Hoje Macau China / ÁsiaFitch | Economia chinesa em risco de entrar em espiral deflacionária A agência de notação financeira Fitch Ratings alertou ontem que a economia chinesa arrisca entrar numa espiral deflacionária, apesar das recentes medidas fiscais e monetárias anunciadas pelas autoridades do país, visando estimular a procura interna. Num relatório, a Fitch Ratings apontou que a “potencial exacerbação das actuais tendências de oferta e procura, juntamente com desafios demográficos e de sobre-endividamento, representa um risco de queda sustentada dos preços”. “A procura interna é fraca e um abrandamento do sector imobiliário mais prolongado do que o previsto constitui um risco significativo para as nossas previsões de crescimento”, lê-se na mesma nota. A deflação consiste numa queda dos preços ao longo do tempo, por oposição a uma subida (inflação). O fenómeno, que reflecte debilidade no consumo doméstico e investimento, é particularmente gravoso, já que uma queda no preço dos activos, por norma contraídos com recurso a crédito, gera um desequilíbrio entre o valor dos empréstimos e as garantias bancárias. Observando que “as despesas de capital estão a aumentar mais rapidamente nos sectores orientados para a exportação”, a agência de ‘rating’ afirmou que um abrandamento da economia mundial em 2025 vai “provavelmente limitar o crescimento das exportações”. “A evolução do lado da oferta vem agravar estas tendências. Os indicadores do mercado de trabalho sugerem que a oferta está a ultrapassar a procura. Os custos unitários do trabalho diminuíram em 2023 pela primeira vez desde 2000. Tudo isto indica um certo grau de folga na economia chinesa”, apontou. A voz dos números O índice de preços ao consumidor, principal indicador da inflação na China, subiu 0,4 por cento em Setembro, em termos homólogos. A inflação subjacente, que exclui os preços dos alimentos e da energia devido à sua volatilidade, aumentou apenas 0,1 por cento. O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês), que mede os preços à saída das fábricas, afundou 2,8 por cento, em Setembro, reflectindo o excesso de oferta apontado pela Fitch. “Uma vasta gama de preços está a cair. Por exemplo, o PPI mantém-se em território negativo desde 2022”, afirmou o relatório. O excesso de oferta na China está já a suscitar uma escalada de medidas proteccionistas, à medida que vários parceiros comerciais acusam o país asiático de ‘dumping’ – venda a preço inferior ao custo de produção. A prática é susceptível de eliminar os concorrentes estrangeiros, incapazes de competir com os preços praticados pelos exportadores chineses. A Fitch espera, no entanto, que a política fiscal se torne mais favorável, após Pequim ter anunciado uma redução das taxas de juro e outras medidas que visam injectar liquidez no mercado e estimular o consumo doméstico. “Mas se a política orçamental se mantiver neutra, em vez de estimular a economia, isso constituirá outro risco fundamental para as perspectivas de crescimento e a dinâmica dos preços”, frisou.
Hoje Macau SociedadeCrime | Homem detido por burla com infiltrações Um homem do Interior da China foi detido pela suspeita da prática de burla, depois de ter cobrado dinheiro a dois residentes locais para resolver problemas de infiltrações, que ficaram por solucionar. O caso aconteceu em Julho do ano passado, quando o homem colocou um anúncio online e foi contactado por dois residentes para resolver problemas com infiltrações. No início, o detido apresentou um orçamento de 1.280 patacas e 3.000 patacas aos residentes. Porém, o homem de 41 anos acabou por aumentar os orçamentos para 25 mil patacas e 40 mil patacas, com a justificação de que precisava usar materiais mais caros do que o inicialmente previsto. Os residentes pagaram, mas dias depois verificaram que o problema das infiltrações não tinha sido resolvido, pelo que apresentaram queixa às autoridades, depois e terem perdido o contacto com o alegado burlão. Ontem, a polícia anunciou a detenção do homem quando tentava entrar em Macau.
Hoje Macau SociedadeFebre de dengue | Registados novos casos locais de doença Os Serviços de Saúde (SS) registaram esta terça-feira a ocorrência de dois casos locais de febre de dengue numa zona perto da Rua do Tarrafeiro. Segundo um comunicado, os casos foram descobertos na segunda-feira quando funcionários dos SS realizavam pesquisas domiciliárias. Um dos casos diz respeito a um homem de 61 anos, reformado, que reside nesta zona no Edifício de Santo António, sendo que o familiar com quem vive constitui o terceiro caso local de febre de dengue. Os sintomas do doente começaram a surgir no domingo, tendo este recorrido ao hospital, com o caso a ser descoberto pelos SS na segunda-feira. O segundo caso local diz respeito a um homem de 25 anos, residente no Edifício Pui Meng, na Rua dos Faitiões. Os primeiros sintomas, como dores de cabeça, surgiram no dia 28 de Outubro. No dia seguinte começaram as manifestações de febre e dores musculares. Os funcionários dos SS também detectaram este caso na segunda-feira. Os SS confirmam que “existe uma relação, no tempo e espaço”, entre o 24.º caso de febre de dengue importado, confirmado no sábado, também detectado no Edifício de Santo António, com estes dois casos locais. Desta forma, o 24.º caso foi classificado como o sexto caso local em Macau. Entretanto, na terça-feira, foi registado mais um caso importado de febre de dengue que diz respeito a uma mulher de 43 anos, residente, que se deslocou sozinha à Malásia entre os dias 19 de Outubro e 2 de Novembro. Os sintomas da doença apresentados são erupção cutânea, dores de cabeça, dores nas articulações musculares e fadiga, tendo a mulher já procurado tratamento médico em Macau. Os SS denotam que “após o aparecimento dos sintomas, a doente tem residido em Hengqin e os familiares que coabitam com o doente não manifestaram qualquer indisposição”.
Hoje Macau SociedadeMelco | Lucros de 138,6 milhões no terceiro trimestre A operadora de jogo em Macau Melco Resorts and Entertainment anunciou lucros operacionais de 138,6 milhões de dólares no terceiro trimestre do ano. Em igual período de 2023, a Melco, com quatro casinos no território, registou lucros de 94,7 milhões de dólares, indicou a companhia, num comunicado enviado à bolsa de valores de Nova Iorque. As receitas operacionais do grupo, entre Julho e Setembro, foram de 1,18 mil milhões de dólares, subindo 16 por cento comparativamente ao terceiro trimestre do ano passado, em que registou 1,02 mil milhões de dólares, indicou a empresa de Lawrence Ho, filho do falecido magnata do jogo Stanley Ho. “O aumento do total das receitas operacionais deveu-se sobretudo a um melhor desempenho em todos os segmentos de jogo e nas operações não-jogo, devido à contínua recuperação do turismo em Macau durante o terceiro trimestre do ano”, assinalou. Nos primeiros dez meses do ano, os casinos de Macau registaram, em termos de receita bruta acumulada, um aumento de 28,1 por cento em relação ao ano anterior, com um total de 190,14 mil milhões de patacas contra 148,45 mil milhões de patacas entre Janeiro e Outubro de 2023.
