Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Restrições apertam a quem chega do estrangeiro A partir desta semana, passageiros que cheguem à China vindos de vários países, nomeadamente os de língua portuguesa, têm de apresentar um teste negativo realizado nas 12 horas antes da partida A China anunciou que os passageiros que chegam de dezenas de países, incluindo de Portugal, Brasil, Angola, Moçambique e Cabo Verde, terão de apresentar um teste negativo ao novo coronavírus feito nas 12 horas antes da partida. A medida foi anunciada, durante o fim de semana, por dezenas de embaixadas chinesas em todo o mundo e entrou ontem em vigor no caso de viajantes vindos do Brasil ou de Moçambique. Até agora, os passageiros destes países chegados à China tinham de apresentar, à embaixada chinesa, dois testes negativos feitos nas 48 horas antes da partida, em dois laboratórios diferentes de entre as instituições referenciadas ou pelas autoridades locais de saúde ou pelas embaixadas chinesas. A nova regra vai também afectar passageiros com partida de Cabo Verde (a partir desta terça-feira), Portugal (quinta-feira) e Angola (sexta-feira). O teste feito nas 12 horas antes da partida deve ser apresentado ao pessoal da companhia aérea no momento do embarque. Nas redes sociais, tanto ocidentais como chinesas, a medida gerou sobretudo críticas, nomeadamente dos chineses a viver no estrangeiro, que disseram ser cada vez mais difícil regressar ao país. A única ligação aérea directa Portugal-China, entre Lisboa e Xi’an, foi suspensa desde 25 de Dezembro, numa altura em que aquela região enfrentava um grave surto de covid-19, que obrigou a confinamento total. A cidade chinesa retomou, entretanto, a normalidade. Em 23 de Janeiro repôs os voos domésticos, mas manteve as ligações internacionais suspensas. O voo para Lisboa tem sido cancelado, sistematicamente, semana após semana. Confinamentos gerais Milhões de habitantes em várias regiões da China estão sujeitos a confinamentos, nomeadamente na cidade industrial de Shenyang (nordeste), capital da província de Liaoning, que faz fronteira com Jilin, a mais afectada pela recente vaga da pandemia. Xangai, a maior cidade chinesa, com 25 milhões de habitantes, está desde ontem sujeita a um confinamento, dividido por sectores, para conter um surto de covid-19 ligado à variante Ómicron. A comissão nacional da saúde chinesa contabilizou ontem 1.275 novas infecções, incluindo 50 em Xangai e 1.086 em Jilin. Apesar de os números atuais da difusão do vírus serem muito baixos em comparação com outros países do mundo, são os mais altos na China desde as primeiras semanas da pandemia, que começou em Wuhan no final do ano de 2019. Por sectores Xangai, a maior cidade chinesa, com 25 milhões de habitantes, está sujeita a um confinamento por sector desde ontem para conter um surto de covid-19 ligado à variante Ómicron, anunciou domingo o governo local. A parte oriental da cidade será confinada por cinco dias para permitir a despistagem da sua população, seguindo-se a parte ocidental a partir de 1 de Abril e pelo mesmo período. A cidade tornou-se nos últimos dias o epicentro de uma nova vaga de infeções na China, que começou a acelerar no início de Março. Xangai evitou um confinamento total porque as autoridades consideram imperativo manter o funcionamento do porto e da praça financeira da cidade, a fim de preservar a economia nacional e mundial.
Hoje Macau China / ÁsiaWashington e Manila iniciam exercícios militares conjuntos nas Filipinas As Filipinas e os Estados Unidos iniciaram hoje exercícios militares conjuntos no arquipélago, numa altura de tensões crescentes no disputado Mar do Sul da China. Os exercícios são os mais recentes a terem lugar sob a presidência de Rodrigo Duterte, que ameaçou pôr fim ao tratado militar das Filipinas com os Estados Unidos, aliado de longa data, e voltar-se para a China. Quase nove mil militares filipinos e norte-americanos vão participar nos exercícios de 12 dias na ilha de Luzon, a maior do país. Os exercícios anuais tinham sido cancelados ou reduzidos desde o início da pandemia do novo coronavírus. O chefe das forças armadas filipinas, o general Andres Centino, disse em Manila que o exercício era um sinal do “aprofundamento da aliança” entre os dois países. O major-general norte-americano Jay Bargeron disse que a “amizade e confiança” entre as forças armadas dos dois países lhes permitiria “terem êxito juntos (…) em operações militares”. Manobras recentes conjuntas dos dois países centraram-se num potencial conflito no Mar do Sul da China, que Pequim reivindica quase inteiramente. Desde que chegou ao poder em 2016, Duterte aproximou-se da China, mas tem enfrentado a resistência da população filipina e a preocupação dos militares, que desconfiam das ambições de Pequim para as águas do Mar do Sul da China, ricas em recursos. Em 2016, o Tribunal Permanente de Arbitragem de Haia validou as reivindicações de Manila em 2016, dizendo que a China não tinha “direito histórico” sobre este mar estratégico, uma decisão que Pequim ignorou. Em fevereiro de 2020, o Presidente filipino anunciou a intenção de abandonar o acordo que estabelece um quadro legal para a presença permanente de tropas dos EUA nas Filipinas e para a organização de exercícios militares conjuntos. Duterte acabou por reverter a decisão em julho, quando as tensões entre Manila e Pequim sobre o Mar do Sul da China se intensificavam, após centenas de navios chineses terem sido avistados num recife ao largo das Filipinas, no início de 2020.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Xangai inicia confinamento por sector para conter surto Xangai será sujeita a um confinamento por sector a partir de hoje para conter um surto de covid-19 ligado à variante Ómicron, anunciou ontem o governo local. A parte oriental da cidade será confinada por cinco dias para permitir a despistagem da sua população, seguindo-se a parte ocidental a partir de 01 de abril e pelo mesmo período. A cidade tornou-se nos últimos dias o epicentro de uma nova vaga de infeções na China, que começou a acelerar no início de março. A comissão nacional da saúde chinesa contabilizou hoje mais de 4.500 novas infeções, menos um milhar do que os casos registados nos últimos dias, mas muito superior aos dos últimos dois anos. Milhões de habitantes das regiões afetadas no país foram submetidos a confinamentos, nomeadamente na cidade industrial de Shenyang (nordeste), capital da província de Liaoning, que faz fronteira com a de Jilin, a mais afetada pela recente vaga da pandemia. Xangai evitou um confinamento total porque as autoridades consideram imperativo manter o funcionamento do porto e da praça financeira da cidade, a fim de preservar a economia nacional e mundial. Apesar de os números atuais da difusão do vírus serem muito baixos em comparação com outros países do mundo, são os mais altos na China desde as primeiras semanas da pandemia, que começou em Wuhan no final do ano de 2019.
