Andreia Sofia Silva SociedadeMP | Falso funcionário público proibido de sair de Macau Um homem que se fez passar por funcionário público para a prática de várias burlas viu ser-lhe aplicadas as medidas de coacção de apresentação periódica às autoridades e a proibição de saída do território, “a fim de evitar a sua fuga de Macau, a perturbação do decurso do inquérito e a prática de actividades criminosas da mesma natureza”, aponta uma nota do Ministério Público (MP). O caso remonta a 2019, quando o arguido “conheceu várias mulheres de Hong Kong através de uma aplicação de conversa telefónica e alegou falsamente a essas mulheres que era funcionário público de Macau, tendo-lhes enviado o cartão de funcionário e os documentos internos de uma entidade pública por si falsificados, com o objectivo de obter a confiança delas.” Além disso, a Polícia Judiciária (PJ) apurou que “o arguido fingiu ser uma mulher e burlou dois homens de Macau, através de namoro cibernético, na quantia total de 500.000 patacas”. Segundo a mesma nota, “o arguido, ao fingir ser funcionário público, falsificou documentos de identificação e outros documentos com o objectivo de praticar crimes de burla, o que prejudicou não só os interesses dos ofendidos, mas também prejudicou gravemente a credibilidade do Governo da RAEM e a imagem dos funcionários públicos”.
Andreia Sofia Silva SociedadeSJM | Ambrose So espera 400 milhões de receitas nos feriados de Maio As expectativas para o desempenho das receitas do jogo em Maio, devido ao feriado do Dia do Trabalhador, são elevadas. Segundo declarações de Ambrose So, vice-presidente e director-executivo da Sociedade de Jogos de Macau (SJM), ao Hong Kong Economic Journal, citadas pelo portal GGRAsia, a expectativa é de que a média diária de receitas do segmento de massas possa “atingir as 400 milhões de patacas”. O empresário disse estar “confiante” nesse montante, embora um valor acima das 500 milhões de patacas “seja um pouco demasiado optimista”. Ao GGRAsia, Hoffman Ma Ho Man, director-executivo da Success Universe Group Ltd, um dos investidores do casino resort Ponte 16, que opera sob licença da SJM, também deu as mesmas estimativas em termos de média de receitas. A média diária de receitas do segmento de massas “a variar entre as 400 e as 500 milhões de patacas” seria encarado como “um sucesso”, descreveu a JP Morgan numa nota divulgada a 19 de Abril.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeCovid-19 | Universidade de Macau acolhe vacinação entre hoje e quinta-feira O Governo quer estender o plano de vacinação a outros locais que não apenas centros de saúde e hospitais e o pontapé de saída faz-se na Universidade de Macau. Entre hoje e quinta-feira deverão ser vacinadas entre 600 e 700 pessoas com as vacinas da Sinopharm e Pfizer/BionTech. Entidades como a MUST e associação dos operários também foram contactadas O complexo desportivo da Universidade de Macau (UM) acolhe entre hoje e quinta-feira estudantes e professores que, mediante marcação prévia, queiram ser vacinados contra a covid-19. Uma equipa com 30 profissionais de saúde estará no local para administrar as vacinas da Pfizer/BionTech e Sinopharm e estima-se que cerca de 600 a 700 pessoas possam ser vacinadas nos próximos dias. Serão também disponibilizadas vagas para pessoas fora da UM que queiram ser vacinadas. Esta acção de vacinação na UM está relacionada com a vontade do Centro de Coordenação e Contingência do Novo Coronavírus de estender a vacinação a mais locais que não apenas os hospitais e centros de saúde. Na conferência de imprensa de ontem foi dito que cinco entidades já foram contactadas. “Estamos a preparar algumas actividades de administração em outros locais que podem ser escolas, grandes empresas ou casinos. As entidades também nos podem contactar para receber a administração das vacinas”, disse o médico Tai Wai Hou. Foram também contactadas entidades médicas do sector privado, sendo que neste momento apenas o hospital Kiang Wu administra vacinas contra a covid-19. “Já contactamos o hospital da Universidade de Ciências e Tecnologia (MUST) e a associação dos operários”, frisou o mesmo responsável. Nesta fase apenas 9 por cento da população de Macau foi vacinada, mas o Centro de Coordenação adiantou que os números de marcações prévias para a vacinação têm vindo a duplicar ou a triplicar. “No início da vacinação tínhamos centenas de pessoas a fazer a marcação prévia mas agora o número está a aumentar. Creio que as pessoas de Macau têm mais vontade de ser vacinadas.” Sem auto-gestão Outra medida anunciada ontem prende-se com o facto de, desde a meia noite de hoje, dia 27 de Abril, todas as pessoas que tenham estado em Hong Kong nos últimos 14 dias tenham de fazer uma quarentena de 14 dias sem necessidade de auto-gestão de saúde nos sete dias posteriores. Esta medida é também aplicada às pessoas que já estão no território, mas que ainda não concluíram a quarentena. Apesar de Hong Kong e Singapura terem estabelecido uma bolha de viagem, a funcionar em Maio, as autoridades de Macau ainda não têm esse plano. “A situação epidémica em Hong Kong está atenuada, mas ainda tem casos esporádicos, daí ser necessária a observação médica de 14 dias. Vamos continuar a acompanhar a situação para saber se são necessárias novas medidas. Macau e o Interior da China já voltaram à normalidade quanto à circulação de pessoas, mas para outros países não temos ainda planos para o estabelecimento de bolhas de viagem”, referiu Leong Iek Hou, coordenadora do Centro. Relativamente às dez pessoas que chegaram a Macau este domingo vindas do Nepal, sete delas são residentes de Macau e três são trabalhadores não residentes no Estabelecimento Prisional de Macau. Uma das pessoas oriunda do Nepal repetiu ontem o segundo teste de anticorpos, que deu negativo depois de um primeiro teste positivo. Neste momento estão duas pessoas internadas no Centro Clínico de Saúde Pública do Alto de Coloane. Uma delas diz respeito a “um caso importado que voltou a testar positivo e está no período de convalescença”, havendo também “um outro caso de convalescença do exterior, sem febre ou outros sintomas”. Hoje começa o 29º plano de fornecimento de máscaras, com duração até ao dia 26 de Maio.