Saúde | Sam Hou Fai diz que Hospital das Ilhas terá “influência internacional”

Um centro médico de “primeira classe” e com “influência internacional”. Foi esta a promessa de Sam Hou Fai para o futuro do Hospital das Ilhas. O líder do Governo afirmou ainda que o Executivo está a trabalhar para que os residentes possam tratar doenças graves em Macau, em vez de procurarem tratamento no exterior

 

O Chefe do Executivo afirmou que o Hospital das Ilhas, explorado pelo Hospital Peking Union Medical College, vai alcançar “influência internacional”. As declarações surgem no comunicado oficial de um encontro, à porta fechada, com o presidente honorário do Peking Union Medical College Hospital (PUMCH) e presidente da Associação Chinesa dos Profissionais de Medicina, Zhao Yupei.

Durante a reunião, que foi comunicada na terça-feira à noite, Sam Hou Fai afirmou que “com o esforço conjunto” o Governo e a instituição nacional “conseguirão definitivamente criar um centro médico de primeira classe com influência internacional, contribuindo para desenvolver o sector da ‘saúde + turismo’ e enriquecendo a indústria de da saúde compreensiva”.

O Hospital das Ilhas é a aposta do Executivo para desenvolver Macau como um centro de turismo de saúde, tendo a exploração do espaço, construído com capitais públicos, sido atribuída ao Hospital Peking Union Medical College. Esta aposta também é encarada por Sam Hou Fai, e pelo seu antecessor Ho Iat Seng, como o caminho para alcançar a diversificação da economia do território.

Actualmente, o Hospital das Ilhas é gerido como uma instituição privada, pelo que os residentes têm de pagar o preço de utilização. A excepção só se verifica quando os residentes são encaminhados pelos Serviços de Saúde para a instituição, acedendo a cuidados médicos nas condições de serviço público.

Ficar em Macau

Entre as declarações citadas no comunicado oficial, Sam Hou Fai apontou ainda o Hospital das Ilhas como a esperança para que os residentes deixem de ter de sair de Macau para tratar doenças mais graves. O líder do Governo disse que “para alcançar o objectivo de ‘Tratar doenças graves sem sair de Macau’, o Centro Médico de Macau expande gradualmente os seus serviços de consultas externas especializadas, o que demonstra claramente a determinação do Governo da RAEM no alargamento da cobertura de saúde e na optimização da distribuição de recursos médicos”.

As declarações surgem depois da recente abertura das consultas externas especializadas a não-residentes de Macau, como trabalhadores, alunos e outras pessoas com autorizações especiais de fixação.

No entanto, o objectivo passa por alargar o serviço a turistas de saúde. Neste aspecto, o governante indicou que a abertura das consultas externas “não só proporciona uma opção conveniente aos não-residentes de Macau, como também aumenta a atractividade para os residentes da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e dos países do Sudeste Asiático”.

Durante o encontro foi também assinado o acordo sobre a “taxa de cooperação operacional 2025 do Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas – Centro Médico de Macau do Peking Union Medical College Hospital”. Contudo, o conteúdo do documento, não foi revelado, nem o eventual pagamento por parte do Governo à instituição do Interior da China.

20 Mar 2025

DSAL | Tomada de posse do novo director realizou-se ontem

O novo director da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), Chan Un Tong, e a subdirectora, Chan Tze Wai prestaram ontem juramento na cerimónia de tomada de posse.

A cerimónia foi presidida pelo secretário para a Economia e Finanças, Tai Kin Ip, que espera que os dirigentes “promovam ainda mais o desenvolvimento global do mercado de trabalho de Macau, protejam os direitos e interesses laborais nos termos da Lei e construam, com novas ideias, uma sociedade harmoniosa entre empregadores e trabalhadores”.

O novo líder da DSAL, Chan Un Tong, indicou sentir “profundamente o peso da responsabilidade e afirmou que, de acordo com o espírito do importante discurso do Presidente Xi Jinping, irá persistir na resolução efectiva do problema de emprego com base na população e reforçar os recursos de formação para formar quadros qualificados de alta qualidade para Macau”.

Chan Un Tong comprometeu-se também no aperfeiçoamento da legislação laboral, na criação de relações de trabalho harmoniosas e a “envidar esforços para apoiar o desenvolvimento das actividades das micro, pequenas e médias empresas”.

Chan Un Tong começou a trabalhar no Governo da RAEM em 2002, desempenhando entre Maio de 2014 e Maio de 2016, o cargo de coordenador-adjunto do Gabinete para os Recursos Humanos, e desde Maio de 2016 até à presente data, o cargo de subdirector da DSAL.

Chan Un Tong é licenciado em Direito Económico na Faculdade de Economia da Universidade de Jinan, em Guangzhou.

19 Mar 2025

CAEAL | Reunião com escolas devida a recolha de assinaturas

Alegações de que teria sido pedido a professores de escolas geridas por associações a recolha de assinaturas para as próximas eleições vai levar a comissão eleitoral a reunir com representantes dos estabelecimentos de ensino. A comissão recebeu também a queixa de um membro de uma associação que alega ter-lhe sido exigido um número mínimo de assinaturas para uma lista

 

Foram partilhadas nas redes sociais queixas de alegados docentes de escolas geridas por associações de que teriam sido solicitados para recolher assinaturas para listas candidatas às próximas eleições legislativas, marcadas para 14 de Setembro. Após a reunião de ontem da Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa (CAEAL), o presidente da entidade, o juiz Seng Ioi Man, adiantou que irá marcar reuniões com representantes das escolas no início de Abril para partilhar os valores da justiça, integridade e igualdade. De forma geral, o responsável indicou ainda que o uso de coerção ou métodos enganosos para angariar assinaturas é um crime.

Numa conferência de imprensa realizada ontem, o magistrado referiu que se a investigação confirmar as alegações dos professores, os formulários para constituir candidaturas serão considerados inválidos, de acordo com o canal chinês da Rádio Macau.

A interferência no processo eleitoral de escolas geridas por associações com representação na Assembleia Legislativa, e financiadas pelo Governo, tem sido uma constante em sufrágios anteriores, nomeadamente com o pedido para docentes e funcionários assinarem proposituras de candidaturas e até de encarregados de educação. Por exemplo, em 2021, um professor da escola Choi Nong Chi Tai, ligada à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), terá apelado a encarregados de educação para assinarem documentos das comissões de candidatura para as eleições legislativas.

No sufrágio de 2017, também houve queixas semelhantes, sem que tenha havido repercussões para as listas envolvidas.