Hoje Macau China / ÁsiaJoe Biden “esperançoso” que China não se envolva na guerra na Ucrânia O Presidente dos Estados Unidos mostrou-se ontem “esperançoso” que a China não se irá envolver na invasão russa da Ucrânia, sustentando que Pequim percebe que o seu “futuro económico está muito mais ligado ao Ocidente do que à Rússia”. “Acho que a China percebe que o seu futuro económico está muito mais ligado ao Ocidente do que à Rússia, por isso estou esperançoso de que não se irão envolver”, afirmou Joe Biden. O Presidente dos Estados Unidos falava numa conferência de imprensa no quartel-general da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês), em Bruxelas, depois de ter participado na cimeira extraordinária de líderes da Aliança Atlântica e numa cimeira de líderes do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido). Abordando uma conversa telefónica que teve com o Presidente da China, Xi Jinping, na passada sexta-feira, Biden disse que se assegurou, “de maneira muito clara”, de que o líder chinês percebia as “consequências que teria se ajudasse a Rússia [na Ucrânia], como tinha sido relatado e era esperado”. “Não fiz nenhuma ameaça, mas indiquei-lhe o número de empresas americanas e estrangeiras que deixaram a Rússia devido ao seu comportamento bárbaro, e transmiti-lhe que conhecia – porque tivemos longas discussões no passado – o seu interesse em manter relações económicas e de crescimento com os Estados Unidos e a Europa”, referiu. O Presidente norte-americano sublinhou assim que, em caso de auxílio da China à Ucrânia, a vontade chinesa de manter o relacionamento económico com o Ocidente ficaria em “grande perigo”.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | China rejeita acusações de que está a espalhar desinformação A China recusou as acusações de que está a ajudar a Rússia a espalhar desinformação sobre o envolvimento dos Estados Unidos na Ucrânia, enquanto repete as alegações infundadas de Moscovo sobre laboratórios secretos de guerra biológica norte-americanos. “Acusar a China de espalhar desinformação sobre a Ucrânia é desinformação em si”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros Wang Wenbin, em conferência de imprensa. Segundo referiu, a China agiu de “maneira objetiva e justa”. Wang afirmou que a comunidade internacional continua a ter “graves preocupações” sobre os laboratórios dos EUA na Ucrânia, apesar das refutações de cientistas independentes. “Os EUA não se podem remeter ao silêncio ou alegar isso como desinformação. Os EUA devem fazer esclarecimentos sérios sobre se isso é desinformação ou não”, disse Wang. As alegações sobre os laboratórios também têm adeptos nos EUA, unindo-se a teorias da conspiração sobre a covid-19. A China afirma ser neutra no conflito, embora mantenha o que chama de amizade ilimitada com a Rússia, que chama de “parceiro estratégico mais importante”. Pequim recusou criticar a Rússia pela invasão. A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 977 mortos, dos quais 81 crianças e 1.594 feridos entre a população civil, incluindo 108 menores, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,60 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU. Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia. A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul efetua testes com mísseis em resposta ao ensaio de Pyongyang O Exército sul coreano anunciou hoje o disparo de vários mísseis em resposta ao ensaio de um míssil balístico intercontinental da Coreia do Norte. “Respondendo ao lançamento do míssil intercontinental (ICBM) da Coreia do Norte, as Forças Armadas, em conjunto, dispararam mísseis do solo, do mar e do ar” desde as 16:25 para o mar do Japão, indicou o Estado-Maior de Seul através de um comunicado. Nas últimas horas, o Ministério da Defesa do Japão informou que a Coreia do Norte efetuou o disparo de um míssil balístico intercontinental que atingiu a Zona Económica Exclusiva (marítima) japonesa. “As nossas análises indicam que o míssil balístico (da Coreia do Norte) deslocou-se durante 71 minutos e caiu cerca das 15:44 na Zona Económica Exclusiva, no mar do Japão, a cerca de 150 quilómetros a oeste da península de Oshima”, ilha norte de Hokkaido, declarou o vice-ministro da Defesa, Makoto Oniki, acrescentando que podia tratar-se de um míssil balístico intercontinental (ICBM). “Dado que o míssil balístico voou a uma altitude de mais de seis mil quilómetros, o que é bem mais elevado que o ICBM Hwasong-15, que foi lançado em novembro de 2017, pensamos que o de hoje seja um novo ICBM”, salientou. Oniki indicou que o Ministério da Defesa japonês não tinha recebido qualquer informação relativa a danos causados em navios ou aviões, mas o responsável sublinhou que este disparo representa uma “ameaça séria” para a segurança do Japão. De acordo com Washington e Seul, Pyongyang está a testar um novo míssil balístico intercontinental (ICBM), designado Hwasong-17, alegadamente com maior alcance e poder destrutivo.
