Hoje Macau China / ÁsiaFilipinas | Sara Duterte acusada de ser mentora” de plano para assassinar Presidente O Ministério de Justiça das Filipinas acusou ontem a vice-presidente do país, Sara Duterte, é a “mentora” de uma conspiração para assassinar o Presidente filipino, dando-lhe cinco dias para responder a uma intimação. Sara Duterte foi intimada a explicar-se após uma conferência de imprensa neste fim de semana, na qual disse ter ordenado que o Presidente filipino, Ferdinand Marcos, fosse morto se ela própria fosse assassinada. “O Governo está a tomar medidas para proteger o nosso Presidente legalmente eleito”, assegurou ontem o Secretário-Adjunto da Justiça, Jesse Andres, durante uma conferência de imprensa. “A conspiração premeditada para assassinar o Presidente, tal como foi anunciada pela autora intelectual, como a própria admitiu, terá agora consequências jurídicas”, disse Andres. Em declarações à imprensa uma hora depois, Duterte disse que pretendia responder à intimação. “Terei todo o prazer em responder às perguntas que quiserem fazer, mas também devem responder às minhas perguntas”, disse Sara Duterte. No seu primeiro comentário público sobre o caso, o Presidente Marcos prometeu “defender-se” contra uma ameaça que classificou de “perturbadora”. Sara Duterte, que poderá ser alvo de um processo de destituição, declarou no sábado, durante uma conferência de imprensa repleta de insultos, que foi alvo de ameaças de assassínio e que ordenou a um membro da sua equipa de segurança que matasse o Presidente se este plano tivesse sucesso. Além do Presidente Marcos, pediu que, no caso “de morrer”, a primeira-dama Liza Araneta-Marcos e o primo do Presidente, Martin Romualdez, presidente da Câmara dos Deputados, também fossem assassinados. “A vice-presidente não está imune a processos. Pode ser alvo de qualquer investigação criminal ou administrativa”, disse Jesse Andres, acrescentando que a intimação estava a ser emitida. O responsável declarou que estava em curso uma caça ao homem para encontrar o alegado assassino contratado por Sara Duterte.
Hoje Macau China / ÁsiaGaza | 130 mil crianças sem alimentos e medicamentos Cerca de 130 mil crianças palestinianas com menos de dez anos têm falta de comida e de medicamentos devido à nova ofensiva militar israelita no norte de Gaza, declarou ontem a organização não-governamental Save the Children. A ONG sublinhou que as crianças estão retidas há 50 dias em zonas no norte do enclave que são praticamente inacessíveis ao pessoal humanitário. As crianças não estão a receber alimentos ou medicamentos apesar dos avisos de várias instituições sobre a fome no enclave palestiniano, quando Israel é reiteradamente acusado de criar restrições à entrega de ajuda humanitária em Gaza. A ONG afirmou que as crianças palestinianas que vivem nestas áreas estão quase totalmente privadas de alimentos, água e medicamentos desde 6 de Outubro, quando Israel declarou a área encerrada diante de uma nova ofensiva terrestre, o que levou Comité de Revisão da Fome a afirmar que a fome é iminente ou já está a ocorrer. A organização Save the Children especificou que não consegue entrar no norte de Gaza há mais de sete semanas para entregar pacotes de alimentos a 5.000 famílias, juntamente com 725 ‘kits’ de higiene e outros suprimentos de ajuda humanitária. Anteriormente, tinha conseguido intervir através de parceiros locais para distribuir ajuda a cerca de 15.000 crianças. A estas crianças, soma-se cerca de outras 10.000 que vivem em Jabalia, Beit Lahia e Beit Hanun, que não receberam a segunda dose da vacina contra a poliomielite durante a recente campanha de vacinação. “A ajuda humanitária atingiu o fundo do poço e a terrível situação no norte de Gaza é a ponta de um terrível icebergue”, explicou Stoner. Stoner apelou ao “acesso humanitário seguro e imediato” para que “os alimentos, a água, os suprimentos de Inverno e a assistência médica cheguem às pessoas presas na área”.
Hoje Macau China / ÁsiaIntercâmbios interpessoais China-EUA devem promover laços bilaterais Figuras de vários sectores da China e dos Estados Unidos reuniram-se em Pequim pedindo mais intercâmbios entre os dois povos face às a complexidades e incertezas dos laços bilaterais. Os convidados do Diálogo Popular EUA-China acreditam que os intercâmbios entre pessoas em setores como o académico, comércio, cultura e desporto, entre outros, podem servir como uma ponte entre chineses e americanos e como uma base para o desenvolvimento saudável de futuras relações bilaterais, relata a Xinhua. O evento, que ocorreu entre a última quarta-feira e sábado, foi co-organizado pelo Centro de Segurança e Estratégia Internacional (CISS, em inglês) da Universidade Tsinghua e pelo Comité Nacional de Relações EUA-China (NCUSCR). Da Wei, director do CISS, disse que os dois povos, compartilhando certas crenças e interesses comuns, ao mesmo tempo em que têm diferenças significativas, podem aumentar a compreensão mútua e construir confiança e amizade através de intercâmbios. “Às vezes temos ideias, políticas e interesses diferentes, mas precisamos nos entender”, disse Da, citado pela Xinhua. “Esse é o cerne dos intercâmbios entre pessoas.” Do outro lado Stephen Orlins, presidente do NCUSCR, elogiou o relacionamento entre as pessoas como a base das relações EUA-China. Lembrando o papel do comité na Diplomacia do Ping-Pong há mais de meio século e como isso “alterou fundamentalmente” as percepções chinesas e americanas um do outro, Orlins pediu esforços para fortalecer as relações interpessoais que foram construídas ao longo das décadas. No fortalecimento das relações, os intervenientes concentraram-se nos intercâmbios entre os jovens, na esperança de nutrir uma nova geração de futuros líderes com conhecimento correcto do outro país. Reconhecendo a iniciativa chinesa de convidar 50.000 jovens americanos para visitar e estudar na China, os representantes das universidades pediram mais esforços administrativos para facilitar o intercâmbio de estudantes, como procedimentos simplificados de visto.
