Hoje Macau China / ÁsiaChina | Órgão legislativo reunido esta semana para abordar estímulos à economia O Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional, o órgão máximo legislativo da China, está reunido em Pequim para fazer face ao abrandamento económico do país Os principais líderes parlamentares chineses estão reunidos desde ontem para elaborar um plano de estímulos que, segundo os analistas, pode ser ainda mais ambicioso caso Donald Trump vença as eleições presidenciais norte-americanas esta semana. Face ao abrandamento da segunda maior economia do mundo, Pequim anunciou várias medidas nas últimas semanas, incluindo a redução das taxas de juro e a flexibilização das restrições à compra de habitação. Mas o optimismo foi um pouco atenuado pelo facto de as promessas e as políticas anunciadas não terem sido consideradas suficientemente fortes pelos mercados, que esperavam um pacote de estímulos mais ambicioso. Os analistas estão por isso atentos à reunião do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional (APN), o órgão máximo legislativo da China, presidido por Zhao Leji. Este comité permanente deve examinar e aprovar toda a legislação, incluindo a relativa ao orçamento de Estado. “Esperamos ver mais pormenores sobre as propostas que serão adoptadas”, escreveu Heron Lim, analista da Moody’s Analytics, destacando “a forma como um financiamento adicional será atribuído para resolver os problemas económicos a curto prazo”. Os economistas da Nomura disseram esperar que os parlamentares aprovem esta semana um orçamento suplementar de cerca de um bilião de yuan, principalmente para as autoridades locais endividadas (ver caixa). Os analistas antecipam também uma ajuda excepcional de um bilião de yuan de Pequim para os bancos, a fim de resolver o problema do crédito malparado dos últimos quatro anos. “Grande parte do dinheiro vai ser utilizada para cobrir perdas”, explicou Alicia Garcia Herrero, do banco de investimento Natixis. “Não se destinará, de facto, a estimular o crescimento”, acrescentou. Espera-se que as potenciais medidas concretas sejam anunciadas no final da reunião, na sexta-feira. Nessa altura, já serão conhecidos os resultados das eleições presidenciais nos Estados Unidos. “Pensamos que os resultados das eleições norte-americanas terão alguma influência na escala do plano de estímulo de Pequim”, afirmou Ting Lu, economista-chefe da Nomura para a China, numa nota. Ambos os candidatos prometeram continuar a pressionar Pequim. Donald Trump afirmou que ia impor taxas alfandegárias punitivas de 60 por cento sobre todos os produtos chineses que entram nos EUA. “A escala das medidas de estímulo fiscal (…) poderá ser 10-20 por cento maior no caso de uma vitória de Trump”, escreveu Ting. Mas “os principais desafios para Pequim vêm de dentro da China e não do exterior”, sublinhou. Pedras no caminho A China está a enfrentar um débil consumo interno, uma crise imobiliária e uma dívida pública galopante. Todos estes factores ameaçam o objectivo de crescimento do PIB para 2024, fixado pelo Governo em “cerca de 5 por cento”. O sector imobiliário tem sido, desde há muito, um dos principais motores de crescimento do país asiático, mas está agora a enfrentar uma grave crise de liquidez. O preço médio das casas novas aumentou ligeiramente no mês passado, segundo a China Index Academy, após vários anos de declínio. Mas muitas propriedades ainda estão inacabadas ou por vender. De acordo com as estimativas do Natixis, a sua aquisição por Pequim poderá custar até 3,300 biliões de yuan. A situação do sector imobiliário está a pesar na confiança das famílias. “O consumidor médio chinês com um empréstimo imobiliário não sente que o seu poder de compra esteja a aumentar”, salientou Heron Lim, da Moody’s Analytics. A espinhosa questão da gestão da dívida das administrações locais também estará na ordem do dia na reunião desta semana. Mas os problemas económicos da China não se limitam às casas vazias e à redução do consumo. “A economia no seu conjunto está a perder produtividade devido à má afectação dos dinheiros públicos”, observou Alicia Garcia Herrero, em particular no que se refere à política industrial e aos subsídios. “Tudo isto tem de ser alterado”, afirmou. Contra “dívida oculta” O Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional (APN) da China analisou ontem um projecto de lei do Conselho de Estado (Executivo) que visa permitir o aumento dos limites de endividamento dos governos locais, para “substituir as dívidas ocultas existentes”. “Os legisladores analisaram um projecto de lei do Conselho de Estado sobre o aumento dos limites de endividamento das administrações locais, para substituir as dívidas ocultas existentes”, afirmou a agência noticiosa oficial Xinhua, em comunicado, sem dar mais pormenores.
Hoje Macau SociedadeSaúde | Novo caso de dengue importado do Interior O território registou mais um caso de dengue importado no sábado, o 23.º desde o início do ano, de acordo com os Serviços de Saúde (SS). A infecção foi diagnosticada num homem com 65 anos, residente de Macau, há muito tempo a morar em Zhongshan, no Interior da China, indicaram as autoridades. Nas últimas semanas, a província vizinha de Guangdong tem atravessado um surto de infecções de dengue. O homem apresentou os primeiros sintomas a 29 de Outubro, como febre, calafrios, dores de cabeça e fatiga. Nesse dia, veio para Macau procurar tratamento médico, e terá ido ao Hospital Kiang Wu. Sem sentir melhorias, no dia seguinte voltou ao hospital privado onde foi feita uma recolha de sangue. A infecção foi confirmada no dia seguinte. “O doente encontra-se actualmente em estado estável”, comunicaram as autoridades. Uma familiar do paciente também foi infectada, mas foi diagnosticada em Zhongshan, de onde não saiu.
