Hoje Macau PolíticaFórum Macau | Promovida economia digital em colóquio Terminou na sexta-feira o “Colóquio sobre Economia Digital entre a China e os Países de Língua Portuguesa”. O evento arrancou no dia 13 de Outubro e foi promovido pelo Fórum Macau, tendo o secretário-geral, Ji Xianzheng, referido que o evento visou promover “as novas tecnologias, como a inteligência artificial e a economia digital, tendo por objectivo a promoção da digitalização do comércio e investimento nos países participantes do Fórum Macau”. Além disso, no seu discurso, Ji Xianzheng salientou a importância de “fomentar a inovação tecnológica e a modernização de cooperação industrial transfronteiriça”. O Fórum Macau destaca ainda, na mesma nota, que este colóquio “permitiu agilizar e incentivar as partes envolvidas a explorarem conjuntamente as oportunidades proporcionadas pela economia digital, superando riscos e desafios, apoiando o desenvolvimento empresarial e alcançando benefícios mútuos”. Ensa Indjai, na qualidade de representante rotativo do colóquio, “expressou que a China tem mostrado ao mundo a força da sua estratégia de integração digital, inteligência artificial e das novas tecnologias, abrindo caminhos para o fortalecimento das relações com os Países de Língua Portuguesa”.
Hoje Macau PolíticaÁgua Reciclada | Estabelecida meta de 10 por cento O governo pretende que “a longo prazo” cerca de 10 por cento da água consumida em Macau seja reciclada. A meta foi reiterada no dia de ontem, através de um comunicado do gabinete do secretário para os Transportes e Obras Públicas. “A meta a médio prazo é que o consumo de água reciclada represente 5 por cento do consumo total de água de Macau, sendo a meta a longo prazo ultrapassar os 10 por cento”, foi divulgado. Esta é vista como uma via para “economizar ainda mais os preciosos recursos hídricos, criar maior valor para o seu desenvolvimento sustentável e construir uma cidade de Macau mais orientada para a poupança de água”. De acordo com o mesmo comunicado, “Macau enfrenta uma escassez significativa de água doce” e 99 por cento da água bruta consumida provém do Interior. Os mesmos dados indicam que desde o final de 1999, “a procura de água tem registado um crescimento acentuado, o volume de água bruta abastecida a Macau em 2024 atingiu cerca de 105 milhões de metros cúbicos, o que representa um aumento superior a 83 por cento”.
Hoje Macau PolíticaEconomia | Nick Lei pede novo cartão do consumo Numa interpelação escrita, o deputado Nick Lei pediu ao Governo que estude a possibilidade de atribuir mais uma ronda do cartão do consumo, à semelhança do que aconteceu durante a pandemia. Segundo o legislador ligado à comunidade de Fujian, os idosos e deficientes têm grandes dificuldades para utilizar o modelo actual de incentivo ao consumo, que adopta uma política de descontos. Anteriormente, o cartão atribuía um montante que podia ser utilizado, independentemente de qualquer gasto dos idosos. Segundo o deputado, no caso de o Governo não conseguir atribuir o cartão de consumo a todos os cidadãos, pelo menos deve apoiar os grupos vulneráveis, como idosos, deficientes e pessoas com menores rendimentos. Lei pede também ao Executivo que realize um estudo sobre a eficácia do modelo em vigor.
Hoje Macau PolíticaPlano Quinquenal | Chan Meng Kam defende aposta em Hengqin Com o início do 15.º Plano Quinquenal nacional no próximo ano, o empresário e ex-deputado Chan Meng Kam veio a público defender a necessidade de apostar mais na Ilha da Montanha, para promover a diversificação da economia de Macau. Em declarações citadas pelo jornal Ou Mun, Chan Meng Kam destacou as vantagens da diversificação da economia e da exploração de Hengqin, apontando que desde que foi adoptada a política de circulação de veículos de Macau em Guangdong, a vida quotidiana dos residentes deixou de estar limitada à RAEM e passou a englobar um raio de deslocações de uma hora, dentro do projecto nacional da Grande Baía. Por sua vez, o empresário e agora deputado Kevin Ho elogiou os esforços da política económica dos governos dos últimos anos, com o que indicou ser uma redução da proporção do sector do jogo no Produto Interno Bruto (PIB) para menos de 40 por cento. Esta é uma redução que poderá acentuar-se a partir de Dezembro, altura em que vários casinos-satélite vão encerrar as portas, por decisão do Governo e dos deputados. Kevin Ho também abordou o 15.º Plano Quinquenal nacional, para afirmar que é cada vez mais claro o papel que a RAEM deve assumir no âmbito do desenvolvimento do país. O empresário deixou assim a esperança que se concretizem cada vez mais os esforços de diversificação em áreas como o turismo de lazer, medicina chinesa tradicional e finanças modernas.
