Hoje Macau China / ÁsiaFilipinas elevam alerta devido à tempestade tropical Bualoi após super tufão As Filipinas elevaram ontem o nível de alerta devido aos fortes ventos e chuvas provocados pela tempestade tropical Bualoi, que poderá transformar-se em tufão antes de atingir hoje a costa norte do arquipélago. Partes da ilha de Luzon, no norte, e da região central das Visayas foram colocadas no segundo nível de alerta, de um total de cinco, perante a aproximação de um ciclone com rajadas de vento que atingiam ontem 135 quilómetros por hora e que se encontra a 365 quilómetros a leste do país, segundo a agência meteorológica nacional (PAGASA). Conhecido localmente como Opong, o sistema “continuará a intensificar-se enquanto permanecer sobre o mar das Filipinas e poderá alcançar a categoria de tufão antes de tocar terra na região de Bicol”, alertou ontem a PAGASA. O organismo prevê que o ciclone atinja o sul de Luzon hoje entre a manhã e a tarde, atravessando depois o interior do país e afectando Manila, antes de seguir em direcção ao sul da China. Tudo parado O Palácio presidencial ordenou ontem a suspensão do trabalho em repartições públicas e das aulas presenciais em várias províncias, incluindo Sorsogon e Masbate, devido aos efeitos da tempestade. A chegada de Bualoi ocorre escassos dias depois de o super tufão Ragasa ter atingido o norte das Filipinas, na segunda-feira, causando, pelo menos, dez mortos, 17 feridos e milhares de deslocados. Fenómenos como este são recorrentes no sudeste asiático, onde as águas quentes do Pacífico alimentam a formação de ciclones. As Filipinas são atingidas todos os anos por cerca de duas dezenas de tempestades tropicais, sobretudo entre Junho e Dezembro, durante a estação das chuvas. O arquipélago vive ainda uma onda de indignação devido a alegados casos de corrupção em projectos milionários de controlo de inundações, concebidos para proteger a população dos efeitos de tufões e cheias e oficialmente concluídos, mas que, na prática, não existem ou apresentam baixa qualidade.
Hoje Macau China / ÁsiaEconomia | Li Qiang pede fim de “politização” em reunião com Von der Leyen O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, apelou à União Europeia para não “politizar nem transformar em questões de segurança” as divergências comerciais e de investimento, num encontro com a presidente da Comissão Europeia (CE), Ursula von der Leyen. Li recordou que tanto a reunião de Julho, em Pequim, entre os dois líderes e o presidente do Conselho Europeu, António Costa, como a cimeira China – União Europeia então realizada serviram para alcançar consensos, que agora devem ser postos em prática, segundo a agência noticiosa oficial Xinhua. O governante chinês considerou que a relação bilateral se manteve ao longo de cinco décadas, apesar das mudanças internacionais, graças ao “diálogo fluido” e à procura de soluções para as diferenças. Li defendeu que Bruxelas cumpra os compromissos de manter abertos os mercados de comércio e investimento e reiterou a rejeição de Pequim a que divergências económicas sejam transformadas em instrumentos políticos ou de segurança. “China e UE devem centrar-se nos interesses comuns e ampliar a cooperação em benefício de ambas as partes”, afirmou, segundo a nota divulgada pela Xinhua. Von der Leyen salientou que, como duas das principais economias do mundo, a União Europeia e a China têm a responsabilidade de reforçar o diálogo, “aumentar a compreensão mútua” e avançar na cooperação em áreas como o comércio, o investimento, o ambiente e a luta contra as alterações climáticas. O encontro decorreu num contexto de tensões comerciais, marcado pelas tarifas aplicadas por Bruxelas a veículos eclétricos chineses e pelas investigações contra produtos agroalimentares europeus, questões que em Julho impediram um maior avanço político na cimeira de Pequim.
Hoje Macau China / ÁsiaTarifas | China pede a empresas que evitem guerras de preços nos EUA A China apelou às suas empresas que operam nos Estados Unidos para evitarem prolongar guerras de preços, num sinal da vontade de Pequim em preservar a trégua comercial alcançada com Washington. O ministro do Comércio, Wang Wentao, transmitiu a mensagem num encontro em Nova Iorque com representantes de 10 empresas chinesas de sectores como comércio electrónico, telecomunicações e componentes automóveis, segundo um comunicado divulgado ontem pela tutela. Wang recordou que os dois países “alcançaram uma série de consensos importantes após várias rondas de consultas económicas e comerciais” e disse esperar que as empresas “compreendam a situação e respondam positivamente”. O ministro apelou ainda à rejeição da chamada “involução interna e externa”, termo usado na China para descrever uma competição excessiva que resulta de sobrecapacidade e que leva a esforços desmedidos com retornos decrescentes. Em Julho, o Partido Comunista Chinês já tinha assumido o compromisso de reforçar o controlo sobre sectores com excesso de capacidade e regular práticas de governos locais na atracção de investimento. As declarações de Wang reflectem a tentativa de manter em curso a melhoria das relações com Washington, mas também o reconhecimento dos riscos associados à escalada das exportações para outros mercados. Durante a guerra comercial com os EUA, as exportações da China para Índia, África e Sudeste Asiático aumentaram de forma significativa, suscitando receios de impactos negativos nas indústrias locais. Em Nova Iorque, Wang prometeu que a China “se empenhará em estabilizar a cooperação económica e comercial sino-americana, salvaguardar firmemente os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas e criar um bom ambiente para a cooperação mutuamente benéfica entre empresas dos dois países”.
