Hoje Macau PolíticaGoverno | Ho Iat Seng dirige “felicitações calorosas” a Sam Hou Fai O actual Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, endereçou “as suas calorosas felicitações” ao seu sucessor, Sam Hou Fai, pela nomeação oficial do Governo Popular Central para liderar o próximo Governo da RAEM, num comunicado divulgado na noite de sexta-feira. Ho Iat Seng considerou que “o facto de Sam Hou Fai ter sido eleito como o Chefe do Executivo (…) com um elevado número de votos demonstra a aceitação geral e amplo apoio de que goza junto dos diversos sectores da sociedade”, e que o seu sucessor “certamente conseguirá liderar a nova administração unida com toda a sociedade”. O “forte apoio” a Sam Hou Fai na organização da nova equipa governativa materializou-se num despacho assinado por Ho Iat Seng e publicado no Boletim Oficial, no qual o governante insta “os Gabinetes dos Secretários e os serviços e entidades públicas prestem todo o apoio à formação e aos trabalhos preparatórios do Sexto Governo da RAEM”. Para tal, Ho Iat Seng pediu “a mobilização de recursos humanos, alocação de material e apoio logístico, com vista a assegurar a conclusão ordenada e com sucesso dos trabalhos de transição do Governo”.
Hoje Macau China / ÁsiaAstraZeneca | Chefe de filial chinesa sob investigação O director da filial chinesa do gigante farmacêutico britânico AstraZeneca foi colocado sob investigação no país asiático, anunciou a empresa, após informações sobre alegada recolha ilegal de dados e importação de medicamentos não autorizados. O presidente da AstraZeneca China, Leon Wang, está “a cooperar com as autoridades chinesas no âmbito de uma investigação em curso”, lê-se no comunicado emitido pelo grupo na quarta-feira. “As nossas actividades na China continuam sob a liderança do actual director-geral da AstraZeneca China”, acrescentou. “Caso seja solicitada, a AstraZeneca cooperará plenamente com a investigação”, lê-se na mesma nota. A China é um mercado-chave para o grupo, que ganhou reconhecimento mundial durante a pandemia de covid-19 por ter desenvolvido uma das primeiras vacinas contra a doença. Em Setembro, a empresa confirmou que vários funcionários estavam a ser investigados na China. Esta informação veio na sequência de notícias de que os funcionários estavam a ser questionados sobre uma possível recolha não autorizada de dados e importação ilegal de medicamentos. As investigações levadas a cabo pelas autoridades de Shenzhen envolvem cinco pessoas de nacionalidade chinesa, algumas ainda empregadas pelo grupo e outras já não, segundo a agência de notícias financeiras Bloomberg. Uma das investigações está relacionada com a recolha de dados de pacientes, que as autoridades acreditam ter violado as leis chinesas de protecção da privacidade, de acordo com a Bloomberg, que citou pessoas próximas do caso. Outra investigação, envolve a importação de um medicamento contra o cancro do fígado que não foi aprovado na China continental, avançou a agência. A Astrazeneca, que tem sede em Cambridge, no Reino Unido, emprega 90 mil pessoas em todo o mundo.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Nove anos de prisão por manter relações com cinco vizinhas Um homem foi condenado a nove anos e seis meses de prisão na China por fraude, poligamia e roubo, depois de ter mantido durante quatro anos relações simultâneas com cinco mulheres que viviam no mesmo bairro. As mulheres não sabiam da existência umas das outras e foram vítimas de uma mentira elaborada que o arguido apoiou com falsas promessas de riqueza, noticiou o jornal local Jimu News. As investigações começaram quando duas das mulheres, identificadas como Xiao Jia e Xiao Hong, receberam chamadas da polícia sobre o envolvimento do seu “marido” num processo judicial. Ambas descobriram então que eram casadas com o mesmo homem, identificado como Xiao Jun. A queixa inicial levou à detenção de Xiao, que mais tarde confessou ter mais três parceiras e um total de dois filhos dessas relações. A investigação judicial revelou que o homem, residente na cidade de Jilin, no nordeste do país, utilizou perfis nas redes sociais e portais de jogos de computador para iniciar o contacto com as mulheres. Mostrou-lhes documentos falsos e fotografias de propriedades e veículos luxuosos para as fazer crer que era herdeiro de uma empresa familiar de sucesso, estratégia que lhe permitiu receber somas de dinheiro sob o pretexto de gastar em casas ou compras conjuntas. Xiao Jun apresentava-se como um homem de negócios, mas também como um funcionário com ligações em vários sectores. Para além da pena de nove anos de prisão, Xiao foi condenado a devolver às mulheres o dinheiro obtido com as burlas.
Hoje Macau China / ÁsiaPyongyang | Lançamento de míssil intercontinental confirmado O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, afirmou ontem que o lançamento de um míssil balístico intercontinental (ICBM) demonstra a “determinação de Pyongyang em contra-atacar”. O lançamento de quarta-feira é uma “medida militar apropriada destinada a alertar os rivais, que causaram uma escalada intencional da situação regional e recentemente representaram uma ameaça à segurança nacional”, disse Kim. Num comunicado citado pela agência de notícias oficial norte-coreana KCNA, o líder afirmou ainda que a Coreia do Norte “nunca mudará a sua estratégia de desenvolvimento das suas capacidades nucleares”. O comunicado confirmou que o projéctil testado era um ICBM, algo que já tinha sido avançado tanto pelo Estado-Maior Conjunto (JCS) da Coreia do Sul como pelo ministro da Defesa japonês, Gen Nakatani. Horas antes, Nakatani tinha dito que o míssil podia ter sido de um novo tipo, uma vez que a duração do voo, de 86 minutos, e a altitude máxima registada de mais de sete mil quilómetros excederam os dados de testes anteriores feitos pela Coreia do Norte. O ministro sublinhou ainda que a distância de voo foi estimada em cerca de mil quilómetros. A Guarda Costeira do Japão confirmou que o míssil caiu fora da zona económica exclusiva do país, a cerca de 300 quilómetros a oeste da ilha de Okushiri, na subprefeitura de Hokkaido, referiu a emissora pública japonesa NHK. O JCS disse que a Coreia do Norte poderia ter testado um novo míssil balístico de longo alcance com combustível sólido. Os mísseis com propulsores sólidos incorporados são mais fáceis de mover e esconder e podem ser lançados mais rapidamente do que as armas com combustível líquido. O porta-voz do JCS disse que o lançamento foi possivelmente agendado a pensar nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, marcadas para 5 de Novembro, numa tentativa de fortalecer o poder negocial da Coreia do Norte. Lee Sung Joon disse que o míssil norte-coreano foi lançado de um ângulo elevado, aparentemente para evitar os países vizinhos. Dedo apontado O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA condenou “de forma veemente” o teste e manifestou preocupação com os riscos de desestabilização da região. “Este lançamento constitui uma violação flagrante de múltiplas resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas”, disse Sean Savett, em comunicado. O lançamento ocorreu após uma reunião realizada em Washington entre os ministros da Defesa dos EUA e da Coreia do Sul, Lloyd Austin e Kim Yong-hyun, respectivamente. Nessa reunião, ambos os governantes condenaram o envio de tropas norte-coreanas para a Rússia, que, segundo Austin, já se tinham aproximado da frente ucraniana e estão equipadas com uniformes e materiais russos. A Coreia do Norte lançou vários mísseis balísticos de curto alcance a 18 de Setembro, um teste no qual afirmou ter testado com sucesso um novo projéctil tático, capaz de transportar uma grande ogiva.