Hoje Macau Manchete PolíticaSalários | Proposto aumento de uma pataca por hora Em cima da mesa, estava a discussão de um aumento do salário mínimo entre uma e três patacas por hora. O Executivo liderado por Sam Hou Fai optou pelo montante mais reduzido. A decisão foi justificada com “o equilíbrio de um conjunto de factores” Após a discussão do Conselho Executivo, o Governo propõe um aumento de uma pataca por hora do salário mínimo. Em cima da mesa, estava a possibilidade de aumentar entre uma e três patacas, e os governantes optaram pelo crescimento mais reduzido. A proposta foi revelada na sexta-feira, através de uma conferência de imprensa do Conselho Executivo, que tem como novo porta-voz Wong Sio Chak, agora secretário para a Administração e Justiça. De acordo com a proposta, o salário por hora vai subir das 34 patacas para 35 patacas, o que representa um crescimento de 2,9 por cento. No que diz respeito ao cálculo diário, Conselho Executivo apresentou o aumento como um crescimento de 272 patacas para 280 patacas, tendo em conta oito horas de trabalho. Em termos semanais, o actual salário de 1.632 patacas vai aumentar para 1.680 patacas, enquanto a nível mensal o crescimento é de 7.072 patacas para 7.280 patacas. Segundo o Executivo, a proposta teve por base “o equilíbrio de um conjunto de factores, designadamente o ambiente de negócios dos empregadores, a garantia dos direitos e interesses dos trabalhadores e a capacidade de aceitação dos consumidores”. As estimativas oficiais apontam para que o aumento vá abranger “cerca de 18.200 pessoas”, o que significa 4,4 por cento do total dos trabalhadores, excluindo os trabalhadores domésticos. Exclusão defendida Na conferência de imprensa, o Governo de Sam Hou Fai defendeu também a necessidade de os trabalhadores domésticos terem um ordenado abaixo do salário mínimo. A posição mostra que Sam não vai alterar esta política, mantendo as opções de Ho Iat Seng. A posição foi explicada pelo director dos Serviços para os Assuntos do Trabalho (DSAL), Chan Un Tong: “Quando a lei foi estabelecida, a principal premissa foi a ‘natureza única’ do trabalho doméstico e a necessidade de o trabalhador se ‘integrar’ na vida familiar do empregador”, justificou Chan Un Tong. “No entanto, mesmo que esta legislação não se lhes aplique, isso não significa que os seus direitos não estejam protegidos”, defendeu. Actualmente, a DSAL permite a contratação de trabalhadores não-residentes como trabalhadores domésticos, desde que haja um ordenado mínimo de 3.200 patacas. No entanto, Chan apontou que o salário mediano ronda as 3.800 patacas. Face a este valor, o director da DSAL considerou que a prática mostra que mesmo para estes trabalhadores “existem mecanismos que garantem uma remuneração razoável”. JSF / Lusa
Hoje Macau Grande PlanoPop Mart, fabricante de Labubu, cai 10,8% em Hong Kong entre dúvidas sobre crescimento As ações da Pop Mart, empresa chinesa responsável pelo fenómeno global das figuras Labubu, afundaram esta quinta-feira 10,8%, na maior queda desde abril, num novo episódio de volatilidade que contrasta com os bons resultados de vendas divulgados na véspera. A desvalorização reflete a crescente cautela dos investidores face à possibilidade de uma desaceleração do crescimento da empresa, após vários trimestres impulsionados pela popularidade dos seus produtos colecionáveis. Na quarta-feira, os títulos da Pop Mart subiram 4,23% na bolsa de Hong Kong, apesar do tom negativo do mercado, na sequência do anúncio de que a faturação no terceiro trimestre aumentou entre 245% e 250%, impulsionada pela viralização de Labubu nas redes sociais e pela expansão internacional da empresa. Segundo dados fornecidos pela companhia, as vendas domésticas cresceram 190%, enquanto as internacionais dispararam 370%, com destaque para subidas de 175% na região Ásia-Pacífico, mais de 740% na Europa e quase 1.270% nos Estados Unidos. A forte queda registada hoje é atribuída em grande parte à realização de lucros, após a valorização superior a 186% desde o início do ano, e à incerteza sobre a sustentabilidade do atual ritmo de crescimento. A ação caiu 8,1% na terça-feira, o pior desempenho desde abril, penalizada pelos receios de um abrandamento nas vendas após meses de euforia. A divulgação preliminar de resultados ajudou a dissipar temporariamente essas preocupações, mas a ausência de uma data oficial para a apresentação das contas mantém a incerteza quanto à evolução futura da empresa. O presidente executivo e fundador, Wang Ning, mostrou-se confiante na resiliência de longo prazo do personagem Labubu, defendendo que ícones culturais continuam a gerar receitas mesmo após o pico de popularidade. Segundo a agência Bloomberg, a explosão da procura obrigou a própria empresa a rever em alta as suas metas internas. Se no início de 2024 a Pop Mart previa uma faturação de 2.800 milhões de dólares (cerca de 2.400 milhões de euros), em agosto Wang elevou essa meta para 4.200 milhões de dólares (3.600 milhões de euros), apontando o impulso global da marca como fator-chave. Fundada em Pequim em 2010, a Pop Mart consolidou-se como uma das principais referências asiáticas no setor de brinquedos e figuras de coleção, combinando design exclusivo, edições limitadas e colaborações com marcas, artistas e franquias internacionais. O seu modelo de negócio assenta nas chamadas “caixas surpresa”, que incentivam compras repetidas e criaram uma comunidade de fãs dispostos a pagar elevados prémios por peças raras. Entre as suas principais linhas está Labubu, um monstro de orelhas pontiagudas e sorriso travesso inspirado na mitologia nórdica, criado pelo artista de Hong Kong Lung Ka-sing em 2015 e integrado no portefólio da empresa em 2019.
Hoje Macau China / ÁsiaQuatro mortos, incluindo o agressor, após ataque com arma branca no sul da China Quatro pessoas morreram, incluindo o agressor, e uma ficou ferida num ataque com arma branca ocorrido na terça-feira à tarde num complexo residencial da cidade de Liuzhou, na região autónoma de Guangxi, sul da China. Segundo um comunicado da Polícia local, o incidente ocorreu por volta das 18h, num bairro do distrito de Chengzhong, onde um homem de 69 anos, identificado apenas pelo apelido Ye, esfaqueou quatro vizinhos após uma disputa. O suspeito caiu do alto de um edifício pouco depois do ataque, indicaram as autoridades na nota, sem avançar detalhes sobre as circunstâncias da queda. As vítimas foram imediatamente transportadas para um hospital próximo, mas três acabaram por não resistir aos ferimentos. As autoridades abriram uma investigação para apurar os motivos do ataque e esclarecer os contornos do incidente, acrescenta o comunicado.