Hoje Macau China / ÁsiaClima | Xi Jinping anuncia compromissos na luta contra crise global O presidente chinês anunciou hoje novos compromissos do país na luta contra a ruptura climática global, incluindo reduzir as emissões de gases com efeito de estufa entre 7 a 10 por cento até 2035, em relação aos números actuais. “A China vai reduzir as suas emissões líquidas de gases com efeito de serra no conjunto da sua economia de 7 a 10 por cento em relação ao nível do pico”, que ainda é desconhecido, mas pode ser atingido este ano, disse Xi Jinping, na sua intervenção, transmitida por vídeo, na cimeira sobre o clima que decorre na ONU. “A transição verde e de baixo carbono é a tendência da nossa época”, sustentou. “Se bem que alguns países actuem contra ela, a comunidade internacional deve manter o seu rumo”. Até hoje, a China nunca se tinha comprometido com um número exacto de curto ou médio prazo. Agora atribui-se como meta alcançar a neutralidade carbónica até 2060 e promete que o seu máximo de emissões será alcançado antes de 2030, o que parece estar em vias de conseguir já em 2025, graças ao sucesso da fileira solar e das viaturas eléctricas. Entre os novos compromissos chineses para o horizonte 2035 estão também o aumento da parte das energias não fósseis no consumo total de energia acima de 30 por cento. A Agência Internacional de Energia quantificou a parte das renováveis em 12 por cento no ano de 2021. Outro compromisso é o de multiplicar por seis a capacidade instalada de energia eólica e solar, em relação a 2020, para chegar a 3.600 GW, acima dos 1.400 GW de hoje. Xi mencionou ainda o crescimento dos veículos eléctricos e a extensão do mercado de carbono e da superfície florestal. “Estes objectivos representam os melhores esforços da China, segundo as exigências do Acordo de Paris. Atingir estes objectivos precisa de esforços rigorosos da China, bem como de um ambiente internacional aberto e de apoio”, acentuou. Uma réplica A organização ambientalista Greenpeace considerou ontem que as novas metas climáticas da China para 2035 “ficam aquém” dos objectivos globais, embora admita que a descarbonização efectiva do país possa avançar além do apresentado por Pequim. “A meta para 2035 oferece poucas garantias de manter o planeta seguro, mas o esperançoso é que a descarbonização real da economia chinesa provavelmente exceda o que está no papel”, afirmou Yao Zhe, conselheira de políticas globais da Greenpeace East Asia. Segundo a especialista, “a quantidade de energia eólica e solar que está a entrar na matriz energética” sustenta essa expectativa. Em comunicado, a ONG sublinhou que a actual expansão das renováveis e o papel da China em soluções para transições energéticas noutros países estabelecem uma “base” para um “eventual reforço” das metas. “No fim de contas, os factos falam mais alto do que as palavras. Mas sinais políticos firmes e consistentes são um catalisador insubstituível”, disse Yao, acrescentando que “os avanços empresariais e tecnológicos, por si só, não bastam” e defendendo a utilidade de objectivos orientadores, tanto para a transição interna como para a acção climática global. A Greenpeace apelou a Pequim para “manter a porta aberta” a ajustar as metas “com bastante prontidão”, alertando que “esperar outros cinco anos será demasiado tarde”. Este mês, organizações como a própria Greenpeace tinham já assinalado que o avanço das renováveis e da electrificação está a reconfigurar o sistema energético da China, o maior emissor mundial de gases com efeito de estufa. Entre 2015 e 2023, a utilização de combustíveis fósseis no consumo final caiu 1,7 por cento, enquanto a procura eléctrica aumentou 65 por cento. Só na primeira metade de 2025, a capacidade eólica cresceu 16 por cento e a solar 43 por cento, e no ano terminado em Junho a soma de ambas superou pela primeira vez a produção hídrica, nuclear e de bioenergia combinadas, segundo relatórios da Greenpeace e da organização Ember. De acordo com a Ember, a redução prevista do uso de combustíveis fósseis na China, combinada com a expansão global das tecnologias limpas favorecida pela descida de custos, “pode inclinar a balança” para um declínio estrutural da procura mundial de carvão, petróleo e gás. A respectiva tréplica A China afirmou ser “o país mais determinado, enérgico e eficaz do mundo” no cumprimento das metas de redução de emissões, após o anúncio de novos objectivos climáticos feito pelo Presidente Xi Jinping na ONU. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros Guo Jiakun destacou em conferência de imprensa que “é a primeira vez que a China propõe uma meta absoluta de redução de emissões, abrangendo toda a economia e todos os gases com efeito de estufa”. Segundo Guo, “a determinação e as acções da China para enfrentar activamente as alterações climáticas tornaram-na constantemente o país mais decidido, enérgico e eficaz no cumprimento dos seus compromissos”. “Continuaremos a defender o conceito de uma comunidade com futuro partilhado para a humanidade e a fazer todos os esforços para implementar os nossos objectivos”, acrescentou. O porta-voz citou Xi Jinping, que, numa mensagem em vídeo dirigida à cimeira do clima realizada à margem da Assembleia Geral da ONU, admitiu que cumprir as metas “representa um esforço árduo para a China” e exige “um ambiente internacional sólido e aberto”. “Estamos dispostos a cooperar com todas as partes para promover a cooperação internacional em matéria de alterações climáticas e impulsionar a implementação plena e eficaz do Acordo de Paris”, disse Guo.
Hoje Macau EventosFundação Oriente apresenta, em Lisboa, semana dedicada à Coreia Entre os dias 3 e 10 de Outubro a Fundação Oriente, recebe no Museu do Oriente em Lisboa o programa cultural “Celebrar a Coreia”, que apresenta actividades ligadas aos elementos da cultura coreana, como o “K-Beauty”, a música ou a gastronomia, com o popular kimchi. Este evento acontece porque, em Outubro, se assinalam “duas datas marcantes na história da Coreia”, nomeadamente o Dia Nacional da Fundação da Coreia, conhecido como Gaecheonjeol, a 3 Outubro, e o Dia do Hangeul, a 9 Outubro, que celebra o alfabeto criado no século XV pelo Rei Sejong. A mostra “expõe peças do seu acervo que habitualmente não estão acessíveis ao público”, apresentando também “um programa que visa aproximar ainda mais duas culturas cujos caminhos se cruzaram no século XVI”, destaca a organização. No primeiro dia do evento, a 3 de Outubro, decorre um curso de introdução à pintura tradicional coreana, uma oficina de contos e jogos coreanos, e ainda uma demonstração da dança K-Pop, a partir das 18h. Nos dias seguintes haverá espaço para actividades tão diversas como um curso de taekwondo, nas modalidades de defesa pessoal e “freestyle”, uma oficina de “K-Beauty”, a maquilhagem tipicamente coreana. Um pouco de história No domingo, 5, às 16h30, terá lugar uma conferência sobre a “História dos Primeiros Contactos Luso-Coreanos”, com o professor Byung Goo Kang, do King Sejong Institute Lisbon. O professor regressa à Fundação Oriente no dia 9 de Outubro para falar da “Introdução à Língua Coreana”. No tocante à gastronomia coreana, a 7 de Outubro haverá a “Oficina Chuseok”, onde se vai ensinar a cozinhar os pratos tradicionais Songpyeon e Bibimbap. Também neste dia haverá a “Oficina K-Skincare para Iniciantes” e ainda a “Oficina Maedeup”, também ligada ao universo do K-Pop. No último dia do programa realiza-se a “Oficina Coreia do Sul”, onde se darão dicas a futuros viajantes, organizando-se também uma visita orientada de máscaras coreanas patentes na colecção do Museu do Oriente. Há ainda espaço para a demonstração de “Danças Talchum” e de Taekwondo.
