MGM | Festival Internacional de Jazz sexta e sábado

Jazz no Outono parece ser o lema do Clube de Jazz de Macau, que traz este fim-de-semana ao MGM grandes nomes do Jazz internacional

[dropcap style=’circle’]D[/dropcap]avid Kikoski, Lee Ritenour e Zé Eduardo são alguns dos nomes que sobem esta sexta-feira e sábado ao palco do Lion’s Bar no MGM. As estrelas do Jazz chegam para o Festival Internacional de Jazz de Macau, que acontece no ano em que o Clube de Jazz de Macau celebra o seu 30º aniversário.
O Festival abre portas no dia 18, pelas 21h00, com “o creme de la creme” do Jazz que se faz por cá. The Bridge e a Big Band da Escola de Jazz do Conservatório da RAEM apresentam-se com um convidado especial: Zé Eduardo, português que vai comandar os talentos.
Zé Eduardo é um baixista, pianista e líder de banda que fundou o Hot Club de Lisboa, um local especificamente dedicado a este estilo musical. Músico de renome, Zé Eduardo ensina a arte de fazer Jazz e tem visitado Macau “inúmeras vezes desde que o Festival Internacional de Música foi inaugurado nos anos 80”. O músico vai liderar os The Bridge, a primeira banda de Jazz do território – e que conta já com 26 anos – e os jovens artistas do Conservatório de Música.

Estrelas no palco

Os grupos tocam para preparar o público para o espectáculo da estrela da noite: é na sexta-feira que Dave Kikoski e os BeatleJazz animam a noite, dando ao público a oportunidade de ver o vencedor de um Grammy pelo Melhor Álbum de Live Jazz Ensemble (com “Live at the Jazz Standard”, em 2011) e do grupo que integra para este espectáculo.
“O trio chega a Macau armado com músicas dos seus quatro álbuns, que chegaram aos top 10 das rádios norte-americanas”, explica a organização. Dos BeatleJazz fazem parte Rickard Malmsten e Brian Melvin.
Sábado, a noite abre com a Macau Jazz Promotion Band, um grupo de jovens músicos formado em 2010, que conta já com algumas performances locais e nas regiões vizinhas. Conhecidos por “darem corpo ao renascimento do Jazz local”, os membros da banda tocam antes do famoso Lee Ritenour, membro do grupo Mamas and Papas. Lee integrou aquele que foi um dos colectivos mais famosos dos anos 1960 quando tinha 16 anos e foi nomeado duas vezes o Melhor Guitarrista pela revista Guitar Player.
Gravou mais de 40 álbuns e foi vencedor de um Grammy em 1986, entre mais de uma dúzia de nomeações. “Lee Riteneour chega a Macau com os seus colaboradores de longa data Jesse Millinier (piano), Melvin Davis (baixo) e Sonny Emory (bateria).
Os bilhetes custam 280 patacas para sexta-feira e 380 patacas para sábado, sendo que há ainda a hipótese de comprar bilhete para os dois dias por 580 patacas.

16 Set 2015

Cinema | Associação local realiza filme com actores invisuais

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] Associação de Promoção de Direitos dos Portadores de Deficiência Visuais vai rodar um filme que conta com a participação de invisuais. O objectivo é o de corresponder à promoção da Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e dar oportunidade de integração a estas pessoas.
A película chama-se “Antes do amanhecer” e Albert Cheong, presidente da Associação, disse num comunicado que o filme conta a história de um homem sonhador e cheio de ambição que acaba por contrair uma doença que lhe afecta a visão. O protagonista entra em estado depressivo, mas o seu percurso fá-lo encontrar pessoas e questões que o fazem ter uma nova orientação na vida. Cheong fala mesmo de um protagonista que ganha frutos de forma imprevista.
Albert Cheong disse que o filme vai ser criado partindo da perspectiva de deficientes visuais, podendo estes e as suas famílias participar na rodagem da película, promovendo assim a sensibilização para esta doença no território. Deverá ainda servir para obrigar as pessoas a repensarem a vida e os problemas sociais adjacentes. cinema filmes
“A primeira impressão do sector profissional sobre este tipo de filmes é que parece que estamos noutro mundo, o dos portadores de deficiência. No entanto, acreditamos que na arte todas as pessoas são iguais, todas têm sonhos. Acreditamos firmemente que os deficientes não só devem ter direito de usufruir dos filmes, mas também de criar um”, explicou.
Durante o ano passado, o presidente disse que a Associação já quebrou o preconceito de que os “deficientes não podem ver filmes” através da descrição áudio destes.
Albert Cheong afirmou ainda que a Associação pode não ser capaz de rodar o filme através de técnicas muito avançadas, mas usa, certamente, experiência, para mostrar à sociedade que os invisuais também têm um espaço na área das artes e da cultura. “Quando a obra estiver concluída, espero que seja exibida em escolas e locais comunitários”, disse, confiante. “Espero também que sejam contratados mais recursos humanos para a criação de legendas em língua inglesa, de forma a que a obra chegue a mais pessoas”, continuou.
O presidente da Associação quer ainda que o filme seja publicado nas redes sociais com a ajuda da União Mundial de Cegos e da Federação Internacional de Desporto de Cegos.

16 Set 2015

Exposição de Júlio Pomar e amigos em dose dupla

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]bre hoje na Galeria do Tap Seac a exposição “A Jornada de Um Mestre: Júlio Pomar e Amigos”. A mostra divide-se em duas partes, estreando ainda na sexta-feira no Albergue SCM, pelas 18h30. Ambos os espaços vão receber as obras do pintor e artista, que ficam patentes até 15 de Janeiro de 2016 no Albergue e até 29 de Outubro na Tap Seac.
“A exposição inclui uma amostra abrangente da sua obra gráfica para além de diversos originais. Entre as mais de 40 obras apresentadas na Galeria A2 do Albergue destaque para a obra ‘Bal chez le Duc’, da fase erótica que é exposta ao público pela primeira vez e das oito litografias de todas as ilustrações que o artista realizou para a edição portuguesa da Obra de Lewis Carroll, ‘A caça ao Snark’”, começa por dizer o Albergue em comunicado. “A exposição apresenta ainda obras de alguns artistas que partilharam com o Mestre momentos da sua vida e que ajudaram a melhor definir o panorama artístico português, além fronteiras. Originais de Graça Morais, Paula Rêgo, André Shan Lima, Rogério Ribeiro e Júlio Resende completam o acervo exposto nas duas galerias.”

Entre Paris e Lisboa

Júlio Pomar nasceu em Lisboa, em 1926, e instalou-se em Paris, em 1963. Actualmente vive e trabalha em Paris e Lisboa. Começou a expor, em 1942, numa mostra promovida com os seus colegas de atelier e apresentou a sua primeira exposição individual, em 1947, no Porto. A primeira retrospectiva da sua obra foi organizada pela Fundação Gulbenkian, em 1978, e apresentada depois na Bélgica e no Brasil. Desde então, realizou diversas antologias temáticas em Portugal e no estrangeiro. Em 2004, tiveram lugar duas extensas mostras do seu trabalho: “Autobiografia, no Museu de Arte Moderna, em Sintra e “A Comédia Humana, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.
Júlio Pomar tem-se dedicado especialmente à pintura, mas o seu itinerário criativo inclui também trabalhos de desenho, gravura, escultura, ilustração, cerâmica, tapeçaria e cenografia para teatro. Realizou ainda obras de decoração mural em azulejo, nomeadamente para as estações de metropolitano Alto dos Moinhos, em Lisboa e Botanique, em Bruxelas. É autor de dois volumes de ensaios sobre pintura e de dois livros de poesia. Em 2004, foi instituída a Fundação Júlio Pomar, em Lisboa.
A entrada nas exposições é livre.