Hoje Macau China / ÁsiaChina deve abdicar de “combater o vírus a qualquer custo”, diz especialista A China deve abdicar de “combater o vírus a qualquer custo”, defendeu hoje o epidemiologista Zhang Wenhong, numa altura em que o país voltou a impor restritas medidas de confinamento face ao aumento dos casos. O especialista, um dos rostos mais conhecidos no combate à pandemia no país asiático, explicou, através da sua conta na rede social Weibo, que normalizar a vida da população deve receber a mesma atenção que o combate à pandemia. A estratégia chinesa baseia-se no encerramento praticamente total das fronteiras, isolamento de todos os infetados e contactos próximos, e medidas de confinamento e testes em massa sempre que um caso é detetado. As declarações de Zhang ocorrem numa altura em que a cidade de Xangai soma um número sem precedentes de infeções. A cidade detetou, nas últimas 24 horas, mais de 900 casos assintomáticos. Vários bairros foram colocados sob confinamento. Zhang admitiu que a cidade “está a passar por dificuldades”. “Não posso fingir que não há dificuldades, mas estamos constantemente a aprender e melhorar, à medida que a pandemia muda”, apontou. Na mensagem, intitulada ‘O coronavírus não é assustador, mas combatê-lo é difícil’, Zhang apontou a dificuldade de “eliminar o vírus e sustentar a economia”, acrescentando que “Xangai não adotará uma abordagem uniforme” para todas as situações. Zhang afirmou que o trabalho da China contra a pandemia está “a entrar numa nova fase” e que as medidas, que implicam a “paralisia da atividade económica e da vida quotidiana de regiões inteiras”, vão ser “atualizadas”. Nas últimas semanas, algumas vozes na China sugeriram um possível ajuste na política de “tolerância zero” à covid-19, face à disseminação da variante altamente contagiosa Ómicron no país, que causou números sem precedentes de infeções desde o início de 2020. O epidemiologista Zeng Guang, ex-chefe do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças, afirmou recentemente que “as restrições não durarão para sempre” e que a China “apresentará o seu roteiro para coexistir com o vírus no momento apropriado”. No entanto, o chefe do grupo de especialistas que lidera a estratégia chinesa, Liang Wannian, explicou esta semana à televisão estatal CCTV que a estratégia de zero casos, que proporciona à China “uma janela temporária” durante a qual “vacinas e medicamentos progridem”, permanecerá em vigor. O Presidente chinês, Xi Jinping, pediu na semana passada que a estratégia do país contra a pandemia seja mais “científica e específica” e que o impacto “no desenvolvimento social e económico” seja minimizado. De acordo com os números oficiais, desde o início da pandemia, 139.285 pessoas foram infetadas no país, entre as quais 4.638 morreram.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | China contra exclusão da Rússia da cimeira do G20 A China manifestou-se esta quarta-feira contra a exclusão da Rússia da próxima cimeira do G20, uma sugestão avançada pelos Estados Unidos e os países aliados, após a invasão da Ucrânia. “A Rússia é um importante país membro [do G20]. Nenhum membro tem o direito de expulsar outro país”, disse o porta-voz da diplomacia chinesa Wang Wenbin, em conferência de imprensa. Pequim absteve-se de condenar a invasão da Ucrânia pela Rússia. Os países ocidentais estão a preparar novas sanções contra a Rússia. Na quinta-feira vão reunir-se em Bruxelas, no âmbito da NATO, do G7 e da União Europeia, um mês após a Ucrânia ter sido invadida pela Rússia. Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional do Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, falou sobre uma possível exclusão do Presidente Vladimir Putin do G20, cuja próxima cimeira está marcada para a Indonésia no final do ano. “Sobre a questão do G20, digo simplesmente o seguinte: acreditamos que a Rússia não pode agir como se nada tivesse acontecido nas instituições internacionais e na comunidade internacional”, disse Sullivan. “Mas sobre instituições específicas e decisões específicas, gostaríamos de consultar os nossos aliados e parceiros nessas instituições antes de decidir”, acrescentou. O G20 ou Grupo dos 20 junta representantes das 19 maiores economias do mundo e da União Europeia. A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 925 mortos e 1.496 feridos entre a população civil, incluindo mais de 170 crianças, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,5 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU. A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Xangai pede aos moradores que não entrem em pânico Xangai pediu hoje calma aos moradores, face ao crescente “pânico” causado pelo aumento de casos de covid-19, que levou à conversão de estádios em centros de quarentena. Vários distritos da cidade já foram confinados, mas muitos moradores temem uma quarentena generalizada e começaram a armazenar alimentos. A China está a atravessar o seu surto de covid-19 mais grave desde o surto inicial na cidade de Wuhan, no primeiro trimestre de 2020. Nas últimas 24 horas, a altamente contagiosa variante Ómicron causou mais de 5.000 novos casos no país. Trata-se de um número pequeno, comparado com outras partes do mundo, mas considerável para a China, que segue oficialmente uma estratégia de tolerância zero à covid-19. Xangai foi responsável por um quinto do total dos novos casos, quase todos assintomáticos. O nervosismo dos habitantes aumentou após o anúncio da conversão de pelo menos dois estádios cobertos em centros de quarentena, suscitando receios de medidas mais restritivas, como a imposição de um confinamento geral na cidade, que tem 25 milhões de habitantes. “Esperamos que as pessoas não acreditem ou espalhem rumores, especialmente rumores que podem causar o pânico”, disse o chefe do departamento municipal de saúde, Wu Jinglei, em conferência de imprensa. As autoridades disseram que o abastecimento de bens alimentares está assegurado. Uma plataforma de comércio eletrónico disse, no entanto, estar sobrecarregada. “As pessoas que costumavam comprar no supermercado estão agora a comprar ‘online’ e a procura explodiu”, disse uma porta-voz do grupo Dingdong Maicai.
Hoje Macau China / ÁsiaEncontrada uma caixa–negra do avião que caiu no sul da China A China disse hoje que foi encontrada uma das duas caixas-negras, que contêm os dados de voo e os gravadores de voz da cabina, do avião que caiu no sul do país na segunda-feira. O Boeing 737-800 da companhia China Eastern Airlines, com 132 pessoas a bordo, caiu perto da cidade de Wuzhou, na região autónoma de Guangxi. O voo partiu da cidade de Kunming, na província de Yunnan, sudoeste da China, com destino final em Cantão, sul do país. A bordo seguiam 123 passageiros e nove tripulantes, indicou a Administração da Aviação Civil da China. De acordo com a televisão estatal chinesa CCTV, não foram encontrados, até agora, quaisquer sobreviventes, no desastre aéreo mais mortal da China em décadas. A caixa–negra está, no entanto, gravemente danificada. As autoridades não conseguem identificar se é o gravador de dados de voo ou de voz da cabina. Mao Yanfeng, diretor da divisão de investigação de acidentes da Autoridade de Aviação Civil da China, disse em conferência de imprensa que estão agora à procura da outra caixa–negra. A recuperação daqueles aparelhos é considerada chave para descobrir o que causou o acidente. A busca por pistas foi suspensa hoje, quando a chuva cobriu o campo de destroços. As autoridades usaram veículos aéreos não tripulados (‘drones’), ferramentas manuais e cães farejadores nas encostas densamente florestadas, em busca dos gravadores de voz da cabina e dados do voo. Familiares de passageiros começaram a chegar hoje à vila nas proximidades da zona de embate, onde, juntamente com os repórteres no local, foram parados pela polícia e autoridades, que usaram guarda-chuvas abertos para bloquear a visão do local. Os investigadores dizem que é ainda muito cedo para especular sobre as causas do acidente. O avião entrou numa queda quase na vertical, uma hora após a partida. Um controlador de tráfego aéreo tentou entrar em contacto com os pilotos várias vezes, depois de ver a altitude do avião cair drasticamente, mas não obteve resposta, disse Zhu Tao, diretor do Escritório de Segurança da Aviação da Autoridade de Aviação Civil da China. “Até agora, não foram encontrados sobreviventes”, disse Zhu. O Boeing 737-800 voa desde 1998 e tem um bom histórico de segurança. É um modelo anterior ao 737 Max, que ficou parado em todo o mundo por quase dois anos após acidentes mortais, em 2018 e 2019. A China, um dos três principais mercados de aviação civil do mundo, não registava um acidente aéreo com mais de cinco mortes desde 2010, até à queda do Boeing 737-800, na segunda-feira. Em 24 de agosto de 2010, um Embraer ERJ 190-100, operado pela Henan Airlines, com 96 pessoas a bordo despenhou-se, já na aproximação à pista, quando se preparava para aterrar em Yichun, no nordeste do país. No acidente e no incêndio que deflagrou morreram 44 pessoas, enquanto 52 sobreviveram. Os investigadores atribuíram o acidente a um erro do piloto, que estava a aterrar à noite, com visibilidade reduzida.