Hoje Macau China / ÁsiaMNE | China considera UE “parceiro, não rival” Aproveitando a visita do vice-primeiro-ministro luxemburguês a Pequim, Wang Yi reforçou a ideia de que a China e a União Europeia são sobretudo parceiros e não adversários e devem lutar juntos contra o proteccionismo e o unilateralismo O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, afirmou ontem em Pequim que a China e a União Europeia (UE) “são parceiros e não adversários” e apelou a Bruxelas para que mantenha a sua “independência estratégica”. “A China e a UE são parceiros, não adversários. Perante o crescente unilateralismo e proteccionismo, esperamos que a UE se mantenha fiel à sua aspiração original e assegure a sua independência estratégica”, afirmou ontem Wang, durante uma reunião com o vice-primeiro-ministro luxemburguês Xavier Bettel, que está de visita ao país asiático até 29 de Novembro. Wang afirmou que a China está “disposta a envidar esforços conjuntos” com o Luxemburgo para promover “o desenvolvimento sustentado e sólido das relações China-UE”, informou a diplomacia chinesa, em comunicado. O diplomata salientou ainda que “na atual situação de mudanças e caos entrelaçados”, a cooperação com aquele país tem sido “uma história de sucesso”, que demonstra “a importância do diálogo para evitar o confronto”. “Demonstra também a importância da abertura e da conectividade, que é a forma correta de promover o desenvolvimento comum e de responder aos desafios globais”, afirmou. Bettel afirmou, de acordo com o comunicado, que o Luxemburgo é “uma porta de entrada para a cooperação entre a China e a Europa”, embora tenha dito esperar que o país asiático “desempenhe um papel mais importante na paz e estabilidade globais”. Curto-circuitos As relações entre a China e a UE foram abaladas pela decisão de Bruxelas de impor taxas alfandegárias punitivas até 35,3 por cento sobre as importações de veículos eléctricos provenientes da China. Após nove meses de investigação, Bruxelas aumentou as taxas devido ao apoio do Estado chinês às empresas que fabricam automóveis eléctricos. Em resposta, a China lançou investigações ‘antidumping’ sobre produtos como os laticínios e a carne de porco provenientes da UE, no que é visto como uma resposta aos atritos comerciais com o bloco comunitário. Além disso, impôs taxas ‘antidumping’ provisórios sobre o brandy da UE e processou Bruxelas no mecanismo de resolução de litígios da Organização Mundial do Comércio (OMC) devido às taxas impostas sobre veículos eléctricos oriundos da China. O ‘dumping’ é a prática de venda de bens a preço abaixo do custo de produção.
Hoje Macau China / ÁsiaAmeaça de morte contra Presidente das Filipinas é questão de segurança nacional As autoridades filipinas descreveram ontem uma alegada ameaça de morte feita pela vice-presidente Sara Duterte contra o Presidente Ferdinand Marcos Jr. como uma questão de segurança nacional. O conselheiro para a segurança nacional, Eduardo Año, afirmou num comunicado que o seu departamento está a trabalhar com as forças de segurança e as agências de informação para investigar a ameaça e os responsáveis. “Envidaremos todos os esforços para defender as nossas instituições e processos democráticos que o Presidente representa”, afirmou Año, citado pela agência espanhola EFE. Segundo o canal filipino ABS-CBN, Duterte anunciou na sexta-feira à noite que tinha contratado um assassino para matar Marcos Jr., a mulher Liza Araneta, e o presidente da Câmara dos Representantes, Martin Romualdez, se ela própria fosse morta. “Disse-lhe que, se me matassem, ele devia matar o BBM [Marcos], a Liza Araneta e o Martin Romualdez. Não é uma brincadeira”, afirmou Duterte, durante uma conferência de imprensa pela Internet. BBM são as iniciais de Bongbong Marcos, o nome por que muitos filipinos identificam o Presidente, filho do ditador Ferdinand Marcos, que governou o arquipélago do sudeste asiático entre 1965 e 1986. Na sequência das declarações, a equipa de segurança do Presidente afirmou no sábado que tinha reforçado os protocolos de segurança para proteger o Chefe de Estado e a sua comitiva. “Qualquer ameaça contra a vida do Presidente e da sua família, independentemente da origem e especialmente se for feita de forma tão flagrante em público, é tratada com a maior seriedade”, afirmou o Comando de Segurança Presidencial num comunicado. Tal pai, tal filha Marcos Jr. concorreu com Duterte como candidata para a vice-presidência nas eleições de Maio de 2022, e ambos obtiveram vitórias esmagadoras com base numa campanha de unidade nacional. Devido a divergências, romperam relações este ano e a vice-presidente demitiu-se em Junho do cargo de secretária da Educação, abandonando o Governo. No entanto, continua a ser vice-presidente porque este cargo é eleito separadamente do de Presidente nas Filipinas. Em Outubro, Duterte acusou Marcos Jr. de incompetência e disse que tinha imaginado cortar-lhe a cabeça depois de ter descoberto que a sua relação era tóxica. Sara Duterte é filha do antigo presidente Rodrigo Duterte, que também teve inicialmente uma boa relação política com Marcos, mas que se desentendeu no final do mandato. Tal como o pai, a vice-presidente tornou-se uma crítica acérrima de Marcos, da mulher e de Martin Romualdez, aliado e primo em segundo grau do Presidente. A vice-presidente acusa-os de corrupção, incompetência e perseguição política da família Duterte e dos apoiantes mais próximos.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan / Congresso | Kuomintang reivindica as raízes chinesas O Partido Nacionalista Chinês [Kuomintang/KMT], principal partido da oposição taiwanesa, reivindicou ontem as raízes chinesas da ilha, governada autonomamente desde 1949. Durante o congresso nacional do partido, que coincidiu com o 130.º aniversário da sua fundação, o presidente do KMT, Eric Chu, destacou o compromisso da formação azul na defesa da República da China [nome oficial de Taiwan] e com a manutenção da “democracia” e da “liberdade”. Num discurso divulgado pela agência de notícias estatal CNA, Chu insistiu que a República da China tem a sua “raiz” e “fundamento” na nação e na cultura chinesas, apelando que “as forças de independência de Taiwan” não “prejudiquem ou destruam a República da China”. Chu, antigo vice-primeiro-ministro (2009-2010) e antigo presidente da Câmara de Nova Taipé (2010-2018), enfatizou ainda que o KMT continuará a aprofundar o “desenvolvimento democrático” de Taiwan e a lutar contra o que definiu como a “hegemonia verde”, em referência às cores distintivas do Partido Democrático Progressista (PDP), no poder desde 2016. O Congresso do KMT, organizado no Centro de Convenções e Exposições de Taoyuan (norte), contou com a presença dos principais membros do partido, incluindo o ex-líder taiwanês Ma Ying-jeou (2008-2016), que reiterou as suas críticas ao actual responsável, o soberanista William Lai, por promover a chamada “teoria dos dois Estados”, que definiu como “desnecessária, inviável e irrealista”. O antigo líder da ilha, protagonista durante o seu mandato da maior aproximação entre Taipé e Pequim desde o fim da guerra civil chinesa em 1949, apelou ao KMT para aderir ao “Consenso de 1992”, um alegado acordo tácito entre o KMT e o Partido Comunista Chinês, que reconheceu a existência de “uma China” no mundo, embora os lados discordassem sobre o significado deste termo.