15 Set 2015

Cinema | Festival Sundance chega a Hong Kong e fica até final do mês

Chegou, finalmente, aquela altura do ano em que o Festival de Cinema Sundance se alastra por Hong Kong. Este ano são exibidos, no Metroplex, 11 filmes sobre a revista Rolling Stone, a vida singular de seis irmãos em Manhattan e uma curiosa experiência em prisões

[dropcap style=’circle’]C[/dropcap]hegou o aguardado momento em que o Festival de Cinema Sundance se apresenta nas salas de cinema do complexo Metroplex, em Kowloon. É a partir desta quinta-feira e até ao próximo dia 27 que os cinéfilos poderão assistir a vários filmes que ora retratam a vida e obra de artistas musicais, ora exploram problemáticas pouco discutidas.
No certame deste ano são apresentados 11 filmes que brilharam no estado norte-americano do Utah, onde o Sundance teve origem. Este é já conhecido como um dos mais importantes festivais de cinema independente dos EUA, criado pelo Instituto Sundance, e acontece, geralmente, em Janeiro em três diferentes locais. Os filmes nele estreados vão sendo exibidos em iniciativas um pouco por todo o mundo e a edição deste ano contou com 14 diferentes categorias, incluindo documentários e ficção dos EUA, filmes estrangeiros, Novas Fronteiras, curtas-metragens, colecção especial Sundance e estreias mundiais.

O que cá vem

A série começa com “The Wolfpack”, a primeira longa-metragem documental da nova- iorquina Crystal Moselle, que explora a vida do clã Angulo. É entre máscaras feitas de tecido, papel, corte e costura, que seis irmãos se dão conta do mundo exterior, para além das quatro paredes do seu apartamento em Manhattan. A mestria deste documentário está no volver da vida deste colectivo, cuja educação, infância e adolescência foram inteiramente passadas em casa, raras vezes saindo à rua. A trama intensifica-se através do relato de quando um dos irmãos decide fugir de casa, fazendo crescer nos restantes o desejo por uma aventura semelhante. Moselle levou para casa o prémio de Melhor Documentário. The Stanford Prison Experiment
“Dope” também surge em jeito de comemoração de tempos passados, contando a história de Malcolm, um jovem “obcecado com o hip hop dos anos 90 e que sonha em ingressar em Harvard”. A vida do protagonista sofre uma reviravolta quando o seu melhor amigo decide ir à festa de aniversário de um dos mais influentes traficantes de droga do seu bairro, o que o leva numa viagem não tão feliz pelo mundo dos estupefacientes.
“Pelo caminho, Malcolm aprende mais sobre si próprio, a vida e finanças do que em qualquer escola Ivy League”, explica a organização do festival.

O estrangeiro aqui tão perto

“The End of the Tour” é outro dos filmes em exibição e conta a história de uma entrevista de cinco dias de um jornalista da revista Rolling Stone aos romancistas David Lipsky (interpretado por Jesse Eisenberg) e David Foster Wallace. Esta situação teve mesmo lugar em 1996, após publicação do conhecido romance de Wallace “Infinite Jest”.
O filme pode trazer uma lufada de ar fresco na capacidade do actor Jason Segel em criar outras personagens que não sejam unicamente cómicas. O realizador James Ponsoldt licenciou-se num programa de Cinema de Yale e estreou-se com “Off The Black”, em 2006.
“The Stanford Prison Experiment” parece ser das longas metragens que mais promete: baseado em factos reais, é um filme que explora a vida nas prisões norte-americanas e tem como alicerce um estudo feito na Universidade de Stanford em 1971, sobre a escolha de se ser um guarda prisional ou um recluso. Os resultados desta pesquisa podem surpreender os espectadores, mas é certamente um filme a não perder, mais que não seja por Kyle Patrick Alvarez ter levado para casa dois prémios no Sundance.
Na calha estão ainda “Advantageous”, “Cartel Land”, “Me and Earl and the Dying Girl”, “People Places and Things”, “Songs My Brothers Taught Me”, “The Witch”, “James White”, entre outros.
À parte da exibição dos filmes – cuja calendarização está inteiramente disponível no website oficial do festival –, há ainda tempo e espaço para sessões de perguntas e respostas e que juntam críticos desta indústria, cinéfilos ou meros interessados. Cada sessão de cinema custa 90 dólares de Hong Kong, mas há descontos para pessoas com deficiências, crianças e seniores.
As sessões têm lugar a partir da próxima sexta-feira, às 18h00, continuando fim-de-semana fora, com uma programação que agrada a gregos e troianos. O festival de Hong Kong é interrompido durante a próxima semana, para recomeçar a 24 e encerrar a 27, com sessões de exibição das 13h40 às 21h45. A calendarização, informação completas sobre os filmes e realizadores, localização e transporte podem ser consultados em https://hk.sundance.org/eng/index.htm.

15 Set 2015

Música | Orquestra de Macau em digressão mundial até 24 deste mês

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Orquestra de Macau (OM) partiu na passada quinta-feira numa digressão mundial que dura até ao próximo dia 24, série que inclui a participação no festival mundial de música Brucknerfest Linz. A OM tem ainda concertos marcados na Áustria, Suíça, Hungria e outros países, “divulgando assim a cultura e artes de Macau perante o público europeu”, explica o IC em comunicado.
O mesmo organismo afirma que a “OM tem assumido o papel de embaixadora cultural de Macau” desde a sua criação. Até 2014, realizou, de acordo com o IC, concertos em mais de 40 cidades da China, sendo o primeiro colectivo musical a percorrer todo o país.
Já nesta digressão pela Europa, a Orquestra sobe a palcos internacionais, participa em múltiplos espectáculos significativos e leva ao exterior quatro programas diferentes especialmente criados para a ocasião”, avança a organização, constituída pelo IC e pelos Serviços de Turismo.
Este fim-de-semana foi passado na Áustria, enquanto no próximo dia 17 ocupam um palco na cidade austríaca de Erl, passando para Zurique no dia seguinte. A 20 de Setembro marcam presença na Liszt Ferenc Zeneművészeti Egyetem, em Budapeste, e a 21 realizam o seu último concerto da digressão, de volta à Àustria. O colectivo será conduzido pelo maestro principal da OM, Lu Jia, mas conta também com a presença de Leong Hio Ming, vice-presidente do IC.
O convite para a actuação da OM veio directamente da direcção do festival Brucknerfest Linz, que ficou com este nome devido ao seu criador, um compositor do século XIX natural desta cidade, Anton Bruckner. Presente estará também uma orquestra do continente, pelo que a OM surge na qualidade de agrupamento representante do país na série de actividade “Foco na China”.
O grupo local apresenta-se em palco com o pianista Zhang Haochen e Wu Wei, “dando a conhecer os êxitos a nível musical da China contemporânea”. A OM convidou ainda Sophia Feinga Su para actuar na digressão. Sophia é uma violinista local com apenas 15 anos de idade.