Hoje Macau SociedadeAMCM | Depósitos de residentes cresceram 6,9% Os depósitos dos residentes cresceram 6,9 por cento em Setembro face ao período homólogo, para 755,64 mil milhões de patacas, de acordo com dados divulgados pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM). Em comparação com Agosto, os depósitos dos residentes tiveram um crescimento mais ligeiro de 0,7 por cento. Em relação aos depósitos de não-residentes, houve uma redução de 7,4 por cento em comparação com o ano anterior, para 323,90 mil milhões de patacas. Face a Agosto, a redução foi de 0,6 por cento. No que diz respeito aos depósitos do sector público, comparando com o ano passado registou-se uma redução de 1,3 por cento, para 273,20 mil milhões de patacas. No entanto, quando se compara Setembro com Agosto houve um aumento de 1,9 por cento. Os empréstimos internos ao sector privado caíram 1,1 por cento entre Agosto e Setembro, e uma diminuição de 5,6 por cento, face ao ano passado, para 519,08 mil milhões de patacas. Segundo a AMCM, os empréstimos concedidos ao sector do “comércio por grosso e a retalho” e dos “restaurantes, hotéis e similares” tiveram quebras de 18,5 por cento e 5,0 por cento, respectivamente.
Hoje Macau SociedadeVeículos | Crescimento abaixo de 3% Nos últimos cinco anos, a taxa de crescimento do número de veículos na RAEM ficou abaixo de 3 por cento. O número foi indicado na sexta-feira pelo director dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), Lam Hin San, no programa Fórum da Ou Mun Tin Toi. Além disso, Lam Hin San defendeu que 85 por cento das passadeiras do território foram melhoradas nos últimos anos, com a instalação de mais semáforos. Na sexta-feira, esteve também presente no Fórum Macau a directora dos Serviços para os Assuntos Marítimos e da Água, Susana Wong, que revelou que entre Janeiro e Outubro deste ano, o número de passageiros a recorrer ao transporte marítimo transfronteiriço foi de oito milhões e que houve uma média de 220 ligações marítimas diárias a outros destinos, o que indicou ser uma recuperação de 70 por cento, face ao período pré-pandemia.
Hoje Macau SociedadeConstrução | Salário médio sobe 2,3% No terceiro trimestre de 2024, o salário diário médio dos trabalhadores da construção foi de 767 patacas, mais 2,3 por cento, em relação ao trimestre anterior, indicaram os dados da Direcção de Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Segundo a mesma fonte, “eliminado o efeito da inflação, o índice do salário real dos trabalhadores da construção aumentou 2,2 por cento, em termos trimestrais”. No entanto, registaram-se quebras de rendimentos em vários sectores laborais, como os de operadores de máquina (828 patacas por dia), uma quebra salarial de 5,4 por cento, carpinteiros de cofragem (814 patacas por dia), uma redução de 3,1 por cento e os armadores de ferro (787 patacas por dia), que sofreram um decréscimo de 2,8 por cento nos pagamentos. No pólo oposto, os montadores de equipamento de combate a incêndio (861 patacas por dia) tiveram um aumento de 7,8 por cento, assim como os canalizadores, com um aumento de 7,7 por cento. Quanto aos materiais de construção, no terceiro trimestre, registou-se uma redução de 0,2 por cento.
Hoje Macau Manchete SociedadeXangai | Macau promove produtos lusófonos em Xangai A delegação é composta por 39 empresas de Macau e vai promover produtos locais e lusófonos na Exposição Internacional de Importação da China. Nos primeiros nove meses, as exportações dos países lusófonos para a China atingiram 109,1 mil milhões de dólares Uma delegação de 39 empresas de Macau vai promover produtos locais e lusófonos na 7.ª edição da Exposição Internacional de Importação da China, em Xangai, entre hoje e domingo, anunciaram ontem as autoridades. Com dois pavilhões temáticos, criados pelo Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento (IPIM), as 39 empresas vão promover “produtos alimentares e bebidas produzidos em Macau, de marcas de Macau e dos países de língua portuguesa, bem como serviços profissionais no âmbito da tributação, tradução, consultoria de investimento”, entre outros, indicou em comunicado o IPIM. Ao mesmo tempo, vai participar também uma delegação de cerca de 40 empresários, nas áreas de finanças, comércio electrónico, convenções e exposições, tecnologia, turismo, restauração, logística e lazer. Subordinada ao tema “Nova Era, Futuro Compartilhado”, a sétima edição da Exposição Internacional de Importação da China vai juntar, em mais de 420 mil metros quadrados, cerca de 300 empresas de todo o mundo. Exportações a subir A promoção de produtos lusófonos vai ser realizada, após a revelação de que as exportações dos países lusófonos para China cresceram 2,4 por cento para o nível mais elevado do sempre. As exportações atingiram 109,1 mil milhões de dólares, o valor mais elevado para o período entre Janeiro e Setembro desde que o Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum de Macau) começou a apresentar este tipo de dados dos Serviços de Alfândega da China, em 2013. Os dados divulgados na sexta-feira mostram que a subida se deveu sobretudo ao maior fornecedor lusófono do mercado chinês, o Brasil, cujas vendas cresceram 2,8 por cento, para 91,2 mil milhões de dólares, um novo máximo para os primeiros nove meses do ano. As vendas de mercadorias de Angola para a China aumentaram 2,2 por cento para 13,5 mil milhões de dólares, enquanto as exportações de Portugal subiram 8,9 por cento para 2,33 mil milhões de dólares. Na direcção oposta, os países lusófonos importaram mercadorias no valor de 65,1 mil milhões de dólares da China, um aumento anual de 17,9 por cento e um novo recorde para os primeiros nove meses do ano. O Brasil foi o maior parceiro comercial chinês no bloco lusófono, com importações a atingirem 55,1 mil milhões de dólares, seguido de Portugal, que comprou à China mercadorias no valor de 4,64 mil milhões de dólares. Ao todo, as trocas comerciais entre os países de língua portuguesa e a China atingiram 174,2 mil milhões de dólares entre Janeiro e Setembro, mais 7,8 por cento do que em igual período de 2023 e um novo máximo para os primeiros nove meses do ano.
