Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | GP Internacional de Karting de 2018 é para avançar Apesar de não ter ainda uma data confirmada e de não constar do calendário de actividades de 2018 do Instituto do Desporto (ID) disponível online, o tradicional Grande Prémio Internacional de Karting de Macau deverá realizar-se novamente ainda este ano [dropcap style=’circle’]S[/dropcap]egundo apurou o HM junto das entidades oficiais, a prova de automobilismo de final de ano tradicionalmente co-organizada pela Associação Geral-Automóvel Macau-China (AAMC), ID e Direcção dos Serviços de Turismo (DST) no Kartódromo de Coloane está a ganhar forma nos bastidores. “O trabalho de preparação do Grande Prémio Internacional de Karting de Macau de 2018 está actualmente em curso, embora a data do evento e o programa desportivo ainda estejam a ser negociados com várias partes”, clarificou ao HM fonte oficial do ID. O evento do ano passado, realizado no segundo fim-de-semana de Dezembro, teve um diferente figurino das edições anteriores. Os campeonatos CIK FIA Ásia-Pacifico para as categorias KZ e OK, que iriam fazer parte do programa da edição de 2017, foram cancelados a pedido das entidades responsáveis pelo evento no território apenas seis dias depois de terem aberto as inscrições. Apesar da anulação das corridas que iriam atribuir os títulos dos dois mais importantes campeonatos CIK FIA para a região Ásia-Pacifico, a AAMC avançou com a organização da prova, oferecendo uma série de incentivos aos participantes. Formato mistério 120 participantes, oriundos da República Popular da China, Austrália, Taipei Chinês, Itália, Indonésia, Malásia, Filipinas, Singapura, Sri Lanka, Índia, Tailândia, Reino Unido, Hong Kong e Macau, aderiram às três provas, que envolveram nove grupos, incluindo a “Macau Cup KZ Invitation Race International”, a “AAMC Cup KZ Invitation Race Asia”, o Campeonato Open Asiático de Karting (AKOC) nas classes Formula 125 Open Sénior, Júnior e Veteranos, X30 Júnior e Sénior, ROK Sénior e Mini ROK. O formato da edição é, por agora, uma incógnita, apesar do ID adiantar que “é esperado que diferentes categorias sejam incluídas no eventos”, no entanto, “mais detalhes serão anunciados assim que um acordo seja alcançado”. O Kartódromo de Coloane tem uma data reservada para o fim-de-semana 8 e 9 de Dezembro para a segunda visita do ano do Campeonato Open Asiático de Karting (AKOC, na sigla inglesa) a Macau. Esta é uma competição que habitualmente faz parte do programa de corridas do Grande Prémio Internacional de Karting do território.
Sérgio Fonseca DesportoTCR China | Couto em estreia no campeonato de carros de turismo [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]ndré Couto vai fazer a sua estreia no campeonato de carros de Turismo TCR China este fim-de-semana no circuito chinês de Ningbo, na província de Zhejiang. Segundo a Macau News Agency, o piloto português de Macau recebeu um convite de última hora para conduzir um dos dois novos Honda Civic Type-R FK8 TCR que a equipa de Macau MacPro Racing adquiriu à italiana JAS Motorsport durante o defeso. Os macaenses Eurico de Jesus e Miguel Kong tripularam os carros japoneses na ronda de abertura do campeonato, no Circuito de Zhuhai, tendo Jesus vencido uma das corridas. Apesar da vasta experiência em corridas de carros de Turismo, esta será a primeira vez que Couto irá tripular um carro da categoria TCR. Recorde-se que são estes mesmos carros que dão actualmente corpo à Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR) e que em Novembro vão preencher a grelha de partida da Corrida da Guia. Os fins-de-semana do TCR China são compostos por três corridas, as duas primeiras, em formato sprint a disputar no sábado, e a corrida final, de 60 minutos, que acontece na tarde de domingo.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Vários pilotos de Macau interessados na Taça da Grande Baía A “Taça da Grande Baía” é a única novidade no programa da 65ª edição do Grande Prémio de Macau. O promotor do conceito esteve em Macau recentemente, onde apresentou o carro que dá corpo à competição monomarca, o Lotus Exige GT, e revelou mais pormenores sobre a competição “Ser o promotor do troféu monomarca Lotus no 65º Grande Prémio de Macau é uma honra”, admitiu ao HM Eric Wong, o fundador da Richburg Motors, a empresa responsável pela organização da “Taça da Grande Baía”. “Este é um momento significante para a Lotus, como primeiro promotor a apoiar um evento da Grande Baía. Além disso, será no primeiro ano depois da Lotus UK (Group Lotus plc) ter sido comprada pela Geely (Zhejiang Geely Holding Group). Isto é relevante.” Para Eric Wong, também ele um entusiasta dos desportos motorizados e piloto amador, esta nova competição distingue-se por “proporcionar uma plataforma para pilotos que queriam juntar-se a uma competição de desportos motorizados de topo, de nível amador e com carros de Grande Turismo (GT)”. Antes da grande corrida no Circuito da Guia, os pilotos que apostarem em competir na Taça vão ter a possibilidade de experimentar os carros ingleses no Circuito Internacional de Zhuhai, onde será realizada uma prova no terceiro fim-de-semana de Setembro. Para clientela diferente Nos últimos quatro anos a dita “slot comercial” do Grande Prémio foi ocupada pela “Corrida da Taça Chinesa”, prova de carros de Turismo, patrocinada pelo construtor automóvel chinês BAIC e que o ano passado foi ganha pelo macaense Hélder Assunção. A “Taça da Grande Baia” apresenta-se como um conceito diferente. Eric Wong acredita que o seu novo produto tem para oferecer algo mais interessante aos pilotos, uma vez que sublinha as capacidades e talento de cada um, até porque a preparação da viatura é igual para todos os concorrentes. “Ao contrário das corridas de carros de Turismo, os carros GT são muito mais relevantes no que respeita ao nível de habilidade (dos pilotos) e no equilíbrio de performance da dinâmica aerodinâmica, equilíbrio do chassis, potência e peso. O nosso troféu com o Exige GT tem todos os elementos necessários para os pilotos que procuram competir em condições de igualdade e custos razoáveis”, explicou Eric Wong que em 2015 foi o impulsionador da “Suncity Lotus Celebrity Cup” do Grande Prémio, uma corrida primordialmente pensada para atrair celebridades do showbiz de Hong Kong. Esta também não é uma competição para iniciantes, apesar de representante da marca Lotus para Macau estar ciente que vai ter vários pilotos com pouca ou nenhuma experiência em carros de GT. Por isso mesmo, o empresário da região vizinha está a oferecer “cursos de pilotagem para quem queira iniciar-se nas corridas de GT, com pilotos profissionais de topo, que têm experiência de pódios no Grande Prémio de Macau.” Outro dos motivos para cativar potenciais pilotos, está no moderno carro inglês, equipado com um motor V6 com compressor, “que está disponível para venda por um preço bastante razoável, 998.000 dólares de Hong Kong.” Interesse em alta por cá A trabalhar em contra-relógio para ter todos os carros prontos para Setembro, Eric Wong está confiante que vai ter casa cheia para o evento do mês de Novembro entre nós. “O recrutamento de pilotos já começou em Hong Kong, na China Continental e em Macau. Nós esperamos 25 carros no evento”, afirma o promotor. Diversos pilotos da RAEM já mostraram interesse em junta-se à “Taça da Grande Baía”, mas Eric Wong prefere não revelar números, nem nomes, apenas atesta que “há interesse” e que “estamos em negociações com vários pilotos”. Para aqueles que não estejam dispostos a comprar um destes vinte e cinco Lotus Exige GT, a organização tem uma outra opção: alugar um volante nas corridas de Zhuhai e Macau pelo valor de 460.000 dólares de Hong Kong, um preço que inclui todo o apoio técnico, inscrição, transporte, gasolina e pneus. As inscrições encerram no dia 7 de Setembro e, no caso dos representantes do território, apenas pilotos que participaram nos dois Festivais de Corridas de Macau ou em corridas de carros de Turismo estão elegíveis.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Leong Hon Chio deu boa conta de si no Europeu de F3 O piloto de Macau, Charles Leong Hon Chio, fez a sua estreia no Campeonato Europeu FIA de Fórmula 3, no circuito inglês de Silverstone, terminando as três corridas do programa com performances bastante animadoras [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]pesar das dificuldades esperadas – era a primeira vez que o piloto de 16 anos competia com o Dallara F317 Mercedes e numa pista que lhe era totalmente estranha até à passada sexta-feira – o representante da RAEM não desapontou, mostrando andamento para acompanhar o forte ritmo dos melhores pilotos da especialidade. Na primeira qualificação, Charles Leong escapou ao último lugar da grelha de partida, colocando o seu monolugar no 23º lugar. Na segunda qualificação, o piloto do Dallara nº66 ficou com o 20º melhor tempo, a menos de um segundo do pole-position. Por fim, para a corrida final, Leong qualificou-se novamente no 23º lugar. Na primeira corrida, disputada no sábado de manhã, ganha por Daniel Ticktum, o último vencedor do Grande Prémio de Macau de Fórmula 3, Leong aproveitou alguns abandonos para finalizar como 19º classificado. Na segunda corrida, em que o vencedor foi Mick Schumacher da Thedore Racing, Leong terminou no 22º posto depois de ter sido obrigado a entrar nas boxes para trocar a asa dianteira, após um toque com um adversário. No domingo, Leong foi 20º classificado na terceira e última corrida. Continuar a aprendizagem O campeão em título do asiático de Fórmula Renault e da Fórmula 4 na China reconheceu que foi um fim-de-semana duro e de muita aprendizagem. Competindo “mano-a-mano” com pilotos que estão a fazer este campeonato desde o início do ano, Leong admite “ainda estar a aprender a conduzir este carro” e a habituar-se ao pneus Hankook, que obrigam a uma gestão de corrida diferente e “são difíceis no final da corrida”. O jovem piloto, que deu os primeiros passos no automobilismo no Kartódromo de Coloane com 8 anos, não sabe quando regressará exactamente ao volante do Dallara F317 Mercedes da equipa Hitech Bullfrog GP, mas espera voltar a sentar-se no cockpit do carro da equipa inglesa antes do 65º Grande Prémio de Macau no mês de Novembro. Existe a possibilidade em cima da mesa de realizar mais uma bateria de testes, em Inglaterra, dentro em breve. A próxima corrida na agenda de Leong é mesmo a segunda jornada do Campeonato Asiático FIA de Fórmula 3, nos dias 1 e 2 de Setembro, em Ningbo, competição em que ocupa o terceiro posto na classificação de pilotos.