Hoje Macau Eventos10 Marias | Diálogos artísticos em “28 Notas em Quarentena” Foi ontem apresentada na Livraria Portuguesa a exposição colectiva “28 Notas em Quarentena: Diálogos Interartísticos”, uma ideia original da académica Ana Saldanha, com ilustração de Raquel Pedro e fotografia de Yun Qiming. A iniciativa é da Associação Cultural 10 Marias. Segundo uma nota sobre o evento, este é um “diálogo artístico que une culturas e perspectivas de Macau, Portugal e China”. “A exposição apresenta as palavras evocativas de Ana Saldanha, complementadas pelas impressionantes ilustrações de Raquel Pedro e pelas fotografias instigantes de Yun Qiming. Juntos, os artistas criam uma rica tapeçaria de expressão que incentiva a reflexão sobre temas de isolamento, conexão e intercâmbio cultural”, lê-se ainda. Na Livraria Portuguesa aconteceu “uma noite de arte, cultura e conversa”, tendo-se criado a oportunidade de “conhecer os artistas, participar de discussões sobre os seus trabalhos e explorar as interseções dos seus respectivos meios”, tudo em prol de um maior “diálogo artístico”.
Hoje Macau EventosIC lança versão chinesa de livro sobre gastronomia macaense O Instituto Cultural (IC) acaba de editar a versão chinesa da obra “The Making of Macau’s Fusion Cuisine: From Family Table to World Stage (O Desenvolvimento da Gastronomia de Fusão de Macau: Da Mesa de Família ao Palco Mundial)”, da autoria de Annabel Jackson, antropóloga gastronómica, com o intuito de “promover e divulgar a Gastronomia Macaense, um item do património cultural intangível local, visando dar a conhecer a mais leitores a situação actual da gastronomia macaense, bem como a sua influência e história de difusão por toda a Ásia”. A culinária macaense, fruto da fusão da comida chinesa e portuguesa, mas também do sudeste asiático, expandiu-se a partir da época dos Descobrimentos, meados do século XIX. Assim, segundo uma nota do IC, “a gastronomia macaense é uma das mais antigas culinárias de fusão da Ásia, tendo evoluído para uma cultura gastronómica única ao longo de séculos de integração e desenvolvimento e constituindo um importante produto histórico de integração cultural”. Inscrita na Lista do Património Cultural Intangível de Macau em 2012, a gastronomia macaense “tem sido amplamente reconhecida na cidade”, descreve a mesma nota, onde se destaca que com o crescimento da diáspora macaense “as técnicas da culinária macaense vão-se difundindo pelo mundo, dando origem a uma gastronomia distinta com influência internacional”. Cozinha para o mundo A obra em questão nasce de uma investigação da autoria de Annabel Jackson, doutorada em Sociologia da Gastronomia pela Goldsmiths, Universidade de Londres, no Reino Unido. Através de inquéritos e entrevistas, a autora realizou um estudo aprofundado sobre a história e o desenvolvimento da gastronomia macaense, descrevendo o modo como esta partiu da produção quotidiana de alimentos num ambiente doméstico e se converteu numa gastronomia internacional, tanto simbólica como cerimonial. Annabel Jackson viveu em Hong Kong durante mais de duas décadas, tendo visitado frequentemente Macau e escrito extensivamente sobre a cultura alimentar da cidade. A versão chinesa de “The Making of Macau’s Fusion Cuisine” foi traduzida por Stephanie Li, Swallow Xu e Fraser Lee. A obra está à venda por 180 patacas na livraria online do IC.