Hoje Macau PolíticaBombeiros | Cheong Chi Wang nomeado segundo-comandante Cheong Chi Wang foi nomeado pelo secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, para exercer o cargo de segundo-comandante do Corpo de Bombeiros (CB), durante o prazo de um ano. A nomeação foi revelada ontem, através de um despacho publicado no Boletim Oficial. Cheong é licenciado em Engenharia de Protecção e Segurança Sapadores Bombeiros, tem um mestrado em Administração Pública e participou no Curso de Comando e Direcção pela Escola Superior das Forças de Segurança de Macau. Cheong Chi Wang ingressou no CB em Março de 2009, como chefe assistente no Departamento Operacional das Ilhas. Foi sendo promovido ao longo dos anos, até chegar a chefe-ajudante no Departamento Operacional de Macau do CB, cargo que exerceu entre 2020 e este ano. Em Maio começou a desempenhar as funções de chefe do Departamento Operacional de Macau, e agora é promovido a segundo-comandante, a segunda posição mais elevada da hierarquia.
Hoje Macau PolíticaConsumo | Grande Prémio gera compras de 270 milhões A Direcção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico (DSEDT) afirmou que o Grande Prémio para o Consumo em Macau gerou um consumo de 270 milhões de patacas no comércio local, devido à distribuição de cupões de 65 milhões de patacas. Segundo o jornal Ou Mun, a situação foi apresentada na reunião plenária do Conselho Consultivos de Serviços Comunitários das Ilhas, na terça-feira. Após a reunião, os conselheiros Choi Seng Hon e Leong Chon Kit indicaram que de acordo com a DSEDT, entre os 65 milhões de patacas distribuídos em cupões foram gastos 51 milhões de patacas, uma taxa de utilização de 79 por cento. Estes 51 milhões terão gerado um consumo de 270 milhões de patacas, ou seja, 5,3 vezes o valor distribuído. Na reunião do conselho consultivo, Ho Chong Chun pediu ao Governo para permitir que os cupões possam ser gastos ao longo da semana, em vez da utilização ser limitada aos fins-de-semana. O conselheiro também sugeriu a distribuição de lai sis com 500 patacas, para celebrar o estabelecimento da RAEM.
Hoje Macau Grande Plano MancheteEUA | Trump regressa à Casa Branca. China espera relação pacífica Donald Trump ganhou ontem as eleições presidências norte-americanas. O magnata nova-iorquino vai regressar à Casa Branca depois de derrotar Kamala Harris nos principais estados-chave, naquela que apelidou como uma “vitória política nunca antes vista”. A China reagiu ao desejar um relacionamento pacífico entre as duas potências Donald Trump prometeu curar os Estados Unidos da América (EUA), mas não revelou o tratamento. Este foi um dos destaques do discurso de vitória do candidato republicano, que irá regressar à Casa Branca, numa altura em que a vitória estava praticamente garantida com 267 delegados do Colégio Eleitoral, ou seja, 51,2 por cento. Num país onde o Presidente é eleito por sufrágio indirecto, o Colégio Eleitoral é constituído por 538 delegados que representam os 50 estados norte-americanos. Para um candidato se singrar vencedor, precisa de 270 votos. À hora em que Trump fez o discurso da vitória, já tinha ganho estados decisivos, como a Pensilvânia, Geórgia ou Carolina do Norte, sempre uns passos à frente da democrata Kamala Harris. A Geórgia, estado composto por uma grande população afro-americana, deu a vitória a Trump, atribuindo-lhe mais 16 votos. Nestas presidenciais destacaram-se os resultados em mais cinco estados-chave, os chamados “swing states”, pelo facto de a vitória costumar oscilar entre o partido republicano ou democrata. Neste ciclo eleitoral, estes estados foram o Arizona, Wisconsin, Pensilvânia, Michigan e Nevada. “É uma vitória política nunca antes vista no nosso país”, afirmou o magnata nova-iorquino a milhares dos seus apoiantes reunidos no Centro de Convenções de Palm Beach, no estado da Florida, depois de ter acompanhado a noite eleitoral no seu ‘resort’ em Mar-a-Lago. Falando junto da mulher, Melania Trump, do candidato a vice-Presidente, J.D. Vance, e do presidente da Câmara dos Representantes, o candidato republicano disse que, com esta vitória, irá “ajudar o país a curar-se”. Por seu lado, J.D. Vance referiu que “sob a liderança do Presidente Trump nunca vamos parar de lutar por vocês”. “Acho que acabamos de testemunhar o maior regresso político da história dos EUA. Depois do maior retorno político da história americana, lideraremos o maior retorno económico da história americana — sob a liderança de Donald Trump”, sublinhou o vice-presidente. Trump prometeu que os próximos anos irão constituir “a era de ouro para a América”, referindo-se ao período de campanha eleitoral como “o maior movimento político de todos os tempos”. O Presidente eleito não acrescentou muitos detalhes às promessas políticas feitas durante a campanha, declarando apenas que o país “precisa muito de ajuda”, garantindo que vai “consertar tudo”. A desilusão dos democratas A festa fez-se também pelos republicanos junto à Trump Tower, em Nova Iorque. Ainda a contagem dos votos nos ‘swing states’ ia a meio e já três dezenas de eleitores republicanos enchiam o passeio em frente à Trump Tower, cantando vitória antecipada nas presidenciais norte-americanas. “Tentaram matá-lo, mas não conseguiram. Porque ele é o escolhido. Nós somos o povo e nós escolhemos Donald Trump. O ‘Estado profundo’ [Deep State em inglês] tem de acabar”, gritava uma mulher enquanto erguia uma bandeira com o ‘slogan’ de campanha do republicano: ‘Make America Great Again’. A polícia estava presente no local e várias grades de protecção foram montadas ao redor do recinto. À Lusa, um eleitor exaltado dizia que Donald Trump tem de “começar a deportação em massa dos imigrantes ilegais o mais rápido possível”. “Fechem a fronteira, isto tem de acabar. Isto não é terra de ninguém”, disse o homem, que se identificou à Lusa como Sergey, misturando palavras em