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Charles Leong prepara Grande Prémio Macau F3 em Inglaterra A jovem promessa do automobilismo de Macau, Charles Leong, vai fazer a próxima prova do Campeonato Europeu FIA de Fórmula 3 no próximo fim-de-semana no circuito inglês de Silverstone [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] piloto de 16 anos vai conduzir um Dallara F317 Mercedes da Hitech Bullfrog GP, uma experiente estrutura inglesa que já inscreve três monolugares no principal campeonato internacional de Fórmula 3 e com quem Leong tem já uma ligação no novo campeonato asiático da especialidade. Esta primeira incursão do campeão em título da Fórmula 4 na China e da Fórmula Renault na Ásia tem como objectivo preparar a participação no final do ano na Taça do Mundo FIA de Fórmula 3 da 65ª edição do Grande Prémio de Macau. “Preciso fazer algumas provas na Europa para poder participar no Grande Prémio de Macau no final do ano”, afirma Charles, também conhecido no meio automobilístico do território pelo seu nome chinês Leong Hon Chio, que teve um primeiro contacto com o seu novo bólide no País de Gales na pretérita semana. “Testei o carro no circuito de Pembrey e é um carro fantástico, diferente daquele que conduzo na Ásia.” “Correr no Campeonato Europeu FIA de Fórmula 3 em Silverstone será um novo passo para mim, uma experiência completamente nova. Estou muito satisfeito por correr com a Hitech Bullfrog GP e acredito que a equipa me pode levar a um outro nível”, disse Leong antes de arrancar para terras de Sua Majestade na segunda-feira. O último piloto da RAEM a competir no Circuito da Guia na prova de Fórmula 3 foi Andy Chang, na edição de 2016, que aos comandos de um Dallara F312-NBE da ThreeBond with T-Sport terminou a prova na 12ª posição da geral. Bom início no asiático Charles Leong esteve em destaque na prova de abertura do novo Campeonato Asiático FIA de Fórmula 3, que decorreu no mês de Julho, no circuito malaio de Sepang. Leong foi segundo classificado na primeira corrida, subindo novamente ao pódio no segundo embate, desta vez terminando na terceira posição. Infelizmente, um toque no início da terceira corrida atirou-o para o fundo do pelotão, vendo a bandeira de xadrez no décimo segundo lugar. Apesar do infortúnio na terceira corrida, naquela que foi a sua estreia na categoria, Leong regressou a casa na terceira posição do campeonato. A competição asiática que é composta por cinco eventos continua no último fim-de-semana de Setembro com mais uma jornada tripla, desta vez no circuito de Ningbo, na China Continental. Leong não tem mais nenhuma corrida do Campeonato Europeu FIA de Fórmula 3 agendada após esta participação em Silverstone, no entanto, segundo apurou o HM, é provável que compareça em pelo menos mais um evento dos quatro que ainda ficam a faltar.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Teddy Yip Jr quer recuperar o título da F3 do GP [dropcap style=’circle’]P[/dropcap]ara todos os efeitos, o sobrinho de Stanley Ho promete um ataque à Taça do Mundo FIA de Fórmula 3 condizente com a tradição do nome que carrega. “O Grande Prémio de Macau é sempre o nosso evento mais importante. Contem connosco”, disse Teddy Yip Jr ao HM, deixando uma promessa: “Nós teremos uma equipa de pilotos muito forte. Não posso dizer agora qual será, mas será com certeza uma das mais fortes equipas de pilotos que já tivemos.” A Theodore Racing irá novamente marcar presença no Circuito da Guia em parceria com a Prema Powerteam, a mesma equipa italiana por quem André Couto conduziu várias temporadas no início da sua carreira internacional nos monolugares. A parceria entre a Theodore Racing e a Prema Powerteam, que deu os primeiros passos em 2013, tem este ano sido sentida nos palcos europeus do automobilismo no Campeonato FIA de Fórmula 2, no Campeonato da Europa FIA de Fórmula 3 e ainda nos campeonatos italiano e germânico de Fórmula 4. Fundada nos anos 1970 por Teddy Yip Snr, a Theodore Racing foi presença assídua no Grande Prémio até 1992, regressando em estilo em 2013, vencendo a prova de Fórmula 3, quando esta comemorou a sua 30ª edição, com o inglês Alex Lynn. O sueco Felix Rosenqvist deu o oitavo triunfo no Grande Prémio à Theodore Racing em 2015, mas nos dois últimos anos a “equipa da casa” viu-se suplantada pelas rivais. Este ano, Yip Jr quer voltar às vitórias no território, apesar do próprio admitir que às vezes “para vencer em Macau precisas mais que ter o melhor carro e o melhor piloto.” Este ano a Theodore Racing conta com um plantel de luxo na Fórmula 3 europeia, onde se inclui Mick Schumacher, o filho de Michael Schumacher e que há duas semanas venceu a sua primeira corrida na categoria, o estónio Ralf Aron, que subiu ao pódio em Macau em 2017, o neo-zelandês Marcus Armstrong, piloto da academia de jovens pilotos da Scuderia Ferrari, o russo Robert Shwartzman, apoiado pela SMP Racing do banqueiro russo Boris Rotenberg, e ainda a esperança chinesa GuanYu Zhou, também ele protegido pela casa de Maranello. A esperança chinesa GuanYu Zhou é pelo segundo ano consecutivo um dos pilotos da Theodore Racing na epopeia europeia e com quem Teddy Yip Jr não esconde que gostaria de contar em Novembro no Circuito da Guia. O piloto de 19 anos ainda não tem o bilhete para a RAEM, mas, em conversa com o HM, deixou claro que “que o objectivo é regressar a Macau”. “Estou naturalmente em negociações, mas de momento a minha concentração está no Campeonato Europeu FIA de Fórmula 3 onde estou a lutar pelo título”, acrescentou o piloto. O oitavo classificado da prova do ano transacto gostou da sua primeira experiência entre nós, pois “correr em Macau é definitivamente um dos eventos especiais, o lugar perfeito para estar na temporada. É diferente das corridas normais do campeonato, já que todos vão para Macau para vencer porque é um evento singular.” Nunca houve um piloto chinês a vencer o Grande Prémio de Macau e o actual quarto classificado no europeu de F3 sabe a importância que poderá ter se conseguir ser o primeiro. Todavia, o piloto natural de Xangai admite que Macau não é um circuito condescendente, apesar de se sentir cá quase como em casa. “Macau é perto da minha casa em Xangai, portanto costumo ter vários amigos que me vêm apoiar. O traçado do circuito é realmente difícil para os pilotos. É um dos circuitos mais difíceis que alguma vez corri, com a segunda secção, com muitas curvas, curvas cegas. Tens de estar muito confortável nesta pista e na primeira secção tens de travar para a Curva do Hotel Lisboa, que é muito irregular e fácil de bloquear as rodas”, afirma o jovem chinês. A 65ª edição do Grande Prémio de Macau será organizada de 15 a 18 de Novembro e os bilhetes para o público já se encontram disponíveis para venda. As listas de participantes deverão ser dadas a conhecer ao público no mês de Outubro, como é tradição.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Eurosport vai transmitir as corridas dos “supercarros” [dropcap style=’circle’] D [/dropcap] urante a apresentação das 24 Horas de Spa, o líder do SRO Motorsports Group enalteceu a importância dos eventos automobilísticos de Macau e da cobertura que vão ter este ano na Eurosport. Na habitual conferência de imprensa que antecedeu as 24 Horas de Spa, na Bélgica, em que a SRO Motorsports Group por tradição apresenta as linhas gerais para a temporada seguinte dos seus vários campeonatos de GT espalhados pelo mundo, Stéphane Ratel, o CEO e fundador do influente grupo francês, falou um pouco da edição deste ano da “Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA” A SRO Motorsports Group colabora desde 2016 com a Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC) e com a FIA na selecção dos participantes daquela que é a corrida mais importante de carros de Grande Turismo que se realiza no continente asiático. Sobre o evento da RAEM, Ratel referiu à plateia que “é um dos meus favoritos”, mesmo sendo “o miúdo turbulento do bairro”, numa clara alusão aos espectaculares acidentes que marcaram as duas últimas edições. O empresário e ex-piloto francês, que em 1994 esteve envolvido na organização do circuito citadino de Zhuhai, revelou que a corrida deste ano terá uma transmissão televisiva ainda mais global. “Nós pressionámos um pouco mais o Eurosport para termos o evento em directo este ano”, disse aos jornalistas. Um resumo da corrida será também transmitido no Eurosport 1 em prime-time, no domingo, dia 18 de Novembro. O ano passado apenas as duas corridas do agora defunto WTCC tiveram transmissão no influente canal pan-europeu de desporto, embora todas das outras corridas do programa tivessem tido uma ampla cobertura regional e mundial, com transmissões televisivas em 100 países através de 14 canais e emissão em directo (live streaming) pela internet. Adesão em força Apesar das críticas de alguma imprensa e de alguns construtores automóveis, que colocam em causa a natureza do Circuito da Guia para ser palco da decisão de um título desta envergadura, Ratel admite que Macau “é um grande lugar, com espectadores fantásticos e que proporciona corridas realmente excitantes.” A Audi, BMW, Ferrari, Honda, Lamborghini, Mercedes-AMG e Porsche foram as marcas representadas na grelha de partida da edição de 2017, em que o inevitável Edoardo Mortara, em Mercedes-AMG, venceu. Ratel mantém o optimismo quanto à edição deste ano e está confiante que as marcas vão voltar a aderir em força. “Vamos ter outro grande evento este ano”, garantiu. A Sociedade de Jogos de Macau será novamente o patrocinador da Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA, uma aposta que terá custado um valor superior a 4 milhões de patacas. Vinte e cinco concorrentes, a serem conhecidos no mês de Outubro, serão seleccionados para a prova que fará parte do 65.º Grande Prémio de Macau.
