Quadro de Caravaggio, encontrado num sótão em França, mostrado em Toulouse antes de leilão

[dropcap]O[/dropcap] quadro “Judite e Holofernes” do pintor italiano Caravaggio, encontrado em 2014, num sótão da cidade francesa de Toulouse, está em exposição na casa de leilões de Marc Labarbe até ser vendido no próximo dia 27 de Junho.

A obra deverá entrar no mercado por um valor mínimo de 30 milhões de euros, segundo uma estimativa base da leiloeira, citada pela agência EFE, mas espera-se que o preço final supere os 100 milhões de euros. “Judite e Holofernes”, datado de 1607, desapareceu em 1617 e a sua existência tem sido comprovada por cartas entre comerciantes e pelo testemunho de época do pintor Louis Finson, amigo e agente de Caravaggio.

Marc Labarbe, proprietário da casa de leilões, localizou a obra, em bom estado de conservação, no sótão de um cliente que desconhecia a origem do quadro, lê-se na notícia da EFE.

Os proprietários apresentaram uma petição para obter o certificado de exportação, aprovado pelo governo francês, que classificou a obra como tesouro nacional, dando origem a propostas de compra provenientes, principalmente, dos Estados Unidos da América, de Espanha e de países do Médio Oriente.

Os especialistas, na avaliação da pintura, consideraram “a qualidade dos traços” como factor determinante da autoria de Caravaggio, ainda que a “autenticidade” tenha levantado algumas dúvidas, explica a EFE.

“Não tenho qualquer dúvida, porque trabalhei nele [no quadro] durante cinco anos. Considero que posso falar tanto como aqueles que o viram e dão as suas opiniões. Quando apresentámos o quadro em Itália sabíamos que estávamos a iniciar uma ‘guerra’ entre escolas [de arte], pois os especialistas odeiam-se uns aos outros”, afirma Marc Labarbe à EFE.

“Judite e Holofernes”, um quadro de inspiração bíblica que representa a decapitação do general Holofernes, já passou em exposição por Milão, Londres e Nova Iorque, e encontra-se agora em Toulouse.

O Palácio Barberini, em Roma, possui na sua colecção uma pintura anterior de Caravaggio, dedicada ao mesmo tema – “Judite decapitando Holofernes” -, que se encontra datada de 1598–1599, e que constitui um dos mais conhecidos quadros do pintor da “alma humana”. O leilão, no dia 27 de Junho, pode ser acompanhado em direto no ‘site’ “Caravaggio em Toulouse” (thetoulousecaravaggio.com).

20 Jun 2019

Espectáculo de Ricardo Araújo Pereira ganha sessão extra dia 30 deste mês

[dropcap]O[/dropcap] Instituto Politécnico de Macau (IPM) será palco de uma sessão extra do espectáculo do humorista português Ricardo Araújo Pereira, e que acontece no próximo dia 30 de Junho às 18h00. De acordo com um comunicado, a sessão extra acontece dado o “interesse que a realização de um espectáculo do humorista” e também pela “celeridade com que se esgotaram os bilhetes colocados gratuitamente à disposição dos interessados”.

Nesse sentido, a organização da iniciativa “Junho – Mês de Portugal na RAEM” decidiu “dar a oportunidade a mais pessoas de acompanharem o trabalho do também escritor”.

Este segundo espectáculo, também de entrada gratuita, tem produção do Instituto Português do Oriente o apoio da Casa de Portugal em Macau, do Banco Nacional Ultramarino e do Instituto Politécnico de Macau.

O levantamento dos bilhetes para esta segunda sessão, sujeito a um limite de três por pessoa, poderá ser feito a partir do próximo de segunda-feira, 24 de junho, às 10.30h, nas instalações do IPOR (entrada da Rua do Pato). Terão prioridade as pessoas cujo nome se encontra em lista de espera e que não conseguiram bilhete para a primeira sessão por ter sido atingido o limite da capacidade da sala.

20 Jun 2019

Fitas portuguesas preenchem fim-de-semana da Cinemateca

[dropcap]T[/dropcap]rês dias de filmes portugueses, curtos e longos, chegam esta sexta-feira à Cinemateca Paixão e ficam até domingo. A “Mostra de Cinema Português” traz a Macau, pela quarta vez consecutiva, os principais títulos produzidos e realizados por autores nacionais, que no ano anterior fizeram um percurso relevante em festivais e circuitos de exibição internacionais.

É o caso das fitas seleccionadas para 2019. A iniciativa, organizada pela Fundação Oriente e pela agência de cinema Portugal Film – uma extensão do Festival de Cinema Independente de Lisboa – seleccionou este ano para apresentar no território três longas-metragens e duas sessões de curtas. A primeira longa será o anunciado documentário “A Dama de Chandor” (1998), de Catarina Mourão, dia 21 de Junho às 20h30.

As longas de sábado e domingo, dias 22 e 23, são o documentário “Bostofrio, où le ciel rejoint la terre” (2018), de Paulo Carneiro, no sábado às 19h30, e o filme “Peregrinação” (2018), de João Botelho, no domingo às 20h30. O primeiro narra, em 70 minutos, a tentativa de um jovem realizador quebrar a lei do silêncio e desenterrar a história dos seus avós, que ninguém ousa comentar, numa remota vila de Trás-os-Montes. Os filhos de pai incógnito são uma realidade ainda presente em muitas regiões do país. O segundo é uma ficção sobre a lendária viagem de Fernão Mendes Pinto a terras orientais, a partir do seu livro escrito em 1570 e publicado a título póstumo em 1614. A obra, algo controversa, tem a duração de 105 minutos.

Curtas a meio da tarde

As duas sessões de curtas passam mais cedo, às 17h30 da tarde, no sábado e no domingo. No dia 22, a sessão “Curtas 1 – Amor e Juventude” reúne os primeiros filmes de cinco jovens realizadores, feitos ainda na escola de cinema ou já fora dela, com a duração total de 79 minutos. O destaque vai para os dois últimos, “Miragem Meus Putos”, de Diogo Baldaia, e “Amor, Avenidas Novas”, de Duarte Coimbra, que recolheram grandes elogios em dezenas de festivais europeus por onde passaram.

No dia 23, a sessão “Curtas 2 – Visões do Mundo”, junta quatro fitas de realizadores já à procura do seu lugar no panorama cinematográfico, e dura 84 minutos. O destaque neste grupo é “Farpões Baldios”, de Marta Mateus, que conta histórias alentejanas através dos protagonistas, resistentes da luta da reforma agrária contra os patrões latifundiários. O filme fez também longa carreira em muitos festivais europeus, asiáticos, e norte-e-sul-americanos.

As sessões da Mostra de Cinema Português são gratuitas. O público deverá aparecer à hora dos filmes, garantindo o lugar por ordem de chegada.

20 Jun 2019

Documentário | “A Dama de Chandor” mostra contradições de Goa

“A Dama de Chandor” abre o ciclo de cinema português, que decorre de sexta a domingo na Cinemateca Paixão, com uma história sobre a herdeira de uma casa senhorial e de um passado histórico em declínio numa pequena aldeia goesa. A realizadora apresenta o filme em Macau

 
[dropcap]A[/dropcap]ida de Menezes Bragança tem oitenta e um anos e vive sozinha num palácio perdido numa aldeia goesa. O esforço diário para preservar a casa onde vive, e as memórias que nela guarda de uma época em declínio, encontram-se ali cristalizadas no tempo, numa mistura de resistência e nostalgia que contrasta com o aparente desinteresse da comunidade, após a libertação do poder colonial português.

“A Dama de Chandor” é o documentário que amanhã inaugura a Mostra de Cinema Português em Macau, pelas 20h30 na Cinemateca Paixão, organizada pela quarta vez pela Fundação Oriente e pela agência de cinema Portugal Film, do Festival IndieLisboa, que decorre de 21 a 23 de Junho no âmbito das comemorações de “Junho, Mês de Portugal”.

Realizado em 1998 pela cineasta portuguesa Catarina Mourão, que estará em Macau para apresentar a sessão e conversar com o público após o visionamento, o filme tem já vinte anos de existência e continua a surpreender pela subtileza do olhar e pelo retrato humano de força e fragilidade, num contexto histórico em que a consciência da identidade se agarra ao presente para sobreviver, e se prende à casa como um símbolo visível contra a ameaça do tempo.

“Esta aventura começou em 1995. Nessa altura eu fui à Índia, um pouco como turista, com o meu namorado da altura, que é fotógrafo. Ele ia fotografar Goa, Damão e Diu” e Catarina Mourão, tendo acabado de fazer o mestrado em Cinema e Televisão da Universidade de Bristol, na Inglaterra, levou consigo uma pequena câmara de filmar para registar impressões da viagem e vestígios da presença portuguesa no continente indiano.

Até que, em conversas com pessoas que foi conhecendo, soube da história de Aida e daquela casa senhorial na aldeia goesa de Chandor. “E apaixonei-me. Pela casa e pela personagem. Sobretudo porque senti que ela encapsulava todas aquelas contradições de Goa, por um lado indiana, por outro lado portuguesa. É uma personagem presa a um passado, mas ao mesmo tempo muito preocupada no presente, em fazer com que a casa vivesse, interagindo com os turistas de forma muito pragmática. Achei que era uma personagem muito rica. E na altura filmei umas coisas com ela”.