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeCovid-19 | Cinco pessoas do Nepal testam positivo aos testes anticorpos O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus emitiu este domingo uma nota onde dá conta de que cinco de dez pessoas oriundas da cidade de Katmandu, no Nepal, testaram positivo para os testes anticorpos à covid-19. Um deles “revela a possibilidade de apresentar uma recaída”, pelo que será realizado esta segunda-feira um novo teste. Quanto às restantes quatro pessoas “foram consideradas como tendo sido infectadas anteriormente”. Quanto às restantes cinco pessoas testaram negativo à covid-19. Os 10 indivíduos foram encaminhados para o Centro Clínico de Saúde Pública no Alto de Coloane para observação e realização de testes mais aprofundados. Segundo a mesma nota, o Centro de Coordenação alerta para o facto de “a situação epidémica da covid-19 em países estrangeiros ser mais grave e existir alta propagação” de mutações do vírus SARS-Cov-2 “com elevado risco de infecção”. “Há muitos casos relatados em que o diagnóstico foi confirmado após terem sido realizados vários testes de ácido nucleico negativos, daí que de modo a reduzir o risco para a saúde pública, para a família e a comunidade, [foi tomada a decisão] de realizar a todos os indivíduos que regressam de países estrangeiros o teste de anticorpos contra a covid-19 após a chegada a Macau, de modo a determinar o seu estado geral de infecção”, explica o Centro de Coordenação.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeSin Fong Garden | Construtores obrigados a pagar indemnização ao Governo O Tribunal Judicial de Base (TJB) condenou sete empresas de construção civil e técnicos ligados ao edifício Sin Fong Garden ao pagamento de indemnizações ao Governo pelas despesas feitas na manutenção e preservação do prédio em risco de ruína, bem como à restituição dos subsídios pagos pelo Instituto de Acção Social (IAS) às famílias desalojadas. Segundo o acórdão ontem divulgado, o montante da indemnização exigido é de 12.805 milhões de patacas relativas “à monitorização contínua das estruturas do edifício Sin Fong Garden e dos edifícios vizinhos Lei Cheong, Ou Va e Kwong Heng”. As empresas e entidades envolvidas neste processo são Ho Weng Pio e a Companhia de Engenharia e Construção Weng Fok, construtoras do edifício, e Joaquim Ernesto Sales, técnico responsável pela direcção de obras de estruturas e fundações deste edifício. Incluem-se ainda as empresas Tak Nang – Sociedade de Investimento e Desenvolvimento, empresa proprietária do lote de Soho, a Companhia de Construção e Engenharia Lai Si, construtora que demoliu o velho edifício industrial Pak Tai, no lote de Soho, a Companhia de Construção e Engenharia Kin Sun (Macau), responsável pela obra de estacas moldadas no lote do Soho, e Cheong Nim Tou, técnico responsável pela direcção das obras de demolição e construção no lote do Soho. O TJB condenou também a Companhia de Seguros Delta Ásia SA, que assegurou os riscos da obra de fundações no lote de Soho, ao pagamento desta indemnização, contribuindo com um valor máximo de cinco milhões de patacas. O TJB entendeu que Ho Weng Pio, Companhia de Engenharia e Construção Weng Fok e Joaquim Ernesto Sales, três dos sete réus condenados, “não realizaram o exame de recepção de betão aplicado na construção do edifício Sin Fong Garden, nem a supervisão da sua qualidade, faltando manifestamente a cumprir o dever de diligência e prudência”. Quanto ao pedido de indemnização exigido pelo Governo à Companhia de Construção e Engenharia Lai Si, o TJB concluiu que “não se provou que esta era responsável pela obra de fundações do edifício Soho”. Foi também absolvida a Companhia de Seguros da China Taiping (Macau), responsável “pelos riscos da obra de demolição no lote de Soho”, uma vez que o TJB considerou que houve “falta de fundamento suficiente para suportar qualquer nexo de causalidade entre a obra da demolição do antigo edifício industrial Pak Tai no Lote do Edifício Soho e o incidente”. Recuperar subsídios O TJB condenou também Ho Weng Pio, a Companhia de Engenharia e Construção Weng Fok e Joaquim Ernesto Sales ao pagamento de 25.396 milhões de patacas que o IAS já pagou aos moradores que ficaram desalojados com o risco de queda do Sin Fong Garden, incluindo “as quantias da mesma natureza que vierem a ser adiantados pelo IAS no futuro, entre outros”. Estes subsídios foram pagos até Julho de 2016, tratando-se de um montante que o IAS “nunca considerou como oferta atribuída conforme políticas do Governo e que pretende sempre recuperar quando se determine a pessoa do responsável pelo incidente”. Além do Governo, vários proprietários recorreram aos tribunais contra os construtores ocupados das obras no lote de Soho e os respectivos responsáveis. Também estes exigem indemnizações “pelos danos causados a seis fracções autónomas e quatro lugares de estacionamento”. De momento essa acção judicial está “pendente”, sendo que no TJB “ainda não deu entrada qualquer processo relativo às despesas com a reconstrução do edifício Sin Fong Garden”. O caso do edifício Sin Fong Garden surgiu em 2012, tendo o Governo avançado para tribunal em 2016.
Andreia Sofia Silva SociedadeIAM | Afastada zona pedonal entre Portas do Cerco e Barra José Tavares, presidente do Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), garantiu ao deputado Leong Sun Iok que “não estão temporariamente reunidas as condições para ser construída a pista para correr entre o sul das Portas do Cerco e a costa da Barra”, uma vez que “existem diferenças no grau de desenvolvimento das diferentes zonas de Macau”. Em resposta à interpelação escrita do deputado, José Tavares frisou também que “o IAM já melhorou o ambiente ribeirinho da Baía Sul e do norte do Fai Chi Kei, construindo zonas de lazer e instalações recreativas”. O ano passado o IAM começou a construção do corredor marginal verde do sul da península de Macau, entre o Centro de Ciência e a Barra, sendo que, numa primeira fase, “será construída a zona costeira de lazer de Dr. Sun Yat Sen, a qual se estenderá desde o Centro de Ciência até à Estátua da Deusa Kun Iam”. Segundo José Tavares, esta zona terá “pistas para correr, ciclovias e outras infra-estruturas desportivas ao ar livre, de modo a proporcionar à população tempos livres de qualidade”. O deputado Leong Sun Iok, ligado à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), questionou também o IAM sobre o desnivelamento dos pavimentos causado pelo crescimento das raízes das árvores nos passeios circundantes do lago Nam Van. O IAM promete “avaliar a situação e adoptar medidas para proteger essas árvores enquanto decorrem obras de melhoria, procurando um equilíbrio entre um ambiente pedonal seguro e agradável e a protecção das árvores”. Relativamente ao Centro Desportivo Lin Fong, situado na zona do antigo Canídromo, foram prolongados os horários de funcionamento do campo de relva natural e da pista de atletismo. “Tendo em consideração a revisão do planeamento urbano do Canídromo, o IAM irá reforçar a gestão das instalações desportivas existentes, a fim de garantir as condições higiénicas das instalações”, explicou José Tavares ao deputado.
