levou alguns arquitectos a visitar o local. A maioria dos profissionais com quem o HM falou não gostou nada do que viu.

“Aquele resultado dói só de olhar. Se olharmos para as fotografias antigas, a parte amarela não existia, foi feita uma mera imitação. Depois passamos a esquina [entre a Rua de São Domingos e a Travessa da Sé] e chegamos a um edifício dos anos 30 do qual só se manteve a fachada. Ninguém respeita o volume e a relação entre o edifício e a fachada, depois lá dentro fez-se o que quis”, comentou Nuno Alves.

Para o arquitecto, o autor do projecto pensou “tenho aqui um espaço, tenho um ovni e vou colocá-lo aqui”. “Obviamente, que poderia ter sido feita uma coisa mais equilibrada, em termos do uso dos materiais e da ligação entre as três áreas, que são distintas. Poderia ter sido feito um trabalho mais interessante em termos de contraste e continuidade.”

Quem também foi visitar o local foi o arquitecto Miguel Campina, depois do aviso feito por um colega. “Fui lá levado por um colega que me disse que eu tinha de ver aquilo. Fui de espírito aberto e cheguei lá e fiquei de boca aberta. Fiquei muito surpreendido. Estou convencido que se alguém da UNESCO se deparar com aquilo não vai ficar bem impressionado, não pode. Aliás, aquilo é desrespeito pela profissão, pela cidade, pelo passado.”

Para Miguel Campina, “tudo aquilo é horroroso, um bolo de noiva do pior gosto possível”. “Qualquer pessoa com o mínimo de gosto e sensibilidade chega ali e fica estupefacto, pensa que está numa feira popular e não num centro histórico protegido pela UNESCO”, acrescentou.

O HM tentou obter mais esclarecimentos junto do IC no sentido de compreender se foi emitido parecer sobre o projecto, tal como a Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes para saber o tipo de projecto ia ali nascer e quais os padrões que foram avaliados para a sua aprovação, mas até ao fecho desta edição não foi possível obter uma resposta.

“Uma aposta falhada”

Miguel Campina lamenta que o interior dos edifícios tenha sido completamente irreconhecível. “Aquilo é só fachada, todo o miolo foi destruído. É um edifício que deveria respeitar princípios de integração elementares, e ele não respeita nada. É um susto.”

“Pessoalmente, acho que foi uma aposta falhada. Houve uma tentativa de clareza que não resultou de todo, uma sequência de tentativas sem continuidade ou relação. Mas isso tem a ver com a vontade de afirmação de quem faz o desenho do que com uma sensibilidade mais atenta.”

Questionado sobre se as autoridades deveriam ter autorizado este projecto de construção, Miguel Campina garantiu que as autoridades públicas acabam por se preocupar “com coisas menores” e deu o exemplo do que se passa noutras capitais mundiais. “Deveria haver uma entidade moderadora capaz de repor o equilíbrio. Nas cidades devidamente equilibradas, como por exemplo em Londres, o projecto não avança se a arquitectura não tiver a qualidade suficiente. Fazem-se edifícios novos, alguns em clara ruptura com a tradição, mas a linguagem utilizada é excepcional. Aquilo é um falhanço completo, um desastre. Objectivamente, aquilo não valoriza o que quer que seja, só desvaloriza.”

Contactado pelo HM, o deputado José Pereira Coutinho adiantou que vai confrontar o IC com este caso. “Vamos contactar por escrito o IC para se pronunciar sobre esta estrutura. Fico bastante surpreendido com o facto do edifício ter sido aprovado tendo aquela fisionomia, com tanto vidro, não existindo, nos arredores, outro semelhante. Estou curioso em saber o que o IC disse sobre o edifício e quero saber o que a nova presidente do IC [Mok Ian Ian] pensa sobre o assunto”, referiu.

Algum equilíbrio

André Ritchie, arquitecto e ex-coordenador do Gabinete de Infra-estruturas de Transportes, visitou ontem o local mas não se mostrou tão chocado como os seus colegas de profissão. “Não acho que seja uma obra-prima, mas entendo que houve alguma coerência e cuidado. Estamos a falar de uma intervenção no centro histórico da UNESCO, e como arquitecto, o que está feito lá não me arrepia. Acho que há coisas muito piores do que não deveria ser feito. Para mim é um conjunto coerente. Construir no centro histórico não tem de ser copiar o que lá está.”

Para este profissional, “o arquitecto preservou as duas fachadas antigas e usou materiais que permitem a pessoa distinguir entre o novo e o antigo”. “Acho que o resultado é bastante interessante. Volumetricamente houve também um cuidado de ir buscar as alturas desses edifícios existentes.”

“Do lado da Travessa da Sé a transição entre o novo e o antigo é feita com algum sucesso, mas do lado da Rua de São Domingos, onde está a fachada amarela, poderia ter sido melhor feito. A parte nova com vidro o desenho poderia ter ido buscar alguns elementos ao edifício amarelo”, frisou André Ritchie.

Apesar de aceitar uma intervenção que entende ter uma perspectiva mais moderna, sem se copiar exactamente o desenho anterior, o arquitecto lamenta que se destrua todo o interior dos históricos edifícios, que antes eram símbolo de vivências na zona do Leal Senado, ainda presentes na memória do arquitecto.

“Passou a ser regra aceite que o proponente preserve a fachada e depois pode rebentar com o interior do edifício. Temos as fachadas e tudo o que está atrás já não tem qualquer tipo de correspondência. O centro histórico deveria ter alma.”

O HM tentou saber a opinião do deputado Mak Soi Kun sobre este projecto mas, apesar de terem sido enviadas várias imagens do projecto e do nome da empresa responsável pela construção, foi-nos dito que eram necessárias informações mais concretas, pelo que não obtivemos resposta em tempo útil.

26 Jul 2018

Lucros da Melco Resorts sobem no segundo trimestre

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] operadora de jogo Melco Resorts & Entertainment anunciou lucros líquidos de 48,9 milhões de euros no segundo trimestre deste ano, um aumento de 43,1 por cento face ao período homólogo do ano passado.

 

De acordo com o comunicado divulgado ontem, o grupo alcançou receitas de 1,048 milhões de euros, o que representa uma queda de 5 por cento em relação ao mesmo período do ano anterior, quando a receita tinha sido de 1,108 mil milhões de euros. “A redução na receita líquida é atribuída principalmente a maiores comissões e devido à adopção a um novo padrão de reconhecimento de receita emitido pelo Financial Accounting Standards Board”, lê-se no comunicado. “A administração, após avaliar a actual posição de liquidez do Grupo e as futuras necessidades de capital, decidiu aumentar o dividendo trimestral em 7 por cento”, declarou Lawrence Ho, filho do magnata do jogo de Macau Stanley Ho e presidente da Melco Resorts.

Os lucros operacionais sofreram também uma queda de 7 por cento. Os resultados apresentados demonstram que o Grupo obteve 118,1 milhões de dólares neste trimestre. O EBITDA ajustado (lucros antes de impostos, amortizações e depreciações) aumentou 8 por cento relativamente aos meses de Abril a Junho de 2017, para 355,5 milhões de dólares.

25 Jul 2018