Hoje Macau EventosCamões | 500 anos celebrados em Macau e em vários continentes José Augusto Bernardes, comissário das comemorações dos 500 anos do poeta português Luís de Camões, disse à Lusa que existe uma forte memória do autor de “Os Lusíadas” em Macau e que tem contactado com entidades educativas locais. Bernardes deu ontem uma palestra na Fundação Rui Cunha Os 500 anos do nascimento de Luís de Camões serão celebrados sobretudo em Portugal, mas a Estrutura de Missão pretende alargar as iniciativas a outros países e territórios, como Marrocos, Moçambique, Índia e Macau. “O roteiro camoniano será tido em conta na medida do possível”, afirmou ontem o comissário-geral das comemorações, José Augusto Bernardes, à agência Lusa, mencionando os lugares de África, Oriente e Extremo Oriente onde Camões esteve, no século XVI. Até à próxima semana, o investigador está em Macau a convite da Universidade de Macau e de outras entidades do território. “Tive encontros com estudantes e com o público em geral. Permito-me destacar a visita que efectuei à Escola Portuguesa e a oportunidade muito gratificante de nela poder falar de Camões a jovens macaenses”, adiantou, para salientar que Macau acolheu este ano um congresso sobre Camões e que outro vai acontecer em Moçambique, em 2025. Segundo o comissário-geral, “a chamada rede externa, envolvendo as cátedras e várias universidades onde o português tem presença significativa, tem estado bastante activa”, com diversas realizações. “Em Macau, a memória e o apreço por Camões são especialmente intensos. Camões está por todo o lado, na chamada Gruta, desde logo, mas também na toponímia e na memória dos habitantes que se exprimem em português”, destacou. Na RAEM, o responsável máximo da Estrutura de Missão encontrou “bons projetos em fase adiantada de execução”. “Tocou-me o plano de uma edição bilingue de ‘Os Lusíadas’, ilustrada por artistas chineses e portugueses, promovida pelo Consulado de Portugal em Macau e Hong Kong”, declarou. Embora a maioria dos eventos aconteça em Portugal, “não esqueceremos as comunidades portuguesas” pelo mundo, “nem os países de língua oficial portuguesa”, assegurou José Augusto Bernardes. “Tenho a ambição de poder fazer o mesmo que em Macau nas outras escolas portuguesas espalhadas pelos diferentes continentes. Para esse e para outros fins, conto com a ajuda de outros e outras colegas”, disse. Um extenso programa O programa comemorativo do V Centenário do Nascimento de Luís de Camões abrange “actividades com maior visibilidade e outras que, embora igualmente importantes, não gozam do mesmo impacto público”. O comissário-geral destacou a realização de “Um dia para Camões” em cada capital de distrito e nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira. “Em alguns casos, conta com a participação de escritores, alguns galardoados com o Prémio Camões. Noutros casos, esse dia insere-se em actividades culturais como feiras do livro ou outro tipo de certames culturais”, informou. “O objectivo será sempre implicar públicos jovens, levando-os a reagir à mensagem de Camões naquilo que ela tem de atual e agregador”, disse o comissário-geral. Estão igualmente previstas “iniciativas mais convencionais”, como congressos e exposições fixas ou itinerantes, tanto em território nacional como no estrangeiro. “Uma delas terá lugar em Paris, na sede da UNESCO, outra na Biblioteca Nacional de Madrid. De uma maneira ou de outra, todas terão vocação didáctica e serão comissariadas por camonistas”, referiu. A Estrutura de Missão “promoverá directamente dois grandes congressos”: uma reunião internacional de camonistas, na primavera de 2026, em Lisboa, e um congresso sobre o ensino de Camões, em Coimbra, no outono de 2025. Criado “sítio Camões” “A figura do poeta tem vindo a desempenhar um papel agregador ao longo dos séculos e na pluralidade dos espaços e das culturas em que se fala a nossa língua”, realçou o catedrático. Entretanto, será construído um “sítio de Camões”, reunindo “informação qualificada” sobre a vida e a obra do poeta, funcionando como “lugar fiável e certificado para Camões no mundo das plataformas e da informação” disponível na Internet. As comemorações do quinto centenário do nascimento de Luís de Camões arrancaram oficialmente no passado dia 10 de Junho, com uma programação a estender-se até 10 de Junho de 2026, a difundir em pormenor. A grande exposição na Biblioteca Nacional de Portugal, segundo o anúncio do ministério de Dalila Rodrigues, será intitulada “Revisitar Camões”. Exposições bibliográficas itinerantes terão por alvo as escolas do 2.º e 3.º ciclos dos ensinos básico e secundário; outra, em parceria com o instituto Camões, será a que vai percorrer Goa, Macau, a Ilha de Moçambique e outros pontos do mundo onde se ensina a língua portuguesa.
Hoje Macau China / ÁsiaPMI | Actividade industrial volta a crescer na China A actividade da indústria transformadora da China aumentou em Outubro, pela primeira vez em cinco meses, segundo o Índice de Gestores de Compras (PMI) divulgado ontem. De acordo com o Gabinete Nacional de Estatística (NBS) chinês, o PMI situou-se em 50,1 pontos, em Setembro, contra 49,8 pontos, no mês anterior, e ligeiramente acima das expectativas dos analistas, que apontavam para os 50 pontos. Neste indicador, um valor acima do limiar de 50 pontos representa um crescimento da actividade no sector, em comparação com o mês anterior, enquanto um valor abaixo desse limiar representa uma contracção. Entre os cinco subíndices que compõem o PMI da indústria transformadora, o único que reflectiu o crescimento da actividade foi o da produção, com as novas encomendas – a principal medida da procura – a manterem-se ao mesmo nível do mês anterior e as reservas de matérias-primas, o emprego e os prazos de entrega ainda abaixo dos 50 pontos, embora com descidas mais ligeiras. O estatístico do NBS, Zhao Qinghe, atribuiu a recuperação do PMI da indústria transformadora ao pacote de medidas de apoio anunciado pelas autoridades chinesas e ao “surgimento gradual dos efeitos” de iniciativas anteriormente anunciadas. Zhao destacou sectores como o automóvel, a maquinaria eléctrica e o equipamento geral, mas ressalvou que a procura ainda é insuficiente noutros sectores, como a transformação de madeira, produtos químicos e minerais não metálicos. O analista sublinhou que a confiança no sector subiu dois pontos em relação ao mês anterior, para 54 pontos, atingindo o nível mais alto em quase quatro meses.