Hoje Macau China / ÁsiaSismo em Taiwan de magnitude 6,7 causa um ferido e destrói ponte em construção Um sismo de magnitude 6,7, registado hoje ao largo das costas de Taiwan, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), causou um ferido e destruiu uma ponte em construção no leste da ilha. De acordo com o USGS, que estimou inicialmente a magnitude em 6,9, o hipocentro registou-se a uma profundidade de dez quilómetros e a cerca de 70 quilómetros a sul de Hualien, ao largo do litoral da ilha, onde foi sentido em grande parte do território. O ferido foi levado para o hospital, indicou a agência de combate a incêndios de Taiwan, na página na rede social Facebook, dando conta do desmoronamento de uma ponte em construção em Hualien. Os serviços meteorológicos da ilha constataram um primeiro abalo de magnitude 5,4 às 01:06, seguido à 01:41 por um sismo de magnitude 6,6. Dois minutos mais tarde, ocorreu uma réplica de magnitude 6,1. O Governo enviou alertas para os telemóveis dos habitantes da ilha, situada na junção de duas placas tectónicas. Sismos de magnitude 6 ou mais podem implicar um elevado número de vítimas mortais, mas os efeitos dependem da localização e da profundidade a que ocorrem. Em janeiro, um sismo de magnitude 6,2 foi registado ao largo da ilha, sem causar vítimas ou danos materiais. Em 2018, um sismo de magnitude 6,4 causou 17 mortos e mais de 300 feridos em Hualien.
Hoje Macau China / ÁsiaXiaomi com lucros de mais de 19 milhões de yuan, menos 5 por cento face a 2020 A empresa tecnológica chinesa Xiaomi registou um lucro líquido de 19.339 milhões de yuan em 2021, menos 5% do que no ano anterior, foi ontem anunciado. Num comunicado enviado à Bolsa de Hong Kong, a empresa observa que, excluindo fatores como a redução tanto de pré-pagamentos como de outros créditos e inventários, o lucro líquido teria aumentado em 69,5%. “Em 2021, apesar da escassez global de componentes chave (tais como semicondutores) e do impacto continuado da pandemia da covid-19, mantivemo-nos concentrados na execução das nossas estratégias comerciais”, disse a empresa. O volume de negócios aumentou 33,5% para 328.309 milhões de yuan. A empresa continua a obter a maior parte das suas receitas do seu negócio de ‘smartphones’, que avançou 37,24% para 208.869 milhões de yuan. De facto, o volume de negócios obtido neste segmento aumentou o seu peso no total da empresa, passando de 61,9% para 63,6%. De acordo com dados da empresa de consultoria Canalys, a empresa de tecnologia registou um crescimento anual de 28% nas vendas em 2021, que atingiram 191,2 milhões de unidades em todo o mundo, dando-lhe o terceiro lugar – atrás da Samsung e da Apple – com uma quota de mercado de 14%. As receitas dos “produtos estilo de vida e Internet of Things (IoT)” da Xiaomi aumentaram 26,1%, enquanto as dos serviços de Internet cresceram ligeiramente menos, com 18,8%. Em 2021, as receitas da Xiaomi nos mercados estrangeiros aumentaram 33,7% para quase metade do total, 49,8%, o mesmo valor que no ano anterior. A empresa salienta que a maioria dos seus negócios no estrangeiro provém dos mercados indiano e europeu, embora também tenha destacado o crescimento significativo de 94% das suas vendas na América Latina, onde é o terceiro maior vendedor de smartphones. A Xiaomi também indicou no comunicado que, apesar de ter aumentado o seu volume de negócios em 21,4% no último trimestre, o lucro caiu 72,2% para 2.442,5 milhões de yuan. Alguns dos planos futuros, como a entrada no mercado de veículos elétricos, estão a progredir “mais rapidamente do que o previsto”, embora a empresa ainda mantenha uma data prevista para o início da produção em massa no início de 2024. A Xiaomi anunciou a iniciativa de competir no setor em março, com um investimento inicial de cerca de 10.000 milhões de yuan, e em novembro assinou um acordo com as autoridades da cidade de Pequim para construir uma fábrica para produzir até 300.000 automóveis elétricos por ano. A empresa confirmou ontem que não pagará dividendos do exercício financeiro de 2021.
Hoje Macau China / ÁsiaCientistas pedem que Hong Kong abandone estratégia de ‘zero casos’ Os principais cientistas de Hong Kong pediram ontem às autoridades do território que abandonem a estratégia de “zero casos” de covid-19 da China, para que o centro financeiro não se converta num “porto fechado para sempre”. “Os últimos dois meses foram uma experiência muito dolorosa e não podemos mais esperar”, disse Gabriel Leung, que lidera uma equipa de cientistas que fazem pesquisas sobre o novo coronavírus. Na segunda-feira, a Chefe do Executivo, Carrie Lam, anunciou a flexibilização das restrições, a partir de Abril – principalmente no que diz respeito aos voos internacionais e à duração da quarentena na chegada ao território -, mas não apresentou uma estratégia para sair da crise. Hong Kong enfrenta um surto sem precedentes desde o aparecimento, no início de Janeiro, da altamente contagiosa variante Ómicron. Leung, reitor da Faculdade de Medicina da Universidade de Hong Kong, é um especialista do Governo referido regularmente por Lam. O reitor pediu para a cidade considerar a covid-19 como uma doença endémica e focar-se na vacinação, caso contrário a região “permanecerá um porto fechado para sempre”. Este é o “caminho mais seguro, porque não sabemos se a próxima variante será mais fraca ou mais forte do que as que conhecemos”, argumentou. Maré alta Tal abordagem equivaleria a um afastamento da estratégia chinesa. Mas o Presidente Xi Jinping recusou na semana passada abdicar da política de tolerância zero à covid-19, numa altura em que o seu país enfrenta o pior surto epidémico desde 2020, optando antes por confinar dezenas de milhões de habitantes. A equipa de Leung estima que cerca de 4,4 milhões de pessoas em Hong Kong, uma das cidades mais densamente povoadas do mundo, ou 60 por cento da população, foram infectadas desde o início da vaga da Ómicron, em Janeiro. Os números oficiais mostram mais de um milhão de casos e quase 6.100 mortes desde Janeiro, principalmente entre a população idosa não vacinada. Desde o início da pandemia, a cidade de 7,4 milhões de habitantes aplicou uma política rígida de “zero casos”, à semelhança da China. Mas desde o aparecimento da variante Ómicron, no início de Janeiro, os hospitais ficaram sobrecarregados e Hong Kong está agora entre os territórios desenvolvidos com uma das maiores taxas de mortalidade.