Hoje Macau SociedadePela primeira vez desde 1968 foi içado duas vezes o sinal 10 no mesmo ano Com a passagem do super tufão Ragasa, as autoridades içaram pela primeira vez, desde 1968, o sinal número 10 de tufão no mesmo ano. O dado histórico foi divulgados pela Direcção dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (DSMG), no balanço da passagem do super tufão que causou oito feridos. “O Ragasa aproximava-se da região como um nível de super tufão, estabelecendo vários recordes, incluindo a quebra do recorde desde 1968 ao ser a primeira vez que a DSMG emitiu o sinal n.º 10 duas vezes no mesmo ano”, foi divulgado pelas autoridades. De acordo com a DSMG, esta foi também a primeira vez que o sinal número 10 de tufão esteve içado durante “um período tão longo”, durante 10 horas e 30 minutos. No entanto, a informação oficial não adiantou qual era o anterior registo recorde. A passagem do super tufão fica também marcada pelo facto de o sinal número 10 de tufão ter sido içado quando o centro do tufão ainda estava a 90 quilómetros de Macau. Segundo as autoridades, nunca nenhum sinal número 10 tinha sido içado com o tufão a tão longa distância. Desde o início do ano esta foi a 11.ª tempestade tropical a afectar Macau, o segundo número mais elevado desde que há registos. Além do sinal 10, o sinal número 8, que foi içado pela primeira vez na terça-feira às 17h, estendeu-se durante por 15 horas. Ventos fortes Em relação à velocidade máxima dos ventos sustentados de 10 minutos, as autoridades apontaram que atingiram a “Força 12”, o que significa que são ventos classificados como furacão. Os ventos sustentados mais fortes foram sentidos na Taipa, junto à Ponto Governador Nobre de Carvalho, no Pac On, na Ponte Macau e na Ponte de Sai Van. Em termos das rajadas, os ventos atingiram o nível de “Força 14”, o que significa que são classificados como furacão. Este tipo de rajadas foi igualmente sentida na Taipa e ao longo da costa entre Macau e a Taipa. Também na zona do Campus da Universidade de Macau, na Ilha da Montanha, houve rajadas de nível furacão. No entanto, no Interior da Península e em Coloane, os ventos foram ligeiramente mais fracos, com a classificação a variar entre rajadas “muito fortes” e “temporais violentos”. Ao mesmo tempo, as cheias mais elevadas foram registadas no Porto Interior, onde atingiram 1,51 metros em algumas zonas. Na Zona Norte do Ponto Interior as cheias ficaram-se pelos 1,45 metros, enquanto na parte mais a Sul o máximo registado foi de 1,33 metros. No Largo do Pagode do Bazar as cheias atingiram 1,24 metros, 1,14 metros na Praça de Ponte e Horta e 1,11 metros na Igreja de São Francisco Xavier.
Hoje Macau Manchete SociedadeJogo | DICJ acompanhou encerramento de Mocha Kung Fat Um encerramento que decorreu “de acordo com os procedimentos previstos”. Foi desta forma que a Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ) abordou, através de um comunicado, o encerramento da sala de jogos Mocha Kung Fat, na Península de Macau, ligado à concessionária Melco Resorts. O encerramento aconteceu no final do dia de quarta-feira, como tinha sido anunciado na semana passada. Ontem, a DICJ esteve no local para assegurar que os serviços estavam efectivamente suspensos. “Após o encerramento do Mocha Kuong Fat, às 23h59 do dia 24 de Setembro, a DICJ procedeu ao respectivo processo de suspensão do funcionamento, tendo assegurado a coordenação, de forma activa, com diversos serviços, o acompanhamento da retirada do respectivo recinto”, foi comunicado. “O encerramento do casino decorreu de forma ordenada”, foi acrescentado. O comunicado não fez qualquer referência aos postos de trabalho que podem ter ficado em causa com este encerramento. No entanto, a DICJ prometeu promover “o desenvolvimento saudável e ordenado do sector do jogo”. “A DICJ continuará a optimizar o mecanismo de inspecção, promovendo a regularização e o desenvolvimento saudável e ordenado do sector do jogo, bem como criando condições mais favoráveis para a diversificação adequada da economia de Macau”, consta na mensagem.
Hoje Macau SociedadeFutebol | Exigida reposição de jogos na RTP Internacional O Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP) emitiu uma nota esta quarta-feira a exigir a reposição dos jogos de futebol da Liga Portugal nos canais da RTP Internacional, tendo em conta a “decisão do Conselho de Administração da RTP de suspender a transmissão dos jogos da Liga Portugal na RTP internacional e na RTP África” lê-se numa nota de imprensa enviada às redações, assinada pelo Vice-Presidente do Conselho Permanente do CCP, Paulo Marques. Segundo a mesma nota, o CCP entende que “o futebol é muito mais do que um desporto”, sendo também “uma expressão da identidade nacional e um elo de ligação essencial entre Portugal e os milhões de Portugueses espalhados pelo mundo”. “Para muitas Comunidades, como na África do Sul, acompanhar os jogos é uma forma privilegiada de manter viva a ligação às suas terras e localidades de origem”, é ainda referido. Paulo Marques também pertence ao Conselho de Opinião da RTP, que já se manifestou contra a decisão de suspender a transmissão dos jogos. O organismo pediu ao “Conselho de Administração da RTP para reponderar e reapreciar a decisão de não transmitir os jogos da Liga Portugal na RTP internacional e na RTP África”.
Hoje Macau PolíticaEleições | TUI reconheceu oficialmente os resultados O Tribunal de Última Instância anunciou ontem que os resultados das eleições do sufrágio directo e sufrágio indirecto foram oficialmente reconhecidos na terça-feira. “Atendendo a que, decorrido o prazo legal, não foi interposto nenhum recurso contencioso, […], o Tribunal de Última Instância reconheceu, no dia 23 de Setembro de 2025, os resultados de apuramento geral da Eleição dos Deputados por Sufrágio Directo e Indirecto para a Assembleia Legislativa da Região Administrativa Especial de Macau, que foi realizada no dia 14 de Setembro de 2025, e proclamou os candidatos eleitos”, foi divulgado. A lista com os candidatos eleitos tem agora de ser publicada no Boletim Oficial, o que deverá acontecer na próxima segunda-feira.
Hoje Macau China / Ásia MancheteProcurados 124 desaparecidos em Taiwan após super tufão Ragasa Equipas de socorro estavam ontem a tentar estabelecer contacto com 124 pessoas desaparecidas em Taiwan após o transbordamento de um lago, devido à passagem do super tufão Ragasa, a mais poderosa tempestade registada no planeta em 2025. O Centro de Resposta a Desastres taiwanês, citado pela agência de notícias oficial CNA, indicou que todos os desaparecidos têm moradas registadas na região de Hualien, no leste da ilha. As equipas de busca, incluindo bombeiros, militares e socorristas especializados, estão a realizar verificações porta-a-porta com o objectivo de estabelecer contacto com todos os residentes ao longo do dia. Pelo menos 14 pessoas morreram no leste de Taiwan, na sequência do transbordamento de um lago natural que inundou a cidade de Guangfu, consequência das intensas chuvas provocadas pelo super tufão Ragasa. O comandante adjunto do Centro, Hsiao Huan-chang, explicou que a torrente de água está tão saturada de lama que “os veículos mal conseguem chegar”, o que exigiu “a mobilização de um grande número de militares, polícias e bombeiros”. O corpo de bombeiros local explicou que, das 14 vítimas mortais, a maioria eram idosos que viviam no rés-do-chão dos edifícios de Guangfu, o município mais afectado pelas inundações. De acordo com as autoridades locais, o transbordamento do lago ocorreu na tarde de terça-feira, quando a barragem natural do afluente do riacho Matai’an cedeu e libertou um grande fluxo de água carregada de lama e detritos. A enchente destruiu uma ponte sobre um riacho e inundou rapidamente o centro urbano de Guangfu, onde várias ruas ficaram submersas até o nível dos telhados em algumas áreas. Imagens divulgadas pela comunicação social local mostram moradores a subir aos telhados e veículos à espera de auxílio enquanto a água cobre grandes áreas do município. Ordens de evacuação Horas antes, as autoridades tinham alertado que o lago natural, localizado na localidade vizinha de Wanrong, poderia transbordar, o que levou a ordens de evacuação, limpeza do leito e reforço da vigilância. O condado de Hualien está entre os mais afectados pelas chuvas associadas à passagem do super tufão Ragasa, que manteve em alerta grande parte do sudeste da China e de Taiwan.