inglês com espanhol. “Vou sempre apoiar Donald Trump, porque ele tem sido atacado pela imprensa de esquerda. Ele é um ‘outsider’ que tem desafiado o sistema, os democratas, o Congresso e até os próprios republicanos. Todos esses são falsos e ele é verdadeiro. Por isso é que gosto dele”, acrescentou. A alguns metros de distância, no Rockefeller Center, onde foram montadas telas gigantes para transmitir a contagem dos votos, o ambiente era completamente oposto, com eleitores democratas desiludidos com a prestação da vice-Presidente, Kamala Harris. Numa noite de vento forte em Nova Iorque, foram muitos os nova-iorquinos que começaram a desmobilizar assim que Donald Trump começou a conquistar vários estados consecutivamente. No público, vários democratas rezavam e outros levavam as mãos à cabeça de cada vez que Trump conquistava mais votos do colégio eleitoral. Em contrapartida, cada vez que Kamala Harris conseguia subir na contagem, ouviam-se aplausos. Em Nova Iorque, sem surpresas, foi Kamala Harris quem venceu as eleições presidenciais. No entanto, a nível nacional, Donald Trump acabou a noite a declarar vitória. China espera pacifismo Talvez ainda com memórias dos anos da guerra comercial sino-americana, a China foi um dos primeiros países a reagir à vitória de Donald Trump, com uma mensagem de esperança sobre uma relação pacífica entre as duas potências. “Continuaremos a abordar e a gerir as relações entre a China e os Estados Unidos com base nos princípios do respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação mutuamente benéfica”, disse a porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros, Mao Ning, em conferência de imprensa. A guerra comercial entre os dois países remonta aos anos do primeiro mandato de Trump na Casa Branca, entre 2017 e 2021. Nesta campanha eleitoral, o candidato ameaçou intensificar esse conflito comercial. Porém, em declarações à RTP, António Noronha, presidente da Câmara de Comércio Luso-Chinesa, não demonstrou sinais de alarmismo. “Teremos uma relação mais diplomática, uma relação, se calhar, com maior abertura, mas não teremos, com certeza, uma política comercial muito diferente da que temos tido.” O responsável disse não estar “muito preocupado com a forma como Donald Trump anuncia” por comparação com “o conteúdo das políticas”, que “não serão tão agressivas como as [prometidas] por Kamala Harris, mas serão, sobretudo, políticas proteccionistas”. “Naturalmente, ‘Europe Last’, e estou convencido que toda esta guerra comercial vai-se manter e vamos ter um sistema proteccionista, onde os EUA vão-se querer proteger daquela contradição que existe em que todos os factores de produção da China são tão distorcidos e subvencionados”, acrescentou. Volta ao mundo A Ucrânia foi também um dos primeiros países a dar os parabéns à segunda vitória de Trump. Na rede social X, Volodymyr Zelensky, presidente ucraniano, congratulou Donald Trump por uma “impressionante” “vitória” eleitoral. Zelensky sublinhou que aprecia o “compromisso de Trump com a abordagem ‘paz pela força'” para assuntos globais e que o princípio poderia “aproximar a paz justa na Ucrânia”. “Estou esperançoso que colocaremos isso em acção juntos. Estamos ansiosos por uma era de Estados Unidos da América fortes sob a liderança decisiva do presidente Trump”, disse. Também o Reino Unido reagiu, com o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, a felicitar Trump por aquilo que disser ser uma “vitória eleitoral histórica”. “Estou ansioso por trabalhar consigo nos próximos anos”, disse o primeiro-ministro, acrescentando: “Como aliados mais próximos, estamos lado a lado na defesa dos nossos valores comuns de liberdade, democracia e empreendedorismo”. “Do crescimento e da segurança à inovação e à tecnologia, sei que a relação especial entre o Reino Unido e os EUA continuará a prosperar em ambos os lados do Atlântico nos próximos anos”. Também Mark Rutte, secretário-geral da NATO, deu os parabéns a Donald Trump, e defendeu que “a sua liderança será novamente a chave para manter a Aliança forte”. Na rede social X, Rutte sublinhou que está “ansioso para trabalhar com Trump novamente para promover a paz por meio da força por meio da NATO”. Viktor Orbán e Netanyahu foram os primeiros líderes mundiais a felicitar Trump, com o primeiro-ministro húngaro a declarar que a vitória republicana foi “o maior regresso na história dos EUA”. “Parabéns ao Presidente Donald Trump na sua grande vitória. Uma vitória bastante necessária para o mundo”, declarou Viktor Orbán. No caso de Benjamin Netanyahu, a mensagem foi também destinada a Melania Trump, agora de novo primeira-dama. “Queridos Donald e Melania Trump, parabéns neste grande regresso na história! O vosso histórico regresso à Casa Branca possibilita um novo começo para a América e um poderoso novo compromisso para a grande aliança entre Israel e a América. Esta é uma enorme vitória!” Portugal também deu os parabéns a Trump. Numa mensagem publicada no site da Presidência da República portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa “felicita o Presidente eleito Donald Trump, desejando-lhe felicidades no novo mandato, na afirmação da relação transatlântica, da democracia e os direitos humanos, a construção da paz e do progresso sustentáveis”. Na mesma nota, Marcelo recorda que “Portugal foi o primeiro país neutral a reconhecer a independência dos Estados Unidos da América, a importância da comunidade portuguesa neste país, bem como a colaboração durante o seu primeiro mandato, nomeadamente a reunião na Casa Branca em 2018 e durante a pandemia”. Também Luís Montenegro, primeiro-ministro, destacou esta vitória, recorrendo à rede social X. “Parabéns, Presidente Donald Trump. Estou empenhado em trabalharmos em colaboração estreita, no espírito da longa e sólida relação entre Portugal e os Estados Unidos, a nível bilateral, da NATO e multilateral.”