Nunu Wu SociedadeProstituição | Rede desmantelada na Rua da Tercena O Corpo de Polícia de Segurança Pública desmantelou uma alegada sede da prostituição em operação num apartamento na Rua da Tercena, depois de receber uma denúncia. Segundo o jornal Ou Mun, as autoridades visitaram o local no dia 12 de Abril, onde encontrou três mulheres, com idades compreendidas entre 39 e 41 anos, portadoras do visto turístico do Interior da China. Foram também encontrados toalhas e preservativos Segundo as mulheres, a angariação e gestão do negócio estaria a cargo de um indivíduo de Hong Kong, de apelido Chan, que garantia remuneração entre 200 e 400 patacas por cada serviço. Chan receberia das mulheres 300 patacas para a divulgação do “negócio” na internet, 200 patacas para comprar um cartão telefónico, bem como 600 patacas de renda de quarto por dia. A investigação policial descobriu que a cópia do Bilhete de Identidade Residente (BIR) usado para pagar a renda do apartamento é falsificada. Chan acabaria por ser encontrado pelas autoridades na passada quarta-feira, admitindo que desde 2016 auxiliou mulheres do Interior da China a dedicar-se à prostituição em Macau, e que lucrou cerca de 85 mil patacas. Chan foi encaminhado para o Ministério Público acusado pelos crimes de falsificação de documento e exploração de prostituição. Entretanto, as mulheres voltaram à China.
Salomé Fernandes Manchete SociedadeRoteiros de turismo interno registaram mais de 17 mil inscrições A Direcção dos Serviços de Turismo considera que o programa de turismo interno está a registar uma “boa procura”. A maioria das inscrições foi na experiência de viagem de helicóptero e fotografia num iate, enquanto a estadia em hotéis já vendeu 1.569 pacotes As seis primeiras excursões do programa “Passeios, gastronomia e estadia para residentes de Macau” arrancaram ontem de manhã, com um total de 230 participantes. Os seis roteiros da primeira fase, que decorre entre Abril e Junho, incluem a visita aos edifícios antigos da Vila de Nossa Senhora de Ká-Hó, ao Museu de Cera de Celebridades e experiências musicais. Mas o principal interesse dos cidadãos é sair de terra. “Entre os passeios, a ‘Viagem de helicóptero e fotografia em iate’ é particularmente popular, atraindo um total de 15.552 inscrições de residentes de Macau”, comunicou a Direcção dos Serviços de Turismo (DST). Os restantes cinco roteiros registaram 2.209 inscrições até sábado. A DST considera que o programa está a “registar boa procura”. A iniciativa lançada pelo Governo subsidia a participação de residentes em excursões num valor até 280 patacas e dormidas em hotéis no montante de 200 patacas. O objectivo passa por injectar cerca de 120 milhões no sector do turismo. Para a experiência de estadia em hotéis foram vendidos 1.569 pacotes, o que representa a participação de 3.936 residentes. De acordo com a nota, a directora da DST mostrou-se “satisfeita pelo interesse dos residentes” na iniciativa e considera que vai ajudar “a aumentar o conhecimento dos residentes sobre os recursos turísticos”, além de “apoiar a indústria turística” e “impulsionar o consumo comunitário”. De acordo com o canal chinês da TDM Rádio Macau, Helena de Senna Fernandes disse que a próxima fase está prevista para as férias de verão, passando a incluir elementos como viagens marítimas e workshops de gastronomia. Espera-se que o número de participantes aumente nos meses de Julho e Agosto. Aumento da frequência As excursões decorrem até 31 de Dezembro, mas a frequência vai aumentar na altura do verão. Nos meses de Abril a Junho, e de Setembro a Dezembro, decorrem aos fins-de-semana e feriados, prevendo-se que passem a ser diárias em Julho e Agosto. A iniciativa conta com a participação de 69 hotéis e pensões, 160 agências de viagens, e mais de 800 profissionais de turismo. Com a adesão da indústria ficam também avisos para as regras serem seguidas. “A DST responsabiliza-se pela divulgação e supervisão de todo o programa, providenciando pessoal para proceder à fiscalização no terreno, à avaliação da eficácia do programa, entre outros trabalhos, com o objectivo de racionalizar o uso do erário público e evitar a ocorrência de irregularidades”, observou o organismo.
Hoje Macau SociedadeSimulacro “Peixe de Cristal” contou com 371 voluntários A estrutura de Protecção Civil foi mobilizada no sábado para o exercício “Peixe de Cristal 2021”, para avaliar os planos de contingência em caso da passagem de tufões por Macau. O exercício simulou cerca de 60 incidentes e contou com a participação de 2700 pessoas, das quais 371 eram voluntários. De acordo com um comunicado dos Serviços de Polícia Unitários (SPU), o secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, concluiu que o exercício teve “sucesso”. O simulacro incluiu envolveu a evacuação de mais de duas mil famílias. Realizaram-se operações de evacuação com recurso ao sistema de difusão sonora, a abertura ao público dos seis centros de acolhimento e dos locais de encontro para pessoas com necessidades especiais, o encerramento dos auto-silos nas zonas baixas e a divulgação da suspensão temporárias de electricidade. Os SPU indicam ainda que existe um novo sistema de verificação e evacuação nas zonas baixas, que permite a transmissão de dados associados aos planos de evacuação de forma “visual” para o centro de operações da Protecção Civil. Uma adição que pretende responder a alterações no “ritmo de ocorrência de incidentes súbitos de natureza pública”, ao aumento do risco das catástrofes naturais e ao impacto das mudanças climáticas. Entre os pontos de melhoria apresentados por Wong Sio Chak incluem-se a “atenção aos rumores divulgados na internet de forma a esclarecer atempadamente e evitar pânico desnecessário” e os membros da estrutura transmitirem informação “com precisão” para a direcção e o comando serem “mais eficazes e específico”.