Hoje Macau China / Ásia MancheteFilipinas | Novo ciclone tropical a caminho após passagem do Ragasa O ciclone tropical Bualoi ganhou ontem força ao deslocar-se em direcção às Filipinas, onde deverá chegar amanhã, três dias depois do super tufão Ragasa ter causado, pelo menos, 10 vítimas mortais no arquipélago O Bualoi estava ontem a 815 quilómetros a nordeste da ilha de Mindanau, no sul do mar das Filipinas, com rajadas de vento até 105 quilómetros por hora, informou a agência meteorológica do arquipélago, PAGASA. A PAGASA disse que o ciclone continuará a intensificar-se” e “poderá atingir o estatuto de tufão antes de atingir a região de Bicol”, no centro das Filipinas, na tarde de sexta-feira. Depois de atravessar o arquipélago, o ciclone Opong, como é conhecido nas Filipinas, deverá seguir em direcção à capital, Manila, acrescentou a agência, no mais recente boletim. Para já as autoridades das Filipinas emitiram apenas o aviso mínimo para ventos fortes na região central de Visayas. No entanto, as aulas presenciais continuaram ontem suspensas em várias províncias do norte do país, ainda devido ao impacto da passagem do super tufão Ragasa, na terça-feira. A passagem pelas Filipinas do Ragasa, a mais poderosa tempestade registada no planeta em 2025, causou pelo menos dez mortos, de acordo com o último balanço divulgado ontem pelas autoridades do arquipélago. O anterior balanço do Conselho Nacional de Redução e Gestão de Riscos de Desastres das Filipinas apontava para quatro vítimas mortais e 11 feridos devido a inundações e deslizamentos de terra no norte do país. Sete pescadores afogaram-se depois de um barco ter virado, devido a ondas altas e ventos fortes, ao largo da cidade de Santa Ana, no norte da província de Cagayan (nordeste). As autoridades provinciais reportaram a existência de outros cinco pescadores desaparecidos na sequência do incidente, ocorrido na segunda-feira. Quase 700 mil pessoas foram afectadas pela passagem do super tufão Ragasa pela ilha de Luzon, incluindo 25 mil residentes que se protegeram em abrigos de emergência do governo. Chegada a terra Quase 1,9 milhões de pessoas foram realojadas na província de Guangdong, no sul da China, que faz fronteira com Hong Kong e Macau, informou a televisão estatal chinesa CCTV. Tanto a China continental como as duas regiões administrativas especiais chinesas elevaram esta madrugada o nível de alerta para o mais elevado. Hong Kong registou 56 feridos enquanto em Macau foram apenas seis feridos. A agência meteorológica chinesa previu que o super tufão atingirá a costa entre as cidades de Taishan e Zhanjiang entre a tarde e a noite de ontem. Escolas, fábricas e serviços de transportes públicos foram suspensos em cerca de uma dezena de cidades no sul da China. Os tufões são fenómenos meteorológicos recorrentes no sudeste da China, em Taiwan e nas Filipinas durante o Verão e o Outono, quando as águas quentes do Oceano Pacífico levam à formação de ciclones.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Pequim alega posição imparcial sobre guerra após críticas A China afirmou ontem que a sua posição sobre a guerra na Ucrânia é “objectiva e imparcial”, após o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ter pedido a Pequim e Washington que pressionem Moscovo a aceitar um cessar-fogo. “O nosso país sempre foi aberto e transparente relativamente à crise ucraniana”, declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Guo Jiakun, em conferência de imprensa. Segundo o diplomata, desde o início do conflito, “a China manteve uma posição objectiva e imparcial, insistindo em promover a paz e o diálogo”. “Todas as partes envolvidas têm consciência disso”, acrescentou. Na terça-feira, Zelensky apelou em particular à China e aos Estados Unidos para que exerçam a sua influência sobre Moscovo com vista a forçar um cessar-fogo que ponha fim à guerra, que já dura há três anos e meio, perante a incapacidade da ONU em condicionar o rumo do conflito. Durante uma sessão do Conselho de Segurança dedicada ao tema, o chefe de Estado ucraniano afirmou que “a Rússia depende por completo da China”. “Se a China realmente quisesse parar esta guerra, poderia obrigar Moscovo a acabar com a invasão, porque sem a China a Rússia de Putin não é nada. Porém, com demasiada frequência, a China mantém-se distante e em silêncio, em vez de procurar a paz”, acusou.
Hoje Macau China / ÁsiaOMC | China abdica de tratamento especial como país em desenvolvimento A China vai abdicar do tratamento especial que recebe enquanto país em desenvolvimento nas negociações “presentes e futuras” no seio da Organização Mundial do Comércio, anunciaram ontem fontes oficiais em Pequim A decisão foi confirmada pelo vice-ministro do Comércio e representante para o Comércio Internacional da China, Li Chenggang, durante uma conferência de imprensa, após ter sido antecipada pelo primeiro-ministro chinês, Li Qiang, à margem da 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas. Li Chenggang lamentou o “recente ressurgimento do proteccionismo e do unilateralismo”, criticando em particular “a imposição arbitrária de tarifas por parte de um certo país”, numa alusão aos Estados Unidos. Segundo Li, a “autoridade e eficácia das regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) estão a ser colocadas à prova e os interesses de um grande número de países em desenvolvimento estão a ser gravemente prejudicados”. Neste contexto, a decisão da China de renunciar ao tratamento especial que lhe cabe enquanto país em desenvolvimento “representa um passo significativo no firme compromisso do país com a defesa do sistema multilateral de comércio e a implementação activa de iniciativas globais de desenvolvimento e governação”, disse o responsável. “Apesar disso, a China continua a ser o maior país em desenvolvimento do mundo. O seu estatuto e identidade enquanto tal não mudaram”, sublinhou Li, acrescentando que Pequim “continuará a defender o sistema multilateral de comércio e a participar plena e profundamente na reforma da OMC e na adaptação das regras económicas e comerciais internacionais”. Sinal claro Na mesma ocasião, o director do Departamento de Assuntos da OMC do Ministério do Comércio Han Yong afirmou que a decisão da China “vai criar novas oportunidades e um novo impulso para a cooperação económica e comercial global”. Segundo Han, o anúncio “envia um sinal claro para que os principais países assumam as suas responsabilidades e para que todas as partes trabalhem em conjunto com solidariedade e cooperação”. “A OMC precisa urgentemente de uma reforma para desempenhar melhor o seu papel”, defendeu Han, que destacou o multilateralismo como “a única opção viável para enfrentar os desafios globais”. A directora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala, reagiu à decisão numa publicação na rede social X, considerando tratar-se da “culminação de muitos anos de trabalho árduo” e felicitando a China pela “iniciativa neste domínio”. Nos últimos anos, países como os Estados Unidos têm criticado o tratamento preferencial concedido a grandes economias como a chinesa, devido ao seu estatuto de país em desenvolvimento, que permite maior flexibilidade na imposição de tarifas ou na concessão de subsídios às indústrias nacionais. O anúncio das autoridades chinesas surge num contexto de tensões comerciais crescentes a nível global, após a guerra de tarifas desencadeada pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, no passado mês de Abril.