No capítulo das repercussões, o presidente da CAEAL foi ontem questionado sobre a possibilidade de os candidatos desqualificados poderem ou não submeter candidaturas nestas eleições, que são as primeiras após a exclusão de cinco listas e 21 candidatos, a maioria do campo pró-democracia, em 2021. Sem responder directamente à questão, Seng Ioi Man lembrou que, de acordo com a lei eleitoral, quem não apoiar a Lei Básica e não for leal à RAEM fica afastado das eleições durante cinco anos.

Seguir as pistas

Em relação às suspeitas de que uma idosa terá sido convidada a assinar um boletim de propositura de candidatura às eleições legislativas quando trocava o cartão Macau Pass para idosos, o presidente da CAEAL revelou que o caso foi investigado, mas que não foi possível recolher informações concretas.

Além disso, a CAEAL terá recebido a queixa de um membro de uma associação que foi incumbido de recolher um determinado número de assinaturas para uma lista. Seng Ioi Man garantiu que vai acompanhar este caso. O responsável salientou que quem ajude a angariar apoio para formar uma lista para as eleições deve assinar o formulário de nomeação e prestar assistência de forma voluntária e clara. Além disso, o presidente da CAEAL reiterou que os dirigentes de listas ou organizadores de campanha não podem recorrer a coação, fraude, pressão profissional ou promessas de benefícios para influenciar eleitores no apoio a determinada lista, seja através do voto ou da assinatura para constituir uma lista candidata.

Para já, foram pedidos à CAEAL nove formulários para constituições de listas para as eleições legislativas, mas ainda nenhum foi entregue. O prazo para apresentar as comissões de candidatura termina a 6 de Junho.

19 Mar 2025

Gongbei | Renovação de posto fronteiriço custa 500 milhões

Está previsto um investimento de cerca de 500 milhões de renminbis para a remodelação de várias áreas do Posto Fronteiriço de Gongbei, junto às Portas do Cerco, que diariamente é utilizado por milhares de pessoas. A renovação deverá demorar dois anos, foi ontem anunciado

 

Vem aí um novo Posto Fronteiriço de Gongbei. A informação foi avançada ontem pelas autoridades e noticiada pelo portal Macau News Agency (MNA), que descreve que será feito um investimento de cerca de 500 milhões de renminbis (553 milhões de patacas), para um projecto de renovação que deverá demorar dois anos a estar concluído.

Segundo o portal, “o projecto faz parte de uma iniciativa mais vasta de revitalização do distrito de Xiangzhou”, em Zhuhai, e inclui um total de 144 planos, avaliados em 32,9 mil milhões de renminbis, que já se encontram “em fase de preparação”.

Para já, sabe-se que a primeira fase do projecto de renovação “inclui também infra-estruturas auxiliares de transporte” e alterações no centro comercial subterrâneo, bem próximo da zona alfandegária e dos passaportes. Ou seja, será melhorada a zona dos autocarros, sendo que a estação de comboios de Zhuhai, bem próxima do posto fronteiriço, também estará integrada neste processo de renovação.

O MNA descreve que para esta zona está ainda a ser planeada a construção de habitação e espaços de escritórios.

Obras, um ano depois

A revitalização do Posto Fronteiriço de Gongbei é anunciada um ano depois de ter sido feito um trabalho de renovação ao edifício principal do posto, que abrangeu 33 mil metros quadrados e que melhorou as infra-estruturas de fornecimento de energia, ar condicionado e abastecimento de água.

O edifício foi também alvo de melhorias no exterior, entrada principal e ambiente em redor. O Posto Fronteiriço de Gongbei continua a ser um dos mais utilizados por residentes, turistas e moradores de Zhuhai. Só no dia 18 de Janeiro entraram 430 mil pessoas, sendo considerado pelas autoridades o maior número de entradas e saídas dos últimos cinco anos.

18 Mar 2025

Edifícios antigos | Pereira Coutinho questiona sistema de fundos para renovação

O deputado José Pereira Coutinho interpelou o Governo sobre a necessidade de “transparência e responsabilidade na renovação e reabilitação urbana”, nomeadamente quanto “às elevadas verbas angariadas para a reparação e renovação” sem transparência de contas e sem que esses valores incluam obras no interior dos apartamentos.

Assim, o deputado questiona “se existe algum sistema de controlo sobre as normas de cobrança, repartição e limites de decisão para obras de manutenção de edifícios antigos”.

“Como é que o Governo da RAEM garante a equidade na repartição de taxas e transparência no mecanismo de decisão? A actual legislação prevê ser apenas necessário 15 por cento do consentimento dos proprietários, mas será que esse rácio é representativo da vontade total dos proprietários?”, questiona.

O deputado acredita ainda que o Governo deveria “rever e melhorar o processo de candidatura ao regime de incentivos para a manutenção de edifícios, permitindo o pagamento antecipado de uma percentagem dos empréstimos na fase inicial ou aquando da conclusão das obras, para aliviar a pressão financeira sobre os proprietários”.

18 Mar 2025

Seac Pan Van | Água reciclada até ao fim de 2026

A directora dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água (DSAMA), Susana Wong, prevê que até ao final de 2026 as habitações públicas de Seac Pai Van e o campus da Universidade de Macau comecem a ser servidos com o abastecimento de água reciclada.

Este é um tipo de água aproveitada, com um tratamento que não a torna potável, mas que permite a utilização para descargas do autoclismo e outras utilizações menos exigentes, como a rega. A informação foi divulgada pela responsável durante uma actividade organizada pela DSAMA no domingo.

Em declarações citadas pelo jornal Ou Mun, Susana Wong não conseguiu indicar o preço do abastecimento, mas prometeu que vai ser mais barata do que a água actualmente fornecida através das torneiras. Wong explicou também que como a canalização nas habitações públicas de Seac Pai Van foram preparadas para este abastecimento, os moradores não podem escolher não ser abastecidos por água reciclada.

18 Mar 2025

Conselheiros | Encontro com delegado de Timor no Fórum

Rui Marcelo, conselheiro das comunidades portuguesas, reuniu ontem, juntamente com outros conselheiros, com António Ramos Silva, delegado de Timor-Leste junto do Fórum Macau, e Danilo Afonso Henriques, secretário-geral adjunto do Fórum.

Um dos pontos da agenda foi a reunião presencial do Conselho Regional da Ásia e Oceânia do Conselho das Comunidades Portuguesas que se realiza esta quinta e sexta-feira em Díli, Timor-Leste.

Na capital timorense, os conselheiros vão reunir com Ramos Horta, Presidente da República de Timor-Leste, e Manuela Freita Bairos, embaixadora portuguesa no país. Foram ainda abordados “assuntos de interesse comum, com foco na promoção da língua e cultura portuguesa, o reforço e cooperação no sector da educação, o intercâmbio na cooperação económica entre Macau e Timor-Leste e ainda o fortalecimento das relações entre as comunidades portuguesas do Conselho Regional da Ásia e Oceânia”.