Hoje Macau China / ÁsiaLíder da junta do Myanmar parte para primeira ida a Pequim desde golpe de Estado O líder da junta militar do Myanmar (antiga Birmânia), Min Aung Hlaing, partiu ontem para a China na sua primeira visita desde o golpe militar de 2021, que mergulhou o país num conflito que Pequim tem procurado mediar. O general deixou ontem de manhã o Myanmar, de acordo com a rede de televisão MWD, detida pelo exército do país, para participar numa cimeira de cooperação económica entre os países por onde passa o Rio Mekong (China, Myanmar, Laos, Tailândia, Camboja e Vietname) na cidade de Kunming, na região de Yunnan, no sudoeste da China, nos dias 6 e 7 de novembro. Esta é a primeira viagem à China e uma das poucas viagens ao estrangeiro do líder da junta, que também se deslocou à Rússia e à Indonésia pouco depois do golpe de 1 de Fevereiro de 2021, para uma cimeira do Sudeste Asiático, para a qual foi posteriormente desconvidado. Neste caso, a sua visita à China, que não condenou o golpe e que, tal como a Rússia, fornece armas ao Myanmar, reforça a legitimidade questionada de Min Aung Hlaing, numa altura em que o exército está enfraquecido por um movimento de guerrilheiros étnicos e pró-democracia. A China, que enviará o primeiro-ministro Li Qiang à cimeira de Kunming, mas não está confirmado que se encontre com o general, minimizou a importância da visita, tendo o porta-voz da diplomacia chinesa sublinhado ontem apenas que o Myanmar é um “país importante na região” que tem participado “consistentemente” em tais reuniões. No entanto, a visita surge num período de novas tentativas da China para garantir a estabilidade num país com o qual partilha mais de 2.200 quilómetros de fronteira e no qual tem vários projectos em andamento. Águas passadas Em Agosto passado, o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, encontrou-se com o líder do golpe e instou-o a realizar “eleições inclusivas”. Um mês depois, a junta do Myanmar apelou às guerrilhas étnicas e às forças pró-democracia para que negociassem uma via política para a realização de eleições, proposta que foi rejeitada e repetida em Outubro. Em Janeiro passado, também em Kunming, Pequim serviu de mediador entre a junta e uma poderosa aliança de guerrilheiros, que lançou a maior ofensiva do ano passado contra o exército – Operação 1027 – para um acordo de cessar-fogo que foi posteriormente violado. Os apelos de Pequim à realização de eleições, bem como a visita do general à China, não foram bem acolhidos pela oposição do Myanmar. Kyaw Zaw, porta-voz do Governo de Unidade Nacional (GUN), composto em parte por antigos membros da legislatura derrubada pelos militares e que reivindica ser a autoridade legítima do Myanmar, instou a China a reconsiderar o seu convite a Min Aung Hlaing num vídeo publicado no Facebook.
Hoje Macau EventosInstituto Camões com quase 40 milhões de euros para promoção O ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) português afirmou esta segunda-feira que em 2025 o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua vai ter 50,4 milhões de euros destinados à cooperação internacional e 39,3 milhões para a promoção da língua portuguesa. “Tendo em conta a importância da cooperação internacional e a promoção da língua e cultura portuguesa, este orçamento [Orçamento de Estado para 2025] conta com a inscrição no Instituto Camões de 50,4 milhões de euros e 39,3 milhões de euros, respectivamente”, anunciou Paulo Rangel, no início do debate na especialidade do OE no parlamento. No domínio da cooperação, “o valor mantém-se face a 2024”, admitiu o chefe da diplomacia portuguesa. “Continuaremos a concretizar parcerias com todos os actores relevantes, no plano nacional [ONGD, autarquias, sector privado, fundações e mundo académico], mas também na União Europeia [via cooperação delegada] e multilateral [via cooperação triangular]”, acrescentou. Aposta concreta Paulo Rangel reafirmou que “a aposta na cultura e língua portuguesa é uma prioridade inequívoca” do Executivo e do OE2025. Assim, “no domínio da língua e cultura, o valor aumenta cerca de 2 por cento”, afirmou, destacando o “Programa Português no Mundo, a acção cultural externa, o Programa ‘Português Língua Herança’, programas transversais do Departamento de Língua e Cultura e o Centro Virtual Camões”, realçou. Ainda sobre a cultura e língua portuguesa, o ministro referiu que “é possível” que sejam “mais procurados e mais conhecidos, mais preponderantes no cenário internacional”. Para o Governo, o português deve estar “nas escolas, sim, nos centros culturais, sim, mas também no mundo empresarial, no movimento associativo nas universidades”. Razão pela qual, explicou, o seu Ministério e os da Educação e da Cultura têm vindo a defender a adopção pelo Governo de “uma verdadeira política da língua” e darão passos “muito em breve” para criar as condições da sua “formulação e da sua desenvolução”. A proposta de lei de Orçamento do Estado para 2025 foi aprovada na generalidade na quinta-feira, com os votos a favor dos dois partidos que apoiam o Governo, PSD e CDS-PP, e a abstenção do PS.
Hoje Macau EventosMGM | Novo Museu inaugurado com exposição sobre Rota da Seda Macau tem, desde sábado, um novo museu. Trata-se do Poly MGM Museum, no MGM Macau, que, como exposição inaugural, traz uma mostra sobre a Rota Marítima da Seda e os antigos segredos deste percurso comercial feito entre a China e diversos países. O novo museu nasce de uma parceria com o grupo Poly Culture Os amantes da arte e cultura dispõem, desde sábado, de um novo museu em Macau, no casino MGM Macau. Chama-se Poly MGM Museum e nasce de uma colaboração com o grupo Poly Culture – Poly Culture Group Corporation Limited. Segundo um comunicado, este novo espaço representa “uma encruzilhada de cultura e de tempo”, apresentando-se “narrativas culturais e do património”, bem como “arte interactiva com recurso a tecnologia avançada, materiais que transmitem significados culturais e estéticos e as mais avançadas técnicas de preservação e exposição de artefactos”. Sugere-se ainda que o Poly MGM Museum “enriquece o património cultural imaterial tradicional [ao apresentar] um design contemporâneo, transformando cada exposição numa nova narrativa que entrelaça a história com a arte contemporânea”. É ainda referido que o museu “transcende as fronteiras nacionais através da sua arte, construindo uma ponte global para o diálogo e o intercâmbio cultural”. Para a exposição inaugural foi escolhida “A Rota Marítima da Seda – Descubra os Mares Místicos e Encontre os Tesouros da Antiga Rota Comercial”, que se centra nos antigos percursos comerciais realizados entre a China e restantes países por via marítima. Desta forma, “esta exposição promete transportar os visitantes de todo o mundo através da história, dos desenvolvimentos actuais e das perspectivas futuras da rota comercial marítima”. A mostra é organizada com a Art Exhibitions China, revelando uma colecção de 228 artefactos e obras de arte em 184 conjuntos. Peças antigas Do conjunto de peças apresentadas nesta exposição inaugural incluem-se “descobertas subaquáticas, tecidos de seda, especiarias e vários tesouros raros”, bem como “importantes documentos históricos, especiarias e outros tesouros”. Assim, a mostra “integra de forma harmoniosa artefactos e arte contemporânea”, proporcionando “uma mistura de conhecimento académico, excelência artística e experiências interactivas”. A mostra organiza-se em quatro zonas temáticas, com os nomes “Monção”, “Origem Cultural”, “Integração” e “Ligações”, sendo que cada uma delas está ligada a uma cronologia histórica que se estende desde a antiga até à moderna Rota Marítima da Seda. Segundo a mesma nota, a primeira zona, “Monção”, oferece “uma perspectiva global da evolução da humanidade, que inclui um profundo respeito pelo mar, bem como uma compreensão e utilização prática do mesmo para fins de navegação e exploração”. Em “Monção” encontram-se interligados “diversos períodos históricos com uma cronologia da civilização marítima, ilustrando-se as transformações na vida quotidiana provocadas pelas influências marítimas e criando imagens vívidas da Rota Marítima da Seda”. Por sua vez, “Origem Cultural”, é uma zona que recorre à “arqueologia subaquática como narrativa orientadora, dando ênfase às relíquias culturais para delinear as caraterísticas da Rota”. Em “Integração”, a terceira zona da exposição, destacam-se “os resultados das interações económicas e culturais entre o Oriente e o Ocidente”, nomeadamente através da “troca de bens comerciais, das viagens de emissários, da partilha do património cultural e das vagas de imigração, que sublinham a influência significativa da Rota Marítima da Seda”. A quarta e última zona, “Ligações”, apresenta uma maior visão de futuro, “explorando o envolvimento humano na protecção e exploração do mar nesta nova era através de fotografia, obras artísticas e instalações artísticas”.