Hoje Macau China / ÁsiaGrupo Alibaba aumenta plano de recompra de ações para 25 mil milhões de dólares O grupo chinês Alibaba anunciou hoje um aumento do plano de recompra de ações para 25 mil milhões de dólares, visando estimular a confiança dos investidores, após ter sido alvo de escrutínio regulatório. A empresa de comércio eletrónico, fundada pelo magnata Jack Ma, perdeu cerca de 65% da capitalização de mercado, desde que as autoridades chinesas cancelaram a oferta pública inicial do Ant Group, a tecnológica financeira do grupo, em novembro de 2020, desencadeando meses de escrutínio regulatório. O Alibaba disse, em comunicado, que vai aumentar a recompra de ações de 15 mil milhões de dólares para 25 mil milhões nos próximos dois anos. A empresa já recomprou 9,2 mil milhões de dólares em ações como parte do programa. As ações do Alibaba na Bolsa de Valores de Hong Kong subiram quase 5% no início da tarde, após o grupo ter anunciado o plano. As ações subiram mais de 40%, desde a semana passada, depois de o vice-primeiro-ministro chinês Liu He ter feito uma rara intervenção, na tentativa de tranquilizar os investidores, garantido que Pequim em breve terminará a sua campanha de “retificação” das grandes plataformas de tecnologia do país. O Conselho de Estado da China reiterou na segunda-feira as promessas de Pequim de impulsionar o crescimento e proteger os mercados financeiros de decisões políticas. Os crescentes riscos geopolíticos relacionados à invasão da Ucrânia pela Rússia e o escrutínio dos reguladores norte-americanos sobre a auditoria das empresas chinesas cotadas na Bolsa de Valores de Nova Iorque agravaram a volatilidade no mercado, nas últimas semanas. Daniel Zhang, presidente – executivo do grupo, disse repetidamente que as ações do Alibaba estão subvalorizadas e que a empresa continuará a recomprar ações. Os registos públicos também indicam que Ma e Joe Tsai, vice-presidente executivo, desaceleraram as vendas de ações. Tsai não vendeu nenhuma ação no segundo semestre de 2021 e Ma vendeu apenas cerca de 10 milhões de ações durante o ano, aproximadamente metade do valor em anos anteriores. O preço das ações relativamente barato atraiu investidores conhecidos, como o vice-presidente da Berkshire Hathaway, Charlie Munger, mas a empresa ainda não eliminou o ceticismo de muitos analistas de Wall Street. O Alibaba reportou o crescimento de vendas trimestral mais lento no quarto trimestre de 2021, desde que começou a negociar em bolsa em 2014, com um aumento das receitas de 10%, em termos homólogos – a primeira vez que o crescimento caiu abaixo de 20%. O principal negócio da empresa enfrenta crescente concorrência de grupos de comércio eletrónico como Pinduoduo e JD.com, e plataformas mais recentes, incluindo a Douyin – o nome do Tiktok na China -, que permite que celebridades da Internet vendam produtos por meio de transmissão de vídeo. O Alibaba recebeu uma multa recorde de 2,8 mil milhões de dólares por abusar da sua posição de mercado, no ano passado. A Ant Group continua também sob escrutínio regulatório.
Hoje Macau China / ÁsiaXangai encerra torre Pérola do Oriente face a novo surto de covid-19 A Pérola do Oriente, um dos mais emblemáticos arranha-céus de Xangai, encerrou hoje, devido a um surto de covid-19 detetado na “capital” económica da China, que mantém uma política de “tolerância zero” a casos da doença. Com 468 metros de altura e uma estrutura central de formas esféricas, a torre de televisão é um marco da metrópole chinesa e recebe centenas de milhares de visitantes. O arranha-céus não adiantou uma data de reabertura. Também a Disney encerrou, esta semana, o parque temático em Xangai, até novo aviso. Xangai regista, atualmente, o maior número de casos de covid-19 desde o início da pandemia, o que levou as autoridades a isolar bairros inteiros e a lançar uma campanha de testes em massa. A cidade também anunciou o aumento temporário dos centros hospitalares que vão tratar pacientes com covid-19. A Comissão de Saúde da China diagnosticou 31 novos casos em Xangai, nas últimas 24 horas. Foram ainda diagnosticados 865 casos assintomáticos, que Pequim não contabiliza como casos confirmados. O Governo chinês contabilizou 4.638 mortos e 134.564 casos de covid-19, desde o início da pandemia.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão qualifica de “irracional” decisão russa de suspender negociações de paz na Ucrânia O primeiro-ministro japonês qualificou hoje de “extremamente irracional e totalmente inaceitável” a decisão da Rússia de suspender negociações de um tratado de paz, na sequência de sanções impostas por Tóquio devido à invasão da Ucrânia. As declarações de Fumio Kishida foram proferidas numa sessão do comité orçamental da Dieta (parlamento nipónico). O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros japonês, Hiokazu Matsuno, disse numa conferência de imprensa que tinha sido enviado um protesto ao embaixador russo no Japão, Mikhail Galuzin. “A invasão russa da Ucrânia é uma tentativa unilateral de alterar o ‘status quo’ [do território] pela força e é um ato que afeta a base da ordem internacional. É claramente uma violação do direito internacional e inaceitável”, acrescentou Matsuno. Desde o início da intervenção da Rússia na Ucrânia, Tóquio impôs sanções a uma dúzia de organizações e empresas russas, assim como a 76 cidadãos, incluindo o Presidente russo, Vladimir Putin, e a 12 bielorussos, incluindo o chefe de Estado, Alexander Lukashenko. “Esta decisão é extremamente injusta, nunca será aceite e motiva o nosso mais forte protesto”, disse o porta-voz, que insistiu que para Tóquio não há nenhuma mudança na “linha diplomática básica” com a Rússia, país com o qual o Japão procura resolver uma disputa territorial relacionada com a soberania da parte sul das ilhas Curilhas, chamados Territórios do Norte no Japão, anexadas pela antiga União Soviética imediatamente após o fim da Segunda Guerra Mundial. Depois de anos de aproximação, Tóquio e Moscovo concordaram, em 2018, em assinar o tratado de paz, embora em 2020 fosse aprovada uma emenda à Constituição da Rússia que impedia a transferência de qualquer parte do território. A soberania destas quatro ilhas é a principal razão pela qual os dois países ainda não assinaram um tratado de paz depois do fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945. A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 925 mortos e 1.496 feridos entre a população civil, incluindo mais de 170 crianças, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,48 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU. Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia. A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