Hoje Macau China / ÁsiaVendas da BYD superam pela primeira vez as da Tesla A maior fabricante de veículos eléctricos chinesa, a BYD, registou, pela primeira vez, receitas superiores às da rival norte-americana Tesla, apesar de a guerra de preços na China ter prejudicado as margens de lucro. As receitas da BYD no terceiro trimestre ascenderam a 201 mil milhões de yuan, ultrapassando os 25,2 mil milhões de dólares em vendas que a Tesla reportou na semana passada. O fabricante chinês de automóveis vendeu um recorde de 1,1 milhão de carros entre Julho e Setembro, impulsionado por novos subsídios atribuídos pelo Governo chinês para a compra de veículos eléctricos. O aumento de 24 por cento nas vendas foi, no entanto, alcançado às custas de uma queda das margens brutas da BYD, de 22,1 por cento, no ano passado, para 21,9 por cento no terceiro trimestre. O lucro líquido fixou-se em 11,6 mil milhões de yuan, um aumento de 11,5 por cento, em termos homólogos. Em vez de oferecer descontos directamente, a BYD lançou nos últimos meses modelos de gama mais alta equipados com características mais avançadas a preços mais baixos do que as versões antigas. Esta estratégia ajudou a BYD a consolidar a liderança no mercado, numa altura de concorrência feroz, mas fez baixar o lucro líquido do grupo por veículo, de acordo com analistas. Novos caminhos A guerra de preços no maior mercado automóvel do mundo está a afectar as margens de lucro das marcas chinesas e dos fabricantes de automóveis estrangeiros. Devido a um elevado nível de integração vertical, incluindo o controlo sobre a produção de baterias e ‘chips’ semicondutores, a margem bruta da BYD de 21,9 por cento ainda está muito à frente dos 17 por cento da Tesla e dos rivais chineses Zeekr, com 14,2 por cento, e Xpeng, com 6,4 por cento. Analistas defenderam que a expansão no estrangeiro será fundamental para o crescimento futuro da BYD, num contexto de crescente proteccionismo ocidental. Na terça-feira, a União Europeia (UE) decidiu impor taxas alfandegárias adicionais de 17 por cento sobre as importações de veículos eléctricos da BYD, para além das taxas de 10 por cento já existentes. Apesar de a BYD ter aberto recentemente uma fábrica na Tailândia – a primeira base de produção fora da China – as vendas no estrangeiro representaram apenas 7,9 por cento do total das vendas mensais em Setembro, face a 9,8 por cento no ano anterior.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Tufão Kong-rey faz um morto e 73 feridos O poderoso tufão Kong-rey fez ontem um morto e 73 feridos em Taiwan, onde ditou o encerramento de escolas e escritórios e a mobilização de dezenas de milhares de tropas. O tufão, acompanhado de rajadas de 184 quilómetros por hora e de chuvas torrenciais, atingiu por volta do meio-dia o sudeste de Taiwan, a parte menos povoada da ilha, que tem 23 milhões de habitantes. Mesmo antes da sua chegada, foram observadas ondas de 10 metros de altura e pelo menos 27 pessoas ficaram feridas devido ao mau tempo, que causou deslizamentos de terra, informou a Agência Nacional dos Bombeiros, sem fornecer mais pormenores. Inicialmente descrito como o tufão mais poderoso do ano, Kong-rey tem agora a mesma intensidade que o tufão Gaemi, a tempestade mais forte a atingir Taiwan nos últimos oito anos, quando chegou em Julho. Com um raio de 320 quilómetros, Kong-rey é considerado o mais extenso a atingir Taiwan em quase 30 anos. Escolas e escritórios foram ontem encerrados em Taiwan, enquanto os moradores se preparavam para a tempestade. O gigante tecnológico taiwanês TSMC declarou que tinha “activado os procedimentos habituais de preparação para o tufão” nas suas fábricas de circuitos integrados e que não esperava qualquer “impacto significativo” na sua actividade. As ruas de Taipé, atingidas por chuvas e ventos fortes, estavam ontem praticamente desertas. Os meteorologistas alertaram para os ventos “destruidores” do Kong-rey e cerca de 35.000 soldados estão a postos para ajudar nos esforços de socorro. Mudam-se os tempos Na quarta-feira, dezenas de serviços de transporte por barco e voos domésticos foram cancelados e as autoridades ordenaram evacuações em oito condados e cidades, incluindo Yilan, Hualien e Taitung. De acordo com Chu Mei-lin, da Administração Meteorológica Central, a tempestade deverá enfraquecer quando atingir a costa e deslocar-se em direcção às montanhas centrais antes de atravessar o Estreito de Taiwan, o que deverá afectar “severamente” a ilha. O ministro do Interior, Liu Shyh-fang, mostrou-se preocupado com o destino de dois turistas checos que faziam caminhadas no desfiladeiro de Taroko, perto de Hualien, e que não conseguiram ser contactados por telemóvel na quarta-feira. Taiwan está habituada a tempestades tropicais, que são frequentes entre Julho e Outubro, mas é “invulgar que um tufão tão poderoso atinja a ilha tão tarde no ano”, observou o meteorologista Chang Chun-yao. Segundo os cientistas, as alterações climáticas estão a aumentar a intensidade dos tufões, com chuvas torrenciais, inundações repentinas e rajadas de vento muito fortes. Kong-rey será o terceiro tufão a atingir Taiwan desde Julho. Este Verão, o Gaemi matou 10 pessoas e feriu centenas, provocando inundações generalizadas na cidade de Kaohsiung, no sul do país. A este tufão seguiu-se o Krathon, que varreu o sul de Taiwan no início de Outubro, provocando ventos destruidores, inundações e deslizamentos de terras que causaram pelo menos quatro mortos e centenas de feridos.
Hoje Macau SociedadeTroca de dinheiro | Homem arrisca cinco anos de prisão A Polícia Judiciária (PJ) anunciou a detenção de um homem do Interior, que se suspeita que estivesse a trocar dinheiro de forma ilegal para o jogo nos casinos do território. O caso foi revelado ontem, através de uma conferência de imprensa, e é a segunda ocorrência do género a ser anunciada em dois dias, depois de ter entrado em vigor a nova lei que criminaliza esta prática. De acordo com a informação citada pelo Jornal Ou Mun, o detido faz parte de um grupo que se dedica a trocar dinheiro para o jogo, e quando foi feita a detenção, teria acabado de trocar 19.845 renminbis por 21.000 dólares de Hong Kong em fichas. Questionado pelas autoridades, o detido confessou ter 40 anos e estar desempregado. A entrada em Macau aconteceu a 23 Outubro, com o propósito de trocar dinheiro. Como parte da operação, a PJ apreendeu também 46.900 dólares de Hong Kong em fichas e 500 dólares de Hong Kong em dinheiro, além do telemóvel do suspeito. De acordo com a lei que entrou em vigor no passado dia 29 de Outubro, a troca de dinheiro é um crime que pode ser punido com uma pena de cinco anos de prisão. Além disso, todos os bens confiscados aos detidos são considerados perdidos a favor da RAEM. A mudança da lei aconteceu depois de as autoridades locais terem sido pressionados pelo Interior, através de um comunicado do Ministério da Segurança Pública, que considerou as trocas de dinheiro em Macau, um dos principais desafios à segurança.
Hoje Macau SociedadeAeroporto | Menos 12 mil voos face a 2019 Entre Janeiro e Setembro, o Aeroporto Internacional de Macau (AIM) registou 42.400 voos comerciais, o que significa uma redução de 22,5 por cento, face ao período homólogo de 2019. Esta é uma diferença de 12.325 voos, dado que no último ano pré-pandemia o AIM tinha registado 54.725 voos comerciais. Quando a comparação é feita com o ano de 2023, os números mostram um aumento 57,8 por cento, ou de 15.537 voos, uma vez que nos primeiros nove meses de 2023 tinham sido contabilizados 26.863 voos comerciais. Só no mês de Setembro, o número de voos comerciais foi de 4.147, um aumento de 20,7 por cento em comparação com Setembro do ano passado, quando se realizaram 3.437 voos. Também neste aspecto, os números de Setembro estão longe de ser alcançados, dado que existe uma diferença de 44 por cento. Em Setembro de 2019, registaram-se 5.972 voos comerciais, mais 1.825 voos do que no mês passado.