Hoje Macau DesportoPequim | Diogo Craveiro com bronze nos Mundiais de patinagem artística O patinador português Diogo Craveiro obteve esta quinta-feira a medalha de bronze na variante livre do Campeonato do Mundo de patinagem artística, a decorrer em Pequim. Diogo Craveiro, vice-campeão europeu, fechou o pódio com a pontuação de 223.39 no total das provas dos programas curto e longo, atrás dos espanhóis Hector Diez Severino (243.44) e Arnau Pérez Montero (231.55), respetivamente ouro e prata. A medalha de Diogo Craveiro é a quarta da seleção lusa em Pequim, depois dos títulos mundiais de Madalena Costa, primeiro de sempre no escalão sénior feminino, e Rita Azinheira (júnior) e do bronze de João Pedro Cruz (júnior).
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong regista primeira morte devido a febre chikungunya As autoridades da região semiautónoma chinesa de Hong Kong anunciaram esta quinta-feira a primeira morte causada pelo vírus chikungunya, depois de um surto na vizinha província de Guangdong. O Centro para a Proteção da Saúde (CHP, na sigla em inglês) de Hong Kong anunciou a morte de um homem de 77 anos que sofria de uma doença crónica, de acordo com um comunicado. A vítima visitou Cantão, capital da província de Guangdong, entre 30 de setembro e 13 de outubro, tendo começado a sentir febre e dores nas articulações depois de regressar a Hong Kong, referiu o CHP. Com o estado de saúde a agravar-se, o homem foi internado nos cuidados intensivos do Hospital Ruttonjee, onde morreu devido ao vírus, agravado pela falência múltipla de órgãos. Este ano, Hong Kong registou 42 casos de doença causada pelo vírus chikungunya, mas as autoridades sublinharam que todos foram classificados como infeções vindas de fora do território. Transmitido por mosquitos, o vírus chikungunya provoca febre e dores articulares, com sintomas semelhantes aos da dengue, afetando com maior gravidade crianças, idosos e pessoas com doenças preexistentes. O CHP sublinhou que esta infeção raramente está associada a sintomas graves, com uma taxa de mortalidade inferior a 0,1%, mas alertou que os indivíduos de alto risco devem procurar imediatamente um médico se apresentarem sintomas. As autoridades de saúde de Hong Kong reforçaram as medidas de prevenção nos distritos afetados e espalharam pesticidas para tentar eliminar os mosquitos nas zonas de risco. As escolas aplicaram medidas de controlo de águas estagnadas, onde os mosquitos se reproduzem, e a região chinesa reforçou a vigilância nas fronteiras. A nível mundial, entre janeiro e setembro, foram reportados quase 445.300 casos suspeitos ou confirmados de chikungunya e 155 mortes em 40 países, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde. Na China continental, quase 16.500 casos de chikungunya foram registados até ao final de setembro, num surto concentrado nas cidades de Foshan e Jiangmen, próximas de Hong Kong e Macau, que registou 29 casos importados e oito casos locais. As autoridades de Foshan impuseram medidas preventivas rigorosas, incluindo uso de redes mosquiteiras, drones e desinfetante, com ameaças de multas e cortes de eletricidade para quem não eliminar águas paradas. No final de agosto, o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças sublinhou que foram registados este ano 27 surtos de chikungunya, um novo recorde no continente europeu.
Hoje Macau EventosFRC | Concerto com saxofonista Julian Chan amanhã Decorre amanhã, mais uma sessão da iniciativa “Saturday Night Jazz”, com o concerto “Meet The Masters: Julian Chan”, a partir das 21h, na Fundação Rui Cunha (FRC). Eis a oportunidade para assistir, de forma gratuita, à actuação do saxofonista, compositor e professor de música malaio Julian Chan, que vai actuar com a banda residente da Associação de Promoção do Jazz de Macau (MJPA). Segundo um comunicado da FRC, Julian Chan é um “experiente saxofonista” e mestre em Jazz pelo Queen’s College dos Estados Unidos. Actualmente dá aulas na UCSI – University College Sedaya International, em Kuala Lumpur, na Malásia. É também fundador e maestro da Orquestra de Jazz Julian Chan. Nesta edição do Saturday Night Jazz, Julian Chan apresentará uma série de clássicos do jazz e também obras originais que irá interpretar com os membros da MJPA. A série “Meet the Masters”, promovida anualmente pela MJPA, apresenta e colabora com músicos profissionais radicados ou de passagem pelo território. Realiza-se desde 2014, e é uma das actividades de longo prazo da MJPA, tendo convidado já inúmeros músicos profissionais a vir até Macau para ensaiar com os seus membros e actuar em conjunto para o público local. A Associação de Promoção de Jazz de Macau é uma associação artística local sem fins lucrativos, criada em 2010. O objectivo da MJPA é promover a música jazz junto do público de Macau e proporcionar oportunidades aos músicos locais, realçando assim a característica multicultural do território.
