Pedro Arede Manchete SociedadeCovid-19 | Testes mais baratos a partir de quinta-feira A partir de quinta-feira os testes de ácido nucleico passam a custar 100 patacas. Segundo os Serviços de Saúde, a redução de 20 patacas é possível devido ao aumento do número de testes. Ao todo, 37 pilotos e profissionais vão fazer quarentena para participar no Grande Prémio de Macau. Alargamento do prazo de validade dos testes foi, para já, afastado [dropcap]O[/dropcap] preço do teste de despistagem à covid-19 será reduzido de 120 para 100 patacas em todos os postos de criados para o efeito. Ou seja, a partir da próxima quinta-feira, a taxa de realização do teste de ácido nucleico será reduzida em 20 patacas nos postos do Fórum de Macau, Pac On, Hospital Kiang Wu e no Hospital Universitário (MUST). De acordo com Alvis Lo Iek Long, Médico Adjunto da Direcção do Centro Hospitalar Conde de São Januário, a redução é justificada com a possibilidade de reduzir encargos dos cidadãos e aproximar os preços praticados em Macau e no Interior da China, onde a taxa é 75 renminbis. “Quanto mais baixo for o preço, mais favorável é para a população. O Governo tem cooperado com as instituições onde se realizam os testes e, neste momento, além do número de testes disponíveis, também aumentámos as quantidades de substâncias [reagentes] e, por isso, baixando os custos, podemos oferecer um preço mais benéfico”, explicou ontem o responsável. “No Interior da China o preço é de 75 renminbis, que são cerca de 100 patacas”, explicou. Quem pagou antecipadamente pela realização do teste e agendou exame para data a partir de quinta-feira será reembolsado, quer a marcação tenha sido feita online ou de forma presencial. “Quando a pessoa já procedeu ao pagamento digital através de MPay ou do Banco da China, as duas instituições vão devolver directamente o dinheiro para os cidadãos não terem de fazer outras acções. Para quem pagou em numerário no hospital, será preciso mais algum tempo para proceder à devolução”, referiu Alvis Lo Iek Long. A coordenadora do Núcleo de Prevenção e Doenças, Leong Iek Hou revelou ainda que, no total, existem 37 participantes do Grande Prémio de Macau que já fizeram, estão a fazer ou irão fazer quarentena. Sem adiantar a proveniência dos pilotos e profissionais nesta situação, a responsável revelou que quatro pessoas já concluíram a observação, 10 estão actualmente isoladas e 12 anunciaram que pretendem fazer quarentena. Talvez um dia Questionados sobre a possibilidade, avançada por deputados e académicos, de o prazo de validade dos testes de ácido nucleico ser alargado de sete para catorze dias e o processo de emissão de vistos da China simplificado, Alvis Lo afastou, para já, qualquer relaxamento nesse sentido, em nome da segurança. “Temos mantido comunicação estreita com as autoridades do Interior. Para já, o número de dias previstos é uma forma muito viável de prevenção e não existe experiência sobre efeitos de um alargamento para 14 dias. Mas, no futuro podemos alterar estas medidas”, acabou por admitir. Também durante a conferência foi anunciado que, desde ontem, passou a ser obrigatória quarentena de 14 dias para quem queira entrar em Macau e tenha estado nos 14 dias anteriores na prefeitura chinesa de Kazilsu Kirgiz, na província de Xinjiang.
Hoje Macau SociedadeCovid-19 | Bancos emprestaram cerca de 8 mil milhões em crédito [dropcap]A[/dropcap]té finais de Agosto, foram concedidos mais de cinco mil créditos relacionados com o combate à epidemia pelos bancos de Macau. Estão em causa cerca de 8 mil milhões de patacas, indicou a Autoridade Monetária de Macau (AMCM) em comunicado. A AMCM explica que deu apoio aos bancos para proporcionar financiamento e crédito aos residentes e empresas, através do aumento da afectação de fundos das reservas no sistema bancário e aliviar as pressões financeiras decorrentes da epidemia. A AMCM adoptou estratégias de investimento “mais prudentes e defensivas”, incluindo a diminuição de investimento em carteiras de acções de alto risco e o aumento da afectação dos fundos nos produtos do mercado monetário e de títulos, para diminuir o impacto da flutuação do mercado. “A Reserva Financeira registou contrapartidas positivas na atmosfera de investimento adversa, evidenciando no programa de investimento uma certa resiliência face aos riscos”, pode ler-se. Além disso, foi indicado que este ano serão finalizados o “Sistema de liquidação imediata em tempo real em HKD de Macau” e o “Sistema de Pagamento Directo das Operações Electrónicas e Transfronteiriças Guangdong-Macau”.
Pedro Arede Manchete SociedadeJogo | Receitas mensais sobem para 7,27 mil milhões em Outubro As receitas brutas de jogo totalizaram em Outubro o segundo melhor registo do ano, ficando só atrás de Janeiro. Em termos anuais, a quebra foi de 72,5 por cento, resultado ainda longe da normalidade de outros tempos [dropcap]O[/dropcap] “empurrão” dado pela retoma na emissão de vistos turísticos parece começar a nutrir resultados palpáveis. De acordo com dados divulgados no domingo pela Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ), em Outubro de 2020 as receitas brutas dos casinos de Macau registaram uma subida em termos mensais de 7,27 mil milhões de patacas, materializando uma subida de 5,05 mil milhões de patacas (mais 228 por cento) em relação a Setembro, altura em que as receitas foram de 2,21 mil milhões de patacas. Apesar da subida assinalável, é preciso não esquecer que o registo está ainda longe das receitas de 2019, tendo em conta que, em termos anuais, as receitas brutas dos casinos caíram 72,5 por cento relativamente ao mesmo período do ano passado. Isto, quando em Outubro de 2019, as receitas foram de 26,44 mil milhões de patacas. Com os resultados mensais fixados em 7,27 mil milhões de patacas, Outubro assume-se mesmo como o segundo melhor mês do ano, ficando somente atrás de Janeiro, quando as receitas ascenderam às 22,12 mil milhões de patacas. O mesmo é dizer que Outubro de 2020 é o melhor mês para o sector do jogo desde o início da pandemia, dado que em Fevereiro os casinos foram forçados a encerrar por 15 dias (3,10 mil milhões) e Março (5,25 mil milhões) antecedeu a imposição de medidas fronteiriças mais severas, fazendo com que apenas em Setembro as receitas tenham ficado acima dos dois mil milhões de patacas. Além disso, o resultado é tanto mais significativo, tendo em conta que, isoladamente, o montante das receitas de Outubro (7,27 mil milhões) é praticamente o equivalente aos totais somados dos cinco meses anteriores, ou seja, entre Maio e Setembro (7,36 mil milhões) Quanto à receita bruta acumulada de 2020, segundo a DICJ, registaram-se perdas de 81,4 por cento, desde o início do ano. Isto, dado que o montante global gerado de Janeiro a Outubro de 2020 foi de 45,87 mil milhões de patacas, ou seja menos 200,86 mil milhões de patacas do total acumulado nos primeiros cinco meses de 2019 (246,74 mil milhões). Com pés de lã Por trás da recuperação do jogo estará, muito provavelmente, a retoma de emissão de vistos turísticos, individuais e de grupo, para vir a Macau, desde o Interior da China. Se inicialmente a medida que entrou em vigor a 23 de Setembro não teve efeitos práticos nas receitas desse mês, em Outubro, aliada às celebrações da Semana Dourada, o caso parece ser ligeiramente melhor. Isto porque, apesar de esperado, o número de visitantes durante a Semana Dourada foi pouco animador. Entre 1 e 8 de Outubro entraram em Macau 156.300 visitantes, número que contrasta naturalmente com as 974.337 entradas verificadas no mesmo período de 2019, correspondendo a um decréscimo de 86 por cento.