14 Set 2015

Violinista Gidon Kremer traz “Piazzolla” a Macau

[dropcap style=’circle’]C[/dropcap]hamam-se “Máscaras e Rostos” e “Novas Estações” e são os dois concertos que Gidon Kremer apresenta em Macau, juntamente com a Kremerata Baltica. Conhecido como um dos mestres do violino, Kremer foi convidado pelo Instituto Cultural (IC) para estar presente no XXIX Festival Internacional de Música de Macau (FIMM).
Nos dias 12 e 13 de Outubro, pelas 20h00 horas, no Centro Cultural de Macau, o vencedor dos Concursos internacionais Queen Elisabeth, Paganini e Tchaikovsky actua em dois espectáculos únicos. “Gidon Kremer ficou conhecido como o ‘Violinista do Diabo’, em 2001, sendo considerado que ninguém consegue explorar os sentimentos mais profundos da música de Piazzolla como ele, que obteve ainda um prémio UNESCO do Conselho Internacional de Música”, refere a organização. kremer
O programa do concerto “Máscaras e Rostos” inclui Frates, a obra mundialmente célebre de Arvo Pärt, o Concertino para Violino e Cordas de Mieczyslaw Weinberg e excertos de A Arte da Instrumentação. Contudo, a sua atracção principal é um projecto de vídeo conjunto intitulado “Rússia: Máscaras e Rostos”.
No XXIX FIMM, Gidon Kremer faz-se acompanhar pela Kremerata Baltica, uma orquestra que já percorreu meia centena de países. Este conjunto conta com colaborações com alguns dos mais ilustres solistas e maestros, incluindo Sir Simon Rattle, Vladimir Ashkenazy, Vadim Repin e Yo-Yo Ma, entre outros, “tornando-se numa das melhores orquestras de câmara a nível internacional”, como indica a organização. Os bilhetes estão à venda por preços que vão das 200 às 300 patacas.

14 Set 2015

Cinema | Programa experimental na Cinemateca Paixão

É sob o mote do 10º aniversário do Centro Histórico que o IC cria um programa piloto para dar vida nova à Cinemateca Paixão. A experiência arranca hoje, com a exibição de “Guia in Love” e a indústria cinematográfica tem porta aberta para reservar salas no local até Dezembro

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Instituto Cultural (IC) arranca hoje com um programa piloto na Cinemateca Paixão, na Travessa da Paixão, junto às Ruínas de S. Paulo. O programa dura até 31 de Dezembro e oferece à indústria cinematográfica e associações locais a oportunidade de colocarem em acção os seus projectos, reservando o espaço para esse efeito.
O programa experimental prevê a exibição, hoje, de um filme realizado por um artista local. “Guia in Love” é o nome do filme que estreia o projecto, marcado ainda por uma série de actividades abertas ao público até final do ano.
O cinema localiza-se num edifício com três andares e tem diferentes funções como armazenamento de documentos ligados à indústria de filmes, empréstimos de livros e apreciação crítica de cinema. O rés-do-chão reserva-se à bilheteira e às salas de cinema, incluindo ainda uma sala de controlo, inicialmente utilizada para a exibição de filmes sobre arte e cultura. O primeiro andar disponibiliza material sobre filmes locais, como são periódicos e revistas e o escritório fica no segundo piso. “O estabelecimento da Cinemateca pretende promover a cultura cinematográfica em Macau, cultivando a crítica e fornecer uma escolha diversificada de películas”, informa o IC.

Um filme para lembrar

“Guia in Love” é uma obra realizada no território por Sam Leong, com actores de Macau e Hong Kong, incluindo Vivian Chan e Terence Chui. Também a banda sonora conta com o tema “Goodbye My Love”, do produtor local Joe Lei. Trata-se de uma película dentro do género de comédia romântica com passagens em locais históricos da cidade. O filme arranca com um triângulo amoroso entre uma jovem e dois rapazes que são amigos desde pequenos, até que a paixão assola dois deles. Entrelaçadas estão várias outras histórias de amor, a não perder, mais que não seja pelo background cultural que oferecerem.
A sua realização é organizada pela Associação Cultural de Filmes e Produções Televisivas de Macau, sendo que a estreia deverá contar com uma série de representantes desta indústria. O IC assegura ainda que a população pode contar com a organização de workshops e outras actividades aberto ao público entre Outubro e Dezembro, que são anunciadas mais perto da data de realização. A partir de hoje e até Dezembro a bilheteira estará aberta para que os interessados possam reservar espaços com o objectivo de lá realizarem actividades.

14 Set 2015

Livro | “Direito do Jogo em Macau” apresentado na próxima semana

Com a assinatura de dois profissionais da área do Direito, o livro “Direito do Jogo em Macau” nasce com o intuito de facilitar e de ser uma ferramenta de trabalho útil para aqueles que se dedicam à área, mas não só. A apresentação é já terça-feira, na Fundação Rui Cunha

[dropcap style=’circle’]P[/dropcap]ara já só existe em Português, mas Óscar Alberto Madureira, advogado e co-autor do livro “Direito do Jogo em Macau”, garante que num futuro próximo a publicação estará disponível em Chinês e Inglês.
O lançamento do livro – assinado também pelo jurista Fernando Vitória -acontece já na próxima terça-feira, dia 15 de Setembro, na Fundação Rui Cunha, pelas 18h30. A obra junta todas as leis, regulamentos, instruções e uma série de outros tipos de diplomas sobre o Direito do Jogo no território.
“O que nós fizemos foi uma compilação de todas essas leis, regulamentos de jogos, despachos do Chefe do Executivo e compilámo-las num documento, num livro”, começa por explicar Óscar Alberto Madureira ao HM.
Além disso, foi ainda introduzido um comentário à Lei do Jogo [16/2001], aquela que é considerada a lei principal. “Fizemos uma nota, não a todos os artigos porque há artigos que não têm grande relevância comentar, mas aqueles que achamos serem os mais importantes e sobre os quais achámos que valia a pena dizer alguma coisa. Claro, é a nossa opinião, é subjectiva, é um comentário”, anota.
No livro, que pretende ser um instrumento de trabalho para os profissionais da área do Jogo, mas também um fácil meio de acesso às leis do sector, está ainda um apanhado dos contratos de concessão e cláusulas que envolvem todos os esses contratos e os de subconcessão. “Foi feita uma espécie de minuta onde também se fez algumas anotações”, refere Óscar Madureira.

Facilitar é ordem

Outro documento presente no livro é um glossário de termos jurídicos. A experiência profissional dos autores fez com que os mesmos considerassem necessária a criação de uma lista de conceitos, principalmente os mais recentes, em língua inglesa, ou até os termos mais antigos que estão em Francês.
“Muitas vezes uma só palavra representa uma ideia e, portanto, na gíria do dia-a-dia dos casinos utilizam-se muitos estes conceitos que têm um significado próprio, aos quais também é atribuída uma determinada importância e que, sendo desconhecidos da maior parte da população, ou da população que não está habituada a lidar com as questões do Jogo, entendemos [serem] importantes definir”, explica.
Por último, existe ainda um glossário de termos chineses. “Muitas vezes é utilizado pelos croupiers ou pelas pessoas que trabalham nos casinos para definir determinados momentos do jogo, ou determinadas circunstâncias relacionadas com o jogo”, acrescenta.
Questionado sobre a virtude deste trabalho, Óscar Alberto Madureira reforça a conotação de ferramenta de trabalho que o livro poderá ter. “Aqui coligimos a informação e pretendemos sistematizar de acordo com aquilo que, para nós, fazia sentido. É um documento que as pessoas podem procurar no sentido de se orientarem mais facilmente”, frisa. “Além deste papel de reunião de leis, o que se acrescentou poderá ser útil, porque primeiro há uma exposição sobre a leitura de determinados artigos e, depois, são explicados conceitos, essencialmente na parte do glossário e da gíria, que poderão ser úteis a qualquer pessoa, não só a funcionários da área”, remata.
O prefácio conta com a assinatura de Manuel Joaquim das Neves, Director da Inspecção e Coordenação de Jogos de Macau a convite da Fundação Rui Cunha. “[O livro] (…) constitui uma preciosa ferramenta de trabalho, não apenas para todos os que dia a dia lidam com estas matérias, como também para todos os que se dedicam ao estudo da mesma. Que este trabalho sirva de estímulo e inspiração para o surgimento de muitos outros, não apenas em Português mas sobretudo em língua chinesa (…)”, escreve o director.