Hoje Macau SociedadeSands China com lucro de 2,17 mil milhões de patacas No terceiro trimestre deste ano, os lucros da Sands China chegaram aos 272 milhões de dólares americanos, um aumento anual de 1,5 por cento face ao ano passado, de acordo com os resultados divulgados ontem. No mesmo período de 2024, a concessionária que explora os casinos Venetian, Parisian e Londoner tinha alcançado lucros de 268 milhões de dólares. Para o aumento dos lucros, contribuiu a maior receita líquida proveniente dos casinos em Macau, que de acordo com a concessionária apresentou um aumento anual de 7,5 por cento, para 1,90 mil milhões e dólares americanos. “Continuamos entusiasmados com as nossas oportunidades de crescimento em Macau e Singapura, à medida que percebemos os benefícios dos nossos programas de investimento de capital recentemente concluídos”, afirmou Robert Goldstein, presidente e director-executivo da Las Vegas Sands, empresa-mãe da Sands China, em comunicado. “Em Macau, o nosso compromisso de décadas em fazer investimentos que aumentem o apelo turístico de Macau e apoiem o seu desenvolvimento como um centro mundial de turismo e lazer deixa-nos numa boa posição para aproveitar o crescimento futuro”, acrescentou. Apostas paralelas Em relação às tendências mais recentes nas mesas dos casinos do território, assunto que foi abordado na apresentação dos resultados aos analistas, Robert Goldstein destacou o impacto das apostas paralelas no jogo de bacará. Aos analistas, Robert Goldstein explicou que o bacará continua a ser o núcleo forte das receitas. No entanto, afirmou que as apostas paralelas vieram criar “novas oportunidades” de jogo. Nas apostas paralelas o jogador não aposta directamente no jogo, ao invés aposta no resultado, aposta na vitória do jogador ou da banca, ou em outras combinações. São apostas com valores mais baixos, que muitas vezes têm uma recompensa maior, porque as probabilidades de ganhar são menores. Diante dos analistas, Robert Goldstein também reconheceu que estas apostas são benéficas para os casinos, porque têm uma maior vantagem, em comparação com as apostas nas mesas de bacará.
Hoje Macau SociedadeC-PLPEX | Empresas alimentares lusas querem chegar ao Interior As empresas portuguesas Pudim da TV e PortugalFoods estão a participar na C-PLPEX e tentam penetrar no mercado do Interior. A tarefa não é encarada como fácil, mas os apoios em Macau e de parceiros do outro lado da fronteira podem ajudar Uma empresa de Fafe disse ontem que está a investir em robots para conseguir produzir, por ano, um milhão de pudins inspirados no pudim abade de priscos e começar a exportar para a China. O criador do Pudim da TV, Paulo Fernandes, anunciou à Agência Lusa que, até ao final do ano, a fábrica da empresa no distrito de Braga terá quatro robots a operar, atingindo assim a capacidade para produzir um milhão de pudins por ano. A unidade fabril, criada há dois anos e meio, já fornece sobremesas a mais de 400 restaurantes em Portugal e exporta para nove países na Europa e América do Sul, disse Fernandes. O empresário falava aos jornalistas durante o segundo dia da 2.ª Exposição Económica e Comercial China–Países de Língua Portuguesa (C-PLPEX), que está a decorrer em simultâneo com a 30.ª Feira Internacional de Macau. Fernandes trouxe o Pudim da TV ao território “acima de tudo para tentar perceber como é que é o palato daqui dos chineses, se o pudim é bem aceite ou se nós temos que fazer alguma afinação ao sabor”. A empresa, cujo volume de negócios atinge “umas centenas de milhares de euros”, pretende também “arranjar parceiros” para fazer a distribuição do pudim e repetir “o crescimento exponencial” do pastel de nata no estrangeiro. Paulo Fernandes disse estar a analisar a possibilidade de aderir a um programa do Governo de Macau, que irá entrar em vigor em Novembro, para ajudar empresas estrangeiras a internacionalizar-se a partir da região. O chef revelou que tem reuniões marcadas com potenciais parceiros. Dependendo do interesse, Macau pode ser a “porta de entrada” do Pudim da TV para mercados como a vizinha Hong Kong e a China continental. Aposta no Online Por sua vez, a empresa PortugalFoods revelou ter assinado um acordo com a Tmall para ter “uma forte presença portuguesa” numa das maiores plataformas de comércio electrónico da China. A directora executiva da PortugalFoods considerou “muitíssimo interessante” o protocolo de cooperação assinado durante a 2.ª C-PLPEX, em Macau. “O nosso objectivo é começarmos a trabalhar realmente na constituição de – eu não digo uma loja – uma forte presença portuguesa nesta plataforma”, explicou Deolinda Silva. “Não é fácil, mas eles estão ali prontos para nos ajudar, e nós também já vamos cada vez mais adquirindo mais conhecimento sobre o desafio que nos espera”, admitiu a dirigente. A cooperação arrancou ontem, com uma apresentação dos produtos das empresas associadas da PortugalFoods junto de empresas chinesas “das mais variadas categorias”, revelou Silva. A associação trouxe produtos de 12 companhias à C-PLPEX, mas conta com mais de 200 associados entre empresas, entidades do sistema científico e da fileira agroalimentar e outras actividades conexas. A apresentação faz parte de uma estratégia da Tmall para promover os produtos agroalimentares portugueses “de uma forma agregada, para se ganhar alguma dimensão”, explicou a directora executiva da PortugalFoods. “O trabalho que tem de ser feito junto destes parceiros chineses é imenso, porque praticamente não existe uma presença de produtos portugueses”, lamentou Silva. A China “é um mercado com um potencial brutal mas que deve ser trabalhado de forma faseada e por regiões”, acrescentou Silva, que apontou o sul da China como prioridade.