Regressou depois a Portugal e começou “a alimentar este sonho de fazer um filme lá, só com ela, fechada naquela casa. Fazer um retrato de Goa, mas através dela e daquela casa”. Foi assim que lançou mãos à obra, procurou financiamentos, continuou a corresponder-se com Aida e “finalmente consegui um dinheiro de pesquisa e fui a Goa, outra vez, em 1997. Estive lá um mês e tal”, conta.

“Nessa altura comecei a pesquisar também quem era aquela família, que era muito importante e teve um papel político grande a favor da autonomia de Goa. E, apesar de pertencer a uma elite, era bastante progressista em certos aspectos. Não eram só católicos, também havia hindus, era uma família muito sincrética”.

Regresso à Índia

Apesar de se mover como uma personagem imortal pelas relíquias dos salões da vivenda, de estilo colonial indo-português edificado há três séculos, Aida de Menezes Bragança viria a falecer em 2012, aos 95 anos de idade. A realizadora, que em Março deste ano voltou à Índia para filmar o seu próximo trabalho, aproveitou para visitar Chandor e rever a casa que tão bem conheceu. “Já lá não ia há vinte anos! E quando cheguei estava uma senhora à janela, que me pareceu a Aida, mas que eu sabia que tinha morrido e não poderia ser. Foi como se tivesse visto uma espécie de fantasma”, revelou.

“Mas a casa mantém-se, que era a preocupação dela. O trabalho de recuperação e restauro foi continuado, de certa forma, só que não está lá ninguém a viver. Há um filho que vai de vez em quando, que aparece no filme e tinha vontade de continuar a obra, mas hoje é uma senhora que está lá a receber os turistas e a mostrar a casa. Mas é tudo de uma forma muito precária”. O futuro continua a ser uma incerteza, “esta senhora também já se queixa de não ter muita saúde para continuar a ir, não houve nunca uma instituição que tomasse conta daquilo e tem sido apenas a vontade dos particulares de manter viva aquela memória”.

A recente viagem à Índia levou Catarina Mourão ao norte do país, à região do Uttar Pradesh. “É um projecto completamente diferente, também sobre uma mulher com 70 anos. Esta é uma artista viajante, que anda pelo mundo. E um dos sítios importantes, para o trabalho e para a identidade dela, é Benares, no norte da Índia”. O documentário encontra-se, entretanto, em fase de montagem, com o título provisório “Os Cadernos de Benares”, que deverá estrear em meados de 2020.

Olhos de Macau

Catarina Mourão estará também em Macau para fazer um workshop de cinema documental, a convite da Fundação Oriente, de 22 a 27 de Junho. Pela primeira vez no território, a realizadora espera ser surpreendida pela cidade e pelos seus habitantes, nomeadamente aqueles com quem irá partilhar saber e experiências durante a oficina. “Eu adoro fazer este tipo de workshops. Dou aulas há 20 anos e acho que o mais interessante é essa troca que acontece, ou seja, tenho um programa daquilo que gostava de desenvolver com os participantes, mas estou muito disponível para ir adaptando, porque não conheço a realidade de Macau e conto aprender também muita coisa”.

O título do workshop – “A Casa e o Mundo” – não surgiu por acaso, “é uma piscadela de olho ao Satyajit Ray, que é um realizador que eu adoro, porque também trabalho muito essa abordagem do microcosmo para, a partir dele, falar sobre o mundo”, recorda o filme de 1984, para explicar o que pretende com as aulas que aí vêm. “Acho que nessa busca podem acontecer muitas coisas engraçadas, eu posso conhecer Macau através dos olhos dos participantes. Vou ter o privilégio de ter acesso a um olhar muito mais interior. Isso também me atrai muito”, remata a realizadora.

20 Jun 2019

Segundo encontro do Festival de Artes e Cultura arranca a 28 de Junho

Macau volta a ser lugar de encontro entre culturas. Um grande cabaz de eventos, para degustar entre Junho e Julho, traz à cidade o fadista Hélder Moutinho, música, dança, cinema, livros e petiscos de chefes como Chakall, Cyril Rouquet ou Marlena Spieler

 
[dropcap]O[/dropcap] 2º Encontro em Macau do Festival de Artes e Cultura entre a China e os Países de Língua Portuguesa foi ontem apresentado pela presidente do Instituto Cultural de Macau, Mok Ian Ian, em conferência de imprensa no Centro Cultural de Macau (CCM).

À semelhança de 2018, a iniciativa reúne este ano um conjunto de seis grandes eventos, que vão decorrer entre os meses de Junho e Julho, em diversos pontos da cidade. Há feiras, concertos, cinema, exposições de arte, espectáculos de música e dança, e uma mostra dos arquivos locais com os momentos mais marcantes da transferência de soberania em 1999.

O primeiro evento, “Recordações Memoráveis de 1999 – Exposição de Arquivos Comemorativos do 20.º Aniversário do Retorno de Macau à Pátria”, acontece já no dia 28 de Junho, com inauguração pelas 18h, no Arquivo de Macau. O público poderá rever mais de cem registos das “memórias inestimáveis deste evento histórico único”, nas palavras da responsável. No dia seguinte, haverá ali também uma palestra, às 15h, com os oradores convidados Ung Vai Meng e Lei Pui Lam, respectivamente ex-presidente honorário e ex-secretário-geral do Comité Executivo para as Actividades de Celebração do Retorno de Macau à Pátria, que irão partilhar histórias sobre o planeamento, coordenação e organização das comemorações que decorreram há duas décadas atrás.

Nos fins-de-semana, de 29 a 30 de Junho e de 6 a 7 de Julho, é a vez da música e das danças animarem a Feira do Carmo, na Taipa, e o Jardim do Mercado do Iao Hon, em Macau. Durante os quatro dias, entre as 18h30 e as 20h30, diversos artistas da província de Hubei, na China, e dos países de língua portuguesa, vão actuar nos dois locais, mostrando a tradição da ópera chinesa e das sonoridades musicais de Portugal, Cabo Verde, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Angola, Brasil, Timor-Leste e Guiné-Bissau. Os espectáculos são livres e visam “proporcionar à comunidade um intercâmbio cultural entre os diferentes países participantes”, segundo a organização.

Livros e Cinema

A “Feira Internacional do Livro de Macau” é o evento que se segue, que vai decorrer entre 4 e 7 de Julho, no Hotel Venetian do Cotai, das 10h às 20h, encerrando no domingo às 16h30. Esta edição é dedicada à gastronomia e vinhos, contando com inúmeras obras sobre o tema e cozinheiros chefes de craveira internacional, que marcarão presença em palestras, lançamentos de livros, seminários de cultura gastronómica e apresentações culinárias. Nomes como Chakall, Xu Long, Marie Sauce Bourreau, Luís Simões, Tâmara Castelo, Cyril Rouquet, Marlena Spieler, Zola Nene, Chua Lam, Ge Liang ou Cecília Jorge, entre outros, fazem parte dos convidados. Haverá ainda lugar para a cerimónia de entrega dos famosos Gourmand World Cookbook Awards, que distinguem anualmente os melhores livros dedicados ao tema, na sua 24ª edição, este ano realizada em Macau.

Outro evento a destacar é o “Festival de Cinema entre a China e os Países de Língua Portuguesa”, que arranca a 4 de Julho e encerra a 17. As sessões de abertura e de encerramento vão ser exibidas no pequeno auditório do Centro Cultural de Macau, os restantes – mais de 20 filmes e vídeos – serão projectados na Cinemateca Paixão, onde estão também previstas sessões de pós-projecção e palestras relacionadas. A película de abertura é um clássico chinês de 1949, “Primavera Numa Cidade Pequena”, do realizador e poeta Fei Mu. No encerramento estará “A Portuguesa”, um filme nacional de época, realizado por Rita Azevedo Gomes em 2018. Os bilhetes para todas as sessões estarão à venda por 60 patacas, com diversos descontos, nas habituais bilheteiras online ou na Cinemateca.

Fado e Artes visuais

O “Concerto de Instrumentos Tradicionais Chineses de Cordas e Fado”, no dia 5 de Julho às 20h, no grande auditório do CCM, junta a Orquestra Chinesa de Macau e o fadista português Hélder Moutinho, irmão de outro nome incontornável da música nacional, o fadista Camané. Será um espectáculo único, casando os instrumentos tradicionais chineses com a herança melódica da saudade lisboeta, que promete ao público local “uma experiência musical absolutamente nova”.

Nas palavras de Mok Ian Ian, “o Erhu e o Fado são amantes há muito perdidos das suas vidas passadas e nesta noite reúnem-se em Macau”. Os bilhetes para este evento custam entre 150 e 250 patacas, mas os residentes de Macau têm desconto de 40 por cento.

A “Exposição Anual de Artes entre a China e os Países de Língua Portuguesa”, que acontece este ano pela segunda vez, é a oportunidade de mostrar o extenso acervo do Museu de Artes de Macau (MAM), com mais de 90 obras de arte de 60 pintores e artistas, que este ano também celebra o seu 20º aniversário. Na Galeria de Exposições Especiais do 3º piso, a exposição “Poesia Lírica – Artistas de Macau e Portugal da Colecção do MAM” retira dos depósitos o valioso conjunto museológico, entre os meses de Julho e Outubro, exibindo peças e pinturas a óleo, acrílicos, aguarelas, técnicas mistas, esculturas e instalações que reflectem a criatividade de artistas contemporâneos da China, Portugal e Macau.

As recém-inauguradas Vivendas Verdes e o Antigo Estábulo Municipal de Gado Bovino, situados na Avenida do Coronel Mesquita, vão ainda fazer parte do evento, como extensão das actividades e da mostra de arte contemporânea. Os quadros estreiam assim os novos espaços culturais, que podem ser visitados livre e gratuitamente pelo público.