10 Set 2015

“O Desolado” candidato de Portugal a uma nomeação para Óscares

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] filme As Mil e Uma Noites, Volume 2: O Desolado, do realizador Miguel Gomes, é o candidato de Portugal a uma nomeação para o Óscar de melhor filme estrangeiro, anunciou esta segunda-feira a Academia Portuguesa de Cinema.
De acordo com um comunicado da Academia Portuguesa das Artes e Ciências Cinematográficas, aquele filme da trilogia de Miguel Gomes foi escolhido para representar Portugal na categoria de Melhor Filme Estrangeiro nos Óscares da Academia Americana de Cinema.
O Volume 2 conta com as interpretações dos actores Joana de Verona, Teresa Madruga, Gonçalo Waddington, Crista Alfaiate, João Pedro Bénard, Xico Xapas e Luísa Cruz nos papéis principais.
Este filme integra uma trilogia baseada no conto persa As Mil e Uma Noites, no qual a rainha Xerazade entretém o rei com histórias fantásticas para preservar a própria vida. o desolado974562
“As histórias contadas são sobre um país socialmente desesperado onde predomina o descontentamento. Esse país é Portugal”, sublinha o comunicado da Academia sobre o filme.
O júri da Academia que seleccionou o filme foi composto por Paulo Trancoso (produtor), Lauro António (realizador), André Szankowski (director de fotografia), Pedro Melo (director de som) e Miguel Monteiro (actor).
A estreia da longa-metragem de Miguel Gomes As Mil e Uma Noites, Volume 2: O Desolado, está marcada em Portugal para o dia 24 de Setembro.

9 Set 2015

Festival do Bolo Lunar | Broadway celebra com “enigma da lanterna”

[dropcap style=’circle]A[/dropcap] Broadway Macau comemora o Festival do Bolo Lunar com festas semanais que incluem o jogo “enigma da lanterna”, com direito a vários prémios. É a partir de 12 de Setembro que as hostes abrem.
Todos aqueles que gastarem um mínimo de cem patacas na Broadway ficam elegíveis para participar neste passatempo. Todos os sábados, a organização vai criar workshops de construção de lanternas, com direito a concursos para três grupos: crianças até aos dez anos, jovens entre os 11 e os 18 anos de idade e, finalmente, adultos. O último desafio e oficialização dos premiados será feito no sábado de 26 deste mês.
“Não perca a oportunidade para mostrar o seu talento no Festival do Bolo Lunar e ganhar prémios até às mil patacas no concurso de lanternas”, urge a Broadway.

Artistas coloridos

Não vai faltar, como a tradição bem manda, um desfile “colorido”, a ter lugar todos os fins-de-semana de 12 a 26 deste mês, dias oficiais da celebração. O desfile vai compreender trabalhos feitos por artistas da própria Broadway e encerra com um concerto ao vivo.
“A Broadway é já famosa pelos seus vistosos perfis e esta em especial – com 800 lanternas para oferecer aos visitantes – vai ser um luminoso acrescento às festividades deste mês do Outono”, escreve a organização em comunicado. 20150904-AM4A7192
Finalmente, terá lugar no próximo dia 25 a Full Moon Party, parte do Carnaval do Meio-Outono. O evento tem início marcado para as 21h15 horas, com direito a concertos e performance de DJs pela noite fora. Os primeiros 300 visitantes a fazer o registo online para a festa e os primeiros 300 a visitar a Broadway Macau nessa noite terão direito a sorteio de prémios no valor de cinco mil patacas.

Calendarização das actividades

Enigma das Lanternas: das 18h00 às 22h00 nos dias 12, 13, 19, 20, 25 e 27 de Setembro
Workshops de decoração de lanternas DIY: das 16h00 às 19h00 horas nos dias 12, 13, 19, 20, 25 e 27 de Setembro
Desfile de Lanternas: das 21h15 às 21h30 horas nos dias 12, 19, 25 e 27 de Setembro
Full Moon Party: das 21h30 até tarde, dia 25 de Setembro

9 Set 2015

Nina Dipla em Macau para workshops sobre Pina Bausch

[dropcap style=’cirle’]A[/dropcap] grega Nina Dipla vai estar em Macau a partir de hoje para workshops de dança que vão até à próxima sexta-feira. Na Fundação Rui Cunha (FRC) terá lugar a aula de dança “Seguindo Pina Bausch: Como dançamos?”, às 19h00 de sexta-feira, numa sessão gratuita e aberta ao público, que conta com a participação de Candy Kuok e Stella Ho. A Stella & Artists e o Teatro Aether também integram a organização.
Nina Dipla nasceu em Salónica, na Grécia, tendo sido membro, na década de 80, da Equipa Nacional de Ginástica Rítmica da Grécia, onde aprendeu ballet clássico. Foi aos 17 anos que assinou o seu primeiro contrato de performance com o Teatro Nacional de Salónica para mais tarde seguir para a Alemanha para estudar. Aí, frequentou a Universidade de Artes Folkwang, onde conheceu Pina Bausch, aclamada bailarina de origem alemã. Após conclusão do curso, em 1993, a artista participou no seu primeiro espectáculo de Bausch, o “The Rite of Spring”.

Caminho solitário

“Os contactos frequentes com reputados bailarinos  alemães, sobretudo com Pina Bausch, de quem foi assistente em 1999, inspiraram Nina Dipla a criar o seu próprio sistema educativo e seguir o caminho de ‘solo-dança’”, explica a FRC. Dipla tem feito uma série de digressões pela Ásia e pela Europa. “Apresentou-se em vários programas de dança e assumiu a direcção de performances, tendo cooperado com muitos directores notáveis, entre os quais  o famoso Tadashi Suzuki”, continua a organização.
Pina Bausch foi uma dançarina alemã nascida nos anos 40 e que faleceu em 2009, deixando presente um legado em teoria e história da dança. Entre as sequências mais marcantes está uma das mais recentes, na qual o realizador Pedro Almodôvar se inspirou para uma das sequências do seu filme ‘Habla con ella’. Pina Bausch tem uma biografia extensa, com uma série de peças de dança originais, actualmente desenvolvidas e que ganham vida em palcos por todo o mundo.

9 Set 2015

Literatura | Médico local apresenta obra sobre cultura chinesa

[dropcap style=’circle’]S[/dropcap]hee Vá nasceu em Moçambique e é português, mas tem, desde cedo, uma relação íntima com Macau e a China. Foi nessa perspectiva que decidiu escrever a obra “Uma ponte para a China”, com lançamento marcado para as 18h30 de hoje, na Fundação Rui Cunha. A obra fala sobre a comunidade chinesa e o seu conteúdo foi beber à experiência pessoal do autor, em tempos de aprendizagem do Mandarim, em Lisboa.
“O primeiro capítulo fala sobre a aprendizagem do Mandarim, com a descrição dos caracteres e outras coisas, mas também passa pela cultura chinesa e por elementos como o nascimento, a morte e a vida para além da morte”, começa Shee Vá por explicar ao HM. Escrita em jeito de romance, a obra é conduzida por um só narrador e é de natureza ficcional, embora baseada em factos verídicos. Isto porque, segundo o médico gastrenterologista, podem ferir-se susceptibilidades ao falar de casos reais.
Pode dizer-se que este romance começou numa sala de aulas. “A obra tem uma narradora inventada por mim que vai tomando conhecimento destas coisas à medida que contacta com os outros alunos que também estão a aprender Mandarim”, continua. “A ponte faz-se através de um casal [de estudantes] em que ele é chinês e trabalha em Portugal e ela é portuguesa”, destaca Shee Vá.