Hoje Macau Manchete SociedadeCrime | Mulher extorquiu 200 mil patacas a homem surdo mudo Uma residente foi detida depois de alegadamente ter extorquido a um homem surdo e mudo mais de 200 mil patacas. O caso foi revelado ontem pela Polícia Judiciária (PJ), que apresentou a residente local como prostituta. Segundo o relato da PJ, citado pelo jornal Ou Mun, o homem mantinha um relacionamento com a prostituta há mais de 10 anos, ao ponto de ela saber onde ele morava. No entanto, desde o final do ano passado, que a mulher começou a visitar a casa do homem para lhe exigir dinheiro que ele recebia em apoio sociais. Com ameaças de violência, a vítima aceitou pagar todos os meses quantias de valor variável, entre 5 mil patacas e 10 mil patacas. O caso foi descoberto quando uma assistente social ajudou o homem a abrir uma conta bancária e verificou que havia levantamentos de dinheiro sem qualquer explicação. A assistente confrontou o homem com os levantamentos, e este contou que estava a ser alvo de extorsão, pelo que acabou por apresentar queixa na PJ. A mulher acabou detida na quarta-feira, quando regressou a Macau, vinda do Interior, através das Portas do Cerco. Interrogada pelas autoridades, confessou o crime e indicou que precisava do dinheiro para pagar dívidas de jogo. A detida tem cerca de 50 anos e afirmou estar desempregada, apesar de ter sido apresentada pelas autoridades como prostituta. O caso foi encaminhado para o Ministério Público e a mulher está indiciada do crime de extorsão, que implica uma pena de 2 a 8 anos de prisão.
Hoje Macau PolíticaConstrução | Apelos à não instalação de gaiolas O deputado Leong Hong Sai apelou à população para que não instale gaiolas metálicas nas casas. Segundo o jornal Exmoo, o também engenheiro destacou que muitos residentes instalam gaiolas nas janelas para proteger as crianças e evitar furtos, mas aponta que as grades também têm a mesma função e, ao contrário das gaiolas, são legais. As declarações do deputado surgem depois de ter sido publicitada, nas redes sociais, a instalação ilegal de gaiolas metálicas, o que levou a uma denúncia por parte do Governo. Leong Hong Sai considerou essa publicidade ridícula, tendo então feito o apelo para a não instalação de gaiolas. O deputado, ligado à União Geral das Associações de Moradores de Macau, lembrou também que o Regime Jurídico da Construção Urbana, em vigor desde Agosto de 2022, reforça as penalizações contra obras ou instalações ilegais, além de que o Executivo tem reforçado a divulgação de informações sobre obras ilegais, pelo que os residentes sabem claramente quais as regras do Governo sobre esta matéria.
Hoje Macau PolíticaAdministração | Pedida transição suave na reforma governativa Pang Kung Hou e Tong Wai Kit, presidentes da Federação das Associações dos Trabalhadores da Função Pública de Macau, defenderam uma transição suave a propósito da mais recente reformulação governamental, com a saída de André Cheong da pasta da Administração e Justiça, sendo substituído por Wong Sio Chak. Já Chan Tsz King, assumiu a pasta da Segurança. Segundo o jornal Ou Mun, os dois dirigentes apelam a uma mudança estrutural, no sentido de o Governo evitar interromper trabalhos em curso ou levar a cabo uma má coordenação de trabalhos entre departamentos públicos no contexto dessa reformulação governativa. Pang Kung Hou e Tong Wai Kit lembraram também que os funcionários públicos da camada de base podem ter mais trabalho neste processo de reformulação, revelando também preocupação quanto aos funcionários públicos mais antigos, que podem ter dificuldades de adaptação a novas funções. Assim, foi sugerido pelos dirigentes da associação que a Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública possa criar uma plataforma interdepartamental para a coordenação de trabalhos neste período de transição, tendo em conta que o Executivo precisa de proporcionar formação profissional aos funcionários públicos para que estes se adaptem às novas posições e funções.
Hoje Macau China / ÁsiaTimor-Leste | UE apoia digitalização da administração pública A União Europeia e o Governo de Timor-Leste apresentaram ontem o projeto “Dalan Ba Digital” para apoiar a digitalização da administração pública timorense e promover o desenvolvimento inclusivo através de ferramentas digitais. “O Dalan Ba Digital vai promover a boa governação, reforçar o desenvolvimento do capital humano e, de forma indirecta, fomentar o desenvolvimento económico, aumentando a eficiência, a transparência e a acessibilidade”, afirmou o embaixador da União Europeia em Timor-Leste, Thorsten Bargfrede. Segundo o diplomata, um país que “abraça os desafios e oportunidades da digitalização tem maiores probabilidades de prosperar”, porque impulsiona a “inovação e a competitividade”. “As tecnologias digitais servirão como uma ponte para maiores oportunidades, inclusão e desenvolvimento”, acrescentou. O projecto vai também ajudar Timor-Leste a alinhar-se com os padrões internacionais e da Associação das Nações do Sudeste Asiático, organização a que o país vai aderir no domingo. O ministro da Justiça de Timor-Leste, Sérgio Hornai, destacou que no mundo de hoje a digitalização é essencial para “garantir eficiência, eficácia, rapidez e transparência na administração pública”. “A digitalização dos serviços públicos é especialmente importante, e o Ministério da Justiça e o Ministério da Administração Estatal estão a trabalhar em conjunto, através do Balcão Único, para disponibilizar serviços fundamentais como passaportes, certidões de nascimento, cartões de cidadania e outros documentos legais essenciais”, salientou o ministro. O projecto vai ser implementado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e terá a duração de três anos, devendo terminar em Julho de 2028.