Hoje Macau PolíticaUPM | Coutinho denuncia horas extraordinárias não pagas Pereira Coutinho afirmou ter recebido queixas de “um numeroso grupo de professores da Universidade Politécnica de Macau (UPM)” preocupados com “a exigência da reposição de aulas canceladas durante este semestre”, por motivos como “tufões ou feriados públicos, ou por motivos pessoais, incluindo ausências por motivos de doença”, sem direito a “compensação adicional”. O deputado indicou, numa interpelação escrita, que a medida é arbitrária e “não foi abordada previamente com os docentes, que merecem ser tratados com dignidade e respeito”. Pereira Coutinho salienta que “todos os docentes cumprem rigorosamente o calendário académico estabelecido pela universidade, no qual as aulas que coincidem com feriados públicos são automaticamente canceladas conforme as directrizes internas”. Além disso, argumenta que a falta de consideração pela dignificação e valorização do trabalho dos professores das universidades públicas pode ter implicações negativas, como “a desmotivação dos docentes, impacto na qualidade do ensino, erosão da autoridade académica, ambiente de trabalho tóxico, formação de profissionais menos qualificados, e introdução de desigualdades sociais, limitando oportunidades para as futuras gerações”. Face a este cenário, Coutinho pergunta se o trabalho extraordinário será remunerado ou compensado de acordo com as leis da RAEM, através de remuneração ou descanso compensatório. O deputado questionou também se existe precedente legal para este tipo de actuação e se os docentes podem ser penalizados se não cumprirem as exigências da UPM.
Hoje Macau PolíticaChefe do Executivo | Criticado programa de Sam Hou Fai O ex-deputado Ng Kuok Cheong classificou o programa político apresentado por Sam Hou Fai como “banal”, sem qualquer aspecto “especial”. Ao jornal All About Macau, Ng Kuok Cheong afirmou que esta é uma consequência do facto de Sam Hou Fai saber que não ia ter qualquer competição no processo para a escolha do Chefe do Executivo, e também de saber que, salvo qualquer evento imprevisível com um impacto enorme, a eleição estaria sempre assegurada. O ex-deputado recordou também que Sam Hou Fai abordou inicialmente o problema económico da dependência do jogo, assim como o facto de esta actividade canalizar a maior parte dos recursos locais. Contudo, segundo Ng, Sam entrou numa fase de silêncio sobre estes assuntos, assim que obteve o número de apoios para participar na eleição do colégio eleitoral, sem avançar com qualquer solução para os problemas apontados. No que diz respeito à diversificação industrial, o ex-deputado considerou que o programa político não apresenta qualquer plano para o desenvolvimento dos sectores das finanças, saúde, exposições e convenções e desporto. Por sua vez, o deputado Ron Lam deseja que Sam Hou Fai concretize as promessas mencionadas no programa político, defendendo que Sam Hou Fai deve deixar os profissionais de cada sector actuarem sem grandes interferências. Numa altura em que Sam Hou Fai se encontra a trabalhar na futura equipa do Governo, Ron Lam recordou as queixas recorrentes da população, sobre a necessidade de evitar a nomeação de pessoas sem experiência nas pastas que assumem.
Hoje Macau PolíticaGoverno | Ho Iat Seng dirige “felicitações calorosas” a Sam Hou Fai O actual Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, endereçou “as suas calorosas felicitações” ao seu sucessor, Sam Hou Fai, pela nomeação oficial do Governo Popular Central para liderar o próximo Governo da RAEM, num comunicado divulgado na noite de sexta-feira. Ho Iat Seng considerou que “o facto de Sam Hou Fai ter sido eleito como o Chefe do Executivo (…) com um elevado número de votos demonstra a aceitação geral e amplo apoio de que goza junto dos diversos sectores da sociedade”, e que o seu sucessor “certamente conseguirá liderar a nova administração unida com toda a sociedade”. O “forte apoio” a Sam Hou Fai na organização da nova equipa governativa materializou-se num despacho assinado por Ho Iat Seng e publicado no Boletim Oficial, no qual o governante insta “os Gabinetes dos Secretários e os serviços e entidades públicas prestem todo o apoio à formação e aos trabalhos preparatórios do Sexto Governo da RAEM”. Para tal, Ho Iat Seng pediu “a mobilização de recursos humanos, alocação de material e apoio logístico, com vista a assegurar a conclusão ordenada e com sucesso dos trabalhos de transição do Governo”.