Hoje Macau EventosCinema | Actriz Claudia Cardinale morre aos 87 anos A actriz franco-italiana Claudia Cardinale, um ícone do cinema dos anos 1960, morreu nesta terça-feira, “aos 87 anos, junto dos seus filhos”, em Nemours, perto de Paris, onde residia, anunciou o seu agente à agência de notícias francesa AFP. Nascida em Tunes, Claudia Cardinale trabalhou com os maiores actores e realizadores, como Luchino Visconti, Federico Fellini, Richard Brooks, Henri Verneuil e Sergio Leone. “Ela deixa-nos o legado de uma mulher livre e inspirada, tanto na sua trajectória como mulher, quanto como artista”, afirmou o seu agente Laurent Savry, numa mensagem enviada à AFP. A actriz, que entrou no filme do realizador português Manoel de Oliveira, “Gebo e a Sombra”, subjugou Visconti e Fellini, encantou Delon, Belmondo e Mastroianni.
Hoje Macau EventosLisboa | Casa de Macau promove almoços às quartas-feiras A Casa de Macau em Lisboa começou esta quarta-feira uma iniciativa gastronómica onde se pretende servir almoços, mostrando algumas das iguarias da comida macaense. “Às Quartas-Feiras Pode Almoçar” é o mote da iniciativa que decorre na sede da Casa de Macau em Lisboa, na Avenida Gago Coutinho, em que “todas as semanas há um menu diferente de comida asiática, preferencialmente cantonense ou macaense”, destaca-se na nota enviada aos sócios. Justina do Rosário ficará encarregue da elaboração das refeições. O horário dos almoços funciona entre as 13h e as 15h, servindo-se uma entrada, prato principal, sobremesa e café, havendo a oferta de chá ou o tradicional xarope de figo. Trata-se de um novo ciclo iniciado, “ainda a título experimental” de almoços em que se pretende que o público e sócios possam “usufruir do nosso espaço de almoço semanal na Casa de Macau”. A macaense Justina do Rosário tem “experiência na área da restauração e irá oferecer, a cada semana, um prato representativo do vasto repertório de menus diversificados na linha da gastronomia asiática com pendor na cozinha cantonense e macaense, sempre com a opinião abalizada das especialistas Maria João dos Santos Ferreira e Edith Lopes”.
Hoje Macau SociedadeChikungunya | Registados mais dois casos de infecção O território registou mais um caso local de febre de Chikungunya, de acordo com um comunicado de ontem dos Serviços de Saúde (SS). O caso foi detectado numa mulher com 56 anos, com nacionalidade vietnamita, e faz subir o número de casos locais desde o início do ano para quatro. De acordo com os SS, a trabalhadora não-residente vive na Avenida de Hac Sá e trabalha no edifício One Oasis, em Seac Pai Van. Não tem qualquer historial de deslocações recentes para fora de Macau, pelo que o caso foi considerado local. A mulher utilizou a rede de transportes locais diariamente entre 10 e 22 de Setembro e suspeita que terá sido picada por um mosquito durante o horário de trabalho. Como começou a apresentar febre e dores nas articulações, deslocou-se ao Hospital Kiang Wu, na segunda-feira, tendo sido diagnosticada como febre de Chikungunya. A mulher encontra-se numa situação estável, longe de perigo, e os seus colegas de casa não apresentam sintomas de infecção. Também ontem as autoridades divulgaram um novo caso importado de febre de Chikungunya, o 18º desde o início do ano. O homem vive no Edifício Jardim Nam Ou, perto da Avenida de Venceslau Morais, e visitou a cidade de Jiangmen entre 18 e 20 de Setembro. Na segunda-feira, apresentou febre e dores nas articulações, e deslocou-se ao Centro Hospitalar Conde de São Januário no dia seguinte. Foi diagnosticado nessa altura, apresentado uma condição estável. Os Serviços de Saúde aplicaram medidas de exterminação de mosquitos perto dos locais onde os pacientes vivem e trabalham. Febre de dengue | Revelado 16º caso importado Uma residente que vive na Areia Preta foi declarada o 16º caso importado de febre de dengue, segundo um comunicado dos Serviços de Saúde, publicado ontem. A mulher esteve na cidade de Zhongshan entre 8 e 14 de Setembro. Dias depois de ter regressado a Macau, no dia 19 de Setembro, começou a apresentar sintomas como febre e dores nas articulações. Por esse motivo deslocou-se ao Centro Hospitalar Conde de São Januário, a 22 de Setembro, onde acabou por ser diagnoticada com a febre de dengue do tipo 1. A mulher encontra-se em situação estável e os seus familiares não apresentaram sintomas de infecção.
Hoje Macau PolíticaAmamentação | Coutinho pede dados sobre políticas José Pereira Coutinho pretende que o Executivo disponibilize dados sobre a instalação de salas de amamentação nos sectores público e privado desde 2019. O assunto consta de uma interpelação escrita do deputado e presidente da Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM). No mesmo sentido, o deputado pretende saber que iniciativas foram tomadas pelo Executivo para incentivar a amamentação e os resultados dessas políticas, assim como a criação de novas medidas para incentivar a amamentação depois de seis meses após o parto. O deputado defende também o aumento do número de dias de licença de maternidade, assim como a regulação de pausas durante o período de trabalho para amamentar.