João Luz Manchete SociedadeMASTV | Últimos TNR deixam estação que fica entregue a menos de 10 trabalhadores O Governo cortou as quotas de bluecards da MASTV, agudizando a situação de quem fica e revelando uma empresa à deriva. Entre 2019 e Março deste ano, a DSAL recebeu 178 queixas de funcionários da estação e abriu 29 processos devido à falta de pagamento de salários. Destes processos, 18 seguiram para tribunal Um escritório vazio, credores a bater à porta, rendas, contas gerais e salários por pagar e a administração em parte incerta. Assim têm sido os dias dos poucos trabalhadores que restam da MASTV em Macau, menos de 10, depois da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) ter revogado as quotas da empresa para contratar trabalhadores não residentes. A informação avançada por uma ex-funcionária da MASTV, num artigo publicado no All About Macau, revela que desde 2019 até Março deste ano, a DSAL recebeu 178 queixas de trabalhadores com salários em atraso, resultando na abertura de 29 processos. Destes, seis casos foram resolvidos, cinco continuam em investigação, enquanto os restantes 18 foram encaminhados para tribunal. Mais de uma centena de trabalhadores queixam-se de dívidas num valor, descrito como uma “estimativa conservadora”, que ronda as dezenas de milhões de patacas. Entre os queixosos contam-se trabalhadores que deram mais de 10 ano de trabalho à MASTV. Segundo o artigo publicado no All About Macau, há algum tempo que a renda do espaço que a MASTV ocupa no Edifício Comercial First National não é paga e que os estacionamentos reservados para a empresa deixaram de estar disponíveis. Aliás, os funcionários que continuam a trabalhar no local dão conta da frequente “visita” de credores ao escritório, de telefonemas de pessoas que exigem pagamentos, face ao desaparecimento de responsáveis da direcção e administração. Queda em desgraça Depois de um período áureo, com uma equipa com cerca de 150 funcionários, a programação da MASTV depende hoje em dia de repetições de programas, de transmissões das conferências de imprensa sobre a pandemia e do trabalho das delegações de Hong Kong e Zhuhai. Neste aspecto, o All About Macau salienta que no ano passado não foram renovados bluecards a cerca de uma dezena de trabalhadores, que passaram a trabalhar em Zhuhai a troco de 40 por cento do salário que auferiam anteriormente. Um ex-funcionário da MASTV, que não se identificou ao All About Macau, afirma que também a actualização do equipamento foi esquecida, como câmaras, tripés, computadores, mas que foi funcionando graças aos esforços e reparações constantes da equipa técnica, que, entretanto, foi também despedida. Além disso, conta ter conhecimento da entrada 3 milhões de patacas nos cofres da empresa devido a transmissões relativas ao Hong Kong Jockey Club e salienta que mesmo com os subsídios da Fundação Macau, a MASTV só pagava aos trabalhadores depois de obrigada pela DSAL e mesmo no limite do prazo, antes do processo dar entrada em tribunal. “Mesmo que o dono da empresa tenha perdido muito dinheiros noutros negócios, isso não tem nada a ver connosco. Porque é que os trabalhadores da MASTV têm se pagar por isso?”, questiona o ex-trabalhador. O Boletim Oficial mostra que a Fundação Macau subsidiou vários programas da MASTV, em especial conteúdos históricos, como “Comovendo Macau” e “Compromisso de Felicidade” sobre o aniversário do retorno à pátria e divulgação da Lei Básica, respectivamente. Tudo somado, entre 2015 e 2020, foram aprovados mais de 38,8 milhões de patacas em subsídios para produção de conteúdos, aos quais se juntaram 8 milhões de patacas em 2019 e 2020. Quantias que, segundo os funcionários, não se materializaram em salários. A MASTV foi registada em Macau em 2001, ano em que foram aprovadas licenças para serviços de radiodifusão televisiva por satélite. A estação tinha um lugar muito particular no mercado, sendo a única televisão de Macau a transmitir para o Interior da China. De acordo com o registo comercial, o investidor principal é o empresário Lin Nan, o maior accionista da Polyard Petroleum, empresa listada no Mercado de Empresas em Crescimento da Bolsa de Hong Kong. Em 2005, a PetroChina e Sinopec compraram participações da MASTV, transferindo-as gradualmente para várias empresas com sede social nas Ilhas Virgens Britânicas.
João Santos Filipe SociedadeEstados Unidos colocam Macau na lista vermelha de alerta de turismo Os Estados Unidos colocaram Macau na lista de alerta vermelho para deslocações de turismo, devido à evolução da situação da covid-19. As alterações do Governo dos EUA foram feitas na madrugada de ontem e, segundo a Associated Press, afectaram 116 países e regiões, entre as quais a RAEM. De acordo com a escala americana, as regiões e países são classificadas através de uma escala de um a quatro. O nível um é o mais seguro e o quatro o mais perigoso. Macau está agora no nível quatro, com a indicação “não viaje”. Antes das alterações, a RAEM estava no extremo oposto da escala, no nível um, o mais seguro de todos que é definido como “viaje com as precauções normais”. Com as alterações, Macau é tida como uma região mais insegura do que Hong Kong. A RAEHK está classificada com o nível três, definido como “reconsidere a viagem”. Nova escala As mudanças já tinham sido antecipadas na segunda-feira, quando o Departamento de Estado anunciou que ia fazer uma revisão das classificações. As alterações foram justificadas com a necessidade de “reflectir um sistema de alerta de viagens” mais baseado na avaliação do Centro de Controlo e Prevenção das Doenças dos Estados Unidos. Na comunicação de segunda-feira foi igualmente explicado que a actualização das classificações não reflectia a existência de uma nova avaliação aos países e regiões afectados. O ajustamento, de acordo com a Reuters, fez com que a lista de países e regiões classificadas com a escala quatro subisse de 34 para cerca de 150 países e regiões. Portugal também está no nível quatro. Apesar das novas recomendações, os cidadãos americanos não são obrigados a seguir os conselhos, o que faz com que ainda possam viajar para Macau. Porém, só poderão entrar na RAEM se forem residentes ou por motivos de reunião familiar, com a aprovação dos Serviços de Saúde. Segundo os dados da Organização Mundial de Saúde, até ontem os Estados Unidos tinham registado 31,4 milhões de casos de infecção por covid-19 que resultaram em 562 mil mortes. O Centro de Controlo e Prevenção da Doença de Macau registou 49 casos e zero mortes.
João Luz SociedadeTurismo | Março com mais de 75% de visitantes face a Fevereiro No passado mês de Março o número de visitantes a entrar em Macau aumentou 76,7 por cento em relação a Fevereiro e 255,4 por cento quando comparado com o ano anterior. No total, a RAEM foi visitada por 754.541 pessoas no mês passado. Olhando para o universo total de visitantes, a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) informa que o número de turistas foi de 404.936 e o de excursionistas 349.605, o que representou, respectivamente, aumentos acentuados de 221,6 por cento e 304,6 por cento, em termos anuais. Quanto ao período médio de permanência, em Março situou-se em 1,6 dias, uma quebra de 1,4 dias em relação ao mesmo mês do ano passado. Dividindo o período médio de permanência entre turistas (2,9 dias) e excursionistas (0,1 dias), verificou-se uma quebra de 1,8 dias e 0,1 dias respectivamente. Apesar da aparente tendência positiva dos números divulgados pela DSEC, se for tido em conta os três primeiros meses do ano, como o início de 2020 não foi afectado pela pandemia o cenário muda de figura. No primeiro trimestre de 2021 chegaram a Macau 1.738.428 visitantes, menos 46 por cento, face ao mesmo trimestre do ano transacto. Realça-se que os números de turistas (919.192) e de excursionistas (819.236) decresceram 39,6 por cento e 51,8 por cento, respectivamente. Quanto à origem dos visitantes, os oriundos do Interior da China totalizaram 688.353, o que correspondeu a um aumento de 674,4 por cento, em termos anuais. Realça-se que o número de visitantes oriundos das nove cidades da Grande Baía foi de 388.094, dos quais 48,5 por cento eram originários de Zhuhai.