18 Mar 2025

Comércio | Pedidas mudanças no arrendamento público

O legislador ligado à Federação das Associações dos Operários de Macau, Leong Sun Iok, pede ao Governo que apresente alternativas para acabar com as lojas desocupadas durante vários anos e promover a diversificação económica

 

O deputado Leong Sun Iok defende uma nova política de arrendamento dos espaços comerciais geridos pelo Governo nos edifícios de habitação pública. A posição foi tomada através de uma interpelação escrita, para fazer face à redução do número de arrendamentos.

Com o objectivo de promover a diversificação da economia, Leong indica a necessidade de aplicar ao arrendamento destes espaços o mesmo tipo de estratégia que foi adoptado no arrendamento dos espaços de restauração do mercado do Patane.

Neste espaço, indica o deputado ligado à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), a escolha dos inquilinos teve por base critérios como “o plano de negócios, a experiência, qualificações e a diversidade dos produtos” vendidos. Este foi um método que Leong indicou ser mais “flexível” e que traduz uma postura do Governo “mais consciente” da realidade actual.

No entanto, o legislador lamenta que nas lojas arrendadas nas habitações públicas a escolha ainda seja feita através de um sorteio entre os candidatos interessados, como determinado pelo Decreto-Lei sobre o Regulamento da Concessão, Arrendamento e Cedência Gratuita de Espaços em Edifícios de Habitação Social para o Exercício de Actividades Comerciais.

Este é um documento que deputado considera desactualizado, por estar “em vigor há mais de 30 anos”, pelo que questiona o Executivo sobre a vontade de substituí-lo para “ter em conta factores como o actual ambiente social e a situação do mercado”.

A pensar na mudança

De acordo com a versão apresentada pelo deputado, em Abril do ano passado havia 12 lojas vagas e algumas sem qualquer inquilino desde Março de 2018. “A falta de regularidade na realização de concursos públicos para as lojas de habitação pública não favorece a revitalização e o funcionamento eficaz dos recursos e dificulta o planeamento antecipado dos residentes de acordo com a procura prevalecente no mercado”, criticou.

Por isso, Leong questiona o Governo sobre a possibilidade de criar um mecanismo de atribuição do arrendamento destes espaços a cada três meses ou a cada seis meses, para acabar com as situações em que as lojas ficam vários anos desocupadas.

Numa altura em que vários espaços comerciais nos bairros residenciais encerram portas ou enfrentam dificuldades para competir com os preços em Zhuhai, Leong Sun Iok defende que se siga o exemplo de Hong Kong. Na perspectiva do legislador, o Governo devia ponderar criar um novo programa, para jovens empreendedores, com menos de 35 anos, em que não há uma renda fixa, e os arrendatários apenas têm de pagar 20 por cento dos lucros líquidos obtidos com o negócio.

18 Mar 2025

Orçamento | Kevin Ho defende subsídios só para quem mais precisa

Numa altura em que se espera a apresentação das Linhas de Acção Governativa, as primeiras do novo Governo, Kevin Ho apela à precisão na distribuição de apoios sociais

 

O deputado de Macau na Assembleia Popular Nacional e empresário Kevin Ho defende que o Governo deve ser cauteloso com o orçamento da RAEM, e fazer uma distribuição mais precisa dos apoios sociais. A mensagem foi deixada através de declarações prestada à TDM.

“No que diz respeito aos beneficiários da assistência social, o Governo tem de ser mais preciso na sua distribuição. Os que têm mais necessidades devem receber mais”, afirmou o empresário.

Nos últimos tempos, vários representantes de diferentes associações têm defendido uma nova distribuição de apoios, apesar de oficialmente o orçamento da RAEM não ser deficitário. No primeiro mês do ano, o orçamento teve um superavit de 3,68 mil milhões de patacas, menos 1,74 mil milhões de patacas do que no primeiro mês do ano passado.

“Quer se trate dos subsídios anteriores, em dinheiro, ou das várias políticas preferenciais para os residentes, como a distribuição dos dividendos das receitas da RAEM […] os que têm maiores necessidades devem receber mais apoio”, justificou o empresário.

Um dos apoios que tem sido visado por alguns deputados e associações é o programa de comparticipação pecuniária, também conhecido como o “cheque pecuniário”, de 10 mil patacas para residentes permanentes e 6 mil patacas para residentes não-permanentes. Embora não tenha sido visado por Kevin Ho, foram várias as vozes políticas locais que pediram a eliminação do apoio para os residentes que não vivem pelo menos metade do ano na RAEM.

Confiança no Governo

A emissora pública ouviu também Lao Chi Long, empresário local e membro da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC), que apesar de reconhecer as limitações no estado actual da economia, mostrou confiança no Executivo de Sam Hou Fai para dar a volta à situação.

“Embora a economia possa não ter um desempenho tão bom quanto o esperado, estou confiante que o Governo da RAEM tem a capacidade de mudar esta situação e implementar mais políticas para impulsionar um desenvolvimento económico positivo”, afirmou Lao, citado pelo Canal Macau.

Nos últimos tempos, têm surgido cada vez mais pedidos de apoio às pequenas e médias empresas que não estão a beneficiar do aumento do número de turistas do Interior.

Também diferentes representantes do mercado imobiliário, como o ex-deputado Ung Choi Kun, têm defendido políticas de apoio a empresários, construtoras e redução de impostos, para promover mais compras e vendas de casas e espaços comerciais.

17 Mar 2025

Diplomacia | Paulo Rangel confirma viagem a Pequim e Macau

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, vai deslocar-se a Macau e à China no final do mês, adiantou à Lusa fonte oficial, estando ainda o programa da deslocação a ser definido.

No início deste mês, a TDM indicava a presença do número dois do Executivo português em Macau e na China, estando prevista a participação no Fórum Boao, que decorrerá entre 25 e 28 de Março, na província de Hainan, e a realização de contactos com as autoridades chinesas, designadamente com o homólogo chinês, Wang Yi. À Lusa, fonte do gabinete de Paulo Rangel confirmou a deslocação no final do mês, indicando que o programa da deslocação ainda não está encerrado.

Macau receberá ainda este ano as comemorações do 10 de Junho, que se iniciam em Lagos, segundo informou em Fevereiro a Presidência da República, numa nota publicada no seu site. “O Presidente da República designou a cidade de Lagos como sede das comemorações, em 2025, do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, estendendo-se as celebrações à comunidade portuguesa em Macau”, lê-se no texto datado do dia 7 de Fevereiro.