Sérgio Fonseca DesportoMotociclismo | Prova de Vila Real pode ajudar portugueses no regresso à Guia [dropcap style=’circle’] M [/dropcap] acau e Vila Real de Trás-os-Montes têm em comum pelo menos uma coisa. Ambas as cidades são conhecidas por organizarem um evento de automobilismo de carácter anual nas suas ruas, fazendo ambas parte do calendário da Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR) As chamadas “Corridas de Vila Real” são o mais importante cartaz turístico da cidade transmontana, sendo sem dúvida a sua marca distintiva no panorama Nacional e Internacional, um pouco à imagem do que acontece com o Grande Prémio de Macau. Depois de algumas paragens e interregnos, o Circuito de Vila Real tem sido, desde 2014, uma força na promoção do turismo da região e os organizadores do evento querem aumentar o seu alcance nos próximos anos. Na pretérita edição, os vilarealenses voltaram a realizar mais uma exibição de “duas rodas”, que serviu também de teste à pista para avaliar a possibilidade do regresso das competições de motos a Vila Real, depois das motas terem sido banidas em 1993. “Queremos que isso venha a acontecer, mas queremos ter a garantia de que isso acontecerá com toda a segurança”, salientou à comunicação social o presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos. Se Vila Real se conseguir afirmar no mundo do “Road Racing”, as possibilidades da presença portuguesa no Grande Prémio de Motos de Macau vão aumentar certamente. A Federação de Motociclismo de Portugal recebia da RAEM três convites para pilotos portugueses, mas com a introdução de critérios mais exigentes na escolha dos participantes, por parte do Grande Prémio de Macau, o número de representantes lusitanos tem vindo a diminuir ao longo dos anos. O motociclismo de velocidade em Portugal baseia-se essencialmente em competições de circuito e muito raramente há a oportunidade, ou ensejo, para os pilotos lusos participarem nas mais prestigiadas provas de estrada, como a conceituada prova da Ilha de Man ou a North West 200. A presença nestas provas é quase obrigatórias para os pilotos que ambicionem um convite para o Grande Prémio de Macau. Neste momento, André Pires é o único piloto português que reúne as condições para participar na provas de motociclismo da RAEM. “Sem dúvida que, se Vila Real vier a fazer uma prova e o pilotos portugueses participarem, vai ser uma prova tão boa como Ilha de Man ou o Grande Prémio de Macau”, admitiu Pires ao HM. “Estamos a falar de um circuito citadino, com muita qualidade, onde já se faz provas do mundial de Turismos. Assim já fica mais fácil monetariamente para os pilotos portugueses que gostam das Road Racing poderem participar e claro que dá uma grande experiência.” Pires que se iniciou no motociclismo em 2005 para receber o seu primeiro convite para o Grande Prémio de Macau em 2013, numa edição em que foi o melhor “rookie”, reconhece que, se o Circuito de Vila Real voltar a acolher competições de motociclismo de gabarito internacional “ficará mais fácil termos mais que um português a participar em Macau”. Pires na expectativa Apesar de 2017 ter sido uma edição para esquecer para o piloto de Vila Pouca de Aguiar, o actual terceiro classificado no Campeonato Nacional de Superbike espera voltar em Novembro ao Circuito da Guia. O português aguarda pacientemente por receber o convite da Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau. “A data começa aproximar-se e vontade não falta, mas ainda não sei se tenho o convite”, explicou André Pires. ao HM. “Espero ter, pois reúno as condições para poder voltar. Espero poder dizer algo em breve.” Na edição de 2017, Pires fez a sua melhor volta na qualificação em 2.32,167 minutos, 9,086 segundos mais lento que o pole-position e vencedor, o irlandês Glen Irwin (Ducati). O piloto de 28 anos acabaria, no entanto, por não alinhar na corrida devido a um problema de motor da sua Kawasaki. Há dois anos, numa edição ganha pelo britânico Peter Hickmann, em BMW, Pires levou uma Bimota, de motor BMW e preparada no Reino Unido, até ao 19º lugar final.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Mercedes AMG deverá regressar à Taça GT em Macau A Mercedes AMG deverá regressar em Novembro ao Circuito da Guia para defender o título da Taça do Mundo FIA de GT da 65ª edição do Grande Prémio de Macau, apesar do construtor de Estugarda ainda não ter confirmado os seus planos para a prova [dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]urante o fim-de-semana do campeonato DTM em Zandvoort, na Holanda, o HM teve a oportunidade de questionar Ulrich Fritz, o CEO da HWA, a equipa oficial da Mercedes-AMG, e um dos obreiros do regresso oficial da marca da estrelinha ao território há cinco anos. “Neste momento, não posso ainda dar uma resposta final, mas este é um dos eventos principais da temporada de GT. Nós somos campeões e não há uma grande hipótese de não haver um Mercedes à partida”, explicou Fritz ao HM. Para além de ser um evento comercialmente atractivo para o construtor germânico, para Fritz este “é o evento mais importante das corridas de GT no mundo, como corrida de sprint pelo menos, e é sobre ter os melhores pilotos. Isto, apesar de Macau já ter provado ser mais um jogo (de sorte ou azar); talvez seja algo relacionado com a cidade. É como uma roleta, como vimos o ano passado, com vários carros a baterem na primeira volta, e há dois anos, quando o vencedor venceu com o carro virado ao contrário.” Características únicas Alguns construtores já mostraram publicamente o seu desagrado sobre o facto de a Taça do Mundo ser disputada num circuito tão ‘suis generis’ como o da Guia, mas para Fritz essa é uma condicionante que não o incomoda. “Foi algo criado em Macau e é por isso que todos gostamos de Macau. Como estamos a atribuir um título mundial deveria ser um pouco menos de jogo (de sorte ou azar), mas não me cabe a mim julgar”, esclareceu o responsável germânico. Até ao dia 31 de Agosto os construtores interessados na prova terão que pagar os 2,500 euros por carro da pré-inscrição e esperar pelo dia 5 de Setembro, quando a FIA decidirá os 25 concorrentes seleccionados. Contudo, só em Outubro as identidades dos concorrentes serão divulgados ao público pela Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau. A Mercedes AMG venceu a edição 2014 e 2015 da Taça GT Macau, com o alemão Maro Engel, e conquistou a primeira Taça do Mundo FIA o ano passado com o inevitável Edoardo Mortara.
Sérgio Fonseca DesportoFórmula 1 | FIA dá nega ao vencedor do GP Macau [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] vencedor do último Grande Prémio de Fórmula 3, Daniel Ticktum, viu a Federação Internacional do Automóvel (FIA) fechar-lhe as portas, por agora, à Fórmula 1. A Red Bull, que gere a carreira do inglês de 19 anos, está a estudar a possibilidade de substituir o piloto neo-zelandês Brendon Hartley na equipa Toro Rosso, devido aos parcos resultados que este tem obtido. O piloto que antes de vencer Macau tinha feito as manchetes por ser banido um ano das corridas, após ter colidido propositadamente num rival quando militava na Fórmula 4, estava designado para participar no primeiro treino-livre do Grande Prémio da Hungria de Fórmula 1, mas a FIA não aprovou. Isto, porque Ticknum não tem pontos suficientes para pedir a Super-Licença necessária para participar na disciplina rainha do automobilismo. Apesar do Grande Prémio de Macau ter uma importância reconhecida internacionalmente, não oferece qualquer pontos para a Super Licença aos vencedores. Estes pontos são atribuídos apenas aos primeiros três classificados de campeonatos designados. O Dr Helmut Marko, o influente director desportivo da Red Bull, espera que Ticknum possa participar no testes da Fórmula 1 no final do ano no Abu Dhabi, testes esses que decorrem no princípio da semana do Grande Prémio de Macau e que poderão condicionar o regresso de Ticknum ao Circuito da Guia no mês de Novembro.