O 2º Encontro de Macau é organizado pelo Instituto Cultural e co-organizado pela Direcção dos Serviços de Turismo, sob a égide da Secretaria para os Assuntos Sociais e Cultura. O orçamento para a edição de 2019 será de 15 milhões de patacas, após a despesa de 2018 ter ascendido aos 19 milhões. O objectivo deste ano é gastar menos, declarou a presidente do IC, que deixou o convite à população, lembrando que “todos os encontros são reuniões que dão continuidade aos laços de tempos passados”.

19 Jun 2019

Vencedor da Palma de Ouro Cannes na Cinemateca Paixão

[dropcap]O[/dropcap] filme sul-coreano que venceu a Palma de Ouro do Festival de Cinema de Cannes 2019 vai ser exibido durante a próxima semana, em diversos horários, na Cinemateca Paixão. “Parasita” é o título da obra do realizador Bong Joon-ho, que foi considerada pela crítica internacional como “uma sátira social em esteróides” ou mesmo um “épico brilhante dos dias de hoje”.

Trata-se de um drama familiar que retrata bem o tema das desigualdades sociais, com um enfoque intimista e uma alta dose de suspense. O humor negro, em porções por vezes tímidas, outras vezes transbordantes, tornou o filme imprevisível e inteligente, “aplaudido calorosamente” pelo público da 72ª edição de Cannes.

Para não estragar a surpresa, os relatos da imprensa sobre as voltas que o guião dá são enigmáticos. E aconselham até o público a “saborear a preciosidade com um mínimo de informação”. Bong Joon-ho chegou mesmo a escrever uma carta aos críticos internacionais, implorando que não revelassem partes importantes do seu filme, para não arruinar a experiência aos demais espectadores.

O argumento conta a história da família unida de Ki-taek, em que todos os elementos são muito próximos, mas estão desempregados e receiam ter apenas um futuro negro pela frente. Até que o seu filho Ki-woo consegue um emprego, como professor particular de inglês de uma jovem de família rica, os Park. Enquanto os primeiros habitam numa escura e sórdida cave, infestada de baratas, os Park vivem numa sumptuosa casa com jardim e respectivas mordomias.

Ki-woo rapidamente se aproveita da situação, conseguindo através de subterfúgios contratar a irmã, o pai e a mãe para servirem na mansão dos Park, mas a chegada da família de golpistas precipita situações incontroláveis e nem tudo correrá como previsto para os novos parasitas.

“Escrito, realizado e interpretado na perfeição”, segundo a crítica de Cannes, o “argumento é excelente e os actores são globalmente extraordinários”. Bong Joon-ho assina não só a realização do filme, mas também o argumento em parceria com Han Jin-won. Os actores são Song Kang-ho no papel do patriarca, Jang Hye-jin interpreta a mulher deste, Choi Woo-sik e Park So-dam são respectivamente o filho e a filha do casal.

Cineasta sociólogo

O realizador Bong Joon-ho, que nasceu numa família da elite coreana, começou por se formar como Mestre em Sociologia antes de seguir a sua verdadeira vocação, o cinema. Após passar pela Academia Coreana de Artes Cinematográficas, começou a realizar filmes em 1994. Os mais conhecidos títulos da sua carreira eram, até à Palma de Ouro de 2019, os filmes “Cão Que Ladra Não Morde” de 2000 e “Okja” de 2017, um surrealista e o outro fantástico, este último chegando a gerar alguma polémica.

A controvérsia de “Okja” aconteceu também em Cannes, por ser uma fita apresentada na plataforma Netflix, na altura muito criticada sobre se poderia ser considerada um “verdadeiro filme”.

“Parasita” tem a duração de 132 minutos e chega agora à sala da Cinemateca Paixão. As sessões decorrem de 22 de Junho a 7 de Julho, em diferentes horários, e os bilhetes encontram-se à venda no local e na página web oficial.

18 Jun 2019

Cinema | 4ª edição do IFFAM conta com parceria de Xangai

São muitas as novidades do próximo Festival Internacional de Cinema de Macau, que este ano acontece de 5 a 10 de Dezembro. A colaboração com o Festival de Cinema de Xangai e as presenças do realizador Peter Chan e da actriz Carina Lau são algumas delas

[dropcap]A[/dropcap] 4ª edição do Festival Internacional de Cinema de Macau (IFFAM, na sigla inglesa) vai decorrer este ano entre 5 e 10 de Dezembro, no Centro Cultural de Macau, e conta com a parceria do Festival Internacional de Cinema de Xangai (SIFF) e da Academia de Artes e Cinema de Xangai (SFAA), foi anunciado no domingo passado, na cerimónia de assinatura dos acordos de colaboração que decorreu naquela cidade.

“Com o objectivo de impulsionar a indústria cinematográfica local”, o IFFAM une este ano esforços com o festival congénere de Xangai, além de “lançar pela primeira vez uma Competição de Curtas-Metragens”, que “terá uma selecção de dez narrativas curtas assinadas por jovens realizadores da região. No primeiro ano desta nova secção, trabalharemos em concreto com escolas de cinema e instituições da China Interior, de Hong Kong e de Macau. Iremos aumentar também o número de prémios na categoria de Novo Cinema Chinês, que passam a incluir galardões para Melhor Filme, Melhor Realizador, Melhor Argumento, Melhores Actor e Actriz”, anunciou o Director Artístico do IFFAM, Mike Goodridge.

O produtor e realizador do vizinho território, Peter Chan, foi este ano convidado para presidente do Júri da Competição Internacional do IFFAM. “É um dos cineastas mais talentosos e bem sucedidos da história recente do cinema de Hong Kong. A grande qualidade dos seus filmes pan-asiáticos tem vindo a estimular o desenvolvimento da indústria cinematográfica de toda região em geral. Acredito que ele irá partilhar a sua enorme experiência e sabedoria com os membros do júri e com os realizadores no próximo mês de Dezembro”, acrescentou.

Como embaixadora de talentos do IFFAM 2019 foi, igualmente, convidada a veterana actriz de Hong Kong, Carina Lau, conhecida pela sua longa carreira e participação em filmes de realizadores consagrados, como Wong Kar-Wai, que a dirigiu nos filmes “Days Of Being Wild” (1990) e “2046” (2004), a sequela do muito premiado “In The Mood For Love” (2000).

A ela juntar-se-ão, também como embaixadores do IFFAM 2019, o realizador e argumentista sul-coreano Kim Yong-Hwa, o actor, produtor e realizador indiano Karan Johar, e o realizador e argumentista chinês Wang Xiaoshuai.

Incubadora de realizadores

O objectivo de impulsionar o renascimento do cinema local é uma preocupação do IFFAM, que justificou o lançamento do programa de estágios para realizadores de Macau com a prestigiada TorinoFilmLab, permitindo a deslocação de três equipas do território a Turim, em Itália, para participar em dois workshops – Elaboração de Argumentos e Produção Criativa – e a possibilidade de estarem presentes no Festival de Cinema de Turim no próximo mês de Novembro.

“A participação de múltiplos realizadores e dos seus projectos em Turim, para interagirem com outros jovens participantes a nível internacional, é uma aposta para alavancar a construção de bases sólidas para uma indústria cinematográfica local. A intenção deste programa é estabelecer o IFFAM como uma plataforma para novos realizadores de cinema asiáticos, com vista a apoiar a indústria, na qualidade de incubadora dos seus primeiros e segundos filmes”, pode ler-se na nota de imprensa da cerimónia de domingo em Xangai.

Com o mesmo propósito, as conhecidas realizadoras locais Tracy Choi e Harriet Wong foram convidadas a participar nas actividades do SIFF NEXT, um evento paralelo ao 22º Festival Internacional de Cinema de Xangai que se realiza por estes dias, entre 16 e 24 de Junho.

18 Jun 2019

Armazém do Boi | “Everywhere and Anywhere”, a nova mostra de Yang

[dropcap]É[/dropcap] inaugurada no próximo dia 26 deste mês, no espaço Armazém do Boi, a exposição de ilustração “Everywhere and Anywhere”, do artista Yang, e que estará patente até ao dia 4 de Agosto.

A exposição está incluída no projecto intitulado “New Art People Project”, que visa “nutrir uma nova geração de jovens artistas ao providenciar-lhes um espaço para as suas tentativas e experimentações”.

A curadoria da exposição está a cargo de Leong Fei In e oferece ao público “uma nova aproximação visual, com as possibilidades que a ilustração oferece ao nível da linguagem artística”.

Yang, natural de Macau, é formado em literatura inglesa e tem um mestrado em ilustração da University for Creative Arts, do Reino Unido. Esta exposição revela uma “interacção da ilustração com o espaço em diálogo com si mesmo”, ao mesmo tempo que Yang “apresenta as suas experiências emocionais tal como um estado mental de solidão e alienação partilhado com os moradores urbanos”.

17 Jun 2019

Apresentado livro sobre Porcelanas Ming em Lisboa

[dropcap]O[/dropcap] Instituto Cultural (IC) lançou recentemente, em parceria com o Centro de Estudos Históricos e o CHAM – Centro de Humanidades da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, a obra “De Macau a Lisboa – Na Rota das Porcelanas Ming”. O lançamento aconteceu no Palácio Nacional da Ajuda.