Hoje Macau China / ÁsiaMédio Oriente | Pequim apoia justiça após mandado contra Netanyahu A China disse na sexta-feira “apoiar todos os esforços para alcançar a justiça” na questão palestiniana e pediu uma “posição objectiva” ao Tribunal Penal Internacional (TPI), que emitiu um mandado de captura contra o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu. “A China espera que o TPI mantenha uma posição objectiva e justa (e) exerça os seus poderes em conformidade com a lei”, disse Lin Jian, porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros, numa conferência de imprensa. Lin acrescentou que a China “apoia todos os esforços da comunidade internacional sobre a questão palestiniana que contribuam para alcançar a justiça”. “O actual conflito em Gaza continua a arrastar-se e a crise humanitária não tem precedentes”, afirmou o porta-voz. Disse ainda que a China espera que o TPI “aplique o Estatuto de Roma e o direito internacional geral de forma abrangente e de boa-fé”. “A China sempre se colocou do lado da justiça e do direito internacional, opôs-se a todas as violações do direito internacional, incluindo o direito humanitário, e condenou todos os danos causados a civis e ataques a instalações civis”, acrescentou o porta-voz. Para além de Netanyahu, o TPI emitiu um mandado de captura contra o antigo ministro da Defesa israelita Yoav Gallant e o comandante do Hamas Mohammed Diab Ibrahim Al-Masri por alegados crimes contra a humanidade e crimes de guerra cometidos em Israel e na Palestina. O país asiático reiterou em várias ocasiões o seu apoio à “solução dos dois Estados”, manifestando a sua “consternação” perante ataques israelitas contra civis em Gaza, e os seus funcionários realizaram múltiplas reuniões com representantes de países árabes e muçulmanos para reafirmar esta posição ou para tentar fazer avançar as negociações de paz.
Hoje Macau China / ÁsiaComércio | China melhor preparada para retaliar contra Trump Pequim está melhor preparada a nível de legislação para retaliar contra sanções e outras medidas punitivas, afirmou ontem um investigador português, face à previsível intensificação da guerra comercial com Washington, após a eleição de Donald Trump. Rosendo Guimarães da Costa, candidato a doutoramento em Direito internacional pela Universidade de Ciência Política e Direito da China, destacou à agência Lusa a promulgação, nos últimos anos, de legislação abrangente, incluindo a Lei Antimonopólio e a Lei Contra Sanções Estrangeiras, que permite a Pequim adoptar contramedidas extraterritoriais contra uma “vasta gama de intervenientes”. “Os próprios Estados Unidos ou a Europa têm este tipo de mecanismo, no que é chamado o ‘efeito de Bruxelas’”, explicou o português, radicado em Pequim há mais de dez anos. A China foi apanhada desprevenida durante o primeiro mandato de Donald Trump, que lançou uma intensa guerra comercial e tecnológica contra o país asiático, que incluiu a imposição de taxas alfandegárias punitivas sobre milhares de milhões de dólares de importações oriundas da China, sanções contra empresas – chave chinesas, como a Huawei, e controlos mais apertados sobre o investimento e acesso por entidades chinesas a alta tecnologia produzida nos EUA. Nos últimos oito anos, no entanto, o país asiático introduziu novas leis que lhe permitem colocar empresas estrangeiras numa lista negra, impor as suas próprias sanções e cortar o acesso a cadeias de abastecimento cruciais. O investigador português destacou a aplicação extraterritorial desta nova legislação, exemplificando com a Lei Antimonopólio, que permite punir uma empresa que não esteja sediada na China, desde que tenha qualquer tipo de relação comercial no país asiático, a Lei da Segurança Nacional de Hong Kong, que pode ser aplicada sobre não residentes na região semiautónoma, ou a Lei da Cibersegurança, que prevê também a punição de entidades que não estejam na China. “A China tem actualmente instrumentos muito fortes, como a Lei Antimonopólio, que foi revista e que pode ser aplicada como arma de arremesso para efeitos proteccionistas”, frisou. “A lista negativa, criada pelo ministério do Comércio chinês, pode também proibir, restringir e limitar o acesso das empresas estrangeiras ao mercado chinês”, explicou. Recado deixado Nos últimos meses, Pequim fez já alguns avisos, incluindo proibir as empresas chinesas de fornecer componentes críticos à Skydio, a maior fabricante de “drones” dos EUA e fornecedora das Forças Armadas ucranianas. Pequim também ameaçou incluir a PVH, cujas marcas incluem Calvin Klein e Tommy Hilfiger, na sua “lista de entidades não confiáveis”, uma medida que pode cortar o acesso da empresa de moda ao enorme mercado chinês. Trump prometeu impor taxas de 60 por cento sobre as importações oriundas da China, o que teria um impacto no crescimento da segunda maior economia do mundo de até dois pontos percentuais, segundo analistas.
Hoje Macau China / ÁsiaHeilongjiang | Autoridades procuram tigre siberiano que atacou agricultor As autoridades chinesas estão a tentar localizar um tigre siberiano que atacou recentemente um agricultor na vila de Boli, na província de Heilongjiang, no nordeste da China. O felino mordeu gravemente a mão esquerda do homem, que evitou a amputação após várias horas de cirurgia, informou ontem o jornal de Hong Kong South China Morning Post. O incidente ocorreu na segunda-feira perto da aldeia de Changtai, onde um vídeo viral mostrou o tigre em frente a uma residência, momentos antes de um vizinho conseguir fechar o portão de ferro para evitar outro ataque. Os peritos confirmaram à imprensa local que se trata de um tigre siberiano e as autoridades locais avisaram os residentes para “evitarem as zonas montanhosas” e “saírem em grupos”, enquanto são feitos esforços para localizar o animal. Desde terça-feira que a Administração das Florestas e Pastagens de Heilongjiang reforçou as medidas de segurança e afirmou que a presença de tigres deste tipo na região não é comum. Investigadores do Instituto de Zoologia da Academia Chinesa de Ciências sugerem que o animal pode ter atravessado a fronteira a partir da Rússia, a cerca de 100 quilómetros de distância. O tigre siberiano, a maior subespécie de tigre, está protegido na China, onde os esforços de conservação aumentaram a sua população. O Parque Nacional do Nordeste da China, criado em 2021, alberga cerca de 70 tigres, e as vítimas de ataques podem apresentar pedidos de indemnização em caso de confirmação de tais incidentes. Em Abril de 2021, as autoridades capturaram um tigre siberiano selvagem que tinha mordido um aldeão e, após um exame veterinário, libertaram-no numa floresta densa.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Prometidas medidas para prevenir agressões indiscriminadas O ministro da Segurança Pública da China, Wang Xiaohong, pediu “mais medidas preventivas” para “manter a estabilidade social” após os últimos ataques indiscriminados registados no gigante asiático, foi ontem noticiado. “Devemos tomar medidas práticas para prevenir e controlar as fontes de risco. Para o fazer, devemos investigar minuciosamente cada caso e resolver os conflitos e disputas das pessoas antes que seja tarde demais”, disse Wang, citado pelo Diário do Povo. De acordo com o jornal oficial do Partido Comunista Chinês, o ministro realçou, durante uma deslocação à província de Liaoning (nordeste), que as autoridades devem “reforçar as tarefas de prevenção” para “garantir a segurança da população e manter a estabilidade social”. “Temos de resolver os problemas das pessoas com precisão. E à medida que o final do ano se aproxima, devemos também reforçar a fiscalização da segurança nos transportes rodoviários e nos grandes eventos”, acrescentou Wang. Na terça-feira, o Ministério Público da China prometeu “punições severas, rigorosas e rápidas” para aqueles que cometessem “crimes hediondos” após uma recente vaga de ataques. A procuradoria afirmou, em comunicado divulgado após uma reunião de trabalho, que irá implementar “uma abordagem de tolerância zero para crimes dirigidos contra alunos ou que comprometam a segurança escolar”. A reunião sublinhou “a importância de processar tais casos de forma decisiva e rápida para alcançar um poderoso efeito dissuasor”. Contas preocupam A polícia da cidade chinesa de Changde, na província central de Hunan, deteve na terça-feira um homem de 39 anos acusado de atropelar vários peões em frente a uma escola. As autoridades locais afirmaram que as vítimas, cujo número não foi divulgado e que foram levadas para o hospital, não apresentavam ferimentos que pusessem em risco a sua vida. No último ano, multiplicaram-se no país asiático os ataques indiscriminados contra transeuntes. Na semana passada, um homem conduziu um automóvel contra um grupo de pessoas à porta de um centro desportivo em Zhuhai, provocando pelo menos 35 mortos e 43 feridos. Em Fevereiro, um homem matou pelo menos 21 pessoas na província oriental de Shandong com uma faca e uma pistola. Em Julho, um automobilista de 55 anos atropelou uma multidão em Changsha (centro da China), matando oito pessoas, na sequência de um litígio sobre propriedade. Em Outubro, um homem de cerca de 50 anos esfaqueou cinco pessoas à porta de uma escola em Pequim, incluindo três crianças. Os motivos são muitas vezes pouco claros ou não são tornados públicos, mas a imprensa local classifica frequentemente estes episódios como “vingança contra a sociedade”, ou seja, ataques em que o agressor actua contra pessoas inocentes por frustração devido a disputas legais, sentimentais ou comerciais.