Hoje Macau China / ÁsiaCHRD | Condenada activista que denunciou uso de vacinas defeituosas A activista chinesa He Fangmei, conhecida por denunciar a utilização de vacinas de baixa qualidade na China, foi recentemente condenada a cinco anos e seis meses de prisão, disse ontem a organização Chinese Human Rights Defenders (CHRD). A CHRD, que apelou à libertação imediata de He por uma condenação que considera “errada”, explicou na rede social X que, desde Outubro de 2020, a activista está em prisão domiciliária ou prisão preventiva e que vai cumprir pena por “provocar brigas e distúrbios”. De acordo com a ONG, o gabinete de Segurança Pública de Huixian colocou He em prisão domiciliária por “provocar brigas e disputas”. Em 2019, as autoridades chinesas aprovaram uma lei sobre a gestão de vacinas para conseguir uma supervisão mais rigorosa do sector, a fim de evitar escândalos como os que abalaram o país nos anos anteriores, impondo punições severas a quem produzir ou vender vacinas falsas ou de qualidade inferior. Esse regulamento surgiu na sequência do escândalo social gerado por um caso de vacinas adulteradas, depois de as autoridades terem detectado que a empresa farmacêutica Changsheng Bio-Technology tinha utilizado materiais fora de prazo na produção de vacinas contra a raiva liofilizadas para uso humano e não tinha registado correctamente as datas ou os números de série dos produtos desde, pelo menos, 2014.
Hoje Macau China / ÁsiaSubianto em Pequim na primeira deslocação do seu mandato como PR indonésio O Presidente indonésio, Prabowo Subianto, vai visitar a China esta semana, anunciou ontem Pequim, na primeira visita ao estrangeiro do seu mandato, numa altura em que pretende reforçar a posição internacional do seu país. O antigo general, de 73 anos, vai realizar uma visita de Estado entre 8 e 10 de Novembro, informou Hua Chunying, porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, em comunicado. Prabowo Subianto, que tomou posse a 20 de Outubro, prometeu prosseguir a política externa tradicionalmente não-alinhada de Jacarta. O responsável pretende também tornar a quarta nação mais populosa do mundo mais visível na cena internacional. A visita à China ocorre depois de a Indonésia e a Rússia terem iniciado os primeiros exercícios navais conjuntos na segunda-feira. Pequim e Jacarta são parceiros económicos próximos. Entre gigantes Nas primeiras visitas ao estrangeiro desde que chegou ao poder, Prabowo Subianto também participa na cimeira da Cooperação Económica Ásia – Pacífico no Peru e na cimeira do G20 no Brasil, de acordo com Jacarta. O Presidente deverá ainda visitar os Estados Unidos e o Reino Unido, informou o jornal Kompas no mês passado, citando fontes do palácio presidencial. Após a vitória eleitoral em Fevereiro, Prabowo Subianto aproveitou o período de transição de oito meses na chefia do Estado para visitar cerca de dez países, incluindo a China. Subianto pretende seguir uma política externa mais activa do que a do antecessor, Joko Widodo, que se concentrou mais nas questões internas, nomeadamente na economia. Desde há muito que Jacarta privilegia uma política externa neutra, recusando-se a tomar partido na guerra entre a Rússia e a Ucrânia ou a escolher entre a China e os Estados Unidos, duas grandes potências rivais. Mas Prabowo Subianto apelou ao estreitamento das relações com Moscovo, apesar das pressões do Ocidente.
Hoje Macau China / ÁsiaEconomia chinesa | Li Qiang “plenamente confiante” no crescimento O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, disse ontem que está totalmente confiante na capacidade do seu país para atingir os seus objectivos económicos para 2024, sugerindo novas medidas de estímulo. O Governo espera alcançar um crescimento do PIB de cerca de 5 por cento este ano. Mas a recuperação pós-Covid tem sido lenta, e a China registou o seu crescimento trimestral mais fraco em ano e meio no período entre Julho e Setembro. As autoridades anunciaram medidas para estimular a actividade, incluindo cortes nas taxas de juro e a flexibilização das restrições à compra de habitação. No entanto, muitos analistas criticaram o facto de ainda não existir um plano de estímulo de grande envergadura. Esse anúncio poderá ser feito esta semana, após uma reunião do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional, o órgão máximo legislativo da China. “Estamos plenamente confiantes de que os objectivos deste ano serão alcançados e que a economia chinesa crescerá nos próximos tempos”, afirmou Li Qiang, em Xangai. Oficialmente responsável pela política económica enquanto primeiro-ministro, Li discursou na cerimónia de abertura da Feira Internacional de Importação da China (CIIE), um importante evento comercial anual em que participam centenas de empresas estrangeiras. O responsável sugeriu que as autoridades ainda têm margem de manobra para adoptar novas medidas. “Estamos a enfrentar uma pressão descendente sobre a economia, mas ainda há espaço para medidas fiscais e monetárias”, afirmou. Altos e baixos Após uma subida em flecha da bolsa há algumas semanas, alimentada pela esperança de um grande plano de estímulo, o optimismo recuou face a políticas que os mercados não consideram suficientemente fortes. No entanto, recentemente, houve alguns sinais positivos. A actividade fabril aumentou no mês passado pela primeira vez desde Abril, de acordo com os dados oficiais publicados na semana passada. No sector dos serviços, a actividade também acelerou em Outubro, de acordo com um índice independente publicado ontem pela S&P Global e pela revista Caixin. Li Qiang afirmou: “Recentemente, os principais indicadores económicos da China recuperaram globalmente, a confiança do mercado aumentou significativamente (…) e verificaram-se muitas mudanças positivas na economia”. Mas a economia chinesa enfrenta um sério obstáculo: as crescentes tensões comerciais com alguns dos seus parceiros comerciais mais próximos, liderados pela União Europeia (UE) e pelos Estados Unidos. Perante uma plateia de dignitários estrangeiros, incluindo os primeiros-ministros da Malásia, Eslováquia e Sérvia, reunidos na Feira Internacional de Importação da China, Li Qiang assegurou que a China está mais aberta ao investimento. No entanto, alertou para o aumento do unilateralismo e do proteccionismo. “De um ponto de vista global (…) surgiram muitos problemas que não deveriam ter surgido”, sublinhou. “Em particular, todo o tipo de comportamentos desonestos, que provocaram um efeito destrutivo das regras”, sublinhou. A China está particularmente irritada com as taxas alfandegárias punitivas impostas pela UE e pelos Estados Unidos sobre veículos eléctricos fabricados no país asiático. Em resposta, Pequim ameaça aumentar as taxas sobre aguardentes da Europa. Desde meados de Outubro, exige que os importadores depositem uma caução nas alfândegas chinesas. A China também lançou investigações antidumping sobre a carne de porco e os produtos lácteos importados da Europa, ameaçando estes sectores.