Segundo a mesma nota, Marcelo Rebelo de Sousa decidiu constituir para a organização das comemorações “uma comissão presidida pela Dr.ª Lídia Jorge, escritora, e que integra o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, a secretária-geral da Presidência da República e o chefe do Protocolo do Estado”.

Em Dezembro do ano passado, o chefe de Estado já tinha admitido que o seu último 10 de Junho do seu mandato – que termina em 9 de Março do próximo ano – viesse a ser celebrado junto de comunidades emigrantes portuguesas mais longínquas como as da Ásia-Pacífico, na Austrália, em Macau ou em Goa.

17 Mar 2025

IAS | Nick Lei defende alargamento de rede comunitária

O deputado Nick Lei quer que a rede de colaboração comunitária, que o Instituto de Acção Social (IAS) utiliza para prestar apoio em cooperação com associações cívicas e entidades sociais, seja alargada a mais associações. Numa interpelação escrita divulgada no sábado, o também dirigente em associações ligadas à comunidade de Fujian mencionou o incêndio num prédio, que deflagrou no início do mês no bairro do Toi San, como um exemplo da necessidade alargar a rede de apoios comunitários.

Nick Lei afirma que a primeira associação que chegou ao terreno nesse incêndio recebeu pedidos de ajuda de moradores, mas como não pertence à rede de colaboração comunitária acabou por ter apenas de reencaminhar os pedidos para outras entidades.

Importa referir que a rede de cooperação mobilizada pelo IAS inclui a União Geral das Associações dos Moradores de Macau, a Federação das Associações dos Operários de Macau, a Associação Geral das Mulheres de Macau e a Caritas Macau, segundo um comunicado do IAS publicado no início de Março. Ora, entre as entidades mencionadas não está a Aliança do Povo, presidida por Nick Lei, ligada à comunidade de Fujian.

O deputado mencionou a estatística apresentada pelo Corpo de Bombeiros, que entre Julho de 2019 e o mês passado, procedeu a inspecções a 1.742 apartamentos para detectar potenciais riscos de fuga de gás, e verificou que menos de um terço das habitações, 30,4 por cento, passou no teste. Face aos números pouco animadores, Nick Lei pede que sejam realizadas mais inspecções e com mais qualidade.

17 Mar 2025

Jogo | Davis Fong desvaloriza impacto de casinos tailandeses

Davis Fong, académico e antigo deputado, considera que os futuros casinos na Tailândia terão mais impacto negativo no sector do jogo de Singapura do que em Macau.

Segundo o jornal Ou Mun, o director do Instituto de Estudos sobre a Indústria do Jogo da Universidade de Macau, defendeu que, a curto prazo, as futuras concessões de jogo na Tailândia não serão uma ameaça para Macau, pois o território sofre mais com o ambiente económico externo. Davis Fong recordou que em 2010, primeiro ano de abertura de casinos em Singapura, achava-se que Macau iria perder jogadores, mas a verdade é que isso não aconteceu.

Davis Fong considera que uma das vantagens de Macau sobre estes dois territórios é o facto de reunir os casinos numa só zona, como o Cotai, que absorve cerca de 70 por cento dos jogadores do segmento de massas. Em caso de má sorte, o apostador pode ir para o casino ao lado, o que não acontecerá na Tailândia, acredita, onde as infra-estruturas estarão afastadas uma das outras.

Este defende ainda que os jogadores não vão deixar de lado um sítio de apostas mais perto para se deslocar para mais longe, ao contrário dos apostadores VIP, que podem deslocar-se à Tailândia, por terem objectivos de apostas e de viagem diferentes. Segundo Davis Fong, aos jogadores de grandes somas não lhes faz diferença se jogam em Macau ou na Tailândia.

17 Mar 2025

Macau Pass | CAEAL atenta a solicitações em trocas

A Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa não recebeu uma “queixa formal” sobre o caso da idosa que terá sido convidada a assinar uma lista para as eleições enquanto trocava o cartão Macau Pass. Ainda assim, a comissão diz estar preocupada e que presta “especial atenção” à situação

 

Mesmo sem qualquer queixa formal, a Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa (CAEAL) garante que vai estar atenta ao processo de troca de cartões Macau Pass para idosos, no âmbito do programa de incentivo ao consumo Grande Prémio do Consumo.

“Mesmo que ainda não tenha recebido uma queixa formal sobre a situação, a CAEAL vai manter-se em contacto com a Direcção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico (DSEDT) e acompanhar de perto a situação e todas as notícias relativas às eleições legislativas a ter lugar no corrente ano”, indicou a CAEAL em resposta a questões colocadas pelo HM.

Recorde-se que na segunda-feira passada, uma residente afirmou aos microfones do programa Fórum Macau, do canal chinês da Rádio Macau, que a sua avó teria sido convidada a assinar um boletim de propositura de candidatura às eleições legislativas quando trocava numa associação local o cartão Macau Pass para idosos para participar no Grande Prémio do Consumo. Sobre este episódio, o organismo que organiza e fiscaliza as eleições legislativas, liderado pelo magistrado Seng Ioi Man, assegura estar a acompanhar o caso.

“Aos comentários tecidos pela ouvinte da Rádio Macau sobre a troca do Cartão da Macau Pass para Idosos, a CAEAL presta especial atenção, e para inteirar-se da situação, entrou em contacto imediatamente com a DSEDT, que é responsável pela coordenação do trabalho de substituição daquele cartão com as instituições de serviço social e associações cívicas colaboradoras.”

Secar a concorrência

Na semana passada, a DSEDT afirmou ao HM ter realizado sessões de formação, emitiu orientações para as associações cívicas que estão a colaborar com o Governo na troca de cartões Macau Pass para idosos e lembrou aos funcionários que devem limitar o seu serviço à substituição dos cartões. “A DSEDT continuará a fiscalizar todos os postos de serviços, e caso verifique a violação das orientações em qualquer um destes, cessará, de imediato, o serviço de substituição de cartões disponibilizado pelo posto de serviço envolvido”, acrescentou a entidade liderada por Yau Yun Wah ao HM.

O HM procurou conhecer as consequências para casos em que as associações cívicas tanto junto da CAEAL, como da DSEDT. Além do encerramento dos postos de troca de cartões, não foi referido se haveria alguma consequência legal, ou infracções às leis que regulam as eleições.

O ex-deputado Au Kam San apresentou uma explicação para o “nervosismo” das principais associações tradicionais recorrerem a todos os expedientes para recolher o máximo de assinaturas possíveis, mesmo quando prestam serviços públicos, como a troca de cartões Macau Pass para idosos.