De acordo com um comunicado, o livro é da autoria do já falecido arqueólogo Armando J. G. Sabrosa (1979-2006) e é resultado de uma das bolsas de investigação académica atribuídas pelo IC. O conteúdo deste trabalho centra-se principalmente no estudo detalhado de porcelanas provenientes das escavações arqueológicas realizadas em Macau, na zona do Colégio de São Paulo e na Fortaleza do Monte, em 1995.

O autor realizou uma análise tipológica detalhada das porcelanas encontradas na altura e comparou-as com outras recuperadas em Portugal, com o intuito de discutir o importante papel de Macau como porto de comércio marítimo Oriente-Ocidente. Para o IC, “estes resultados são de grande importância para o estudo do fluxo de porcelana da Dinastia Ming para a Europa através de Macau”.

O autor faleceu em 2006 num acidente de trabalho, deixando para trás inúmeros resultados de pesquisas inéditas, que devido à cooperação entre o IC e a Universidade Nova de Lisboa foram, finalmente, publicadas na forma de monografia.

Trabalho pioneiro

No lançamento da obra o Professor André Teixeira, do Departamento de História da Universidade Nova de Lisboa e investigador no CHAM, apresentou o livro e reconheceu as contribuições pioneiras do autor para a arqueologia dos séculos XVI a XVIII, uma área que tem ainda limitada expressão em Portugal e a nível internacional. Este salientou também que a monografia tem o grande mérito de dar a conhecer parte dos resultados daquelas intervenções arqueológicas. Jorge Raposo, Director do Centro de Arqueologia de Almada, fez uma retrospectiva da vida do autor e da sua carreira como investigador.

A monografia De Macau a Lisboa – A Rota das Porcelanas Ming encontra-se à venda ao preço de 180 patacas e pode ser adquirida na Livraria Plaza Cultural Macau, no Centro de Informações ao Público, no Arquivo de Macau e no Centro Ecuménico Kun Iam.

17 Jun 2019

Crónicas do Hoje Macau vão ser publicadas pela Abysmo

João Paulo Cotrim, editor da Abysmo, garantiu ao HM que as crónicas que diariamente são publicadas no suplemento H serão editadas em livro ainda este ano. O HM esteve também presente na Feira do Livro de Lisboa graças ao lançamento de um suplemento especial subordinado ao tema das nuvens, que foi distribuído apenas no espaço da feira

 

[dropcap]T[/dropcap]odos os dias autores portugueses como António Cabrita, António de Castro Caeiro ou Valério Romão, entre outros, desfiam palavras e pensamentos para as páginas do HM, no suplemento H que diariamente se publica com o jornal. Mas em breve estas crónicas poderão ser lidas em formato livro, conforme adiantou ao HM João Paulo Cotrim, editor da Abysmo, uma editora portuguesa.

“Essa é a primeira coisa que iremos fazer e que temos previsto para acontecer rapidamente este ano, talvez em Outubro. Iremos publicar uma antologia das crónicas do HM”, referiu.

Este ano, e pela primeira vez, a Abysmo fez-se acompanhar da Livros do Meio, editora de Carlos Morais José, também director do HM, na Feira do Livro de Lisboa, que chegou ontem ao fim. A publicação do livro não será o único projecto que ambas as editoras irão desenvolver.

“Percebemos que havia um conjunto de autores da Abysmo que estavam a colaborar com o HM e às tantas percebemos que não era por acaso, que havia aqui muitas afinidades que interessavam explorar. Há ideias de colaboração para uma série de projectos, tal como a edição de livros em conjunto que reflictam o facto de termos um pedaço de Portugal naquele lugar (Macau).”

Para João Paulo Cotrim, “há-de haver alguma diferença pelo facto de termos esta presença centenária em Macau”, sendo que “já mudou muito do nosso entendimento sobre Camilo Pessanha”. Nesse sentido, “há um conjunto de coisas que podemos fazer, a bem dos livros e da leitura, e de uma certa ideia de Portugal, que acho que vai continuar e vai dar frutos”.

As nuvens

A presença da Abysmo e da Livros do Meio na Feira do Livro de Lisboa ficou também marcada pelo lançamento de um suplemento especial do H dedicado ao tema das nuvens. São várias páginas em que os habituais colaboradores do HM são convidados a escrever textos ou poesia sobre as várias dimensões das nuvens, além da participação de artistas plásticos, como é o caso de Rui Rasquinho, ilustrador.

Carlos Morais José falou ao HM de um projecto que serviu também para mostrar um pouco do HM além fronteiras. “Hoje já não há essa distância, uma vez que temos estes colaboradores de Portugal e acabamos por ser lidos e divulgados na Internet. Apesar disso, a existência física do suplemento é importante. É tão poluente o papel que estamos a usar que as pessoas não o devem deitar fora, devem guardá-lo em casa”, ironizou.

Quanto ao tema escolhido, as nuvens são, para Carlos Morais José, “um tema transversal a várias culturas, nomeadamente à chinesa e portuguesa”. “Todas as culturas se deixaram impressionar, de qualquer das formas, pela questão das nuvens e existem poemas sobre nuvens, desenhos, pinturas. As nuvens são algo que impressiona o ser humano”, acrescentou.

Para João Paulo Cotrim, fazer um suplemento sobre as nuvens não foi apenas um símbolo da parceria entre a Abysmo e a Livros do Meio como também “uma metáfora boa da relação com o oriente”.

Isto porque “o oriente tem um tratamento específico na poesia da nuvem, e nós, além da poesia, temos também uma tradição científica de relacionamento com a nuvem.”

“Parecia-me, portanto, um símbolo bastante interessante desta relação sempre meio fugidia e nunca igual entre o oeste e oriente”, adiantou.

Através do suplemento estabelece-se a ideia de que a nuvem “não é um símbolo, é um bocadinho mais, é o suscitar de uma reflexão e pensamento à sua volta”.

“Fizemos isso com um eixo na entrevista ao Carlos Fiolhais e João Queirós, um cientista e pintor, e à volta disso temos um conjunto de textos dos escritores que são colaboradores do HM. Mesmo no caso dos poemas há bastante pensamento por detrás disto, porque, no fundo, há muito pensamento e filosofia, leitura que conclui que as nuvens são um grande espelho da nossa vida em sociedade, das nossas inquietações.”

João Paulo Cotrim destaca o facto de a nuvem recordar a especificidade do trabalho de editar, quer sejam livros ou jornais. “É essa mesma inquietação de perceber o que se passa à nossa volta.

Essa mesma curiosidade em relação ao mundo, e por isso também funcionamos como uma espécie de nuvem, ora de nuvem ora de gente que olha a nuvem”, rematou.

17 Jun 2019

Novo álbum de Madonna disponível nas lojas

[dropcap]A[/dropcap] cantora norte-americana Madonna lançou esta semana o álbum “Madame X”, influenciado por Lisboa, onde tem vivido, por sonoridades latinas e africanas, e no qual canta em inglês, espanhol e português.

“Lisboa é onde o meu disco nasceu. Encontrei lá a minha tribo e um mundo mágico de músicos incríveis que reforçaram a minha crença de que as músicas à volta do mundo estão todas ligadas e são a alma do universo”, afirma a cantora no ‘site’ oficial.

Em entrevista à revista Visão, divulgada esta semana, Madonna explica que no álbum transparece uma homenagem ao fado, mas também às mornas de Cabo Verde e à música que ouviu em Lisboa, pela mão, sobretudo, do músico Dino d’Santiago.

Feito com a colaboração do produtor francês Mirwais, o álbum “Madame X” apresenta 15 temas entre os quais uma versão de “Faz gostoso”, da cantora portuguesa Blaya, que Madonna interpreta em português com a artista brasileira Anitta.

Além de Dino d’Santiago, houve outros artistas portugueses com quem Madonna se cruzou em Lisboa – e dos quais partilhou fotografias com os milhões de seguidores que tem nas redes sociais -, nomeadamente Celeste Rodrigues, Fábia Rebordão, Ricardo Toscano e Gaspar Varela, aos quais se juntam as Batiqueiras de Cabo Verde.

Madonna apresentará “Madame X” ao vivo numa digressão mundial que arranca em Setembro, nos Estados Unidos. A digressão europeia começará em Janeiro de 2020 com seis concertos no Coliseu de Lisboa, marcados para os dias 16, 18, 19, 21, 22 e 23, praticamente esgotados.

16 Jun 2019

Produtor Paulo Branco distinguido com prémio mundial das artes Leonardo da Vinci

[dropcap]O[/dropcap] produtor português Paulo Branco foi distinguido com o prémio mundial das artes Leonardo da Vinci, atribuído pelo Conselho Cultural Mundial, anunciou hoje o Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA).

Em comunicado, o ICA sublinha que o galardão “vem reconhecer a dedicação do produtor português com novas visões de expressões cinematográficas e o seu compromisso em cultivar uma intensa comunicação e actividade entre as diferentes áreas da Cultura, como a Literatura, as Belas-artes e a Música”.

O prémio, dado pela primeira vez a um português, vai ser entregue numa cerimónia em Outubro, na cidade japonesa de Tsukuba, onde também receberá o prémio mundial de ciência Albert Einstein o investigador Zhong Lin Wang.

O Conselho Cultural Mundial é uma organização internacional fundada em 1981 e sediada no México com uma composição inicial de 124 cientistas e académicos, presidentes de universidades e executivos de cinco continentes, segundo a descrição patente na sua página.

“A sua missão é promover uma cultura de tolerância, paz e fraternidade ao reconhecer modelos de inspiração através dos seus prémios”, acrescenta o mesmo texto. O prémio Leonardo da Vinci foi entregue pela primeira vez em 1989 ao grupo de preservação da Acrópole, na Grécia.