Hoje Macau PolíticaCalor | Che Sai Wang quer espaços públicos mais ventilados Che Sai Wang quer que o Governo renove os sistemas de ventilação e arrefecimento de vários espaços públicos fechados, como recintos desportivos, parques de estacionamento ou elevadores. O assunto foi abordado pelo deputado ligado à Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM) através de uma interpelação escrita. De acordo com Che, actualmente existem muitos espaços fechados como recintos desportivos, parques de estacionamento públicos e elevadores com uma ventilação inadequada. E na opinião do deputado este aspecto faz com que “alguns membros da população” sintam “desconforto físico”. O deputado pede assim mudanças: “As autoridades vão realizar uma revisão abrangente da concepção e das práticas operacionais actuais das instalações públicas relevantes?”, pergunta. “Vão ser estabelecidas normas de segurança e conforto mais rigorosas, tais como a exigência de que o ar condicionado esteja operacional durante o calor extremo ou o aumento da eficiência da exaustão, para garantir a saúde e a segurança públicas durante a utilização?”, interroga. A necessidade, explica Che Sai Wang, com as “as alterações climáticas globais” cada vez mais intensas e as “ondas de calor extremas” que “ocorrem cada vez com mais frequência” e que têm afectado “profundamente” Macau. Se, por um lado, o legislador defende melhor ventilação e arrefecimento dos espaços públicos, por outro, não se esquece da protecção ambiental e necessidade de conservar energia. Che apela para que sejam utilizadas tecnologias mais eficientes no arrefecimento dos espaços, de forma a que os equipamentos se desliguem nos períodos em que não são utilizados.
Hoje Macau Manchete Sociedade“Ragasa” | Tempestade agitou ontem Macau, sinal 3 surgiu à noite O super tufão Ragasa, o mais forte do ano, até agora, provocou alguns estragos, causou oito feridos e motivou cenários insólitos como a apanha de peixes nas zonas baixas da península. Após uma manhã e início de tarde com ventos fortes e inundações, o sinal 3 de tempestade só foi içado à noite e às 02h da manhã os casinos voltaram a abrir Foram várias as horas em que o “Ragasa” não deixou Macau sossegado. Só ontem às 16h o sinal 10 de tempestade tropical baixou para 8, altura em que a cidade continuava paralisada e começavam a intensificar-se os trabalhos de limpeza. O sinal 3 acabaria por ser emitido pelos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) às 23h e três horas depois os casinos do território voltaram a operar. Classificado como “tufão severo” a partir das 15h, descendo de super tufão, o Ragasa só se afastou gradualmente do território ontem à tarde, sendo que às 19h enfraqueceu para o nível de tufão, quando se encontrava a 210 quilómetros de Macau. Nessa altura o sistema movia-se a uma velocidade de 20 quilómetros por hora para a costa oeste da província de Guangdong. Porém, manteve-se durante algum tempo o nível elevado de “Storm Surge”, tendo em conta o aumento do nível das águas, ainda que a altura das inundações tivesse baixado a partir de meio da tarde. Passado o Ragasa, a noite de ontem foi marcada pela ocorrência de “aguaceiros frequentes acompanhados de trovoadas”. Para hoje, os SMG apontam para a ocorrência de aguaceiros, “às vezes muito fortes” e trovoadas. Porém, as chuvas “vão diminuir mais tarde”, com o vento a ter uma força de nível 6 a 7 de leste a sueste com rajadas. O céu estará muito nublado. As consequências Relativamente aos dados da protecção civil, até às 20h, estavam nos centros de emergência geridos pelo Instituto de Acção Social, 152 pessoas, sendo que o número de pessoas que esteve nos centros durante a tempestade foi de 705. O edifício de inspecção e passagem dos veículos de passageiros e os seus ocupantes, no posto fronteiriço de Hengqin, retomou o normal funcionamento às 17h30, com o sinal 8 içado. Nessa altura, já podiam circular veículos pela via que liga a Universidade de Macau ao Posto Fronteiriço, mas não havia ainda autocarros a circular. No que diz respeito aos estragos causados pela passagem do Ragasa, o Centro de Operações da Protecção Civil dava conta, até às 21h, de 252 ocorrências: 69 casos de desabamentos de árvores ou postes de iluminação; 142 casos de remoção de objectos em risco de queda ou seis casos de manuseio de instalações em estaleiros de construção. Até às 21h, as autoridades contabilizaram oito feridos, 11 pessoas presas em elevadores e 23 incêndios. Dia seguinte Devido às inundações, o Museu Marítimo, situado na zona do Porto Interior, fica encerrado hoje e amanhã para trabalhos de “limpeza e manutenção interna e externa” do edifício. Entretanto, o Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) levou a cabo trabalhos de limpeza das redes de drenagem e esgotos, tendo sido dada prioridade à remoção “dos ramos quebrados e resíduos que obstruíam as principais vias de tráfego, a fim de garantir a passagem de veículos de emergência e a segurança pública”. Em relação ao fornecimento de energia, uma nota emitida às 18h22 e ontem informou que a Companhia de Electricidade de Macau (CEM) estava “a restabelecer gradualmente o fornecimento de electricidade aos utilizadores a residir nas zonas baixas”. Quanto às ligações, as quatro pontes de ligação da península de Macau à Taipa, bem como a Ponte Lótus, permaneceram encerradas ao trânsito enquanto esteve içado o sinal 8. Destaque para o facto de parte do tabuleiro da ponte Governador Nobre de Carvalho ter estado submersa durante o período crítico da tempestade. Sinal 8 mais cedo em HK Ontem à tarde, por volta das 15h e ainda com o sinal 10 içado, o Ragasa estava a cerca de 110 quilómetros a sudoeste de Macau, ainda com ventos máximos de 190 quilómetros por hora no centro do tufão. Em Hong Kong, o sinal 10 foi substituído pelo 8 mais cedo, às 13h20. Devido a inundações na península de Macau e na vila de Coloane, a CEM cortou a energia nas zonas do Porto Interior, Praça de Ponte e Horta, Barra e Patane. A concessionária justificou a decisão com a necessidade de “garantir a segurança pública e proteger as instalações de fornecimento de energia”. O receio de inundações levou o Governo a apelar à evacuação das áreas baixas da península. O Centro Meteorológico Nacional da China já tinha classificado o Ragasa como a pior tempestade registada no mundo em 2025, comparável ao Mangkhut (2018) e ao Hato (2017). Em Setembro de 2018, o tufão Mangkhut provocou 40 feridos e inundações graves em Macau. Um ano antes, o Hato, considerado o pior tufão em mais de 50 anos a atingir o território, causou dez mortos e 240 feridos. Segurança | Pedida atenção devido a longas horas de trabalho Os longos horários de trabalho das forças de segurança durante a passagem de tufões gerou ontem polémica, no programa matinal Fórum Macau do canal chinês da Rádio Macau. Numa altura em que se discutia a passagem do tufão houve uma residente de apelido Kong que se queixou das longas horas de trabalho das forças de segurança. A residente apresentou-se familiar de um agente de polícia e revelou que até à manhã de ontem o agente somava 17 horas de trabalho. Nessa altura, as autoridades ainda estavam longe de içar o sinal número três de tufão. O sinal número 10 só foi reduzido para sinal número 8 às 16h de ontem. A mulher afirmou compreender que as