Hoje Macau SociedadeCartões de consumo | Caritas pede inclusão dos TNR Kitty Tam Siu Sin, directora do centro “WelAnser”, ligado à Caritas, disse ao jornal Ou Mun que os trabalhadores não residentes (TNR) deveriam estar incluídos no novo programa de cartões electrónicos, uma vez que, na primeira fase do plano, chegaram a estar incluídos. Segundo a responsável, os TNR estavam satisfeitos e sentiram que os “seus esforços e contribuições em termos de trabalho em Macau tinham sido reconhecidos pelo Governo”. No entanto, o Executivo voltou atrás e retirou os TNR deste plano de apoio, que ficou apenas destinado aos residentes. A directora do centro lembrou que muitos dos TNR trabalham como empregadas domésticas ou funcionários de limpeza, e sofrem com a inflação. Kitty Tam Siu Sin pede também que o Executivo tenha em consideração a existência de várias comunidades em Macau e faça uma comunicação institucional em várias línguas, uma vez que desde o início da pandemia muitas mensagens foram transmitidas apenas em chinês e português, as duas línguas oficiais. A responsável alertou ainda para o problema das empregadas domésticas que ficam em Macau retidas e sem contrato de trabalho, uma vez que a lei de contratação dos TNR causa dificuldades aos empregadores para recrutar novamente estas pessoas.
João Luz Manchete SociedadeVacina | Reportados dois “eventos adversos”, um resultou em internamento Uma mulher e um homem, ambos com 34 anos, sofreram eventos adversos depois da administração de vacinas da BioNTech e Sinopharm, respectivamente. Apesar da necessidade de internamento da mulher e da paralisia facial do homem, os casos foram considerados ligeiros e as autoridades não encontraram nexo de causalidade com a vacinação Na noite de quarta-feira, o centro de coordenação de contingência do novo tipo de coronavírus declarou dois “eventos adversos ligeiros” que afectaram uma mulher e um homem, ambos com 34 anos, resultando em internamento devido a um problema renal e paralisia facial, respectivamente. No primeiro caso, a mulher foi vacinada a 5 de Abril com a segunda dose da vacina da BioNTech num centro de saúde. Dez dias depois, terminada uma sessão de exercício físico numa bicicleta estática, sentiu fraqueza nas coxas, sensação que passou a dor, que se intensificou nos dias seguintes. No dia 19 de Abril, a paciente decidiu fazer exames médicos no Hospital da Universidade de Ciência e Tecnologia. No dia seguinte, as análises ao sangue acusaram um aumento significativo de creatina quinase e mulher foi encaminhada para as urgências do Centro Hospitalar Conde de São Januário, onde ficou internada na enfermaria de casos agudos. O diagnóstico era rabdomiólise, uma síndrome que pode resultar em lesão renal aguda. De acordo com as autoridades, “a doente encontra-se em estado estável e a creatina quinase está a diminuir gradualmente.” O meu lado esquerdo O caso mais recente, afectou um homem inoculado com a primeira dose da vacina da Sinopharm no passado domingo. Dois dias depois começou a sentir “diminuição da força oclusal no lado esquerdo e a pálpebra esquerda fechada sem tendência de agravamento”, o que o levou às urgências do Centro Hospitalar Conde de São Januário onde foi diagnosticado com paralisia de Bell, conhecida como “Paralisia do nervo facial”. Depois de receber tratamento, teve alta sem necessitar de internamento. O centro de coordenação explica que “a causa desta doença é desconhecida” e que “a maioria de doentes começa a recuperar o nervo facial após 2 semanas do início dos sintomas e recupera a normalidade entre três e seis meses”. É também referido que os diagnósticos nestes dois casos não são detectados “com mais frequência em indivíduos vacinados contra a covid-19 do que na população geral”. Os casos foram remetidos para o grupo de trabalho de avaliação de eventos adversos e a “relação causal entre o evento e a vacinação foi considerada incerta”.
Andreia Sofia Silva SociedadePJ | Investigado roubo de identidade para promover produtos financeiros A Polícia Judiciária (PJ) está a investigar o uso de cartões de visita falsos em nome da Autoridade Monetária de Macau (AMCM) para promover produtos financeiros na Internet. Segundo um comunicado, foi a própria AMCM que reportou a situação às autoridades depois de receber “uma participação sobre a usurpação de identidade de um funcionário da AMCM através da utilização de cartões de visita falsos nas redes sociais e softwares de comunicação”. A identidade terá sido usada para a “persuasão de investimento em produtos financeiros”, actividade que a AMCM nunca desenvolveu. “A AMCM salienta que, sendo uma instituição de supervisão, nunca promoveu nem irá promover no futuro qualquer produto financeiro, apelando assim à consciência do público”. No cartão de visita falso detectado “constata-se a presença do logotipo oficial, número de telefone, indicação da página electrónica e do endereço da AMCM”. No entanto, “o modelo é completamente diferente do cartão de visita oficial da AMCM e, invoca uma suposta unidade de estrutura que não existe”, adianta a entidade em comunicado.