De acordo com a biografia publicada pelo Conselho Cultural Mundial, Paulo Branco, nascido em 1950, já produziu ou co-produziu mais de 300 filmes, tendo sido premiado pelo Festival de Cinema de Locarno, entre outros, e condecorado pela República Francesa. Em 2017, foi homenageado pelo Festival de Cinema de Guadalajara.

“O trabalho de Paulo Branco deu um enorme contributo para aprofundar o horizonte estético do cinema, em Portugal e pelo mundo, para além de aumentar a formação cultural de audiências e do público em geral”, pode ler-se no anúncio oficial.

Desde 2017, que Paulo Branco está envolvido num diferendo judicial em vários países devido à produção do filme “O homem que matou D. Quixote”, de Terry Gilliam.

16 Jun 2019

Mónica Ferraz estreia-se em Timor-Leste com concerto em Díli

[dropcap]A[/dropcap] cantora portuguesa Mónica Ferraz, ex-vocalista do grupo Mesa, apresenta no próximo dia 22 de Junho os seus novos trabalhos, incluindo o single “Fool”, num concerto de estreia em Timor-Leste.

Mónica Ferraz, 39 anos e natural do Porto, começou a sua carreira aos 15 anos, estreando-se em 2003 como vocalista da sua primeira banda de originais, o projecto Mesa. Sete anos depois, em 2010, iniciou uma carreira a solo com o primeiro álbum “Start Stop”, com participações em alguns dos principais festivais em Portugal.

Em 2012 e 2013 foi nomeada para a categoria de ‘Best Portuguese Act’, nos MTV Europe Music Awards e em 2014 editou o seu segundo álbum. Actualmente a viver na Suíça, Mónica Ferraz está a trabalhar com vários músicos e produtores europeus, lançando este ano o single “Fool”.

A cantora, que veio para Timor-Leste numa iniciativa da NoLimit, actua no Hotel Timor na noite de 22 de Junho.</p

16 Jun 2019

Almodóvar vai receber Leão de Ouro pela Carreira no Festival de Cinema de Veneza

[dropcap]O[/dropcap] cineasta espanhol Pedro Almodóvar vai receber o Leão de Ouro pela Carreira no 76.º Festival Internacional de Cinema de Veneza, que vai decorrer de 28 de Agosto a 7 de Setembro. Segundo o comunicado, a decisão foi tomada pela direcção da Bienal de Veneza, presidida por Paolo Baratta, após a proposta do director do festival, Alberto Barbera.

Pedro Almodóvar, realizador e argumentista espanhol, admite sentir-se “muito animado e honrado pelo Leão de Ouro” e recorda a sua estreia internacional no Festival de Cinema de Veneza, em 1983, com o filme “Negros Hábitos”, lê-se no comunicado.

O cineasta agradece: “Este Leão irá tornar-se no meu animal de estimação, juntamente com os meus dois gatos. Obrigada do fundo do coração por me atribuírem este prémio”, pode ler-se no comunicado.

A propósito desta atribuição, Alberto Barbera considera que “Almodóvar não é apenas o maior e mais influente realizador espanhol desde [Luis] Buñuel, mas um cineasta que oferece retratos multifacetados, controversos e provocadores da Espanha pós-franquista.”

O director acrescenta que “Almodóvar se destaca, acima de tudo, por pintar retratos femininos incrivelmente originais, graças a uma empatia excepcional que lhe permite representar o seu poder, riqueza emocional e fraquezas inevitáveis com uma autenticidade rara e comovente”.

Pedro Almodóvar, que nasceu em Calzada de Calatrava na região autónoma de Castilha-La Mancha e aos 17 anos foi para Madrid estudar cinema, realizou filmes como “Má Educação”, “A Pele Onde eu Vivo”, “Julieta”, “Volver”, entre outros, e algumas das suas produções foram adaptadas para peças de teatro e musicais.
Almodóvar voltou a ser premiado nos Óscares com “Fala com Ela”, de 2002, pelo argumento original do filme. O filme “Dor e Glória” saiu este ano e é a última produção de Pedro Almodóvar com os actores António Banderas e Penélope Cruz no elenco principal.

Recentemente a Cinemateca Paixão dedicou um dos seus ciclos de cinema ao cineasta espanhol, tendo sido exibidos em Macau filmes como “A Lei do Desejo” ou “Tudo Sobre a Minha Mãe”, entre outros.

16 Jun 2019

Mais de cem obras de Picasso expostas em Pequim

[dropcap]M[/dropcap]ais de cem obras de Pablo Picasso podem ser vistas em Pequim na maior mostra dedicada ao pintor espanhol já alguma vez realizada na China.

A exposição “Picasso, o nascimento de um génio” reúne, entre pinturas, esculturas e desenhos, mais de uma centena de obras do acervo do Museu Picasso, em Paris, de acordo com a agência France-Presse (AFP).

O museu parisiense transportou as obras a bordo de sete aviões – uma exigência das seguradoras para cobrirem a viagem, segundo os organizadores da exposição. O valor total do seguro ultrapassa os 800 milhões de euros.

A primeira exposição de Picasso na China remonta a 1983, por ocasião de uma visita a Pequim do então Presidente francês François Mitterrand. Apenas 33 obras do inventor da arte moderna foram exibidas naquela época. Desta vez, a exposição centra-se nas obras dos primeiros trinta anos de Pablo Picasso (1881-1973).

16 Jun 2019

Actor portugues Nuno Lopes integra nova série de “La Casa de Papel”

[dropcap]O[/dropcap] actor português Nuno Lopes vai integrar o elenco da nova série do criador de “La Casa de Papel”, Álex Pina, intitulada “White Lines”, também com selo da Netflix, foi ontem anunciado.

Nas redes sociais, o próprio actor partilhou um texto da agência Subtitle Talent que anunciava que o português será um dos protagonistas da nova série, com 10 episódios, escrita por Pina e produzida pela Left Bank, a mesma empresa por trás de “The Crown”.

Segundo a mesma publicação, o elenco da série, que já está em processo de filmagens, vai incluir também Laura Haddock, Marta Milans, Juan Diego Botto e Daniel Mays. De acordo com a Deadline, “White Lines” vai ser falada em inglês e filmada até Outubro, nas Ilhas Baleares, em Espanha.

A sinopse, divulgada também pela publicação especializada Variety, revela que o enredo parte da descoberta do corpo de um DJ de Manchester, 20 anos depois do seu desaparecimento em Ibiza.

“Quando a sua irmã regressa à ilha espanhola de Ibiza para descobrir o que aconteceu, a sua investigação leva-a a um mundo de discotecas, mentiras e encobrimentos”, adianta a Deadline.

Segundo a Variety, “White Lines” resulta de um acordo assinado entre a Netflix e Álex Pina, após o sucesso de “La Casa de Papel”. Nuno Lopes, 41 anos, destacou-se no filme “São Jorge”, de Marco Martins, com o qual recebeu o prémio de melhor actor no festival de Veneza, em 2016. O filme foi o candidato português a uma nomeação para o Óscar de melhor filme estrangeiro, não tendo sido nomeado.

14 Jun 2019

Artfusion | Associação celebra sexto aniversário com evento inclusivo

O sexto aniversário da Artfusion vai ser marcado pela realização de um conjunto de actividades que reúnem alunos da associação e pessoas portadoras de deficiência mental, numa iniciativa “verdadeiramente inclusiva”. Exposições, performances e um flashmob estão no programa do evento que tem lugar domingo, entre as 17h e as 19h no CURB – Centro de Arquitectura e Urbanismo

 

[dropcap]A[/dropcap] associação Artfusion assinala o seu aniversário com a promoção do (He)Art, um evento que usa o trocadilho feito com a palavra coração em inglês. O objectivo é, desde logo, reflectir “a arte e amor” com que foi produzido, conta a responsável pela Artfusion, Laura Nyögéri, ao HM. O evento está marcado para o próximo domingo, entre as 17h e as 19h, no CURB – Centro de Arquitectura e Urbanismo, junto à Ponte 9.

Tal como em outros projectos levados a cabo pela associação que aposta na educação pela arte, o (He)Art pretende impulsionar a inclusão de pessoas portadoras de deficiência através da sua integração artística. O evento junta assim, o trabalho dos alunos da associação e de membros da IC2 – I Can too – a primeira organização de Macau dedicada ao apoio a pessoas com incapacidades intelectuais.

Entre a organização e os participantes, estão envolvidas cerca de 70 pessoas na iniciativa: 40 crianças alunas do Artfusion, 20 membros do IC2 com idades compreendidas entre os cinco e os vinte anos, e 10 elementos que coordenam as actividades, esclarece Laura Nyögéri.

Para o efeito o (He)Art vai desdobrar-se em várias iniciativas que vão da exposição das criações artísticas, a “algumas pequenas performances de dança e expressão corporal”. A actividade “mistura as artes performativas com as artes visuais através de pinturas, desenhos, ilustrações, colagens, origamis, fotografia e instalações de arte, onde a exploração monocromática, entre o preto e o branco são a tónica dominante enquanto símbolos da própria associação”.

Para terminar, está programado um flashmobe “que envolverá todos os participantes num momento único e divertido”, garante a organizadora.