situações de emergência pública exigem que as forças de segurança tenham de estar de serviço durante muitas horas, e até considerou esse aspecto aceitável. Contudo, queixou-se do facto dos agentes não saberem os seus horários nem terem estimativas das horas a que podem regressar para junto das famílias. A ouvinte deixou assim o desejo que o Governo esteja atento ao período de horas extras de trabalho dos agentes, e pediu compreensão porque os agentes policiais também precisam de acompanhar as suas famílias durante situações meteorológicas extremas. Pesca | Homens filmados a apanhar peixes na rua Numa altura em que estava içado o sinal 10 de tufão, dezenas de pessoas foram filmadas na Avenida do Almirante Lacerda e na Zona do Porto Interior, áreas inundadas, a tentar apanhar peixes com as próprias mãos. Os momentos foram captados por pessoas que estavam nos edifícios daquela zona, circularam pelas redes sociais e levaram as autoridades a apelarem à população que ficasse abrigada. “O Centro de Operações de Protecção Civil alerta veementemente que existem muitos factores de risco e as condições das estradas são incertas, havendo ainda o risco de queda de objectos e choque eléctrico a qualquer momento”, foi explicado. “Apela-se aos cidadãos e turistas para terem em conta a própria segurança, permanecer em recintos fechados e seguros e não sair de casa ou atravessar as ruas inundadas”, foi pedido. Seac Pai Van | Caixa de electricidade origina incêndio Uma caixa de electricidade terá estado na origem de um incêndio perto da entrada do Parque de Seac Pai Van, por volta das 13h20 de ontem. Um vídeo que circulou nas redes sociais mostra num primeiro momento várias explosões consecutivas a afectar a caixa de electricidade, até que as chamas acabam por deflagrar e envolver um edifício nas proximidades. O incêndio foi registado numa altura em que não aparentava haver cheias no local, embora as ruas estivessem molhadas devido à chuva. A intervenção do Corpo de Bombeiros permitiu extinguir rapidamente as chamas, mas não impediu que o edifício ficasse marcado pelo fumo. Até ao fecho desta edição, a dimensão dos danos ainda não tinha sido tornada pública. Supermercados | Queixas sobre aumentos dos preços No programa matinal Fórum Macau do canal chinês da Rádio Macau, um ouvinte de apelido Lam queixou-se que os supermercados aumentaram os preços dos produtos para valores “não razoáveis”, entre segunda e terça-feira. Estes aumentos aconteceram numa altura em que estava a decorrer uma corrida aos mantimentos devido à passagem do super tufão Ragasa. De acordo com o exemplo dado, o residente indicou que nos outros dias costumava comprar um tipo de peixe por 20 patacas, mas que na terça-feira o preço tinha subido para 60 patacas.
Hoje Macau Sociedade“Ragasa” | Sinal de tempestade passa de 10 a 8 Imagem: Hou Kong Daily Macau baixou de 10 para 8 o sinal de tempestade às 16h, a propósito da passagem do “Ragasa”, considerada a mais poderosa tempestade registada no mundo em 2025, seguindo o exemplo da vizinha Hong Kong. De acordo com os Serviços Meteorológicos e Geofísicos de Macau, o nível de alerta desceu de 10, o mais elevado, para 8, o terceiro mais alto, mantendo-se o aviso vermelho (o segundo mais alto) para possíveis inundações nas áreas baixas. Às 15h, o Ragasa estava a cerca de 110 quilómetros a sudoeste de Macau e a afastar-se do território, com ventos máximos de 190 quilómetros por hora no centro do tufão. Em Hong Kong, o sinal 10 já tinha sido substituído pelo 8 às 13h20. Devido a inundações na península de Macau e na vila de Coloane, a Companhia de Eletricidade de Macau (CEM) cortou a energia nas zonas do Porto Interior, Praça de Ponte e Horta, Barra e Patane. A concessionária justificou a decisão com a necessidade de “garantir a segurança pública e proteger as instalações de fornecimento de energia” e prometeu retomar o fornecimento “o mais rápido possível após as inundações”. O receio de inundações levou o Governo do território a apelar à evacuação das áreas baixas da península. Os centros de acolhimento de emergência tinham acolhido 675 pessoas até às 14h21. O Centro de Operações de Proteção Civil registou 140 ocorrências, sobretudo devido à remoção de objetos em risco de queda ou que já tinham caído. Foram registados ainda 20 incêndios e apenas um ferido. Em Hong Kong, ventos fortes arrancaram partes do telhado de uma passagem superior para peões e derrubaram árvores por toda a cidade. Pelo menos 62 feridos foram assistidos em hospitais. O Centro Meteorológico Nacional da China já tinha classificado o Ragasa como a pior tempestade já registada no mundo em 2025, comparável ao Mangkhut (2018) e ao Hato (2017). Em setembro de 2018, o tufão Mangkhut provocou 40 feridos e inundações graves em Macau. Um ano antes, o Hato, considerado o pior tufão em mais de 50 anos a atingir o território, causou dez mortos e 240 feridos. Quase 1,9 milhões de pessoas foram realojadas na província de Guangdong, que faz fronteira com Hong Kong e Macau, informou a televisão estatal chinesa CCTV. A agência meteorológica chinesa previu que o supertufão atingiria a costa entre as cidades de Taishan e Zhanjiang entre a tarde e a noite de hoje. Escolas, fábricas e serviços de transportes públicos foram suspensos em cerca de uma dezena de cidades no sul da China.
Hoje Macau Sociedade“Ragasa” | Registado um ferido devido à tempestade Os dados mais recentes da protecção civil apontam para uma ocorrência que resultou num único ferido, segundo dados fornecidos pelos Serviços de Saúde e hospital Kiang Wu. Até às 23h desta terça-feira o Centro de Operações de Protecção Civil registou apenas quatro ocorrências de outro género na península de Macau e ilhas, tal como quatro casos de remoção de reboco, janela, toldo ou outros objectos em risco de queda. Além disso, registaram-se, desde o início da tempestade, 617 pessoas nos centros de acolhimento de emergência. De frisar que as autoridades alertaram para a possibilidade de se registarem “inundações graves”, pelo que, “para evitar impactos significativos ou mesmo danos permanentes nas instalações eléctricas das zonas baixas e garantir a segurança pública, a CEM poderá implementar a suspensão do fornecimento de energia nas zonas baixas”.
Hoje Macau Sociedade“Ragasa” | Sinal 10 deverá ser içado na madrugada de amanhã As autoridades prevêem içar o sinal 10 de tempestade na madrugada desta quarta-feira, entre as 4h e as 6h, sendo “alta” essa possibilidade. Antes disso, é também “alta” a possibilidade de ser içado o sinal 9 esta noite, entre a meia noite e as 2h. Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) estimam que o vento se intensifique nas próximas horas desde que foi içado o sinal 8 às 17h, significado isso que a “tempestade tropical continua a aproximar-se de Macau”. Esperam-se, assim, ventos entre os 63 e os 117 quilómetros por hora, acompanhados de rajadas com cerca de 180 quilómetros por hora. Os SMG aconselham, assim, ao fecho e garantia de segurança de todas as portas, janelas e vidros nos locais mais ventosos. Todas as escolas estão encerradas até nova ordem, desaconselhando-se actividades ao ar livre. Além disso, “as pontes podem ser encerradas a qualquer momento”, aconselhando-se a população a prestar atenção aos alertas de “storm surge”, a fim de saber lidar com potenciais inundações.