Hoje Macau SociedadeTufão | Yinxing pode ter impacto baixo em Macau Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) indicaram ontem que face às informações actuais, as previsões apontam para que a tempestade Yinxing se intensifique gradualmente, à medida que se aproxima de Luzon, nas Filipinas, podendo atingir o nível de um tufão severo. “É esperado que a sua velocidade de movimento abrande gradualmente, havendo a possibilidade de entrar e atravessar, no final desta semana, o Mar do Sul da China, pelas partes central ou norte”. Porém, a monção de nordeste seca e fria, descrita pelos SMG como o fenómeno meteorológico dominante no Mar do Sul da China, pode levar ao enfraquecimento do tufão e a um baixo impacto para Macau. As autoridades não afastam a hipótese do “Yinxing”, rumar mais para norte e passar a cerca de 300 quilómetros de Macau, aumentando o impacto no território. Em relação ao estado do tempo, os SMG prevêem que entre sexta-feira e domingo a temperatura mínima desça para 19º, com a máxima a rondar os 29º e o céu geralmente pouco nublado.
Hoje Macau SociedadeDemografia | Não residentes ajudam a crescer a população local No final de Setembro, a população de Macau atingiu 686.600 pessoas, no que representou um crescimento de 5.300 pessoas, em comparação com o período homólogo. Os números foram divulgados ontem pelos Serviços de Estatística e Censos, com a publicação das “Estatísticas Demográficas Referentes aos Três Primeiros Trimestres de 2024”. De acordo com a DSEC, o aumento da população deveu-se “principalmente à subida do número de trabalhadores não residentes domiciliados em Macau”, embora o número total não seja revelado no comunicado, nem como a principal zona de origem dos não residentes. Entre Janeiro e Setembro, o número de indivíduos do Interior da China recém-chegados a Macau titulares de Salvo-Conduto Singular foi de 2.445 e o de indivíduos a quem foi concedida nova autorização de residência em Macau foi de 788, um aumento de aumentaram 6 e 128 pessoas, respectivamente, em relação a idêntico período de 2023. A população feminina (368.300) era superior à masculina (318.300), numa proporção de 53,6 por cento contra 46,4 por cento. Também nos primeiros nove meses do ano foram registados 2.619 nados-vivos, uma redução de 132 face ao ano anterior, 862 óbitos, quebra de 525, e 2.314 casamentos, menos 13 face ao período homólogo.
Hoje Macau PolíticaMedalhas | BoardWare destaca distinção do Executivo Depois da obtenção de uma Medalha de Mérito Industrial e Comercial por parte do Executivo, a BoardWare – Sistema de Informações Limitada, subsidiária da BoardWare Intelligence Technology Limited, destaca a menção feita pelo Governo, que reconhece “a excelente contribuição [da empresa] para a indústria de pesquisa e desenvolvimento de tecnologia”. Citado por uma nota, Matthew Chao, presidente e director executivo da BoardWare, disse que tanto ele como os restantes funcionários se sentem “super satisfeitos, encorajados e honrados” pelo facto de uma empresa formada em 2010, com três pessoas apenas, se “ter desenvolvido em passos firmes e ser hoje reconhecida pelo Governo da RAEM”. Trata-se, assim, da “primeira empresa de tecnologia a receber a medalha de mérito”, sendo esta “um testemunho dos anteriores esforços e realizações da nossa equipa e uma prova do apoio contínuo do Governo”, destacou Matthew Chao.
Hoje Macau SociedadeDSEC | Número de empresas cresceu no terceiro trimestre No terceiro trimestre deste ano, foram constituídas 1.134 sociedades, menos 45, face ao segundo trimestre de 2024 e menos 221 face ao período homólogo. Os números foram divulgados ontem pelos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). As novas empresas têm um capital social de 255 milhões de patacas, mais 101 milhões face ao trimestre anterior, o que foi explicado com a “constituição de várias sociedades de produtos medicinais e similares” com “um capital social relativamente elevado”. No entanto, face ao período homólogo do ano anterior, o valor do novo capital social representa uma redução de 280 milhões de patacas, dado que no ano passado foi criada uma empresa de serviços financeiros com um capital “relativamente elevado”, de acordo com a DSEC. No terceiro trimestre deste ano foram dissolvidas 234 sociedades, menos 131, em comparação com o segundo trimestre do ano corrente, e menos oito empresas dissolvidas do que no período homólogo.