Hoje Macau China / ÁsiaMyanmar | Quase 700 pessoas fogem de centro de fraude ‘online’ Quase 700 pessoas fugiram ontem de um dos maiores centros de fraude ‘online’ de Myanmar (antiga Birmânia) e atravessaram a fronteira com a Tailândia, disse um responsável provincial tailandês, após uma operação militar no complexo. Um total de “677 pessoas fugiram do centro de fraudes” de KK Park, atravessando o rio Moei para chegar à Tailândia, esta manhã, indicou à agência de notícias France-Presse (AFP) Sawanit Suriyakul Na Ayutthaya, vice-governador da província de Tak, perto da fronteira com Myanmar. “A polícia de imigração e uma força operacional militar colaboraram para prestar assistência no âmbito de procedimentos humanitários (…) e essas pessoas serão submetidas a um controlo”, acrescentou. O gabinete da administração provincial de Tak anunciou, em comunicado, que o grupo era composto por “cidadãos estrangeiros”, homens e mulheres, e que as autoridades esperam que outras pessoas atravessem a fronteira tailandesa. Em Myanmar, complexos onde burlões ‘online’ visam estrangeiros com esquemas sentimentais e comerciais prosperaram ao longo da fronteira pouco vigiada com a Tailândia durante a guerra civil, desencadeada por um golpe de Estado, em Fevereiro de 2021. A maioria dos locais está sob o controlo de grupos criminosos chineses, em conluio com milícias birmanesas, escreve a AFP. De acordo com especialistas, a junta militar fecha os olhos às redes de burlas, nas mãos de aliados milicianos, que, em troca, controlam as regiões fronteiriças. Mas o poder birmanês também sofre pressões da China, o maior aliado militar da junta, para pôr fim a estes esquemas, já que Pequim está descontente com o número de cidadãos chineses que participam e são alvo destas burlas. Operação conjunta A China, a Tailândia e Myanmar empreenderam um esforço conjunto, muito divulgado pela comunicação social, para erradicar o flagelo. Em Fevereiro, cerca de sete mil trabalhadores foram retirados do sistema. Mas estas “fábricas de ciberfraudes” prosperam mais do que nunca no país do sudeste asiático, de acordo com uma investigação da AFP publicada em meados de Outubro. Por exemplo, antenas parabólicas Starlink multiplicaram-se com rapidez nos telhados para compensar o corte de Internet pelas autoridades tailandesas. Nas imagens da AFP, quase 80 antenas são visíveis num único telhado do complexo KK Park. A SpaceX anunciou na quarta-feira que desativou mais de 2.500 receptores de Internet Starlink usados nesses centros de fraude cibernética.
Hoje Macau China / ÁsiaUE | Pequim condena sanções contra empresas alegadamente ligadas à Rússia A China condenou ontem as sanções impostas pela União Europeia (UE) contra empresas chinesas no âmbito do novo pacote de medidas contra a Rússia, em resposta à guerra na Ucrânia. Em conferência de imprensa, o porta-voz da diplomacia chinesa Guo Jiakun afirmou que Pequim apresentou “um protesto formal” junto da parte europeia, após a inclusão de doze empresas chinesas na lista de entidades visadas pelas sanções europeias. Guo reiterou que a China “não é parte envolvida nem responsável” pelo conflito e sublinhou que o país “não forneceu armas letais a nenhuma das partes” e “mantém um controlo rigoroso sobre exportações de bens de dupla utilização”. “A China tem trabalhado activamente para promover o diálogo e a negociação”, afirmou o porta-voz, acrescentando que “muitos países, incluindo os europeus e os Estados Unidos, mantêm intercâmbios comerciais com a Rússia”. “A UE não tem o direito de fazer comentários sobre a cooperação normal entre empresas chinesas e russas”, declarou Guo, instando Bruxelas a “deixar de usar a China como pretexto” e a “pôr fim a acções que prejudicam os legítimos interesses chineses”. Pequim avisou ainda que adoptará “todas as medidas necessárias” para defender os seus direitos. O protesto surge na sequência da decisão da UE, tomada na quarta-feira, de incluir doze empresas chinesas, três indianas e duas tailandesas entre as 45 novas entidades sancionadas por alegado envolvimento no apoio à evasão de sanções ocidentais por parte da Rússia, nomeadamente através da transferência tecnológica e produção militar.
Hoje Macau China / ÁsiaPlano quinquenal | “Auto-suficiência tecnológica” como eixo central O quarto plenário do PCC elegeu como uma das matérias centrais a ser implementada até 2030 a questão do desenvolvimento tecnológico O Partido Comunista Chinês definiu ontem a “autossuficiência científica e tecnológica” como um eixo central do próximo plano quinquenal, num contexto internacional marcado pela guerra comercial com os Estados Unidos e pressões sobre a segunda maior economia mundial. O comunicado divulgado após a conclusão do quarto plenário do XX Comité Central do Partido Comunista Chinês, que decorreu à porta fechada em Pequim desde segunda-feira, estabelece as prioridades para o período 2026-2030, sublinhando também a necessidade de “impulsionar novas forças produtivas” e reforçar a “base da economia real”. O documento apela à construção acelerada de “um sistema industrial moderno”, com aposta na manufactura avançada, digitalização e integração tecnológica, e defende uma “melhoria qualitativa efectiva e crescimento quantitativo razoável” como metas estruturantes para alcançar a modernização socialista até 2049 – ano do centenário da fundação da República Popular da China. A inovação científica ocupa um lugar central, com propostas para “reforçar a investigação em tecnologias críticas”, “coordenar o desenvolvimento de um país forte em educação, ciência e tecnologia” e “melhorar a eficácia global do sistema nacional de inovação”. Mais moderno O plano também realça a importância de “modernizar a agricultura e revitalizar plenamente as zonas rurais”, bem como “optimizar a distribuição regional” e “promover o desenvolvimento coordenado entre as regiões costeiras e o interior