Sérgio Fonseca DesportoGrande Prémio | Joker Lap do WTCR impossível no Circuito da Guia A organização da Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR) queria introduzir a Joker Lap na sua jornada dupla em Macau para apimentar o espectáculo, mas chegou à conclusão que tal ideia é impossível de aplicar no Circuito da Guia [dropcap style≠’circle’]I[/dropcap]mplantada o ano passado pela primeira vez no WTCC, no circuito citadino português de Vila Real, o conceito da Joker Lap passa por criar mais um factor de imprevisibilidade nos circuitos urbanos, onde as ultrapassagens são mais difíceis, usando para isso uma variante que os pilotos utilizam, à semelhança do que já acontece noutras disciplinas do automobilismo, como no Rallycross, adicionando um factor de incerteza à corrida e obrigando as equipas a assentar estratégias para que os pilotos percam o menos tempo possível com a manobra. Em Vila Real, até hoje o único circuito onde o conceito foi utilizado, os concorrentes são obrigados, uma vez por corrida, a contornar a Rotunda M. Coutinho pela faixa da esquerda, quando normalmente o fazer pela direita, perdendo com isso cerca de dois segundos, em comparação com uma volta normal. Volta impossível François Ribeiro, o Director do Eurosport Events, a empresa que tem os direitos do WTCR, diz que explorou a viabilidade de introduzir a Joker Lap em Macau, mas confessou que não encontrou um ponto adequado no Circuito da Guia para implementar uma via secundária onde os concorrentes teriam que cumprir a tarefa. “Eu estive a verificar com Macau, mas é simplesmente impossível”, disse Ribeiro à revista inglesa Autosport. “Não há fisicamente uma localização para fazer uma Joker Lap em Macau. Eu fiz uma volta ao circuito mais de dez vezes e não há mesmo um local.” Sem possibilidades de transpor este conceito unicamente experimentado em Portugal para Macau, Ribeiro tem esperanças que tal seja possível fazê-lo no circuito citadino chinês de Wuhan que este ano recebe uma jornada do WTCR, no mês de Setembro.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Aos 17 anos Sophia Flörsch irá correr no GP Macau F3 A primeira confirmação para a Taça do Mundo FIA de Fórmula 3 do 65º Grande Prémio de Macau é Sophia Flörsch, que será apenas a terceira senhora a competir na corrida principal do cartaz desportivo de carácter anual da RAEM [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]pós dois anos a competir na Fórmula 4, a alemã irá correr pela Van Amersfoort Racing nas sete provas que faltam até ao final do ano do Campeonato Europeu FIA de Fórmula 3 e participará também na prova de fim de época em Macau, anunciou a equipa holandesa na passada sexta-feira. Sophia Flörsch tem apenas 17 anos e é embaixadora da organização sem fins lucrativas “Dare to be Different” da ex-piloto Susie Wolff, que tem como objectivo proporcionar oportunidades a talentos femininos em todas as áreas dos desportos motorizados, um sector profissional de dominação masculina. “Depois de um período em que tive de dar prioridade aos estudos para passar os exames da escola, é fantástico regressar à competição e concentrar-me inteiramente na minha carreira”, afirmou a nova recruta da Van Amersfoort Racing, a equipa que serviu de trampolim de Max Verstappen para Fórmula 1. Sobre a ascensão à Fórmula 3, Sophia, que se iniciou no automobilismo a pilotar karts quando tinha apenas 5 anos e que chegou a estar na mira dos responsáveis pelo exigente programa de jovens pilotos da Red Bull, confessa que tem pela frente “um grande desafio”, e espera que a experiência da sua equipa a permita “aprender bastante”. A estreia de Sophia ao volante do Dallara Mercedes-Benz acontece já no próximo fim-de-semana no circuito holandês de Zandvoort. Depois de Cathy e Tatiana Logo nas suas primeiras edições o Grande Prémio chegou a ter no programa uma corrida de 10 voltas ao Circuito da Guia só para senhoras. Contudo, desde que em 1982 o Grande Prémio de Macau adoptou a Fórmula 3, só mais duas senhoras participaram na prova. Cathy Muller, irmã do bem conhecido Yvan Muller e mãe do piloto do WTCR Yann Ehrlacher, foi a primeira a fazê-lo. A francesa alinhou na edição de 1983 e terminou num honroso 12º lugar entre 25 concorrentes. Só trinta e um anos depois voltamos a ver uma representante feminina na corrida de Fórmula 3 do Circuito da Guia, foi a ela colombiana Tatiana Calderón. A exemplo de Cathy Muller, Tatiana Calderón não deslumbrou, mas ficou bem longe de desapontar, terminando na 13ª posição num pelotão constituído por 28 pilotos. Independentemente da performance e do resultado final, só pela sua presença Sophia Flörsch acrescentará mais um motivo de interesse na corrida.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Nissan confirma presença na Taça do Mundo de GT A Nissan foi o primeiro construtor a confirmar a presença na edição deste ano da Taça do Mundo FIA de GT que decorrerá dentro do programa do 65º Grande Prémio de Macau. Esta será a primeira participação do construtor nipónico na Taça do Mundo da federação internacional [dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]m parceria com a NISMO, o braço da competição da Nissan, a equipa KCMG vai inscrever três novos Nissan GT-R NISMO GT3 na prova do Circuito da Guia. A equipa de Hong Kong que já venceu a classe LMP2 das 24 Horas de Le Mans participa esta temporada com dois carros da marca nipónica no campeonato Blancpain GT Series Asia. A formação liderada no terreno pelo japonês Ryuji Doi não confirmou os seus pilotos, mas é provável que a escolha recaia em dois pilotos da sua formação do Blancpain GT Series Asia e num piloto nomeado pela NISMO Motorsport. Alexandre Imperatori, Florian Strauss, Tsugio Matsuda e Edoardo Liberati são os pilotos da equipa do empresário e ex-piloto Paul Ip na competição asiática da SRO. “Nós não somos novatos em Macau, tendo colocado carros a correr em diversas categorias anteriormente, mas a nossa parceria oficial com a NISMO permite-nos embarcar numa outra excitante oportunidade”, afirmou o responsável japonês. Esta não será a estreia da NISMO na corrida de GT do Grande Prémio de Macau, pois em 2014, um Nissan GT-R NISMO GT3 privado participou naquela que ainda era apenas chamada Taça Macau GT. Contudo, o maior sucesso da marca na prova remonta a 1990, quando um R32 conduzido por Masahiro Hasemi venceu a célebre Corrida da Guia. Mesmos moldes do passado Apesar da Nissan ter sido por agora o único construtor a confirmar a sua presença na Taça do Mundo, há duas semanas, em entrevista à Rádio Macau, Domingos Piedade disse que Mercedes AMG planeava voltar em Novembro com Edoardo Mortara, vencedor da edição transacta, e Daniel Juncadella. Igualmente é esperada a presença oficial da Audi, cujos responsáveis continuam a considerar esta corrida como “uma mais valia” para promover os seus produtos no continente asiático. BMW, Honda e Porsche poderão também fazer-se representar em parceria com equipas da região, a exemplo do ano passado. A prova de GT voltará este ano a estar limitada a 25 inscrições, sendo que apenas pilotos classificados pela FIA como “ouro” e “platina” estão autorizados a participar. O programa será igual ao ano passado, com uma corrida de qualificação no sábado e a corrida decisiva de 18 voltas no domingo. O evento deverá começar com a tradicional exposição na Praça Tap Seac uma semana antes. As inscrições para esta corrida abriram no dia 29 de Junho e só encerram a 31 de Agosto. Um comité de selecção irá depois escolher os participantes até ao dia 5 de Setembro, seguindo-se o período de registo, e só depois estes serão dados a conhecer ao público em geral.
Sérgio Fonseca DesportoRui Valente está por agora fora do Grande Prémio de Macau Foi um fim-de-semana de decisões aqui ao lado no Circuito Internacional de Zhuhai para os pilotos de carros de Turismo locais. O segundo “Festival de Corridas de Macau” do ano trouxe muita animação, alegrias, tristezas e decidiu os apurados para a Taça de Carros de Turismo de Macau da 65ª edição da Grande Prémio de Macau [dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] competição organizada pela Associação Geral de Automóvel de Macau-China (AAMC) que este ano está novamente dividida em duas classes – “AAMC Challenge 1.6 Turbo” e “AAMC Challenge 1950cc ou Superior” (anteriormente designada como Roadsport Challenge) – teve novamente quatro corridas e, mais uma vez, quatro vencedores diferentes. À imagem do primeiro confronto, os pilotos de Hong Kong foram mais fortes entre os carros de motor 1600cc Turbo, enquanto na colorida categoria para viaturas de cilindradas superiores a 1950cc foram os pilotos de Macau a tomarem conta dos acontecimentos. Classe do Suncity A classe “AAMC Challenge 1.6 Turbo” reuniu os mesmos vinte e sete participantes do primeiro evento e a primeira corrida, no sábado, foi totalmente dominada pelos muito bem preparados Peugeot RCZ da equipa Suncity Racing Team de Hong Kong. Andrew Lo estreou-se a vencer, tendo a companhia na cerimónia do pódio dos seus companheiros de equipa Alex Fung e Paul Poon que tinha arrancado da pole-position. Ryan Wong (Chevrolet Cruze) foi o quarto classificado e melhor dos representantes de Macau, terminado à frente de Leong Chi Kin (MINI Cooper S). Dentro do Top-10 terminou o melhor dos nomes portugueses, Célio Alves Dias (MINI Cooper S), no nono posto. No que respeita à armada de macaenses, Hélder Assunção foi 13º, Jerónimo Badaraco (Chevrolet Cruze) finalizou no lugar seguinte, ao passado que Eurico de Jesus foi 16º. Rui Valente complicou as contas da qualificação, ao ser apenas 20º classificado devido a problemas de travões que destruíram ao longo da corrida um pneu. Filipe Souza (Chevrolet Cruze) continuou a sua senda de infortúnios e nem sequer arrancou para a primeira corrida do fim-de-semana devido a problemas de motor. No domingo, dia decisivo para muitos, a corrida foi disputada em piso molhado, mas gradualmente a secar. A Suncity Racing Team fez outra dobradinha, com Alex Fung a ver a bandeira de xadrez à frente de Paul Poon. Sem andamento para ombrear com os dois primeiros, Cheong Chi On (Peugeot RCZ) foi o melhor dos representantes do território, conquistando o último lugar de honra. Destaque para a corrida inglória de Rui Valente. O piloto português, que teve um acidente no treino matinal e que por isso não participou na qualificação, arrancou de último. Apostando em pneus slicks e com o asfalto a secar, Valente foi galgando posições durante as 12 voltas, terminando num doloroso 9º lugar. Mais uma volta e Valente teria subido a oitavo e com isso conseguido o ambicionado apuramento para o Grande Prémio. Naquele que é o seu 30º ano no automobilismo, Valente terá agora que esperar que algum dos 18 pilotos que ficou à sua frente não se inscreva para a Taça de Carros de Turismo de Macau do mês de Novembro. Badaraco, o vencedor desta categoria na “Taça CTM” na pretérita edição do Grande Prémio, deu um ar da sua graça, terminando no quarto posto. Assunção foi 14º e “Bebe” Eurico finalizou em 23º, enquanto Dias terminou classificou no 19º posto, mas já com duas voltas de atraso. Filipe Souza somou mais um abandono. Para os de cá Na mais numerosa categoria “AAMC Challenge 1950cc ou Superior”, onde cinquenta concorrentes lutaram por apenas dezoito vagas, assistiu-se dois triunfos de pilotos da RAEM, a exemplo do que tinha acontecido no primeiro fim-de-semana no mês de Maio. Na tarde de sábado Leong Ian Veng (Mitsubishi Evo9) voltou a impor-se, com uma certa naturalidade, vencendo a corrida a seu bel-prazer, obtendo o seu segundo triunfo do ano. Stephen Lee (Mitsubishi Evo9) e o japonês Mitsuhiro Kinoshita (Nissan GTR-34) perfizeram o pódio. No domingo foi a vez do veterano Wong Wan Long (Mitsubishi Evo10) levar a melhor, por um segundo e meio sobre Samson Fung (Audi TTRS) de Hong Kong e Delfim Mendonça Choi (Mitsubishi Evo9). O piloto macaense já tinha sido quarto classificado na primeira corrida e voltou ao pódio numa corrida em que terminou a escassos dois segundos e meio do vencedor. Luciano Castilho Lameiras teve um fim-de-semana desapontante, tendo-se qualificado para a corrida de sábado, mas não cumprindo qualquer volta, ao passo que no domingo só realizou três voltas. Por seu lado, Jo Merszei optou por não alinhar na prova por não ter uma viatura competitiva à disposição, como tinha ficado evidente no primeiro evento. Nos próximos dias a AAMC deverá anunciar o início do período de inscrições para o Grande Prémio, onde os 18 melhores classificados de cada categoria têm acesso imediato. Aqueles que não conseguiram o apuramento directo terão que esperar por alguma desistência para terem acesso à grande corrida do ano.