Hoje Macau SociedadeFronteiras | Número de travessias deste ano ultrapassou 2023 A Estação Geral de Inspecção Fronteiriça de Zhuhai anunciou que até à passada terça-feira, o número de travessias fronteiriças através dos postos de Gongbei, Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, Hengqin, Qingmao, Wanzai, Porto de Zhongshan e Porto de Jiuzhou ultrapassou 165 milhões, ou seja, o volume verificado ao longo de todo o ano passado. Segundo o jornal de Guangdong, Yangcheng Evening News, durante este ano até terça-feira, o número de passagens bateu o recorde diário seis vezes, com o dia de maior tráfego a acontecer a 24 de Agosto, quando se registaram cerca de 722,8 mil travessias. Quanto ao volume de visitantes transfronteiriços, o posto de Gongbei registou 92,85 milhões de pessoas ao longo do ano, um aumento de 13,6 por cento face ao mesmo período do ano passado. O Posto Fronteiriço da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau registou o maior crescimento anual (80,9 por cento), com um total de 22,23 milhões de travessias. Até à passada terça-feira, a fronteira entre Hengqin e Macau foi atravessada 18,43 milhões de vezes, fluxo que representou um aumento de 39,6 por cento. No Posto Fronteiriço de Qingmao foram contabilizadas 29,03 milhões de travessias, mais 31,2 por cento em termos anuais.
Hoje Macau PolíticaDSOP | Segundo viaduto da Península para Zona A entregue O segundo viaduto de acesso entre a Península de Macau e a Zona A dos Novos Aterros foi entregue pelo empreiteiro à Direcção dos Serviços de Obras Públicas (DSOP), de acordo com a informação oficial. Nesta altura, ainda não há uma data para a abertura da ligação entre a Avenida 1.º de Maio, junto da Estação de Tratamento de Águas Residuais em Macau, e a Avenida Ma Man Kei, na Zona A dos Novos Aterros, cuja a entrega é considerada provisória. O viaduto tem duas vias de trânsito, uma em cada sentido, e um comprimento total de 500 metros, de acordo com o portal da DSOP. Além disso, as obras previam uma passagem aérea para peões com cerca de 300 metros de comprimento e 5 metros de largura, que vai fazer a ligação ao Reservatório. Os principais trabalhos de construção foram adjudicados à Companhia de Construção Cheong Kong, a troco de 213,7 milhões de patacas. Esta foi uma das 15 participantes no concurso público que teve como proposta mais baixa a apresentada pelo consórcio constituído pelas Empresa de Construção e Fomento Predial Nam Fong, Limitada e a Tat Cheong, de 186,0 milhões de patacas, e a mais alta de 233,9 milhões de patacas, apresentada pelo consórcio constituído pelas empresas Jing Jian Gong Group (Macau) e Eternity.
Hoje Macau PolíticaGrande Baía | Ho Iat Seng sublinha metas de Macau Macau vai aproveitar “ainda mais” as oportunidades trazidas pela Grande Baía e a zona de cooperação em Hengqin, reiterou ontem Ho Iat Seng. O Chefe do Executivo lembrou as palavras de Xi Jinping sobre a promoção do “desenvolvimento de alta qualidade através da abertura de alto nível” Alto nível e alta qualidade. Estes dois conceitos voltaram a marcar o tom do discurso que o Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, proferiu ontem na 3.ª Feira do Comércio de Serviços da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau. Num discurso em formato virtual, o líder do Governo da RAEM salientou que a edição deste ano do evento, focado no comércio de serviços digitais, tem como objectivo “criar uma plataforma de intercâmbio digital, uma plataforma de exibição de exposições e uma plataforma de articulação de recursos para a cooperação comercial de serviços da Grande Baía”. Como tal, o evento alinha-se com as metas traçadas para o projecto de integração, através da articulação de instituições e mecanismos “para a abertura de alto nível da Grande Baía”. O líder do Governo de Macau, começou por recordar que este ano acontece o duplo aniversário da “celebração do 75.º aniversário da Fundação da Nova China e o 25.º aniversário do Regresso de Macau à pátria”. Os objectivos estabelecidos por Pequim para a RAEM foram outro ponto de destaque do discurso de Ho Iat Seng. “Macau irá aproveitar ainda mais as oportunidades da construção da Grande Baía e da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin”. Para tal, o território irá seguir o seu posicionamento enquanto «Um Centro, Uma Plataforma e Uma Base», integrar activamente na conjuntura do desenvolvimento nacional”. Até ao limite Ho Iat Seng não esqueceu o papel da RAEM nas missões nacionais. Assim sendo, o dirigente apontou que o Executivo irá “elevar constantemente o estatuto e a função de Macau no desenvolvimento económico nacional e na abertura do país ao exterior, no sentido de servir melhor o país na abertura de alto nível e no desenvolvimento de alta qualidade”. O Chefe do Executivo lembrou que, no mês passado, na carta de felicitações à Feira Internacional de Comércio de Serviços da China 2024, o Presidente Xi Jinping salientou que a China “melhorará as instituições e os mecanismos para a abertura de alto nível”, aderindo às “regras económicas e comerciais internacionais de alto padrão”. Ho Iat acrescentou que Macau, enquanto “uma das quatro principais cidades da Grande Baía”, se tem empenhado “na implementação da estratégia de desenvolvimento da diversificação adequada da economia”, em especial os quatro sectores estabelecidos como prioritários.
Hoje Macau PolíticaFinanças | Registada “subscrição excessiva” de obrigações da China Foram ontem emitidas as obrigações nacionais em renminbi por parte do Ministério das Finanças da República Popular da China em Macau, tendo sido registada uma “subscrição excessiva”, segundo uma nota oficial. As obrigações, no valor de cinco mil milhões de renminbi, são destinadas a “investidores profissionais”, sendo que três mil milhões de renminbi de obrigações foram emitidas com prazo de dois anos e uma taxa de juro de 1,83 por cento, enquanto que as outras duas mil milhões de renminbi de obrigações foram emitidas com prazo de cinco anos e uma taxa de juro de 2,05 por cento. A mesma nota explicita que, até à data, “o volume acumulado das obrigações emitidas pelo Ministério das Finanças em Macau atingiu 15 mil milhões de renminbi”. Para as autoridades, a “emissão contínua de obrigações em renminbi em Macau permitirá a optimização contínua do mecanismo de emissão regular de obrigações, contribuindo para a gradual construção de uma curva de rendimentos em Macau, a expansão do âmbito de investidores e a promoção da interligação do mercado obrigacionista de Macau com o mercado internacional”. Tal acção, que pretende fomentar o mercado financeiro local, visa promover também “o desenvolvimento do mercado ‘offshore’ de renminbi e mercado obrigacionista em Macau”.