Hoje Macau China / ÁsiaAstraZeneca | Chefe de filial chinesa sob investigação O director da filial chinesa do gigante farmacêutico britânico AstraZeneca foi colocado sob investigação no país asiático, anunciou a empresa, após informações sobre alegada recolha ilegal de dados e importação de medicamentos não autorizados. O presidente da AstraZeneca China, Leon Wang, está “a cooperar com as autoridades chinesas no âmbito de uma investigação em curso”, lê-se no comunicado emitido pelo grupo na quarta-feira. “As nossas actividades na China continuam sob a liderança do actual director-geral da AstraZeneca China”, acrescentou. “Caso seja solicitada, a AstraZeneca cooperará plenamente com a investigação”, lê-se na mesma nota. A China é um mercado-chave para o grupo, que ganhou reconhecimento mundial durante a pandemia de covid-19 por ter desenvolvido uma das primeiras vacinas contra a doença. Em Setembro, a empresa confirmou que vários funcionários estavam a ser investigados na China. Esta informação veio na sequência de notícias de que os funcionários estavam a ser questionados sobre uma possível recolha não autorizada de dados e importação ilegal de medicamentos. As investigações levadas a cabo pelas autoridades de Shenzhen envolvem cinco pessoas de nacionalidade chinesa, algumas ainda empregadas pelo grupo e outras já não, segundo a agência de notícias financeiras Bloomberg. Uma das investigações está relacionada com a recolha de dados de pacientes, que as autoridades acreditam ter violado as leis chinesas de protecção da privacidade, de acordo com a Bloomberg, que citou pessoas próximas do caso. Outra investigação, envolve a importação de um medicamento contra o cancro do fígado que não foi aprovado na China continental, avançou a agência. A Astrazeneca, que tem sede em Cambridge, no Reino Unido, emprega 90 mil pessoas em todo o mundo.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Nove anos de prisão por manter relações com cinco vizinhas Um homem foi condenado a nove anos e seis meses de prisão na China por fraude, poligamia e roubo, depois de ter mantido durante quatro anos relações simultâneas com cinco mulheres que viviam no mesmo bairro. As mulheres não sabiam da existência umas das outras e foram vítimas de uma mentira elaborada que o arguido apoiou com falsas promessas de riqueza, noticiou o jornal local Jimu News. As investigações começaram quando duas das mulheres, identificadas como Xiao Jia e Xiao Hong, receberam chamadas da polícia sobre o envolvimento do seu “marido” num processo judicial. Ambas descobriram então que eram casadas com o mesmo homem, identificado como Xiao Jun. A queixa inicial levou à detenção de Xiao, que mais tarde confessou ter mais três parceiras e um total de dois filhos dessas relações. A investigação judicial revelou que o homem, residente na cidade de Jilin, no nordeste do país, utilizou perfis nas redes sociais e portais de jogos de computador para iniciar o contacto com as mulheres. Mostrou-lhes documentos falsos e fotografias de propriedades e veículos luxuosos para as fazer crer que era herdeiro de uma empresa familiar de sucesso, estratégia que lhe permitiu receber somas de dinheiro sob o pretexto de gastar em casas ou compras conjuntas. Xiao Jun apresentava-se como um homem de negócios, mas também como um funcionário com ligações em vários sectores. Para além da pena de nove anos de prisão, Xiao foi condenado a devolver às mulheres o dinheiro obtido com as burlas.
Hoje Macau China / ÁsiaPyongyang | Lançamento de míssil intercontinental confirmado O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, afirmou ontem que o lançamento de um míssil balístico intercontinental (ICBM) demonstra a “determinação de Pyongyang em contra-atacar”. O lançamento de quarta-feira é uma “medida militar apropriada destinada a alertar os rivais, que causaram uma escalada intencional da situação regional e recentemente representaram uma ameaça à segurança nacional”, disse Kim. Num comunicado citado pela agência de notícias oficial norte-coreana KCNA, o líder afirmou ainda que a Coreia do Norte “nunca mudará a sua estratégia de desenvolvimento das suas capacidades nucleares”. O comunicado confirmou que o projéctil testado era um ICBM, algo que já tinha sido avançado tanto pelo Estado-Maior Conjunto (JCS) da Coreia do Sul como pelo ministro da Defesa japonês, Gen Nakatani. Horas antes, Nakatani tinha dito que o míssil podia ter sido de um novo tipo, uma vez que a duração do voo, de 86 minutos, e a altitude máxima registada de mais de sete mil quilómetros excederam os dados de testes anteriores feitos pela Coreia do Norte. O ministro sublinhou ainda que a distância de voo foi estimada em cerca de mil quilómetros. A Guarda Costeira do Japão confirmou que o míssil caiu fora da zona económica exclusiva do país, a cerca de 300 quilómetros a oeste da ilha de Okushiri, na subprefeitura de Hokkaido, referiu a emissora pública japonesa NHK. O JCS disse que a Coreia do Norte poderia ter testado um novo míssil balístico de longo alcance com combustível sólido. Os mísseis com propulsores sólidos incorporados são mais fáceis de mover e esconder e podem ser lançados mais rapidamente do que as armas com combustível líquido. O porta-voz do JCS disse que o lançamento foi possivelmente agendado a pensar nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, marcadas para 5 de Novembro, numa tentativa de fortalecer o poder negocial da Coreia do Norte. Lee Sung Joon disse que o míssil norte-coreano foi lançado de um ângulo elevado, aparentemente para evitar os países vizinhos. Dedo apontado O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA condenou “de forma veemente” o teste e manifestou preocupação com os riscos de desestabilização da região. “Este lançamento constitui uma violação flagrante de múltiplas resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas”, disse Sean Savett, em comunicado. O lançamento ocorreu após uma reunião realizada em Washington entre os ministros da Defesa dos EUA e da Coreia do Sul, Lloyd Austin e Kim Yong-hyun, respectivamente. Nessa reunião, ambos os governantes condenaram o envio de tropas norte-coreanas para a Rússia, que, segundo Austin, já se tinham aproximado da frente ucraniana e estão equipadas com uniformes e materiais russos. A Coreia do Norte lançou vários mísseis balísticos de curto alcance a 18 de Setembro, um teste no qual afirmou ter testado com sucesso um novo projéctil tático, capaz de transportar uma grande ogiva.
Hoje Macau Eventos10 Marias | Diálogos artísticos em “28 Notas em Quarentena” Foi ontem apresentada na Livraria Portuguesa a exposição colectiva “28 Notas em Quarentena: Diálogos Interartísticos”, uma ideia original da académica Ana Saldanha, com ilustração de Raquel Pedro e fotografia de Yun Qiming. A iniciativa é da Associação Cultural 10 Marias. Segundo uma nota sobre o evento, este é um “diálogo artístico que une culturas e perspectivas de Macau, Portugal e China”. “A exposição apresenta as palavras evocativas de Ana Saldanha, complementadas pelas impressionantes ilustrações de Raquel Pedro e pelas fotografias instigantes de Yun Qiming. Juntos, os artistas criam uma rica tapeçaria de expressão que incentiva a reflexão sobre temas de isolamento, conexão e intercâmbio cultural”, lê-se ainda. Na Livraria Portuguesa aconteceu “uma noite de arte, cultura e conversa”, tendo-se criado a oportunidade de “conhecer os artistas, participar de discussões sobre os seus trabalhos e explorar as interseções dos seus respectivos meios”, tudo em prol de um maior “diálogo artístico”.