Sérgio Fonseca DesportoTiago Monteiro espera participar em provas do WTCR O piloto português Tiago Monteiro disse, em conferência de imprensa, no fim-de-semana da prova de Vila Real da Taça do Mundo de Carros de Turismo (WTCR), que almeja regressar à competição antes do final da presente temporada. [dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] piloto português, de 41 anos, sofreu um violento acidente em Setembro de 2017, numa sessão de testes privados da Honda, em Barcelona, não tendo regressado ao volante em competição desde então. Contudo, Monteiro tinha esperanças reais de regressar à competição no circuito urbano de Vila Real no passado fim-de-semana, porque a evolução da sua saúde nos últimos meses tem sido muito positiva. “A nível da visão estou quase 100 por cento recuperado, as cervicais e o ombro também, mas o traumatismo craniano foi muito forte e teve consequências maiores do que se pensava inicialmente”, referiu o portuense aos jornalistas. O piloto afirmou que a equipa médica que o tem acompanhado, tanto em Portugal, como em Miami, analisou todos os exames e concluiu que ainda era cedo para o regresso ao volante. “O impacto foi muito violento e deixa sempre sequelas. Apesar de estar a recuperar, era perigoso voltar a arriscar o impacto em menos de 12 meses após o acidente”, sublinhou. Confiante, o ex-piloto de Fórmula 1 afirmou que se sente “completamente pronto e em plena forma” e adiantou que já teve autorização médica para fazer testes em pistas e que estes, “foram positivos”, salientando ainda que sentiu “uma adrenalina incrível” e que não teve “qualquer apreensão”. O primeiro e único piloto português a triunfar no Circuito da Guia frisou a sua vontade de regressar à competição em algumas das provas finais do WTCR 2018. “A minha concentração e os meus objectivos estão no final da temporada. Agora, o meu objectivo é fazer algumas corridas no final da época para melhor preparar o próximo ano”, disse o piloto que não esconde a vontade de regressar ao circuito citadino da RAEM, lugar de boas memórias. Enquanto não retorna ao activo no campeonato promovido pela Eurosport Events, Monteiro vai sendo substituído pelo jovem belga Benjamin Lessennes ao volante do Honda Civic da Boutsen Ginion Racing. A temporada inaugural do WTCR é composta por dez provas, sendo que as quatro últimas jornadas são disputadas no continente asiático; duas na China Continental (Ningbo e Wuhan), uma no Japão (Suzuka) e o Grande Prémio de Macau. Dois de Macau Apesar de não ter pilotos a tempo inteiro na temporada 2018 do WTCR, existe a possibilidade de Macau ter dois pilotos na prova de encerramento da época. A organização do campeonato irá atribuir dois “wildcards” a pilotos locais que participem em provas de carros de Turismo e, segundo o que o HM apurou, há vários candidatos entre os pilotos do território. A introdução este ano do conceito TCR no “Mundial de Turismos” diminuiu os custos por prova, tornando agora a categoria rainha das corridas de Turismos muito mais apetecível aos pilotos privados em comparação com do defunto WTCC.
Sérgio Fonseca DesportoRutter acredita no potencial das motos eléctricas no GP Macau A mobilidade eléctrica está cada vez mais a ganhar espaço na nossa sociedade e à conta disso os desportos motorizados vivem um momento de transição. Depois das competições de carros eléctricos promovidos pela FIA, como o Campeonato FIA de Fórmula E que tem no calendário uma corrida nas ruas de Hong Kong, agora é a vez do MotoGP lançar a sua competição mundial de motas eléctricas, a MotoE [dropcap style≠‘circle’]C[/dropcap]orridas de motas eléctricas não são uma novidade. Na famosa prova da Ilha de Man, desde que foi criada a categoria de emissão-zero, em 2010, as motas eléctricas têm sido uma presença regular numa classe à parte. O preparador semi-oficial da Honda, a Mugen, tem investido fortemente nesta classe – fala-se em valores acima dos 30 milhões de patacas por ano – e pilotos bem conhecidos do Grande Prémio de Macau como John McGuiness e Michael Rutter já experimentaram as sensações de conduzir estas máquinas que não pesam mais de 240kg e atingem velocidades acima dos 280 km/h. E quando é que a motas eléctricas terão espaço no Grande Prémio de Motos de Macau? “Obviamente, é difícil prever se acontecerá ou quando”, disse Michael Rutter quando questionado pelo HM, “mas seria muito interessante tentar”, acrescenta o motociclista com mais sucessos no Circuito da Guia e que tem um conhecimento vasto deste tipo de motas, tendo conduzido a Segway MotoCzysz primeiro e agora a ainda mais competitiva Mugen Shinden. Ao contrário dos actuais carros da Fórmula E, que só aguentam meia corrida, Rutter acredita que uma moto de TT seria capaz de completar as 12 voltas do Grande Prémio. Sobre a possibilidade de no futuro a corrida combinar na mesma corrida as motas convencionais, com as motas eléctricas, Rutter, que no mês passado triunfou novamente na TT Zero, diz que tal cenário não é de todo inconcebível. “Definitivamente, isso não seria impossível, dependendo da gestão da potência e a velocidade por volta (das motas eléctricas). Mas só experimentando no circuito de Macau é que seria possível realmente perceber a diferença por volta deste dois tipos diferentes de motos”, remata o britânico. Mais difíceis de domar Mesmo para um piloto de estrada experiente como Rutter, as motas eléctricas têm os seus truques e a transição das motos com motores a combustões requer um ‘mindset’ diferente. “A maior diferença é o ‘feeling’ que tens da mota”, explica o veterano natural de Stourbridge. “Principalmente quando aceleras. Não há o ‘lag’ habitual, não tens de esperar (que a potência seja entregue à roda). Não consegues pôr a roda traseira a patinar”. Dado que são máquinas mais traiçoeiras, Rutter confessa que é preciso “um maior cuidado” para evitar erros, erros que nas corridas de duas rodas e em circuitos de estrada se pagam muito caro. Vem para a nona O recordista de vitórias no Grande Prémio de Motos de Macau está esperançado em regressar no mês de Novembro ao Circuito da Guia, com o intuito de alcançar a nona vitória numa prova que conhece como poucos. O piloto britânico ainda não tem definida a sua participação, nem com que equipa, nem com que mota. “Estou confiante que sim, estou a tentar regressar. Espero lá estar (no Grande Prémio)”, confessa. Nesta última década, Rutter terminou todas as corridas do Grande Prémio no pódio, tendo visto na edição passada a bandeira de xadrez na terceira posição.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Jo Merszei alerta para o esquecimento de Barry Bland Vai fazer um ano que uma figura proeminente da história do Grande Prémio de Macau nos deixou, mas, para além do seu legado, pouco mais se tem feito em sua memória, alerta o eclético piloto de Macau Jo Merszei [dropcap style≠’circle’]C[/dropcap]om qualidades pessoais e conhecimento do meio altamente reconhecidas, o inglês Barry Bland, aquele que será sempre recordado como o pai do Grande Prémio de Macau de Fórmula 3, esteve mais de trinta anos ao serviço do maior evento desportivo do território, tendo saído abruptamente em 2016, meses depois do evento passar para a alçada do Instituto do Desporto. “De 1983 a 2016, o Barry trouxe as mega estrelas do amanhã a Macau para correr. A maior parte dos actuais e ex-pilotos de Fórmula 1 devem ao Barry, de uma forma ou de outra, pela sua ajuda e orientação”, realçou Jo Merszei ao HM. “O Barry ajudou muitos pilotos sem fundos a entrar em contacto com os patrocinadores certos, colocando esses pilotos a correr. Ele era um bom amigo, um cavalheiro e ganhou respeito que ombreava os grandes nomes do automobilismo mundial”. Em 1983 Bland convenceu Rogério Santos, na altura o presidente do Leal Senado, e Phil Taylor, do clube automóvel de Hong Kong, que a Fórmula 3 era o caminho a seguir no Grande Prémio. Na altura a Fórmula Atlantic estava em plena decadência. À época, a então Fórmula 2 parecia ser o caminho a seguir, mas dois meses antes da prova o plano foi abortado porque a largura da Curva da Estátua (onde estava a estátua equestre de Ferreira do Amaral), agora Curva do Lisboa, não ser suficiente para os carros passarem. Pelo mérito de persuadir as entidades responsáveis na hora H e o empenho colocado na prova ao longo dos anos, o piloto macaense não quer ver o nome de Barry Bland esquecido. “Com a experiência e profissionalismo das pessoas de Macau, sob a orientação do então Coordenador, o Engº Costa Antunes, o evento ganhou estatura no automobilismo global”, destaca Jo Merszei, que crê que “sem uma boa parceria, sem o Barry, o Grande Prémio de Macau nunca teria chegado ao patamar em que está hoje.” Final atribulado O fim da ligação ao Grande Prémio do ex-presidente da Comissão de Monolugares da FIA e organizador do Masters de Zandvoort, a prova europeia mais relevante do calendário de Fórmula 3, fez correr muitas linhas na imprensa especializada internacional, principalmente de língua inglesa. Jo Merszei recapitula esses momentos, em que as equipas europeias de Fórmula 3 temeram pela continuidade da emblemática corrida de encerramento de temporada. “Nos últimos dias de Outubro de 2016, engenheiros e chefes de equipa da Fórmula 3 começaram a contactar-nos relativamente à