Hoje Macau China / Ásia Iluminação ArtificialPresidente do órgão legislativo máximo da China de visita a Portugal O presidente do órgão legislativo máximo da China e oficialmente segunda figura do regime chinês, Zhao Leji, iniciou ontem em Portugal um périplo de nove dias pelo sul da Europa, que inclui ainda deslocações a Espanha e Grécia. Segundo um comunicado difundido pela Assembleia Popular Nacional (APN) da China, Zhao visita Portugal a convite de Aguiar Branco, o presidente da Assembleia da República. O responsável chinês tem também previsto encontros com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, Luís Montenegro. Constitucionalmente, a Assembleia Popular Nacional é o “supremo órgão do poder de Estado na China” e o seu plenário anual decorre todos os anos, em Março, durante dez dias, no Grande Palácio do Povo, em Pequim. Zhao Leji é oficialmente o número dois da hierarquia chinesa, a seguir ao secretário-geral do Partido Comunista e Presidente, Xi Jinping. O primeiro-ministro, Li Qiang, é o número três. Os cerca de 3.000 delegados que compõem a APN, entre os quais uma representação das Forças Armadas, não são, porém, eleitos por sufrágio directo, e o “papel dirigente” do Partido Comunista Chinês (PCC) permanece como “um princípio cardial”. Entre os delegados está a elite política, líderes empresariais, tecnológicos, mediáticos e artísticos do país asiático. Aos delegados cabe aprovar novas leis, nomeações políticas e relatórios de trabalho do governo que detalham o progresso de vários departamentos e ministérios. Os responsáveis também votam o orçamento para a Defesa ou a meta de crescimento económico, durante a sessão plenária, em Março. Mas os analistas consideram que a função da APN é sobretudo aprovar formalmente decisões feitas anteriormente pela elite do Partido Comunista e que o debate aberto é escasso. A subir A China tornou-se, na última década, o quarto maior investidor directo estrangeiro em Portugal. Empresas chinesas, estatais e privadas, detêm uma posição global avaliada em 11,2 mil milhões de euros na economia portuguesa, segundo o Banco de Portugal (BdP). Os investimentos abrangem as áreas da energia, banca, seguros ou saúde. Em 2018, os dois países assinaram um memorando de entendimento sobre a iniciativa “Faixa e Rota”, um megaprojecto de infraestruturas lançado por Pequim que visa expandir a sua influência global através da construção de portos, linhas ferroviárias ou autoestradas.
Hoje Macau China / ÁsiaBrasil | Lula e Xi defendem paz na Ucrânia e o reconhecimento de um Estado palestiniano Após a participação na cimeira do G20 no Rio de Janeiro, os dois presidentes reuniram em Brasília para analisar a crise internacional e aprofundar as relações entre as duas nações O Presidente do Brasil, Lula da Silva, e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, renovaram quarta-feira em Brasília os apelos para o fim da guerra na Ucrânia e para a criação de um Estado palestiniano no Médio Oriente. Lula da Silva recebeu quarta-feira na capital brasileira, com honras de Estado, o Presidente chinês, Xi Jinping, com quem debateu uma extensa agenda bilateral e o panorama global após a sua participação na cimeira do G20 (grupo das 20 maiores e emergentes economias do mundo), que decorreu esta semana no Rio de Janeiro. Em declarações aos jornalistas, Xi Jinping afirmou, ao lado do Presidente brasileiro, que “o mundo está longe de ser um lugar pacífico”. “Só quando abraçarmos as questões de segurança comum, abrangente, cooperativa e sustentável é que trilharemos um caminho de segurança universal”, frisou o líder chinês. Sobre o conflito na Ucrânia, o Presidente chinês disse já ter enfatizado várias vezes que não existe uma solução simples para um assunto complexo. “China e Brasil emitiram os entendimentos comuns sobre uma resolução política para a crise na Ucrânia e criaram o Grupo de Amigos da Paz sobre a crise na Ucrânia junto com os outros países do Sul global. Devemos reunir mais vozes que defendem a paz e procurem viabilizar uma solução política da crise na Ucrânia”, declarou Xi Jinping. Por sua vez, Lula da Silva destacou que num “mundo assolado por conflitos armados e tensões geopolíticas, China e Brasil colocam a paz, a diplomacia e o diálogo em primeiro lugar”. O Presidente brasileiro sustentou também que o mundo “nunca vencerá a fome no meio de guerras”. Xi Jinping falou ainda no conflito em curso na Faixa de Gaza, avaliando que a situação humanitária naquela região continua a deteriorar-se e que “os efeitos de contágio” estão a ampliar-se e que a segurança regional está “gravemente afectada”. “Estamos profundamente preocupados e a comunidade internacional tem de ter um maior empenho. Para resolver a crise actual é preciso focar na Palestina, que é a causa de raiz [do conflito]”, disse o líder chinês. “Apelamos para um cessar-fogo imediato, assistência humanitária garantida, e a implementação da solução de dois Estados [Palestina e Israel] e esforços incessantes para uma solução abrangente, justa e duradoura na questão palestiniana”, acrescentou. Cooperação económica Lula da Silva e Xi Jinping também expressaram o desejo de aprofundar o diálogo entre a China e o Mercado Comum do Sul (Mercosul), bloco económico fundado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai e que deverá ser composto também pela Bolívia, que está em processo final de adesão. “Trabalharemos juntos para continuar o diálogo entre o Mercosul e a China”, disse o Presidente brasileiro. A possibilidade de uma negociação comercial entre a China e o Mercosul está a ser discutida há algum tempo e é vista como uma possível alternativa a um eventual fracasso do acordo que o Mercosul vem procurando, sem sucesso, com a União Europeia (UE) nos últimos 25 anos. Xi Jinping declarou, por sua vez, que a China gostaria de trabalhar com o Brasil e com os demais países da América Latina e Caraíbas para elevar a novos patamares a cooperação entre a China e a região.