Hoje Macau Manchete SociedadeMacau acciona alertas e corrige para mais perto passagem previsível do supertufão Ragasa Macau accionou os níveis de alerta para a passagem do supertufão Ragasa, assim como corrigiu a sua trajectória previsível para mais próximo da região, de acordo com as previsões mais recentes dos Serviços Meteorológicos. As autoridades elevaram o nível de alerta para o sinal 3 às 05:00 de hoje , e anunciaram que será feira a actualização para o sinal 8 às 17:00 locais. “A intensidade do super tufão Ragasa e a ameaça de ‘storm surge’ [aumento anormal do nível da água do mar durante uma tempestade, medido como a altura da água acima da maré astronómica normal prevista] poderão atingir níveis semelhantes ou até superiores aos do ‘Hato’ e do ‘Mangkhut’, respectivamente de 2017 e 2018, o que constitui uma grave ameaça para Macau”, anunciou o gabinete de comunicação do Executivo da Região Administrativa Especial de Macau. “Prevê-se que o Ragasa se aproxime bastante da foz do Rio das Pérolas na quarta-feira, 24 de Setembro, com ventos de 9 a 11 graus, acompanhados de ‘storm surge’ muito grave e inundações de grande dimensão”, acrescentou o gabinete. “Às 11:00 locais, o ciclone tropical estava posicionado a cerca de 490 quilómetros a sudeste de Macau”, referia uma nota publicada no portal da Direção dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG). A SMG prevê que se desloque para oeste-noroeste a cerca de 20 quilómetros por hora através da parte norte do Mar da China Meridional. As autoridades acrescentaram que o sinal 9 deverá ser emitido por volta da meia-noite de amanhã, com forte possibilidade de o sinal 10, o mais elevado, ser hasteado nas primeiras horas de quarta-feira. A escala de alerta de tempestades tropicais é formada pelos sinais 1, 3, 8, 9 e 10, com a emissão a depender da proximidade da tempestade e da intensidade do vento. “Prevê-se que o tufão Ragasa se aproxime do estuário do rio das Pérolas entre a madrugada e o dia de quarta-feira, com a possibilidade de passar a menos de 100 quilómetros de Macau”, segundo a SMG. Os SMG previam anteriormente a passagem do olho do tufão a uma distância superior aos 100 quilómetros. “Prevê-se que os ventos com força de furacão – escala de Beaufort 12 ou superior – persistam, acompanhados de chuva forte, trovoadas e rajadas violentas”, acrescentaram os serviços de meteorologia. Os residentes de Macau em andares mais altos foram instados a tomar precauções contra os impactos potencialmente graves dos ventos extremos. Também se antecipa chuvas significativas, que, se coincidirem com a maré alta astronómica na quarta-feira, abrem a possibilidade de inundações de magnitude comparável às observadas durante os tufões Hato e Mangkhut. Em setembro de 2018, o tufão Mangkhut provocou 40 feridos e inundações graves no território. Um ano antes, o Hato, considerado o pior tufão em mais de 50 anos a atingir Macau, causou dez mortos e 240 feridos. Os SMG anunciaram a elevação do alerta laranja de tempestade às 13:00 locais de hoje. A probabilidade de elevação do alerta para vermelho entre o final da tarde e o início da noite é “relativamente alta”. Sam Hou Fai, que segunda-feira se deslocou aos bairros das zonas baixas, alertou para a previsão relativa à passagem do Ragasa, um supertufão de frente bastante larga. Devido à tempestade tropical, as aulas dos ensinos infantil, primário, secundário e especial ficam suspensas terça e quarta-feira. Os serviços públicos, com exceção das urgências e proteção civil, serão igualmente encerrados. As últimas travessias na ponte que liga Macau a Hong Kong, assim com as saídas de ferrys, foram fixadas para as 13.00. Outras ligações marítimas entre Macau e o Interior da China, bem como o Cruzeiro de Macau foram suspensos.
Hoje Macau China / ÁsiaShenzhen suspende comboios, voos e aulas devido ao supertufão Ragasa A cidade de Shenzhen vai suspender o tráfego ferroviário e aéreo e encerrar as escolas a partir de hoje, perante a chegada iminente do supertufão Ragasa, que ameaça ser o mais potente do ano no sul da China. As autoridades locais anunciaram que todas as escolas primárias, secundárias e jardins-de-infância permanecerão encerradas entre hoje e quarta-feira, enquanto o aeroporto internacional deixará de operar hoje a partir das 20h. Os comboios com partida ou destino para Shenzhen, uma metrópole com mais de 17 milhões de habitantes, serão progressivamente cancelados a partir do meio-dia de hoje, estando a retoma das operações prevista apenas para quinta-feira. Cerca de 400 mil pessoas estão a ser evacuadas preventivamente de áreas de risco, indicaram ainda as autoridades da cidade. Ragasa, que atingiu a categoria de supertufão no domingo, poderá tornar-se o ciclone mais severo a atingir Shenzhen desde 2018, com ventos até 260 quilómetros por hora e precipitação acumulada de 300 milímetros, o que levou à ativação de mecanismos de emergência adicionais. Especialistas alertaram para riscos acrescidos devido à coincidência com marés altas, elevando a ameaça de inundações em zonas baixas. Em toda a província de Cantão, incluindo cidades do delta do rio das Pérolas como Zhuhai, Dongguan ou Zhongshan, e ainda Hong Kong e Macau, estão a ser adotadas medidas semelhantes de suspensão de aulas, atividades laborais e transportes. Até à tarde de segunda-feira, as autoridades marítimas tinham ordenado o regresso a porto de mais de 10 mil embarcações e a suspensão de quase 400 rotas de navios, além do reforço das infraestruturas portuárias e rodoviárias. A China mantém activada uma resposta nacional de emergência, com o destacamento de mais de 30 mil operacionais para assegurar o fornecimento de bens essenciais e prestar apoio em eventuais operações de resgate. Ragasa é a 18ª tempestade tropical formada este ano no Pacífico e deverá tocar terra na quarta-feira na costa central ou ocidental da província de Cantão, antes de perder intensidade à medida que avança para o interior. A actual temporada de tufões na China já foi marcada por episódios como Wipha, que causou fortes chuvas e evacuações no sul do país, e Wutip, que afetou mais de 180 mil pessoas na província de Guangdong após um atraso superior a dois meses face ao início habitual da época, atribuída por especialistas a padrões anómalos de alta pressão e alterações no regime das monções.