Hoje Macau EventosIC lança versão chinesa de livro sobre gastronomia macaense O Instituto Cultural (IC) acaba de editar a versão chinesa da obra “The Making of Macau’s Fusion Cuisine: From Family Table to World Stage (O Desenvolvimento da Gastronomia de Fusão de Macau: Da Mesa de Família ao Palco Mundial)”, da autoria de Annabel Jackson, antropóloga gastronómica, com o intuito de “promover e divulgar a Gastronomia Macaense, um item do património cultural intangível local, visando dar a conhecer a mais leitores a situação actual da gastronomia macaense, bem como a sua influência e história de difusão por toda a Ásia”. A culinária macaense, fruto da fusão da comida chinesa e portuguesa, mas também do sudeste asiático, expandiu-se a partir da época dos Descobrimentos, meados do século XIX. Assim, segundo uma nota do IC, “a gastronomia macaense é uma das mais antigas culinárias de fusão da Ásia, tendo evoluído para uma cultura gastronómica única ao longo de séculos de integração e desenvolvimento e constituindo um importante produto histórico de integração cultural”. Inscrita na Lista do Património Cultural Intangível de Macau em 2012, a gastronomia macaense “tem sido amplamente reconhecida na cidade”, descreve a mesma nota, onde se destaca que com o crescimento da diáspora macaense “as técnicas da culinária macaense vão-se difundindo pelo mundo, dando origem a uma gastronomia distinta com influência internacional”. Cozinha para o mundo A obra em questão nasce de uma investigação da autoria de Annabel Jackson, doutorada em Sociologia da Gastronomia pela Goldsmiths, Universidade de Londres, no Reino Unido. Através de inquéritos e entrevistas, a autora realizou um estudo aprofundado sobre a história e o desenvolvimento da gastronomia macaense, descrevendo o modo como esta partiu da produção quotidiana de alimentos num ambiente doméstico e se converteu numa gastronomia internacional, tanto simbólica como cerimonial. Annabel Jackson viveu em Hong Kong durante mais de duas décadas, tendo visitado frequentemente Macau e escrito extensivamente sobre a cultura alimentar da cidade. A versão chinesa de “The Making of Macau’s Fusion Cuisine” foi traduzida por Stephanie Li, Swallow Xu e Fraser Lee. A obra está à venda por 180 patacas na livraria online do IC.
Hoje Macau EventosCamões | 500 anos celebrados em Macau e em vários continentes José Augusto Bernardes, comissário das comemorações dos 500 anos do poeta português Luís de Camões, disse à Lusa que existe uma forte memória do autor de “Os Lusíadas” em Macau e que tem contactado com entidades educativas locais. Bernardes deu ontem uma palestra na Fundação Rui Cunha Os 500 anos do nascimento de Luís de Camões serão celebrados sobretudo em Portugal, mas a Estrutura de Missão pretende alargar as iniciativas a outros países e territórios, como Marrocos, Moçambique, Índia e Macau. “O roteiro camoniano será tido em conta na medida do possível”, afirmou ontem o comissário-geral das comemorações, José Augusto Bernardes, à agência Lusa, mencionando os lugares de África, Oriente e Extremo Oriente onde Camões esteve, no século XVI. Até à próxima semana, o investigador está em Macau a convite da Universidade de Macau e de outras entidades do território. “Tive encontros com estudantes e com o público em geral. Permito-me destacar a visita que efectuei à Escola Portuguesa e a oportunidade muito gratificante de nela poder falar de Camões a jovens macaenses”, adiantou, para salientar que Macau acolheu este ano um congresso sobre Camões e que outro vai acontecer em Moçambique, em 2025. Segundo o comissário-geral, “a chamada rede externa, envolvendo as cátedras e várias universidades onde o português tem presença significativa, tem estado bastante activa”, com diversas realizações. “Em Macau, a memória e o apreço por Camões são especialmente intensos. Camões está por todo o lado, na chamada Gruta, desde logo, mas também na toponímia e na memória dos habitantes que se exprimem em português”, destacou. Na RAEM, o responsável máximo da Estrutura de Missão encontrou “bons projetos em fase adiantada de execução”. “Tocou-me o plano de uma edição bilingue de ‘Os Lusíadas’, ilustrada por artistas chineses e portugueses, promovida pelo Consulado de Portugal em Macau e Hong Kong”, declarou. Embora a maioria dos eventos aconteça em Portugal, “não esqueceremos as comunidades portuguesas” pelo mundo, “nem os países de língua oficial portuguesa”, assegurou José Augusto Bernardes. “Tenho a ambição de poder fazer o mesmo que em Macau nas outras escolas portuguesas espalhadas pelos diferentes continentes. Para esse e para outros fins, conto com a ajuda de outros e outras colegas”, disse. Um extenso programa O programa comemorativo do V Centenário do Nascimento de Luís de Camões abrange “actividades com maior visibilidade e outras que, embora igualmente importantes, não gozam do mesmo impacto público”. O comissário-geral destacou a realização de “Um dia para Camões” em cada capital de distrito e nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira. “Em alguns casos, conta com a participação de escritores, alguns galardoados com o Prémio Camões. Noutros casos, esse dia insere-se em actividades culturais como feiras do livro ou outro tipo de certames culturais”, informou. “O objectivo será sempre implicar públicos jovens, levando-os a reagir à mensagem de Camões naquilo que ela tem de atual e agregador”, disse o comissário-geral. Estão igualmente previstas “iniciativas mais convencionais”, como congressos e exposições fixas ou itinerantes, tanto em território nacional como no estrangeiro. “Uma delas terá lugar em Paris, na sede da UNESCO, outra na Biblioteca Nacional de Madrid. De uma maneira ou de outra, todas terão vocação didáctica e serão comissariadas por camonistas”, referiu. A Estrutura de Missão “promoverá directamente dois grandes congressos”: uma reunião internacional de camonistas, na primavera de 2026, em Lisboa, e um congresso sobre o ensino de Camões, em Coimbra, no outono de 2025. Criado “sítio Camões” “A figura do poeta tem vindo a desempenhar um papel agregador ao longo dos séculos e na pluralidade dos espaços e das culturas em que se fala a nossa língua”, realçou o catedrático. Entretanto, será construído um “sítio de Camões”, reunindo “informação qualificada” sobre a vida e a obra do poeta, funcionando como “lugar fiável e certificado para Camões no mundo das plataformas e da informação” disponível na Internet. As comemorações do quinto centenário do nascimento de Luís de Camões arrancaram oficialmente no passado dia 10 de Junho, com uma programação a estender-se até 10 de Junho de 2026, a difundir em pormenor. A grande exposição na Biblioteca Nacional de Portugal, segundo o anúncio do ministério de Dalila Rodrigues, será intitulada “Revisitar Camões”. Exposições bibliográficas itinerantes terão por alvo as escolas do 2.º e 3.º ciclos dos ensinos básico e secundário; outra, em parceria com o instituto Camões, será a que vai percorrer Goa, Macau, a Ilha de Moçambique e outros pontos do mundo onde se ensina a língua portuguesa.