Hoje Macau China / ÁsiaASEAN | Lloyd Austin lamenta nega de homólogo chinês a reunião bilateral O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, lamentou ontem que o homólogo chinês tenha optado por não dialogar com ele durante as reuniões entre chefes da Defesa do sudeste asiático no Laos. A Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) está a realizar conversações sobre segurança em Vienciana, numa altura em que enfrentam disputas marítimas com a China e a dois meses da transição de poder nos EUA. A decisão do ministro chinês da Defesa, Dong Jun, “é um revés para toda a região”, disse Austin, após o primeiro dia de encontros. “É lamentável. Afecta a região porque a região quer realmente que nós, dois actores importantes, duas potências importantes, falemos um com o outro, e isso tranquiliza todos”, afirmou. A China não fez qualquer comentário imediato sobre a decisão de não reunir com Austin. O responsável pelo Pentágono chegou ao Laos após reuniões na Austrália com funcionários do país e com o ministro da Defesa do Japão. Os dirigentes comprometeram-se a apoiar a ASEAN e expressaram “séria preocupação com as ações desestabilizadoras nos mares do Leste e do Sul da China, incluindo a conduta perigosa da República Popular da China contra embarcações das Filipinas e de outros Estados costeiros”, segundo um comunicado. Para além dos Estados Unidos e da China, também o Japão, a Coreia do Sul, a Índia e a Austrália são outros países de fora do sudeste asiático que estão a participar nas reuniões de dois dias da ASEAN. As Filipinas, o Vietname, a Malásia e o Brunei, membros da ASEAN, têm reivindicações territoriais sobrepostas com a China no mar do Sul da China, cuja soberania Pequim reivindica quase na totalidade. A Indonésia, a Tailândia, Singapura, Myanmar (antiga Birmânia), o Camboja e o Laos são os outros membros da ASEAN. Maré baixa À medida que a China se tornou mais assertiva na defesa das suas reivindicações territoriais nos últimos anos, os membros da ASEAN e Pequim têm vindo a negociar um código de conduta para reger o comportamento no mar, mas o progresso tem sido lento. As autoridades concordaram em tentar concluir o código até 2026, mas as conversações têm sido dificultadas por desacordos sobre se o pacto deve ser vinculativo. O Presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos Jr., que apelou a uma maior urgência nas negociações do código de conduta, queixou-se numa reunião de líderes da ASEAN, em Outubro, que o país “continua a ser alvo de assédio e intimidação” pela China, que, segundo ele, violam o direito internacional. Em Outubro, o Vietname acusou as forças chinesas de terem agredido pescadores vietnamitas em zonas disputadas no mar do Sul da China. A China também enviou navios de patrulha para áreas que a Indonésia e a Malásia reivindicam como parte das suas zonas económicas exclusivas. Não é claro como a próxima administração do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, abordará a situação do mar do Sul da China.
Hoje Macau China / ÁsiaMinistros dos países do sudeste asiático reunidos no Laos Os chefes da defesa dos países do sudeste asiático iniciaram ontem uma reunião de dois dias no Laos, numa altura de tensões marítimas na região e de escalada da guerra na Ucrânia e no Médio Oriente. O encontro entre os ministros da Defesa da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), que inclui o Myanmar, Brunei, Camboja, Indonésia, Laos, Malásia, Filipinas, Tailândia, Singapura e Vietname, deve contar com a presença dos seus homólogos norte-americanos e chineses Lloyd Austin e Dong Jun, respectivamente. As tensões no sudeste asiático, em particular a guerra civil no Myanmar, que se prolonga há mais de três anos, e as disputas territoriais no mar do Sul da China, entre Pequim e os países vizinhos, deverão estar no centro das discussões. A China, que reivindica a quase totalidade do mar do Sul da China, uma via estratégica para o comércio mundial, disputa territórios com países como a Malásia, o Brunei, o Vietname e as Filipinas, tendo-se registado nos últimos meses vários episódios de confrontos entre navios chineses e, sobretudo, filipinos. O mar do Sul da China é uma das questões que opõem a China aos Estados Unidos, que não têm reivindicações territoriais na região, mas têm um acordo de defesa mútua com as Filipinas e um interesse em defender a livre circulação nos mares estratégicos. O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, participará no Laos na reunião prevista para hoje com os parceiros da ASEAN, depois de ter visitado a Austrália e as Filipinas, onde prometeu “apoio contínuo” à defesa do país insular. Austin enviou uma mensagem de tranquilidade antes do regresso à Casa Branca de Donald Trump, que exige maior autonomia aos países aliados em questões de segurança, o que suscitou preocupações na região, cuja defesa continua a depender largamente de Washington. O ministro da Defesa da China, Dong Jun, também é esperado no Laos e, segundo a imprensa indiana e japonesa, deverá encontrar-se com os seus homólogos Rajnath Singh e Nakatani Gen, num período de tensões territoriais históricas entre a China e os dois países. À margem das questões regionais, os conflitos na Ucrânia, em Gaza e no Líbano deverão dominar as reuniões e encontros bilaterais, numa altura de escalada. China e EUA mantêm também posições antagónicas nestas questões. Mundo em jogo O Presidente russo, Vladimir Putin, parceiro do líder chinês, Xi Jinping, aprovou na terça-feira uma doutrina nuclear que permite responder com armas nucleares a ataques convencionais que ameacem a soberania da Bielorrússia e da Rússia, que ainda não confirmou se vai enviar o seu ministro da Defesa, Andrei Belousov, ao Laos. A decisão surge depois de a imprensa internacional ter noticiado que os EUA autorizaram a Ucrânia a utilizar mísseis de longo alcance para defender as suas posições na região russa de Kursk, onde Moscovo está a ser assistida por soldados da Coreia do Norte, no âmbito de uma aproximação entre Moscovo e Pyongyang. O exército israelita intensificou também nos últimos dias os seus ataques a Gaza e ao Líbano na sua guerra contra o Hamas e o Hezbollah. Enquanto a China apela a um cessar-fogo, defende a solução dos dois Estados e critica o apoio dos EUA a Israel como um exemplo da “duplicidade de critérios” do Ocidente, Washington espera que Pequim exerça mais pressão sobre o seu parceiro Irão, que está por trás do chamado “Eixo da Resistência”, que inclui o Hezbollah e o Hamas.