questão de quem ficaria a responsabilidade pela gestão do Grande Prémio de Macau. Esta era certamente uma questão desconcertante porque todos estavam ocupados a preparar o Grande Prémio. Com o passar dos dias, foi posto a circular nos bastidores a informação que a regulamentação e a logística não estavam disponíveis e as equipas começaram a ficar desesperadas para saber o que se estava a passar”, recorda Jo Merszei. “No fim, o Barry foi obrigado a demitir-se do seu serviço, por respeito à sua reputação, responsabilidade e pela integridade à sua empresa, a MRC.” Jo Merszei, ele próprio um piloto que ascendeu à Fórmula 3 com a preciosa ajuda do britânico, relembra que “todos os mecânicos, engenheiros e chefes de equipa estavam a falar como desonroso e desleal o Grande Prémio de Macau e o Instituto do Desporto tinham sido ao praticar um acto de traição ao Sr Grande Prémio de Macau, o próprio, Barry Bland. Um reputado e amplamente jornal local noticiou que o Barry e a comissão do Grande Prémio tinham chegado a um impasse. Essa foi uma grande subavaliação. A verdade e os detalhes criaram ainda mais desapontamento”, assevera. In memoriam Aquelas semanas de incerteza no início do Outono de 2016 acabaram por não beliscar a reputação do evento da RAEM, mas não deixaram de passar uma imagem menos abonatória de ingratidão que hoje poderia ser compensada com um reconhecimento à altura, acredita o actual piloto do Campeonato de Carros de Turismo de Macau (MTCS). “No caso do Barry Bland, a reputação e imagem limpa de Macau ficaram manchada pelos poderes”, afirma convictamente o piloto macaense. “Os departamentos e as pessoas responsáveis pelo Grande Prémio de Macau têm muito que fazer para redimir a nossa imagem no desporto internacional.” Jo Merszei sugere que se preste uma devida homenagem a este amigo da terra. “Talvez uma placa ou uma fotografia emoldurada do ‘Sr Macau GP’ no nosso Museu do Grande Prémio em memória do seu imenso trabalho pela prova e pelas pessoas de Macau. É o mínimo que podemos fazer”, diz. “Até o nosso honorável Chefe do Executivo, o Dr. Fernando Chui Sai On, reconheceu o contributo que o Barry deu a Macau, ao presenteá-lo com o Certificado de Prestígio em 2012.” Com a saída de cena de Bland em 2016 e a ascensão a Taça do Mundo FIA, a corrida Fórmula 3 em Macau é agora administrada pela própria federação internacional em cooperação com Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Jovem piloto de Macau assina com equipa inglesa Depois de meses de impasse, o jovem piloto de Macau, Leong Hon Chio, mais conhecido no meio por Charles Leong, confirmou que vai participar no renovado Campeonato Asiático de Fórmula 3 na temporada de 2018 [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] piloto de 16 anos conseguiu encontrar as condições necessárias para assinar pela Hitech Dragon GP, o braço asiático da experiente equipa inglesa Hitech GP. Na temporada passada, Leong conquistou o feito de ter vencido, de uma assentada, o Campeonato da China de Fórmula 4 e o Campeonato Asiático de Fórmula Renault 2.0. Para Oliver Oakes, o responsável máximo da Hitech GP, o piloto que deu os primeiros passos no automobilismo no Kartódromo de Coloane é uma forte contratação. “O seu sucesso nos últimos anos provam que ele é um piloto extremamente capaz e nós estamos confiantes que ele vai brilhar durante esta época”, afirma o inglês. Depois de analisar as propostas que tinha de várias equipas, Leong escolheu aquela apresentada pela formação baseada nos arredores do circuito de Silverstone. “Estou bastante entusiasmado por me juntar a uma equipa tão experiente que opera em múltiplos campeonatos. Estou plenamente confiante de que seremos competitivos na F3 Ásia este ano”, assevera o piloto. A Hitech Dragon GP irá inscrever três carros no campeonato certificado pela FIA, sendo que para além de Leong, também o sul-africano Raoul Hyman, um piloto que já conduziu de Fórmula 3 nos circuitos europeus, assinou para guiar um dos monolugares construídos pela Tatuus e igual para todos os concorrentes. O Campeonato Asiático de Fórmula 3 tem início marcado para o fim-de-semana de 13 e 14 de Julho na Malásia e na sua temporada de estreia é composta por cinco eventos, cada um com três corridas, passando pelos circuitos de Sepang, Ningbo e Xangai. Missão GP Ao assinar pela Hitech GP, Leong dá mais um passo rumo ao sonho de correr no Grande Prémio de Macau de Fórmula 3. A equipa britânica está presente no Campeonato da Europa FIA de Fórmula 3 e conta estar entre nós no mês de Novembro para participar na corrida rainha da categoria. Os monolugares do europeu da especialidade são os utilizados na prova do Circuito da Guia, mais potentes e mais rápidos que aqueles que vão dar corpo à competição no continente asiático. O HM sabe que Leong não tem ainda nenhum acordo com a Hitech GP para a prova, mas este assunto deverá ser discutido mais tarde no ano. Desde 2015 que Macau não conta com nenhum representante na prova de Fórmula 3 do Grande Prémio. Caso o jovem piloto do território consiga alinhar na corrida, então estará finalmente habilitado a receber o subsídio para os pilotos de Macau que correm além fronteiras, o que será um apoio vital para que possa continuar a subir degraus na pirâmide do automobilismo mundial.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | AAMC organiza prova da Taça da Corrida Chinesa em Zhuhai Sem espaço no programa da 65ª edição do Grande Prémio de Macau, a Taça da Corrida Chinesa terá a sua corrida da RAEM no Circuito Internacional de Zhuhai. O calendário para 2018 deste troféu monomarca foi dado a conhecer na passada sexta-feira [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Shanghai Lisheng Racing Co. Ltd, o organizador desta corrida, que na realidade não é apenas uma, mas sim um campeonato disputado com viaturas BAIC Senova D50 TCR em vários circuitos da Grande China, esperava regressar ao Circuito da Guia este ano, mas acabou por ver a sua prova ultrapassada pela “Taça de Grande Baía”. A Taça da Corrida Chinesa, prova que o ano passado foi ganha no Circuito da Guia pelo macaense Hélder Assunção, vai manter o espírito das edições anteriores, realizando cinco eventos organizados pelas associações desportivas nacionais da República Popular da China, Hong Kong, Taiwan e Macau. A prova até aqui organizada pela Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC) no fim-de-semana do Grande Prémio de Macau como última prova da temporada, vai passar agora a ser a prova de abertura. A Taça da Corrida Chinesa sob a égide da AAMC irá decorrer no fim-de-semana de 30 de Junho e 1 de Julho, no circuito permanente da cidade chinesa adjacente à RAEM, durante o segundo “Festival de Corridas de Macau” do ano. “A cerimónia de abertura da Taça da Corrida Chinesa será na casa da associação automóvel de Macau, AAMC, em Zhuhai, Guangdong, de 30 de Junho a 1 de Julho. Esta será a primeira vez que a Taça da Corrida Chinesa corre no Circuito Internacional de Zhuhai, enfrentando com empenho os desafios da primeira pista construída na China”, dizia comunicação da organização do campeonato colocada a correr nas redes sociais. Para além de Zhuhai, o calendário de cinco eventos inclui também passagens por circuitos em Guangzhu, Ningbo, Xangai e Wuhan. Milhões para a Taça da Grande Baía Entretanto, o promotor da “Taça de Grande Baía”, Eric Wong, confirmou à imprensa de Hong Kong, o que o HM já tinha noticiado em primeira mão: esta nova adição ao programa do Grande Prémio será disputada com viaturas da marca Lotus. O gestor da Richburg Lotus escreveu dois artigos de opinião na imprensa de Hong Kong, publicados na pretérita semana, onde revelou que a sua organização adquiriu vinte e cinco Lotus, motorizados com blocos V6 de 3.5 litros, por 20 milhões de dólares de Hong Kong. Com negociações em curso entre a Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau e o promotor desta iniciativa, pormenores sobre os moldes de como esta competição destinada a pilotos da região Guangdong-Hong Kong-Macau será disputada serão dados a conhecer ao público mais tarde.