Hoje Macau SociedadeSMG | Atsani é o novo ciclone tropical em desenvolvimento [dropcap]A[/dropcap] Direcção dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) informou hoje que o ciclone tropical “Atsani”, que está localizado a oeste do Oceano Pacífico, está a mover-se lentamente para a Ilha de Luzon, nas Filipinas, onde deverá fechar nos próximos dias. Para já, os SMG não conseguem prever a trajectória e intensidade do Atsani na entrada para o Mar do Sul da China. Quanto ao ciclone tropical “Goni”, que está mais próximo de Macau, continua no Mar de Sul da China e move-se em direcção ao Vietname. Os SMG referem que a” ameaça para Macau deverá ser relativamente pequena”. Nas Filipinas, o Goni causou pelo menos 16 mortos e levou à destruição de casas e de infra-estruturas. De acordo com o Centro de Prevenção Meteorológica vietnamita, o Goni está a progredir no mar da China do Sul em direcção ao centro do país, já debilitado devido à passagem pelas Filipinas, com ventos sustentados até 75 quilómetros por hora (km/h), embora seja possível que volte a fortalecer-se antes de chegar à costa central do Vietname, na quinta-feira. Descrito pelos meteorologistas como o tufão mais forte deste ano, com rajadas de vento de 280 km/h, a tempestade tropical perdeu força ao tocar terra na província filipina de Luzon, mas ainda assim com ventos de 125 km/h e rajadas de 170 km/h. O Goni, que se formou no oceano Pacífico com “ventos destrutivos”, causou inundações e aluimentos de terra, principalmente na ilha de Luzon, no norte do arquipélago, afectada também este domingo pela tempestade tropical Atsani. O Departamento de Defesa das Filipinas indicou que as mortes ocorreram na região de Bicol, no nordeste, onde às inundações e aos ventos fortes se juntou uma corrente de lava fria, conhecidos como ‘lahar’, procedente do vulcão Mayon. Pelo menos 390.200 pessoas estão actualmente deslocadas nas Filipinas, mais de 49 mil fora dos centros de evacuação, indicou o canal televisivo GMA. As autoridades do Vietname estão a preparar a chegada do Goni, depois de um trágico mês de outubro na região central do país, onde mais de 160 pessoas morreram e 70 estão desaparecidas na sequência de quatro tempestades consecutivas. A última, o tufão Molave, deixou pelo menos 29 mortos e 51 desaparecidos, de acordo com o Centro de Gestão de Desastres vietnamita. As equipas de socorro militares deslocadas nas zonas mais afectadas estão a trabalhar contra o tempo à procura dos desaparecidos, muitos dos quais soterrados sob aluimentos de terra. Em 2019, o Vietname contabilizou 132 mortos na sequência de desastres naturais, um número muito inferior ao previsto para este ano em que o país já registou nove grandes tempestades, sendo o Goni a décima.
Hoje Macau SociedadeMacau impõe quarentena a quem chegar de Kazilsu Kirgiz, Xinjiang [dropcap]M[/dropcap]acau impôs a partir de hoje a obrigatoriedade de quarentena de 14 dias a todos que queiram entrar no território e tenham estado nos 14 dias anteriores na prefeitura chinesa de Kazilsu Kirgiz, na província de Xinjiang. A decisão foi tomada após terem sido “encontradas 15 pessoas assintomáticas e infectadas nos cantões de Karekaiqike e de Pilal, do distrito de Akto da prefeitura autónoma de Kazilsu Kirgiz”, no noroeste da China, indicou em comunicado o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus. Da mesma forma, as autoridades informaram no domingo que vão contactar a partir de hoje aqueles que já entraram em Macau, de forma a acompanharem o estado de saúde e para organizarem a realização de testes. “O Centro de Coordenação decidiu, de imediato, transformar a cor do código de saúde dos indivíduos que estiveram da prefeitura autónoma de Kazilsu Kirgiz, Xinjiang, nos últimos 14 dias, para a ‘cor amarela’, sendo que estes (…) necessitam de realizar auto-gestão de saúde, suspender a sua actividade profissional e devem ser acompanhados pelos serviços de saúde”, de acordo com a mesma nota.