Hoje Macau China / ÁsiaEconomia | Taxa de juro de referência mantém-se em 3,1% O Banco Popular da China anunciou ontem que vai manter a taxa de juro de referência em 3,1 por cento, após o corte de Outubro, indo ao encontro das expectativas dos analistas. Na actualização mensal, a instituição indicou que a taxa de juro de referência a um ano (LPR) permanecerá nesse nível pelo menos até daqui a um mês. Este indicador, estabelecido como referência para as taxas de juro em 2019, é utilizado para fixar o preço dos novos empréstimos – geralmente destinados às empresas – e dos empréstimos a taxa variável que estão a ser reembolsados. É calculado com base nas contribuições de preços de uma série de bancos – incluindo pequenos credores que tendem a ter custos de financiamento mais elevados e maior exposição a empréstimos não produtivos – e tem como objectivo reduzir os custos dos empréstimos e apoiar a “economia real”. Em Outubro, o banco central reduziu a LPR a um ano em 25 pontos base para 3,1 por cento. Esta foi a segunda redução em 2024, com os especialistas a sugerirem que o banco central estava a ser cauteloso face à divergência com outras grandes economias – onde as taxas tinham tido uma tendência de subida para conter a inflação – e à consequente pressão sobre a taxa de câmbio da moeda nacional, o yuan. Em Julho, o banco central tinha anunciado um corte de 10 pontos base para 3,35 por cento. O banco central também indicou ontem que a LPR a 5 anos ou mais – a referência para os empréstimos hipotecários – se manterá nos 3,6 por cento, depois de ter caído 15 pontos base em Outubro, também em linha com as expectativas dos analistas. Nas últimas semanas, Pequim anunciou uma série de medidas de estímulo, na sequência de uma descida das taxas de juro nos Estados Unidos, tendo o Presidente chinês, Xi Jinping, apelado a esforços redobrados para atingir o objectivo de crescimento económico de cerca de 5 por cento para este ano.
Hoje Macau China / ÁsiaHK | Pequim acusa magnata Jimmy Lai de ser “agente das forças anti-China” O magnata de Hong Kong, Jimmy Lai, é “um agente e um peão das forças anti – China”, acusou ontem Pequim, depois de o empresário testemunhar pela primeira vez na antiga colónia britânica, num julgamento por crimes contra a segurança nacional. O porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Lin Jian disse ontem em conferência de imprensa que “Hong Kong é uma sociedade regida pelo Estado de direito” e que “ninguém pode usar a bandeira da liberdade para se envolver em actividades ilegais e tentativas de escapar à lei”. Lin afirmou que o sistema judicial de Hong Kong “exerce o seu poder judicial de forma independente, em conformidade com a lei, com procedimentos justos e imparciais e com audiências abertas e transparentes”. “O Governo central chinês apoia firmemente a região administrativa de Hong Kong na protecção da segurança nacional”, acrescentou, manifestando “oposição” à “interferência de países individuais nos assuntos internos da China, desacreditando e minando o Estado de direito em Hong Kong”. O processo contra Lai, que já está a cumprir uma pena de mais de cinco anos sob a acusação de fraude por alegadas violações do contrato de arrendamento da sua empresa multimédia, foi retomado ontem em Hong Kong com o seu testemunho, após quase quatro anos de detenção. Lai, de 76 anos, um crítico do Partido Comunista Chinês (PCC), e as suas empresas enfrentam três acusações ao abrigo da rigorosa Lei de Segurança Nacional de Pequim em Hong Kong, incluindo alegada conivência com “forças estrangeiras” e sedição. As acusações estão relacionadas com alegados apelos a sanções internacionais contra a cidade e a China por parte do magnata, bem como com o seu papel “no incitamento ao ódio público” durante protestos maciços contra o governo de Hong Kong, em 2019.
Hoje Macau China / ÁsiaNuclear | Pequim apela à calma após Rússia rever doutrina A China apelou ontem à calma e à contenção, na sequência da assinatura pelo Presidente russo, Vladimir Putin, de um decreto que alarga as suas opções para a utilização de armas nucleares. “Nas actuais circunstâncias, todas as partes devem manter a calma e usar de contenção e trabalhar em conjunto através do diálogo e consultas para aliviar as tensões”, disse o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, em conferência de imprensa. “A posição da China, que encoraja todas as partes a desanuviar as tensões (…) e a empenhar-se numa resolução política da crise ucraniana, mantém-se inalterada”, acrescentou o porta-voz. No milésimo dia da sua ofensiva contra a Ucrânia, Vladimir Putin assinou na terça-feira um decreto que alarga o âmbito da utilização de armas nucleares, pouco depois de os Estados Unidos terem autorizado Kiev a atacar solo russo com mísseis de longo alcance de fabrico norte-americano. Putin avisou, no final de Setembro, que qualquer ataque levado a cabo por um país não nuclear mas apoiado por uma potência com armas nucleares poderia ser considerado uma agressão “conjunta”, exigindo potencialmente o uso de armas nucleares. Na terça-feira, o Presidente francês, Emmanuel Macron, denunciou a “escalada” russa na Ucrânia, apelando a Vladimir Putin para que “ouça a razão”. Macron pediu ao Presidente chinês, Xi Jinping, que faça valer “todo o seu peso” sobre Moscovo. “Pedi ao Presidente Xi Jinping que utilize toda a sua influência, a sua pressão e o seu poder de negociação para que o Presidente Putin ponha termo aos ataques”, afirmou.
Hoje Macau China / ÁsiaInteligência Artificial | Xi Jinping alerta para “riscos e desafios” Além dos benefícios da nova tecnologia, o Presidente chinês alerta para os perigos imprevisíveis que daí podem advir O Presidente chinês, Xi Jinping, destacou ontem os avanços da Inteligência Artificial (IA) e o seu “impacto transformador no mundo”, mas alertou para os “riscos e desafios imprevisíveis” desta tecnologia emergente. Numa intervenção por videoconferência na abertura da Conferência Mundial da Internet em Wuzhen, na província chinesa de Zhejiang, Xi apelou a um “ciberespaço inclusivo e seguro”, sublinhando a necessidade de cooperação internacional para enfrentar os desafios da era digital, segundo a televisão estatal CCTV. No seu discurso, Xi sublinhou que “o avanço das tecnologias de IA melhorou a capacidade dos humanos para mudar o mundo, mas também trouxe uma série de riscos e desafios imprevisíveis”. Reafirmou o compromisso de Pequim em trabalhar com outros países para “construir uma comunidade com futuro partilhado no ciberespaço”, uma fórmula que também defende para outras questões. O evento, organizado pela Administração do Ciberespaço da China, conta com a participação de líderes empresariais e delegações internacionais e centra-se em temas como a governação da IA e do ciberespaço ou a inovação digital. O vice-primeiro-ministro chinês, Ding Xuexiang, sublinhou durante a cerimónia que “a IA, juntamente com a Internet, os grandes volumes de dados (‘big data’) e a computação em nuvem, está a impulsionar o desenvolvimento económico e social, mas o fosso digital continua a aumentar e a questão da segurança no ciberespaço continua a ser preocupante”. Palco da tecnologia A cimeira, que inclui 24 fóruns e a participação de representantes de 53 países, aborda também a criação de um comité especial sobre IA e um programa de cooperação internacional entre grupos de reflexão. Estes esforços têm como objectivo promover um desenvolvimento digital mais inclusivo e responsável. Entre os participantes encontra-se Lei Jun, fundador do gigante tecnológico chinês Xiaomi, que participou na cerimónia de abertura. Num contexto de tensões tecnológicas entre a China e os Estados Unidos, o evento reflecte a estratégia de Pequim para consolidar o seu modelo de governação da Internet, caracterizado por um controlo estatal rigoroso e pela exclusão de plataformas estrangeiras. Apesar do seu carácter mais regional nos últimos anos, não atraindo figuras de destaque dos gigantes tecnológicos ocidentais, como Tim Cook, da Apple, e Sundar Pichai, da Google, presentes em edições anteriores, a cimeira continua a ser para a China um palco para impulsionar iniciativas internacionais na esfera digital. A China – onde milhares de portais, aplicações e redes sociais ocidentais, estão bloqueados – acolhe há 10 anos a conferência internacional sobre a Internet, que procura igualmente promover a cooperação internacional no ciberespaço.