Hoje Macau SociedadePorto Business School organiza visita para explorar negócios na China A Porto Business School (PBS) está a organizar uma viagem a Macau e Hong Kong para quem quer explorar oportunidades de negócios na China, ainda “pouco conhecida” dos empresários portugueses, disse ontem o dirigente da instituição. “O mercado é complexo em termos culturais e regulamentares e tem grandes diferenças entre províncias, que importa conhecer. Implica visitas regulares e a criação de relacionamentos fortes com os clientes ou parceiros locais para a conquista de confiança”, afirmou à Lusa o responsável da PBS, José Esteves. É precisamente para adquirir “uma compreensão mais profunda” deste mercado e das “especificidades de Hong Kong e Macau” que a Escola de Negócios da Universidade do Porto promove, entre 17 e 23 de novembro, a semana internacional “Explorar Negócios na China”, nas duas regiões administrativas especiais chinesas. “Esta imersão pode ser crucial para entender a realidade e perceber como Hong Kong e Macau se podem posicionar num processo de internacionalização para o mercado”, notou, numa mensagem escrita. A experiência, continuou José Esteves, destina-se a profissionais, empresários e empreendedores que querem explorar oportunidades no país asiático “e fortalecer as capacidades de negócios internacionais e interculturais”, bem como a estudantes da PBS que “desejam compreender os desafios e oportunidades da região”. A ideia passa também por “promover uma visão global mais abrangente, para lá da Europa e dos Estados Unidos”. Palestras e cultura À Lusa, o responsável referiu ainda que ainda “são poucas” as empresas portuguesas com histórias de sucesso no mercado chinês. “O caso de Macau é particular, pela ligação de vários séculos, mas a China continental é ainda pouco conhecida. No entanto, conhecemos casos de empresas portuguesas de vários sectores que conseguiram encontrar o seu espaço e se posicionaram muito bem no mercado, até em sectores ditos mais tradicionais, como o alimentar ou os têxteis”, referiu. Esta edição vai contar com participantes de empresas e instituições de Portugal, Irlanda e Timor-Leste, e de vários sectores, como banca, seguros, educação, tecnologia e têxteis. Palestras sobre a economia chinesa, o comércio electrónico e o comportamento do consumidor, visitas a empresas locais e um passeio cultural em Macau são alguns dos programas do evento, promovido em colaboração com a Universidade de Hong Kong, a Universidade de Macau e a Universidade da Cidade de Macau.
Hoje Macau SociedadeCooperação tecnológica com Pequim precisa de aposta em línguas, segundo universidade brasileira Um dirigente da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) assumiu ontem que a cooperação tecnológica com a China “é fundamental” para o Brasil, mas que é necessário reforçar o estudo das línguas portuguesa e chinesa. “Temos muito interesse em aumentar as relações tecnológicas com a China e para isso nós precisamos de uma comunicação mais efectiva”, disse o vice-reitor para a Graduação da Unicamp, Ivan Felizardo Contrera Toro, à Lusa, à margem do 3.º Fórum dos reitores das instituições do ensino superior da China e dos países de língua portuguesa, que teve início ontem e acabará hoje, em Macau. Apesar da Unicamp, no sudeste brasileiro, oferecer cursos de língua chinesa e receber alunos da China para programas de português, “há muito que melhorar, que acrescentar e expandir essa relação”, notou o responsável. Dos 20 mil alunos de graduação e 16 mil de estudos pós-graduados da Universidade Estadual de Campinas, “muito poucos” têm a possibilidade de ir para a China, acrescentou, salientando que também “muito poucos alunos chineses vão para o Brasil”. É este intercâmbio de estudantes e professores, em áreas como “línguas, educação e tecnologia”, que o memorando de entendimento, agora assinado entre a universidade brasileira e a Universidade da Cidade de Macau, pretende reforçar. “Ainda temos algumas etapas legais a fazer, mas será de extrema importância para a minha universidade e espero também que para o intercâmbio entre a língua portuguesa e chinesa no Brasil e na China”, referiu. Macau é chave No que diz respeito à cooperação na área da tecnologia, o dirigente afirmou que tem sido feito trabalho nas áreas da Indústria Química, Informática, “principalmente Inteligência Artificial”. Mas Toro, que é cirurgião torácico, disse acreditar que na área médica, onde ainda não há trabalho conjunto, há “um futuro muito grande a percorrer”, seja “no trabalho com robôs de ajuda médica, que a China está desenvolvendo”, ou na concepção de medicação. “A China é um país que tem um desenvolvimento extremamente importante, mas principalmente nós podemos caminhar muito no desenvolvimento sustentável, numa cultura de relações que levem à paz. O Brasil e a China têm um papel muito grande e esse papel tem que ser iniciado pelas universidades”, disse, salientando que o trabalho de Brasília com Pequim no sector tecnológico “é fundamental”. O vice-reitor da Unicamp afirmou ainda que Macau desempenha “um papel enorme” na aproximação entre Brasil e China, sendo a organização de eventos como este Fórum “extremamente importante” para a universidade. “A oportunidade de existir um pedaço da China que tenha a língua portuguesa como uma das línguas principais é fundamental e vai ser de grande valia para nós”, disse aos jornalistas.
Hoje Macau EventosLiteratura | “ALUA”, livro bilingue, lançado domingo Será apresentado no próximo domingo, a partir das 15h, na Casa Nostalgia das Casas-museu da Taipa, o livro bilingue “ALUA”. O lançamento está integrado na Exposição de Livros Ilustrados em Chinês e Português do 6.º “Encontro em Macau – Festival de Artes e Cultura entre a China e os Países de Língua Portuguesa”. A edição é publicada pelo Instituto Internacional de Macau (IIM), com o patrocínio do Fundo de Desenvolvimento da Cultura. O livro destina-se a um público mais jovem, “ALUA” é uma adaptação de “O Sapo de Pedra de Láp-K’âp”, publicado no antigo jornal português “Notícias de Macau” e também na edição chinesa do IIM, “Lendas Chinesas de Macau”, da autoria de Luís Gonzaga Gomes, autor, sinólogo e docente. A obra, que inclui a história contada em chinês e traduzida para português, foi elaborada por Chloe Wong, autora, licenciada em Educação Básica pela Universidade de Macau. A autora trabalha na área da educação artística, recorrendo a diferentes métodos de comunicação que inspiram a expressão e criatividade artísticas nas crianças. Por sua vez, a ilustradora Mira Lau possui trabalhos já publicados com livros ilustrados. Chloe Wong espera assim expressar uma história dedicada a uma das lendas chinesas de Macau, onde procura passar uma mensagem de bondade, companheirismo e amor, refere o IIM, em comunicado.