Espalhar conhecimento pelo mundo

A ideia principal não é a de somente cingir o gosto por “Uma Ponte para a China” a Macau, mas sim aos quatro cantos do mundo ou, pelo menos, a todas as comunidades por aí espalhadas que falam Português e que contactam com a comunidade chinesa.
“A ponte que se quer criar é com a comunidade lusa, nomeadamente o Brasil e os países africanos que estão neste momento em profundos contactos com a China”, informa. É que, de acordo com o autor, o conhecimento destas pessoas em relação ao tema é superficial, paralelo até.
“A comunidade local que cá está tem, provavelmente, algum contacto com a cultura chinesa, mas este não é muito profundo. O livro explica várias coisas, como a origem dos nomes chineses, algo que à comunidade portuguesa não diz nada”, argumenta o médico especialista. “Mesmo durante a Administração portuguesa, as pessoas tinham conhecimentos das coisas, mas de forma paralela e esta é a tal ponte para perceber como é que os chineses são, como é que gostam de ser tratados e quais são as hierarquias chinesas”, acrescentou, em conversa com o HM.
A obra é inteiramente escrita em Língua Portuguesa, mas compreende uma série de caracteres e frases em Chinês, como são provérbios. Shee Vá aterrou em Macau pela primeira vez em 1982, onde trabalhou até 85. Um interregno de seis anos em Portugal valeu-lhe a especialidade em Gastrenterologia e alguma experiência, para em 1991 voltar ao território. No entanto, o médico esteve outro par de anos fora para voltar recentemente, com a bagagem da experiência na área da Medicina e pronto para lançar um novo livro, que orgulhosamente apelida de romance.

9 Set 2015

Toastmasters | Criado grupo em Português com sessões na FRC

[dropcap style=’circle’]N[/dropcap]ão seria surpresa falar no clube Toastmasters em Macau. Novidade é falar num grupo deste tipo dedicado exclusivamente à Língua Portuguesa no território.
“A ideia surgiu para divulgar a Língua Portuguesa em Macau”, começa por contar Pamela Ieong, membro da organização do Toastmasters Português de Macau.
As 30 vagas disponíveis para pertencer ao grupo – cada grupo só poderá ter este número de membros – ainda não estão totalmente preenchidas, mas a organização pensa que em pouco tempo isso deixará de acontecer. Em caso de não existirem mais vagas, no futuro, será sempre possível iniciar-se outro grupo.
Respeitando os moldes que o Toastmasters Internacional indica, este grupo tem como principal objectivo formar líderes desenvolvendo e estimulando as capacidades das pessoas na comunicação – falar, ouvir e pensar. Presente em mais de 113 países, este novo clube organiza-se em duas sessões mensais, todas as primeiras e terceiras terças-feiras de cada mês, às 19h15 nas instalações da Fundação Rui Cunha.
No programa existem várias modalidades: discursos preparados seguindo um tema, discursos de improviso e a avaliação entre os próprios membros. Existem ainda dois manuais que servem de guia.
“Temos dois manuais, um é para comunicação, e os membros seguem as directrizes para atingirem os objectivos de cada nível”, continua Pamela Ieong. “Os membros aprendem técnicas da comunicação, tais como saber controlar o tempo quando estão a fazer um discurso e [saber] o vocabulário, os pormenores e elementos a que devem dar atenção”, explica.
Neste momento, o grupo ainda espera a oficialização e está a dar os primeiros passos. Algumas sessões contam com mais ou menos participantes, mas um grupo do Toastmasters Português criado no WeChat conta já com 30 pessoas. Existe também um grupo criado no Facebook, que poderá ser a forma de contacto com a organização pelos interessados. A quota anual é de 600 patacas e os manuais custam 250 patacas cada, sendo necessária a sua compra.

8 Set 2015

CRED-DM | Curso de Português Jurídico em quarta edição

[dropcap style=’circle’]C[/dropcap]omeçou em 2011 e tem sido um sucesso. A formação de Português Jurídico, da organização do CRED-DM – Centro de Reflexão, Estudo e Difusão do Direito de Macau da Fundação Rui Cunha, é totalmente dirigida a alunos ou formandos chineses que dominem o Português e arranca agora para a quarta edição.
“O que se pretende é transmitir-lhes conceitos e princípios básicos do Direito de Macau, desmistificando uma série de figuras jurídicas que no Direito Português têm significados diferentes que, ao fazer-se a tradução para Inglês, vão ter a uma só figura jurídica”, explica Filipa Guadalupe, coordenadora da formação. Filipa Guadalupe
O curso começa já no próximo dia 15 de Setembro e conta com 30 vagas, sendo que mais de metade já está ocupada. Recorrendo a uma parte muito prática, a jurista, juntamente com o advogado Óscar Madureira, vai uma vez mais “desmistificar de uma forma simples o Direito, usando uma técnica muito visual, com muitas imagens e exemplos práticos”.
Da experiência de anos anteriores, a coordenadora explica que este é um curso para todos, mas é muito procurado por tradutores, juristas da Função Pública, advogados estagiários e estudantes de mestrado.
“É um curso muito prático, com muitas interacção entre coordenadores e alunos”, afirma, adiantando que o curso que agora começa estará dividido em duas partes. “Nesta primeira parte, até final de Novembro, serão dados conceitos de Direito Civil e Processo Civil e as noções básicas da Lei Básica e da organização administrativa e judiciária”, enumera. Em Janeiro, começará a segunda parte da formação que se irá debruçar sobre o Direito Penal e Processo Penal e Direito Comercial.
As inscrições podem ser feitas junto do CRED-DM, sendo que o curso tem a duração de 18 horas, acontecendo às segundas e quartas-feiras, e é gratuito.

8 Set 2015

Cinema | Realizador português aclamado em Veneza

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]jovem realizador português João Salaviza continua a marcar pontos junto da crítica internacional, com o novo filme – “Montanha” – a valer-lhe calorosas críticas na cidade italiana dos canais e do amor, Veneza. A seguir ao Festival de Cannes, a Semana da Crítica do Festival de Veneza é, para o Diário de Notícias, o evento de Cinema mais completo e interessante. Foi aí mesmo que o talento de Salaviza voltou a ter atenções redobradas, depois do lançamento, em 2009 e 2012, de “Arena” e “Rafa”. O novo filme do cineasta é também a sua primeira longa-metragem e a estreia teve lugar ontem, no referido festival italiano. A obra deve chegar às salas de cinema portuguesas a 12 de Novembro. joão salaviza
A nova longa-metragem de João Salaviza foi rodada entre prédios do bairro dos Olivais, ruas alfacinhas sem nomes definidos e uma adolescência em fim de vida. Embora uma pesquisa rápida pela internet não permita encontrar um trailer de qualidade desta obra, a história enternece qualquer coração, mais que não seja pela reflexão de temas como o amor, a traição e a dor própria de todo o ser humano que simplesmente deixa de ser criança. Com recurso a uma câmara de 33mm que se passeia por entre ruas e becos lisboetas, “Montanha” é protagonizado por David Mourato, referido pelo DN como um dos próximos “grandes actores” portugueses. De 14 anos, conta a história de um rapaz de nome homónimo e as relações que mantém com uma mãe ausente e um avô adoentado. Para lá disso, está um triângulo amoroso com o seu melhor amigo, Rafa – protagonista da curta “Rafa”, do mesmo autor – e Paulinha, que coincidência ou não, é vizinha de David. “David está naquela última etapa da adolescência. E dispara para todos os lados, ninguém o controla”, escreve o DN.