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Primeiro “Festival de Corridas de Macau” de 2018 em Zhuhai O Circuito Internacional de Zhuhai foi palco da primeira jornada dupla das duas categoria que compõem o Campeonato de Carros de Turismo de Macau (MTCS, na sigla inglesa). Em disputa estão as trinta e seis vagas para a Taça de Carros de Turismo de Macau do 65º Grande Prémio de Macau [dropcap style≠’circle’]F[/dropcap]oi com muito calor, dentro e fora da pista, amenizado por uma chuva perturbadora no domingo, que se disputou, no fim-de-semana, o primeiro “Festival de Corridas de Macau” de 2018. A competição organizada pela Associação Geral de Automóvel de Macau-China (AAMC) que este ano está novamente dividida em duas classes – “AAMC Challenge 1.6 Turbo” e “AAMC Challenge 1950cc ou Superior” (anteriormente designada como Roadsport Challenge) – teve quatro corridas e quatro vencedores diferentes. Para os pilotos macaenses, este primeiro embate da temporada teve sensações mistas, mas praticamente todos os nomes portugueses em pista deram passos importantes rumo a um lugar na grelha de partida do grande evento do mês de Novembro. Dois terminaram mesmo em lugares do pódio. Domínio de Hong Kong A classe “AAMC Challenge 1.6 Turbo” reuniu vinte e sete participantes, menos três que o ano passado, e neste primeiro confronto os representantes da região vizinha foram claramente mais forte. Apenas Hélder Assunção foi capaz de travar o ímpeto dos poucos mas fortes concorrentes de Hong Kong. Na primeira corrida, no tarde de sábado, três Peugeot RCZ da Suncity Racing Team monopolizaram as três posições do pódio, com Paul Poon a ver a bandeira de xadrez à frente dos colegas de equipa Alex Fung e Andrew Lo. Ao terminar no quarto lugar, Ip Tak Meng (Ford Fiesta ST), naquele que foi o seu melhor resultado no MTCS até hoje, acabou por ser o melhor classificado dos pilotos da RAEM. Jerónimo Badaraco (Chevrolet Cruze), vencedor da classe na Taça CTM na edição passada, foi o 6º classicado, ao passo que o seu companheiro de equipa Filipe Souza, que se tinha qualificado na segunda posição, foi apenas o 8º classificado, tendo-se atrasado devido a um problema no turbo do seu Chevrolet Cruze. Com a chegada da chuva, no domingo, a vantagem dos Peugeot RCZ da Suncity Racing Team deixou de ser tão evidente, mas se Alex Fung conquistou a sua primeira vitória no MTCS, desta vez a cerimónia do pódio teve um intruso. Assunção, cujo o Ford Fiesta ST tinha terminado no 9º lugar na primeira corrida do fim-de-semana, foi o segundo classificado a apenas meio segundo do vencedor. Paul Poon completou o pódio. Badaraco e Souza foram quinto e sexto, respectivamente, com este ultimo novamente a braços com problemas no turbo do seu carro. Fora do top-10 em ambas as corridas ficaram Eurico de Jesus (Ford Fiesta ST), que somou um 11º e um 14º lugar, e Célio Alves Dias (MINI Cooper S) que ficou 13º e 11º lugar. Rui Valente, que este ano celebra trinta anos de carreira, teve um fim-de-semana difícil. O colector do escape do MINI Cooper S estalou e estragou a corrida de sábado do piloto português. Depois de uma noitada a reparar a viatura, Valente regressou no domingo para terminar no 17º lugar, o que o obrigará a um esforço suplementar nas duas corridas que faltam para conseguir o apuramento. “Prata da Casa” impõe-se Na mais numerosa categoria “AAMC Challenge 1950cc ou Superior”, onde cinquenta concorrentes lutam por apenas dezoito vagas, o pelotão teve, a exemplo do ano transacto, que ser dividido em dois nas sessões de qualificação, onde só os mais rápidos tiveram acesso às corridas. Os pilotos de Macau dominaram. No sábado, numa corrida realizada sob temperaturas nada simpáticas para as viaturas de preparação local, os pilotos de Macau chamaram a si todas as posições do pódio, com o veterano Wong Wan Long (Mitsubishi Evo10) a levar a melhor sobre o surpreendente Delfim Mendonça Choi (Mitsubishi Evo7) e Chan Chi Ha (Mitsubishi Evo8). No domingo, com a chuva a tomar o papel de principal protagonista, dando uma vantagem mais clara aos carros com tracção total sob os duas rodas motrizes, Ng Kin Veng (Mitsubishi Evo9) destacou-se na qualificação matinal, mas, nas 12 voltas de corrida, Leong Ian Veng (Mitsubishi Evo9) impôs-se sobre Wong Wan Long e Veng. Delfim Mendonça Choi arrancou do terceiro lugar, mas acabaria por cair das posições do pódio, cortando mesmo assim a linha de meta num positivo quarto lugar. No que respeita aos pilotos macaenses, o experiente Jo Merszei (Mitsubishi Evo9) conseguiu um 13º e um 16º lugares , ao passo que Luciano Lameiras (Mitsubishi Evo9) ficou em branco em ambas as corridas, complicando as contas do apuramento. Os pilotos e máquinas terão agora um interregno de um mês para recuperar energias e preparar o segundo e decisivo Festival de Corridas de Macau, agendado para o fim-de-semana de 30 de Junho e 1 de Julho.
Sérgio Fonseca DesportoNova corrida do GP com carros da marca Lotus Na conferência de imprensa da passada quarta-feira, no Centro de Ciência de Macau, a Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau (COGPM) apresentou o patrocinador principal e deu a conhecer o programa da edição número sessenta e cinco do maior cartaz desportivo de carácter anual do território [dropcap style≠‘circle’]D[/dropcap]as seis corridas confirmadas, apenas uma é novidade: a “Greater Bay Area Cup”. Todavia, detalhes sobre a “Taça de Grande Baía”, na designação oficial em português, não foram dados a conhecer na conferência de imprensa. Chong Coc Veng, o presidente da Associação Geral do Automóvel de Macau-China, afirmou na cerimónia que ainda estão a decorrer negociações com o promotor desta iniciativa e que pormenores sobre os moldes de como esta competição será disputada serão dados a conhecer ao público mais tarde. Porém, o também Coordenador da Subcomissão Desportiva da COGPM, referiu igualmente que esta competição será monomarca, disputada por um tipo único de viaturas, e terá duas corridas na China antes da prova no Circuito da Guia. Várias fontes adiantaram ao HM que esta corrida será disputada com viaturas da marca Lotus, modelo Exige motorizados por blocos V6 com compressor, e será co-organizada pela Richburg Lotus. O Circuito Internacional de Zhuhai será muito provavelmente o palco das corridas chinesas que antecedem o evento da RAEM. Nos últimos quatro anos a dita “slot comercial” do Grande Prémio foi ocupada pela Corrida da Taça Chinesa, prova que o ano passado foi ganha pelo macaense Hélder Assunção. A Shanghai Lisheng Racing Co. Ltd, o organizador desta corrida, que na realidade não é apenas uma, mas sim um campeonato disputado com viaturas BAIC Senova D50 TCR em circuitos da Grande China, esperava regressar ao Circuito da Guia este ano, mas terá sido ultrapassada pela oferta rival. Um regresso Esta não será primeira vez que o Grande Prémio acolhe um troféu monomarca organizada pelo importador do construtor britânico recentemente adquirido pelo gigante chinês Geely. Em 2015, pelas mãos da Richburg Lotus, disputou-se a Suncity Lotus Celebrity Cup, uma competição primordialmente pensada para atrair celebridades do showbiz de Hong Kong. Contudo, a “corrida de celebridades”, que contou com dezasseis Lotus Elise, teve um pódio sem uma única celebridade, sendo composto por três pilotos que conseguiram comprar lugares na grelha de partida. Sin Ling Fung de Hong Kong venceu a corrida, seguido dos conterrâneos Vincent Chao e Kevin Liu. O actor Fong Lik Sun foi a primeira celebridade na lista, vendo a bandeira de xadrez no sétimo posto da geral. Já antes, em 2014, ano em que o evento foi realizado em dois fins de semanas, os Elise tinham sido vistos a competir a solo na Corrida Cotai Strip Resorts Lotus Grande China.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Número de pilotos locais mantêm-se estável [dropcap style=’circle’] U [/dropcap] m total de oitenta pilotos de Macau, divididos em duas classes, vão lutar pelos 36 lugares disponíveis na Taça de Carros de Turismo de Macau, a prova de apuramento para o Campeonato de Carros de Turismo de Macau. Apesar do número menor de vagas que este ano o Campeonato de Carros de Turismo de Macau (MTCS, na sigla inglesa) tem para oferecer para a Taça de Carros de Turismo de Macau do Grande Prémio de Macau, o número de participantes inscritos na edição de 2018 não foi dramaticamente inferior comparando com a edição transacta. Ao todo serão oitenta pilotos, divididos por duas classes, que vão lutar pelos trinta e seis lugares disponíveis na célebre corrida de carros de Turismo do final do mês de Novembro. A competição organizada pela Associação Geral de Automóvel de Macau-China (AAMC) será novamente dividida em duas classes: “AAMC Challenge 1.6 Turbo” e “AAMC Challenge 1950cc ou Superior” (anteriormente designada como Roadsport Challenge). Ao todo, a classe “AAMC Challenge 1.6 Turbo” reuniu vinte e oito participantes, menos dois que o ano passado, sendo que vinte e dois são portadores de licença desportiva da RAEM, menos um que em 2017, cinco são de Hong Kong e há um concorrente de Singapura. Por seu lado, a categoria “AAMC Challenge 1950cc ou Superior” juntará cinquenta e dois participantes, menos três que na pretérita temporada, sendo que vinte são pilotos do território, menos dois que em 2017. Estabilidade de vagas O número de pilotos de matriz portuguesa manteve-se estável, com uma forte representação na classe “AAMC Challenge 1.6 Turbo”. Na lista de candidatos ao triunfo estarão os companheiros de equipa Felipe Clemente Souza (Chevrolet Cruze), campeão em 2016 e 2017, e Jerónimo Badaraco (Chevrolet Cruze), vencedor à classe na Taça CTM na edição passada. Igualmente presente está Rui Valente (MINI Cooper S), um nome incontornável do desporto motorizado do território, assim como Celio Alves Dias (MINI Cooper S), Eurico de Jesus (Ford Fiesta) e o vencedor da Corrida Taça Chinesa de 2017, Hélder Assunção (Ford Fiesta). Na classe “AAMC Challenge 1950cc ou Superior”, que conta com pilotos de seis diferentes países ou territórios, estão inscritos os macaenses Delfim Mendonça Choi (Mitsubishi Evo7), Luciano Castilho Lameiras (Mitsubishi Evo9) e Jo Rosa Merszei (Mitsubishi Evo9). Os dezoito melhores classificados de cada categoria, no somatório dos dois Festivais de Corridas de Macau – organizados pela AAMC no Circuito Internacional de Zhuhai, nos fins-de-semana de 26 e 27 de Maio e 30 Junho e 1 Julho – serão apurados para o Grande Prémio.