Hoje Macau China / ÁsiaHK | Críticas a condenação de activistas “profanam” Estado de direito O Governo chinês afirmou ontem que as críticas feitas pelos governos ocidentais à condenação de 45 activistas em Hong Kong “profanam e espezinham” o Estado de direito. Os países ocidentais “utilizam os procedimentos legais relevantes para defender a sua própria segurança nacional, enquanto condenam arbitrariamente os tribunais de Hong Kong que aplicam a Lei de Segurança Nacional”, afirmou o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Lin Jean, em conferência de imprensa. “Este tipo de comportamento profana e espezinha seriamente o espírito do Estado de direito”, acrescentou. Os Estados Unidos, Taiwan e a Austrália criticaram ontem a condenação em Hong Kong de 45 activistas pró-democracia a penas de prisão de até 10 anos por terem realizado primárias não oficiais em 2020. “Os Estados Unidos condenam veementemente as sentenças anunciadas ontem em Hong Kong contra 45 defensores da democracia e ex-funcionários eleitos”, disse um porta-voz do consulado norte-americano na região semiautónoma chinesa. Com um total de 47 activistas e políticos julgados, trata-se do maior julgamento ao abrigo da Lei de Segurança Nacional de Hong Kong, imposta em 2020 ao território por Pequim. Apenas dois dos 47 arguidos foram absolvidos, enquanto os restantes receberam penas que variam entre os quatro anos e dois meses e os 10 anos, pena aplicada ao jurista Benny Tai Yiu-ting. Benny Tai e outros 30 arguidos, incluindo o antigo líder estudantil Joshua Wong Chi-fung e a antiga deputada Claudia Mo Man-ching, tinham-se declarado culpados em Maio passado. Outros 14 arguidos tinham-se declarado inocentes, entre os quais os ex-deputados Leung Kwok-hung (um antigo marxista conhecido como ‘Cabelo Longo’), Lam Cheuk-ting, Helena Wong Pik-wan e Raymond Chan Chi-chuen e a jornalista Gwyneth Ho Kwai-lam. O Ministério Público acusou-os de tentarem garantir uma maioria legislativa de forma a vetar indiscriminadamente os orçamentos e assim paralisar o governo de Hong Kong e derrubar a então líder da cidade, Carrie Lam Cheng Yuet-ngor.
Hoje Macau China / ÁsiaÍndia | Pequim pede “sinais mais positivos” sobre a fronteira O chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, pediu ontem ao homólogo indiano, Subrahmanyam Jaishankar, “mais sinais positivos”, na sequência do acordo entre os dois países sobre o patrulhamento da fronteira comum nos Himalaias. “Xi Jinping e Narendra Modi reuniram-se recentemente, marcando o reatamento das relações, mas agora os dois lados devem implementar o importante consenso a que chegaram e respeitar os interesses fundamentais um do outro”, disse Wang, num encontro à margem da cimeira do G20, no Brasil, segundo um comunicado do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. O diplomata acrescentou que a China e a Índia devem “reforçar a confiança mútua através do diálogo” e “lidar adequadamente com as diferenças com sinceridade e integridade”, para que os laços regressem a um estado “estável e saudável”. “É necessário enviar mais sinais positivos e fazer mais coisas que favoreçam os intercâmbios”, disse Wang Yi, que apelou também a “progressos práticos” na retoma dos voos directos entre os dois países. O chefe da diplomacia chinesa lembrou que os dois países comemoram no próximo ano o 75.º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas, o que torna necessário “planear actividades comemorativas” e “promover intercâmbios e visitas em todos os domínios e a todos os níveis”. “A China e a Índia têm interesses comuns que ultrapassam largamente as suas diferenças. Devemos trabalhar em conjunto porque isso também promove a multipolaridade e o multilateralismo”, afirmou. Sem fricções Jaishankar considerou positivo que ambas as partes estejam a “tomar medidas para implementar o consenso” alcançado por Xi e Modi, de acordo com a nota do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. “A Índia espera reiniciar os mecanismos de diálogo relevantes o mais rapidamente possível e manter a dinâmica de melhoria e desenvolvimento das relações bilaterais. Devemos tratar adequadamente as questões relevantes com uma atitude mais positiva e não deixar que diferenças específicas definam a relação entre os dois países”, disse. O acordo permitirá à Índia retomar o patrulhamento das zonas fronteiriças entre as duas potências asiáticas no território dos Himalaias de Ladakh, que foi interrompido após confrontos em 2020, que resultaram na morte de soldados de ambos os países. O que este acordo significará para o patrulhamento da zona, um ponto de fricção entre a Índia e a China, que disputam a hegemonia na região do Indo-Pacífico, não foi detalhado. O destacamento da China provocou em 2020 uma reacção indiana, que levou a um confronto fronteiriço nos Himalaias ocidentais, o pior confronto entre as duas potências asiáticas em quase meio século, que causou a morte de pelo menos 20 soldados indianos e 76 feridos, enquanto Pequim reconheceu quatro mortos e um ferido grave. Desde então, com um grande destacamento de tropas, a situação mantém-se tensa, apesar de várias rondas de negociações diplomáticas e militares entre representantes dos dois países para tentar reduzir os atritos e diminuir o número de soldados na região.
Hoje Macau China / ÁsiaELP | China e Paquistão em exercícios conjuntos O Exército de Libertação Popular (ELP), as Forças Armadas da China, vai realizar exercícios conjuntos antiterrorismo com o Paquistão entre finais de Novembro e meados de Dezembro, informou ontem o ministério da Defesa chinês. O exercício será conduzido pelo Comando do Teatro Oeste do ELP, que enviará tropas para o Paquistão, para participarem nos exercícios, disse o ministério, em comunicado divulgado na rede social chinesa Weibo. As forças participantes “conduzirão um treino combinado com uma abordagem multinível e multidisciplinar, simulando processos operacionais reais”. Esta será a oitava edição desta série de exercícios conjuntos, que têm como objectivo “reforçar a cooperação prática” entre as forças armadas dos dois países e avaliar as suas “capacidades em operações coordenadas de combate ao terrorismo”. Pequim, que mantém laços estreitos com Islamabade, comprometeu-se a investir 64 mil milhões de dólares em projectos de infra-estruturas no Paquistão, no âmbito do Corredor Económico China-Paquistão, que liga a Ásia do Sul e Central à China. No entanto, Pequim tem alertado o Paquistão para a importância de assegurar um ambiente seguro para a cooperação entre os dois países, num contexto de recrudescimento da violência armada e de atentados que visaram sobretudo cidadãos chineses e projectos de desenvolvimento de Pequim. No início de Outubro, dois cidadãos chineses foram mortos e mais de uma dezena de pessoas ficaram feridas num atentado suicida no aeroporto do sul de Karachi. Em Março, um outro bombista suicida matou pelo menos cinco chineses e um paquistanês, todos trabalhadores do projecto hidroelétrico de Dasu, na província de Khyber Pakhtunkhwa, no noroeste do país.