do país”, num contexto de crescentes desigualdades territoriais. O texto reitera o compromisso com a “abertura de alto nível” e a criação de “novas oportunidades de cooperação e benefício mútuo”, apesar das restrições tecnológicas impostas por Washington em sectores como os semicondutores. Embora o documento não mencione directamente o conflito comercial com os EUA, refere um “panorama internacional complexo” e sublinha a necessidade de “aperfeiçoar o sistema de gestão macroeconómica” para garantir “um desenvolvimento estável e de alta qualidade”. Novos desafios Ao contrário de anteriores ciclos de planeamento, o novo plano deverá dar maior destaque à mobilização de recursos internos, à eficiência energética e à sustentabilidade, reflectindo os compromissos de descarbonização assumidos pelo líder chinês, Xi Jinping, que estabeleceu como meta a neutralidade carbónica até 2060. O novo plano também surge num contexto político marcado pelo reforço do poder pessoal de Xi, que consolidou um terceiro mandato sem precedentes, e pela crescente centralização das decisões económicas no seio do Partido, em detrimento das autoridades locais. Desde 1953, os planos quinquenais têm servido como guia para a política económica da China. Inicialmente focados em metas de produção e crescimento, transformaram-se nas últimas décadas em documentos estratégicos que expressam as prioridades ideológicas e políticas da liderança. A versão final do plano será aprovada pela Assembleia Popular Nacional, o órgão máximo legislativo chinês, em Março de 2026, e orientará a política económica e social da China durante a segunda metade do ano. Corrupção sem lugar O Comité Central do Partido Comunista Chinês (PCC) confirmou ontem a expulsão de vários altos quadros militares e civis motivada por escândalos de corrupção. Entre os expulsos estão o general He Weidong, até agora vice-presidente da Comissão Militar Central (CMC) – o mais alto órgão dirigente das Forças Armadas chinesas –, o almirante Miao Hua, antigo responsável pelo trabalho político no Exército de Libertação Popular, e o ex-ministro da Agricultura Tang Renjian, condenado por aceitar subornos milionários. O plenário terminou ontem com a divulgação de um comunicado que confirma a expulsão de 14 membros do Comité Central por “graves violações da disciplina e da lei”. A reunião serviu também para nomear Zhang Shengmin como novo vice-presidente da Comissão Militar Central, segundo o texto oficial, divulgado pela agência noticiosa oficial Xinhua. Além dos altos comandos militares, a lista inclui vários dirigentes civis implicados em investigações de corrupção. No comunicado, o PCC insiste que “para governar bem o país, é necessário governar bem o Partido”, e que “só um Partido forte pode tornar o país forte”.
Hoje Macau EventosLivros ilustrados | Exposição abre ao público sexta-feira Abre ao público esta sexta-feira a “Exposição de Livros Ilustrados em Chinês e Português”, que fica patente no Auditório do Carmo até ao dia 2 de Novembro, integrando-se na sétima edição do “Encontro em Macau – Festival de Artes e Cultura entre a China e os Países de Língua Portuguesa”, onde também se inclui o Festival da Lusofonia. Segundo uma nota do Instituto Cultural (IC), que promove a mostra, a exposição tem como tema “Mundo de Contos de Fadas”, exibindo “uma selecção diversificada de livros ilustrados e literatura infantil e juvenil de editoras do Interior da China, Macau, Portugal e Angola, com mais de 800 livros disponíveis para compra”. Além disso, haverá diversas actividades paralelas, incluindo sessões de apresentação de livros, workshops, teatro de marionetas e pinturas faciais. Todas as actividades são abertas ao público em geral. Segundo o IC, “o evento tem como objectivo dar a conhecer melhor ao público as publicações da China e dos países de língua portuguesa, bem como promover o intercâmbio cultural entre a China e os países de língua portuguesa”. Serão ainda realizadas dez sessões de teatro de marionetas em locais circundantes, a fim de difundir a atmosfera de leitura pela zona histórica através de espectáculos animados e vivos e de uma selecção de livros ilustrados. A mostra acontece entre as 10h e as 22h. As inscrições para as actividades podem ser feitas através da plataforma da Conta Única de Macau.
Hoje Macau SociedadeÁlcool e Tabaco | Mais de quatro mil infracções até Setembro Entre Janeiro e Setembro os Serviços de Saúde (SS) detectaram 4.054 infracções à Lei de Controlo do Tabagismo e à Lei de Controlo do Consumo de Álcool. A informação foi divulgada na tarde de ontem, através de um comunicado do organismo liderado por Alvis Lo Iek Long. Em relação às infracções relacionadas com o tabaco, foram detectados 3.744 casos de pessoas a fumar em locais proibidos, 196 casos de transporte de cigarros electrónicos na passagem das fronteiras, e 103 casos suspeitos de outras infracções, que incluem situações de falta de dísticos de proibição de fumar ou a falta de sinais a dísticos a alertar para a proibição da venda de produtos de tabaco a menores de 18 anos. Em relação aos principais locais das infracções, 842 casos (22,5 por cento) aconteceram em casinos, 552 casos (14,7 por cento) em restaurantes, e 319 casos (8,5 por cento) em parques/jardins e zonas de lazer. No que diz respeito ao controlo do consumo de álcool, entre Janeiro e Setembro foram registados 11 casos suspeitos de violação da lei, com três casos relacionados com venda de bebidas a menores. Os restantes oito casos deveram-se a motivos diversos, como a falta de dísticos com os avisos sobre a proibição de venda ou de disponibilização de bebidas alcoólicas a menores, a falta de sinalização clara sobre os locais reservados à venda de bebidas alcoólicas ou a falta de advertência em chinês, português e inglês. Os SS mostraram-se ainda preocupados com um caso de um menor que conseguiu comprar álcool, através de um adulto.