João Santos Filipe SociedadeAlargado prazo recorrer no caso IPIM. Glória Batalha substitui Pedro Leal [dropcap]O[/dropcap] prazo para recorrer da sentença do caso do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM) foi prolongado por mais 20 dias, depois de o Ministério Público (MP) e alguns arguidos o terem requerido. Segundo o HM apurou, a extensão do prazo foi aceite e o dia limite para a apresentação, que estava agendado para ontem, deve passar para 18 de Novembro. O facto de o MP ter pedido para alargar o prazo aponta a forte hipótese de recorrer da decisão do Tribunal Judicial de Base. No entanto, ao HM, o organismo liderado por Ip Son Sang limitou-se a responder que ainda está a “analisar o processo”, o que faz com que não possa “por agora”, prestar “informações detalhadas”. Até ontem o recurso do MP ainda não tinha entrado no tribunal. Quanto a Jackson Chang, o ex-presidente do IPIM foi condenado a dois anos de prisão efectiva pela prática de quatro crimes de violação de segredo e três crimes de inexactidão de elementos no preenchimento da declaração de rendimentos. Ao HM, o advogado de Chang, Álvaro Rodrigues, afirmou que a defesa ainda está a trabalhar no recurso, mas que vai ser apresentado nos próximos dias. Caso a decisão da primeira instância se mantenha, Jackson Chang, que foi absolvido dos crimes de associação criminosa, corrupção activa e passiva e branqueamento de capitais, tem apenas de cumprir mais sete meses de prisão, uma vez que foi o único arguido que aguardou o julgamento em prisão preventiva. Glória Batalha também vai recorrer. A ex-vogal do IPIM foi condenada a um ano e nove meses de prisão efectiva pela prática de um crime de abuso de poder e dois de violação de segredo. Contudo, o recurso será elaborado por Bernardo Leong, e não por Pedro Leal. Após a sentença do julgamento, Glória Batalha optou por mudar de advogado, uma decisão que o anterior causídico da condenada, Pedro Leal, disse “aceitar e compreender”. Processo com 26 arguidos Entre os arguidos mais mediáticos do megaprocesso consta ainda Miguel Ian, ex-director-adjunto do Departamento Jurídico e de Fixação de Residência por Investimento do IPIM, condenado por sete crimes de falsificação de documento, com uma pena de quatro anos de prisão efectiva. À saída do julgamento, o advogado de Miguel Ian, Jorge Ho, considerou a condenação demasiado pesada e já tinha dito que era muito provável que houvesse recurso. Entre os 26 arguidos do processo, 19 foram julgados culpados e sete ilibados. Segundo o tribunal, os empresários Ng Kuok Sao e Wu Shu Hua, marido e mulher, criaram uma associação criminosa para vender autorizações de fixação de residência e foram condenados com penas de 18 anos e 12 anos de prisão. O cabecilha, Ng Kuok Sao, encontra-se fora de Macau e foi julgado à revelia.
João Santos Filipe SociedadeAlargado prazo recorrer no caso IPIM. Glória Batalha substitui Pedro Leal [dropcap]O[/dropcap] prazo para recorrer da sentença do caso do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM) foi prolongado por mais 20 dias, depois de o Ministério Público (MP) e alguns arguidos o terem requerido. Segundo o HM apurou, a extensão do prazo foi aceite e o dia limite para a apresentação, que estava agendado para ontem, deve passar para 18 de Novembro. O facto de o MP ter pedido para alargar o prazo aponta a forte hipótese de recorrer da decisão do Tribunal Judicial de Base. No entanto, ao HM, o organismo liderado por Ip Son Sang limitou-se a responder que ainda está a “analisar o processo”, o que faz com que não possa “por agora”, prestar “informações detalhadas”. Até ontem o recurso do MP ainda não tinha entrado no tribunal. Quanto a Jackson Chang, o ex-presidente do IPIM foi condenado a dois anos de prisão efectiva pela prática de quatro crimes de violação de segredo e três crimes de inexactidão de elementos no preenchimento da declaração de rendimentos. Ao HM, o advogado de Chang, Álvaro Rodrigues, afirmou que a defesa ainda está a trabalhar no recurso, mas que vai ser apresentado nos próximos dias. Caso a decisão da primeira instância se mantenha, Jackson Chang, que foi absolvido dos crimes de associação criminosa, corrupção activa e passiva e branqueamento de capitais, tem apenas de cumprir mais sete meses de prisão, uma vez que foi o único arguido que aguardou o julgamento em prisão preventiva. Glória Batalha também vai recorrer. A ex-vogal do IPIM foi condenada a um ano e nove meses de prisão efectiva pela prática de um crime de abuso de poder e dois de violação de segredo. Contudo, o recurso será elaborado por Bernardo Leong, e não por Pedro Leal. Após a sentença do julgamento, Glória Batalha optou por mudar de advogado, uma decisão que o anterior causídico da condenada, Pedro Leal, disse “aceitar e compreender”. Processo com 26 arguidos Entre os arguidos mais mediáticos do megaprocesso consta ainda Miguel Ian, ex-director-adjunto do Departamento Jurídico e de Fixação de Residência por Investimento do IPIM, condenado por sete crimes de falsificação de documento, com uma pena de quatro anos de prisão efectiva. À saída do julgamento, o advogado de Miguel Ian, Jorge Ho, considerou a condenação demasiado pesada e já tinha dito que era muito provável que houvesse recurso. Entre os 26 arguidos do processo, 19 foram julgados culpados e sete ilibados. Segundo o tribunal, os empresários Ng Kuok Sao e Wu Shu Hua, marido e mulher, criaram uma associação criminosa para vender autorizações de fixação de residência e foram condenados com penas de 18 anos e 12 anos de prisão. O cabecilha, Ng Kuok Sao, encontra-se fora de Macau e foi julgado à revelia.
João Santos Filipe Manchete SociedadeMP | Au Kam San foi ouvido devido a queixa da PJ por difamação Depois de ter dito que acreditava que a PJ fazia escutas ilegais, Au Kam San foi alvo de um ultimato: ou pedia desculpas ou levava com uma queixa. Agora é suspeito da prática do crime de difamação e foi ouvido há duas semanas no Ministério Público [dropcap]O[/dropcap] deputado Au Kam Sam foi ouvido pelo Ministério Público (MP), no âmbito da queixa da Polícia Judiciária (PJ) por difamação. Em causa estão as declarações prestadas pelo deputado em 2018, ao jornal Ou Mun, em que disse acreditar que a PJ fazia escutas ilegais. O democrata revelou ao HM que foi chamado pelo MP para prestar declarações há duas semanas: “Em 14 de Outubro, o Ministério Público chamou-me para prestar declarações. O MP já lançou o processo penal, ou seja, anunciou que sou suspeito”, contou Au Kam San. “Sobre os pormenores do caso, e como sou um dos envolvidos, não é conveniente divulgar as informações porque o processo encontra-se em segredo de justiça”, completou. O caso teve origem há dois anos, em Outubro de 2018, quando Au Kam San afirmou acreditar que a PJ fazia escutas de forma ilegal, ou seja sem a autorização de um juiz. Como exemplo, o deputado recordou um episódio de 2009, quando um homem numa conversa telefónica ameaçou imolar-se numa esquadrada de Macau. No entanto, quando chegou à tal esquadra, os agentes estariam à sua espera com extintores. Face às acusações, a PJ defendeu-se com o facto de o homem ir a gritar que se pretendia imolar, quando se deslocava para o local. Após as declarações de Au, a força da autoridade que se encontra sob a tutela do secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, lançou um ultimato: ou pedia desculpa ou era apresentada queixa por difamação. Como o democrata recusou retratar-se, a PJ avançou para a justiça. A PJ pretende assim obrigar Au Kam San a responder em tribunal pela prática do crime de difamação, punido com prisão até 6 meses ou multa de 240 dias. Democrata suspenso? Apesar da queixa, como deputado, Au Kam San está protegido por imunidade parlamentar. Por isso, caso haja acusação formal e visto que a moldura penal do crime não implica suspensão automática do mandato, o membro da Assembleia Legislativa só será julgado após deixar o hemiciclo. O mandato actual termina em Agosto, mas Au poderá ser reeleito nas legislativas do próximo ano, que deverão decorrer em Setembro. No entanto, os outros deputados podem, a pedido dos tribunais, votar a suspensão do mandato de Au Kam San, à semelhança do que aconteceu com Sulu Sou, que foi suspenso para responder pela acusação do crime de desobediência. Esta não é a única queixa a decorrer contra Au Kam San por difamação. Em Julho de 2017, o deputado entregou uma queixa no Comissariado contra a Corrupção a pedir uma investigação ao secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, Li Canfeng, então director das Obras Públicas, e os respectivos antecessores, Lao Sio Io e Jaime Carion. Em causa estavam as escolhas de recuperar alguns terrenos, mas permitir que outros ficassem na posse das concessionárias. Na sequência de ver o seu nome ligado a práticas de corrupção, Raimundo do Rosário apresentou queixa na PJ. Sobre este processo, Au Kam San disse não haver desenvolvimentos. O deputado já tinha sido ouvido em Setembro de 2017 como suspeito.