Hoje Macau China / ÁsiaFukushima | Encerrado reactor nuclear que voltou a funcionar após desastre Um reactor nuclear japonês que voltou a funcionar na semana passada, pela primeira vez em mais de 13 anos, após o desastre de 2011 na central de Fukushima, foi ontem encerrado, anunciou o operador. O reator n.º 2 da central nuclear de Onagawa, na costa norte do Japão, foi reactivado a 29 de Outubro e esperava-se que começasse a produzir energia no início de Novembro. No entanto, teve novamente de ser encerrado devido a uma falha ocorrida, no domingo, num dispositivo relacionado com os dados de neutrões no interior do reactor, indicou o operador da central, a Tohoku Electric Power Co. A empresa indicou que se decidiu pelo encerramento para reexaminar o equipamento e responder às preocupações de segurança dos residentes. Não foi anunciada nova data para o reinício da actividade. O reactor é um dos três existentes na central de Onagawa, que fica 100 quilómetros a norte da central de Fukushima Daiichi, onde três reactores derreteram na sequência de um sismo de magnitude 9 e de um tsunami em Março de 2011, libertando grandes quantidades de radiação. A central de Onagawa foi atingida por um tsunami de 13 metros desencadeado pelo sismo, mas conseguiu manter os sistemas de arrefecimento cruciais a funcionar nos três reactores e proceder ao encerramento destes em segurança. Após a catástrofe de Fukushima, todas as 54 centrais nucleares comerciais do Japão foram encerradas para serem submetidas a verificações e melhorias na segurança. O reactor n.º 2 foi o 13.º dos 33 ainda em utilização a arrancar. No ano passado, o Governo japonês adoptou um plano para maximizar a utilização da energia nuclear e está a tentar acelerar o arranque dos reactores para garantir um fornecimento estável de energia e cumprir o compromisso de atingir a neutralidade carbónica até 2050.
Hoje Macau SociedadeConsulado | Emolumentos pagos através de apps O Consulado-geral de Portugal em Macau emitiu ontem uma nota onde dá conta de que os utentes podem agora recorrer a meios electrónicos para pagar os emolumentos consulares, mediante o pagamento da sobretaxa cobrada pela entidade emissora. Assim, podem pagar com recurso a aplicações de telemóvel como a Alipay CN, ApplePay, BNU Pay, HuaweiPay, MIPay, SamsungPay, Simple Pay (BOCPay, ICBCPay, LusoPay, MPay, TaiFungPay), UePay e We Chat Pay. Continuam a poder ser utilizadas as opções em numerário ou pagamentos por cartões de crédito, como o American Express, Mastercard, UnionPay e Visa. O consulado destaca ainda que se concretiza “no prazo indicado a medida anunciada pelo Cônsul-Geral na sua alocução do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas deste ano”, ficando a promessa de que a entidade “continuará a trabalhar sistematicamente para melhorar os serviços prestados aos utentes”.
Hoje Macau China / ÁsiaPyongyang-Moscovo | Seul pede medidas contra cooperação militar O Presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, apelou ontem à adopção de medidas contra a “cooperação militar ilegal” entre a Coreia do Norte e a Rússia, que disse representar uma ameaça à segurança da Coreia do Sul. “A recente situação da segurança internacional e a cooperação militar ilegal entre a Coreia do Norte e a Rússia representam uma ameaça significativa para a nossa segurança nacional”, afirmou Yoon, citado pela agência sul-coreana Yonhap. Seul receia que Pyongyang possa receber tecnologia militar da Rússia em troca do destacamento de tropas e, assim, modernizar as suas forças armadas. Num discurso no parlamento de Seul lido pelo primeiro-ministro, Han Duck-soo, Yoon comprometeu-se a reforçar a segurança e a defesa no contexto do envio de tropas norte-coreanas para a Rússia para apoiar a guerra na Ucrânia. “Iremos analisar minuciosamente todos os cenários possíveis para preparar contramedidas”, afirmou, também citado pela agência espanhola Europa Press. Yoon disse que Seul reforçou a aliança com os Estados Unidos e a cooperação com o Japão, e referiu que continuará a aumentar a capacidades de defesa e a preparação para eventuais ataques da Coreia do Norte. Comprometeu-se também a alargar o apoio aos desertores norte-coreanos e a aumentar a sensibilização internacional para as questões dos direitos humanos na Coreia do Norte. “Trabalharemos para alargar a compreensão e o apoio da comunidade internacional à visão de uma Coreia livre e unificada”, afirmou, referindo-se a uma opção descartada pelo líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un. As duas Coreias estão divididas desde a guerra de 1950-1953. Aposta nos reforços As autoridades sul-coreanas calculam a Coreia do Norte já enviou 11.000 tropas para a Rússia para serem destacadas para a guerra contra a Ucrânia. Seul disse que Pyongyang pagava cerca de 2.000 dólares mensais a cada soldado e que a força estava a ser treinada na Rússia, dadas as diferenças técnicas entre os dois exércitos. Fontes governamentais admitiram a possibilidade de alguns dos soldados serem destacados para zonas de combate com as forças ucranianas, embora isso não implique necessariamente uma entrada na Ucrânia e possa limitar-se à frente de Kursk, na Rússia. O discurso lido pelo primeiro-ministro sul-coreano destinou-se a apresentar o orçamento para 2025, no valor de 677,4 biliões de wons, um aumento de 3,2 por cento em relação ao ano anterior. Yoon disse que a proposta de orçamento se centra na agenda de reformas do Governo nos sectores da saúde, das pensões, do trabalho e da educação, para fazer face aos desafios colocados por uma baixa taxa de natalidade e pelo envelhecimento da população. Foi a primeira vez em 11 anos que um Presidente em exercício optou por não apresentar pessoalmente o orçamento na Assembleia Nacional, uma decisão criticada pelo líder do parlamento. “A recusa do Presidente em apresentar o discurso sobre o orçamento é uma violação dos direitos do povo. Na qualidade de líder da Assembleia Nacional, que representa o público, lamento profundamente”, afirmou o democrata Woo Won-sik, segundo a Yonhap. Enquanto os antigos presidentes só faziam o discurso do orçamento no primeiro ano de mandato e delegavam no primeiro-ministro nos anos seguintes, a antiga presidente Park Geun-hye estabeleceu a prática de o fazer anualmente a partir de 2013. A decisão de Yoon de não proferir o discurso a meio do mandato de cinco anos surge num contexto de agravamento dos conflitos políticos entre o Partido do Poder Popular, no poder, e o Partido Democrático, principal formação da oposição, segundo a Yonghap.