Hoje Macau Manchete PolíticaMIF / Portugal | Dificuldades na venda de produtos agrícolas à China João Moura, secretário de Estado da Agricultura de Portugal, fala em “muitas” dificuldades na altura de Portugal vender produtos agrícolas na China. No sentido inverso, reconhece que há muito interesse dos empresários chineses em investir no sector agrícola português O secretário de Estado da Agricultura indicou ontem, em Macau, que Portugal tem produtos de excelência e um “interesse muito significativo” no mercado chinês, embora enfrente adversidades que limitam a entrada no país asiático. “As dificuldades são muitas, e tantas vezes, ao nível das relações diplomáticas, das exportações, das importações – alguns acertos que é necessário fazer”, admitiu aos jornalistas João Moura, que se encontra em Macau em representação do Governo na 30.ª Feira Internacional de Macau (MIF, na sigla em inglês) e na 2.ª Exposição Económica e Comercial China–Países de Língua Portuguesa (C-PLPEX), que decorrem simultaneamente. Em paralelo, é organizada, pela primeira vez, a Expo Internacional Agrícola China-Países de Língua Portuguesa. Estes eventos, salientou o responsável, são “uma grande janela de oportunidades” para se limarem “algumas arestas”. “Estamos numa interpretação tantas vezes diferenciada entre mercados tão distintos como Portugal e China, em que a análise e o controlo alimentar têm as suas diferenças, têm as suas valências e, portanto, nada melhor do que conversarmos, sentarmos à mesa para tentar aqui esgrimir algumas dessas dificuldades e adversidades”, acrescentou. Portugal, referiu o secretário de Estado, tem “várias ideias” e “vários produtos com grande potencial”, nomeadamente frutos secos, carne de porco, azeite e vinho. “Temos muita oportunidade de produtos portugueses com grande aceitação na China”, adiantou. “Temos produtos com grande capacidade de exportação, com grande aceitação mundial e, portanto, o mercado da China é um mercado que tem para nós um interesse muito significativo, afirmou. Interesse sínico No sentido inverso, declarou que sentiu em Macau “um grande interesse da China” em Portugal, não apenas ao nível das exportações, mas também no que diz respeito à “internacionalização de algumas empresas” chinesas. Empresas do ramo da tecnologia, maquinaria ou equipamento na área da agricultura, referiu João Moura, sem fornecer detalhes adicionais sobre estas empresas. “Estão muito interessadas no desenvolvimento de alguns sectores da nossa agricultura e nós estamos de braços abertos para receber”, concluiu. Num discurso proferido durante a Mesa Redonda das Pequenas e Médias Empresas da China e dos Países de Língua Portuguesa, o representante português sublinhou o “papel crucial” de Macau como plataforma de ligação, notando que a posição geográfica e cultural do território o torna “um ponto de convergência entre o Oriente e o Ocidente”, facilitando comércio e investimento. “Por sua vez, Portugal possui, no contexto global, uma posição estratégica que interliga o mundo oriental e o continente americano, sem esquecer o continente africano. Estas plataformas mais ágeis e integradoras fomentam e proporcionam trocas comerciais e o crescimento de novas empresas”, disse.
Hoje Macau PolíticaAssistentes Sociais | Paul Pun mantém-se na liderança do conselho Paul Pun Chi Meng vai manter-se nos próximos três anos como presidente do Conselho Profissional dos Assistentes Sociais, de acordo com a informação publicada ontem no Boletim Oficial. Este é um cargo que actualmente já é desempenhado pelo secretário-geral da Cáritas Macau. A secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, O Lam, optou também por renovar os mandatos de Alice Wong, chefe da Divisão Jurídica e de Tradução do Instituto de Acção Social, Lok Chan Nei, representante da Universidade da Cidade de Macau e dos assistentes sociais Sou Keng Ieong e Ieong Sok Chong. As novas nomeações integram ainda o Conselho Profissional dos Assistentes Sociais Chan Keng Fan, da Universidade Politécnica de Macau, Francisco Botelho, da Universidade de São José, Im Ka Wai, da Associação dos Assistentes Sociais de Macau, e os assistentes sociais Choi Wan Hon e Chao Kam Kin. O Conselho Profissional dos Assistentes Sociais controla o acesso à profissão ao elaborar, aprovar e mandar publicar os critérios para a acreditação profissional, aprovar os novos pedidos de acreditação profissional, além de coordenar a realização de acesso à profissão assim como a certificação da acreditação profissional.
Hoje Macau China / ÁsiaEfeméride | Celebração dos 80 anos do fim do domínio japonês em Taiwan A China vai organizar este fim de semana uma cerimónia para assinalar os 80 anos da “retrocessão” de Taiwan, nome dado por Pequim à devolução da ilha após a rendição japonesa em 1945, anunciaram ontem fontes oficiais. Segundo a porta-voz do Gabinete para os Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado, Zhu Fenglian, o evento visa “recordar a história da guerra de resistência contra o Japão, prestar homenagem aos mártires e preservar os resultados” dessa transferência. A cerimónia contará com a presença de representantes de vários sectores, incluindo convidados oriundos de Taiwan, e será acompanhada de actividades de intercâmbio antes e depois do evento, indicou Zhu. A porta-voz afirmou que a devolução de Taiwan à China foi “uma vitória alcançada com o sacrifício de todos os chineses, incluindo os compatriotas taiwaneses”, acrescentando que o objectivo do evento é “reforçar o sentimento de uma nação comum e o objetcivo da ‘reunificação’ sob a liderança de Pequim”. A 25 de Outubro de 1945, após a rendição do Japão – que colonizava Taiwan desde 1895 –, a República da China assumiu a administração da ilha ao abrigo dos termos de capitulação japoneses. Na mesma conferência de imprensa, Zhu afirmou que Pequim continuará a promover contactos com todos os partidos políticos da ilha, incluindo o partido de oposição Kuomintang (KMT), com base no chamado “Consenso de 1992”, segundo o qual ambas as partes reconhecem a existência de “uma só China”. Zhu recordou ainda que o Presidente chinês, Xi Jinping, enviou a 19 de Outubro uma mensagem de felicitações a Cheng Li-wun, pela sua eleição como nova líder do KMT, gesto que, segundo Pequim, “traça o caminho a seguir” nas relações entre os dois partidos.