João Santos Filipe Manchete SociedadeMP | Au Kam San foi ouvido devido a queixa da PJ por difamação Depois de ter dito que acreditava que a PJ fazia escutas ilegais, Au Kam San foi alvo de um ultimato: ou pedia desculpas ou levava com uma queixa. Agora é suspeito da prática do crime de difamação e foi ouvido há duas semanas no Ministério Público [dropcap]O[/dropcap] deputado Au Kam Sam foi ouvido pelo Ministério Público (MP), no âmbito da queixa da Polícia Judiciária (PJ) por difamação. Em causa estão as declarações prestadas pelo deputado em 2018, ao jornal Ou Mun, em que disse acreditar que a PJ fazia escutas ilegais. O democrata revelou ao HM que foi chamado pelo MP para prestar declarações há duas semanas: “Em 14 de Outubro, o Ministério Público chamou-me para prestar declarações. O MP já lançou o processo penal, ou seja, anunciou que sou suspeito”, contou Au Kam San. “Sobre os pormenores do caso, e como sou um dos envolvidos, não é conveniente divulgar as informações porque o processo encontra-se em segredo de justiça”, completou. O caso teve origem há dois anos, em Outubro de 2018, quando Au Kam San afirmou acreditar que a PJ fazia escutas de forma ilegal, ou seja sem a autorização de um juiz. Como exemplo, o deputado recordou um episódio de 2009, quando um homem numa conversa telefónica ameaçou imolar-se numa esquadrada de Macau. No entanto, quando chegou à tal esquadra, os agentes estariam à sua espera com extintores. Face às acusações, a PJ defendeu-se com o facto de o homem ir a gritar que se pretendia imolar, quando se deslocava para o local. Após as declarações de Au, a força da autoridade que se encontra sob a tutela do secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, lançou um ultimato: ou pedia desculpa ou era apresentada queixa por difamação. Como o democrata recusou retratar-se, a PJ avançou para a justiça. A PJ pretende assim obrigar Au Kam San a responder em tribunal pela prática do crime de difamação, punido com prisão até 6 meses ou multa de 240 dias. Democrata suspenso? Apesar da queixa, como deputado, Au Kam San está protegido por imunidade parlamentar. Por isso, caso haja acusação formal e visto que a moldura penal do crime não implica suspensão automática do mandato, o membro da Assembleia Legislativa só será julgado após deixar o hemiciclo. O mandato actual termina em Agosto, mas Au poderá ser reeleito nas legislativas do próximo ano, que deverão decorrer em Setembro. No entanto, os outros deputados podem, a pedido dos tribunais, votar a suspensão do mandato de Au Kam San, à semelhança do que aconteceu com Sulu Sou, que foi suspenso para responder pela acusação do crime de desobediência. Esta não é a única queixa a decorrer contra Au Kam San por difamação. Em Julho de 2017, o deputado entregou uma queixa no Comissariado contra a Corrupção a pedir uma investigação ao secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, Li Canfeng, então director das Obras Públicas, e os respectivos antecessores, Lao Sio Io e Jaime Carion. Em causa estavam as escolhas de recuperar alguns terrenos, mas permitir que outros ficassem na posse das concessionárias. Na sequência de ver o seu nome ligado a práticas de corrupção, Raimundo do Rosário apresentou queixa na PJ. Sobre este processo, Au Kam San disse não haver desenvolvimentos. O deputado já tinha sido ouvido em Setembro de 2017 como suspeito.
Hoje Macau SociedadeMais de três dezenas de residentes detidos por burla informática [dropcap]A[/dropcap] Polícia Judiciária (PJ) deteve 31 residentes de Macau por envolvimento numa rede criminosa que alegadamente se dedicava ao roubo de dados de cartões de crédito, que eram usados para comprar créditos em jogos online, para serem comercializados. Do total dos detidos, 15 são estudantes do ensino secundário e universitário. O cabecilha do grupo continua a monte. De acordo com informações divulgadas ontem pela PJ e que resultaram de uma operação conjunta com as autoridades de Hong Kong, terão sido roubados dados de mais de 500 cartões de crédito, 145 emitidos por bancos de Macau. Para desviar as informações dos cartões de crédito, foram utilizadas contas de Apple ID angariadas nas redes sociais através de phishing. Em troca de cada furto de dados, os membros recebiam entre 20 e 25 patacas. Obtidas as informações, o dinheiro era usado para adquirir créditos em jogos online, sendo que após “apetrechadas”, as contas eram posteriormente enviadas ao cabecilha do grupo para ser comercializadas. No decorrer da investigação da operação “Soaringstar”, a PJ revelou que a rede lucrou 600 mil patacas com o esquema. Dos 31 residentes detidos, três são estudantes com idades entre os 19 e 21 anos, da mesma universidade e considerados “membros-chave”. Dos restantes 28 membros detidos, 13 são estudantes universitários e dois são estudantes do ensino secundário. Segundo a PJ, a polícia de Hong Kong deteve cinco pessoas por envolvimento no esquema. O caso seguiu ontem para o Ministério Público (MP), onde os suspeitos irão responder pela prática do crime de burla informática. Caso sejam acusados, os suspeitos poderão ser punidos com pena de prisão até 3 anos ou pena de multa. Preocupação superior A Direcção dos Serviços do Ensino Superior manifestou “grande preocupação” em relação ao caso, apelando para que os estudantes tenham cuidado. “Ao mesmo tempo que desfrutamos das facilidades proporcionadas pela Internet e pelas diversas aplicações, devemos ter cuidado com a mistura de informações do mundo cibernético, com as suas armadilhas e evitar sermos seduzidos para a prática de actividades ilegais”, pode ler-se na nota.
