Creative Macau | “Visual Thinking” é inaugurada a 25 de Abril

[dropcap style=’circle’] S [/dropcap] e o pensamento fosse transmissível em imagens, o que seria? “Visual Thinking” é a exposição que traz a resposta, em forma de fotografia, através da visão de seis artistas. A mostra vai estar patente na Creative Macau, a partir do dia 25 de Abril.

O tema foi lançado e a resposta veio de um total de seis artistas e fotógrafos. O resultado é uma exposição colectiva promovida na Creative Macau que tem inauguração marcada para o próximo dia 25 de Abril. “Desafiámos os nossos membros a criar uma série de fotografias para expor numa mostra colectiva” referiu Lúcia Lemos, responsável pela Creative, ao HM. Desta forma desprendida nasceu “Visual Thinking”, uma exposição de fotografia contemporânea composta por séries fotográficas.
Os trabalhos são de Hugo Teixeira, Lampo Leong, António Mil-Homens, Li Li, Noah Fong Chao e Ricardo Meireles.
“My Grandfather, uncle father and me” é um trabalho intimista de Hugo Teixeira. As imagens estão relacionadas com a morte do pai há dois anos e a história familiar de quem acompanha a doença cardíaca. Em exposição vão estar 10 auto-retratos impressos sobre metal e uma imagem em grande escala de um electrocardiograma do próprio autor. Hugo Teixeira mostra, mais uma vez, o trabalho que desenvolve no campo da fotografia analógica, incidindo nos processos alternativos de revelação.
Lampo Leong tem os seus pensamentos visuais em “Memories. Fortress of Monte”. Através da procura de texturas na Fortaleza do Monte, a intenção do artista é promover a memória e a reflexão acerca da história e do património de Macau. A Fortaleza do Monte foi o espaço eleito para representar esta herança. “Com mais de 400 anos de idade, a Fortaleza de Monte continua a ser um magnífico lembrete do antigo porto marítimo e serve como um símbolo poderoso para o espírito das pessoas”, apresenta o comunicado oficial do evento.

O que não é visível
O fotógrafo local António Mil-Homens reflecte sobre o espaço e os obstáculos que o impedem de ser visto. Em Macau, a visibilidade é limitada pelo grande aglomerado de pessoas que todos os dias circulam nas suas ruas. “Troubled Vision” trata desta visão deturpada em que há uma perturbação da sensibilidade visual. As imagens são a preto e branco e convidam a pensar o lugar e o que se vê dele.
Li Li pega na figura da garça para alertar para conceitos tão em voga como a sustentabilidade, inovação e reciclagem. “Creative Ideas” traz cinco trabalhos com este animal como mote para a resolução criativa dos desafios do quotidiano. As garças são um exemplo de como se pode usar a criatividade através da representação de um animal conhecido pela sua habilidade e simplicidade.
Noah Fong Chao apresenta “The Opposite Shore”, um conjunto de trabalhos produzidos em 2009. De acordo com o comunicado da Creative Macau, trata-se de uma reflexão acerca da mudança numa cidade que vê a paisagem alterar-se a grande velocidade. Os trabalhos de Noah pretendem alertar para a dificuldade em definir o tempo. As imagens são acompanhadas de pintura de modo a conferir-lhes um maior sentido de histórico, refere a organização.
O trabalho submetido por Ricardo Meireles lança um apelo à imaginação da visão que vai mais além das duas dimensões presentes numa imagem.

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