Sérgio Fonseca DesportoF3 poderá ditar alterações ao Circuito da Guia A Fórmula 3 irá sofrer uma profunda mutação em 2019, o que poderá ter reflexos no Grande Prémio de Macau, já que os novos monolugares da categoria, mais potentes, poderão obrigar a que sejam feitas alterações ao actual traçado do Circuito da Guia [dropcap style≠‘circle’]P[/dropcap]ara que os novos carros de Fórmula 3 possam competir no popular circuito do território a partir de 2019, a Federação Internacional do Automóvel (FIA) poderá exigir um grau superior àquele que actualmente detém o Circuito da Guia. Neste momento, o circuito do território tem a homologação Grau 3 da FIA, o que lhe permite acolher qualquer tipo de competição automóvel com uma relação peso/potência de dois a três quilos por cada cavalo de potência. A nova Fórmula 3 tem 350 cavalos de potência prometidos, portanto, um peso mínimo de 700 kg seria necessário para atender aos requisitos actuais do Circuito da Guia. Contudo, os futuros Fórmula 3 terão que ter um peso mínimo igual ao inferior aos Fórmula 1. Visto que tornar os carros mais pesados só para estes competirem em Macau parece fora de questão, melhorar a segurança da pista, para que esta possa receber a homologação de Grau 2, é a alternativa mais viável. Em declarações este fim-de-semana ao portal alemão ‘Motorsport-Total.com’, Laurent Mekies , Director de Segurança da FIA, disse que “queremos garantir a segurança necessária para os carros. Se o circuito de Macau for classificado como Grau 2, carros de corrida com uma relação peso/potência de um a dois quilos por cavalo de potência deverão ser autorizados a correr. Os (futuros) carros de Fórmula 3 não serão mais pesados que os carros de Fórmula 1, que devem pesar no mínimo 660 kg no próximo ano. Se um carro chegar a Macau não estando conforme o Grau 3 de homologação da pista, não vamos apenas acrescentar peso para torná-lo elegível, seria uma decisão estúpida.” Simulações deverão ser feitas para perceber como a pista precisará ser ajustada a uma nova realidade. “Se tivermos que chegar a Grau 2, faremos isso”, continua Mekies. “Nós olhamos para onde as simulações nos levam, e elas são muito mais precisas do que apenas olhar para a relação peso/potencia.” O Presidente do Instituto do Desporto da RAEM, Pun Weng Kun Pun, disse ao portal alemão que “se forem necessárias alterações na pista para um tipo de carro, iremos avaliá-las e verificar a sua viabilidade”. Opções em aberto No entanto, visto que ainda nenhuma proposta para intervenção no circuito foi elaborada ou apresentada, o responsável máximo pela entidade que coordena o evento não pode avaliar se é possível aumentar a grau de homologação da pista. Devido à sua natureza, a margem para transformações no traçado do Circuito da Guia é muito reduzida e, num cenário de impossibilidade, pode até acontecer que Macau deixe cair a Taça do Mundo FIA de Fórmula 3, mantendo mesmo assim a disciplina no programa do fim-de-semana. De acordo com Pun, o actual carro da Fórmula 3, que continuará a ser usado no campeonato japonês e possivelmente num outro campeonato a ser organizado pelo actual promotor do europeu da especialidade, pode servir de base para que a disciplina que consagrou vários nomes sonantes do automobilismo mundial entre nós possa manter-se no programa do evento. Os Fórmula 3 da actualidade pesam 580kg e debitam 240cv. “Os organizadores vão pesar todas as opções”, afirmou o presidente. “Vamos tomar a decisão que é melhor para a reputação, popularidade e história do Grande Prémio de Macau.” O contrato entre a FIA e a Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau tem uma periodicidade anual. Sobre este assunto, Pun disse ainda à publicação germânica que “trabalhamos sempre com a FIA numa base anual para o Grande Prémio de Fórmula 3 desde 1983. Olhamos para o programa de corridas ano após ano e este deve ser de primeira classe e variado.” Segundo a mesma fonte, Pun espera que, devido aos muitos anos de cooperação entre as entidades de Macau e a federação internacional, uma solução do interesse de ambas as partes seja encontrada, esperando que esta cooperação continue por muitos e longos anos.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Rui Valente comemora esta época 30 anos de carreira Rui Valente comemora em 2018 trinta anos de carreira no automobilismo. O piloto português radicado no território vai novamente participar no Campeonato de Carros de Turismo de Macau (MTCS), com o intuito de se apurar para a Taça de Carros de Turismo de Macau do 65º Grande Prémio de Macau no mês de Novembro [dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]nfrentando a nova temporada com a mesma motivação e dedicação de outros tempos, o veterano piloto luso antevê dificuldades acrescidas, até porque este ano “na classe 1600cc Turbo vamos ter 28 carros e só 18 é que são apurados para o Grande Prémio, enquanto que na classe 1950cc e Superior vão estar 41 e só também são apurados 18. O evento tem todas as condições para fazer duas corridas e os pilotos já mostraram essa vontade a quem de direito, mas vamos novamente correr todos juntos.” A experiência de 2017 de unir as duas categorias do MTCS, com bólides e andamentos tão discrepantes, não foi do agrado da maioria dos pilotos e Valente, que compete na classe 1600cc Turbo desde 2014, não é excepção. “São carros muito diferentes. Na classe 1600cc Turbo, tiraram os restritores do turbo e acabaram com o limite de peso, para diminuir a diferença para os carros da classe 1950cc e Superior. Torna-se perigoso, pois ao diminuirmos extremadamente o peso, podemos comprometer a segurança”, explicou ao HM o piloto do MINI Cooper. “Ao longo dos anos participei em diversas competições e em lado nenhum do mundo há um campeonato onde há normas e regras assim. É um absurdo”, realça. Riscos desnecessários Foram já vários os pilotos do território a mostrar o seu desagrado publicamente por esta mescla de carros de origens distintas. Acima de tudo, porque em causa está o risco elevado de acidentes, tal a diferença de andamento entre os automóveis. “O ano passado, no Grande Prémio, as diferenças não foram tão notórias porque choveu na corrida e houve um certo cuidado por parte de todos os participantes. Os 1600cc turbo são mais rápidos nas curvas que os carros da classe 1950cc e Superior preparados localmente, que por sua vez nas rectas são muito mais velozes que nós. Ora passávamos na zona sinuosa, como depois éramos ultrapassados nas rápidas. Mas em condições normais, de piso seco, esta diferença de andamento é um sério risco para todos os participantes”, aclara o nono classificado da classe 1600cc turbo da edição passada da “Taça CTM”. Por outro lado, o facto de não existir um travão regulamentar, está a tornar com que as máquinas estejam cada vez mais esticadas ao limite e os pilotos terão que conduzir cada vez mais nos confines das suas capacidades. Valente destaca a melhoria abrupta dos tempos por volta de 2016 para 2017, sabendo em antemão que em 2018 as marcas obtidas o ano transacto também deverão cair. “Como exemplo, em 2016, a minha melhor volta no Grande Prémio foi de 2min53s, mas, em 2017, com o meu MINI praticamente de origem, apenas tirando o restritor e com um turbo Garrett, foi de 2min44s. Isto, com um 1.1 bar de pressão de turbo. Imaginem só o que pode fazer um carro ex-WTCC, que com este regulamento até podem cá correr, que têm um bloco de motor especial e capaz de pressão 1.6 bar de turbo…” Apesar da atitude conservadora da generalidade dos pilotos a Taça CTM de Carros de Turismo de Macau do ano passado terminou prematuramente com bandeiras vermelhas, depois do primeiro classificado e vencedor à geral Leong Ian Veng ter colidido um concorrente atrasado e de três outros se terem desentendido bloqueado a pista na zona da montanha. Apuramento na mira Como em anos anteriores, para melhor preparar o MTCS de 2018, Rui Valente tem marcado presença nas provas de carros de Turismo organizadas no Circuito Internacional de Guangdong. “São seis corridas e venci as quatro primeiras. Correm Grupo N, S2000, um pouco de tudo. É muito bom para treinar, para além que os custos de correr com o Honda são muito inferiores aos do MINI…”, conta. Aquele que foi o terceiro piloto português da história a competir na Corrida da Guia, está ciente das suas limitações em termos de material, mas acredita que mesmo assim o apuramento é possível. “Não dá para ganhar”, responde com sinceridade, pois “para isso, teria que investir muito, o que é impossível com os apoios que tenho. Em vez de gastar 300 ou 400 mil patacas por temporada, teria que gastar 1 milhão ou milhão e meio, o que está fora de questão. Por outro lado, os regulamentos vão mudar em 2020 e não fazia sentido investir esse tipo de valores no carro para fazer apenas duas épocas.” Os pilotos que ambicionem estar à partida da corrida de Novembro, independentemente da nacionalidade, têm que participar nos dois “Festival de Corridas de Macau”, organizados pela Associação Geral de Automóvel de Macau-China no Circuito Internacional de Zhuhai, nos fins-de-semana de 26 e 27 de Maio e 30 Junho e 1 Julho. As duas jornadas duplas de corridas são pontuáveis também para o MTCS. “Apesar de ainda não ter testado o carro em Zhuhai, estou confiante que posso conseguir apurar-me para o Grande Prémio”, afiança Valente. “Se chover, encantado da vida, caso contrário, com o carro que tenho, ficar entre o 12º e o 15º lugar é possível. Há que pensar positivo. Se conseguir apurar-me, talvez faça um investimento no carro para terminar nos cinco primeiros no Grande Prémio”, diz em jeito de conclusão o piloto que se estreou no Circuito da Guia em 1988, ao volante de um Toyota Corolla AE86 preparado pela equipa de Rui Clemente.