Hoje Macau China / ÁsiaHunan | Detido suspeito de atropelar várias pessoas em frente a uma escola A polícia da cidade chinesa de Changde, na província central de Hunan, deteve ontem um homem de 39 anos acusado de atropelar vários peões em frente a uma escola, anunciou o Gabinete de Segurança Pública local. O suspeito, identificado como Huang, foi capturado pouco depois do incidente, que ocorreu às 7:37 horas locais. As autoridades locais afirmaram que as vítimas, cujo número não foi divulgado e que foram levadas para o hospital, não apresentavam ferimentos que pusessem em risco a sua vida. No comunicado oficial, as forças de segurança afirmaram que “o caso está a ser investigado para esclarecer as circunstâncias do atropelamento e fuga”. Imagens que circulam nas redes sociais, cuja autenticidade não foi confirmada, mostram um homem a ser imobilizado à força depois de ter sido retirado de um automóvel SUV branco. Entretanto, as autoridades prometem punição severa para “crimes hediondos” após os recentes ataques indiscriminados. A Procuradoria Popular Suprema prometeu punições “severas, rigorosas e rápidas” para aqueles que cometem “crimes hediondos”, visando “manter a estabilidade social e reforçar o sentimento de segurança e bem-estar entre o público”. Em comunicado, divulgado após uma reunião de trabalho, a procuradoria afirmou que vai adoptar “uma abordagem de tolerância zero relativamente aos crimes que visem os estudantes ou que comprometam a segurança das escolas”. A nota sublinhou “a importância de julgar estes casos de forma decisiva e rápida para conseguir um efeito dissuasor poderoso”.
Hoje Macau China / ÁsiaG20 | Xi anuncia melhorias na iniciativa Uma Faixa, Uma Rota O Presidente chinês, Xi Jinping, reafirmou ontem o apoio aos países em desenvolvimento, na cimeira do G20, incluindo a promoção da iniciativa ‘Uma Faixa, Uma Rota’ de “alta qualidade”, o plano estratégico de infra-estruturas de Pequim. “A China sempre foi um membro do Sul Global e um parceiro fiável e duradouro para os países em desenvolvimento”, sublinhou Xi, durante um discurso na cimeira, que decorre no Rio de Janeiro, em declarações transmitidas pela televisão estatal chinesa CCTV. Xi, que utiliza frequentemente estes fóruns internacionais para promover a liderança chinesa entre os países em desenvolvimento, anunciou uma série de iniciativas, incluindo a promoção de uma “rede de ligações” de alta qualidade e “tridimensional”, incluindo uma “Rota da Seda” ecológica e digital, no âmbito da iniciativa ‘Uma Faixa, Uma Rota’. O projecto-chave da administração de Xi atingiu um marco importante, na semana passada, com a inauguração, no Peru, do porto de Chancay, promovido como “ponto de partida para um novo corredor” entre a Ásia e a América Latina. A infra-estrutura vai dar ao Brasil, por exemplo, acesso ao Oceano Pacífico, reduzindo o tempo e custo no comércio com a Ásia, o destino mais importante das exportações brasileiras. Xi Jinping disse também que o país vai criar um Centro de Investigação para o Sul Global, para aumentar a cooperação em sectores como a segurança alimentar, e que vai trabalhar com os países africanos para dar seguimento aos compromissos assumidos no Fórum de Cooperação China-África, que se realizou em Setembro, em Pequim. A China prometeu 50,7 mil milhões de dólares para financiar o desenvolvimento do continente africano nos próximos três anos. Injecção de conhecimento Xi manifestou o apoio à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, uma iniciativa do Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, lançada na segunda-feira na sessão de abertura da cimeira do G20. O líder chinês indicou ainda que, juntamente com o Brasil, a África do Sul e a União Africana, Pequim vai promover a “Iniciativa Internacional de Cooperação Científica”, bem como intercâmbios com o Sul Global em domínios como a digitalização, a educação e a luta contra a corrupção, sem adiantar mais pormenores. Xi também defendeu o comércio livre e propôs a redução das taxas alfandegárias para os países menos desenvolvidos que mantêm relações diplomáticas com a China, um discurso que tem incentivado na sequência da vitória eleitoral de Donald Trump nos Estados Unidos.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim pede que não se exacerbem tensões regionais após acordo entre Filipinas e EUA A China apelou ontem a que “não se prejudique a paz nem se exacerbem tensões regionais”, depois de Manila e Washington terem assinado um acordo de partilha de informações militares, face às disputas territoriais com Pequim. O porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, afirmou ontem em conferência de imprensa que “qualquer tipo de acordo militar assinado ou qualquer tipo de cooperação em matéria de defesa e segurança” não deve “visar uma terceira parte ou prejudicar os interesses de uma terceira parte”. “A única opção correcta para proteger a segurança nacional e a paz e estabilidade regionais é aderir aos princípios de boa vizinhança e à autonomia estratégica”, acrescentou o porta-voz. O acordo General Security Overarching Military Information Agreement é um “passo fundamental para melhorar a partilha de informações e aprofundar a interoperabilidade entre as Filipinas e os Estados Unidos”, declarou o Departamento da Defesa das Filipinas após a assinatura do documento, num evento oficial em que participou o Secretário da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin. Entre os objectivos da visita de Austin conta-se a reiteração do “firme compromisso” com o tratado de defesa mútua e a implementação de financiamento militar no valor de 500 milhões de dólares, anunciado durante uma viagem às Filipinas, em Julho passado, de acordo com um comunicado do Departamento da Defesa dos EUA. Bons velhos amigos As Filipinas têm um tratado de defesa mútua com os EUA desde 1951, que o actual presidente, Joe Biden, reforçou com acordos suplementares durante a sua administração, com um maior entendimento bilateral, após o mandato do ex-presidente filipino Rodrigo Duterte, que se aproximou da China. Este tratado tornou-se particularmente relevante nos últimos anos devido às disputas territoriais entre as Filipinas e a China. As autoridades filipinas argumentam que os atóis em disputa se situam dentro das 200 milhas náuticas da sua zona de exclusividade económica, o que, nos termos do direito internacional, lhe confere o direito de explorar os recursos, mesmo que se trate de águas internacionais. Pequim alega razões históricas para a sua reivindicação de quase todo o mar do Sul da China, rico em recursos e uma via fundamental para o comércio mundial. Em 2016, o Tribunal Permanente de Arbitragem de Haia decidiu que as reivindicações da China não estavam sustentadas pelo direito internacional, uma decisão que Pequim se recusa a reconhecer.