Hoje Macau SociedadeMais de três dezenas de residentes detidos por burla informática [dropcap]A[/dropcap] Polícia Judiciária (PJ) deteve 31 residentes de Macau por envolvimento numa rede criminosa que alegadamente se dedicava ao roubo de dados de cartões de crédito, que eram usados para comprar créditos em jogos online, para serem comercializados. Do total dos detidos, 15 são estudantes do ensino secundário e universitário. O cabecilha do grupo continua a monte. De acordo com informações divulgadas ontem pela PJ e que resultaram de uma operação conjunta com as autoridades de Hong Kong, terão sido roubados dados de mais de 500 cartões de crédito, 145 emitidos por bancos de Macau. Para desviar as informações dos cartões de crédito, foram utilizadas contas de Apple ID angariadas nas redes sociais através de phishing. Em troca de cada furto de dados, os membros recebiam entre 20 e 25 patacas. Obtidas as informações, o dinheiro era usado para adquirir créditos em jogos online, sendo que após “apetrechadas”, as contas eram posteriormente enviadas ao cabecilha do grupo para ser comercializadas. No decorrer da investigação da operação “Soaringstar”, a PJ revelou que a rede lucrou 600 mil patacas com o esquema. Dos 31 residentes detidos, três são estudantes com idades entre os 19 e 21 anos, da mesma universidade e considerados “membros-chave”. Dos restantes 28 membros detidos, 13 são estudantes universitários e dois são estudantes do ensino secundário. Segundo a PJ, a polícia de Hong Kong deteve cinco pessoas por envolvimento no esquema. O caso seguiu ontem para o Ministério Público (MP), onde os suspeitos irão responder pela prática do crime de burla informática. Caso sejam acusados, os suspeitos poderão ser punidos com pena de prisão até 3 anos ou pena de multa. Preocupação superior A Direcção dos Serviços do Ensino Superior manifestou “grande preocupação” em relação ao caso, apelando para que os estudantes tenham cuidado. “Ao mesmo tempo que desfrutamos das facilidades proporcionadas pela Internet e pelas diversas aplicações, devemos ter cuidado com a mistura de informações do mundo cibernético, com as suas armadilhas e evitar sermos seduzidos para a prática de actividades ilegais”, pode ler-se na nota.
Pedro Arede Manchete SociedadeCCAC | André Cheong diz que a lei é para “qualquer pessoa” O Comissariado contra a Corrupção revelou o caso de um investigador da PJ suspeito de aceder a dados de migração sem autorização. Noutro caso, um funcionário do IAM é suspeito de falsificação de documentos. O secretário para a Administração e Justiça defende que não há desculpas para contornar a lei, qualquer que seja o cargo [dropcap]D[/dropcap]e acordo com o Comissariado contra a Corrupção (CCAC), um investigador da Polícia Judiciária (PJ) é suspeito do crime de abuso de poder por acesso indevido a dados pessoais, nomeadamente às informações de migração de um homem e uma mulher. O caso remonta a 2019 e foi denunciado por uma das vítimas. “O referido investigador criminal, para satisfazer os seus interesses pessoais e sem autorização do seu superior hierárquico, terá acedido, várias vezes, aos dados de migração respeitantes ao referido residente e à amiga deste último”, pode ler-se na nota de imprensa divulgada ontem. Convidado a comentar o caso à margem de uma apresentação do Conselho Executivo, André Cheong, secretário para a Administração e Justiça frisou que, independentemente dos cargos ou dos departamentos onde trabalham, os cidadãos que violam a lei serão punidos. “Este caso mostra que em Macau existe lei e que ela é aplicada a qualquer pessoa, quer sejam cidadãos com cargos comuns ou outros funcionários que interagem com dados pessoais. Se violarem as leis vão ser punidos”, vincou o também porta-voz do Conselho do Executivo, André Cheong. Contactada pelo HM sobre as medidas a tomar a nível interno após a divulgação do CCAC, a PJ revelou que, após tomar conhecimento do caso, “foi instaurado um processo disciplinar” e que o organismo irá “reforçar a supervisão dos funcionários”. Segundo o CCAC, o investigador em causa terá praticado o crime de abuso de poder e o crime de acesso indevido, tendo o caso sido encaminhado para o Ministério Público (MP) para efeitos de acompanhamento. Caso venha a ser acusado, o homem poderá ser punido com pena de prisão até 3 anos pelo crime de abuso de poder e com pena de prisão até um ano, pelo crime de acesso indevido. Carimbo dourado No mesmo comunicado, o CCAC revelou também ter concluído uma investigação sobre um funcionário do Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), suspeito de ter alterado a informação nos documentos de consulta de preço num processo de aquisição de bens e serviços. Isto depois de o IAM ter descoberto que o nome da empresa adjudicatária não batia certo com o carimbo que constava num dos documentos do processo, acabando por devolver o documento ao trabalhador para acompanhar a situação. No entanto, o funcionário procedeu, na mesma, à liquidação indicada. “Para fugir à responsabilidade disciplinar que poderia vir a ser imputada por falhas no desempenho das suas funções, alterou, sem autorização, o documento de consulta de preço e procedeu à liquidação com base deste documento, o que consubstancia a suspeita da prática do crime de falsificação praticado por funcionário”, pode ler-se no comunicado do CCAC. Considerando o caso “inaceitável”, por colocar o interesse próprio em primeiro lugar, André Cheong diz não haver desculpas para não se cumprir as regras. “O nosso trabalho tem de ser feito de acordo com a legislação e temos de cumprir as regras. Durante o trabalho, qualquer acto ilegal ou de abuso de poder ter tolerância zero, tanto por parte dos órgãos judiciais como durante a investigação”, referiu o secretário. No seguimento do caso, que foi também encaminhado para o MP, o IAM emitiu um comunicado onde revela que foram “instaurados processos disciplinares” e que irá prestar “toda a colaboração” durante a investigação. “[O IAM] continuará a reforçar a consciência dos trabalhadores (…) de modo a criar uma equipa de trabalhadores que desempenhem fielmente as funções de que estão investidos e sejam honestos e dedicados para com o público”, pode ler-se na nota.