Hoje Macau China / ÁsiaQueda de Boeing é primeiro acidente aéreo com mais de cinco mortes na China desde 2010 A China, um dos três principais mercados de aviação civil do mundo, não registava um acidente aéreo com mais de cinco mortes desde 2010, até à queda do Boeing 737-800, na segunda-feira. Em 24 de agosto de 2010, um Embraer ERJ 190-100, operado pela Henan Airlines, com 96 pessoas a bordo despenhou-se, já na aproximação à pista, quando se preparava para aterrar em Yichun, no nordeste do país. No acidente e no incêndio que deflagrou morreram 44 pessoas, enquanto 52 sobreviveram. Os investigadores atribuíram o acidente a um erro do piloto, que estava a aterrar à noite, com visibilidade reduzida. A segurança da indústria no país asiático melhorou bastante, depois da ocorrência de uma série de acidentes mortais nas décadas de 1990 e 2000. As Forças Armadas chinesas sofreram alguns acidentes fatais, mas poucos detalhes estão disponíveis. A queda do voo MU5735 na segunda-feira, numa encosta arborizada, perto da cidade de Wuzhou, no sul da província de Guangxi, ocorreu cerca de uma hora depois de o voo partir de Kunming, capital da província vizinha de Yunnan. A bordo seguiam 132 pessoas, 123 passageiros e nove tripulantes, indicou a Administração da Aviação Civil da China. De acordo com a televisão estatal chinesa CCTV, não foram encontrados, até agora, quaisquer sobreviventes, no desastre aéreo mais mortal da China em décadas. A companhia aérea China Eastern, que operava o voo, é uma das quatro principais transportadoras chinesas, juntamente com a Air China, a China Southern Airlines e o grupo HNA. Fundada em 1995, a empresa tem sede no Aeroporto Internacional de Pudong, em Xangai. A frota de 749 aeronaves inclui 291 da série Boeing 737, de acordo com um relatório publicado em meados de 2021. A transportadora tem 79.913 funcionários, principalmente na China, e transportou 44,3 milhões de passageiros no primeiro semestre de 2021. A China Eastern registou uma perda de 5,4 mil milhões de yuans (772 milhões de euros) no primeiro semestre de 2021. As operadoras sofreram pesadas perdas financeiras, face à pandemia da covid-19. O Governo chinês mantém uma estratégia de “tolerância zero” que reduziu em 98% as viagens internacionais. As viagens domésticas são também frequentemente interrompidas por medidas de confinamento e restrições nas deslocações internas. O número de passageiros na China ultrapassou os Estados Unidos em 2020, pela primeira vez, de acordo com a companhia Boeing. Isto ocorreu, em parte, porque a China foi o primeiro grande país a retomar as viagens internas, depois do surto inicial de covid-19 em Wuhan, no centro do país. A Boeing previu um crescimento anual de tráfego aéreo de 5,4% e disse que a China deve responder por um sexto da futura capacidade adicional das companhias aéreas. O país asiático é um dos mercados mais importantes para a norte-americana Boeing e para a rival europeia Airbus. As construtoras disseram esperar que as operadoras chinesas impulsionem as vendas à medida que a procura nos Estados Unidos e na Europa diminui. O Partido Comunista Chinês quer também que as construtoras chinesas passem a competir, com aparelhos de fabrico próprio, para fornecimento interno e, eventualmente, exportar no futuro. A estatal COMAC, ou Commercial Aircraft Corp. of China, lançou um jato de curto alcance, o ARJ21, para 105 passageiros, e o C919, que é maior, mas de curto alcance, com 190 assentos. A empresa disse estar a trabalhar num avião de corredor duplo de longo alcance, o C929, para 290 passageiros.
Hoje Macau China / ÁsiaZhuhai | Surto ligado a produtos vindos dos EUA e Europa O Centro de Controlo de Prevenção de Doenças de Zhuhai conclui que o surto de covid-19 ocorrido em Janeiro terá tido origem em material dentário importado, tal como dentaduras, dos Estados Unidos e Europa. O comunicado, divulgado pelo portal China CDC Weekly, aponta que o primeiro caso deste surto foi detectado numa mulher de 34 anos que trabalha na empresa que importou os produtos. A paciente começou a ter sintomas de covid-19 a 8 de Janeiro, sendo que o seu marido e dois filhos, ambos a estudar no ensino infantil e primário, apresentaram sintomas dias depois. “Identificámos o surto como tendo origem num contágio familiar que se espalhou por jardins de infância, escolas e empresas”, pode ler-se. A empresa em questão disponibiliza produtos dentários “importados, via encomenda, da Europa e América”. “O primeiro caso foi um funcionário da empresa, que terá ajudado a recolher os produtos sem usar protecção (como máscaras e luvas) entre 1 e 11 de Janeiro”, pode ler-se. O Centro de Controlo e Prevenção de Doenças recolheu, a 16 de Janeiro, um total de 670 amostras nesta empresa. “Suspeitamos que as dentaduras e membranas dentárias oriundas do estrangeiro foram fontes possíveis de infecção”, apontam os responsáveis, que prometem continuar com estudos. “A detecção precoce e as acções de isolamento tiveram um papel fundamental na contenção da variante ómicron. Se o surto nos jardins de infância e escolas primárias não tivesse sido travado a tempo, poderia espalhar-se facilmente na comunidade”, apontam os autores da investigação.