Homenagem a um amigo

A acompanhar o evento fica a homenagem ao recentemente falecido fotógrafo local, Nico Fernandes, que colaborou com a Artfusion. A contrastar com as outras actividades monocromáticas “a cor também acontece nesta pequena exposição fotográfica”. “’O MEU AMIGO NICO’, é uma simbólica homenagem e exposição de fotografia de um grande artista e amigo que nos deixou recentemente”, sublinha Laura Nyögéri. O agradecimento é assim deixado ao fotógrafo que “através da sua lente, conferiu um estatuto visual, uma identidade à Artfusion”. No mostra vão constar os trabalhos fotográficos de Nico Fernandes que mais representam estes seis anos de actividade da associação.

Caminho sinuoso

Laura Nyögéri orgulha-se de conseguir criar aquilo que considera “uma iniciativa verdadeiramente inclusiva”. No entanto as dificuldades para levar a cabo este tipo de actividades em Macau ainda são muitas. A responsável destaca a necessidade de “potenciar recursos humanos, financeiros e materiais que permitam a sustentabilidade destes projectos educativos, artísticos e inclusivos”, salientando que para se atingirem resultados é necessário que estes projectos deixem de ser pontuais e assumam um estatuto de continuidade.

Acrescem ainda as situações em que “os apoios são difíceis, há dificuldades para encontrar espaços para realização de aulas e ensaios, as respostas a propostas apresentadas que chegam tardiamente, além da existência de uma ‘ponte’ de preconceitos que é preciso atravessar”. Por outro lado, e não menos importante é a necessidade de mais envolvimento por parte da comunidade.

Mas entretanto, a Artfusion não podia estar mais satisfeita com os objectivos alcançados em seis anos de uma actividade baseada na “liberdade de expressão e pela expressão de liberdade, de todos”.

Note-se que o evento serve também para apoiar a IC2. Os “trabalhos artísticos estão ao dispor do público, e podem ser adquiridos com doações dos interessados” que revertem integralmente para a organização de apoio a pessoas com deficiência mental para que possam “dar continuidade às aulas de artes visuais e performativas”.

14 Jun 2019

São João | Arraial volta a São Lázaro mesmo que a chuva caia

Sardinhas, bifanas e cerveja não vão faltar no Arraial de São João, marcado para o fim de semana de 22 e 23 de Junho. O Bairro de São Lázaro volta a crescer, este ano com mais barracas e mais grupos musicais

 

[dropcap]O[/dropcap] Arraial de São João volta ao Bairro de São Lázaro nos dias 22 e 23 de Junho, sábado e domingo, uma iniciativa que se repete pela 13ª vez e conta com mais adesão a cada ano.

A organização apresentou ontem, em conferência de imprensa, o programa da festa, que este ano terá mais barracas de artesanato e de “comes-e-bebes”, cerca de 45 contra as 30 de 2018, e mais grupos musicais no elenco, que este ano serão à volta de uma dezena.

O formato é semelhante aos anos anteriores e as preocupações são as mesmas. “Esperamos que a chuva não atrapalhe, como é costume nesta época. Nos últimos três anos houve sempre sol, mas no ano passado choveu um pouco”, começou por referir o presidente da Associação dos Macaenses (ADM), Miguel de Senna Fernandes.

A festa de ano para ano “tem conquistado mais gente” e “começa a ser referida nos vários meios de comunicação do território, marcando o calendário turístico da cidade”, não só da comunidade portuguesa e macaense, mas da própria população chinesa local. “O Arraial já não é aquela festa dos outros, as pessoas já sabem que em Junho vai haver ali qualquer coisa no bairro. Mesmo amigos chineses já me perguntam muitas vezes, por esta altura, se não temos uma festa para aqueles lados…”, comentou.

Este ano cresceu também o número de interessados em participar, tanto na exploração das barracas, como nas actuações musicais. Foi necessário avaliar bem o tipo de produtos artesanais e dos petiscos em oferta, para que fossem adequados ao espírito da festa popular que se pretende.

“É uma festa de rua, uma festa das comunidades”, disse Miguel de Senna Fernandes, e não um “local para apresentação de produtos importados ou para revenda de artigos comprados nalguns desses sites online, que não são típicos de um arraial,”, acrescentou a presidente da Casa de Portugal em Macau (CPM), Amélia António.

E o recado fica dado, “vamos estar atentos à decoração das barracas, para ver se estão apresentáveis e festivas”, e “eventualmente vamos nomear algumas pessoas, tipo inspectores da Michelin”, para passarem revista aos enfeites das barracas. “No futuro, os que não tiverem essa preocupação, talvez venham a ter consequências, como ir parar ao fundo da lista, caso o número de interessados aumente”, ameaçou com graça a responsável.

Venha o bailarico

O programa de sábado e domingo começa por volta das 14h30 e vai até às 22h00, hora a que o som da música acaba, por obrigações legais relacionadas com o ruído numa zona habitacional. A abertura das festividades contará com a tradicional Bênção e Missa de São João, no sábado, seguida durante os dois dias pelas participações de escolas, actuações de grupos musicais amadores, bandas jovens de rap e de jazz, e a apresentação ao vivo dos Senza, que vêm de Portugal a convite da organização para animar a festa local. É um “grupo de música portuguesa inspirado em viagens”, como são identificados nas redes sociais, formado pelo par Catarina Duarte e Nuno Caldeira.

A expectativa dos organizadores é que o público continue a aumentar, como tem acontecido todos os anos. Quanto a estatísticas, é impossível saber ao certo. “É um feeling que temos”, brinca o presidente da ADM, “é que no Bairro de São Lázaro o espaço é exíguo, quando nos sentimos mais apertados ficamos felizes, porque é sinal de que há mais gente!”.

Mas os indicadores são também outros: a velocidade a que desaparecem as sardinhas, as bifanas e as cervejas. “Costumamos falar também com as pessoas que vendem comida, sobretudo a mais tradicional, que são os mesmos que ali estão desde que há arraial. São eles que sabem melhor como foi o movimento, se a procura foi maior, se venderam mais. Temos assim uma noção da afluência das pessoas, são estas as nossas estatísticas”, reforça a presidente da CPM.

Orçamento e parcerias

O orçamento da iniciativa rondará este ano as 500 mil patacas, um pouco acima, dado o enorme aumento dos preços praticados pelos fornecedores dos serviços necessários para montar a festa.

No ano passado, a verba prevista era entre 400 e 500 mil patacas. O principal apoio é da Direcção dos Serviços de Turismo (DST), as restantes associações têm ainda verbas atribuídas pela Fundação Macau para a sua participação na iniciativa, segundo os organizadores.

Os parceiros, além da ADM e da CPM, são também a Associação Promotora da Instrução dos Macaenses, o Instituto Internacional de Macau, a Associação dos Jovens Macaenses e a APOMAC – Associação dos Aposentados, Reformados e Pensionistas de Macau –, sem esquecer a participação especial da Escola Portuguesa, não a nível institucional, mas com assento sempre presente na organização do evento.

A festa é garantida, “faça chuva ou faça sol”, e apenas se pede às famílias que estejam de olho nas crianças, já que todos os anos têm havido receios de que alguém se possa magoar nas correrias e subidas de escadas, que a organização não pode vedar ou controlar.

 

Concurso | Melhores vídeos dão prémios

“Os Melhores Momentos do Arraial de São João em Vídeo – IIM 2019” é o título do concurso que o Instituto Internacional de Macau lança este ano a todos os jovens interessados em participar. A ideia é retratar e captar as melhores imagens da festa, durante os dois dias, com qualquer tipo de dispositivo, incluindo telemóvel. Podem ser utilizadas aplicações criativas e efeitos especiais, não devendo os trabalhos exceder os dois minutos de duração. O vídeo deverá ser publicado na página de Facebook do Arraial de São João (@MacauSaintJohnFestival), após ser feito o “like” à página e o “upload” do ficheiro. O concurso encerra às 17h horas de domingo, dia 23 de Junho, e o anúncio dos prémios será realizado na mesma tarde pelas 19h através do Facebook. Os vencedores terão que estar presentes no Arraial para receberem os prémios: 1º Lugar – 2 mil patacas, 2º e 3ºLugares – 500 patacas. Os vídeos premiados e respectivas imagens serão utilizadas para o anúncio promocional do Arraial de São de João do próximo ano.

14 Jun 2019

Bairro Alto do Pina vence Marchas Populares de Lisboa

[dropcap]O[/dropcap] bairro do Alto da Pina foi o vencedor da edição deste ano das Marchas Populares de Lisboa, anunciou hoje a Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC), responsável pela organização da iniciativa. O segundo lugar foi atribuído ao vencedor do ano passado, Alfama, e o terceiro a Penha de França.

Com centenas de participantes, o 87.º concurso das marchas contou com 20 grupos: Alfama (vencedora em 2018), S. Vicente, Carnide, Bica, Bela Flor-Campolide, Ajuda, Baixa, Madragoa, Penha de França, Graça, Beato, Marvila, Bairro da Boavista, Olivais, Mouraria, Parque das Nações, Castelo, Alto do Pina, Alcântara e Bairro Alto.

Em extracompetição, desfilaram pela Avenida da Liberdade as marchas Infantil “A Voz do Operário”, Mercados, Santa Casa e, como convidada, a Marcha Popular de Ribeira de Frades (Coimbra).A véspera do Dia de Santo António (feriado municipal na capital lisboeta) foi ainda marcada, como é tradição, pelos Casamentos de Santo António, com 16 casais que se juntaram às marchas à noite, e com vários arraiais pela cidade.

13 Jun 2019

Inscrições para workshop com Catarina Mourão só até amanhã

[dropcap]A[/dropcap]s inscrições para o Workshop de Documentário da cineasta portuguesa Catarina Mourão, que vai decorrer de 22 a 27 de Junho na Casa Garden, estão abertas só até amanhã, sexta-feira, dia 14. A iniciativa é gratuita, para maiores de 16 anos, até um limite de 20 participantes.