O que é de todos os dias

Para quem já viu a obra, o cineasta parece estar mais preocupado com a descrição quotidiana do que é crescer do que com a premissa clássica do cinema de que toda a história obriga a um princípio, meio e fim.
“Há mil e uma ideias de cinema que dão planos milagrosos, quase na ordem do transe – ninguém filma concertos daquela maneira, ninguém filma a tensão sexual daquela maneira”, destaca o diário português DN.
Numa entrevista de Janeiro passado, Salaviza conta que não há grandes referências a elementos digitais da presente era, mas sim de tempos antigos, explica. Um dos exemplos é a cena, já tornada pública, em que o trio de amigos está no sofá à conversa e com a televisão ligada: de acordo com o realizador, esta não transmite qualquer programa específico, mas sim uma mistura de sons pensada à priori. A origem da inspiração é muitas vezes desconhecida, caso esse que aqui se verifica. No entanto, há em “Montanha” uma subtil referência – ainda que inconsciente – a “Fúria de Viver”, filme de 1955 protagonizado por James Dean, lenda do cinema norte-americano. “[A personagem principal] não é inspirada no James Dean, mas há semelhanças físicas, é um tipo bonito a quem corre tudo mal, um tipo que, mais do que interagir com o mundo, deambula por ele, pelos seus tempos e lugares”, responde Salaviza.

8 Set 2015

Casa Garden | World Press Photo 2015 acontece em Outubro

Este ano, as problemáticas contemporâneas estão no centro do World Press Photo, o maior concurso de fotojornalismo do mundo. A 58.ª edição conta com transsexualidade, relações amorosas e trabalho fabril no pódio. A mostra vai estar em Macau entre 10 de Outubro e 1 de Novembro na Casa Garden

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Casa Garden é novamente palco da exposição itinerante do World Press Photo 2015, mostra de fotografia a nível mundial. O vencedor desta 58.ª edição é o dinamarquês Mads Nissen, um jornalista do jornal diário Politiken, representado pela Panos Pictures.
A exposição, organizada pela Fundação Oriente, acontece entre 10 de Outubro e 1 de Novembro. Este “concurso anual de fotografia jornalística” conta com o apoio da Casa de Portugal. Este ano, participaram na competição quase 5700 fotógrafos profissionais de 131 países, incluindo Austrália, Bangladesh, Dinamarca, China, Bélgica, Eritreia, França, Irlanda, Polónia, EUA, Reino Unido, Turquia e Suécia. world press photo
A fotografia vencedora mostra Jon e Alex, um casal homossexual, num momento íntimo em São Petersburgo, na Rússia. “As minorias sexuais enfrentam discriminações de ordem social e legal, assédio e mesmo ataques violentos de ódio por parte de grupos conservadores nacionais e religiosos”, explica a Fundação em comunicado. A fotografia seleccionada está integrada num projecto pessoal de Nissen, destinado à Scanpix. O dinamarquês ganhou ainda o primeiro lugar no prémio Contemporary Issues.
As películas premiadas são apresentadas em exposições numa centena de cidades por mais de 45 países. As pessoas têm ainda direito a fazer download de uma aplicação móvel gratuita, através da qual é possível aceder às fotografias em nove línguas, conhecer a história de cada uma delas, ter acesso a testemunho dos fotógrafos e outros trabalhos dos autores.

Mundo contemporâneo

As três obras principais inserem-se na temática da presente edição – “Problemáticas Contemporâneas”. Na exposição são assim abordados conceitos relacionados com a orientação sexual ou a fuga de países em guerra.
O segundo prémio foi atribuído ao fotógrafo chinês Ronghui Chen, por ter captado um trabalhador fabril em Yiwu, munido de um chapéu de Pai Natal. A cor encarnada do adereço funciona como acessório à própria fotografia, que coloca o jovem trabalhador numa luz também ela vermelha, junto ao material que utiliza.
O terceiro galardão foi parar às mãos do italiano Fulvio Bugani, fotógrafo há mais de 15 anos e com uma série de trabalhos feitos em associação com organizações não governamentais e de ajuda aos desfavorecidos, incluindo a Amnistia Internacional. A fotografia que valeu o prémio a Bugani faz parte de uma série que versa sobre a problemática da transsexualidade na Indonésia, onde este grupo é apelidado de “waria”, nome que aglutina “homem” e “mulher” na mesma frase. A película em questão não tem cor e mostra várias mulheres originárias daquele país à porta da Pesantren Waria Al Fatah, uma escola inteiramente dedicada aos transsexuais, em Java.

8 Set 2015

Documentário | Jornalista português retrata origens da “Última Religião”

Hugo Pinto, jornalista português radicado em Macau, esteve no Brasil para documentar a doutrina de Auguste Comte, que trabalha o conhecimento como uma religião

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]jornalista português Hugo Pinto retratou em documentário as origens, o culto e a minoria seguidora da “Última Religião” – a da Humanidade –, com marca em símbolos nacionais do Brasil onde figura, aliás, um último reduto. O documentário de estreia do jornalista radicado em Macau, de 35 anos, versa sobre Religião da Humanidade, sem Deus e dos Homens, concebida pelo filósofo francês Auguste Comte, no século XIX, que tem o único “templo” de portas abertas na cidade brasileira de Porto Alegre.
“O tema congrega quase todas as minhas áreas de interesse: a Filosofia, a Religião, a Ciência e a História. Depois, sempre me fascinou o interesse que Auguste Comte tinha em criar uma ciência da organização da sociedade e a forma como pensou todos os seus elementos estruturantes”, explicou Hugo Pinto à agência Lusa. hugo pinto
O documentário foi filmado no Brasil, onde Hugo Pinto esteve aproximadamente um mês para conhecer a influência de uma religião, em cujos princípios Hugo Pinto vê actualidade: “Há ideias que fazem sentido, que se mantêm muito oportunas, como o altruísmo, um termo que o próprio cunhou”.
A doutrina positivista de Comte influenciou inclusive a própria História do Brasil, onde tem hoje o último bastião. “Estiveram na Proclamação da República e até desenharam a bandeira nacional, no entanto, poucos conhecem a importância histórica dos positivistas”, ignorando, por exemplo, que “a ‘Ordem e Progresso’ é um lema do positivismo”.
“A doutrina, em voga na ala militar, cujo movimento levou à proclamação da República, teve em Miguel Lemos e em Raimundo Teixeira Mendes, dois intelectuais que foram estudar para Paris, então centro do mundo, os grandes promotores das ideias positivistas”, importadas, portanto, pelas elites para um Brasil carente de reformas e ávido de mudança.
“Quando regressaram, primeiro criaram o apostolado positivista, mais tarde, a igreja positivista do Brasil, e esse foi o grande centro difusor. Imprimiram centenas de panfletos, explicando as ideias e abordando diversos temas, como a importância da laicidade, do respeito pelas populações indígenas, (…), das leis trabalhistas. Todas estas são conquistas que reclamam como grandes legados deixados pelos positivistas”, observa.

Impressões e fascínios

Um dos aspectos que surpreendeu o jornalista de Macau foi o facto de ideais como a laicidade terem penetrado num país maioritariamente católico que tem, aliás, o Cristo Redentor como um dos principais símbolos. “Foi outro dos motivos pelos quais esta história me fascinou, porque é, de facto, um terreno imensamente fértil para as religiões, até para a da Humanidade”.
Comte “acreditava que o mundo só poderia ser explicado pela ciência e que a Fé seria substituída pela Razão”, rejeitava um Deus sobrenatural, mas reconhecia na religião “um papel importante de união em torno de uma ideia comum e uma ordem moral contra a anarquia do egoísmo”.