Nunu Wu SociedadeMais de 5000 estabelecimentos comerciais inspeccionados num ano A Direcção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico (DSEDT) inspecionou 5.320 estabelecimentos comerciais e mais de 52.130 produtos entre 1 de Maio de 2020 e 24 de Março deste ano. A informação foi prestada pelo director da DSEDT, Tai Kin Ip, em resposta a interpelação de Leong Sun Iok. O deputado ligado à Federação das Associações dos Operários de Macau perguntou se, “para evitar o aumento dos preços e conseguir estabilizá-los, o Governo iria reforçar a inspecção e a fiscalização” devido às medidas de apoio ao consumo. Tai Kin Ip respondeu que desde o ano passado o Governo intensificou as inspecções de mercados, frutarias, padarias, restaurantes, farmácias, entre outros tipos de estabelecimentos. O director dos serviços de economia escusou-se a responder a algumas questões do deputado, por estas incidirem ainda nos entretanto extintos cupões de desconto por pagamento electrónico, medida que ficou na gaveta. Além destas inspecções aos locais, o Governo vai monitorizar as redes sociais, em busca de publicações que mencionem situações de preços anormais e queixas da população. Por outro lado, é afirmado que o Conselho dos Consumidores actualiza constantemente a aplicação “Posto de Informações de Preços de Macau”, assim como a lista de custo de produtos no portal online, permitindo à população pesquisar o preço máximo e mínimo, a diferença de preços e o sítio de venda de mesmo produto. Além disso, o consumidor tem ainda à disposição a plataforma electrónica “Consumidor Online”, onde se podem apresentar queixas (e consultar o andamento dos processos) e emitir opiniões. Ontem e na quarta-feira, o Governo organizou três sessões de esclarecimento sobre o plano de benefícios de consumo por meio electrónico no Centro de Actividades do Patane, com o objectivo de apresentar aos representantes das instituições de serviço social o conteúdo do plano, a forma de inscrição e utilização.
Salomé Fernandes Manchete SociedadeJogo | Sands China com prejuízo de 213 milhões no primeiro trimestre As receitas da Sands China no primeiro trimestre do ano fixaram-se em 771 milhões de dólares. Apesar dos prejuízos no início de 2021 e de indicar que as restrições de viagens para Macau dificultam o desempenho financeiro, o CEO da Las Vegas Sands mostrou confiança na recuperação A operadora de jogo Sands China anunciou ontem um prejuízo de 213 milhões de dólares no primeiro trimestre, devido ao impacto causado pela pandemia. Em comunicado, a empresa avançou ainda que o total das receitas diminuiu 4,6 por cento, em comparação ao mesmo período do ano passado, arrecadando 771 milhões de dólares. Já as perdas no EBITDA – os lucros antes de impostos, juros, amortizações e depreciações – atingiram os 100 milhões de dólares, o que representa um aumento de 49,2 por cento, já que no período homólogo de 2020 se ficou pelos 67 milhões de dólares. “Continuamos confiantes na recuperação eventual dos gastos com turismo e viagens nos nossos mercados. A procura pela nossa oferta por parte dos clientes que puderam visitar [os casinos] continua robusta, mas as restrições de viagens relacionadas com a pandemia, particularmente em Macau e Singapura, continuam a limitar visitas e a dificultar o nosso desempenho financeiro”, afirmou Robert G. Goldstein, presidente e director-executivo da Las Vegas Sands, a empresa norte-americana que detém a maioria do capital da Sands China. Apesar disso, afirmou que os responsáveis estão “entusiasmados com a oportunidade de receber mais clientes (…), à medida que um número maior de visitantes pode viajar para Macau, Singapura e Las Vegas”. A nível hoteleiro, o relatório mostra que o Venetian contou com uma taxa de ocupação de 47,2 por cento, enquanto a ocupação do Sands Macau se fixou em 71,5 por cento. Dar sem receber A despesa de capital em Macau da Sands no primeiro trimestre deste ano envolveu custos de construção, desenvolvimento e manutenção no valor de 268 milhões de dólares americanos. Recorde-se que a empresa inaugurou em Fevereiro a primeira fase do hotel e casino The Londoner, um investimento de cerca de 15,2 mil milhões de patacas. Os resultados mostram que no primeiro trimestre do ano o casino do The Londoner gerou receitas de 91 milhões de dólares. O GGRAsia noticiou ontem que as receitas do segmento de massa premium da Sands China chegaram quase a metade dos níveis pré-covid-19, enquanto o mercado VIP ainda enfrenta dificuldades. As diferenças na trajectória de recuperação foram explicadas por Grant Chum Kwan Lock, director operacional da empresa, com uma “mudança estrutural” no mercado de Macau que levou a que “mais clientes lidassem directamente com operadores de casino”.
Salomé Fernandes SociedadeCigarros Electrónicos | Relatório sugere proibir a importação O relatório de acompanhamento e avaliação do regime de prevenção e controlo do tabagismo recomenda o aumento do imposto sobre os cigarros e proibir a importação de cigarros electrónicos. “De uma forma geral, o relatório demonstra que a execução da nova lei do controlo do tabagismo é satisfatória e atende aos critérios de aplicação da Convenção Quadro para o Controlo do Tabaco da Organização Mundial da Saúde”, comunicaram os Serviços de Saúde de Macau (SSM). O documento revela que a taxa geral de consumo de tabaco por maiores de 15 anos caiu 11,2 por cento em 2019. Outra boa nova revelada é que “em apenas 8 anos, há uma redução relativa de 33,7 por cento o que permitiu atingir a meta da Organização Mundial da Saúde de reduzir a taxa de consumo de tabaco local em 30 por cento em 2025”. Perante os resultados, os SSM indicam ainda que é preciso “dar continuidade e atenção às questões mais problemáticas”, como o consumo de cigarro electrónico entre os jovens, venda de produtos na internet e fumar a andar na rua. Além disso, os Serviços de Saúde incumbiram uma agência de fazer inquéritos e testes à qualidade do ar em casinos. Mais de 90 por cento dos trabalhadores de jogo entrevistados concordaram que a qualidade do ar nos locais de trabalho era “boa”, “muito boa” ou “extremamente boa”. “As amostras de ar estão em conformidade com os indicadores da qualidade do ar em recintos fechados públicos gerais de Macau”, apontam os SSM.