“Isto é uma táctica, porque na mesma eleição, qualquer eleitor só pode assinar uma vez uma lista (…), caso contrário estará a cometer um crime. Quanto mais assinaturas uma lista conseguir, mais espaço retira a outras listas. Se uma associação reunir 50.000 assinaturas, mesmo que só submeta 500 e que as restantes 49.500 sejam deitadas no lixo, esses eleitores não vão poder assinar outras listas”, indicou Au Kam San numa publicação no Facebook.

O ex-deputado salienta que apesar de não ser punido com prisão quem assina mais do que uma propositura de candidatura, além do pagamento de multa, o eleitor pode ficar com registo criminal.

17 Mar 2025

Macau Pass | Troca de cartão polémica devido a cobrança

Depois de um idoso se queixar de lhe terem pedido 50 patacas para trocar o Macau Pass, o Governo afirmou que a partir de hoje não há cobranças, depois de anunciar que a troca era gratuita. Quanto ao pedido para assinar listas para as eleições, o Executivo garantiu ao HM que se tiver conhecimento de irregularidades encerrará postos de troca de cartões

 

Depois de uma queixa na segunda-feira de que uma idosa terá sido convidada a assinar um boletim de propositura de candidatura às eleições legislativas quando trocava o cartão Macau Pass para idosos para participar no Grande Prémio do Consumo numa associação local, ontem o processo voltou a conhecer um novo episódio.

Mais uma vez, no programa Fórum Macau do canal chinês da Rádio Macau, um idoso queixou-se de lhe ter sido cobrado 50 patacas para trocar o cartão Macau Pass para Idosos que permite participar no programa de descontos e incentivo ao consumo Grande Prémio do Consumo. O caso ocorreu numa loja da Macau Pass onde o funcionário terá informado o residente de que se fizesse a troca num dos cerca de 60 postos de troca em serviços sociais e associações locais o serviço seria gratuito.

Recorde-se que no final da semana passada, no dia em que começou a troca de cartões, a Direcção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico (DSEDT) emitiu um comunicado a informar que “o tratamento das formalidades de substituição” dos cartões era gratuito. Também o pedido de um cartão temporário não teria encargos. “Caso os idosos necessitem de utilizar o cartão durante o período de substituição, a Macau Pass fornecer-lhes-á gratuitamente um cartão de utilização temporária”, mesmo nos centros de serviços da Macau Pass.

Depois da queixa, a DSEDT esclareceu que as 50 patacas cobradas seriam devolvidas no saldo do novo cartão. Além disso, o Governo negociou com a Macau Pass para, a partir de hoje, terminarem a pré-cobrança de taxas para trocar os cartões.

Perninha eleitoral

Além da cobrança de 50 patacas, a troca de cartões e o pedido de cartões temporários que se faz exclusivamente nas lojas da Macau Pass tem sido criticada pelas longas filas que tem gerado. O deputado Pereira Coutinho foi uma das vozes que denunciou a situação.

Por outro lado, quando o serviço de troca de cartões decorria apenas há três dias úteis, uma residente alegou que a sua avó foi convidada a assinar um boletim de propositura de candidatura às eleições legislativas quando tentava trocar o cartão Macau Pass para idosos numa associação local.

O HM contactou todos os serviços públicos envolvidos (Instituto de Acção Social, Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa e DSEDT), para saber se estaria em curso alguma investigação relacionada com acções eleitorais durante as trocas dos cartões para idosos, e quais as consequências, e só obteve resposta da DSEDT. O organismo liderado por Yau Yun Wah começou por referir que a DSEDT organizou sessões de formação e esclarecimentos para “as entidades colaboradoras em relação aos procedimentos de substituição de cartões para idosos”.

Além disso, a DSEDT afirmou ter elaborado “Orientações de operação e confidencialidade” e solicitou “aos funcionários de todos os postos de serviços que as cumprissem rigorosamente”.

Em relação ao pedido para assinar proposituras de candidaturas durante a troca de cartões, a DSEDT salienta ter “lembrado aos seus funcionários que se devem conformar com as orientações para prestar assistência aos residentes na substituição de cartões, limitando-se apenas o serviço disponibilizado ao de substituição de cartões”. Comunicação que a DSEDT garantiu ao HM, num e-mail enviado ao fim da tarde de quarta-feira, ter sido reiterada “há alguns dias”.

Em relação a possíveis consequências de aproveitamento eleitoral de associações no trabalho de substituição de cartões, o Governo garantiu ao HM que estará atento. “A DSEDT continuará a fiscalizar todos os postos de serviços, e caso verifique a violação das orientações em qualquer um destes, cessará, de imediato, o serviço de substituição de cartões disponibilizado pelo posto de serviço envolvido”, foi acrescentado.

14 Mar 2025

“Duas Sessões” | Sam Hou Fai promete “acções concretas”

O Chefe do Executivo, Sam Hou Fai, promete a realização de “acções concretas” em Macau para “transformar o espírito das ‘Duas Sessões'” e as palavras dos dirigentes chineses em acções práticas, defendeu ontem num discurso proferido na Sessão de Transmissão do Espírito das “Duas Sessões” da Assembleia Popular Nacional (APN) e da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC) deste ano.

Sam Hou Fai disse que as mensagens transmitidas nas “Duas Sessões” irão “abrir de forma incansável novos horizontes de desenvolvimento para Macau no contexto de participação e apoio à modernização ao estilo chinês, contribuindo, assim, de maneira ainda mais significativa para a construção de um grande país e para a revitalização nacional”.

Pretende-se, por exemplo, “introduzir novos conceitos de governação, aperfeiçoar as formas de acção governativa e intensificar a comunicação e cooperação com a sociedade”, implementando “plenamente o princípio de ‘Macau governada por patriotas'”. O governante adiantou ainda que serão tiradas ilações para “aprofundar a reforma da Administração pública, reforçar a coordenação e a concertação, e elevar de forma abrangente a eficácia governativa”.

No tocante à economia, a diversificação continua a ser o principal objectivo. “Iremos adoptar uma nova mentalidade com esforços mais intensificados e medidas mais pragmáticas que acelerem e promovam a diversificação adequada da economia, a fim de alcançar novos avanços e novos resultados”, disse.

14 Mar 2025

Economia | Lei Chan U pede explicações sobre turismo de saúde

O deputado dos Operários pede ao Executivo que apresente as medidas que vai adoptar para fomentar a indústria do turismo de saúde, que é vista como um dos pilares da diversificação económica

 

O deputado Lei Chan U pretende que o Governo apresente as medidas que vão ser adoptadas para concretizar a política de exploração do turismo de saúde. A pergunta faz parte de uma interpelação escrita, e surge depois do Hospital das Ilhas ter entrado em funcionamento, em Setembro do ano passado.