[quote_box_left]“O tema congrega quase todas as minhas áreas de interesse: a Filosofia, a Religião, a Ciência e a História”[/quote_box_left]

Contudo, ressalva Hugo Pinto, o filósofo francês imaginou que pelo mundo fora seriam erigidos Templos da Humanidade, mas isso só aconteceu no Brasil e em duas cidades: Rio de Janeiro e Porto Alegre. Hoje, apenas os pilares de um se encontram de pé, frequentado por poucas dezenas de “fiéis”.
“A Última Religião” dá a conhecer “as ideias e as pessoas que, hoje, ainda defendem e acreditam num mundo mais dominado pelo conhecimento e pelo altruísmo como formas de combater dois dos maiores problemas à escala global: o fundamentalismo religioso e os horizontes fechados do capitalismo”, disse.
Hugo Pinto prepara-se agora para lançar a produção independente, que contou com a realizadora portuguesa Luísa Sequeira, no circuito dos festivais, sem esconder a natural preferência por salas do Brasil, Europa e Ásia.
Questionado se acabou por se render à doutrina, o jornalista responde: “Comte diz que todos somos positivistas, mas em graus diferentes”.

7 Set 2015

Lloyd Cole cancela concertos em Portugal

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] músico britânico Lloyd Cole cancelou os concertos que tinha agendado este mês em Braga e em Lisboa com músicos portugueses, alegando que não conseguiu preparar o espetáculo planeado, revelou o Teatro Maria Matos.
Lloyd Cole iria interpretar temas eletrónicos, feitos com sintetizadores modulares, em Berlim, com Hans-Joachim Roedelius, e em Portugal, com músicos portugueses. No dia 16 estaria no GNRation, em Braga, com Miguel Pedro e António Rafael, e no dia 22 no Maria Matos, em Lisboa, com André Gonçalves, Nuno Moita e Luís Desirat.
“Têm existido problemas técnicos, muitos, mas a raiz do problema é interna e de processo mental”, afirma Lloyd Cole num comunicado enviado pelo teatro municipal, explicando que a preparação do espetáculo estava a demorar mais tempo do que o previsto.
“No final, fui incapaz de traduzir este processo num espetáculo ao vivo que pudesse levar em digressão, com múltiplas peças consecutivas de sintetizadores, como tinha originalmente planeado”, explicou.
Lloyd Cole tem 54 anos e é um dos nomes do indie pop britânico, que ficou conhecido sobretudo nos anos 1980 com os The Commotions. Depois do fim da banda, em 1989, o músico seguiu uma carreira a solo, entre canções elétricas e acústicas, sem esquecer a discografia antiga.
Agora, apresentaria uma faceta menos conhecida, a da composição de música eletrónica, que mantém também desde a década de 1980, quando comprou o primeiro de vários sintetizadores.
Em entrevista esta semana ao jornal britânico Guardian, Lloyd Cole lamentava-se de ter vendido todos os sintetizadores quando os computadores se impuseram no trabalho de estúdio, e que por isso estava a construir um sintetizador modular, a pensar nos concertos em Berlim e em Portugal.
Atualmente a viver nos Estados Unidos, Lloyd Cole editou o último álbum, “Standards”, em 2013.
Este ano foi também feita uma edição completa do trabalho com The Commotions, intitulada “Commotions Collected Recordings 1983-1989”.

4 Set 2015

Ópera | Concerto gratuito para festejar retorno à Pátria

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] Cinema Alegria acolhe um concerto da Ópera de Pequim às 20h00 deste sábado, com o aniversário do Retorno de Macau à Pátria como mote. O espectáculo é gratuito e organizado pela Fundação Artística de Ópera Chinesa da China e pela Fundação Macau, pelo que os interessados podem adquirir bilhetes até às 18h00 de hoje. Este ano celebra-se o 16º aniversário de criação da RAEM, em Dezembro de 1999. A Fundação Artística de Ópera Chinesa da China existe com o objectivo de promover o gosto e conhecimento da população por este estilo musical, que faz já parte da cultura deste país. Em 2009, o colectivo foi convidado pela Fundação Macau para trazer a Macau o Grupo Juvenil da Ópera de Pequim da China e o Grupo de Arte da Ópera de Pequim da China para espectáculos deste género musical. O concerto deste ano conta com a participação do grupo referido, proveniente da província de Hubei. Em palco serão apresentadas as peças clássicas ‘Cobra Branca’ e ‘Rei Macaco’. Cada residente pode adquirir um máximo de quatro bilhetes, contactando o Centro UNESCO.

4 Set 2015

Concerto | Saxofonistas invadem Fundação Rui Cunha

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] Fundação Rui Cunha apresenta amanhã um concerto de jazz que dá primazia ao saxofone, instrumento de sopro vastamente usado neste estilo musical. Chakseng Lam foi o protagonista do mais recente concerto no local, sendo este um jovem local a prosseguir estudos no Conservatório de Haia. Ao lado de Chakseng tocam outros dois saxofonistas, Seng Fat Lao e Alex Cheng. Para completar o quinteto, estão Derrick Huang e Fu Chan. O concerto acontece às 21h00 e tem entrada livre.

4 Set 2015

IPOR | Encontro sobre Português na próxima semana

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] Instituto Português do Oriente (IPOR) é palco, este mês, do Encontro de Pontos de Rede de Ensino de Língua Portuguesa na Ásia, “uma acção estratégica” na promoção do Português na região, defendeu o director do IPOR, João Neves.
“O IPOR volta a conferir, por recomendação dos seus associados, uma dimensão regional à sua acção, na coordenação de projectos de promoção da Língua Portuguesa e vamos, nesse sentido, reunir em Macau representantes da rede de Ensino de Português no Estrangeiro da Coreia do Sul, Índia, Indonésia, China, Tailândia e Vietname”, explicou João Neves.

Definir estratégias

Para o director do IPOR, este encontro, que decorre entre 10 e 12 de Setembro, é, desde logo, “extremamente importante para uma partilha de experiências e de abordagens ao ensino da língua e da cultura” e, por outro lado, uma “forma de conhecimento das realidades de cada contexto que é fundamental para a definição de uma estratégia colaborativa em torno da formação em Língua Portuguesa”.
O encontro de Macau tem, assim, como principais objectivos “partilhar reflexões e experiências de ensino de Português como língua estrangeira nos diferentes contextos e, sobretudo, promover a criação de uma rede que coloque em interacção agentes de promoção do Português nestes países, focada no desenvolvimento de projectos e actividades colaborativas”, disse.
João Neves acrescentou também que esta intervenção do IPOR, que conta com a colaboração do Instituto Camões, se insere no “compromisso assumido pela instituição e os seus associados de procurar fornecer contributos ao reforço do papel de Macau como plataforma para o ensino do Português na região Ásia-Pacífico e âncora para redes de colaboração envolvendo diferentes actores regionais”.