João Santos Filipe Manchete SociedadeDSAMA | Jantar de 8 mil patacas terminou com prendas Chanel a funcionários O CCAC acredita que os funcionários da DSAMA fecharam os olhos a várias irregularidades da empresa estatal China Overseas, a troco de presentes. Funcionária da empresa mandava oferecer prendas para depois pedir “favores” O Comissariado contra a Corrupção (CCAC) acredita que o jantar de 8.400 patacas em que participaram quatro funcionários da Direcção dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água (DSAMA), e em que foram distribuídas malas da Chanel, foi essencial para a China Overseas conseguir um contrato de 38,4 milhões de patacas para dragagem. A tese foi avançada ontem no Tribunal Judicial de Base, em que cinco funcionários e ex-funcionários, entre os quais Vong Kam Fai, ex-subdirector, respondem pelo crime de corrupção passiva para acto ilícito, cuja pena pode chegar a oito anos de prisão. Segundo o depoimento da testemunha Lei Tong Leong, investigador do CCAC, a empresa tinha sido contratada em 2014, para fazer uma dragagem junto à Central Térmica de Coloane. Todavia, ao longo do primeiro contrato de 54,7 milhões de patacas, que se prolongou entre Março e Dezembro de 2014, China Overseas utilizou embarcações sem licenças, não cumpriu os requisitos a nível da profundidade das águas nem as datas do contrato, trabalhando além do previsto. Apesar das falhas apontadas pelo CCAC, a empresa recebeu uma adjudicação directa para continuar o serviço, a troco de 38,4 milhões de patacas. O investigador do CCAC defendeu que o segundo contrato só foi possível por adjudicação directa porque a empresa tinha oferecido vários presentes aos trabalhadores da DSAMA. Para sustentar a tese, foram mostradas imagens do jantar num restaurante de marisco, em que participam os arguidos Kuok Kuong Wa, ex-chefe de departamento, Tong Vun Ieong, chefe de divisão, Lao Weng U, ex-chefe de divisão e Kuok Wang Ngai, ex-funcionário da DSAMA. Além das refeições, os funcionários deixaram o espaço com um saco oferecido, que a investigação concluiu ter malas e perfumes da marca Chanel, além de garrafas de vinho. “A sugestão para a adjudicação directa assumia que os trabalhos tinham sido bem executados, em condições de segurança”, afirmou Lei Tong Leong. “Mas, não era verdade, porque nunca foi assegurada a largura de 2,5 metros no canal, uma exigência do contrato inicial. Os funcionários sabiam que as embarcações estavam a navegar sem licenças e que os trabalhos se prolongaram além do prazo”, acrescentou. O jantar de 8.488 patacas foi pago pela China Overseas e pelo funcionário Meng Ke, assim como as prendas adquiridas no New Yaohan, com os custos a entrar na contabilidade da empresa. O subdirector Vong Kam Fai foi o único que não participou no jantar. Escutas telefónicas Além das provas do jantar, o CCAC apresentou também escutas telefónicas que permitem ouvir Wong Cheong Chau, funcionária da empresa que alegadamente dá as ordens para corromper, mas não está acusada, dizer a um funcionário que era preciso oferecer uma prenda mais cara a Lao Weng U. “O presente para Lao tinha pouco valor. Uma mala é mais apropriada. O valor é tão pouco, tão diminuto, que não dá para depois pedir um favor”, ouviu-se na escuta. Lao terá recebido uma mala de 28 mil patacas e Tong um produto semelhante, mas com o valor de 38 mil patacas. “As chamadas mostram que Lao e Tong tinham conhecimento que iam receber prendas e que queriam recebê-las”, disse o investigador. Lei revelou ainda que a investigação foi iniciada depois de terem sido recebidas denúncias para o favorecimento da China Overseas. O primeiro concurso foi realizado por convite e a empresa estatal ganhou com um preço superior a 50 milhões de patacas, enquanto as outras duas concorrentes, excluídas, cobravam 36 milhões e 9 milhões de patacas.
Hoje Macau SociedadeGalaxy | Apresentado esquema de reforma antecipada para funcionários A presidente da Associação Novo Macau para os Direitos dos Trabalhadores do Jogo, indicou, na terça-feira, que alguns funcionários do Galaxy tinham sido convocados para uma reunião onde lhes foi apresentado um esquema de reforma. A iniciativa é dirigida a funcionários que querem reformar-se antecipadamente ou mudar de emprego. A mensagem foi divulgada por Cloee Chao através do “Youtube”. “Achamos que o esquema é de boa-fé. Em primeiro lugar, não é obrigatório, em segundo lugar, oferece uma indemnização”, adiantou a responsável. Cloee Chao exemplificou que os supervisores podem obter 380 mil patacas, enquanto os gestores de projecto podem receber 520 mil patacas. A indemnização para os croupiers ainda não é conhecida, mas a líder associativa recebeu a dica de que pode rondar as 260 mil patacas. “Estimamos que o montante seja semelhante a 13 meses de salário”, apontou. Lei Man Chao, vice-presidente da associação, pediu atenção aos detalhes da proposta. “Superficialmente, é mais atractivo do que a indemnização da Lei laboral. Mas ainda precisamos de saber os detalhes, como as alíneas, a duração e as condições”, avisou. “Sobre o esquema de reforma lançado de boa-fé para reduzir os recursos humanos, a associação mostra-se a favor, mas tal como Lei disse, é preciso saber que alíneas compõem o acordo. Diz-se sempre que o diabo está nos detalhes”, frisou Cloee Chao. A responsável associativa recordou que durante a pandemia a associação recebeu queixas sobre empresas de jogo, por exemplo, que transferiram funcionários para outros cargos de modo a forçá-los a apresentar demissão.
Hoje Macau SociedadeCovid-19 | Angela Leong pede mais serviços de apoio psicológico A saúde mental da população em contexto de pandemia levanta preocupações à deputada Angela Leong, que quer saber se foram criados serviços específicos a nível de aconselhamento psicológico nos hospitais e centros de saúde. “A epidemia, além de constituir uma ameaça à saúde física e mental da população, afecta ainda o desenvolvimento socioeconómico, sendo fácil provocar turbulência emocional entre as pessoas”, aponta numa interpelação escrita. Esta é a primeira interpelação escrita submetida por Angela Leong na sessão legislativa corrente, sendo preciso recuar a Julho do ano passado para encontrar registo da última. A preocupação manifestada pela deputada passa pela possibilidade de as pessoas voltarem “a ter ansiedade antes de se livrarem das emoções negativas”, tendo em conta alterações à situação da epidemia no Interior da China e em Macau e a um quarto surto no exterior. A deputada aponta que foi criada uma linha aberta destinada a estudantes e operadores de jogo, questionando o Governo se foram “criados serviços de apoio e de aconselhamento psicológicos que correspondam à natureza e ao conteúdo do seu trabalho” para os trabalhadores da linha da frente, como profissionais de saúde e polícias. No seu entender, “é mais fácil” que estes profissionais enfrentem problemas físicos e psicológicos por causa dos riscos que correm. Angela Leong refere que uma instituição educativa realizou recentemente um inquérito sobre o estado de saúde mental da população devido à pandemia, tendo os resultados mostrado que “70 por cento considera que a pandemia afecta profundamente a sua vida” e mais de um quarto tinha cansaço médio a alto depois do pico da pandemia. Entre os participantes, foram também registados casos de depressão, e de ansiedade.