Organizado pela Fundação Oriente, com o apoio da Casa de Portugal em Macau, o projecto insere-se nas comemorações de “Junho, Mês de Portugal” e é aberto ao público em geral. Durante seis dias, os interessados vão poder experimentar o processo criativo de filmar um documentário, a partir de filmes que irão introduzir os tópicos de trabalho para cada sessão.

Trata-se de uma oficina de produção e realização para iniciantes e amadores, intitulada “A Casa e o Mundo”, onde durante 3 horas diárias os alunos vão desenvolver obras de acordo com a sua inspiração e a orientação da realizadora.

Tal como descreve Catarina Mourão, na nota de apresentação, “neste workshop vou partilhar com os estudantes o meu processo criativo na filmagem de documentários. É essencialmente um trabalho que se inicia no microcosmos da família, da casa, da rua. Começamos por viajar por entre aquilo que nos é familiar, e acabamos por encontrar estranheza e novas estórias além da nossa zona de conforto”.

E especifica, “cada um dos meus filmes desencadeou um desafio diferente. E cada desafio irá estimular os participantes a trabalhar num determinado projecto de filme, para o qual deverão encontrar o seu ângulo pessoal e a sua solução”.

À procura de respostas

As oficinas terão um total de 18 horas. A 22 e 23 de Junho, sábado e domingo, o horário é das 14h às 17h, e nos seguintes dias, de 24 a 27, em horário pós-escolar ou laboral, das 18h às 21h.

Cada sessão de workshop terá como ponto de partida a exibição de um filme: “Daguerreótipos” (1976), de Agnès Varda, o “primeiro documentário que teve um verdadeiro impacto na minha forma de filmar”, e “À Flor da Pele” (2006), “Pelas Sombras” (2010) e “A Toca do Lobo” (2015), de Catarina Mourão.

O programa procurará respostas à questão sobre o que é o documentário, como género, no actual mundo da imagem. Através de exercícios práticos na escolha dos temas, personagens, localizações, roteiros e pesquisa em arquivos, os alunos irão ensaiar e discutir em conjunto técnicas de filmagem e de edição, antes da apresentação final dos trabalhos.

As inscrições deverão ser feitas através do email workshopcatarinamourao@gmail.com. Mais informações podem ser solicitadas à Fundação Oriente e à Casa de Portugal.

13 Jun 2019

Artistas contemporâneos mostram obras de luxo no Morpheus

A colecção de obras do City of Dreams, assinada por artistas de renome internacional, junta-se à iniciativa Arte Macau e vai surpreender os visitantes do Morpheus até ao final do Verão

 

[dropcap]E[/dropcap]ncontros Inesperados” é o nome do conjunto de peças artísticas que, no âmbito da iniciativa “Arte Macau”, se encontram, a partir de hoje, à disposição dos visitantes do Morpheus, na zona do Cotai. O novo hotel, desenhado pela premiada e já desaparecida arquitecta Zaha Hadid – a primeira mulher a receber o Pritzker de Arquitectura –, está a dias de celebrar o seu 1º ano de actividade, depois de ter aberto as portas a 15 de Junho de 2018.

A exposição que está patente pelos diversos espaços da unidade hoteleira, pertencente ao complexo do City of Dreams, tem o seu ponto alto na galeria Art on 23, no 23º andar do edifício envidraçado. É lá que se encontra a grande estátua de KAWS, com a conhecida figura de Companion, a primeira personagem criada pelo jovem e famoso artista norte-americano de cultura pop. A este trabalho foi dado o nome “Good Intentions”, em que a simpática figura, inspirada nos cartoons, representa aqui a relação entre pais e filhos.

Esta é uma das peças de destaque, depois do sucesso das estátuas do artista e designer Brian Donnelly – que escolheu o nome KAWS nos seus tempos de graffiter – ter chegado aos grandes museus e galerias internacionais, como o MOMA, em Nova Iorque, ou a praça Museumplein, em Amesterdão. Personalidades do show biz americano, como o produtor musical Swizz Beatz ou o rapper Pharrell Williams, também têm as suas estátuas em casa.

No mesmo piso encontra-se ainda a instalação “Cabane Éclatée” (Exploded Hut) de Daniel Buren, o conceituado artista conceptual francês, conhecido por integrar elementos arquitecturais e grafismos coloridos nas suas intervenções. Tem uma vasta obra exposta em museus como o Guggenheim e o MOMA em Nova Iorque, o Palais Royal em Paris, o Templo do Céu em Pequim, a galeria contemporânea da Casa Hermès em Bruxelas ou a Fundação Louis Vuitton em Paris.

“A City of Dreams é proprietária de uma impressionante colecção de arte de mestres contemporâneos”, como informa na nota de divulgação, onde “cada peça foi seleccionada porque proporciona um encontro único com o público”. As obras estão dispersas pelo espaço do edifício, à excepção da que foi emprestada ao Museu de Arte de Macau, “Untitled” do pintor alemão Thilo Heinzmann.

Peças para descobrir

Assim, no Lobby VIP do Morpheus, está “Wild Pansy” do artista contemporâneo francês Jean-Michel Othoniel, uma peça em espiral que apresenta movimentos e metamorfoses, escultura característica da sua conhecida obra, exibida por exemplo no Centre Georges Pompidou, no MOMA ou nos jardins de Versailles.

As restantes colecções estão localizadas em diversos pontos, para serem descobertas com surpresa, o que justifica os “Encontros Inesperados” do título. “Continuel Lumiére Au Plafond” é a instalação imersiva, com múltiplos fragmentos espelhados em suspensão, do artista argentino Julio Le Pac, que se dedica desde sempre à arte cinética e à Op Art, fundador do Groupe de Recherche d’Art Visuel e autor de muitas obras premiadas.

“9 Seas”, do designer francês Mathieu Lehanneur, é uma homenagem às cores do oceano, com imagens recriadas em cerâmica a partir de fotografias de satélite de alta definição. “Sky”, do artista conceptual chinês Zhau Zhau, é um trabalho nos mesmos tons, desta vez sobre a percepção e memórias que o artista tem do azul do céu.

O traumático encontro com um urso polar deu o mote à obra “I’m Busy Today & Look At Me!”, de Paola Pivi, a artista multimédia italiana que vive e trabalha em Anchorage, no Alasca. A peça pretende transformar o medo em afecto, ao mesmo tempo que chama a atenção para a vulnerabilidade destes animais. E “Echoes Infinity”, da artista japonesa Shinji Ohmaki, conhecida pelas suas transformações do espaço, traz coloridas flores imaginárias, inspiradas na Árvore da Vida de Leonardo Da Vinci, que se repetem em padrões e criam uma floresta de fantasia.

As peças e instalações da colecção do City of Dreams vão continuar expostas no Morpheus, diariamente das 12h às 18h, até ao dia 31 de Outubro.

13 Jun 2019

Azulejos portugueses enfeitam Palácio Imperial chinês

[dropcap]N[/dropcap]um dos vários ‘siheyuan’ – a tradicional residência chinesa construída em torno de pátios espaçosos – do Antigo Palácio Imperial da China, dezenas de painéis de azulejos exibem nas próximas semanas o carácter “global” da história portuguesa.

“É uma plataforma que demonstra o entendimento entre os portugueses e todos os povos com quem estivemos em contacto”, resumiu Alexandre Pais, curador do Museu Nacional do Azulejo, à agência Lusa, em Pequim, sobre a exposição “O País Das Cidades Vidradas”.

Inaugurado na presença da ministra portuguesa da Cultura, Graça Fonseca, e do seu homólogo chinês, Luo Shugang, a exposição reúne várias épocas daquela manifestação plástica portuguesa – desde a herança do período islâmico à modernidade.

O espaço da exibição será igualmente simbólico para os anfitriões chineses: o museu da Cidade Proibida, complexo construído durante a dinastia Ming (1368-1644) e onde residiram 24 imperadores chineses, que se sucederam durante mais de 500 anos.

Outrora fechado aos cidadãos comuns, sendo a entrada punível com pena de morte, o antigo Palácio Imperial é agora a principal atracção turística da capital chinesa.

Braços abertos

Na manhã de ontem, e apesar de as temperaturas superarem os 30 graus e de a poluição desaconselhar actividades ao ar livre, milhares de turistas enchiam as vielas e pátios daquele complexo.

“Tentámos trazer peças que reflectissem não só a relação com a China, mas também a relação com a Índia, a Pérsia, o Islão, com os Países Baixos”, explicou Alexandre Pais.

O objectivo é “demonstrar que os portugueses têm uma predisposição global para os outros povos, outras culturas, e que isso é reflectido no azulejo”, acrescentou.
Ilustrações de cenas históricas da expansão marítima, peças religiosas e laicas, refletindo o quotidiano, mas também paisagens chinesas, com base em descrições e gravuras que outrora chegavam à Europa, mostram o azulejo como um “lugar de encontro de culturas”, descreveu Graça Fonseca.

“Este conjunto seleccionado do Museu Nacional do Azulejo permite contar a história desta arte que admiramos e estimamos, e muito nos honra partilhar com o público chinês esta expressão artística, que nos enriquece enquanto país e cultura”, afirmou a ministra.

A exposição insere-se nas celebrações do Festival de Cultura Portuguesa na China. Em declarações à agência Lusa, no início de uma visita oficial de três dias à China, Graça Fonseca lembrou que a cultura é uma das áreas estratégicas da cooperação entre Pequim e Lisboa.