Hoje Macau China / ÁsiaPMI | Actividade industrial volta a crescer na China A actividade da indústria transformadora da China aumentou em Outubro, pela primeira vez em cinco meses, segundo o Índice de Gestores de Compras (PMI) divulgado ontem. De acordo com o Gabinete Nacional de Estatística (NBS) chinês, o PMI situou-se em 50,1 pontos, em Setembro, contra 49,8 pontos, no mês anterior, e ligeiramente acima das expectativas dos analistas, que apontavam para os 50 pontos. Neste indicador, um valor acima do limiar de 50 pontos representa um crescimento da actividade no sector, em comparação com o mês anterior, enquanto um valor abaixo desse limiar representa uma contracção. Entre os cinco subíndices que compõem o PMI da indústria transformadora, o único que reflectiu o crescimento da actividade foi o da produção, com as novas encomendas – a principal medida da procura – a manterem-se ao mesmo nível do mês anterior e as reservas de matérias-primas, o emprego e os prazos de entrega ainda abaixo dos 50 pontos, embora com descidas mais ligeiras. O estatístico do NBS, Zhao Qinghe, atribuiu a recuperação do PMI da indústria transformadora ao pacote de medidas de apoio anunciado pelas autoridades chinesas e ao “surgimento gradual dos efeitos” de iniciativas anteriormente anunciadas. Zhao destacou sectores como o automóvel, a maquinaria eléctrica e o equipamento geral, mas ressalvou que a procura ainda é insuficiente noutros sectores, como a transformação de madeira, produtos químicos e minerais não metálicos. O analista sublinhou que a confiança no sector subiu dois pontos em relação ao mês anterior, para 54 pontos, atingindo o nível mais alto em quase quatro meses.
Hoje Macau China / ÁsiaVendas da BYD superam pela primeira vez as da Tesla A maior fabricante de veículos eléctricos chinesa, a BYD, registou, pela primeira vez, receitas superiores às da rival norte-americana Tesla, apesar de a guerra de preços na China ter prejudicado as margens de lucro. As receitas da BYD no terceiro trimestre ascenderam a 201 mil milhões de yuan, ultrapassando os 25,2 mil milhões de dólares em vendas que a Tesla reportou na semana passada. O fabricante chinês de automóveis vendeu um recorde de 1,1 milhão de carros entre Julho e Setembro, impulsionado por novos subsídios atribuídos pelo Governo chinês para a compra de veículos eléctricos. O aumento de 24 por cento nas vendas foi, no entanto, alcançado às custas de uma queda das margens brutas da BYD, de 22,1 por cento, no ano passado, para 21,9 por cento no terceiro trimestre. O lucro líquido fixou-se em 11,6 mil milhões de yuan, um aumento de 11,5 por cento, em termos homólogos. Em vez de oferecer descontos directamente, a BYD lançou nos últimos meses modelos de gama mais alta equipados com características mais avançadas a preços mais baixos do que as versões antigas. Esta estratégia ajudou a BYD a consolidar a liderança no mercado, numa altura de concorrência feroz, mas fez baixar o lucro líquido do grupo por veículo, de acordo com analistas. Novos caminhos A guerra de preços no maior mercado automóvel do mundo está a afectar as margens de lucro das marcas chinesas e dos fabricantes de automóveis estrangeiros. Devido a um elevado nível de integração vertical, incluindo o controlo sobre a produção de baterias e ‘chips’ semicondutores, a margem bruta da BYD de 21,9 por cento ainda está muito à frente dos 17 por cento da Tesla e dos rivais chineses Zeekr, com 14,2 por cento, e Xpeng, com 6,4 por cento. Analistas defenderam que a expansão no estrangeiro será fundamental para o crescimento futuro da BYD, num contexto de crescente proteccionismo ocidental. Na terça-feira, a União Europeia (UE) decidiu impor taxas alfandegárias adicionais de 17 por cento sobre as importações de veículos eléctricos da BYD, para além das taxas de 10 por cento já existentes. Apesar de a BYD ter aberto recentemente uma fábrica na Tailândia – a primeira base de produção fora da China – as vendas no estrangeiro representaram apenas 7,9 por cento do total das vendas mensais em Setembro, face a 9,8 por cento no ano anterior.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Tufão Kong-rey faz um morto e 73 feridos O poderoso tufão Kong-rey fez ontem um morto e 73 feridos em Taiwan, onde ditou o encerramento de escolas e escritórios e a mobilização de dezenas de milhares de tropas. O tufão, acompanhado de rajadas de 184 quilómetros por hora e de chuvas torrenciais, atingiu por volta do meio-dia o sudeste de Taiwan, a parte menos povoada da ilha, que tem 23 milhões de habitantes. Mesmo antes da sua chegada, foram observadas ondas de 10 metros de altura e pelo menos 27 pessoas ficaram feridas devido ao mau tempo, que causou deslizamentos de terra, informou a Agência Nacional dos Bombeiros, sem fornecer mais pormenores. Inicialmente descrito como o tufão mais poderoso do ano, Kong-rey tem agora a mesma intensidade que o tufão Gaemi, a tempestade mais forte a atingir Taiwan nos últimos oito anos, quando chegou em Julho. Com um raio de 320 quilómetros, Kong-rey é considerado o mais extenso a atingir Taiwan em quase 30 anos. Escolas e escritórios foram ontem encerrados em Taiwan, enquanto os moradores se preparavam para a tempestade. O gigante tecnológico taiwanês TSMC declarou que tinha “activado os procedimentos habituais de preparação para o tufão” nas suas fábricas de circuitos integrados e que não esperava qualquer “impacto significativo” na sua actividade. As ruas de Taipé, atingidas por chuvas e