Pedro Arede Manchete SociedadeCCAC | André Cheong diz que a lei é para “qualquer pessoa” O Comissariado contra a Corrupção revelou o caso de um investigador da PJ suspeito de aceder a dados de migração sem autorização. Noutro caso, um funcionário do IAM é suspeito de falsificação de documentos. O secretário para a Administração e Justiça defende que não há desculpas para contornar a lei, qualquer que seja o cargo [dropcap]D[/dropcap]e acordo com o Comissariado contra a Corrupção (CCAC), um investigador da Polícia Judiciária (PJ) é suspeito do crime de abuso de poder por acesso indevido a dados pessoais, nomeadamente às informações de migração de um homem e uma mulher. O caso remonta a 2019 e foi denunciado por uma das vítimas. “O referido investigador criminal, para satisfazer os seus interesses pessoais e sem autorização do seu superior hierárquico, terá acedido, várias vezes, aos dados de migração respeitantes ao referido residente e à amiga deste último”, pode ler-se na nota de imprensa divulgada ontem. Convidado a comentar o caso à margem de uma apresentação do Conselho Executivo, André Cheong, secretário para a Administração e Justiça frisou que, independentemente dos cargos ou dos departamentos onde trabalham, os cidadãos que violam a lei serão punidos. “Este caso mostra que em Macau existe lei e que ela é aplicada a qualquer pessoa, quer sejam cidadãos com cargos comuns ou outros funcionários que interagem com dados pessoais. Se violarem as leis vão ser punidos”, vincou o também porta-voz do Conselho do Executivo, André Cheong. Contactada pelo HM sobre as medidas a tomar a nível interno após a divulgação do CCAC, a PJ revelou que, após tomar conhecimento do caso, “foi instaurado um processo disciplinar” e que o organismo irá “reforçar a supervisão dos funcionários”. Segundo o CCAC, o investigador em causa terá praticado o crime de abuso de poder e o crime de acesso indevido, tendo o caso sido encaminhado para o Ministério Público (MP) para efeitos de acompanhamento. Caso venha a ser acusado, o homem poderá ser punido com pena de prisão até 3 anos pelo crime de abuso de poder e com pena de prisão até um ano, pelo crime de acesso indevido. Carimbo dourado No mesmo comunicado, o CCAC revelou também ter concluído uma investigação sobre um funcionário do Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), suspeito de ter alterado a informação nos documentos de consulta de preço num processo de aquisição de bens e serviços. Isto depois de o IAM ter descoberto que o nome da empresa adjudicatária não batia certo com o carimbo que constava num dos documentos do processo, acabando por devolver o documento ao trabalhador para acompanhar a situação. No entanto, o funcionário procedeu, na mesma, à liquidação indicada. “Para fugir à responsabilidade disciplinar que poderia vir a ser imputada por falhas no desempenho das suas funções, alterou, sem autorização, o documento de consulta de preço e procedeu à liquidação com base deste documento, o que consubstancia a suspeita da prática do crime de falsificação praticado por funcionário”, pode ler-se no comunicado do CCAC. Considerando o caso “inaceitável”, por colocar o interesse próprio em primeiro lugar, André Cheong diz não haver desculpas para não se cumprir as regras. “O nosso trabalho tem de ser feito de acordo com a legislação e temos de cumprir as regras. Durante o trabalho, qualquer acto ilegal ou de abuso de poder ter tolerância zero, tanto por parte dos órgãos judiciais como durante a investigação”, referiu o secretário. No seguimento do caso, que foi também encaminhado para o MP, o IAM emitiu um comunicado onde revela que foram “instaurados processos disciplinares” e que irá prestar “toda a colaboração” durante a investigação. “[O IAM] continuará a reforçar a consciência dos trabalhadores (…) de modo a criar uma equipa de trabalhadores que desempenhem fielmente as funções de que estão investidos e sejam honestos e dedicados para com o público”, pode ler-se na nota.
Nunu Wu SociedadeCheque pecuniário | Académicos defendem revisão no método de atribuição [dropcap]P[/dropcap]or ocasião de uma sessão de debate organizada pela Associação Aliança de Povo de Instituição de Macau sobre o plano de participação pecuniária, os académicos Andrew Fong e Larry So sugeriram que o Governo reveja o método de atribuição dos montantes envolvidos. O objectivo passa por fazer uma distribuição mais justa e adequada às possibilidades do Governo, variáveis ao longo dos anos. Para Andrew Fong, o Governo deve implementar um mecanismo de longo prazo capaz de ajustar os montantes a distribuir, de acordo com o excedente do Governo e o nível de inflação. Além disso, Fong defende que, à semelhança de algumas regiões vizinhas como Singapura, os montantes mais elevados devem ter como destino as famílias mais pobres e os idosos. Por seu turno, Larry So lembra que o actual regime é “pouco avançado” e que foi pensado para quando a economia de Macau era “boa”. Sobre a possibilidade de o montante dos cheques pecuniários vir a ser distribuído, em parte, através do cartão de consumo, Larry So considera não ser uma medida acertada pois impede aliviar encargos importantes para as famílias como as rendas. Opinião semelhante é partilhada pela presidente da Aliança do Povo, Nick Lei, que considera que a distribuição de dinheiro é “mais flexível”.
Nunu Wu SociedadeCheque pecuniário | Académicos defendem revisão no método de atribuição [dropcap]P[/dropcap]or ocasião de uma sessão de debate organizada pela Associação Aliança de Povo de Instituição de Macau sobre o plano de participação pecuniária, os académicos Andrew Fong e Larry So sugeriram que o Governo reveja o método de atribuição dos montantes envolvidos. O objectivo passa por fazer uma distribuição mais justa e adequada às possibilidades do Governo, variáveis ao longo dos anos. Para Andrew Fong, o Governo deve implementar um mecanismo de longo prazo capaz de ajustar os montantes a distribuir, de acordo com o excedente do Governo e o nível de inflação. Além disso, Fong defende que, à semelhança de algumas regiões vizinhas como Singapura, os montantes mais elevados devem ter como destino as famílias mais pobres e os idosos. Por seu turno, Larry So lembra que o actual regime é “pouco avançado” e que foi pensado para quando a economia de Macau era “boa”. Sobre a possibilidade de o montante dos cheques pecuniários vir a ser distribuído, em parte, através do cartão de consumo, Larry So considera não ser uma medida acertada pois impede aliviar encargos importantes para as famílias como as rendas. Opinião semelhante é partilhada pela presidente da Aliança do Povo, Nick Lei, que considera que a distribuição de dinheiro é “mais flexível”.