Hoje Macau EventosCURB | Passeios de bicicleta revelam história de Macau Decorre no próximo sábado, a partir das 10h e até às 16h, o evento “On The Move VI – Tracing the City Wall Creative Bicycle Rides”, promovido pelo CURB – Centro para a Arquitectura e Urbanismo, e que pretende revelar aos participantes as zonas antigas de Macau e o seu património através de passeios de bicicleta. Estes percursos têm orientação do arquitecto e fundador do CURB, Nuno Soares, revelando-se “uma nova perspectiva da cidade”. São fornecidos materiais informativos e também as bicicletas. Assim, entre as 10h e as 11h, será possível fazer o percurso “North City Wall”, na zona norte da península, que se repete depois à tarde entre as 16h e as 17h. Mais tarde, realiza-se o passeio pelo Porto Interior, intitulado “Inner Harbour Boundary”, entre as 11h30 e as 12h30 e ainda entre as 14h30 e as 15h30. Cada passeio terá um máximo de dez participantes. “On The Move” é descrito como um “projecto único que combina passeios de bicicleta, produções artísticas e um compromisso para com a comunidade”. Desta vez, são seguidas “as pegadas da antiga muralha da cidade de Macau e explorarão a muralha que, apesar de quase desaparecida, tem um profundo impacto na rede de tecido urbano de Macau”. O percurso “North City Wall” começa na Ponte 9, passando depois pela Fortaleza do Monte, a zona do Patane, o bairro de San Kio, com regresso depois à Ponte 9. Já o passeio pela zona do Porto Interior começa também na Ponte 9, seguindo-se depois pela Igreja de Santo António, Rua dos Mercadores, Rua da Alfândega, Praça de Ponte e Horta e regresso à Ponte 9.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Três mortes ligadas a ‘droga zombie’ As autoridades de Hong Kong confirmaram na sexta-feira terem suspeitas de que pelo menos três mortes estão relacionadas com uma nova droga sintética conhecida como ‘petróleo espacial’. Este narcótico, que é normalmente apresentado em cápsulas para cigarros electrónicos, contém etomidato, um anestésico que só pode ser prescrito por profissionais de saúde. Chong Yeow-kuan, consultor do Laboratório de Referência em Toxicologia do Centro de Controlo de Venenos de Hong Kong, disse numa conferência de imprensa que, na ausência de outras causas óbvias de morte, a detecção de etomidato nos corpos dos falecidos sugere uma ligação directa com o uso desta substância. O aumento da preocupação das autoridades com o ‘petróleo espacial’ deve-se também à subida nas detenções relacionadas com este composto, que cresceram quase 10 vezes em comparação com o ano anterior. Até ao final de Setembro, a polícia de Hong Kong tinha detido 98 pessoas em 60 processos, confiscando um total de 2.800 gramas e 510 ml do produto. Entre os detidos, 16 eram jovens com menos de 21 anos. Em todo o ano de 2023, apenas nove pessoas tinham sido detidas em ligação ao ‘petróleo espacial’. Esta droga é conhecida em Hong Kong como ‘droga zombie’ porque pode causar graves danos físicos e mentais, incluindo dependência, perda de memória, convulsões, perda de consciência e até morte, de acordo com o Comité de Acção contra as Drogas do governo da região chinesa. As autoridades decidiram tomar uma posição pública mais firme contra a utilização e o tráfico do ‘petróleo espacial’, sublinhando a urgência de atacar este problema de saúde pública. De acordo com a imprensa local, a polícia desmantelou um laboratório que produzia esta droga, apreendendo cerca de 1,5 quilogramas de etomidato, e deteve um homem de 20 anos. A polícia descreveu o laboratório como rudimentar e perigoso, alertando que o consumo de ‘petróleo espacial’ poderia facilmente levar a overdoses fatais.
Hoje Macau China / ÁsiaFrança | Pequim pede empenho para eliminação das taxas europeias sobre eléctricos O ministro chinês do Comércio, Wang Wentao, pediu ontem à ministra do Comércio Externo francesa, Sophie Primas, que “desempenhe um papel activo” para que as taxas impostas pela Comissão Europeia sobre veículos eléctricos chineses sejam removidas. Wang pediu à ministra que “mostre sinceridade” e procure uma “solução intermédia” com Pequim, durante uma reunião no domingo na megalópole oriental de Xangai, onde a sétima Exposição Internacional de Importação da China (CIIE) será inaugurada hoje, segundo um despacho da agência noticiosa oficial Xinhua. A investigação levada a cabo pelas autoridades europeias “afectou seriamente” a cooperação entre a União Europeia (UE) e o sector automóvel chinês, disse o ministro, que reiterou o seu apelo ao “diálogo e consulta” para resolver as fricções comerciais. Segundo a Xinhua, as equipas técnicas da UE e da China estão actualmente a realizar uma segunda ronda de consultas sobre as taxas alfandegárias aplicáveis sobre os automóveis eléctricos oriundos da China. Wang assegurou que as investigações anunciadas pela China em retaliação contra estas taxas – sobre brandy, produtos lácteos e carne de porco da UE – “cumprem as regras da Organização Mundial do Comércio”, e reiterou a sua oferta à Comissão Europeia para “procurar uma solução a este respeito”. De acordo com a Xinhua, Primas expressou a preocupação de Paris relativamente às investigações da China sobre o brandy e outros produtos, e garantiu que a França não quer que as tensões comerciais entre a China e a UE aumentem ainda mais. A França é considerada uma das principais defensoras da imposição de taxas sobre veículos eléctricos chineses, que entraram em vigor a 30 de Outubro e que prevêem taxas adicionais até 35,3 por cento.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Tripulação da estação espacial volta a casa após seis meses no espaço Três astronautas chineses regressaram ontem à Terra após uma estadia de seis meses na estação espacial Tiangong, no âmbito dos esforços da China para liderar a próxima era de exploração espacial. Um paraquedas aparou a descida da cápsula até uma zona de aterragem remota na região autónoma da Mongólia Interior. A tripulação emergiu depois de aterrar à 01:24 da manhã. Nos últimos anos, o programa espacial do país trouxe de volta rochas da Lua e colocou uma sonda em Marte. O próximo objectivo é pôr uma pessoa na Lua até 2030, o que faria da China a segunda nação a fazê-lo, depois dos Estados Unidos. Os astronautas da estação espacial regressaram após terem recebido na semana passada uma nova equipa de três pessoas para a última missão de seis meses. A nova equipa, composta por uma mulher e dois homens, vai realizar experiências, fazer caminhadas espaciais e instalar equipamento para proteger a estação de detritos espaciais. Um funcionário da agência espacial disse em Abril que a Tiangong teve que realizar várias manobras para evitar detritos e perdeu parcialmente a energia quando os cabos de energia da asa solar foram atingidos por detritos, de acordo com a agência noticiosa oficial Xinhua. A estação espacial Tiangong, que significa Palácio Celestial, foi concluída há dois anos e orbita a Terra. Programa exclusivo Até agora, apenas astronautas chineses foram para a estação espacial, mas um porta-voz da agência espacial disse na semana passada que a China está em discussões para seleccionar e treinar astronautas de outras nações para se juntarem às missões, informou a Xinhua. Astronautas de várias nações já viajaram para a Estação Espacial Internacional, mas a China está impedida de participar nesse programa, principalmente por causa das preocupações dos EUA sobre o envolvimento do Exército chinês no programa espacial do país. No mês passado, a China apresentou um plano ambicioso para se tornar líder na investigação científica espacial até 2050, em conjunto com os seus avanços na exploração espacial.