Hoje Macau EventosFRC | Exposição de Julia Lam inaugurada A Fundação Rui Cunha (FRC) inaugurou ontem mais uma exposição. Trata-se de “Superflat”, de Julia Lam Tsz Kwan, artista e curadora de arte local, formada pela Academia de Belas Artes da Universidade de Tsinghua, em Pequim. A artista deu os primeiros passos através da tradicional composição em aguarela e, desde 2020, tem vindo a apostar na arte pós-impressionista, com outras técnicas e materiais. A mostra foi organizada em parceria com a Associação de Arte Juvenil de Macau e Associação dos Artistas de Macau, e inclui 10 pinturas de edifícios emblemáticos no território, recriados a partir de técnicas de pintura, estampagem e sobreposição de tinta acrílica sobre tela. Segundo o manifesto da mostra, “este método criativo de aspersão de tinta por aplicações sucessivas deriva da lógica tradicional de composição em aguarela”. Os dez trabalhos “representam um conjunto de ícones culturais visuais urbanos, como o Hotel Estoril, o Mercado Vermelho, o Cais 16 ou o Antigo Tribunal da Praia Grande. Ao reiterar o seu significado histórico, a artista espera despertar a atenção do público para estes marcos da cidade e, por isso, cada obra recebe o nome do ano em que o edifício foi concluído”, refere ainda o texto da mostra. Com “Superflat” mostra-se “não só a auto-exploração mais recente de Julia Lam, mas também uma resenha da sua transformação artística”, significando “um regresso à essência das coisas, transcendendo o ego e abrindo um horizonte mais vasto à sua próxima metamorfose”. As obras vão estar expostas até ao dia 9 de Novembro.
Hoje Macau EventosArtistas asiáticos expõem no Lisboeta até 17 de Novembro A galeria Humarish Club, situada no Lisboeta Macau, no Cotai, apresenta até ao próximo dia 17 de Novembro a exposição colectiva “The One Less Traveled By”, que inclui obras de cinco artistas emergentes da Ásia. Segundo uma nota da organização, “os artistas utilizam a sua linguagem artística única para analisar cada momento mais sensível da vida, comunicando os seus pensamentos e filosofias pessoais através das suas telas”. Nomes como Wang Jinbo, que apresenta “pinturas serenas”, ou Minami Kitabayashi, que “preenche a escuridão com florestas imaginárias”, estarão presentes nesta exposição, tal como o de June Hee, que “questiona a consciência e a realidade”. Wu Shi dedica-se a utilizar materiais como a areia e pedra nas suas obras, que revelam histórias pessoais e “transitoriedade”, enquanto Shek “continua os símbolos e a sintaxe do graffiti na tela”. Um artista, uma mensagem Wang Jinbo, nascido em Hebei em 1992, é licenciado pelo Instituto de Belas Artes de Sichuan, possuindo ainda um mestrado em pintura a óleo. A sua obra é pautada por uma “luz cintilante, que é a linguagem artística única” do artista, que expressa “o seu medo profundo de socializar, ou o medo das pessoas contemporâneas”. “A transformação das figuras sempre foi uma expressão artística da sua exploração e descoberta de si próprio, que são eufemísticas e ligeiramente distorcidas, tentando o artista encontrar o estado que seja o mais confortável para si. Ao observar a situação actual da sociedade e ao reflectir sobre o carácter e os atributos dos seres humanos, o artista explora o seu próprio interior e obtém a compatibilidade consigo próprio”, é referido. Por sua vez, Minami Kitabayashi, artista japonesa, é formada na Universidade de Arte de Musashino em 2016 com um bacharelato em Pintura a Óleo, tendo também estudado no Instituto de Artes da Indonésia de Yogyakarta de 2019 a 2021. A sua obra é pautada pela presença de “florestas exuberantes, figuras solitárias e animais”. “Ela pinta florestas imaginárias para preencher a escuridão, para a tornar habitável, e não para a cobrir e ignorar. Kitabayashi pinta este tema há muito tempo porque acredita que, se as pessoas se aperceberem de que cada um tem a sua própria escuridão, podemos dar a mão a alguém com facilidade. As suas pinturas são o seu refúgio e podem ser uma arma suave para sobreviver neste mundo complicado”, é referido. June Hee, artista nascida em Shenzhen, vive e trabalha em Xangai, tendo estudado artes em França e Londres. “O trabalho de June, na maioria a óleo e aguarelas, gira em torno do tema da ‘consciência’ e tenta explorar as incríveis emoções na junção da imaginação com a realidade da vida.” Por sua vez, Wu Shi é natural de Liaoning, sendo que o trabalho da artista “não é tanto uma expressão do seu modo de estar, mas mais um registo das fases da vida que nos vão acontecendo do ponto de vista de Deus”, é descrito na mesma nota. SHEK, o último artista integrante da mostra, nasceu na província de Fujian em 1989, trabalhando sobretudo com as áreas do graffiti e design.