Segundo o deputado, o Executivo indicou que o caminho para explorar o turismo de saúde passava pela criação de parcerias entre as autoridades, as concessionárias de jogo e os diferentes serviços médicos. Contudo, legislador ligado à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) considera que é necessário disponibilizar mais informação sobre o que realmente se pretende para o sector e como se vão concretizar os objectivos: “Qual é o ponto de situação sobre o aproveitamento do Centro Médico de Macau do Peking Union Medical College Hospital como catalisador para atrair mais turistas de saúde e promover o desenvolvimento deste sector em Macau?”, questiona o deputado dos Operários. “E que medidas concretas foram adoptada pelo Governo para efectivamente aplicar esses planos?”, acrescenta.

Segundo o entendimento de Lei Chan U, com o Hospital das Ilhas em funcionamento desde Setembro de 2024 é necessário “reforçar gradualmente o seu papel e as suas funções na promoção do desenvolvimento do sector”.

Hospitais de dia

Além de pedir na interpelação escrita que se passe do papel à realidade, Lei Chan U questiona o Executivo sobre os planos para criar os chamados “hospitais de dia”.

Inicialmente apresentada no ano passado, a ideia passa por criar novas unidades de saúde no sistema de licenciamento, que ocupem uma função intermédia, entre as clínicas e os hospitais. De acordo com os moldes apresentados, e citados por Lei Chan U, a criação das novas unidades de saúde implica a alteração do regime de licenciamento das instituições de saúde. E o Governo prometeu uma nova consulta pública neste sentido. Porém, ainda não se verificaram desenvolvimentos. Como tal, Lei pede um ponto da situação: “A Administração indicou que vai lançar uma consulta pública sobre o aumento do número de licenças para os hospitais de dia no primeiro trimestre de 2025. Qual é o ponto da situação dos trabalhos preparatórios da consulta pública? Quando está previsto o início da consulta pública?”, interroga.

Apresentado como um dos grandes projectos na área da saúde em Macau, o Hospital das Ilhas abriu no ano passado, em Setembro. No entanto, ao contrário do que chegou a ser esperado não é um hospital público, e a gestão foi entregue a uma entidade privada, o Peking Union Medical College Hospital. Quando pretendem utilizar estes serviços, os residentes têm de pagar como qualquer turista ou outro cliente. A única forma de serem atendidos em condições iguais às do sector público acontece quando os residentes são encaminhados para este hospital pelos Serviços de Saúde.

14 Mar 2025

Ecologia | Sam Hou Fai planta árvore na Taipa Pequena

Para comemorar o “Dia Nacional de Plantio de Árvores da China”, o Chefe do Executivo plantou ontem uma árvore Machilus chinensis no Trilho da Taipa Pequena. Segundo um comunicado divulgado ontem pelo Governo, a acção teve o objectivo de promover a apreciação pela vegetação, a conservação de espaços verdes e demonstrar o respeito pela natureza.

Além da apreciação e protecção ambiental, a plantação também se revestiu de um simbolismo nacionalista. No local onde foi plantada a árvore, o Chefe do Executivo inaugurou “uma lápide esculpida com a seguinte inscrição: ‘Da mesma raiz brotam os ramos frondosos, da mesma medula crescem os círculos concêntricos’, o que significa que a pátria e Macau têm as raízes e uma origem comum, mantendo-se numa relação íntima, progridem e prosperam em conjunto, traçando os círculos concêntricos da China”.

A Machilus chinensis é uma árvore da família da laurácea, de vida longa, é originária do sul da China e uma espécie nativa de Macau. A sua plantação tem sido uma tradição cumprida por todos os chefes do Executivo da RAEM.

13 Mar 2025

DSAL | Chan Un Tong escolhido como próximo director

Ao fim de 13 anos, Wong Chi Hong vai deixar o cargo de director da DSAL. A saída está marcada para a próxima semana. Chan Un Tong é o homem que se segue naquela que é uma das cadeiras “mais quentes” da Administração da RAEM

 

Chan Un Tong foi promovido a director da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL). A escolha do secretário para a Economia e Finanças, Tai Kin Ip, foi revelada ontem, através do Boletim Oficial, e produz efeitos na terça-feira da próxima semana.

A decisão representa uma promoção para Chan Un Tong, que era desde 2016 subdirector da DSAL. As mudanças foram justificadas pela “vacatura do cargo”, embora o actual director, Wong Chi Hong, se vá manter em funções até ser substituído, e ainda com o facto de o secretário ter considerado que Chan tem “competência profissional e aptidão para o exercício do cargo de director”.

Chan Un Tong é Licenciado em Direito Económico na Faculdade de Economia da Universidade de Jinan, em Cantão. Além disso, frequentou um curso de Introdução ao Direito de Macau na Faculdade de Direito da Universidade de Macau.

Em termos profissionais, Chan foi adjunto-técnico da Direcção dos Serviços de Assuntos de Justiça entre Agosto de 2002 e Agosto de 2005. Foi neste ano que transitou para a DSAL, assumindo o cargo de técnico, até Maio de 2007. Antes de chegar a subdirector da DSAL, Chan desempenhou ainda as funções de técnico do Gabinete para os Recursos Humanos, técnico superior do Gabinete para os Recursos Humanos, coordenador-adjunto do Gabinete para os Recursos Humanos até 2016.

Fim do percurso

A informação divulgada ontem significa igualmente que o tempo de Wong Chi Hong à frente da DSAL chegou ao fim, depois de praticamente 13 anos. Esta é uma direcção de serviço sempre muita dada a críticas de deputados e associações locais devido às competências de autorização na contratação de trabalhadores não residentes. O motivo da substituição ainda não foi indicado, mas Wong estará em condições de se reformar.

Em 2012, quando assumiu as tarefas actuais, Wong Chi Hong era Coordenador do Gabinete para os Recursos Humanos, depois de ter sido durante vários anos assessor do Gabinete do Secretário para a Economia e Finanças, Francis Tam. Ainda durante a Administração Portuguesa, tinha desempenhado diferentes funções na então da Direcção dos Serviços de Trabalho e Emprego, que mais tarde foi rebaptizada de DSAL.

Com a promoção de Chan Un Tong ficou um cargo disponível como subdirector da DSAL que vai ser ocupado por Chan Tze Wai. Licenciada em economia pela Universidade de Jinan, Chan era desde 2021 subdirectora da Direcção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico, onde trabalhou directamente sob o controlo hierárquico de Tai Kin Ip, secretário que a nomeou para as novas funções.