Hoje Macau Manchete SociedadeCovid-19 | Governo avança com plano para acelerar vacinação Para contrariar a fraca adesão às vacinas, o Governo vai dar início a um plano de proximidade para inocular a população por grupos sociais. Em primeiro lugar serão vacinados professores e alunos do ensino superior, numa segunda fase trabalhadores de empresas de “larga escala” e, mais tarde, pessoal e pacientes de lares de idosos Até agora, apenas 8 por cento da população de Macau tomou a primeira dose da vacina contra a covid-19, o que corresponde a cerca de 57 mil pessoas, números que não correspondem às expectativas do Governo. Assim sendo, vai arrancar o plano de proximidade, para vacinar sectores da sociedade por etapas, revelou ontem o coordenador do Plano de Vacinação contra a covid-19, Tai Wa Hou, no programa Fórum Macau do canal chinês da Rádio Macau. “A primeira fase será dirigida ao ensino superior, já entrámos em contacto com as universidades e depois passamos para vacinação em empresas de grande escala. Os lares de idosos ficam para uma fase posterior”, informou o responsável, citado pela TDM – Rádio Macau. O plano de proximidade, como foi designado, não será aplicado aos restantes níveis de ensino, porque as vacinas disponíveis em Macau só podem ser administradas a jovens com mais de 16 e 18 anos. Quanto à vacinação de idosos, Tai Wai Hou recordou a inversão da admissibilidade de administrar vacinas a maiores de 60 anos, depois do parecer da Comissão Nacional de Saúde, e que apenas podem ser vacinados em Macau pessoas maiores de 60 anos depois de avaliadas pelas autoridades e comprovada a sua boa saúde. Nem te reconheço Para já, Tai Wa Hou avançou que as autoridades estão a avaliar a possibilidade de acrescentar locais onde são administradas vacinas, depois de ser anunciado que o Hospital de Kiang Wu passaria a estar incluído no plano. Uma coisa é certa, o Governo quer inverter a baixa taxa de vacinação, que o coordenador considera “prejudicial à prevenção da pandemia” e um empecilho ao reconhecimento mútuo das vacinas com o Interior da China. Até ontem, o centro de coordenação de contingência do novo tipo de coronavírus contou ontem 145.906 agendamentos para tomar a vacina e 86.653 doses administradas. No total, apenas 30.902 tomaram a segunda dose da vacina. Até ontem, as autoridades de saúde reportaram um total 373 casos de reacções adversas às vacinas, dois deles considerados graves.
João Santos Filipe Manchete SociedadeTurismo | Rede de transportes “insatisfatória” penaliza Macau e Zhuhai Um estudo de dois académicos da Universidade de Jinan indica que Macau e Zhuhai precisam de melhorar a rede de transportes e a ligação a outras regiões do Interior, para se desenvolverem como núcleo de turismo da Grande Baía Para verdadeiramente se tornarem num dos grandes eixos de turismo na Grande Baía, Macau e Zhuhai vão ter de melhorar acessos para turistas, a nível dos transportes. A conclusão é de um estudo do Academic Journal of Humanities & Social Sciences intitulado “Pesquisa sobre Acessos de Transporte e Desejo de Turismo na Grande Baía”, da autoria de Li Tsanman e Chen Qiudi, dois académicos da Universidade de Jinan. No documento publicado este mês, os académicos utilizaram duas fórmulas para comparar os acessos de transporte às 11 principais cidades da Grande Baía e avaliar a vontade dos turistas de visitarem essas cidades. A vertente dos transportes é a que mais penaliza Macau. A RAEM surgem no 10.º lugar ao nível de acesso e é ainda destacada como o único destino turístico que não têm uma ligação directa da rede ferroviária de alta velocidade. Apesar destes constrangimentos, Macau bate Zhuhai, que dispõe de uma ligação de alta velocidade. No entanto, as cidades são as piores classificadas. Guangzhou, Shenzhen, Foshan, Zhongshan e Hong Kong ocupam os primeiros lugares da tabela, por esta ordem. Os autores consideram assim que núcleos de turismo Guangzhou-Foshan e Shenzhen-Hong Kong estão bem definidos e que podem ser o principal motor da indústria na Grande Baía. Caso as ligações de transportes melhorem, Zhuhai e Macau podem assumir um papel semelhante. “A pesquisa indica que Zhuhai e Macau podem servir como um núcleo de turismo, mas as acessibilidades a nível de transportes não são satisfatórias”, é sublinhado. “Todavia, o problema está identificado e o Governo está gradualmente a resolvê-lo através da construção da Ponte Hong Kong – Zhuhai – Macau e de mais linhas ferroviárias”, é acrescentado. O quinto mais desejado No ranking que mede a vontade para visitar as cidades como turista, Macau surge no quinto lugar. O ranking tem por base 523 questionários. No primeiro lugar volta a surgir Guangzhou, seguida por Shenzhen, Foshan e Hong Kong. Para os autores, Macau e Hong Kong beneficiam do princípio “Um País, Dois Sistemas” e da mistura de culturas chinesa e ocidentais. “Hong Kong consegue um melhor ranking que Macau porque beneficia da proximidade com Shenzhen e oferece aos turistas melhores facilidades a nível de transporte e passagem nas fronteiras”, é explicado. Por outro lado, os académicos defendem que Zhuhai tem beneficiado muito da proximidade com Macau. Devido à necessidade de parar em Zhuhai para se deslocarem à RAEM, os turistas do Interior sentem-se mais tentados a fazer uma paragem no outro lado da fronteira, com ganhos para a cidade vizinha.
Hoje Macau SociedadeJogo | Última semana confirma tendência de recuperação A semana de 12 a 18 de Abril voltou a registar melhorias nas receitas da indústria do jogo, de acordo com analistas da JP Morgan Securities e Sanford C. Bernstein. Segundo os analistas da JP Morgan, na semana passada os casinos de Macau tiveram receitas brutas diárias de 300 milhões de patacas por dia, “um dos registos mais elevados para períodos fora de feriados no período depois do início da pandemia”, parcialmente empurrado pelos resultados do sector VIP, cita do portal GGRAsia. A consultora afirma que a procura no mercado do jogo de Macau “está a recuperar confortavelmente”, com uma receita bruta nos primeiros 18 dias de Abril estimada em 5,5 mil milhões de patacas, ou 280 milhões por dia. Números mais optimistas face aos registados nos meses anteriores, 260 e 270 milhões de patacas por dia, apesar de não se estar em época alta. As melhorias, de acordo com a Sanford C. Bernstein, resultaram, principalmente, no aumento da entrada de visitantes durante o fim-de-semana e consequência da boa performance do sector VIP. Os analistas referem que, apesar a primeira metade da última semana ter sido mais calma, a chegada de visitantes na sexta-feira, dia 16, foi a melhor dos últimos 15 meses, com 34,252 entradas. A média diária de turistas que chegaram a Macau entre 9 e 15 de Abril foi de 27.404.