4 Set 2015

Concerto | Iraniano Kayhan Kalhor sexta-feira CCM

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] músico iraniano Kayhan Kalhor, conhecido como “o compositor e mestre iraniano de Kamancheh”, actua com a sua banda no Grande Auditório do Centro Cultural de Macau (CCM) às 20h00 da próxima sexta-feira. O Kamancheh é um instrumento de cordas semelhante a uma viola que junta as culturas persa e indiana e a sua sonoridade encontra-se presente nos estilos musicais curdo, turco, arménio e do Azerbaijão. Kalhor foi nomeado quatro vezes para os prémios Grammy e, de acordo com a organização, é “hoje uma força criativa na cena musical” por ter democratizado o conhecimento da música persa no mundo ocidental. sandeep das
O músico, que tem estudos sobre música de várias zonas do Irão, fez parte de digressões mundiais enquanto solista de colectivos como a Filarmónica de Nova Iorque ou a Orquestra Nacional de Lyon. O artista é também co-fundador dos conhecidos grupos Dastan, Ghazal: Improvisações Persas e Indianas e Mestres da Música Persa. De acordo com o CCM, Kalhor compôs peças para conhecidos artistas iranianos e para televisão e cinema, incluindo a banda sonora do filme de Francis Ford Copolla, Youth Without Youth. A sua mais recente actuação no território teve lugar em 2010, quando tocou no projecto Silk Road, de Yo Yo Ma.

Outras cordas

O autor vai tocar com Narendra Mishra, famoso pela sua interpretação de sitar, um instrumento de cordas da família do alaúde. Mishra começou, segundo comunicado do CCM, a dar concerto com apenas dez anos de idade, concluindo os seus estudos com o mestre deste instrumento, Ustad Vilayat Hussain Khan. “O seu talento reflectiu-se no seu trabalho dedicado e na sua devoção à sitar clássica”, escreve o CCM. Pandit_Narendra_Mishra_2Narendra Mishra tocou também no Jubileu de Ouro da Rainha de Inglaterra em 2002 e foi convidado actuar no Festival de Música de Leeds, no Reino Unido. Aos dois juntam-se Ali Bahrami Fard, ao comando de um santour, e Sandeep Das, com uma tabla. Um santour é originalmente persa e é também um instrumento de cordas. Já a tabla é de percussão e assemelha-se a um tambor, sendo particularmente famoso da Índia.

Alimento espiritual

De acordo com o CCM, “na cultura tradicional persa, a música funciona como uma ferramenta espiritual”. É, assim, um meio para a mente “explorar, meditar e para exaltar a alegria” da vida. “Adicione-se uma dose de misticismo e somos transportados para um plano de existência muito mais elevado”, acrescenta a organização. “A improvisação e a composição são ambas importantes quando se faz música e, como anteriormente mencionado, Kalhor é um mestre da improvisação, capaz de passagens contemplativas bem como de demonstrações de virtuosismo. Como ele lidera um ensemble que abrange as tradições indiana e persa, os seus companheiros musicais vão responder às suas improvisações com os seus próprios rasgos, assim contribuindo para esta extraordinária viagem musical asiática”, destaca.

Destaque

1 Set 2015

Animação | Dez produções internacionais no CCM

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] festival anual de animação AniMacau acontece este ano entre 16 e 25 de Outubro e vai, pelas mãos do Centro Cultural de Macau (CCM), dar a conhecer 10 novas produções, duas delas dedicadas aos mais novos. “Para além do além” e “O 7º anão” são histórias para crianças, a primeira versando sobre o coelho Johan, que parte numa aventura em busca da sua mãe. O filme foi nomeado para um Urso de Cristal no Festival Internacional de Cinema de Berlim, no ano passado.
“O 7º Anão” dá a conhecer “uma mescla hilariante de personagens” dos contos de fadas, incluindo a Cinderela, o Capuchinho Vermelho e a Branca de Neve. Todos num só filme. Para todas as idades, o CCM disponibiliza “Os Moomins na Riviera”, com personagens clássicas de banda desenhada criadas pelos finlandeses Tove e Lars Jansson. PosEso
Já o realizador argentino, Juan José Campanella traz a Macau “Matrecos”, uma história que faz uso da imaginação para criar um mundo onde os jogadores de matraquilhos ganham vida e são heróis em salvação de uma cidade. Campanella é o realizador da famosa obra de 2009, “O Segredo dos seus Olhos”. Da região francesa de Annecy chega “O Menino e o Mundo”, vencedor do Festival Internacional de Cinema Animado daquela localidade. O filme utiliza desenhos que parece pintados a lápis-de-cor, transportando o público para “um mundo mágico”, informa o CCM. Finalmente, voa da Coreia do Sul a película intitulada “Mais claro do que parece”, produção que alia quatro histórias “descontraídas e refrescantes”.

Ser criança para sempre

Para um público mais amadurecido, o AniMacau apresenta “O Congresso”, do realizador Ari Folman. O filme caracteriza-se como um “híbrido de animação e imagem real” produzido em França e interpretado pelos grandes nomes do cinema norte-americano, Robin Wright, Harvey Keitel e Danny Huston. A obra estreou-se em 2013 em Cannes e ali realidade à ficção. É Wright quem protagoniza a película na pele de si própria. A história torna-se ficção no momento em que um estudo de cinema de Hollywood pede à actriz que venda a sua identidade do cinema para mais tarde ser digitalizada e usada de forma ilimitada. O contrato entre as duas entidades tem uma particularidade: Wright nunca envelhecerá no holograma, mas 20 anos depois de ter sido assinado, a actriz e o mundo já não são a mesma coisa. A película gira em volta dos conceitos de velhice e era digital, criando o debate sobre até quando dura a beleza. phpThumb
Do Japão surge “Patema Invertida”, uma “uma aventura de ficção científica que utiliza um conceito semelhante a ‘Upside Down’, filme que explora o amor entre duas pessoas que vivem em mundos gravitacionais opostos.
O AniMacau guarda ainda lugar para a comédia de terror “Pos Eso”. Filmada em stop-motion e produzida em Espanha, fala de doenças mentais e possessões do espírito. Finalmente, surge da Letónia “Pedras nos Bolsos”, um retrato que fala de “mentes muito peculiares”.

1 Set 2015

OM inaugura temporada com pianista Zhang Haochen

[dropcap style=’circle’]É[/dropcap] com o pianista jovem em ascensão, Zhang Haochen, que a Orquestra de Macau dá início à temporada de concertos 2015-2016. O espectáculo acontece às 20h00 da próxima sexta-feira, na Torre de Macau. O IC considera que o pianista é o “mais brilhante da sua geração”, preparando-se para interpretar Concerto para Piano e Orquestra nº1 em Mi bemol Maior, de Franz Liszt, sem esquecer uma sinfonia de Anton Bruckner.
“Ambas as obras-primas irão mostrar plenamente o estilo da cultura musical europeia de meados e finais do século XIX”, assegura a organização. Zhang tem apenas 23 anos, mas já arrecadou o Ouro no 13º Concurso Internacional de Piano Van Cliburn, em 2009. “[Zhang] tem cativado públicos nos EUA, Europa e Ásia devido à sua combinação única de sensibilidade musical profunda, imaginação destemida e espectacular virtuosismo”, informa o IC. Haochen Zhang
Há três anos, o pianista chinês estreou-se no Festival de Piano La Roque D’Antheron e a sua performance foi positivamente criticada. Em Abril de 2013, fez a sua estreia com a Filarmónica de Munique sob a direcção do Maestro Lorin Maazel, seguida por uma digressão esgotada em quatro cidade chinesas. A actuação de Zhang Haochen foi aclamada pelo Dallas Morning News como “o tipo de programa que seria de esperar de um mestre experiente, servido com virtuosismo deslumbrante onde desejado e sofisticação surpreendente” e aclamado entre as dez actuações de topo de 2010 tanto pelo Dallas Morning News como pelo Fort Worth Star-Telegram. Os bilhetes para o concerto custam entre 100 e 350 patacas e já estão à venda, havendo espaço para descontos.

31 Ago 2015