13 Mar 2025

Ligações aéreas | Cheung Kin Chung pede inovação ao Governo

O deputado e presidente da Associação dos Hoteleiros de Macau, Cheung Kin Chung, considera que o Governo deve adoptar uma postura mais inovadora, de forma a expandir o número e o tipo de ligações aéreas internacionais com Macau. A posição consta de um artigo publicado ontem no jornal Ou Mun.

De acordo com as declarações de Cheung Kin Chung, as autoridades devem adoptar uma postura mais multifacetada nos esforços para atrair turistas internacionais e com maior poder de compra para promover “o desenvolvimento sustentado do turismo”.

O presidente da Associação dos Hoteleiros de Macau afirma que os esforços da Direcção de Serviços de Turismo (DST) de participar em eventos em Espanha, Emirados Árabes Unidos, Japão ou Coreia do Sul são positivos. No entanto, não são suficientes, e para Cheung a promoção de Macau como destino turístico sem criar melhores ligações internacionais vai sempre ter um impacto limitado.

A nível das ligações, Cheung pede ainda às autoridades que não se limitem às ligações de curta duração com os países e regiões vizinhas, mas que apostem em trazer turistas de outros mercados mais distantes, mas com grande capacidade de consumo.

Ao mesmo tempo, o dirigente associativo pediu uma maior coordenação entre o Governo, concessionárias do jogo, empresas e companhias de aviação neste esforço de maior internacionalização do mercado.

No ano passado, de acordo com a Direcção de Serviços de Estatística e Censos, o território recebeu 34,93 milhões de visitantes, entre os quais 2,42 milhões de visitantes internacionais, uma proporção de 7 por cento.

12 Mar 2025

Segurança nacional | Mais de 25 mil alunos participam em concursos

Os vencedores dos concursos de composição e de curtas-metragens “A minha noção sobre a segurança da sociedade” foram escolhidos, avançou ontem o Gabinete de Comunicação Social.

A iniciativa organizada pelo Governo e o Gabinete de Ligação do Governo Popular Central na RAEM contou com a participação “de oito instituições de ensino superior e 48 escolas de ensino secundário, com mais de 25.700 alunos”.

O Executivo salienta que este ano houve mais 3.000 concorrentes do que no ano passado. Os vencedores para os dois concursos foram divididos em três categorias de ensino superior, secundário e terceiro ciclo e a entrega dos prémios decorrerá durante a cerimónia de inauguração da Exposição sobre a Educação da Segurança Nacional, no dia 15 de Abril. Uma parte das obras premiadas será exibida durante a exposição.

A iniciativa tem como objectivo levar os jovens a “ponderar melhor as relações estreitas entre a segurança nacional a segurança da sociedade, ou até com a vida pessoal, aumentando a consciência cívica e o seu sentido de responsabilidade social”.

O propósito é levar os jovens a “assumir, por sua iniciativa, a responsabilidade na defesa da segurança nacional e estabilidade social”.

12 Mar 2025

Macau Pass | Idosa convidada a assinar candidatura quando trocava cartão

Uma residente alegou que a sua avó foi convidada a assinar um boletim de propositura de candidatura às eleições legislativas quando tentava trocar o cartão Macau Pass para idosos para o Grande Prémio do Consumo. O prazo para apresentar as comissões de candidatura termina a 6 de Junho

 

“A minha avó queria trocar o cartão Macau Pass para idoso e foi a algumas associações. Quando tratava do processo para trocar o cartão, o funcionário da associação perguntou à minha avó se podia assinar um boletim de propositura para as eleições.” A alegação de aproveitamento eleitoral dos processos de substituição do “Cartão da Macau Pass para Idosos” foi ontem relatada por uma ouvinte do programa “Fórum Macau” do canal chinês da Rádio Macau.

A ouvinte, de apelido Wong, descreveu em poucas palavras o estado de confusão em que ficou a sua avó depois de lhe terem pedido para assinar o boletim durante o processo de troca. “A minha avó ficou confusa e incomodada com a situação. Ela só queria substituir o Macau Pass, sem se envolver em assuntos eleitorais e ficou a pensar que a troca do cartão poderia ter relação com a assinatura do boletim”, contou.

A residente mostrou-se também incrédula perante a forma como o processo de substituição de cartões se processa. “Quando vi a apresentação do programa, reparei que a substituição dos cartões é coorganizada pelo Instituto de Acção Social. Não percebo porque o Instituto de Acção Social não trata directamente da substituição dos cartões, da mesma forma que recebe pedidos e documentos para a atribuição de subsídios”, comentou a ouvinte.

Processo em curso

Estão abertos, até ao próximo dia 20 de Março, 60 postos para a substituição gratuita do “Cartão da Macau Pass para Idosos” espalhados um pouco por todo o território, entre instituições de serviços sociais e associações cívicas.

A troca dos cartões é necessária para os residentes com mais de 65 anos que tenham versões antigas do Macau Pass para idosos, uma vez que estes cartões têm um chip que não suporta o carregamento para obter desconto imediato do Grande Prémio do Consumo. Recorde-se que a medida arranca no dia 24 de Março e, pela primeira vez, oferece a modalidade de uso do Macau Pass para não excluir do programa idosos que não saibam utilizar as plataformas de pagamento online.

Por outro lado, a Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa começou na semana passada a disponibilizar os formulários para constituição de candidaturas. O prazo para as candidaturas, com as assinaturas requeridas por lei, termina a 6 de Junho. As eleições estão marcadas para 14 de Setembro.

O HM enviou questões à Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa e às entidades públicas que organizam a troca de cartões e o Grande Prémio do Consumo (Instituto de Acção Social e Direcção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico) a perguntar se haveria algum caso em investigação relacionado com acções eleitorais durante a troca dos Macau Pass. Até ao fecho desta edição não foram obtidas respostas.

12 Mar 2025

Deputado de Macau na APN pede ligação entre Península e Hengqin

Lao Ngai Leong, deputado por Macau na Assembleia Popular Nacional (APN), defendeu a construção de uma nova ligação entre a Macau e a Ilha da Montanha, que deve ser feita na Península. A proposta apresentada no âmbito das reuniões magnas, em Pequim, foi revelada ontem pelo jornal do Cidadão.

Na perspectiva de Lao, actualmente a única ligação, que é feita através da Taipa, pela Ponte Flor de Lótus, é insuficiente para toda a procura e acaba por causar muitos inconvenientes para as pessoas que precisam de se deslocar à Ilha da Montanha. Ao mesmo tempo, o também empresário acredita que a nova ligação seria uma forma de integrar mais as duas regiões, pelo que espera que o projecto seja integrado no 15.º Plano Quinquenal da República Popular da China.