Salomé Fernandes SociedadeSaúde mental | Espera média de 18 dias para consultas de psiquiatria [dropcap]A[/dropcap] secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Iong, defendeu ontem que a acessibilidade a serviços de saúde mental “é bastante elevada”, destacando que existem consultas externas em centros de saúde e são subsidiadas instituições para serviços psicológicos gratuitos na comunidade. “Nos primeiros três trimestres de 2020, o tempo médio de espera para a primeira consulta externa especializada de psiquiatria [foi] de 18 dias”, declarou. Sobre o aumento dos casos de suicídio, o director dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion, revelou que face ao ano passado houve uma subida associada a doenças crónicas, mas que houve apenas mais um caso ligado a doenças psicológicas.
Salomé Fernandes SociedadeSaúde mental | Espera média de 18 dias para consultas de psiquiatria [dropcap]A[/dropcap] secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Iong, defendeu ontem que a acessibilidade a serviços de saúde mental “é bastante elevada”, destacando que existem consultas externas em centros de saúde e são subsidiadas instituições para serviços psicológicos gratuitos na comunidade. “Nos primeiros três trimestres de 2020, o tempo médio de espera para a primeira consulta externa especializada de psiquiatria [foi] de 18 dias”, declarou. Sobre o aumento dos casos de suicídio, o director dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion, revelou que face ao ano passado houve uma subida associada a doenças crónicas, mas que houve apenas mais um caso ligado a doenças psicológicas.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeSJM | Grand Lisboa Palace deverá abrir portas no primeiro trimestre de 2021 [dropcap]A[/dropcap] Sociedade de Jogos de Macau (SJM) apresentou ontem uma nova previsão para a abertura do empreendimento Grand Lisboa Palace, que está em fase de construção no Cotai. Segundo um comunicado, a SJM espera que as inspecções à obra estejam concluídas no próximo mês de Novembro, podendo a inauguração vir a realizar-se no primeiro trimestre de 2021. A data de inauguração tem vindo a sofrer várias alterações, com a última previsão a apontar para 20 de Dezembro deste ano. Relativamente às contas do terceiro trimestre, a operadora de jogo registou receitas de 841 milhões de dólares de Hong Kong (HKD), o que se traduz numa queda de 89,6 por cento face ao igual período de 2019. Relativamente aos primeiros nove meses do ano, e até ao dia 30 de setembro, a operadora teve receitas de 5,113 milhões de HKD, menos 79,4 por cento face aos primeiros nove meses de 2019. No que diz respeito ao jogo VIP, as receitas foram de 200 milhões de HKD, uma quebra de 93,1 por cento face ao ano passado, enquanto que as apostas no mercado de massas originaram receitas de 690 milhões de HKD, menos 89,1 por cento. A SJM denota que “o grupo sofreu um impacto severo com a pandemia da covid-19, que levou ao encerramento dos casinos de Macau por um período de 15 dias em Fevereiro”, além das “restrições de entrada de pessoas da China, Hong Kong e outras localizações, a suspensão de canais de transportes e as exigências de quarentena”.
Hoje Macau SociedadePolitécnico de Macau e Universidade de Cabo Verde assinam protocolo de cooperação [dropcap]O[/dropcap] Instituto Politécnico de Macau (IPM) e a Universidade de Cabo Verde (Uni-CV) assinaram ‘online’ um protocolo de cooperação para desenvolver a formação de quadros e elevar o nível de investigação científica, foi hoje anunciado. Em comunicado, o IMP e a Uni-CV indicaram esperar “desenvolver cooperações nas áreas da formação de quadros inovadores, do aprofundamento do intercâmbio académico, assim como da elevação do nível de investigação científica”. Por outro lado, as duas partes acrescentaram pretender “implementar a partilha de vantagens e de recursos, possibilitando, desta forma, a formação conjunta de mais quadros altamente qualificados” para as iniciativas chinesas ‘Uma Faixa, Uma Rota’ e de construção da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau. Na assinatura ‘online’ do protocolo, o presidente do IPM, Im Sio Kei, considerou que o instituto tem dado “a mesma importância ao ensino e à investigação”, com a criação do Centro de Investigação de Engenharia em Tecnologia Aplicada à Tradução Automática e Inteligência Artificial, do Centro Internacional Português de Formação e com a abertura de cursos de mestrado e de doutoramento. Já a reitora da Uni-CV, Judite Medina do Nascimento, disse esperar, através do protocolo com o IPM, “o reforço do intercâmbio académico, tanto entre professores, como entre estudantes das duas instituições, a promoção de projetos conjuntos de investigação científica e a organização conjunta de fóruns académicos de alto nível, bem como o desenvolvimento de intercâmbio e de cooperação no âmbito de cursos de licenciatura e de mestrado/doutoramento”. O IPM é “um importante parceiro de cooperação” da Uni-CV e a assinatura deste protocolo vai servir como “um novo ponto de partida para uma cooperação profunda e frutífera entre as duas instituições”, acrescentou.
Hoje Macau SociedadeSMG | Ciclone tropical “Goni” chega ao mar do sul da China na próxima semana [dropcap]O[/dropcap]s Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) emitiram ontem uma nota onde dão conta da possibilidade de chegada de uma nova tempestade tropical ao território. “Goni” é o nome atribuído ao ciclone tropical que deverá entrar na parte central do mar do sul da China no início da próxima semana. “Goni” formou-se esta quinta-feira a oeste do Oceano Pacífico, sendo que nos próximos dias “o sistema tropical vai aproximar-se das Filipinas”. Os SMG afirmam “estar a observar a evolução” do novo ciclone tropical.
Hoje Macau SociedadeSalário mínimo | Presidente da Associação das Agências de Viagens de Macau fala em “ajustamentos” [dropcap]O[/dropcap] presidente da Associação das Agências de Viagens de Macau considerou esta quarta-feira que a actividade no território vai ter de fazer ajustamentos, com a entrada em vigor da lei do salário mínimo em 1 de Novembro. “A aplicação da lei [do salário mínimo] vai obrigar empregadores e empregados a fazer ajustes. Cada empresa tem a sua maneira de sobreviver e precisa de tempo para se ajustar”, afirmou Alex Lao, na conferência de imprensa de apresentação da 8.ª Exposição de Turismo (Indústria) de Macau. O responsável acrescentou que Macau “não vai ter despedimentos em grande escala”, ao comentar o despedimento de cerca de 200 funcionários de agências de viagens, noticiada na terça-feira pelos órgãos de comunicação social locais. “Penso que a maior parte destes casos são pessoas que vão mudar de contrato”, disse Lao, acrescentando que depois da entrada em vigor da nova lei serão feitos “novos contratos”. Em Abril, a Assembleia Legislativa aprovou o alargamento do salário mínimo, deixando de fora trabalhadores domésticos e com deficiência. Até aqui, o salário mínimo só abrangia trabalhadores de limpeza e de segurança na atividade de administração predial. A proposta de lei, que vai entrar em vigor em 01 de novembro, vai beneficiar mais de 20 mil trabalhadores, tendo sido fixado nos seguintes valores: 6.656 patacas/mês; 1.536 patacas/semana; 256 patacas/dia; 32 patacas/hora. De acordo com a directora dos Serviços de Turismo de Macau, Helena de Senna Fernandes, cinco agências de turismo fecharam na primeira metade do ano e 15 estão actualmente com actividade suspensa devido à falta de turistas no território.