ventos fortes, estavam ontem praticamente desertas. Os meteorologistas alertaram para os ventos “destruidores” do Kong-rey e cerca de 35.000 soldados estão a postos para ajudar nos esforços de socorro. Mudam-se os tempos Na quarta-feira, dezenas de serviços de transporte por barco e voos domésticos foram cancelados e as autoridades ordenaram evacuações em oito condados e cidades, incluindo Yilan, Hualien e Taitung. De acordo com Chu Mei-lin, da Administração Meteorológica Central, a tempestade deverá enfraquecer quando atingir a costa e deslocar-se em direcção às montanhas centrais antes de atravessar o Estreito de Taiwan, o que deverá afectar “severamente” a ilha. O ministro do Interior, Liu Shyh-fang, mostrou-se preocupado com o destino de dois turistas checos que faziam caminhadas no desfiladeiro de Taroko, perto de Hualien, e que não conseguiram ser contactados por telemóvel na quarta-feira. Taiwan está habituada a tempestades tropicais, que são frequentes entre Julho e Outubro, mas é “invulgar que um tufão tão poderoso atinja a ilha tão tarde no ano”, observou o meteorologista Chang Chun-yao. Segundo os cientistas, as alterações climáticas estão a aumentar a intensidade dos tufões, com chuvas torrenciais, inundações repentinas e rajadas de vento muito fortes. Kong-rey será o terceiro tufão a atingir Taiwan desde Julho. Este Verão, o Gaemi matou 10 pessoas e feriu centenas, provocando inundações generalizadas na cidade de Kaohsiung, no sul do país. A este tufão seguiu-se o Krathon, que varreu o sul de Taiwan no início de Outubro, provocando ventos destruidores, inundações e deslizamentos de terras que causaram pelo menos quatro mortos e centenas de feridos.
Hoje Macau SociedadeTroca de dinheiro | Homem arrisca cinco anos de prisão A Polícia Judiciária (PJ) anunciou a detenção de um homem do Interior, que se suspeita que estivesse a trocar dinheiro de forma ilegal para o jogo nos casinos do território. O caso foi revelado ontem, através de uma conferência de imprensa, e é a segunda ocorrência do género a ser anunciada em dois dias, depois de ter entrado em vigor a nova lei que criminaliza esta prática. De acordo com a informação citada pelo Jornal Ou Mun, o detido faz parte de um grupo que se dedica a trocar dinheiro para o jogo, e quando foi feita a detenção, teria acabado de trocar 19.845 renminbis por 21.000 dólares de Hong Kong em fichas. Questionado pelas autoridades, o detido confessou ter 40 anos e estar desempregado. A entrada em Macau aconteceu a 23 Outubro, com o propósito de trocar dinheiro. Como parte da operação, a PJ apreendeu também 46.900 dólares de Hong Kong em fichas e 500 dólares de Hong Kong em dinheiro, além do telemóvel do suspeito. De acordo com a lei que entrou em vigor no passado dia 29 de Outubro, a troca de dinheiro é um crime que pode ser punido com uma pena de cinco anos de prisão. Além disso, todos os bens confiscados aos detidos são considerados perdidos a favor da RAEM. A mudança da lei aconteceu depois de as autoridades locais terem sido pressionados pelo Interior, através de um comunicado do Ministério da Segurança Pública, que considerou as trocas de dinheiro em Macau, um dos principais desafios à segurança.
Hoje Macau SociedadeAeroporto | Menos 12 mil voos face a 2019 Entre Janeiro e Setembro, o Aeroporto Internacional de Macau (AIM) registou 42.400 voos comerciais, o que significa uma redução de 22,5 por cento, face ao período homólogo de 2019. Esta é uma diferença de 12.325 voos, dado que no último ano pré-pandemia o AIM tinha registado 54.725 voos comerciais. Quando a comparação é feita com o ano de 2023, os números mostram um aumento 57,8 por cento, ou de 15.537 voos, uma vez que nos primeiros nove meses de 2023 tinham sido contabilizados 26.863 voos comerciais. Só no mês de Setembro, o número de voos comerciais foi de 4.147, um aumento de 20,7 por cento em comparação com Setembro do ano passado, quando se realizaram 3.437 voos. Também neste aspecto, os números de Setembro estão longe de ser alcançados, dado que existe uma diferença de 44 por cento. Em Setembro de 2019, registaram-se 5.972 voos comerciais, mais 1.825 voos do que no mês passado.
Hoje Macau SociedadeFronteiras | Número de travessias deste ano ultrapassou 2023 A Estação Geral de Inspecção Fronteiriça de Zhuhai anunciou que até à passada terça-feira, o número de travessias fronteiriças através dos postos de Gongbei, Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, Hengqin, Qingmao, Wanzai, Porto de Zhongshan e Porto de Jiuzhou ultrapassou 165 milhões, ou seja, o volume verificado ao longo de todo o ano passado. Segundo o jornal de Guangdong, Yangcheng Evening News, durante este ano até terça-feira, o número de passagens bateu o recorde diário seis vezes, com o dia de maior tráfego a acontecer a 24 de Agosto, quando se registaram cerca de 722,8 mil travessias. Quanto ao volume de visitantes transfronteiriços, o posto de Gongbei registou 92,85 milhões de pessoas ao longo do ano, um aumento de 13,6 por cento face ao mesmo período do ano passado. O Posto Fronteiriço da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau registou o maior crescimento anual (80,9 por cento), com um total de 22,23 milhões de travessias. Até à passada terça-feira, a fronteira entre Hengqin e Macau foi atravessada 18,43 milhões de vezes, fluxo que representou um aumento de 39,6 por cento. No Posto Fronteiriço de Qingmao foram contabilizadas 29,03 milhões de travessias, mais 31,2 por cento em termos anuais.