O empresário argumentou ainda que a Península “é a região mais antiga e mais densamente povoada de Macau”, bem como “o centro económico tradicional de Macau” que concentra “mais de metade das entidades industriais e comerciais e da população permanente de Macau”. Como tal, é importante que também se torne um “elo de ligação” com a Hengqin, para servir as necessidades dos residentes da RAEM.

Parte interessada

Além de deputado na APN, Lao Ngai Leong é também empresário com investimentos em Hengqin. Nos anos 80, Lao fundou a Companhia de Fomento Predial Ch’ong Sai, que em inglês tem a denominação Chong Sai, que, de acordo com o portal da instituição, é responsável pelo projecto de habitação iCity Cidade Inteligente de Hong Kong e Macau, em Hengqin. O portal da Ch’ong Sai indica ainda que o projecto iCity Cidade Inteligente de Hong Kong e Macau vai receber um centro internacional de promoção de artes, para promover artistas da RAEM.

Os outros interesses económicos de Lao Ngai Leong envolvem a cadeia de hotéis Golden Dragon, a empresa de serviços financeiros China Huarong, a Pastelaria Cinco de Outubro e a empresa de desenvolvimento de aplicações móveis Pineapple Chain (Macao) Technology Company.

12 Mar 2025

Lares de Idosos | Lo Choi In defende incentivos para privados

A deputada ligada à comunidade de Jiangmen alerta para a falta de camas nos lares de idosos em Macau. Face ao envelhecimento populacional, Lo Choi In defende o incentivo ao desenvolvimento de alternativas aos recursos públicos

 

Face ao envelhecimento da população de Macau, Lo Choi In alertou para a falta de camas em lares de idosos e defende a promoção do sector privado. O assunto foi abordado numa interpelação escrita pela deputada ligada à comunidade de Jiangmen.

De acordo com as contas apresentadas na interpelação, actualmente existem 2.510 camas em lares de idosos, número que não sofreu aumentos desde 2021, circunstância o que a deputada explicou com a pandemia. Até 2028, é expectável que o número de camas aumente até 3.600, incremente que se deve à abertura de novos lares na Zona A dos Novos Aterros.

Todavia, os números são insuficientes na óptica de Lo Choi In, não só devido ao envelhecimento esperado da população, mas porque cita relatórios de especialistas a indicar que o número mínimo aceitável seria de 4 camas em lares de idosos por cada 1.000 habitantes. Em Macau, o número médio está em 3,4 camas por 1.000 habitantes.

A deputada aponta igualmente que apesar da informação oficial sobre estes números nem sempre ser a mais transparente, os dados disponibilizados pelo Executivo permitem apurar que até 2028 haverá um défice de 400 camas. No cenário ideal, Lo indica que até 2026 deveria haver 5.200 camas em lares de idosos, tendo por base as recomendações da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e Organização Mundial de Saúde (OMS). Porém, esta fasquia não se vai concretizar.

Mais mercado privado

Perante esta situação, Lo Choi In pede ao Governo que invista mais recursos na disponibilização de camas, mas também que promova o desenvolvimento do sector privado, com a distribuição de terrenos da reserva da RAEM e a implementação da política de apoio.

“Nos últimos anos, em muitos países e regiões vizinhas, o mercado privado de cuidados a idosos tem vindo a desenvolver-se vigorosamente, o que não só satisfaz as necessidades da comunidade e reduz os encargos para o Governo, como também cria um grande número de postos de trabalho”, aponta. A deputada acrescenta que “em Macau, a procura também está a aumentar e, mesmo que o Governo esteja disposto a investir recursos públicos, continua a ser difícil satisfazer a procura”. “Será que o Governo está a considerar libertar mais terrenos públicos e criar incentivos políticos para o desenvolvimento dos lares privados?”, questiona. Lo Choi In perguntou ainda se o Governo equaciona o papel do mercado privado na resposta às necessidades da comunidade no âmbito da política para os idosos.

Além de terrenos, Lo Choi In admite que é difícil atrair trabalhadores para este sector, porque a maior parte das profissões não é considerada atractiva para os residentes. A legisladora quer assim saber se pode haver uma flexibilização da contratação de não-residentes.

12 Mar 2025

Trabalho | Leong Sun Iok quer residentes nas chefias de empresas

Nas concessionárias de jogo, a proporção de profissionais locais em posições de gestão intermédia ou elevada era no ano passado de cerca de 90 por cento. O deputado Leong Sun Iok quer que o Governo incentive empresas de outros sectores a seguir o exemplo das concessionárias

 

Leong Sun Iok quer que as grandes empresas que não pertencem ao sector do jogo sigam o exemplo das concessionárias de casino em termos de políticas de recrutamento e gestão de recursos-humanos. A intervenção tem em conta a meta estabelecida pelo Governo que determina que as concessionárias tenham, pelo menos, 85 por cento dos quadros que ocupam posições de gestão intermédias ou elevadas entregues a residentes de Macau.

O deputado da Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) defende que o Governo deve incentivar o tecido empresarial a adoptar uma política semelhante, que dê prioridade aos locais em trabalhos mais apetecíveis a nível salarial.

Recorde-se que, de acordo com os dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos, os rendimentos de profissionais de gestão do sector do jogo aumentaram 22,2 por cento em termos anuais em 2024, para uma média de 68.900 patacas. Tendo em conta estes dados, Leong Sun Iok defendeu, em declarações ao jornal Exmoo, que o Executivo promova a mobilidade ascendente das carreiras dos residentes e o acesso a posições com melhores condições salariais, e argumenta que não só as empresas de jogo devem assumir responsabilidades sociais.

O deputado refere que apesar da taxa de desemprego de Macau ser baixa, actualmente é muito difícil aceder a empregos com boas remunerações.

Tapar buracos

Porém, o deputado da FAOM também apontou baterias às concessionárias de jogo, começando pelo volume total da mão-de-obra contratada pelo sector. No final de 2024, o número dos funcionários das empresas de jogo totalizava 52.971 pessoas. Apesar do aumento anual de 1.200 trabalhadores, Leong Sun Iok destaca a grande diferença para 2019, quando a mão-de-obra totalizava 58.225 pessoas.

A discrepância é ainda mais incompreensível perante a falta de recursos humanos, segundo o deputado, uma vez que é comum os trabalhadores fazerem horas extra. Aliás, Leong Sun Iok explica o aumento salarial de 2,5 por cento do ano passado precisamente com as horas extra feitas pelos funcionários das concessionárias.

Outra área onde o Governo precisa intervir, é na entrada de jovens recém-licenciados no mercado de trabalho. Neste capítulo, o deputado da FAOM realça mais uma vez a responsabilidade social que não deve apenas recair nas concessionárias de jogo, em particular quando são negadas oportunidades a jovens sem experiência laboral.

11 Mar 2025