Pedro Arede SociedadeCompra de malas de luxo acaba em desfalque de 240 mil patacas [dropcap]A[/dropcap] Polícia Judiciária (PJ) deteve um residente de Macau de 28 anos, por suspeita de burlar nove mulheres no montante total de 241.650 patacas, através da promessa de compra de malas e carteiras de marcas luxuosas com desconto. De acordo com informação revelada ontem em conferência de imprensa, a investigação começou quando uma das vítimas apresentou queixa junto da PJ no passado dia 20 de Agosto, apontando que, no final de Junho, teve conhecimento através de um amigo sobre uma pessoa que conseguia comprar produtos de luxo com 30 por cento de dedução, já que usufruía de desconto de trabalhador. Interessada na aquisição dos produtos a preço reduzido, a vítima depositou cerca de 62 mil patacas na conta indicada pelo suspeito, correspondendo ao valor de duas malas e uma carteira. Passadas quatro semanas, período de tempo avançado pelo suspeito para o envio dos produtos, foram apresentados vários argumentos para justificar o atraso no envio dos artigos que nunca chegaram a aparecer. Depois de investigar o caso, a PJ descobriu mais oito vítimas burladas pelo suspeito, após terem sido alvo do mesmo esquema e que, em Março, o homem terá enviado mensagens através de uma rede social, a publicitar o alegado desconto que conseguiria obter. Dívidas à perna Segundo o porta-voz da PJ, os crimes terão ocorrido entre Junho e Agosto, período em que cada uma das nove vítimas terá pago entre 4 mil e 62 mil patacas para encomendar as alegadas malas e carteiras de luxo. Contas feitas, no total, o montante burlado é de 241.650 patacas, sendo que foram devolvidas 100 mil patacas às vítimas. No decorrer da investigação, o suspeito foi convidado a prestar declarações à PJ na passada sexta-feira, tendo confessado o crime. Segundo a polícia, o suspeito disse ainda não ter qualquer contacto com trabalhadores ligados à venda de marcas de luxo e que recorria a este método para saldar dívidas relacionadas com o jogo. O caso já seguiu para o Ministério Público (MP), onde o homem terá de responder pela prática do crime de burla de valor consideravelmente elevado, podendo ser punido com pena de prisão entre 2 a 10 anos.
João Santos Filipe SociedadePlano Director | Criticada falta de dados sobre crescimento da população A Novo Macau defende que é impossível tomar uma decisão informada sobre a desistência da Zona D dos Novos Aterros quando a consulta sobre o Plano Director não disponibiliza dados sobre a distribuição da população [dropcap]A[/dropcap] Associação Novo Macau criticou o Governo pela falta de estimativas sobre a distribuição da população nos documentos de consulta sobre o Plano Director. A associação democrata entregou ontem as suas ideias sobre o projecto e considerou que faltam elementos para que a população possa participar no debate de forma informada. “O Governo diz que com o Plano Director vai criar condições para a ‘cidade inteligente’. Mas, quando lemos o documento de consulta não encontramos dados específicos. Por exemplo, há uma previsão de que a população vai ser de 800 mil habitantes. Só que não estão especificadas as zonas da cidade pelas quais a população vai estar distribuída”, apontou Sulu Sou, vice-presidente da associação. Ao mesmo tempo, a associação defendeu ainda a necessidade de o Governo formular um plano a longo prazo para o desenvolvimento da população e impor mais restrições no “crescimento sem limites” das pessoas vindas de fora. “Se não tiverem uma política de expansão da população bem definida e mais restrita para pessoas vindas de fora, nem que destruam 10 Coloanes vai haver espaço para morar tanta gente”, atirou. O deputado mostrou-se igualmente incomodado com o facto de poucos dias depois do Governo ter apresentado o documento de consulta sobre o Plano Director ter vindo a público revelar que pretendia abdicar da Zona D dos Aterros. “Como é que podemos concordar com a decisão de desistir da Zona D dos Aterros se nem nos informaram sobre a distribuição da população?”, questionou. Três problemas O dia de ontem serviu para a Novo Macau entregar ao Governo as suas opiniões sobre o novo Plano Director. No documento foram destacados principalmente três pontos que visam as áreas da Colina da Penha, o terreno do Parque Oceanis, na Taipa, e ainda o Alto de Coloane. Em relação à Colina da Penha a associação mostrou-se contra a construção de edifícios do Governo nos terrenos de Nam Van, por considerar que a necessidade não foi justificada e por estar reticente face à construção em altura, que considera poder bloquear o corredor visual até à Ponte Governador Nobre de Carvalho. Ao invés, foi defendido que seja criada uma área de lazer entre os lagos de Nam Van e Sai Van. A construção de uma zona de lazer é também o destino defendido para o Parque Oceanis. No entanto, o plano director prevê a construção de uma zona comercial. Finalmente, no que diz respeito ao Alto de Coloane, a associação é contra qualquer construção, indo ao encontro dos interesses da população que defende a “protecção completa daquela zona natural e montanhosa”.
Nunu Wu SociedadeLai Chi Vun | Estaleiro utilizado como depósito de papel usado [dropcap]O[/dropcap]s estaleiros navais de Lai Chi Vun foram classificados como património, mas um deles foi utilizado como um espaço de depósito de papel usado. A Direcção dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água (DSAMA) já alertou o ocupante para não colocar bens no espaço sem aprovação prévia. Segundo o jornal Exmoo, a DSAMA pediu-lhe também um esclarecimento por escrito. O ocupante explicou que muitos bens recicláveis não podem ser exportados devido às políticas das zonas vizinhas e de férias, motivo pelo qual guardou provisoriamente os bens no estaleiro. O presidente da direcção da Associação Comercial de Reciclagem de Materiais Recicláveis de Macau, Wong Weng Chi, lamentou que o sector da reciclagem não tenha espaços suficientes para depositar o material. Em declarações ao Exmoo, recordou que o Governo anterior prometeu a concessão de um terreno perto da incineradora, mas que ainda não houve avanços. Além disso, a pandemia afectou o mercado da reciclagem, sendo esperada uma queda de cerca de 50 por cento do movimento de importação e exportação de bens.