Hoje Macau EventosAMAGAO | Nova exposição para ver até 24 de Novembro Chama-se “Novos Horizontes da Arte Contemporânea Chinesa” e é mais uma mostra que pode ser vista em Macau durante o mês de Novembro. Porém, esta exposição promete ser especial, por ser fruto de uma parceria entre a galeria AMAGAO e a galeria “SOEMO”, sediada em Pequim. O público poderá ver obras de 17 artistas do Interior da China A galeria AMAGAO, situada no hotel Artyzen Grand Lapa, tem patente, até 24 de Novembro, uma nova exposição em que a arte chinesa é o foco principal. A mostra intitula-se “Exposição Novos Horizontes da Arte Contemporânea Chinesa” e nasce da parceria entre a AMAGAO e a galeria “SOEMO”, em Pequim. O público poderá, assim, ver um total de 40 obras, nomeadamente esculturas e pinturas de 17 artistas do interior da China, nomeadamente de Fang Hui, Gao Feng, Li Yueling, Liu Yujun, Ma Yongquinang, Pang Yongjie, Shi Lifeng, Shuai Ying, Wu Dawei, Xu Dawei, Xue Liming, Yin Jun, Yin Kun, Yu Xiaoyu, Zhang Yongping, Zhen Hongxiang e Zhou Jinghua. Segundo um comunicado, José Duarte e Lina Ramadas, dois dos fundadores da AMAGAO, dizem “acreditar na continuidade e inovação”. “Através desta exposição, esperamos oferecer ao público de Macau uma pequena amostra da riqueza e da diversidade da arte contemporânea chinesa, testemunhando os esforços e realizações dos artistas enquanto navegam entre a tradição e a inovação. A exposição é uma troca significativa de ideias e culturas”, lê-se ainda. Novas roupagens Esta mostra revela também o trabalho que a “SOEMO” tem desenvolvido nos últimos 16 anos ao identificar “artistas contemporâneos emergentes e talentosos de cidades como Pequim, Chongqing e Chengdu, partilhando as suas obras com o mundo”. A nova parceria entre as duas galerias visa mostrar “uma visão partilhada de união entre o Oriente e o Ocidente através das artes e da cultura”. Na criação destas obras, os 17 artistas “utilizaram técnicas contemporâneas para actualizar as suas interpretações ou imaginações em torno de obras de arte ou motivos mais antigos, por vezes mesmo antigos, dando novos tons a alguns dos temas mais antigos da arte chinesa”. Estes artistas ultrapassaram, assim, “os limites do pensamento convencional, explorando as intersecções do passado e do presente, projectando as suas visões para o futuro através da arte”, descreve o Artyzen Grand Lapa noutra nota. Um dos trabalhos em destaque é “Reading”, de Fang Hui, “uma pintura a óleo de uma rapariga chinesa tradicional com tranças a ler um livro”. Porém, o rosto desta rapariga “está pintado com uma tonalidade verde, sendo um retrato vívido e não convencional que desafia os espectadores a repensar imagens familiares”. Outra obra destacada pela organização, é “Dreaming Garden”, de Shi Lifeng, que “transporta os espectadores para um sereno jardim chinês povoado por borboletas com feições humanas ou corpos de fadas, pintadas num vermelho impressionante”. Trata-se de um “contraste ousado entre as criaturas fantásticas e o ambiente calmo que confere uma dimensão surrealista a uma cena que, de outro modo, seria tranquila”. Segundo a mesma nota, Lucy Han, curadora da “SOEMO”, disse que os locais de Macau escolhidos para esta mostra “são maravilhosos”. “Considero que a filosofia, tanto do hotel como da galeria, coincide tão bem com a minha, que é ligar os dois lados do mundo e encorajar a exploração. Acredito sinceramente que as pessoas em Macau vão gostar desta exposição”, referiu.
Hoje Macau China / ÁsiaShenzhou-19 | Nave espacial tripulada acopla-se à estação espacial chinesa A nave espacial chinesa Shenzhou-19, com três astronautas a bordo, acoplou-se ontem com sucesso ao módulo central Tianhe, da estação espacial Tiangong, anunciou a Agência Espacial de Missões Tripuladas da China. A acoplagem foi concluída às 11:00, após um processo que demorou cerca de seis horas e meia, desde o lançamento da nave a partir da base de Jiuquan, no deserto do norte do país. A tripulação da Shenzhou-19 é liderada por Cai Xuzhe, um veterano da missão Shenzhou-14, realizada em 2022. O astronauta é acompanhado por dois estreantes: Song Lingdong, antigo piloto da força aérea, e Wang Haoze, engenheira da Academia de Tecnologia de Propulsão Aeroespacial. Os três astronautas vão entrar no módulo Tianhe, onde conviverão com a tripulação da Shenzhou-18, composta por Ye Guangfu, Li Cong e Li Guangsu, que se encontram na Tiangong desde Abril. As duas tripulações permanecerão juntas nos próximos dias até que os tripulantes da Shenzhou-18 iniciem a sua viagem de regresso à Terra. Durante uma estadia de seis meses na estação, os astronautas da Shenzhou-19 vão efectuar investigação científica, incluindo testes para a construção de habitats lunares utilizando tijolos feitos de material simulado do solo lunar. Esta é a oitava missão tripulada a visitar Tiangong, que funcionará durante cerca de dez anos e deverá tornar-se a única estação espacial do mundo a partir de 2024, se a Estação Espacial Internacional, uma iniciativa liderada pelos Estados Unidos, for retirada como planeado este ano. Pequim reforçou o seu programa espacial com investimentos estratégicos, alcançando marcos importantes como a alunagem no lado mais distante da Lua com a sonda Chang’e 4 e a chegada a Marte, sendo o terceiro país a fazê-lo, depois dos Estados Unidos e da antiga União Soviética.
Hoje Macau China / ÁsiaEUA | Taiwan pode “passar de peão a criança abandonada” se Trump for eleito – Pequim O Governo chinês sugeriu ontem que se o candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, ganhar as eleições nos Estados Unidos, Taiwan pode “passar de peão a criança abandonada”. “Penso que a maioria dos compatriotas de Taiwan já fez um julgamento racional e sabe que os EUA manterão uma política de se colocarem em primeiro lugar. Taiwan pode passar de peão a criança abandonada a qualquer altura”, afirmou Zhu Fenglian, porta-voz do Gabinete para os Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado chinês. Trump reiterou as críticas a Taiwan na passada sexta-feira, ao afirmar que a ilha roubou a indústria de semicondutores dos EUA e que deveria pagar a Washington pela sua defesa, críticas que já tinha feito em Julho. No entanto, o candidato republicano disse também que, se for eleito, vai impor taxas alfandegárias até 200 por cento sobre bens oriundos da China “se Pequim usar a força contra Taiwan”, embora tenha sublinhado que Taipé deve pagar pela protecção norte-americana. A actual administração norte-americana de Joe Biden anunciou na semana passada um novo contrato de armas para Taiwan no valor de cerca de dois mil milhões de dólares, algo que, tal como todas as vendas de armas a Taipé, enfureceu Pequim. Taiwan, ilha governada de forma autónoma desde 1949 e considerada pela China como uma província sua, tem uma economia fortemente dependente da exportação de produtos tecnológicos, especialmente semicondutores. Os Estados Unidos são um dos principais compradores destes ‘chips’ e são também o maior fornecedor de armas a Taiwan.