Hoje Macau PolíticaDSOP | Segundo viaduto da Península para Zona A entregue O segundo viaduto de acesso entre a Península de Macau e a Zona A dos Novos Aterros foi entregue pelo empreiteiro à Direcção dos Serviços de Obras Públicas (DSOP), de acordo com a informação oficial. Nesta altura, ainda não há uma data para a abertura da ligação entre a Avenida 1.º de Maio, junto da Estação de Tratamento de Águas Residuais em Macau, e a Avenida Ma Man Kei, na Zona A dos Novos Aterros, cuja a entrega é considerada provisória. O viaduto tem duas vias de trânsito, uma em cada sentido, e um comprimento total de 500 metros, de acordo com o portal da DSOP. Além disso, as obras previam uma passagem aérea para peões com cerca de 300 metros de comprimento e 5 metros de largura, que vai fazer a ligação ao Reservatório. Os principais trabalhos de construção foram adjudicados à Companhia de Construção Cheong Kong, a troco de 213,7 milhões de patacas. Esta foi uma das 15 participantes no concurso público que teve como proposta mais baixa a apresentada pelo consórcio constituído pelas Empresa de Construção e Fomento Predial Nam Fong, Limitada e a Tat Cheong, de 186,0 milhões de patacas, e a mais alta de 233,9 milhões de patacas, apresentada pelo consórcio constituído pelas empresas Jing Jian Gong Group (Macau) e Eternity.
Hoje Macau PolíticaGrande Baía | Ho Iat Seng sublinha metas de Macau Macau vai aproveitar “ainda mais” as oportunidades trazidas pela Grande Baía e a zona de cooperação em Hengqin, reiterou ontem Ho Iat Seng. O Chefe do Executivo lembrou as palavras de Xi Jinping sobre a promoção do “desenvolvimento de alta qualidade através da abertura de alto nível” Alto nível e alta qualidade. Estes dois conceitos voltaram a marcar o tom do discurso que o Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, proferiu ontem na 3.ª Feira do Comércio de Serviços da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau. Num discurso em formato virtual, o líder do Governo da RAEM salientou que a edição deste ano do evento, focado no comércio de serviços digitais, tem como objectivo “criar uma plataforma de intercâmbio digital, uma plataforma de exibição de exposições e uma plataforma de articulação de recursos para a cooperação comercial de serviços da Grande Baía”. Como tal, o evento alinha-se com as metas traçadas para o projecto de integração, através da articulação de instituições e mecanismos “para a abertura de alto nível da Grande Baía”. O líder do Governo de Macau, começou por recordar que este ano acontece o duplo aniversário da “celebração do 75.º aniversário da Fundação da Nova China e o 25.º aniversário do Regresso de Macau à pátria”. Os objectivos estabelecidos por Pequim para a RAEM foram outro ponto de destaque do discurso de Ho Iat Seng. “Macau irá aproveitar ainda mais as oportunidades da construção da Grande Baía e da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin”. Para tal, o território irá seguir o seu posicionamento enquanto «Um Centro, Uma Plataforma e Uma Base», integrar activamente na conjuntura do desenvolvimento nacional”. Até ao limite Ho Iat Seng não esqueceu o papel da RAEM nas missões nacionais. Assim sendo, o dirigente apontou que o Executivo irá “elevar constantemente o estatuto e a função de Macau no desenvolvimento económico nacional e na abertura do país ao exterior, no sentido de servir melhor o país na abertura de alto nível e no desenvolvimento de alta qualidade”. O Chefe do Executivo lembrou que, no mês passado, na carta de felicitações à Feira Internacional de Comércio de Serviços da China 2024, o Presidente Xi Jinping salientou que a China “melhorará as instituições e os mecanismos para a abertura de alto nível”, aderindo às “regras económicas e comerciais internacionais de alto padrão”. Ho Iat acrescentou que Macau, enquanto “uma das quatro principais cidades da Grande Baía”, se tem empenhado “na implementação da estratégia de desenvolvimento da diversificação adequada da economia”, em especial os quatro sectores estabelecidos como prioritários.
Hoje Macau PolíticaFinanças | Registada “subscrição excessiva” de obrigações da China Foram ontem emitidas as obrigações nacionais em renminbi por parte do Ministério das Finanças da República Popular da China em Macau, tendo sido registada uma “subscrição excessiva”, segundo uma nota oficial. As obrigações, no valor de cinco mil milhões de renminbi, são destinadas a “investidores profissionais”, sendo que três mil milhões de renminbi de obrigações foram emitidas com prazo de dois anos e uma taxa de juro de 1,83 por cento, enquanto que as outras duas mil milhões de renminbi de obrigações foram emitidas com prazo de cinco anos e uma taxa de juro de 2,05 por cento. A mesma nota explicita que, até à data, “o volume acumulado das obrigações emitidas pelo Ministério das Finanças em Macau atingiu 15 mil milhões de renminbi”. Para as autoridades, a “emissão contínua de obrigações em renminbi em Macau permitirá a optimização contínua do mecanismo de emissão regular de obrigações, contribuindo para a gradual construção de uma curva de rendimentos em Macau, a expansão do âmbito de investidores e a promoção da interligação do mercado obrigacionista de Macau com o mercado internacional”. Tal acção, que pretende fomentar o mercado financeiro local, visa promover também “o desenvolvimento do mercado ‘offshore’ de renminbi e mercado obrigacionista em Macau”.