Hoje Macau China / ÁsiaEleições/Timor-Leste | Ramos-Horta vence com 46,58%, à frente de actual Presidente José Ramos-Horta venceu a primeira volta das eleições presidenciais de sábado em Timor-Leste, com 301.481 votos (46,58%), o que obriga à realização de uma segunda volta em 19 de abril, segundo dados finais provisórios. Dados do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) – que vão ser agora confirmados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) – mostram que o atual chefe de Estado, Francisco Guterres Lú-Olo, foi segundo, com 143.408 votos (22,16%). Em terceiro ficou a atual vice-primeira-ministra, Armanda Berta dos Santos, com 56.289 votos (8,7%). O ex-comandante das forças armadas Lere Anan Timur foi o quarto mais votado com 48.959 votos (7,57%), à frente do deputado Mariano Sabino, do Partido Democrático (PD), com 47.008 votos (7,26%). Os restantes 11 candidatos, nas mais concorridas eleições de sempre, somam entre si 7,73% dos votos, segundo este escrutínio provisório. A taxa de abstenção nas eleições de sábado foi de 22,74%, mais baixa que os 28,84% registados nas presidenciais de 2017.
Hoje Macau China / ÁsiaXi Jinping “em choque” com queda de avião O avião da China Eastern Airlines que se despenhou hoje quando viajava entre as cidades chinesas de Kunming (sudoeste) e Cantão levava 132 pessoas a bordo, e não 133 como inicialmente noticiado pela televisão estatal chinesa CCTV. O Presidente chinês, Xi Jinping, declarou-se “em choque” e apelou para que “sejam determinadas o mais rapidamente possível as causas do acidente”, noticiou a agência Nova China. Também Li Keqiang, primeiro-ministro do país, apelou aos esforços “para consolar as famílias das vítimas e providenciar-lhes assistência”. O primeiro-ministro disse ainda, segundo a Xinhua, que as autoridades devem ser responsáveis pela divulgação de informação precisa em tempo útil, além de recolherem provas da causa do acidente e reforçarem as medidas de segurança no sector da aviação. A partir dos Estados Unidos, a Boeing indicou estar a esforçar-se “por reunir mais informações”. De acordo com o grupo de informação financeira Yicai, a China Eastern Airlines, a segunda maior companhia do país, decidiu não esperar pelos resultados da investigação e suspender todos os seus aparelhos 737-800 a partir de terça-feira. O Boeing-737 caiu perto da cidade de Wuzhou, na região de Guangxi (sul), e “causou um incêndio” nas montanhas, informou a CCTV, acrescentando que as equipas de resgate foram enviadas para o local. Ainda não foi divulgado qualquer balanço daquele que poderá ser o acidente de aviação com mais vítimas no país desde 1994, mas o Presidente, Xi Jinping, já reagiu, o que é invulgar num dirigente chinês. Num comunicado, a companhia aérea China Eastern Airlines “prestou homenagem aos mortos” na queda do avião. Segundo o ‘site’ especializado FlightRadar24, o aparelho perdeu em três minutos cerca de 8.000 metros de altitude, antes de desaparecer do radar após as 14:22 locais. O voo MU5735 da companhia de Xangai tinha descolado pouco depois das 13:00 locais da cidade de Kunming, no sudoeste da China, e tinha como destino Cantão, no sul, a cerca de 1.300 quilómetros. O 737-800, que transportava 123 passageiros e nove tripulantes, “perdeu o contacto sobre a cidade de Wuzhou”, na região montanhosa de Guangxi, indicou a Agência Chinesa da Aviação Civil (CAAC). O embate do avião “provocou um incêndio” na montanha, noticiou a televisão pública chinesa CCTV, que transmitiu imagens dos bombeiros a dirigir-se para o local do acidente através de uma zona montanhosa e arborizada, juntamente com a informação de que as chamas foram apagadas. “Todos os habitantes tomaram a iniciativa de ajudar as equipas de socorro. Toda a gente foi para a montanha”, relatou, Tang Min, proprietária de um estabelecimento comercial situado a cerca de quatro quilómetros do local do impacto, citada pela agência noticiosa francesa AFP. Os acidentes de aviação são relativamente raros na China, um país onde o tráfego aéreo se desenvolveu consideravelmente nas últimas décadas e onde as medidas de segurança são geralmente rigorosas. O último grande acidente no país ocorreu em agosto de 2010, quando um voo da companhia chinesa Henan Airlines se despenhou no nordeste do país fazendo 40 mortos. O maior número de vítimas num voo comercial data de 1994, quando um Tupolev 154 da China Northwest Airlines se despenhou pouco depois da descolagem de Xi’an, no norte do país, matando as 160 pessoas a bordo. Muitos passageiros chineses morreram também em março de 2014, aquando do enigmático desaparecimento do voo MH370 da Malaysian Airlines, com destino a Pequim. O acidente aéreo de hoje é mais um duro golpe para a empresa Boeing na China. Em março de 2019, o país foi o primeiro do mundo a ordenar às suas companhias para suspenderem os voos dos aparelhos 737 MAX, por razões de segurança. O anúncio surgiu na sequência de dois acidentes em poucos meses no estrangeiro, que fizeram 346 mortos. Quase três anos após esses reveses, o regulador chinês levantou finalmente em dezembro passado a sua interdição de voo ao Boeing 737 MAX, ignorando-se se esses aparelhos já retomaram os voos comerciais na China. A decisão era muito aguardada pela Boeing, para a qual a China é um importante mercado. O regulador condicionou o regresso do 737 MAX ao espaço aéreo chinês a modificações técnicas nos aviões, a fim de garantir a segurança dos voos. A China foi o último grande país a levantar a interdição de voo a este aparelho da Boeing.