A ministra portuguesa previu uma maior presença de agentes culturais portugueses no país asiático, a partir deste ano. “A ideia é integrar, cada vez mais, estruturas” da cultura portuguesa “naquilo que possam ser rotas programadas e calendarizadas na China”, apontou.

12 Jun 2019

Cinema | Violência Doméstica na Casa Garden

O VI Ciclo de Cinema CRED-DM é sobre a Violência Doméstica e apresenta um cartaz de 5 filmes durante 5 semanas. Começa na próxima quarta-feira e promete aprofundar a reflexão sobre este crime público, que pode acontecer em qualquer casa

 

[dropcap]A[/dropcap] Violência Doméstica é o tema que inspira o VI Ciclo de Cinema CRED-DM, a partir da próxima semana na Casa Garden, organizado pelo Centro de Reflexão, Estudo e Difusão do Direito de Macau, da Fundação Rui Cunha, em conjunto com a Fundação Oriente. Cinco filmes vão ser exibidos durante cinco semanas, de 19 de Junho a 17 de Julho, todas as quartas-feiras às 19h30.

“No mundo de hoje, a violência contra mulheres e crianças é uma das mais difundidas, persistentes e devastadoras violações dos direitos humanos, atravessando todas as gerações, nacionalidades, comunidades e esferas das nossas sociedades de uma forma, maioritariamente, silenciosa e dissimulada”, é o repto lançado pela nota de imprensa.

A coordenadora do Centro de Reflexão, Estudo e Difusão do Direito de Macau, Filipa Guadalupe, à frente deste projecto de divulgação através do cinema, explica que “entendemos este ano falar sobre a violência doméstica, por ser um crime que, a nível internacional, não tem vindo a diminuir, mas a aumentar. Por afectar qualquer pessoa e segmento da sociedade – não é só entre homens e mulheres, pode ser entre pais e filhos ou qualquer membro da família – é preciso chamar a atenção para ele, para as coacções e ameaças, e depois para todas as consequências físicas, psicológicas, sexuais, que pode provocar nas respectivas vítimas”.

Não é um crime circunscrito a uma só classe social, cultura, sexo ou religião, afecta todas. E por estar disseminada pela sociedade em geral como um crime silencioso – “quando se ouve falar dele, já se encontra muitas vezes numa fase irreversível” –, “nunca é demais aproveitarmos todas as oportunidades para falar sobre ele”.

Fitas premiadas

A selecção dos filmes foi feita pela equipa do CRED-DM, com base na premissa de mostrar bons argumentos sobre o tema em análise, menos conhecidos do público local, mas bem recebidos e premiados pela crítica especializada, oriundos de diversas partes do mundo. “Por ser um crime internacional, à escala mundial, a ideia foi tentar mostrar que o problema existe em todo o lado e é exactamente igual” acrescentou a responsável.

O cartaz é composto por “Tyrannosaur”, de Paddy Considine (GB, 2011) exibido a 19 de Junho, “Provoked”, de Jag Mundhra (GB, Índia, 2006) a 26 de Junho, “Precious”, de Lee Daniels (EUA, 2009) a 3 de Julho, “Te Doy Mis Ojos”, de Icíar Bollaín (Espanha, 2003) a 10 de Julho, e “Vidas Partidas”, de Marcos Schechtman (Brasil, 2016) a 17 de Julho.

“Tyrannosaur” contra a história de um homem violento, com crises de raiva que o atormentam, que encontra uma chance de redenção através de uma mulher que trabalha numa loja de caridade. Mas há segredos que vão ter consequências devastadoras para ambos. Com as elogiadas interpretações de Peter Mullan e Olivia Colman – a actual detentora do Óscar de Melhor Actriz, pelo filme The Favourite (2018) de Yorgos Lanthimos – , a película venceu um BAFTA, dois British Independent Film Awards, dois prémios no Sundance Film Festival, entre vários outros galardões.

“Provoked: A True Story” é baseado na história verídica de uma mulher Punjabi, que se mudou para Londres após o casamento com um homem, inicialmente atencioso, mas que se revela um brutal agressor. Após dez anos de casamento, ela incendeia-o enquanto dorme, vindo a ser acusada de homicídio premeditado. Com os conhecidos actores Aishwarya Rai Bachchan, Naveen Andrews e Miranda Richardson.

“Precious” é talvez o filme mais visto de todos, depois de ter sido nomeado para diversas categorias nos Óscares de 2010, onde ganhou duas estatuetas (Melhor Actriz Secundária e Melhor Argumento Adaptado), um Globo de Ouro, um prémio BAFTA e um SAG (Screen Actors Guild Awards). Conta a história de uma adolescente de 16 anos, a Precious, iletrada, com problemas de peso e grávida do segundo filho, concebido pelo seu próprio pai, em repetidas violações, com a anuência da mãe. Com Gabourey Sidibe, Mo’Nique e Paula Patton.

“Te Doy Mis Ojos” é um filme trágico, baseado numa história real, que lida com a compreensão da violência como algo mais do que apenas um olho negro. É através da dinâmica do casal, do abuso continuado, do controlo emocional, do exercício do poder, que o filme se desenvolve, focando a dificuldade de quebrar os ciclos e de enfrentar as retaliações. Com Laia Marull, Luis Tosar e Candela Peña, o filme ganhou dezenas de prémios em Espanha e na América Latina, levando para casa sete Goyas em 2004.

“Vidas Privadas” é uma história brasileira, passada no seio de uma classe social alta. Graça e Raul apaixonam-se perdidamente, casam-se e tornam-se pais de duas meninas. Até ao dia em que ela avança na carreira e ele fica desempregado, tornando-se mais agressivo e violento. Qual é o momento em que o amor enlouquece e se torna perverso, é uma das perguntas que o realizador tenta responder, num país onde a violência doméstica continua a somar números assustadores.

Com as interpretações de Naura Schneider e Domingos Montagner, esta é a película mais recente em cartaz.

As sessões de cinema na Casa Garden serão precedidas de um cocktail às 19h00 e, após o visionamento, haverá uma pequena conversa informal sobre o tema. A entrada é gratuita e existe estacionamento no local.

12 Jun 2019

Catedral de Notre-Dame vai realizar primeira missa no fim de semana

[dropcap]A[/dropcap] Catedral de Notre-Dame de Paris vai reabrir pela primeira vez ao público no próximo fim de semana para a realização de uma missa que servirá para assinalar a data da dedicação do templo, afectado por um incêndio devastador em Abril.

A notícia foi avançada pela revista católica Famille Chrétienne, e confirmada hoje pelo bispo e reitor da catedral, Patrick Chauvet, de acordo com o jornal Público. Dois meses passados sobre o incêndio que destruiu a cobertura e parte do seu interior, a 15 de Abril, a catedral será preparada para, no fim de semana, assinalar, com a missa, a data da dedicação da catedral, que tradicionalmente é evocada no dia 16 de Junho.

“Esta data é simbólica. Será a festa da dedicação da catedral, da consagração do altar. É muito importante poder mostrar ao mundo que o papel da catedral é ser uma montra da glória de Deus. Celebrar a Eucaristia nesse dia, ainda que num grupo reduzido, será um sinal dessa glória e dessa graça”, disse Patrick Chauvet à Famille Chrétienne.

A missa irá realizar-se numa capela do fundo da catedral que não foi afectada pelo incêndio, mas os participantes, num número reduzido, terão de usar capacetes como medida de protecção.

Os responsáveis pela catedral de Notre-Dame esperam que, ainda esta semana, seja também aberta ao público parte do pátio fronteiro ao monumento, permitindo a aproximação dos parisienses e dos turistas.

No entanto, a decisão final caberá às autoridades civis, e nomeadamente ao general Jean-Louis Georgelin, que o Presidente francês, Emmanuel Macron, incumbiu de dirigir as obras de restauro.

Ainda segundo aquela revista católica citada pelo Público, o reitor de Notre-Dame anunciou o projecto de construção de um pequeno “santuário mariano”, com uma réplica da Virgem do Pilar de Notre-Dame, onde os católicos possam cumprir os seus votos durante os anos em que o monumento irá estar em obras de restauro.

“É importante que os católicos tenham um lugar físico para realizar as suas orações. Mostra que, mesmo que a Notre-Dame esteja em obras de reconstrução, ela está aberta, e isso manterá a ligação entre os fiéis e a Igreja”, disse Patrick Chauvet.

A catedral, um dos monumentos mais visitados em Paris, considerada uma jóia da arquitectura gótica da cidade, tem o início da construção datado de 1163, e o começo da função religiosa em 1182.

O seu interior foi devastado pelo incêndio de 15 de Abril, mas, segundo as autoridades, os vitrais foram salvos, mas ainda está a ser feito um levantamento exaustivo dos danos aos quadros e aos órgãos.

O Governo indicou, na altura, que as relíquias do tesouro, nomeadamente a coroa de espinhos que os cristãos acreditam ter sido usada por Jesus Cristo na crucificação, e a túnica de São Luís, foram resgatadas.

Em Maio, no parlamento francês, o ministro da Cultura, Franck Riester, disse que a reconstrução das partes destruídas da catedral de Notre-Dame, não será feita “apressadamente”.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, fixou um prazo de cinco anos para concluir a recuperação da catedral, período considerado admissível, de acordo com diversos peritos, mas demasiado curto segundo outros, em particular devido ao atraso nas avaliações globais.

11 Jun 2019