Hoje Macau China / ÁsiaDisney encerra parque em Xangai face a pior surto desde o início da pandemia A Disney fechou hoje o parque temático em Xangai, numa altura em que as autoridades chinesas tentam controlar o maior surto de covid-19 registado na “capital” económica da China desde o início da pandemia. No sul do país, a cidade de Shenzhen permitiu a abertura de lojas e escritórios, visando retomar a produção. As cidades de Changchun e Jilin, no nordeste da China, iniciaram nova ronda de testes, em toda a cidade, após um aumento do número de infeções. Jilin apertou as restrições contra a doença, ordenando aos dois milhões de residentes que fiquem em casa. O número de casos registado na China é baixo, em comparação com outras partes do mundo, mas as autoridades chinesas adotam uma estratégia de “tolerância zero” à covid-19, aplicando medidas de confinamento e testes em massa, assim que um surto é detetado. O Governo chinês registou 2.027 casos, nas últimas 24 horas, acima dos 1.737 do dia anterior. Isto incluiu 1.542 casos na província de Jilin, onde as cidades de Changchun e Jilin estão localizadas. O governo de Xangai, a cidade mais populosa da China, com 24 milhões de pessoas, evitou o encerramento de empresas e instalações públicas em toda a cidade, mas apelou ao público para que fique em casa, se possível. O serviço de autocarros para a cidade foi suspenso e os visitantes são obrigados a apresentar um teste negativo para o vírus. A Disney disse que a Shanghai Disneyland, Disneytown e Wishing Star Park vão estar fechadas até novo aviso. Xangai registou 24 casos nas últimas 24 horas, com as autoridades a suspenderem o acesso a duas áreas residenciais e a realizar testes em massa em dezenas de outras. O governo de Shenzhen, centro financeiro e tecnológico adjacente a Hong Kong, anunciou que as empresas e os escritórios governamentais foram autorizados a reabrir hoje, enquanto as autoridades tomam medidas para tentar impedir o ressurgimento de casos. A cidade de 17,5 milhões de habitantes fechou todos os negócios, exceto aqueles que fornecem alimentos e outras necessidades, na semana passada, e disse à população para ficar em casa.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong reduz período de quarentena a partir de Abril A Chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, anunciou hoje uma série de medidas de combate à covid-19, que incluem a redução de quarentenas e o levantamento de proibições de alguns voos, noticiaram os ‘media’ locais. As alterações ao controlo fronteiriço entrarão em vigor a 1 de Abril, informou o jornal South China Morning Post. A atual exigência de quarentena de 14 dias para a maioria dos viajantes será reduzida para apenas sete dias, na condição de apresentarem resultados negativos dos testes no sexto e sétimo dias da quarentena obrigatória em hotéis designados. As regras de distanciamento social serão flexibilizadas em três fases, a partir de 21 de abril. A mudança abrangerá restaurantes, ginásios e outras empresas, bem como reuniões públicas. As escolas, entretanto, vão poder retomar as aulas presenciais, a partir de 19 de abril. Carrie Lam descartou igualmente a possibilidade de avançar para já com a testagem massiva da população. Em menos de três meses, Hong Kong registou quase um milhão de casos e 4.600 mortes, muitas entre idosos não vacinados. Segundo diferentes estimativas, metade dos 7,4 milhões de habitantes já foi infetada. O número de casos diários tem diminuído nos últimos dias, abaixo dos 20 mil.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Especialista diz que é “muito cedo” para abdicar de política de “zero casos” O principal especialista encarregado da gestão da pandemia da covid-19 na China considerou hoje ser ainda “muito cedo” para tratar o novo coronavírus como uma gripe, defendendo a manutenção da estratégia de “zero casos” do país. “É ainda muito cedo para tratar a [variante] Ómicron como uma gripe”, apontou Liang Wannian, durante uma entrevista à televisão estatal CCTV. Liang explicou que a proporção de pacientes com sintomas graves está a diminuir, mas a “transmissão rápida da variante pode causar um alto número de infeções num curto período de tempo”, o que faria com que os “números absolutos de mortes e doenças graves fossem também altos”. Liang disse que “não é o momento certo” para abandonar a atual estratégia de controlo da pandemia, pois desistir dela tornaria as conquistas dos últimos dois anos “inúteis”. A China continua a aplicar uma política de “tolerância zero” à covid-19, que acarreta o encerramento praticamente total das fronteiras, isolamento de todos os infetados e contactos próximos, e medidas de confinamento e testes em massa sempre que um surto é detetado. Segundo Liang, esta estratégia “provou ser eficaz” na “proteção da vida das pessoas” e também conseguiu “estabelecer um equilíbrio entre a prevenção da pandemia e o desenvolvimento económico”. “A pandemia está longe de terminar”, alertou o especialista, que deu como exemplo os recentes surtos na maioria das províncias chinesas. De acordo com os últimos dados da Comissão de Saúde da China, foram detetados, nas últimas 24 horas, 1.947 casos de covid-19. O país somou ainda 2.384 casos assintomáticos, que são registados separadamente pelas autoridades sanitárias. Dados oficiais do Governo chinês indicaram que, desde o início da pandemia, 4.638 pessoas morreram e 132.226 foram infetadas no país.
Hoje Macau China / ÁsiaTransacções de acções da construtora chinesa Evergrande suspensas em Hong Kong A construtora chinesa Evergrande Group suspendeu hoje a negociação das acções na bolsa de Hong Kong, aguardando uma “declaração de informações privilegiadas”, de acordo com um comunicado enviado à praça financeira. As transacções dos títulos da empresa nos mercados domésticos da China também foram suspensas. A Evergrande, com sede em Shenzhen, disse em Janeiro passado que pretendia apresentar uma proposta preliminar de reestruturação nos próximos seis meses. A construtora está no centro de uma crise entre os grupos do sector imobiliário da China, depois de Pequim ter restringido o acesso ao crédito e exigido um aumento do rácio de liquidez das empresas. Num comunicado separado, a unidade da Evergrande no mercado de capitais da China disse que os detentores de títulos aprovaram um plano de pagamento referente aos juros vencidos dos títulos emitidos na moeda chinesa, o yuan, de acordo com um comunicado enviado, no domingo, à bolsa de valores de Shenzhen. O grupo disse que vai distribuir juros que ficaram por pagar em setembro passado – uma obrigação no valor de quatro mil milhões de yuans, com um cupão de 5,8% e vencimento em 2025. O cupão do título é pago anualmente, e o primeiro pagamento estava programado para 23 de setembro do ano passado. O atraso não vai acionar um incumprimento na nota, de acordo com o plano aprovado. A Evergrande deixou de pagar os cupões referentes a títulos emitidos em dólares em dezembro. As empresas imobiliárias chinesas listadas em Hong Kong têm que apresentar, até 31 de março, os resultados anuais, nas primeiras demonstrações financeiras auditadas desde que a crise de liquidez se abateu sobre o setor. A receita dos governos locais chineses com as vendas de terrenos contraiu 29,5%, entre janeiro e fevereiro, em relação ao mesmo período do ano passado, a maior queda homóloga desde 2015, de acordo com dados publicados na sexta-feira pelo Ministério das Finanças da China.